O imposto sindical é um assunto que tem gerado muita discussão. Para alguns especialistas, é direito do empregado que não for sindicalizado escolher se quer ou não optar pelo pagamento. Na opinião do professor de Contabilidade Financeira e Tributária da Universidade Mackenzie, Murillo Torelli, essa contribuição é apenas mais uma parte do dinheiro do trabalhador sendo retirado em benefício dos próprios sindicatos. A especialista em Direito e Processo do Trabalho, Juliana Mendonça, compartilha da mesma opinião:
“O fato de obrigar a todo e qualquer trabalhador a ter esse recolhimento gera uma certa tristeza, porque é muito difícil você ser compelido a fazer algo que você não se sente bem representado”, avalia.
Com a reforma trabalhista do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), o imposto sindical foi derrubado pelo Congresso Nacional e a decisão ficou por conta do próprio trabalhador, que poderia decidir se queria ou não a cobrança sendo descontada do seu salário.
No entanto, o STF retomou o julgamento após alguns ministros mudarem o voto e passarem a apoiar a obrigatoriedade. Com isso, o tribunal julgou constitucional a cobrança para todos os empregados de uma categoria, ainda que não sejam sindicalizados, desde que assegurado o direito de oposição.
No entendimento do professor de Direito Tributário do Ibmec Brasília, Thiago Sorrentino, essa foi uma decisão que deveria ter sido feita no legislativo. “Discute-se se o Supremo não deveria ter dado uma deferência maior para a opção política, escolhida e eleita pelos representantes do povo que possuem representação democrática e legitimidade a esse ponto”, observa.
A ideia do governo, segundo o Ministério do Trabalho, é manter uma taxa de até 1% do rendimento anual do trabalhador, descontando a contribuição de forma compulsória da folha de pagamento. Enquanto isso, um o PL 2.099/23 prevê que o trabalhador possa autorizar previamente a cobrança de qualquer contribuição sindical da folha de pagamento. De acordo com o texto, essa manifestação precisa ser feita por escrito e entregue ao empregador e ao sindicato da categoria, que precisam guardar uma cópia do documento por, pelo menos, cinco anos. O projeto foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e segue em análise na Comissão de Assuntos Sociais.
A mineradora Braskem, controlada pela Novonor (ex-Odebrecht) e pela Petrobras, fechou um acordo com a prefeitura de Maceió, em julho deste ano, assegurando ao município a indenização de R$ 1,7 bilhão por causa do afundamento do solo de diversos bairros da cidade. No entanto, de acordo com o advogado Alessandro Azzoni, mestre em Direito pela Universidade Nove de Julho, o pagamento de indenizações não exclui a possibilidade de a empresa ser condenada por crime ambiental — e seus diretores também responderem pelo desastre, individualmente, na Justiça.
As minas da Braskem no município de Maceió são abertas a centenas de metros abaixo do nível do solo, desde a década de 1970, para a extração de sal-gema, um mineral muito usado na indústria química. As minas começaram a ser fechadas em 2019, quando o Serviço Geológico do Brasil confirmou que a atividade provocou o afundamento do chão em diversos pontos da cidade — o que obrigou a interdição de vários bairros. De acordo com o Ministério Público Federal, 14 mil imóveis foram atingidos.
Conforme informações divulgadas pela Agência Brasil, a Defesa Civil de Maceió atualizou na manhã deste sábado (9) que “o afundamento da mina 18 atingiu 2,16 metros, a uma velocidade de 0,35 centímetros por hora (cm/h)”.
No acumulado das últimas 24 horas, o solo cedeu 8,6 centímetros na região, segundo o órgão. No boletim anterior, divulgado na tarde de sexta-feira (8), a velocidade de afundamento da mina era menor, de 0,21 cm por hora, apresentando um movimento de 5,2 cm ao longo de 24 horas.
“Terá punições, sim, pelos responsáveis. Existe uma licença ambiental dada à Braskem, e quando é liberada esta licença, uma série de ações mitigadoras devem ser feitas”, explica o advogado Alessandro Azzoni. “Então provavelmente será relevada a licença ambiental referente à exploração desta mina com o próprio estudo que foi dado”.
O advogado esclarece que a pessoa jurídica responde por crimes ambientais, mas “é lógico que são todos os responsáveis, desde a presidência, a diretoria, toda a parte que fazia o controle desta mina 18 será responsabilizada e terá de provar que isso não ocorreu de uma forma negligente”.
Para ele, é difícil acreditar que “um colapso tão grande” possa ter acontecido sem negligência dos profissionais que lidavam com a mina. “ Difícil crer que o colapso não pudesse ter sido impedido por um sistema de ancoramento, então fica muito claro que houve uma falha muito grande”, afirma.
O especialista também lamenta que, muitas vezes, os próprios prefeitos e a população em geral também negligenciam a questão da segurança, em função da necessidade econômica do município onde é realizada a atividade mineradora. Ele compara o caso de Maceió com as tragédias registradas há poucos anos em Minas Gerais, nas cidades de Mariana e Brumadinho, que causaram a morte de várias pessoas e deixou milhares desabrigadas.
“Quando nós tivemos os casos de Mariana e depois de Brumadinho, ficou evidente que existe um risco muito grande, ambiental, nessas regiões mineradoras, essas regiões de exploração de grandes jazidas”, relembra, comparando em seguida: “Isso mostra que o que é levado em consideração, em muitas vezes pelo próprio prefeito e pela população da cidade, é a questão da geração de emprego e a questão da renda, porque quase todos os moradores dependem das operações minerárias”.
O especialista ainda adverte: “Então, significa dizer que as atividades econômicas são muito mais relevadas, então por isso são muito mais abrandadas as questões de fiscalização”.
O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) informou que aplicou multa de mais de R$ 71 milhões à Braskem por danos ambientais e pelo risco de colapso da mina 18, em Maceió, além de autuar a empresa por omissão de informações sobre a situação da atividade local. Segundo o órgão, esta foi 20ª autuação aplicada à empresa, desde 2018, por danos ambientais e omissão de informações.
Em nota, a Braskem afirma ser "inverídica" a acusação de que omitiu informações ao IMA.
A empresa garante que tem colaborado com as autoridades, desde o início das investigações, sobre o afundamento do solo causado pela exploração de sal-gema, em Maceió.
A semana começa com alerta para chuvas intensas no litoral da região Sul e Sudeste, sul do Rio de Janeiro e sudeste de Minas Gerais, devido a formação de centro de baixa pressão entre o litoral da região Sul e Sudeste, durante a madrugada de segunda-feira (11). Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, aponta que, apesar de restar uma frente no Atlântico, ela traz chuvas mais intensas no norte do Rio de Janeiro e em praticamente todo o Espírito Santo.
“Na faixa litorânea da região Nordeste, a alta influenciando e provocando o Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e com isso, na faixa litorânea você tem essa possibilidade de chuva, mas com volumes não muito significativos”, avalia.
No interior da região Nordeste, a atuação do VCAN impede a formação de nuvens de chuva, resultando em pouca nebulosidade e altas temperaturas, que podem chegar a 40°C no leste do Piauí, oeste de Pernambuco, norte e oeste da Bahia, além do norte de Minas Gerais.
No Centro-Oeste e Norte, o calor e umidade favorecem volumes significativos de chuva, com exceção de Roraima, onde há apenas possibilidade de chuva. A meteorologista explica que na região Norte, os volumes mais significativos ocorrem no noroeste do Amazonas, Rondônia, centro sul do Pará e Tocantins.
