O Ibovespa encerrou a última sessão em baixa de 0,06%, aos 145.499 pontos.
A bolsa voltou a bater recordes, puxados pelo otimismo dos investidores com a recente queda dos juros nos Estados Unidos. No entanto, a cautela vem do Brasil: o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 15% ao ano e reforçou que não há expectativa de cortes de juros no curto prazo, o que limita parte do entusiasmo local.
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 22.7 bilhões.
O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.
A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.
Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.
Com informações da B3.
A Frente Parlamentar de Comércio e Serviços promoveu, nesta quarta-feira (17), reunião para discutir duas pautas de interesse do setor produtivo: o PL 5552/23, de autoria do deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), que trata do trabalho aos domingos e feriados, e o PL 2766/21, de relatoria do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), sobre a dosimetria das multas aplicadas a empresas.
Sobre a proposta do trabalho aos domingos e feriados, o deputado Domingos Sávio (PL-MG), que é um dos presidentes da Frente, comentou que é fundamental garantir a liberdade de escolha: “Não tem cabimento proibir as pessoas de trabalhar. Todos têm direito ao descanso, mas é necessário que aqueles que querem ou precisam trabalhar possam fazer isso também aos domingos e feriados, desde que sejam respeitados todos os direitos do trabalhador. As cidades turísticas, onde milhares de pessoas dependem desses trabalhadores, só funcionam porque o serviço está disponível”, afirmou.
O projeto de Joaquim Passarinho propõe alterar leis como a do Repouso Semanal Remunerado (Lei nº 605/49), a da Participação nos Lucros e a da Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/19), para autorizar permanentemente o funcionamento do comércio aos domingos e feriados, sem necessidade de acordo ou convenção coletiva.
Segundo o parlamentar, a proposta busca encerrar de vez a insegurança jurídica provocada por sucessivas portarias do governo.
“Na reforma trabalhista, achávamos que tínhamos resolvido este problema e tiramos aquela dependência dos sindicatos terem que impor suas vontades contra outros sindicatos, e você acabar penalizando o povo, a sociedade e até mesmo os turistas de cidades turísticas. A relação era entre patrão e empregado, sem que isso retirasse direito trabalhista do empregado”, disse Passarinho.
O parlamentar destacou ainda que o objetivo é simplificar a regra e garantir estabilidade para o setor: “O queremos é apenas trabalhar, pagar imposto e melhorar este país. É um projeto que, definitivamente, independentemente de portaria, dá liberdade de trabalhar — lógico, havendo acordo entre patrões e empregados e respeitando a legislação atual.”
O segundo projeto discutido, de autoria do deputado Luiz Gastão, busca tornar mais equilibrada a atuação dos órgãos fiscalizadores. A proposta pretende evitar autuações múltiplas contra empresas, incentivar ações educativas com prazo para correções, substituir multas por reparações ao consumidor e definir a Secretaria Nacional do Consumidor como foro central para conflitos interestaduais.
A medida também altera dispositivos do Código de Defesa do Consumidor, com o objetivo de coibir práticas abusivas e garantir mais segurança jurídica às empresas.
O diretor institucional da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), João Andrade, destacou a importância das propostas: “A CACB espera fortemente que esses projetos vão para frente e a gente está acompanhando de perto para que isso tudo aconteça da melhor forma.”
Segundo Andrade, tanto o PL 5552/23 quanto o PL 2766/21 são fundamentais para o sistema associativista e para a economia como um todo.
O pagamento é realizado preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem
A CAIXA inicia nesta quinta-feira (18) o pagamento do Bolsa Família referente ao mês de setembro para os beneficiários com o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 2.
O pagamento é realizado preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem. Com a conta CAIXA Tem, os beneficiários podem pagar contas e fazer transferências diretamente pelo aplicativo no celular.
