Investimento total será de R$ 30 milhões; interessados podem se inscrever até 31 de maio
Está aberta uma seleção pública para patrocínio de projetos de artes visuais, cinema, dança, música, teatro e vivências. O investimento total será de 30 milhões de reais. Os interessados podem se inscrever no site www.programaculturalcaixa.com.br até o dia 31 de maio. Essa iniciativa marca a retomada do apoio da CAIXA à produção artística e cultural brasileira. O objetivo é planejar a programação do período de setembro de 2023 a março de 2024 das sete unidades da CAIXA Cultural, nas cidades de Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
A última edição do Programa de Ocupação dos Espaços da CAIXA Cultural foi em 2018. Para a presidente da CAIXA, Rita Serrano, com o retorno dos investimentos será possível reaquecer a economia cultural do país. “Nós estamos retomando o investimento em cultura e democratizando o acesso, porque todos os projetos de cultura, os acessos às pessoas é um direito. Nós estamos abrindo um edital para poder colher projetos que nós vamos selecionar e já começar a retomar esses espaços que são nossos e nós queremos que ele seja de todos”, afirmou a presidente.
A seleção é válida para participantes de todo o país. Cada idealizador pode inscrever até 10 projetos independentemente do ramo cultural que fazem parte ou de haver itinerância para cada um deles. Serão consideradas somente as inscrições com preenchimento completo, finalizadas e enviadas no prazo. A inscrição deve ser feita por pessoa jurídica ou por microempreendedor individual, MEI, desde que a natureza seja de finalidade cultural.
A relação dos projetos selecionados será divulgada até julho no site www.caixacultural.gov.br.
Nesta quinta-feira (16), a Livraria Cultura conseguiu uma liminar que suspende o decreto de falência da empresa. O desembargador J. B. Franco de Godoi, da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, acolheu o pedido da livraria e suspendeu a falência, que havia sido decretada no último dia 9, pelo juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Em nota publicada nas redes sociais, a Livraria Cultura afirma que “recebeu com muita alegria no início dessa manhã, que a ação de falência foi suspensa. O momento agora é de focar nos projetos que estamos desempenhando em busca da recuperação e expansão da empresa”, afirmou. A empresa informou ainda que as duas lojas físicas (em São Paulo e em Porto Alegre), o site, o Hub Cultura e a programação do Teatro Eva Herz seguem operando normalmente.
No último dia 10, data seguinte à decisão quanto à falência da empresa, houve um movimento de desmonte do espaço físico da livraria localizado na Avenida Paulista, um dos cartões postais de São Paulo, por parte de fornecedores e de grandes editoras. O objetivo da correria para esvaziar as prateleiras era recolher as mercadorias antes que o espaço fosse bloqueado e lacrado pela Justiça. O fluxo foi registrado em fotos e vídeos por internautas.
"É notório o papel da Livraria Cultura, de todos conhecida. Notória a sua (até então) importância, e não apenas para a economia, mas para as pessoas, para a sociedade, para a comunidade não apenas de leitores, mas de consumidores em geral. É de todos também sabida a impressão que a Livraria Cultura deixou para o Prêmio Nobel de Literatura José Saramago, que a descreveu como uma linda livraria, uma catedral de livros, moderna, eficaz e bela. Mas a despeito disso tudo, e de ter este juízo exata noção desta importância, é com certa tristeza que se reconhece, no campo jurídico, não ter o Grupo logrado êxito na superação da sua crise", sustentou o juiz que concedeu a liminar.
A falência da rede de lojas havia sido decretada após um processo de recuperação judicial que teve início em 2018. A decisão foi tomada após mais de quatro anos do pedido de recuperação da empresa, quando foi informado pela varejista um montante devido de R$ 285,4 milhões. Imersa em acusações de fraude e alvo de relatos de assédio moral há alguns anos, a Livraria Cultura já teve unidades em diversas capitais e agora estava apenas em São Paulo e Porto Alegre.
Em seu auge, eram quatro unidades no Conjunto Nacional da Avenida Paulista - a principal, uma voltada ao mundo geek, uma exclusiva da Companhia das Letras e outra para livros de arte. Na decisão de falência, o juiz determinou que sejam identificados os bens, documentos e livros, bem como a avaliação desses bens. Ativos financeiros e contas em nome da livraria e da 3H Participações (holding que controlava a companhia) deverão ser bloqueadas.