Na terça-feira (12), os volumes de chuva se mantêm no oeste do país devido ao calor e a umidade, com destaque para o sul de Goiás, sul de Mato Grosso, boa parte de Mato Grosso do Sul.
“Na região Sul segue com essa tendência de nebulosidade variando, mas com chances de chuva mais no oeste do Rio Grande do Sul, norte do Paraná, e também naquela faixa litorânea entre Paraná e Santa Catarina”, explica.
Na terça, as chuvas em São Paulo começam a diminuir e a região Nordeste continua sem previsão de chuvas.
Quarta-feira (13), o centro de baixa pressão volta a se formar na região Sul, que proporciona uma frente fria com linhas de instabilidade com possibilidade de queda de granizo, principalmente no sul do Rio Grande do Sul.
“Então bastante atenção que volta a chover ao longo da quarta-feira, com volumes significativos, acima de 60mm e 80mm em praticamente todos os estados da região, sul do Mato Grosso do Sul e sudoeste de São Paulo”, alerta a meteorologista.
A frente que se formou na segunda-feira (11), mesmo que continue no oceano, provoca chuvas isoladas no leste, centro e oeste de São Paulo, Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo.
Em relação à região Nordeste e norte e centro de Minas Gerais, não há previsão de chuva, apenas na possibilidade de chuva isolada no Maranhão e oeste do Piauí.
No Nordeste e Centro-Oeste, o calor e a umidade continuam provocando chuvas isoladas, mas com volumes significativos no Amazonas, Pará e Rondônia.
Na quinta-feira (14), as chuvas persistem ao longo do dia na região Sul, Norte e Centro-Oeste, porém no Sudeste, as chuvas começam a diminuir, o tempo fica mais aberto, as temperaturas no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo voltam a subir, mas ainda com possibilidade de chuva.
O Nordeste continua sem previsão de chuva e com temperaturas elevadas.
Na sexta-feira (15), os volumes de chuva voltam a aumentar em São Paulo e no leste das regiões Sul e Sudeste.
No Norte e Centro-Oeste do país, as chuvas se concentram mais no Amazonas e no noroeste do Mato Grosso.
Região Nordeste prevalece com poucas nuvens e altas temperaturas.
De acordo com uma pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), solicitada pelo Instituto Pólis e com apoio do Instituto Clima e Sociedade, a maioria da população brasileira está percebendo os impactos adversos das mudanças climáticas e os relaciona com os combustíveis fósseis.
O estudo foi feito entre 22 e 26 de julho de 2023, com mais de duas mil pessoas acima de 16 anos em 123 municípios, com um nível de confiança de 95% e margem de erro de 2 pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, 7 em cada 10 brasileiros já vivenciaram eventos extremos ligados às mudanças climáticas, correspondendo a mais de 118 milhões de pessoas acima de 16 anos. A preocupação com a ocorrência de novos eventos extremos é alta, com 98% das pessoas expressando preocupação.
Há variação regional e social na percepção dos riscos climáticos. Por exemplo, ciclones e tempestades de vento são uma preocupação maior no Sul, enquanto alagamentos e inundações preocupam mais a população das classes D/E do que pessoas de classe A/B.
Em termos de energia, há uma baixa aceitação dos combustíveis fósseis, com apenas 1% dos entrevistados apoiando o investimento prioritário em carvão mineral, e 4% em petróleo e gás. A 86% defendem que os investimentos governamentais devem priorizar fontes renováveis, como energia solar, hídrica, eólica e biomassa.
Mais de 10 milhões de brasileiros já foram beneficiados pelo Desenrola Brasil do governo federal. Ao todo, foram renegociados mais de R$ 29 bilhões em dívidas desde julho deste ano, quando o programa foi lançado. O Desenrola abrange dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
O Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil, que foi divulgado nesta semana pelo Ministério da Fazenda e Bolsa de Valores do Brasil (B3), apontou que na fase 2, aberta em outubro, os descontos chegaram a 98,6% do valor da dívida.
No entanto, o conselheiro suplente do Corecon-BA Edval Landulfo alerta as pessoas que conseguiram quitar as dívidas, para que não caiam em armadilhas, principalmente com as tentações do fim de ano.
“O risco de endividamento neste período é gigantesco. E aí você tem toda uma dificuldade para o início do ano, quando vem algumas festas, compromissos como compra de material escolar, IPTU, IPVA tem alguns impostos a pagar. Então, tem que ter essa cautela para que o nome não venha a ser negativado novamente”, analisa.
O censo mostrou ainda que o ticket médio das renegociações foi de R$ 248 nos pagamentos à vista e de R$ 791 na opção parcelamento, quando a média dos juros foi de 1,8% mensal.
Na próxima semana, o governo vai mandar para o Congresso Nacional uma medida provisória prorrogando o Desenrola Brasil, que terminaria no dia 31 de dezembro, para os três primeiros meses de 2024.
No país, em outubro, havia cerca de 72 milhões de pessoas em situação de inadimplência, de acordo com o último levantamento da Serasa. Em relação ao mês anterior o crescimento foi de 130 mil.
Pessoas com idade de 41 a 60 anos representam 34,9% do total, e de 26 a 40 anos, correspondem a 34,5%. A faixa etária acima de 60 anos representa 18,4% dos inadimplentes.
O consultor financeiro Edísio Freire fala sobre as consequências que a situação de inadimplência traz, gerando desde problemas emocionais e familiares à dificuldade de crédito.
“Não poder ter acesso a nenhuma linha de crédito que seja verdadeiramente necessária no seu dia a dia, se precisar comprar um imovel, um veículo, ter um financiamento… Em alguns casos pode prejudicar coisas mais simples como ter um contrato com uma operadora de telefonia e internet, você pode ter seu crédito totalmente limitado, isso é ruim”, alerta.
Ele orienta que, após quitar as dívidas, é preciso refletir sobre o período que ficou no vermelho e adotar algumas estratégias para não fazer novas dívidas, como o uso de planilhas, concentrar as compras em um único cartão e fazer reserva de emergência.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) participou, neste sábado (9), de um de um painel na Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com a temática sociobioeconomia e resiliência climática. Na oportunidade, os representantes das instituições assinaram um protocolo de intenções para a cooperação na identificação de iniciativas voltadas, especialmente, aos desafios da Amazônia para adoção de ações conjuntas, incluindo captações e parcerias nacionais e internacionais.
O secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, e a chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, Renata Carvalho, representam o MIDR na conferência em Dubai.
“Foi um dia muito proveitoso. Pudemos compartilhar várias ações que o ministério tem feito nas mais diversas secretarias e vinculadas. Nós falamos de Defesa Civil. Tivermos a oportunidade de falar da sociobioeconomia, da agenda da água, com relação ao que vem sendo feito pela Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e da Codevasf, das rotas conduzidas pela Secretaria Nacional de Políticas para o Desenvolvimento Regional e Territorial. Foi uma agenda muito importante para mostrarmos o que o Brasil tem feito pelo clima, falar da importância de preservar a Amazônia”, destacou o secretário Eduardo Tavares.
O painel foi mediado por Maria Netto, do Instituto Clima e Sociedade, e foi dividido em três rodadas de perguntas. Os participantes foram convidados a abordar, como subtemas, as Rotas de Integração Nacional, parcerias público-privadas e finanças sustentáveis para atrair investimentos e promover a inovação nas cadeias produtivas.