O benefício também pode ser movimentado com o cartão de débito da conta em comércios, Unidades Lotéricas, Correspondentes CAIXA Aqui, terminais de autoatendimento e Agências da CAIXA. Além disso, é possível realizar saques sem cartão nos terminais de autoatendimento e Unidades Lotéricas, utilizando a identificação biométrica previamente cadastrada em uma agência da CAIXA.
No aplicativo Bolsa Família é possível acompanhar as informações do benefício, além de receber atualizações e novidades sobre o Programa.
Para baixar os aplicativos CAIXA Tem e Bolsa Família, basta acessar a loja de aplicativos do seu smartphone. É gratuito.
A relação dos brasileiros com dinheiro foi investigada por um estudo da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados. Os dados mostram que 63% dos brasileiros das classes A, B e C estão preocupados com dinheiro para o futuro. Do total, 48% dos entrevistados apontam que até conseguem pagar as contas, porém os recursos não sobram no final do mês.
Em relação ao gerenciamento do dinheiro, 30% disseram que conseguem gerenciar bem e ainda sobra. Já 11% precisam pedir ajuda ou empréstimos para pagar as contas. Outros 5% deixam uma ou mais contas para o mês seguinte e 6% não quiseram ou não souberam responder.
Pelo estudo, o percentual de brasileiros que pagam as contas, mas não conseguem guardar dinheiro, é maior entre os mais jovens – chega a 55%. Os moradores do Sudeste representam, ainda, 53% desse público e quem estudou até o ensino médio 51%. Entre moradores do Nordeste ou quem estudou até o ensino médio, 7% responderam que precisam deixar as contas para o mês seguinte por falta de recursos para efetuar os pagamentos.
A pesquisa sobre o endividamento no Brasil aponta que o cartão de crédito é o principal vilão – ocupando o lugar de dívida mais comum para 51% da população. É o caso do profissional de soluções de segurança cibernética, William Freire de Souza, 37 anos, morador de Ceilândia (DF). Na faixa etária dele, 66% dos respondentes têm dívidas nesse formato.
William conta que, há alguns anos, vive num ciclo onde o salário não acompanha o custo de vida com os imprevistos do cotidiano – com gastos com o carro, por exemplo. Ele relata que recorre ao cartão de crédito para complementar, porém vive nessa situação de decadência do cartão há anos.
Segundo William, o salário acaba não suprindo todas as necessidades da sua família – cenário que o leva a aumentar cada dia a dívida com o crédito.
“Você vai comprando coisas parceladas e fica com seu crédito comprometido, com seu salário comprometido e quando percebe, já usa todo o seu salário para pagar fatura e outras despesas fixas e só lhe resta o cartão de crédito para se manter durante o mês e vai acumulando mais e mais dívida cada mês que passa”, diz.
Apesar de definir a sua situação com o cartão de crédito como “uma bola de neve”, William ressalta que tem buscado melhorar a sua questão financeira. “Estou tentando reorganizar minha vida financeira para poder gerenciar esses gastos”, afirma o profissional.
Além do cartão de crédito, outros tipos de dívidas também têm um peso significativo na vida dos entrevistados, conforme a pesquisa, como os empréstimos pessoais (28%) e o financiamento de veículos ou imóveis (17%).
Em relação à parcela da população preocupada com o futuro financeiro, 35% se dizem muito preocupados e apenas 2% afirmaram não ter nenhuma preocupação em relação ao futuro financeiro.
William destaca os impactos que sofre a partir da dependência do cartão de crédito e do acúmulo de dívidas, como a dificuldade de fazer planos para o futuro:
“O impacto que isso tem, ou a consequência, do acúmulo de dívidas de cartão de crédito, é que não sobra dinheiro para planejar o financiamento de um imóvel, troca de um veículo, fazer uma viagem, investir em algum tipo de aperfeiçoamento, porque você está sempre comprometido, nunca tem salário sobrando. Então, fica difícil fazer planos para o futuro.”
O futuro financeiro demonstra ser uma preocupação maior dos jovens entre 16 a 24 anos. Cerca de 84% se disseram preocupados (27%) ou muito preocupados (57%) com dinheiro.