O economista do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal Newton Marques explicou, em entrevista ao Brasil 61 a diferença entre os dois movimentos: “A falência supera a recuperação judicial. A recuperação judicial é uma iniciativa dos donos da empresa que pedem ao juiz para que possam ter um cronograma de pagamento aos seus credores. E no caso da falência não; quebrou e não tem condições de fazer nenhum plano de pagamento aos credores, e ver o que vai sobrar para ser dividido, dessa massa falida, entre os credores.”
O economista também comentou sobre como essa falência poderia impactar o setor cultural do país. “A falência da Livraria Cultura é um fato que prejudica bastante o mercado de livrarias no Brasil, porque a Livraria Cultura sempre foi uma referência, um ícone, e é claro que uma empresa do porte da Livraria Cultura tem um impacto muito grande no setor, e no meio dos consumidores, dos leitores”.
Para a jornalista, professora de Língua Portuguesa e doutoranda em Comunicação Asminne Barbosa a falência representaria um prejuízo à sociedade como um todo. “Os leitores e apaixonados por literatura recebem com tristeza a informação da falência da livraria Cultura, que sempre representou um marco cultural da cidade, um espaço de mobilização cultural e artístico. É a perda de um local de disseminação de conhecimento. Mas também acredito que é um momento dos leitores se voltarem para a valorização das livrarias, principalmente as pequenas, as independentes e as de nicho, que estão voltadas ou dedicadas exclusivamente por exemplo para autores e autoras negras”, comentou.
Há quem diga que o ano só começa de verdade depois de fevereiro, porque o segundo mês do ano é o mais esperado para curtir os festejos de carnaval ou tirar aquele merecido descanso longe da “muvuca”. Tanto para quem vai cair na folia como quem só quer descansar, e busca paz viajar feriado prolongado e ainda economizar, é necessário planejar com antecedência.
Segundo a agência de viagem TurMundi, os destinos mais procurados nessa época são as cidades praianas onde o carnaval é animado, com muitas atrações. São elas: Recife e Salvador por conta dos famosos blocos de Olinda (PE) e os trios-elétricos, na Bahia. São Paulo e Rio de Janeiro também estão entre as mais procuradas, sobretudo por causa dos desfiles das escolas de samba, Esses são também os destinos mais escolhidos pelos estrangeiros que vêm aproveitar o carnaval no Brasil.
De acordo com a CEO e agente de viagem da TurMundi, Bruna Bilbao, por ser uma época de alta temporada, as passagens sempre ficam mais caras, sejam aéreas ou rodoviárias.
“As passagens tanto de ônibus quanto de avião só aumentam, não ficam mais acessíveis por ser alta temporada. Então sempre fica mais caro. Inclusive, a alta da gasolina faz com que aumente mais, e não só as passagens, como os hotéis também, e até restaurantes. Tudo na cidade fica mais caro, principalmente nos locais que têm grande atrativos, tudo aumenta mais”, explicou Bruna Bilbao.
Para viajar para esses destinos, a média de valores dos trechos saindo da capital federal fica em torno de R$ 2.500 as passagens de ida e volta. Além disso, a agente de viagem afirma que os hotéis e pousadas aproveitam a época de alta temporada para encarecer os serviços e conseguir se manter nos períodos em que os hotéis estão mais vazios.
“Os hotéis e as pousadas aproveitam esse período para encarecer os serviços, porque logo depois que acaba o carnaval, a gente já entra na baixa temporada, que seria entre março, abril, maio e junho, então são períodos que ficam com hotéis vazios. As pessoas não viajam muito porque estão trabalhando, as crianças estudando, então eles aproveitam esse período de alta temporada que é dezembro, janeiro e fevereiro para conseguir se manter o restante do outro semestre até chegar julho, que é alta temporada de novo”, enfatizou a CEO da agência de viagens.
A moradora de Samambaia (DF), Ivanilde Andrade (45), conta que todos os anos tem o costume de viajar no carnaval, mas esse ano não conseguiu se programar antes e com os valores mais altos não conseguirá viajar para o destino desejado.