O pavilhão Brasil na COP é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MME) e operacionalizado com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Também participam do painel o vice-presidente de Negócio de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil (BB), José Ricardo Sasseron, o gerente-geral de Governo e Sustentabilidade Empresarial do BB, Gabriel Santamaria, Anderson Caputo, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Marcelo Brito, do Consórcio Amazônia Legal, e Svetlana Klimenko, do Banco Mundial.
Eduardo Tavares compartilhou os principais instrumentos utilizados pelo governo brasileiro para aumentar a resiliência e trabalhar para o financiamento de perdas e danos, além de destacar o lançamento do Cell Broadcasting, tecnologia inovadora que permitirá que os alertas sobre riscos de desastres sejam recebidos em todos os celulares próximos às antenas de telefonia da região em risco, independentemente de cadastro prévio, proporcionando alcance instantâneo, aviso sonoro mesmo em modo silencioso e sobreposição da mensagem na tela do celular.
A delegação do MIDR também participou da discussão da construção da Política Nacional de Bioeconomia e sua interface internacional, liderada pelo Ministério do Meio Ambiente. O fortalecimento da bioeconomia tem sido considerado pelo governo brasileiro um dos temas centrais a serem debatidos e fomentados na agenda do G20 e da COP 30.
Na sexta-feira (8), o MIDR participou de reuniões bilaterais com a Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para debater novas modelagens de projetos para garantir a segurança hídrica da Amazônia.
Eduardo Tavares também integrou o painel “Emergência Climática e Vulnerabilidade Local no Estado do Amapá”, realizado no “Hub Amazônia” e organizado pelo Consórcio Interestadual Amazônia Legal.
“A Amazônia precisa ser ouvida, para falarmos a respeito da emergência climática e vulnerabilidade, em um painel majoritário de mulheres amazônidas. É um reconhecimento da importância de se garantir os espaços para debater temas tão relevantes. O Brasil tem passado por eventos extremos sem precedentes, e o Governo Federal tem trabalhado arduamente para desenvolver o primeiro Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil”, explicou o secretário. “É preciso impulsionar o desenvolvimento por meio dos planos regionais e do programa Rotas de Integração, garantir o financiamento da bioeconomia, por meio dos fundos constitucionais e de desenvolvimento, trabalhar na segurança hídrica com o novo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e iniciativas da ANA e da Codevasf, além de projetos inovadores para modelagens de concessões e Parcerias Público Privadas, por meio do FDIRS (Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável)”, acrescentou.
A delegação encontrou-se, ainda, com representantes do governo do Pará, que estão cumprindo ampla agenda na COP 28, compartilhando seus compromissos e resultados na agenda climática, e se preparando para a organização da COP 30, em 2025.
A Conferência das Partes (COP) é um fórum em que líderes mundiais, negociadores, cientistas e representantes da sociedade civil se reúnem para discutir e negociar ações globais para enfrentar as mudanças climáticas. Os objetivos da COP são promover a implementação do Acordo de Paris, as negociações sobre Redução de Emissões, financiamento climático, adaptação e resiliência, transferência de tecnologia e o Diálogo e Colaboração Global.
Do dia 12 de julho a 6 de dezembro, o Amazonas registrou 2.928 incêndios combatidos pelo Corpo de Bombeiros, sendo que 835 aconteceram em Manaus e 2.093 no interior do estado. Todos os 62 municípios amazonenses continuam em estado de emergência devido à estiagem, e 150 mil famílias foram afetadas. Os dados são do último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado na quinta-feira (7).
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), em julho de deste ano foi iniciado o processo da vazante, ou seja, descida do nível dos rios Negro, Solimões e Amazonas, que formam a Bacia do Rio Amazonas.
André Luiz dos Santos, pesquisador em geociências no SGB, explica que a última vazante foi extrema, e os rios da Bacia Amazônica ficaram com as cotas abaixo do que era esperado. Entretanto, foi iniciado o período de enchente, e a tendência é que o nível suba.
“Com exceção da Bacia do Rio Negro, as outras já estão em processo de enchente. Manaus acompanha o Rio Solimões, por isso que já está em processo de enchente. Apesar do Rio Negro não estar em processo de enchente, só Manaus. As estações que estão no Baixo Rio Negro, que sofrem influência hidráulica do Rio Solimões acabam replicando o regime hidrológico do Rio Solimões”, informa o pesquisador.
Segundo Santos, o processo de enchente do Rio Negro tem início entre fevereiro e abril, quando acontece a subida das águas do Alto e Médio Rio Negro.
A previsão do tempo até este domingo (10) indica muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em todo o Amazonas. As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Os últimos dados divulgados pela Defesa Civil do Amazonas mostram que:
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Subsidiária da canadense Homerun Resources Inc, a Homerun Brasil Mineração Ltda assina, dia 11 de dezembro, contrato na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) para exploração de areia industrial em quatro áreas de titularidade da CBPM, situadas em Santa Maria Eterna, no município de Belmonte (BA). Participarão do evento o governador Jerônimo Rodrigues, o presidente da CBPM, Henrique Carballal, o CEO da Homerun, Brian Leeners, o presidente do Departamento de Energia dos Estados Unidos, Zhiwen Ma, entre outras autoridades e personalidades do setor.
A Homerun vai estabelecer uma planta de beneficiamento que transformará a sílica in natura em sílica de alta pureza em Ilhéus, enquanto no Porto de Aratu, a empresa vai concentrar esforços na fabricação de células solares, produto que tem o potencial de dobrar a capacidade de energia das placas fotovoltaicas. O investimento inicial é de aproximadamente R$ 300 milhões, podendo chegar a mais de R$ 1 bilhão. A implementação de unidades fabris resultará na geração de 1.681 empregos na Bahia. “Com essa decisão, estamos reconhecendo a importância vital desse empreendimento para o desenvolvimento da economia baiana. Seguimos alinhados às práticas de tecnologia verde, sendo que o projeto se concentra na produção ambientalmente responsável de sílica, que é evidenciado ao observar o uso de água reciclável e a eliminação de resíduos químicos e biológicos. Teremos uma unidade industrial de produção de vidro solar para painel fotovoltaico, vidros especiais automotivos, vidros para embalagens, entre outros. E os benefícios não param por aí, pois vamos implantar um fundo para o desenvolvimento da educação nos municípios onde ocorrerem as operações de mina e de unidades industriais. A fonte dos recursos do fundo será equivalente a 10% dos royalties da CBPM mais 10% adicionais sobre o valor dos royalties aportados pela Homerun. A sílica passará por um processo de transformação em unidades fabris, localizadas em Ilhéus e Aratu”, afirmou o presidente da CBPM, Henrique Carballal.
Além do investimento inicial que ocorrerá nos próximos quatro anos pela Homerun, também foi firmado com a CBPM um planejamento de exploração e fornecimento contínuo de sílica, no distrito de Belmonte, ao longo das próximas duas décadas. “Essa projeção para os próximos 20 anos é essencial para assegurar a oferta contínua desse recurso vital, considerando a rápida exaustão dos depósitos globais de sílica de alta pureza, que é o segundo recurso natural mais demandado globalmente, desempenhando um papel crucial na esfera da energia limpa e armazenamento, oferecendo benefícios substanciais com baixa emissão de carbono”, concluiu Carballal.