Em relação à renda, os brasileiros das classes A dividem a maior preocupação com o futuro financeiro com quem é da Classe B: 80% dos mais ricos afirmam estar preocupados ou muito preocupados com o futuro financeiro. Entre quem é da classe B, o percentual atinge 79%.
Ligada ao futuro financeiro, a aposentadoria também é uma grande preocupação para 33% dos brasileiros das classes A, B e C. Outros 24% se disseram apenas preocupados, somando 57%.
Na região Nordeste, 58% dos brasileiros têm dívidas com cartão de crédito. No Sudeste e Sul do país o percentual chegou a 54%. Já Norte e Centro-Oeste registrara, 33% das respostas.
Em relação ao futuro incerto, enquanto o percentual nacional é de 63%, apenas as regiões Sudeste e Sul apresentaram entrevistados preocupados ou muito preocupados acima do percentual nacional – 69% e 68%, respectivamente. Norte e Centro-Oeste somaram 53% e Nordeste 56% dos entrevistados.
Quanto à incerteza futura, 57% demonstram receio ao pensar na aposentadoria. Novamente, apenas as regiões Sudeste e Sul apresentaram entrevistados preocupados ou muito preocupados – sendo 61%. Norte e Centro-Oeste, 41% e Nordeste 57%.
No cenário em que está apertado, considerando que consegue pagar todas as contas, mas não sobra nada – 53% dos entrevistados são do Sudeste e 50% do Sul. O percentual cai para 40% nas regiões Norte e Centro-Oeste e para 43% no Nordeste.
Para realizar o estudo, a Nexus entrevistou 1.010 cidadãos com idade a partir de 16 anos, das classes A, B e C, nas 27 Unidades da Federação (UFs). As entrevistas foram realizadas de forma online entre 08 e 09 de agosto de 2025.
A margem de erro no total da amostra é de 3 p.p, com intervalo de confiança de 95%.
A pesquisa considerou as classes A, B e C, segundo o Critério Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (Abep). De acordo com a instituição, no total, essas classes representam cerca de 120 milhões de brasileiros.
Confira a renda média de cada classe conforme a Abep:
O Ibovespa encerrou a última sessão em alta de 1,06%, aos 145.593 pontos, o maior fechamento da história do índice.
O otimismo vem do corte de juros nos EUA e da expectativa de que a Selic no Brasil seja mantida em 15%, deixando os investimentos no país mais atrativos.
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último pregão:
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 25.8 bilhões.
O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.
A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.
Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.
Com informações da B3.
O dólar terminou esta quarta-feira (17) cotado a R$ 5,30, após encerrar o último pregão em alta de 0,06%.
O movimento foi influenciado pela decisão do Federal Reserve. O banco central dos Estados Unidos reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4% a 4,25% ao ano. É o primeiro corte de 2025 e marca o início de um novo ciclo de flexibilização monetária. A medida tende a reduzir a atratividade do dólar no mercado internacional.
O euro encerrou o último pregão com desempenho negativo, cotado a R$ 6,26.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | 1 | 0,1887 | 0,1597 | 0,1384 | 27,7369 | 0,1489 | 0,2599 | 0,2836 |
USD | 5,3007 | 1 | 0,8468 | 0,7339 | 147,03 | 0,7892 | 1,3777 | 1,5032 |
EUR | 6,2618 | 1,1809 | 1 | 0,8668 | 173,63 | 0,9320 | 1,6268 | 1,7752 |
GBP | 7,2227 | 1,3625 | 1,1538 | 1 | 200,33 | 1,0753 | 1,8770 | 2,0481 |
JPY | 3,60539 | 0,6802 | 0,5760 | 0,4992 | 1 | 0,5368 | 0,9371 | 1,0223 |
CHF | 6,7165 | 1,2672 | 1,0730 | 0,9300 | 186,30 | 1 | 1,7457 | 1,9047 |
CAD | 3,8475 | 0,7258 | 0,6146 | 0,5328 | 106,73 | 0,5729 | 1 | 1,0911 |
AUD | 3,5274 | 0,6653 | 0,5633 | 0,4883 | 97,81 | 0,5250 | 0,9165 | 1 |
Os dados são da Investing.com
O pagamento é realizado preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem
A CAIXA inicia nesta quarta-feira (17) o pagamento do Bolsa Família referente ao mês de setembro para os beneficiários com o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 1.