“Todo ano no carnaval, eu e meu esposo viajamos, de preferência para a praia, mas as passagens ultimamente estão muito caras. O jeito que tem é pegar o carro e ir para a cidade dele no Paraná ou para a minha no estado de Minas Gerais”, explicou Ivanilde Andrade.
Para quem deseja aproveitar o feriado, mas deixou para se planejar de última hora, a agente de viagens tem dicas de como aproveitar o carnaval sem gastar tanto.
“A dica é: procurar lugares próximos, por exemplo, aqui em Brasília a gente tem um novo resort que inaugurou que é o “Tauá” e fica a uma horinha daqui, ou seja, você já economiza no sentido de não ter que pagar passagens aéreas. Você só pagaria a hospedagem que já inclui café da manhã, almoço e jantar, então é uma boa pedida”, recomenda Bruna Bilbao.
Em dezembro, o SESI Lab aposta em uma programação recheada de atividades educativas e culturais. Entre as atrações deste mês estão sessões de cinema, jogos, oficinas, visitas guiadas, entre outras atividades, sendo uma ótima opção de lazer para esse período de férias. O museu interativo nasceu de uma parceria entre o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
O espaço multiuso, inaugurado em 30 de novembro, no antigo Edifício Touring Club, no coração de Brasília, tem o intuito de agregar conhecimento de modo lúdico, interativo e democrático. De acordo com a gerente de Programação Cultural do SESI, Agnes Mileris, as atrações para este mês foram pensadas para atrair todos os públicos.
“Toda essa programação e exposições têm entrada gratuita até dia 31 de dezembro. A gente preparou essa programação educativa e cultural bem especial nesse primeiro mês. A gente espera todos os visitantes aqui de Brasília para vir aqui, conhecerem o museu e participarem das atividades com a gente.”, convida Agnes Mileris.
A participação nas atividades necessita de retirada de senha, obtida no balcão de recepção, 30 minutos antes de cada atração. Para as sessões de cinema, as entradas são retiradas no mesmo local, mas com uma hora de antecedência. As visitas guiadas são feitas todos os dias às 10h30 e às 15h30, também mediante retirada de senha.
Para ter acesso gratuito ao museu interativo é necessário retirar o ingresso na plataforma Sympla. No entanto, o espaço não vai estar aberto ao público nos períodos de 24 a 26 de dezembro e 31 de dezembro a 2 de janeiro, retomando as atividades no dia 3 de janeiro.
Confira a programação para este mês:
O antigo Edifício Touring Club, localizado próximo à Rodoviária do Plano Piloto e a Biblioteca Nacional, foi transformado em um reduto da união entre ciência, tecnologia, arte e cultura. O SESI Lab tem 8.000 metros quadrados de área construída, que conta espaços expositivos, salas interdisciplinares, cafeteria e loja de artigos exclusivos. Segundo o diretor de Operações do SESI, Paulo Mól, o complexo multiuso com experiências sensoriais e educativas foi pensado para ser um espaço lúdico, democrático e inclusivo.
“É uma forma da gente demonstrar o compromisso que o SESI tem com a educação de qualidade, com a formação dos nossos alunos, com a melhoria da educação no país. Então é o SESI, na Esplanada dos Ministérios, no centro do poder, no centro do país, deixando uma mensagem clara de melhora da educação e que a agenda da educação é prioritária para se ter um país melhor”, ressalta Paulo Mól.
O SESI Lab funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, domingo e feriados, das 10h às 19h. Toda primeira quinta-feira do mês o horário de funcionamento será estendido, das 9h às 21h.
Tem programação cultural gratuita em clima natalino chegando à Brasília. Neste domingo, 11 de dezembro, a CAIXA Cultural Brasília inaugura a 12ª edição da atração “O Magnífico Circo de Natal”.
No evento, os visitantes terão acesso à brinquedos, oficinas e espetáculos. A programação ocorre na área externa da CAIXA Cultural, com visitação até o dia de 6 de janeiro.
