Gripe

01/06/2023 20:45h

Infectologista destaca a importância de se imunizar contra o vírus e informa quais cuidados devem ser tomados pela população para evitar a propagação

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A população de Minas Gerais terá a até o dia 31 de julho para se vacinar contra a influenza. O governo do estado prorrogou a campanha de vacinação contra o vírus que transmite a gripe. O adiamento vale para as pessoas que têm mais de seis meses de idade e a orientação é do Ministério da Saúde. 
 
A médica infectologista na Quality Life Clinic Joana D’arc destaca a relevância de se imunizar com a vacina contra a gripe. 

“É uma vacina que é atualizada anualmente, então todos os anos a gente precisa fazer porque tem novas variantes. A gente tomando anualmente a gente está protegido. Vale a pena você tomar a sua dose, fazer o seu reforço, mesmo quem não esteja  dentro da população de risco pode fazer uso da vacina sem problema nenhum. É uma proteção a mais para sua saúde”, considera.

Conforme preconiza o Ministério da Saúde, a meta era que a cobertura vacinal atingisse 90% da população. No entanto, Minas Gerais só obteve 46,38% da população imunizada. O grupo, composto por crianças e gestantes, apresentou um nível baixo na cobertura vacinal, ficando de 34,90% e 39,31%, respectivamente. 

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31/05/2023 07:00h

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) realiza atividades de vigilância do estado

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A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), por meio do seu Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA),  realiza atividades de vigilância ativa para Influenza Aviária, em todo o estado de São Paulo.

Até o momento, não existem suspeitas para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no estado de São Paulo, que esteja em análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/SP),  ou mesmo com resultado positivo emitido para Influenza Aviária. Com isso o Estado não deve no momento adotar nenhuma medida sanitária emergencial.

O zootecnista Denilson José explica que a gripe aviária é um vírus e, assim,  pode ser transmitido da mesma forma que uma gripe comum. 
“A gripe aviária é um vírus do H5N1, ele é uma gripe comum que se dá em aves e é acometido a seres humanos também”, explicou Denilson José. 

O zootecnista destaca que o vírus H5N1 não é transmitido através da carne do animal. 

 “Ela transmite de animal para os seres humanos via aérea. É igual a uma gripe comum, igual ao normal. Não tem como transmitir comendo a carne do animal”, destacou o zootecnista. 

A Defesa Agropecuária informa ainda que não existe qualquer restrição ao consumo de ovos e carne de aves, em razão dos focos existentes no Brasil.

As aves silvestres de vida livre são também vítimas da influenza aviária de alta patogenicidade  e toda suspeita deve ser notificada ao serviço veterinário oficial (pesa@cda.sp.gov.br ou https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/enderecos).
 

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Saúde
30/05/2023 20:00h

Tosse, espirros e outros sintomas da gripe são comuns aos sintomas da covid-19. Entenda como diferenciar e prevenir essas doenças

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Com a aproximação da estação mais fria do ano, o Inverno, os brasileiros começam a se preocupar em evitar as doenças respiratórias. Além das gripes e resfriados, a população também evita a covid-19, que chegou no Brasil há três anos. No dia 20 de maio, o país registrou cerca de 25 mil casos, enquanto no dia primeiro do mesmo mês, foram registrados em torno de 157 mil. Para que os números continuem caindo, é importante entender as diferenças entre as doenças e como preveni-las.

Gripe, resfriado ou covid-19?

A infectologista Ana Helena Gemoglio explica que a gripe, o resfriado e a covid-19 são causadas por vírus e transmitidas da mesma forma, por gotículas, por secreção respiratória de uma pessoa infectada para outra. Entretanto, os agentes causadores das doenças são diferentes.

“A gripe é provocada pelo vírus da influenza, o resfriado é provocado por outros rinovírus, adenovírus, para influenza e outros vírus respiratórios. E a covid-19 é transmitida pelo SARS-CoV-2”, informa a médica. Os sintomas, porém, são bem semelhantes.

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A infectologista Maria Daniela Bergamasco alerta que sintomas como tosse, dor de garganta, dor de cabeça, nariz entupido e coriza “são sintomas de gripe, mas que também podem aparecer no resfriado, na covid-19 e nas outras viroses respiratórias.”