O pagamento é realizado preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem. Com a conta CAIXA Tem, os beneficiários podem pagar contas e fazer transferências diretamente pelo aplicativo no celular.
O benefício também pode ser movimentado com o cartão de débito da conta em comércios, Unidades Lotéricas, Correspondentes CAIXA Aqui, terminais de autoatendimento e Agências da CAIXA. Além disso, é possível realizar saques sem cartão nos terminais de autoatendimento e Unidades Lotéricas, utilizando a identificação biométrica previamente cadastrada em uma agência da CAIXA.
No aplicativo Bolsa Família é possível acompanhar as informações do benefício, além de receber atualizações e novidades sobre o Programa.
Para baixar os aplicativos CAIXA Tem e Bolsa Família, basta acessar a loja de aplicativos do seu smartphone. É gratuito.
Parlamentares e lideranças do setor produtivo defenderam nesta terça-feira (16), em audiência pública na Câmara dos Deputados, a atualização imediata dos limites de faturamento do Simples Nacional. Congelada desde 2018, a tabela ameaça a competitividade de milhões de micro e pequenas empresas, que respondem pela maior parte dos empregos formais no país.
O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Alfredo Cotait Neto, destacou que a correção é uma questão de justiça tributária. Segundo ele, o congelamento obriga empresas em crescimento a sair do regime sem terem, de fato, ampliado suas atividades.
“No Brasil, tudo tem correção. Se atraso o pagamento de um imposto, a correção chega a 20, 30, 40 por cento. A única coisa que não corrige é a tabela do Simples Nacional. Mas por que não corrige? Qual é a razão? Exatamente por causa dessa pressão para acabar com o Simples Nacional.”, afirmou Cotait.
O dirigente também ressaltou que, desde a criação do regime em 2007, o número de empreendedores saltou de 1 milhão para mais de 23 milhões, o que reforça a importância do modelo para a inclusão social e econômica. “O Simples não é uma renúncia fiscal, e sim uma grande revolução social”, disse.
Levantamentos da CACB apontam que a defasagem dos valores atinge diretamente cerca de 18 milhões de empresas, responsáveis por 74% dos negócios ativos no Brasil.
A proposta defendida pela entidade é corrigir os limites em 83,03%, com base na inflação acumulada. Isso faria o teto do Microempreendedor Individual (MEI) subir de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil; o da microempresa, de R$ 360 mil para R$ 869,4 mil; e o da empresa de pequeno porte, de R$ 4,8 milhões para R$ 8,69 milhões.
Segundo cálculos do setor, a medida poderia gerar mais de 869 mil novos empregos e injetar R$ 81,2 bilhões na economia. Atualmente, a arrecadação do Simples Nacional corresponde a apenas 5% da receita da União.
Presente na audiência, a diretora jurídica da Fecomercio-SP, Sarina Manata, reforçou que não se trata de ampliar benefícios, mas de corrigir uma distorção que se acumula há anos.
“Os valores podem parecer dobrar, alguns limites que até dobram. Mas isso acontece justamente porque há muito tempo não são atualizados. A gente tem uma lei complementar que instituiu o Simples Nacional, que é de 2006. Em 2016 até houve uma atualização de algumas faixas, mas não de tudo. Então, tem alguns valores que estão desatualizados desde 2006. Por isso, alguns até duplicam. E a gente não está falando de querer ampliar o Simples Nacional. Toda vez que você deixa de atualizar essas faixas, o que acontece é que se paga mais tributo”, destacou Sarina.