A atração natalina da CAIXA não ocorreu nos últimos dois anos seguindo as medidas de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19. Agora, nessa edição, além da presença do Papai Noel, o evento contará com mágicos, duendes e renas. O público também poderá conferir espetáculos natalinos apresentados pela Cia Teatral Mapati.
A programação terá: “Os Saltimbancos de Natal”, que é uma trupe de duendes palhaços; “Academia de Trapezistas” com cama elástica; “Labirinto dos Mágicos” composto por um grande brinquedo. Também haverá a “Escola dos Duendes”, com oficina de malabares; o “Palco Picadeiro”, com shows de mágica, contação de histórias e coral natalino e “O Espetáculo do Natal”, que oferece uma experiência imersiva de vídeo.
A CAIXA criou ainda espaços instagramáveis para fotos. Serão cinco cenários natalinos representando as regiões brasileiras, com decoração e elementos cenográficos nos quais os visitantes poderão interagir, fotografar e compartilhar as imagens nas redes sociais. O espaço vai funcionar no prédio da Matriz I da CAIXA.
Para participar do Magnífico Circo de Natal, basta fazer o cadastro e agendamento da visita pelo site www.magnificonatalcaixa.com.br, a partir desta sexta-feira, 9 de dezembro.
Além de aventuras, a atração natalina da CAIXA vai proporcionar lições de educação financeira para a garotada. Na entrada do evento, o participante receberá um cartão com créditos limitados. Para brincar, é necessário passar o cartão em cada atração natalina até chegar ao encontro com o Papai Noel.
As atrações do Magnífico Circo de Natal vão acontecer das quatro da tarde às dez horas da noite, de segunda a sexta-feira. Já aos sábados e domingos, o horário será das onze da manhã às dez horas da noite. Os portões fecham diariamente às 21h.
Nos dias 24, 25, 31 de dezembro e em 1º de janeiro, o parque estará fechado. A CAIXA Cultural fica no Setor Bancário Sul, quadra 4, Asa Sul.
Para outras informações, acesse www.magnificonatalcaixa.com.br e o perfil do Instagram da CAIXA Cultural Brasília.
Relembre os momentos marcantes de “Tremendão”, que morreu nessa terça-feira (22), aos 81 anos.
Para alguns críticos, Erasmo Carlos foi apenas o grande amigo e maior parceiro do “rei” Roberto Carlos. Mas a extensa obra do "Tremendão'', que morreu nessa terça-feira (22) aos 81 anos, torna-o merecedor de todas as numerosas e emocionadas homenagens que recebeu de artistas e críticos musicais, que acompanharam sua longa trajetória de sucesso.
O consagrado artista morreu de uma doença pouco conhecida: síndrome edemigênica, que provocou a acumulação de líquidos nos tecidos. Em virtude disso, o cantor passou vários dias internado e chegou a receber alta, com muitas manifestações de solidariedade.
Erasmo Carlos deixa, contudo, seu nome consagrado como um dos precursores do rock nacional, influenciado pelo fenômeno Elvis Presley. Assim, notabilizou-se por ser um dos criadores do movimento musical que abalou o Brasil, a partir dos anos 60: a Jovem Guarda.
“Erasmo Esteves”, que nasceu no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, compôs mais de 600 músicas em toda a sua carreira. Ele estava longe de ser considerado um artista decadente ou que se resignava a viver à sombra do sucesso de Roberto Carlos.
Desde que estreou com a banda Sputnik, em 1957, ao lado de Roberto Carlos e de outro grande amigo, Tim Maia, que lhe ensinara tocar violão, Erasmo Carlos não parou de colecionar amigos e parceiros musicais. A banda Sputnik se transformaria em Snakes (cobras, em inglês)
Frederico Tomé, psicanalista, historiador e doutor em Ciências Sociais, destaca que o movimento cultural da Jovem Guarda, consolidado na década de 1965, por meio do programa televisivo Jovem Guarda exibido pela TV Record, representou uma transformação no movimento cultural brasileiro.
Comandado por Erasmo, Roberto Carlos e Wanderléa, o programa de auditório já vinha de um certo padrão radiofônico, mas na televisão assumia novas configurações. “Um Brasil de 1965, pós golpe de 64, onde um certo assunto político trazia consequências. Então era um programa destinado à massa que começava a acompanhar as novas tendências do rock que se produzia no ocidente, especificamente nos Estados Unidos e Inglaterra. Estavam preocupados em viver, curtir a vida, uma juventude ávida, pra uma experiência, uma urgência de vida”, explica o historiador.