De acordo com as especialistas, qualquer pessoa com esses sintomas deve passar por avaliação médica e fazer uma testagem para a covid-19, mesmo quem já foi vacinado ou quem já contraiu a doença anteriormente.

Nestes casos, o teste de detecção da covid-19 é importante para prevenir a disseminação do vírus, já que pessoas assintomáticas também podem transmitir a doença.

Para evitar o agravamento da doença, é necessário estar atento aos sintomas de alerta. “A persistência da febre por mais de três dias ou retorno da febre depois de dois dias de ter ficado afebril, a alteração do nível de consciência, com sonolência, uma fraqueza importante ou desmaios. Falta de ar, com sensação de dificuldade para respirar, qualquer desconforto respiratório ou aparecimento de cianose, que é quando a boca ou as extremidades das mãos, por exemplo, ficam mais arroxeados, isso é um sinal de falta de oxigênio”, detalha a médica. Quem apresentar esses sinais deve ir até um pronto socorro.

Prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra doenças respiratórias. “A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe”, informa.

Covid-19: mais de 19 milhões de doses da vacina bivalente já foram aplicadas

Além da vacinação, outras medidas são adotadas para evitar essas doenças. São elas:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;

Tipos de casos

O ministério ainda classifica a infecção pelo SARS-CoV-2 em cinco tipos principais:

  • Caso assintomático: caracterizado por teste laboratorial positivo para covid-19 e ausência de sintomas;
  • Caso leve: caracterizado a partir da presença de sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta ou coriza, seguido ou não de anosmia, ageusia, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, fadiga e/ou cefaleia;
  • Caso moderado: os sintomas mais frequentes podem incluir desde sinais leves da doença, como tosse persistente e febre persistente diária, até sinais de piora progressiva de outro sintoma relacionado à covid-19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarreia), além da presença de pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade;
  • Caso grave: considera-se a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Síndrome Gripal que apresente dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada de lábios ou rosto);
  • Caso crítico: os principais sintomas são sepse, síndrome do desconforto respiratório agudo, síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos, pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia intensiva.
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30/05/2023 18:40h

Ministério da Saúde orienta estados e municípios a ampliar calendário de ações locais enquanto durarem os estoques

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Termina nesta quarta-feira (31) a campanha nacional de vacinação contra a gripe. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 34,7 milhões de doses foram aplicadas. Para efetiva proteção da população, em especial os mais vulneráveis, é preciso que mais pessoas se vacinem.

A infectologista Joana D’arc destaca a importância de se vacinar contra a gripe todo ano. “É uma vacina que é atualizada anualmente, então todos os anos a gente precisa fazer porque tem novas variantes, e a gente tomando anualmente a gente está protegido. Vale a pena você tomar a sua dose, fazer o seu reforço, mesmo quem não está dentro da população de risco pode fazer uso da vacina sem problema nenhum. É uma proteção a mais pra sua saúde”, afirmou.

Quase 80 milhões de doses contra a doença foram distribuídas em todo o país. Com o encerramento da campanha, o Ministério orienta que estados e municípios ampliem o calendário de ações locais enquanto durarem os estoques de vacinas. A campanha de imunização contra a gripe faz parte da ação “Movimento Nacional pela Vacinação”, lançada em fevereiro para retomar as altas coberturas vacinais  no país. 

A imunização é o melhor jeito de prevenir casos leves e principalmente as complicações da doença, como explica o infectologista Julival Ribeiro. “A melhor maneira de a gente prevenir a influenza ou gripe, sobretudo agora que estamos entrando na fase sazonal da gripe aqui no Brasil, é fazer a sua vacinação. Se vacine e previna infecção da gripe, que pode infelizmente levar, sobretudo em pessoas de risco, a quadros graves com pneumonia e até a óbito”.

A gripe é uma infecção aguda no sistema respiratório, com grande potencial de transmissão. Os principais sintomas da gripe são febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça. 

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29/05/2023 18:00h

Desde janeiro deste ano, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul realizou 2.295 ações de vigilância ativa

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Devido ao decreto de estado de emergência zoossanitária no Brasil pelos próximos 180 dias, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) tem intensificado a vigilância sobre a disseminação da influenza aviária (H5N1) no estado do Rio Grande do Sul.

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Rosane Collares, explica que as atividades de vigilância ostensivas servem principalmente para que se tenha uma segurança de como está a situação sanitária das aves. 