Dados do Sebrae Nacional apresentados na audiência mostram que o Simples Nacional reúne hoje cerca de 24 milhões de empresas, das quais 16,5 milhões são MEIs e 7,5 milhões são micro e pequenas empresas. Juntas, elas representam 97% das companhias ativas no país, respondem por 25% dos empregos formais e foram responsáveis por 77% das vagas criadas nos últimos cinco anos. O setor movimenta anualmente R$ 2,5 trilhões e arrecada R$ 167 bilhões em tributos, o equivalente a 27% do PIB.
O deputado Zé Adriano (PP-GO), presidente da sessão, reforçou que a correção precisa ser tratada como prioridade pelo Congresso Nacional. “Seria essencial que essa correção acontecesse todos os anos, mas, como isso não ocorre. Temos hoje uma defasagem gritante, que causa um grande prejuízo aos negócios”, afirmou.
O parlamentar disse ainda que a comissão acompanhará o processo junto ao presidente da Câmara para levar o tema ao Plenário o quanto antes.
Diante da redução da estimativa para o crescimento do PIB em 2025 de 2,5% para 2,3% pelo Ministério da Fazenda, especialistas avaliam que o recuo da projeção reflete uma política fiscal expansionista sem contrapartidas econômicas. Além disso, a atuação também exige que o Banco Central tenha uma política monetária contracionista, com a taxa de juros elevada.
Segundo a pasta, a revisão do percentual está relacionada a “sinais de desaceleração” da atividade econômica.
Os dados compõem o Boletim MacroFiscal, feito pela Secretaria de Política Econômica da Fazenda.
O economista-chefe da Genial Investimentos José Márcio de Camargo afirma que a redução da projeção decorre da perda de fôlego da economi
“O Ministério da Fazenda reduziu a projeção de crescimento do PIB porque começa a ficar cada vez mais claro que a economia brasileira está desacelerando. A razão pela qual isso está acontecendo está relacionada ao fato de que o governo tem uma política fiscal bastante expansionista, com um déficit público bastante elevado e crescendo substancialmente todos os anos”, afirma.
Já o professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômicas (MackLiber), Allan Gallo, salienta que a queda da projeção da economia não é apenas um número.
Segundo Gallo, as consequências podem atingir não apenas o setor produtivo de forma negativa, mas também a população brasileira.
“Quando você diminui a atividade econômica, além de você penalizar o setor produtivo, as pessoas que consomem e as empresas têm menos espaço para arrecadação, você está danificando a base de arrecadação, que vai significar mais pressão sobre o déficit, que está aumentando, e consequentemente, você vai ter juros mais altos por mais tempo. É um ciclo da morte, um ciclo vicioso. O governo gasta mal, o déficit sobe, o Banco Central responde com juros elevados e o PIB cresce menos”, aponta.
Para Gallo, o governo Lula mantém uma política de gastos elevados que limita o crescimento de longo prazo: “Quando a política fiscal é expansionista e desordenada, que é o caso do governo atual, a política monetária tem que ser mais contra-economista. Quem estuda um pouco de macroeconomia sabe que nesse cenário, juros elevados e gastos em excesso, o resultado é um crescimento menor. Não tem como sustentar um crescimento a longo prazo”, afirma Gallo.
Na avaliação dele, a falta de responsabilidade econômica na gestão reflete em custos de consumo.
“Isso é o típico caso em que a irresponsabilidade fiscal se traduz diretamente no custo social, mas não adianta dizer que não se come PIB – como as pessoas às vezes as pessoas maldosamente falam – porque diminui a produtividade, diminui o padrão de vida das pessoas. Não é uma questão apenas do alto empresariado, é uma questão da pessoa que está lá na ponta, na base da pirâmide mesmo, que tem o seu consumo prejudicado”, pondera Gallo.
Já José Márcio de Camargo diz que o aspecto importante desse processo é o excesso de gastos. “No caso do Brasil, não apenas a quantidade de gastos é muito elevada, como a qualidade dos gastos é muito ruim, ou seja, você tem gastos elevados e ao mesmo tempo com uma qualidade bastante ruim, então é certo”, destaca Camargo.