A Atlas Agro investirá R$ 5 bilhões na instalação da primeira fábrica de fertilizantes nitrogenados verdes do hemisfério sul, a ser construída em Uberaba (MG). A empresa foca na produção de fertilizantes nitrogenados com zero emissões de carbono e avança em direção à fase do projeto de engenharia. A planta produzirá ainda hidrogênio verde e amônia verde. No ano de 2023, a Atlas Agro iniciou o processo de seleção de fornecedores (bidding) com empresas nacionais e internacionais para as etapas de estudos básicos e desenho do projeto de engenharia (FEED), além de definir os parâmetros para um contrato de construção. As empresas conheceram o terreno onde será construída a planta, que abrange mais de 1 milhão de m² e está localizado dentro do distrito industrial 3, em Uberaba (MG), local estratégico que que concentra produtores e vários distribuidores de fertilizantes para a região.
Uma visita técnica ocorreu dia 5 de dezembro e teve a presença de cerca de 25 profissionais, de 11 empresas participantes do processo, de origens brasileira, europeia e asiática. Segundo o diretor de projetos da Atlas Agro, Michael Kozlov, trata-se de um processo competitivo entre as maiores e melhores empresas do mercado no Brasil e exterior. “Demos a todos a oportunidade de conhecer o terreno e os requisitos básicos do projeto, antes da proposta final de cada empresa”, explica. A visita contou também com a presença e participação da prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação de Uberaba, Rui Ramos.
A prefeita disse que o projeto reúne grandes empresas do Brasil e do exterior e, desta forma, o município deseja todo o sucesso do empreendimento, que também será o sucesso de Uberaba e região. Para o secretário Rui Ramos, o empreendimento mostra a importância e grandiosidade do projeto para o município, Minas Gerais e para o País. “Este investimento de quase R$ 5 bilhões proporcionará um grande desenvolvimento para o município, gerando mais de 2 mil empregos na construção e mais de 500 na fase de operação”, disse. “Estamos muito honrados em sermos pioneiros ao sediar esta fábrica que possui um alto nível de tecnologia e grau de inovação, além do importante aspecto sustentável, que trará muitos benefícios para os agricultores de toda região”, acrescentou. “O processo de bidding será concluído nos próximos meses, dando início imediato aos estudos, seguidos pelo projeto de engenharia”, conclui Rodrigo Santana, Diretor de Operações da Atlas Agro.
O Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM) publicou relatório onde descreve a contribuição socioeconômica de seus membros para os países anfitriões, o que inclui a contribuição fiscal dos membros em 2022 e novos dados sobre o número de empregados diretos, salários e pagamentos relacionados, pagamentos a fornecedores e investimento comunitário e social.
No último ano, os membros do ICMM reportaram Imposto de Renda Corporativo (IRC) e royalties de US$ 54,9 bilhões, um aumento de 77,8% em relação a 2021. O montante engloba US$ 40,2 bilhões em IRPC, um aumento de 85,3% em relação a 2021 e US$ 14,7 bilhões em royalties pagos, um aumento de 60,2% em relação a 2021. Desde 2013, os membros do ICMM reportaram US$ 271,3 mil bilhões em pagamentos totais de IRC e royalties. Coletivamente, os membros relataram ter 561.900 funcionários diretos e pagar US$ 37,3 bilhões em salários e pagamentos relacionados. Os fornecedores, que muitas vezes incluem empresas locais, receberam US$ 166,2 bilhões e foram investidos US$ 1,5 bilhão nas comunidades.
“Desbloquear a riqueza dos nossos recursos naturais para o bem comum depende de ver o desenvolvimento mineral como um investimento de longo prazo e uma parceria entre a indústria, o governo e as suas comunidades anfitriãs, onde os benefícios são partilhados em todo o mundo. O ciclo de vida da mina, estendendo-se muito depois do fechamento da mina”, disse Rohitesh Dhawan, Presidente e CEO do ICMM. O executivo comentou também que para satisfazer a procura de minerais e metais críticos, será necessário o desenvolvimento de novas minas, mas desenvolvidas de acordo com este princípio. “A colaboração a longo prazo entre a indústria, os governos e a sociedade civil é essencial para encorajar um clima de investimento atraente, ao mesmo tempo que dá prioridade ao bem-estar social e económico das comunidades anfitriãs”.
Os dados divulgados neste relatório devem ser considerados no contexto de instabilidade geopolítica generalizada, flutuações económicas - incluindo taxas de juro crescentes, inflação e custos energéticos - e o impacto social e económico contínuo da COVID-19. Isto resultou num aumento da procura pelas mercadorias produzidas pelos nossos membros, levando a contribuições fiscais e de royalties significativamente mais elevadas em 2022 em comparação com anos anteriores. O relatório baseia-se na análise feita ao longo dos últimos dez anos, que ajudou a fornecer uma imagem das receitas pagas ao longo do ciclo de vida da mineração. O âmbito do relatório continuará a evoluir no futuro para alargar a nossa compreensão da contribuição social e económica da indústria.
Garantir a continuidade dos negócios, desenvolver novas oportunidades, visando ganho de escala e redução de custos e tornar a empresa novamente competitiva, baseada nos conceitos de sustentabilidade. Estes são os principais desafios de Marcelo Pereira, novo Presidente da AngloGold Ashanti Latam, num momento em que a empresa enfrentava alguns problemas relacionados com a operação da planta de metalurgia do Queiroz, em Nova Lima (MG) e resultados negativos das operações que levaram à paralisação de uma das minas da empresa, Córrego do Sítio, no município de Santa Bárbara (MG).
Para o executivo, a paralisação (temporária) de Córrego do Sítio, em agosto de 2023, foi uma decisão difícil, cujos impactos a companhia buscou minimizar, principalmente do ponto de vista dos recursos humanos, já que várias pessoas que trabalhavam na operação foram realocadas em outras unidades. “Córrego do Sítio operou durante dois anos com resultados negativos e a projeção que tínhamos para os próximos anos era de muitos investimentos e custos altos e ainda resultados negativos. Então, buscando a solidez e toda a responsabilidade com as nossas outras operações na América Latina e principalmente no Brasil, tivemos que tomar a decisão de paralisação temporária desse ativo. Essa paralisação temporária, é importante ressaltar, é exclusivamente para produção. Todas as outras atividades relacionadas a segurança patrimonial, recuperação de áreas e estruturas, estão mantidas. Nossos investimentos nas questões ambientais, de reparação, e manutenção dos quadros (hoje há cerca de 200 pessoas nessa operação), continuam sendo feitos. Seguimos fazendo uma série de reavaliações desse ativo, principalmente de estudos alternativos de retomada dessa operação de forma segura e responsável. Temos toda uma abertura, inclusive de avaliação de possíveis parcerias”.
Ele acrescenta que a AngloGold Ashanti continua fazendo investimentos importantes no País, devendo fechar 2023 com um desembolso entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão. Para 2024, embora o orçamento ainda não esteja fechado, a expectativa é que sejam mantidos os mesmos níveis de investimento de 2023. Os desembolsos, segundo Marcelo Pereira, estarão direcionados para a confirmação das reservas, a fim de garantir a longevidade das operações, principalmente nas unidades de Cuiabá e Serra Grande, mas também na unidade que a empresa mantém na Argentina, Cerro Vanguardia, na Patagônia, melhoria da produtividade e também no programa de descaracterização das barragens. O dirigente espera uma retomada “muito forte” no ritmo de produção da empresa. “2023 foi bastante desafiador no sentido de que no começo do ano houve problemas com a operação da planta de metalurgia do Queiroz, o que trouxe impacto na escala de produção, mas isto está sendo resolvido e estamos adotando medidas para a retomada da planta em 2024, a fim de ter escalabilidade de produção e, principalmente, redução dos custos, trazendo mais uma vez a competitividade que se espera”, diz ele.