Por embalarem canções românticas numa época de repressão política, Erasmo e Roberto sempre foram alvos de preconceito por parte da mídia e de críticos musicais, por não envolverem temas polêmicos nas canções, que geralmente falavam de amor e encantavam a juventude da época.
Além disso, segundo o historiador Frederico Tomé, o movimento da Jovem Guarda foi inovador, já que também abordava o mundo urbano e industrial. “[Tem] muitas músicas do Roberto, Erasmo que cantam sobre esses automóveis, essa velocidade. Isso chegando até os cinemas. E as produções cinematográficas que eram decorrentes desse sucesso. Então a Jovem Guarda é música, televisão, cinema”, afirma.
Em outubro deste ano, Erasmo Carlos foi o vencedor do Grammy latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, com o título “O futuro pertence à Jovem Guarda”, lançado em fevereiro deste ano. O disco reúne canções lançadas entre 1964 e 1966.
Antes dessa premiação recente, Erasmo Carlos também venceu o Grammy de 2014, com o melhor álbum de rock e de música alternativa, em 2014. Ou seja, ao contrário do que sugere o título de uma de suas músicas mais conhecidas, o cantor carioca, nascido no bairro da Tijuca, nunca foi de ficar “sentado à beira do caminho”. Foi um inquieto protagonista, em constante movimento.
Erasmo Carlos também fez muito sucesso com a música “Minha fama de mau”, que virou título de um livro autobiográfico _ e também um filme. Essa suposta “fama” sempre gerou muitas brincadeiras entre os seus amigos e parceiros. A curiosidade era que o artista sempre foi reconhecido pela generosidade e companheirismo.
Nos últimos anos, a homenagem ao universo feminino que Erasmo Carlos fez na canção “Mulher” lhe garantiu enorme sucesso. O cantor, que teve três filhos (um deles morreu em acidente de moto), só conheceu o pai aos 23 anos. Era filho de mãe solteira. Mas nunca abandonou o bom humor, como quando numa entrevista na tevê lamentara ter um corpo grande, “mas uma voz pequenina”.
Ao lamentar publicamente a morte do amigo, Roberto Carlos demonstrou toda sua admiração pelo antigo parceiro: “Não sei como dizer tudo o que eu penso do meu amigo querido, um grande irmão, meu ídolo por tudo, pela lealdade, sua inteligência, bondade, por tudo que eu conheço dele”.
No começo do mês, ao comemorar o prêmio que recebera de melhor álbum do ano, Erasmo Carlos exaltou, em rede social, talvez a sua forma de encarar a vida, até aquele momento, quando já enfrentava a doença fatal: ”Existem várias formas de amor, e eu preciso de todas”.
Certamente, os eternos fãs de Erasmo Carlos ainda lembrarão do ídolo por muito tempo, como um artista talentoso e sensível, que soube cultivar o amor e a amizade, em sua plenitude.
A apresentação acontece no sábado (12) e será gratuita
A CAIXA Cultural Brasília recebe neste sábado (12), às oito horas da noite, o concerto 'Hora do Show – Músicas Inesquecíveis', com repertório de músicas brasileiras e internacionais. A apresentação será gratuita e executada por cerca de 90 artistas do Projeto Musical Arte Jovem, com idade a partir dos três anos, sob regência do maestro Edmilson Júnior.
O espetáculo é dividido em dois atos, com a interpretação de canções de grandes nomes da música nacional, como Ary Barroso, Roberto Carlos, Milton Nascimento e Dominguinhos, entre outros. Já o repertório internacional passeará do pop ao rock, com músicas de grupos como Beatles e cantores como Michael Jackson e Elvis Presley.
Criado em 2016, o Projeto Musical Arte oferece educação musical continuada à população de Ceilândia e já iniciou musicalmente mais de 1,2 mil crianças, além de formar músicos profissionais que hoje atuam em bandas militares. O projeto possui patrocínio da CAIXA.