“Nessas atividades são feitas visitas às propriedades rurais, onde se faz a parte da educação sanitária com o produtor rural, principalmente sobre o tópico de observação de qualquer sinal que seja diferente da normalidade do comportamento das aves para notificação imediata para o serviço veterinário oficial”, completa.

Até o momento, no país, foram diagnosticados três casos de contaminação pelo vírus H5N1 em aves silvestres migratórias no Rio de Janeiro e mais 3 casos no Espírito Santo. Todas as aves infectadas são da mesma espécie, a Thalasseus acuflavidus, ou trinta-réis-de-bando como é conhecida popularmente.

O veterinário Lucas Edel comenta que ainda não houve registro da doença em aves de criação no Brasil, apenas em aves migratórias. “Mas todos os cuidados estão sendo ainda realizados para que faça o monitoramento, se está tendo circulação nas aves domésticas aqui do nosso território”, afirma. 

De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, o Serviço Veterinário Oficial do estado realizou 2.295 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023. Estima-se que 1,82 milhão de aves foram observadas. Também foram realizadas 1.680 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 949 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, houve cinco suspeitas fundamentadas, mas todas foram descartadas.

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23/05/2023 19:55h

Decisão de estado de emergência zoosanitária no território nacional é assertiva e sua eficácia dependerá de como a população e o setor produtivo irão aderir às medidas de proteção. É o que defende o consultor de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias

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O vírus H5N1 é definido como um vírus da influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, porque ele está presente em algumas espécies de aves, principalmente migratórias. É o que explica Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Na última segunda-feira (22), o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, declarou estado de emergência zoosanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus em aves silvestres no Brasil. A medida foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União, na Portaria nº 587.

 Marilda Siqueira esclarece que o vírus H1N5 até o momento foi capaz de infectar poucos humanos, porém ainda não conseguiu fazer a adaptação necessária para ser transmitido de um humano a outro, pois ele se difere dos outros vírus sazonais em humanos, como a H1N1.  “Principalmente em algumas diferenças nos genomas desses vírus, que se refletem nessas proteínas de superfície e que fazem e permitem que eles possam ocasionar uma maior ou menor gravidade nos humanos, dependendo dessas características genômicas deles e dependendo também da adaptação que eles tenham ou não nos humanos e na resposta naturalmente imune que nós podemos fornecer contra este vírus”, argumenta.

A declaração do estado de emergência é válida por 180 dias. E é uma medida para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana. Para o consultor de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a decisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de emplacar estado de emergência é assertiva.

“Conscientizar a população de que não se deve pegar nessas aves contaminadas, conscientizar as granjas, o setor produtivo, para que reforce as medidas de proteção e as medidas de segurança, para efetivamente impedir a entrada deste problema no sistema industrial brasileiro, nas granjas comerciais”,  explica.

O consultor avalia que a eficácia da medida imposta pelo Mapa irá depender de como a população e o setor produtivo irão aderir às medidas de proteção. Porém, em questões de biosseguridade, o Brasil tem uma larga vantagem na comparação com diversos países ao redor do mundo. 

Iglesias também pontua que até o momento não houve nenhum impacto econômico e só haverá se o vírus atingir e se espalhar por granjas comerciais, do contrário, o país não terá problemas econômicos em relação a isso. 

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22/05/2023 15:40h

O médico veterinário Lucas Edel informa que a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade é considerada uma zoonose e pode infectar humanos

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A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) - H5N1 é classificada como zoonose, então existe risco de transmissão dos animais para os humanos. É o que afirma o médico veterinário Lucas Edel. “Essa infecção pode ocorrer por meio de contato direto com secreções dessas aves ou por meio de alguns utensílios que foram utilizados no manejo daquelas aves”, completa.

No último sábado (20), mais  dois casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1 foram identificados nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em decorrência dos novos episódios, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que tem intensificado as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o país. 

Também no último sábado, o Ministério da Saúde informou que as amostras dos 33 casos suspeitos de influenza aviária em humanos no estado do Espírito Santo deram negativas para o vírus H5N1. Outros dois  novos casos suspeitos estão sendo investigados. Desta forma, o Brasil segue sem nenhum caso em sua população. 

Edel explica que a alta patogenicidade é a capacidade do vírus de causar a doença naquele indivíduo, ou seja, essa IAAP tem maior probabilidade do animal ou pessoa que entra  em contato desenvolver a doença.