A empresa está priorizando também a solução dos problemas existentes nas barragens de rejeito. “Somos uma empresa de 189 anos e temos barragens com 70 anos de operação. A adequação às legislações atuais e a modernização das técnicas de construção de barragens fazem parte da nossa transformação. Um dos grandes investimentos que temos feito é a continuação da reparação, descaracterização dessas estruturas, o que vai trazer para a empresa uma redução da sua exposição aos riscos, e principalmente uma contribuição muito forte às comunidades com quem atuamos. Até 2022, fomos a primeira empresa de mineração de ouro no Brasil a ter 100% de disposição a seco, ou seja, com a instalação de filtros que nos permitem sair da disposição convencional para a disposição em grão em barragem de rejeito. O nosso desafio agora é continuar com essa prática, modernizar ainda mais, se possível, ao mesmo tempo em que fazemos o projeto de descaracterização das estruturas. Isso traz um pouco o conceito de sustentabilidade, principalmente respeito às comunidades com quem atuamos, além do cumprimento dos requisitos legais atribuídos ao nosso negócio”.
Ainda com relação a Córrego do Sítio, o dirigente diz que sua paralisação impacta de forma relevante a produção, porque era uma operação que aportaria 110 mil onças, em bases normais. “Paralisamos temporariamente essa operação no mês de agosto e até então havia sido produzido cerca de 40 mil onças. Então o stress é de aproximadamente 70 mil onças. Mas foram adotadas medidas bastante inteligentes para minimizar o impacto que essas quedas poderiam trazer, com maior produção nas nossas operações de Cuiabá”. Nesta mina, a empresa inicialmente trabalhava com uma projeção de 180 mil onças e pode chegar a 247 mil onças. “Estamos trabalhando ainda buscando algumas outras oportunidades. Em Goiás também temos explorado o melhor possível as nossas variações de produção. Mas não é fazer produção a qualquer preço e sim garantir que o que estamos fazendo agora seja o correto, para não impactar os anos seguintes”. Ele acrescenta que, para 2024, a empresa espera compensar ainda mais as perdas de produção que teve este ano.
Nessa jornada de recuperação da produção e melhoria da performance operacional, o novo Presidente da AngloGold Ashanti Latam ressalta que as operações da empresa são de grande profundidade, o que é desafiador. Em Cuiabá, por exemplo, as operações estão a 1.600 metros de profundidade. Córrego do Sítio, por sua vez, está a 1.200 metros. Ele salienta que a legislação do trabalho no País tem 80 anos (é de 1943), e ainda prevê, para operação em subsolo, uma jornada de trabalho de seis horas, apesar do avanço das tecnologias. “Há operações de mina subterrânea em países como Austrália, Reino Unido, Estados Unidos e outros, já com escalas de 12 horas. Nós queremos ter uma competitividade melhor a partir desse modal. Seguimos fazendo nossos estudos, procurando a melhor maneira possível de tornar nossas operações mais produtivas, para que isso não impacte de forma negativa ou anule os benefícios que precisamos ter para nos mantermos competitivos”. Estamos fazendo tudo para que possamos retomar a operação de Córrego do Sítio. Ainda não temos um cronograma de retomada, mas vamos avaliar com mais afinco, maior profundidade, para a retomada dessa operação. Fizemos gestões com as prefeituras, com a ANM, e todas as partes interessadas concernentes ao nosso negócio”.
Com relação aos investimentos nas outras operações, seguimos investindo fortemente em tecnologia. Vale ressaltar que fiquei encantado assim que cheguei na empresa, porque vi que temos diversas tecnologias que trazem nossas operações para níveis muito bons. Nós temos, por exemplo, carregadeiras que são de controle remoto, operamos carregadeiras a 1.200 metros de profundidade a partir de uma sala de controle na superfície, em Cuiabá e também em Serra Grande. Assim como temos um sistema de monitoramento, dentro dessa mina, que é fantástico sob o ponto de vista de garantia de segurança, necessária para qualquer evento. Fazemos acompanhamento de todas as pessoas dentro da mina, a 1.300 ou 1.400 metros de profundidade. O sistema de monitoramento, que chamamos de people tracking, monitora todas as pessoas em subsolo, em tempo real. E em dezembro de 2023 vamos receber a primeira carregadeira elétrica no País, para operar em subsolo, o que é muito importante, porque reduz as emissões e diminui o risco de exposição das pessoas a gases que poderiam ser gerados. É um investimento significativo, da ordem de R$ 5 milhões, em parceria com a empresa Sandvik. Estamos fazendo esses investimentos para garantir melhora da nossa competitividade e maior produtividade das operações”.
Com relação às descaracterizações de barragens – atualmente a empresa tem sete estruturas no Brasil, há um cronograma específico para cada uma delas. “Mas posso dizer que elas estão seguras. Temos feito investimentos importantes na instalação de instrumentações que nos permitem avaliar, de forma preventiva e assertiva, o comportamento das nossas estruturas. Muitos investimentos têm sido feitos nos últimos anos, não só na formação de equipes multidisciplinares, mas principalmente de especialistas para suportar nossas operações, atendendo inclusive aos melhores padrões, não só nacionais, mas também internacionais, de gestão de barragens. Temos feito inspeções e auditorias regulares para garantir que nossas estruturas estão seguras. Esse cronograma segue algumas premissas. Temos uma barragem a montante apenas, a de Serra Grande, a qual temos até 2025 para fazer a descaracterização de acordo com a Resolução 95 da ANM, mesmo porque temos alguns compromissos com o Ministério Público e com a Justiça do Estado de Goiás, com quem estamos discutindo. É nosso pleno interesse que consigamos fazer as obras de descaracterização com a maior brevidade possível, respeitando as regras da própria engenharia, para que possamos devolver a tranquilidade e principalmente honrar o nosso compromisso com as comunidades com as quais atuamos e fazer 100% pela segurança das pessoas que estão na nossa Zona de Autossalvamento e de Salvamento Secundário”.
Sobre a unidade da Serra Grande, Marcelo Pereira afirma que este continua a ser um ativo importante dentro do portfólio da empresa, que têm feito investimentos importantes em pesquisa, que levaram à descoberta de novos recursos e reservas.
“Temos trabalhado de forma firme na gestão, tanto dos investimentos quanto dos gastos operacionais em Serra Grande. Foi feita uma reestruturação, inclusive com novas lideranças e temos trabalhado na descaracterização da barragem. Queremos operar Serra Grande da melhor forma possível. É um ativo que já tem um histórico de longa data. Estamos descobrindo novas regiões, mas a operação se torna cada vez mais profunda e desafiadora, do ponto de vista de custo. Os teores têm caído de forma bastante relevante, nos últimos anos”, detalha Marcelo, acrescentando que a projeção de produção para 2023 está abaixo de 100 mil onças e que, portanto, a empresa precisa buscar alternativas para manter a performance desse ativo acima do nível de 100 mil onças, “o que vai fazer com que ele opere gerando resultados positivos e pague os investimentos. Fazemos investimento em pesquisa mineral, no refinamento do modelo geológico, e buscando todas as alternativas possíveis para que se tenha o melhor resultado. A intenção é manter o ativo dentro do portfólio. Evidentemente avaliações são feitas a todo momento, porém nosso objetivo é manter o ativo, gerando resultado positivo e principalmente não abrindo mão da descaracterização de sua barragem”, conclui. (Por Francisco Alves e Mara Fornari)
A Aura Minerals anuncia que sua controlada Borborema Inc., subsidiária integral e proprietária indireta do projeto de ouro Borborema localizado no estado do Rio Grande do Norte, Brasil assinou um acordo com a Gold Royalty Corp. para assegurar o financiamento de US$ 31 milhões para a construção do Projeto Borborema. O valor, de US$ 31 milhões, é composto por US$ 21 milhões relativos à venda de royalties e US$ 10 milhões referentes a um empréstimo tipo Gold Loan.