Os ingressos solidários devem ser retirados, mediante doação de 1kg de alimento não perecível, na bilheteria da CAIXA Cultural com uma hora de antecedência. A capacidade do teatro é de 406 lugares, com oito destinados a cadeirantes.
A CAIXA Cultural Brasília fica no Setor Bancário Sul, Quadra 4.
A classificação indicativa do espetáculo é Livre.
Morte da cantora baiana, que estava em plena atividade, comoveu o País
A cantora Gal Costa, um dos maiores ícones da música popular brasileira e representante do Tropicalismo, morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos. A artista era uma das principais atrações do festival Primavera Sound, realizado em São Paulo, no último fim de semana, mas teve a participação cancelada às vésperas do evento. Gal ainda tinha os shows da turnê “As Várias Pontas de uma Estrela” marcados para dezembro e janeiro.
Com sucessos marcantes como “Baby”, “Meu bem, bem mal” e “Chuva de prata”, entre outras canções, Gal Costa é considerada uma das maiores vozes de sua geração. No banco de dados do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), a cantora possui 1.080 gravações cadastradas.
Trajetória de Gal Costa
Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos, no dia 26 de setembro de 1945, em Salvador, na Bahia, Gal começou a cantar ainda na adolescência, em festas escolares. No início dos anos 1960 fez sua grande estreia na música, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé, no espetáculo “Nós, Por Exemplo”.
O primeiro álbum de estúdio da cantora foi lançado em 1967, mas foi no ano seguinte que a cantora caiu nas graças do público brasileiro, quando gravou o álbum “Tropicália ou Panis et Circenses”, em parceria com Caetano, Os Mutantes e Gilberto Gil.
O historiador Frederico Tomé destaca que Gal iniciou sua carreira em um momento difícil, em um contexto de tensões políticas no Brasil, quando aconteceu o golpe militar. “Inaugurando, assim, uma ditadura, que até então, não sabia que duraria 21 anos. Seus parceiros mais próximos foram presos, exilados, e de certa maneira, Gal Costa levou adiante aquilo que seu grupo de amigos se propôs a fazer, né? A tropicália”, explica.
Tropicália foi um movimento que lutou contra a ditadura por meia da arte e da música, no qual Gal Costa foi um dos nomes de destaque. De acordo com o especialista, a artista não foi um grande nome apenas por conta da voz, mas também pelo comportamento. A cantora não fugiu de suas responsabilidades como cidadã e sempre se posicionou à frente de temas polêmicos. “Ela permaneceu no Brasil e manteve essa postura de enfrentamento. Sempre levando em consideração ou colocando à frente seu corpo, seus desejos, as suas vontades”, informa Frederico.
O historiador ainda diz que Gal estava à frente de seu tempo, e que colocava o corpo à mostra em shows e capas de discos, que foram censuradas. “Contribuiu muito para uma afirmação da mulher no cenário musical, no cenário político, no cenário social brasileiro. É uma perda irreparável”.
Com 57 anos de carreira, Gal Costa se consolidou como uma das protagonistas do MPB e não parou de produzir músicas desde então, com mais de 40 álbuns lançados entre discos de estúdio e ao vivo. “Nenhuma Dor”, de 2021, foi seu último lançamento e contou com a participação de Criolo, Seu Jorge, Zeca Veloso e Silva.
Estão abertas as inscrições para os Editais Públicos de Patrocínio de 2023 do Banco da Amazônia (Basa). De acordo com a instituição, o valor total de recursos destinados à iniciativa é de R$ 3.084.000,00. O montante é para projetos sociais, ambientais, culturais, esportivos, feiras, exposições e eventos.
Na última edição, em 2022, foram inscritos 607 projetos e 93 deles foram classificados. Segundo o secretário executivo do Basa, Alcir Bringel Erse, a seleção dos projetos inscritos levará em conta a relevância conceitual e temática, inovação, impacto social, viabilidade técnica e estarem aderentes ao posicionamento mercadológico e estratégico do banco.
“Existe um teto de R$ 40 mil por projeto. Já em relação à nossa pauta de exposição, nós incentivamos com R$ 25 mil para custear as despesas do artista para fazer sua exposição no nosso espaço cultural”, explica Erse.