Segundo Gallo, o governo falha ao “gastar muito e gastar mal, sem ajustar as despesas obrigatórias”. Para ele, esse cenário cria um ambiente de estagnação econômica.
“Não é uma surpresa que o PIB tenha sido revisado para baixo, que o ambiente criado é de estagnação induzida pela própria política econômica do governo”, avalia Gallo.
Segundo ele, o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil, não explica sozinho o recuo da projeção do PIB. “No nosso caso aqui, o maior peso vem de dentro, que o governo insiste em políticas de gastos sem algum tipo de contrapartida e isso acaba minando a credibilidade do arcabouço fiscal.”
Já Camargo destaca que, como o Banco Central tende a manter a Selic alta, acarreta em impactos para a sociedade.
“Isso significa que o custo dessa política fiscal extremamente expansionista é uma política monetária também muito contracionista e extremamente cara para a sociedade brasileira em termos do custo para manter a inflação na meta”, pontua Camargo.
Conforme o Boletim MacroFiscal, a atividade tem mostrado sinais de desaceleração no país. “O PIB do segundo trimestre revelou moderação no crescimento de atividades cíclicas e contribuição negativa da absorção doméstica para o crescimento. O ritmo de expansão das concessões de crédito tem se reduzido, junto com o aumento nas taxas de juros bancárias e na inadimplência. Embora a taxa de desemprego siga no menor patamar da série histórica, já se percebe uma tendência de desaceleração na expansão da massa de rendimentos real”, diz um trecho da publicação.
O Boletim informa que esse o desaquecimento da atividade econômica está associado à política monetária restritiva, Segundo o documento, a ação acarreta na desaceleração do crédito – considerando a taxa de juros básica em 15% ao ano.
Entre os motivos do recuo da atividade, a publicação também aponta que o mercado de trabalho também demonstra sinais de desaquecimento. “Apesar da taxa de desemprego ainda estar em 5,8%, no mínimo histórico, o ritmo de expansão tanto da população ocupada como da força de trabalho tem desacelerado na comparação interanual”, diz o boletim.
A expectativa para o próximo trimestre é de que a desaceleração da atividade continue, de acordo com o Ministério da Fazenda.
O dólar terminou esta segunda-feira (15) cotado a R$ 5,32, após encerrar o último pregão em queda de 0,61%. A moeda emenda quarta queda frente ao real.
O movimento acompanhou a desvalorização da moeda norte-americana no exterior, em meio à expectativa para as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil nesta quarta-feira.
Cotação do euro
O euro encerrou o último pregão com desempenho negativo, cotado a R$ 6,25.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
Código | BRL | USD | EUR | GBP | JPY | CHF | CAD | AUD |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | 1 | 0,1880 | 0,1598 | 0,1382 | 27,7122 | 0,1493 | 0,2589 | 0,2818 |
USD | 5,3201 | 1 | 0,8501 | 0,7349 | 147,42 | 0,7945 | 1,3775 | 1,4989 |
EUR | 6,2578 | 1,1763 | 1 | 0,8645 | 173,41 | 0,9345 | 1,6202 | 1,7635 |
GBP | 7,2385 | 1,3607 | 1,1567 | 1 | 200,57 | 1,0809 | 1,8740 | 2,0399 |
JPY | 3,60861 | 0,678357 | 0,57670 | 0,498567 | 1 | 0,5389 | 0,93440 | 1,01683 |
CHF | 6,6962 | 1,2588 | 1,0701 | 0,9251 | 185,55 | 1 | 1,7339 | 1,8868 |
CAD | 3,8620 | 0,7260 | 0,6172 | 0,5336 | 107,03 | 0,5768 | 1 | 1,0883 |
AUD | 3,5486 | 0,6670 | 0,5672 | 0,4903 | 98,33 | 0,5299 | 0,9187 | 1 |
Os dados são da Investing.com