Para evitar possíveis contaminações, o veterinário orienta não entrar em contato com animais que apresentam algum tipo de secreção e caso o produtor avícola identifique o animal nessa condição, é necessário comunicar à Secretaria de Agricultura do município. 

“Caso faça, evite entrar em contato com mucosas oculares, mucosa oral e lave sempre as mãos com água e sabão”, orienta.

Segundo o Mapa, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF/ES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA/RJ) já estão adotando os procedimentos técnicos relacionados a essas novas ocorrências, em complementação às ações de comunicação e de vigilância que vinham sendo realizadas desde a detecção dos primeiros casos no Espírito Santo.

O Mapa frisa que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Em nota, a pasta pediu para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.

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16/05/2023 16:30h

Por meio de nota, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estado de alerta para aumentar a mobilização do setor privado e de todo o serviço veterinário oficial para incrementar a preparação nacional e aumentar a vigilância sobre a pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade

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Foram detectados 3 casos do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) - H5N1 em aves silvestres no litoral do Espírito Santo. Diante da notificação feita pelo Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica - ES, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) iniciou investigação sobre a suspeita do vírus, também conhecido como gripe aviária. 

O que é Influenza Aviária de Alta Patogenicidade

Lucas Edel, médico veterinário explica que a Influenza Aviária é dividida por duas formas, uma com alta patogenicidade e uma com baixa patogenicidade. “A patogenicidade é a capacidade que aquele vírus tem de causar a doença naquele indivíduo. Então essa IAAP a gente observa que existe maior probabilidade do animal ou pessoa que entrarem em contato desenvolverem a doença”, avalia.

O veterinário também expõe que pelo vírus ser considerado uma zoonose, existe risco de transmissão dos animais para os humanos. “Essa infecção pode ocorrer por meio de contato direto com secreções dessas aves ou por meio de alguns utensílios que foram utilizados no manejo daquelas aves”, completa.

Por meio de nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou que “o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declara estado de alerta para aumentar a mobilização do setor privado e de todo o serviço veterinário oficial para incrementar a preparação nacional, aumentando a vigilância sobre a pandemia de IAAP”.

Segundo a nota, a notificação da infecção pelo vírus em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre de IAAP e os demais países membros da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) não devem impor proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.

Fernando Henrique Iglesias, consultor do SAFRAS & Mercado, afirma que por se tratar de uma doença de aves selvagens, ela não irá gerar impacto em relação ao mercado no Brasil. 

“O Brasil não perde seu estado sanitário, não há risco algum no consumo de produtos avícolas, ou seja, não há risco no consumo de carne, frango, ovos, etc. Ela só trará prejuízos ao Brasil, se porventura a doença atingir granjas comerciais e entrar na cadeia produtiva brasileira”, esclarece. 

Iglesias também pontua que o país é grande uma potência em termos de seguridade e está adotando todas as normativas da OMSA, o que tem permitido uma boa resposta à doença, pois o Brasil segue as principais normas de biosseguridade para evitar a propagação do vírus.

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08/05/2023 21:00h

Nas últimas semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças

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A Fiocruz emitiu um alerta para o aumento dos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados do país. Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram os que mais tiveram casos positivos de síndrome respiratória aguda em públicos de diferentes faixas etárias, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e em Sergipe, a predominância de SRAG avança entre a população infantil. Em outros estados do Brasil, o sinal da doença ainda é baixo. 

O pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes destaca a importância de pais e responsáveis ficarem atentos aos sinais de gripe que as crianças apresentam. 

“Então é extremamente importante que a gente mantenha um olhar atento, que os pais, os responsáveis, estejam bastante atentos aos sinais de problemas respiratórios na sua criança. Está ali com o peito chiando, está com a respiração um pouco deficitária, com dificuldade de respirar, está apresentando algum incômodo, leve ao pediatra, leva ao posto de saúde, faz o acompanhamento mais próximo para poder ter o melhor acompanhamento médico possível para evitar um eventual quadro mais grave”, ressalta. 

De acordo com dados mais recentes, nas últimas quatro semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo. Já  em relação ao vírus Sars-CoV-2 (Covid-19), houve uma redução expressiva na população adulta, sendo  29,5% de casos positivos registrados na Epidemiológica (SE) 16, período de 16 a 22 de abril.