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No caso do edital de pautas do Espaço Cultural do Banco da Amazônia, as oportunidades são para projetos de artes visuais, como desenho, pintura, fotografia, grafite, esculturas, entre outros. Já os Editais de Patrocínio atuam na área cultural, ambiental, social, música, literatura, audiovisual, artes cênicas, feiras, exposições, eventos e esportes.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 16 de setembro de 2022. Podem participar pessoas físicas e jurídicas endereçadas em áreas de atuação do Basa nos estados da Amazônia Legal. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo e-mail edital.patrocinio@basa.com.br.
Proposta pode gerar mais economia e turismo para um trecho de mais de mil quilômetros da BR 040
A junção de pontos turísticos nas regiões Centro-Oeste e Sudeste vão servir para a criação da maior rota turística do Brasil. Os estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Distrito Federal vão fazer parte da “Via Liberdade”, como foi chamado o novo roteiro, que nasceu da ideia de unificar um caminho apresentado atrativos que se liguem às belezas históricas, culturais e artísticas dessas localidades.
Mais de mil quilômetros da BR 040 vão ser palco para ações e programas estratégicos com foco voltado para os patrimônios da humanidade, paisagens entre montanhas e mar, cidades imperiais, natureza exuberante, horizontes, metrópoles, comidas típicas, tradições, sertão, arte e contemporaneidade.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o novo roteiro tem tudo para ser um bom exemplo para outros destinos do país. “Juntar diversos atrativos como a história de Minas Gerais, o turismo cívico de Brasília, a bela natureza goiana e as cidades imperiais do Rio de Janeiro é um grande acerto para o turismo nacional. Temos que concretizar e trazer essa experiência para outros estados e regiões. Como já está acontecendo no Norte e no Nordeste, por exemplo, a Rota do Sol e a Rota Amazônica Integrada reúnem o potencial turístico de todos os estados da região Norte e também do Nordeste”, destacou.
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O objetivo dessa proposta é o de que a rota seja alimentada a partir de encontros direcionados a pesquisadores, artistas e especialistas com temas relacionados aos marcos da história do Brasil. Para os gestores municipais e estaduais dessas regiões, a expectativa é a de um impacto positivo no segmento de turismo por conta dessa rota, além das oportunidades econômicas.
De acordo com a jornalista e escritora Amneres Santiago, esse tipo de turismo desperta o olhar dos viajantes para o espaço social urbano ao seu redor e que faz parte da história de uma cidade. No livro “Roteiro Geopóetico de Brasília”, que a autora lança na próxima quarta-feira (24), ela lança luz aos mitos que envolveram a fundação de Brasília, inaugurada em 1960, pelo presidente Juscelino Kubitschek. A escritora compara Brasília ao manifesto urbanístico do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, realizado em Atenas em 1933. Por isso, realizar o turismo na capital federal é uma experiência social.
“Brasília realmente possui uma estrutura muito diferente das outras cidades do país e até do mundo. É como se Brasília fosse um imenso laboratório do modernismo, da Carta de Atenas, da arquitetura e da arte modernistas. É uma cidade que é um museu a céu aberto e que tem vários tesouros escondidos dentro dos seus palácios, monumentos e jardins. Tudo, na cidade, foi pensado nessa cartilha do modernismo”, romantizou a escritora.
A “Via Liberdade” vai passar por 307 cidades, quatro biomas (Mata Atlântica; Serra do Mar; Cerrado e Serra do Espinhaço), e seis parques (Parque Nacional da Serra dos Órgãos – RJ; Parque Estadual do Ibitipoca – MG; Parque Estadual do Itacolomi – MG; Parque Estadual Serra do Rola Moça – MG; Parque Nacional da Serra do Cipó – MG; e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - GO). Além disso, os turistas poderão conferir patrimônios históricos e culturais para visitar na Via Liberdade, como Brasília, Goiás Velho, Conjunto Moderno da Pampulha (MG), Rio de Janeiro, Sítio Arqueológico Cais do Valongo (RJ), Sítio Burle Marx (RJ), Congonhas (MG), Ouro Preto (MG), e Diamantina (MG).