Este financiamento, somado ao empréstimo de US$ 100 milhões junto ao Banco Santander Brasil e aos US$ 14 milhões arrecadados através de gold-collars com várias instituições financeiras, garante à Aura mais de US$ 145 milhões para financiar a construção do Projeto Borborema, cujo investimento total previsto é de US$ 188 milhões.
Com a transação, a Gold Royalty adquiriu royalties de 2.0% sobre a receita líquida de produção do Projeto Borborema para as primeiras 750 mil onças de ouro a serem produzidas pelo Projeto. Após a produção de 725 mil onças, o royalty será reduzido para 0,5%. A Aura poderá exercer o direito de recompra dos 0,5% restantes do NSR Royalty pelo valor de US$ 2,5 milhões, sendo que este direito é exercível após a produção e venda de 2.250.000 onças de ouro pela mina Borborema ou, alternativamente, em 1º de janeiro de 2050.
A Aura informa ainda que realizará pagamentos trimestrais à Gold Royalty de 250 onças de ouro (1.000 onças por ano). Estes pagamentos cessarão na data de início da produção comercial do Projeto Borborema ou no décimo aniversário da data de vigência do acordo de participação.
A Gold Royalty fará pagamentos contínuos à Aura de $30 por onça equivalente de ouro entregue ou paga à Gold Royalty. Estes pagamentos são destinados a investimentos relacionados a ESG (Ambiental, Social e Governança) a serem realizados pela Aura, até um máximo de US$ 300 mil.
A operação Gold-Linked-Loan envolve US$ 10 milhões pagos em dinheiro após o fechamento da operação e terá prazo de 6 anos após o fechamento. Serão pagos juros trimestrais de no mínimo 110 onças de ouro que pode ser feito em dinheiro ou com entrega física de ouro. No vencimento, a Gold Royalty poderá receber o pagamento de US$ 10 milhões em dinheiro ou o pagamento de US$ 5 milhões em dinheiro acrescido de royalties adicionais equivalentes a uma participação de 0,5% na receita líquida de fundição sobre o Projeto Borborema.
Rodrigo Barbosa, Presidente e CEO, comentou: “Concluímos com sucesso o plano de financiamento do projeto Borborema. Com este adicional de US$ 31 milhões, totalizamos de US$ 145 milhões financiados por terceiros, valor este que somado a nossa geração de caixa, será suficiente para concluirmos as obras e iniciarmos a nova planta de Borborema, cujo investimento total será de US$ 188 milhões. Neste projeto optamos por uma estratégia de financiamento diversificada, que engloba dívida, royalty, empréstimo de ouro e gold-collars, de forma a mitigar os riscos financeiros vinculados a operação, assim como aumentar o retorno de capital dos nossos acionistas.”
De acordo com estimativa divulgada ao mercado, a Vale poderá investir aproximadamente US$ 6,5 bilhões em Capex no ano de 2024, sendo US$ 3,5 a US$ 4,0 bilhões em soluções para siderurgia e US$ 2,5 a US$ 3,0 em metais para transição energética. Desse total, US$ 2,0 a US$ 2,5 bilhões serão para projetos de crescimento e US$ 4,0 a US$ 4,5 bilhões para manutenção das operações existentes.
A empresa também estimou a produção de minério de ferro para 2024 entre 310 e 320 milhões de toneladas, que evoluirá para 340-360 milhões t em 2026 e acima de 360 milhões t em 2030. Já a produção de pelotas e briquetes se situará entre 38 e 42 milhões t no próximo ano, evoluindo para 50-55 milhões t em 2026 e aproximadamente 100 milhões t em 2030. A produção de níquel, por sua vez, deve ficar entre 160 e 175 mil t em 2024, indo para 210-230 mil t em 2026 e situando-se acima de 300 mil t em 2030. Quanto ao cobre, a Vale prevê alcançar uma produção de 320-355 mil t em 2024, evoluindo para 375-410 mil t em 2026 e mais de 900 mil t em 2030. A empresa não detalhou, no entanto, como será obtido esse aumento de produção.
Quanto ao prêmio para o minério de ferro, a Vale está otimista, prevendo um nível de 8 a 12 dólares por tonelada em 2026 e acima de 18 dólares por tonelada em 2030. Já o custo caixa C1 do minério de ferro poderá cair para menos de 20 dólares por tonelada em 2026, contra uma média de 22,5 dólares por tonelada em 2023 e de 21,5 a 23 dólares/t em 2024. O custo All In de minério de ferro, que ficou em cerca de 52 dólares/t em 2023, deve cair para 45 dólares/t em 2026.
O Ebitda (lucro antes de impostos e taxas) projetado para 2026 deve variar entre US$ 15,2 bilhões e US$ 31,0 bilhões, considerando-se as seguintes premissas: (a) média anual de preço do minério de ferro (referência de 62% de Fe) variando de US$ 90/t até US$ 130/t; (b) média anual de preço do níquel (LME) variando de US$/t 16.000/t até US$ 24.000/t; (c) média anual de preço do cobre (LME) variando de US$ 7.000/t até US$ 11.000/t.
Até o dia 6, 22 das 5.568 cidades brasileiras estavam bloqueadas para receber o pagamento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O primeiro decêndio de dezembro será pago nesta sexta-feira (8).
Isso porque esses municípios estão com alguma irregularidade no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), seja débito com a União ou questões previdenciárias. A nossa reportagem tentou entrar em contato com seis dos 22 municípios bloqueados, mas não teve resposta (lista completa no final).
O não recebimento dos valores pode gerar problemas no orçamento da cidade, como explica o consultor de orçamento César Lima.
“Os municípios bloqueados, principalmente os menores, que têm no FPM uma das suas principais receitas, vão passar muita dificuldade caso não recebam esses decêndios de dezembro. Tem 13º, tem contratos de fim de ano também, isso tudo vai ficar prejudicado pelo não recebimento desses valores”, analisa.
Os municípios que constam na lista devem ir até o órgão responsável da sua região. Após a regularização, segundo César Lima, eles recebem os valores bloqueados, a menos que tenham sido utilizados para cobrir débitos no caso de empréstimos não honrados.
Nilton Debastiani, prefeito de Sarandi, no Rio Grande do Sul, que está com a situação em dia e recebe o repasse do FPM nesta sexta-feira (8), analisa a importância do recurso nas contas da cidade.
“É fundamental. A gente vive de receitas como o ICMS e o FPM — e quando um deles não corresponde já quebra todo o sistema orçamentário do município”, observa Debastiani.
Ao todo, no primeiro decêndio de dezembro, serão distribuídos R$ 5,2 bilhões entre os municípios brasileiros. O valor é 28% menor que o repassado no mesmo período do mês anterior (R$ 7,2 bi) e em relação ao ano passado a queda foi de cerca de 7% (R$ 5,7 bi).