Casos de SRAG no país: 

Entre as capitais brasileiras, 11 delas apresentaram crescimento de casos da doença: Aracaju, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal,  Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro,  Salvador e São Luís. 

Este ano, 49.983 casos de SRAG já foram notificados,  sendo 19.250 (38,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 22.804 (45,6%) negativos, e ao menos 4.926 (9,9%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos confirmados,  4,2% são influenza A; 4% influenza B; 37% VSR; e 44% Sars-CoV-2. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 9,1% para influenza A; 6,2% para influenza B; 48,6% para VSR; e 29,5% para Sars-CoV-2. 

Apenas durante duas semanas, o Brasil obteve a marca de mais de 10 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. Apesar de não existir uma vacina contra a VSR, as vacinas disponíveis contra a influenza e covid-19,já ajudam a reduzir outros problemas respiratórios e infecções graves. 

O infectologista Dalcy Albuquerque enfatiza a importância de manter o ciclo vacinal de qualquer doença, em especial da gripe atualizada. 

“Quanto mais pessoas imunizadas menos o vírus circula, porque na melhor das hipóteses, mesmo que a pessoa adoeça, a carga viral dela é menor. Portanto, a possibilidade dela infectar outra pessoa e essa outra pessoa infectar outra e criar uma cadeia de transmissão é bem menor. Então por isso que é importante que o maior número possível de pessoas sejam imunizadas”.


 

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03/05/2023 13:48h

Durante essa época do ano, o vírus da gripe fica em evidência, por isso é importante estar com as vacinas em dia e beber bastante água

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O outono é uma época meio fria, em que o ar tende a ficar mais seco. Com isso, doenças respiratórias sobressaem e se proliferam com mais facilidade. A infectologista Larissa Tiberto alerta que com o tempo mais frio, a tendência é ficarmos em ambientes fechados, facilitando a disseminação do vírus da gripe. Outro fator relevante é que, como ar está mais seco, os poluentes tendem a aumentar, intensificando doenças respiratórias.

Segundo Larissa, os vírus mais comuns nessa época do ano são aqueles que ocupam o trato respiratório, como o rinovírus e a influenza, que podem causar resfriado, gripe, otite, sinusite e até mesmo pneumonia.

Situação de síndromes respiratórias 

De acordo com o último Boletim InfoGripe da Fiocruz, 19 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), nas últimas 6 semanas. Nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, observa-se crescimento em diversas das faixas etárias analisadas.

Em 2023 foram registrados 2.678  mortes, sendo 1.572 com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 963 negativos, e ao menos 67 aguardando resultado laboratorial.

Dentre os positivos do ano corrente, 4,3% são influenza A; 2,9% são influenza B; 4,5% são VSR; e 85,6% são Covid-19.

Como evitar

Por essas infecções virais estarem vinculadas a ambientes fechados ou de baixa ventilação, é preciso manter ambientes sempre arejados e procurar usar máscaras em ambientes de alta aglomeração. Werciley Júnior, infectologista explica que “se alguém estiver doente deve-se evitar estar naquele ambiente, porque uma pessoa doente, em um ambiente fechado, facilita a transmissão em demasia para todo mundo”, orienta. 

Outros cuidados para evitar a proliferação do vírus:

  • Lavar as mãos com frequência;
  • Uso frequente de álcool em gel;
  • Tomar a vacina contra a gripe;
  • Aumentar a ingestão de água;
  • Manter a vacina da gripe em dia;
  • Evitar exposição a ambientes com muita poeira ou fumaça;
  • Manter uma alimentação saudável;
  • Praticar exercícios. 

Influenza

A influenza é o vírus causador da gripe, que é uma infecção aguda do sistema respiratório e possui grande potencial de transmissão. São dois os tipos mais comuns do vírus, o A e o B. 

Os sintomas que podem aparecer em uma pessoa infectada são:

  • Febre;
  • Calafrios;
  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Dor muscular e/ou corporais;
  • Dor de cabeça;
  • Fadiga (cansaço);
  • Vômito e diarreia, mais comum no público infantil.

Segundo a Fiocruz, a transmissão ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, tossir ou falar; e também de forma indireta, quando após contato com superfícies contaminadas, a pessoa leva as mãos com o vírus até a boca, nariz e olhos.

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