Os percentuais de participação de cada município são calculados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com o número de habitantes de cada cidade e a renda per capita. Os repasses são feitos a cada 10 dias.
Será realizado nesta sexta-feira (8) o pagamento do primeiro decêndio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do mês de dezembro. Ao todo, serão distribuídos R$ 5,2 bilhões entre as capitais e cidades do interior do país. O valor é 28% menor que o repassado no mesmo período do mês anterior ( R$ 7,2 bi) e em relação ao ano passado a queda foi de cerca de 7%, quando foram repassados R$ 5,7 bilhões.
Os valores referentes ao FPM fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, por meio de impostos. Eles são repassados aos municípios brasileiros todos os meses, a cada 10 dias.
O consultor de orçamento César Lima explica que a redução está relacionada com a baixa arrecadação, mas está otimista com a melhoria da economia nos próximos meses, principalmente por causa do pagamento do 13º salário.
“Vamos esperar que isso dê uma aquecida na economia. Há um arrefecimento do consumo, as pessoas esperando para ver se esses juros vão cair ou não, uma vez que esses números é o acumulado da arrecadação entre 21 e 30 de novembro”, comenta.
Até o dia 5 de dezembro, 22 municípios estavam bloqueados e não devem receber o pagamento do FPM até regularização junto ao órgão responsável da sua região.
O prefeito de Carnaíba, em Pernambuco, Anchieta Patriota, diz que esse recurso é fundamental para manter as contas em dia, principalmente no caso das cidades menores. Ele ressalta que para alguns municípios esse repasse chega a representar 80% da receita.
“Vai dar tanto para pagar o 13º salário dos funcionários, que uma parte tiramos do FPM, mas basicamente vai ser para cumprir com os salários do mês de dezembro, o 13º das diversas categorias do município, além das férias dos professores que a gente paga normalmente no mês de dezembro”, conta.
No mês de dezembro, os municípios ainda recebem o adicional de 1% do FPM, desde 2007. De lá para cá, já são mais de R$ 56,1 bilhões distribuídos às cidades. Neste ano o valor foi de R$ 1.341.176.515,38, que significa um montante 1% maior do que no ano passado.
Os percentuais de participação de cada município são calculados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com o número de habitantes de cada cidade e a renda per capita.
O AVC isquêmico — mais conhecido como derrame — passou a fazer parte da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SUS). Doze hospitais já estão habilitados para fazer a trombectomia mecânica (TM) — tratamento que promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes —, segundo o Ministério da Saúde.
Conforme a Sociedade Brasileira de AVC, com dados do Portal da Transparência do Centro de Registro Civil (CRC) do Brasil, a doença já matou mais de 98 mil brasileiros, de janeiro a novembro deste ano.
O neurocirurgião pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica, especializado em Neurocirurgia Endovascular e Neurorradiologia Intervencionista, Victor Hugo Espíndola, diz que o AVC isquêmico acontece quando existe a obstrução de uma artéria no cérebro.
“Aquela região do cérebro que receberia o sangue daquela artéria não vai mais receber. Então, aquele tecido cerebral vai sofrer um processo degenerativo que a gente chama de isquemia cerebral. Esse AVC esquêmico”, explica.
A trombectomia mecânica entra no tratamento como um procedimento para retirar o coágulo ou algum material que esteja obstruindo o fluxo sanguíneo arterial cerebral, através de uma intervenção cirúrgica feita com cateteres. Conforme o especialista, a realização da cirurgia é recomendada para casos mais graves da doença.
“A gente entra na artéria e através desse cateter a gente desobstrui essa artéria, seja usando um estente ou aspirando esse coágulo com catéteres específicos. Se esse tratamento for instituído rapidamente de um modo adequado, muitos pacientes conseguem reverter completamente os sintomas ou ficarem com sequelas mínimas”, ressalta.
Um estudo publicado recentemente pela revista científica Lancet Neurology alerta que, até 2050, o AVC pode causar quase 10 milhões de mortes por ano. Preocupado com os números alarmantes, o neurologista Marco Aurélio Fraga Borges, do Instituto de Neurologia de Goiânia, lembra que o AVC pode causar qualquer tipo de déficit neurológico súbito.
”Podem ocorrer perda visual, uma paralisia de um lado do corpo, limitação para andar, limitação para se comunicar, seja para entender o que está sendo falado ou até mesmo falar, se comunicar”, reforça.
O neurocirurgião Victor Hug, concorda e ainda acrescenta: “O que o AVC isquêmico pode causar, quais são as sequelas e os sintomas, vai depender muito da região do cérebro que for afetada. O nosso cérebro é topografado, então a gente tem a área da fala, área motora do braço direito, área motora do braço esquerdo, área da memória, tudo. Então dependendo da região que for afetada, vão aparecer os sintomas que o paciente vai ter”, detalha.
Na opinião do neurocirurgião Victor, o AVC pode ser evitado se as pessoas ficarem atentas aos sinais. Ele ressalta que a doença tem tratamento, mas está intimamente relacionada ao tempo. “Se o paciente chegar fora da janela terapêutica, por exemplo, a gente não vai ter muito o que fazer por esse paciente”.
Ele ainda lembra que a trombólica venosa — medicação feita na veia — ela tem um tempo curto para ser administrada. “Ela pode ser feita em até 4 horas e meia, e a trombectomia mecânica, pode ser feita em até 24 horas, mas o ideal é que ela seja feita em até 6 horas ou menos. Quanto mais rápido for feito, melhor vai ser para o paciente”, orienta.
O neurologista, Marco Aurélio Fraga Borges, do Instituto de Neurologia de Goiânia, também reforça que, além dos cuidados com fatores de risco como hipertensão arterial, sedentarismo, tabagismo, dieta inadequada, gordura abdominal, diabetes, problemas de colesterol, é importante perceber alguns sinais. “O reconhecimento da doença se passa por três sinais muito simples, que é o sorriso torto, o desvio da rima labial para o lado, a boca torta. O segundo mais comum é o braço fraco, dificuldade para movimentar o braço de um lado do corpo. E o terceiro é dificuldade para falar. Qualquer desses três sintomas tem que procurar o hospital o mais rápido possível”, alerta.
O Ministério da Saúde informa que os gestores estaduais, municipais e distritais do SUS já podem solicitar a habilitação de novos hospitais para a realização do procedimento. Basta comprovar a habilitação como unidade de assistência de alta complexidade em Neurologia e Neurocirugia, como centro de atendimento de urgência tipo III aos pacientes com AVC, entre outros critérios estabelecidos na portaria. A concessão ocorre após análise e aprovação dos pedidos pela pasta.
Aproximadamente R$ 74 milhões serão disponibilizados por ano do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo de Atenção Especializada - para o tratamento. O Fundo Nacional de Saúde (FNS) adotará as medidas necessárias para a transferência dos valores mensais, de acordo com a apuração da produção de serviços registrada na base de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS).
Será realizado nesta sexta-feira (8) o pagamento do primeiro decêndio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do mês de dezembro. Ao todo, serão distribuídos R$ 5,2 bilhões entre as capitais e cidades do interior do país. O valor é 28% menor que o repassado no mesmo período do mês anterior ( R$ 7,2 bi) e em relação ao ano passado a queda foi de cerca de 7%, quando foram repassados R$ 5,7 bilhões.
Os valores referentes ao FPM fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, por meio de impostos. Eles são repassados aos municípios brasileiros todos os meses, a cada 10 dias.
O consultor de orçamento César Lima explica que a redução está relacionada com a baixa arrecadação, mas está otimista com a melhoria da economia nos próximos meses, principalmente por causa do pagamento do 13º salário.
“Vamos esperar que isso dê uma aquecida na economia. Há um arrefecimento do consumo, as pessoas esperando para ver se esses juros vão cair ou não, uma vez que esses números é o acumulado da arrecadação entre 21 e 30 de novembro”, comenta.
Até o dia 5 de dezembro, 22 municípios estavam bloqueados e não devem receber o pagamento do FPM até regularização junto ao órgão responsável da sua região.
O prefeito de Carnaíba, em Pernambuco, Anchieta Patriota, diz que esse recurso é fundamental para manter as contas em dia, principalmente no caso das cidades menores. Ele ressalta que para alguns municípios esse repasse chega a representar 80% da receita.
“Vai dar tanto para pagar o 13º salário dos funcionários, que uma parte tiramos do FPM, mas basicamente vai ser para cumprir com os salários do mês de dezembro, o 13º das diversas categorias do município, além das férias dos professores que a gente paga normalmente no mês de dezembro”, conta.
No mês de dezembro, os municípios ainda recebem o adicional de 1% do FPM, desde 2007. De lá para cá, já são mais de R$ 56,1 bilhões distribuídos às cidades. Neste ano o valor foi de R$ 1.341.176.515,38, que significa um montante 1% maior do que no ano passado.
Os percentuais de participação de cada município são calculados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com o número de habitantes de cada cidade e a renda per capita.
Até o dia 6, 22 das 5.568 cidades brasileiras estavam bloqueadas para receber o pagamento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O primeiro decêndio de dezembro será pago nesta sexta-feira (8).
Isso porque esses municípios estão com alguma irregularidade no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), seja débito com a União ou questões previdenciárias. A nossa reportagem tentou entrar em contato com seis dos 22 municípios bloqueados, mas não teve resposta (lista completa no final).
O não recebimento dos valores pode gerar problemas no orçamento da cidade, como explica o consultor de orçamento César Lima.
“Os municípios bloqueados, principalmente os menores, que têm no FPM uma das suas principais receitas, vão passar muita dificuldade caso não recebam esses decêndios de dezembro. Tem 13º, tem contratos de fim de ano também, isso tudo vai ficar prejudicado pelo não recebimento desses valores”, analisa.
Os municípios que constam na lista devem ir até o órgão responsável da sua região. Após a regularização, segundo César Lima, eles recebem os valores bloqueados, a menos que tenham sido utilizados para cobrir débitos no caso de empréstimos não honrados.
Nilton Debastiani, prefeito de Sarandi, no Rio Grande do Sul, que está com a situação em dia e recebe o repasse do FPM nesta sexta-feira (8), analisa a importância do recurso nas contas da cidade.
“É fundamental. A gente vive de receitas como o ICMS e o FPM — e quando um deles não corresponde já quebra todo o sistema orçamentário do município”, observa Debastiani.
Ao todo, no primeiro decêndio de dezembro, serão distribuídos R$ 5,2 bilhões entre os municípios brasileiros. O valor é 28% menor que o repassado no mesmo período do mês anterior (R$ 7,2 bi) e em relação ao ano passado a queda foi de cerca de 7% (R$ 5,7 bi).
Os percentuais de participação de cada município são calculados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com o número de habitantes de cada cidade e a renda per capita. Os repasses são feitos a cada 10 dias.
Segundo a Seinfra-Go, 50 comunidades rurais do estado devem ser beneficiadas com a iniciativa até 2026
Os investimentos são distribuídos em R$ 317,52 milhões para gestão, R$ 956,36 milhões para água e R$ 617,68 milhões para esgoto
Só na última semana epidemiológica foram registrados 28.222 novos casos da doença, segundo o Conass
Reforço na vacinação ainda é a melhor maneira de se proteger contra a doença, que apresenta novas cepas
De acordo com o Banco Central do Brasil, o euro está cotado a R$ 5,29
O índice da bolsa de valores se encontra em 127 mil pontos
Segundo especialista, os produtos de origem natural têm potencial para substituir produtos sintéticos, como os fertilizantes e defensivos agrícolas tradicionais
Já aprovado no Senado, Câmara vai analisar marco legal dos bioinsumos. O projeto estabelece regras e incentivos para a utilização desses produtos no país
Câmara dos Deputados também discute regularização fundiária e impactos na Amazônia Legal
Os parlamentares ainda podem votar projetos que aumentem a arrecadação do poder executivo por meio da tributação
Canais como o Pode Falar ajudam jovens a encontrarem apoio e suporte para enfrentar situações climáticas de emergência, como estiagens prolongadas, queimadas e inundações
Só na última semana epidemiológica foram registrados 28.222 novos casos da doença, segundo o Conass
A temperatura pode variar entre 16ºC e 39ºC
A temperatura pode variar entre 15ºC e 37ºC
LOC.: A cotação do boi gordo começou a segunda-feira (11) em forte alta, de 2,02%. O produto é negociado a R$ 247,95 no estado de São Paulo. O valor é referente à arroba de 15 kg.
Já o quilo do frango congelado registrou estabilidade pelo terceiro dia consecutivo e o quilo é comercializado a R$ 7,43 em São Paulo.
O mesmo ocorre com o preço do quilo do frango resfriado, que registra estabilidade e é negociado a R$ 7,46, para a região da grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado.
O preço da carcaça suína especial registra leve alta de 0,10% e a mercadoria é comercializada a R$ 10,27/kg.
Com relação ao suíno vivo, há estabilidade dos preços no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Rio Grande do Sul e Minas Gerais registram alta dos preços e comercializam o quilo da mercadoria a R$ 6,40 e R$ 7,10, respectivamente.
As informações são do Cepea.
Reportagem, Luigi Mauri, narração, Sophia Stein.
LOC.: A saca de 60 quilos de soja está cotada, nesta segunda-feira (11), a R$ 139,29. O produto registra alta de 0,97% no valor, na comparação com a última cotação, na região de referência do Paraná.
Especificamente no litoral do Paraná, em Paranaguá, há o registro de alta de 0,86%, e a saca de 60kg é negociada a R$ 146,50.
Em relação ao preço do trigo, ocorre baixa dos preços no Paraná. O estado registrou queda de 0,75% na tonelada do trigo, que é negociada a R$ 1.295,10. Já no Rio Grande do Sul, houve estabilidade dos preços e a tonelada da commodity é negociada a R$ 1.220,47.
As informações são do Cepea.
Reportagem, Luigi Mauri, narração, Sophia Stein.
LOC.: Nesta segunda-feira (11), a saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 926,14 na cidade de São Paulo, em baixa de 0,66% com relação ao último fechamento. Já o café robusta registra alta, de 1,20%. A saca de 60 quilos, preço líquido, à vista, é comercializada a R$ 709,22 para retirada nas imediações da região produtora de Colatina e São Gabriel da Palha, no estado do Espírito Santo.
O açúcar cristal registrou baixa e é comercializado a, aproximadamente, R$ 155,25 por saca de 50 kg em São Paulo. Já em Santos, no litoral paulista, o valor da saca de 50 quilos registra alta, de 0,60%. Sem impostos, a saca do açúcar cristal é comercializada a R$ 150,55 na região.
O preço do milho registrou alta, de 0,23%. A commodity é negociada a R$ 65,94 para a região de referência de Campinas (SP).
Os valores são do Cepea.
Reportagem, Luigi Mauri, narração, Sophia Stein.