Os interessados em participar das atividades podem se inscrever até o dia 8 de setembro
Qual a relação entre culturas populares e mudanças climáticas? É isso que será debatido em um evento que vai acontecer na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
O Seminário Internacional Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais será promovido pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC).
O evento ocorre entre os dias 17 e 20 de setembro de 2025, dentro da programação do 25º Encontro de Culturas Tradicionais, na Vila de São Jorge.
Os interessados em participar das atividades podem se inscrever até o dia 8 de setembro. O formulário de inscrição está disponível no site do Ministério da Cultura.
O seminário vai unir cultura, sustentabilidade e inclusão social. “Teremos um grande encontro sobre a relação entre cultura e justiça climática, garantido que os povos e as comunidades tradicionais sejam protagonistas e possam ajudar a trilhar os caminhos mais efetivos para a gente poder conquistar um mundo mais sustentável e justo para todos”,explica a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg.
No evento estarão reunidos mestras e mestres, gestores públicos e pesquisadores do Brasil e de países como Peru, Paraguai, Uganda, Cabo Verde e Austrália.
O objetivo do seminário é promover o diálogo e troca de conhecimentos sobre as culturas tradicionais, justiça climática e os desafios globais enfrentados na atualidade.
“Ao debatermos os desafios globais e as contribuições das comunidades que habitam e protegem nossos territórios, estamos certamente lançando as bases para uma política nacional inclusiva que não apenas combate o racismo ambiental, mas também enfrenta as desigualdades sociais”, afirma o diretor de Culturas Tradicionais e Populares da SCDC, Tião Soares.
A programação será composta de painéis, rodas de conhecimento e de prosa, oficinas, feiras, exposições e manifestações culturais.
De acordo com Tião Soares, o seminário ganha importância, principalmente, por ocorrer no ano em que o Brasil vai realizar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, em Belém do Pará.
“Este encontro é uma oportunidade única para amplificar as vozes daqueles e daqueles que verdadeiramente defendem o equilíbrio entre a humanidade e a natureza. Vão saber que cultura e natureza são indissociáveis.”
O evento é uma realização do MinC em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Conta com o apoio da Casa Cavaleiro de Jorge, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Caixa Econômica Federal.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected].
O Ministério da Cultura prorrogou o prazo para estados, Distrito Federal e municípios enviarem o Plano de Aplicação dos Recursos (PAR), da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).
O prazo, que antes se encerrava em 31 de agosto, agora vai até 19 de setembro de 2025. A mudança atende a pedidos de associações de municípios e não altera o cronograma de repasses.
No PAR, os entes federativos precisam detalhar o Plano de Ação apresentado no momento da adesão à PNAB. Ou seja, as atividades, valores, resultados e outras informações que vão orientar a execução dos recursos.
Para receber os recursos do Ciclo 2 da Aldir Blanc, estados, municípios e Distrito Federal precisam comprovar que já executaram pelo menos 60% do Ciclo 1. E também elaborar o plano com participação social e registrar toda a documentação na plataforma CultBR, no endereço cultbr.cultura.gov.br
A prorrogação do prazo garante mais tempo para que os gestores dos entes federativos façam consultas públicas de qualidade e não prejudica quem produz cultura nas cidades.
O MinC esclarece que não haverá atrasos nos pagamentos, que continuam previstos para setembro. Até o momento, 40% dos municípios e 37% dos estados já enviaram seus planos.
Para apoiar quem ainda está em processo de envio, o Ministério da Cultura mantém plantões de atendimento três vezes por semana, sempre às segundas, quartas e sextas-feiras, com agendamento prévio.
Também estão disponíveis vídeo tutorial, guia de orientação e cartilhas no site do MinC, e no canal do MinC no YouTube.
A participação da sociedade civil é obrigatória na construção dos planos, conforme a Lei 14.399. Essa participação também deve continuar no acompanhamento da execução, na elaboração de editais e no monitoramento dos recursos.
Então vale lembrar: todo gestor, seja de estado, município ou Distrito Federal, tem até o dia 19 de setembro de 2025 para enviar o Plano de Aplicação dos Recursos (PAR), da Política Nacional Aldir Blanc.
Novas diretrizes foram publicadas por meio de Instrução Normativa
O Ministério da Cultura divulgou Instrução Normativa com novas regras para o uso dos recursos do Ciclo 1 da Política Nacional Aldir Blanc. A IN nº 25/2025 estabelece regras de transição entre o Ciclo 1 e o Ciclo 2 da política.
O principal destaque está na aplicação dos recursos do Ciclo 1 pelos estados, municípios e Distrito Federal na execução da Política Nacional Aldir Blanc.
“É uma norma necessária porque os entes precisam entender como vão fazer a prestação de informações dos recursos já executados no primeiro ciclo e também como podem utilizar os recursos não executados de um ciclo para o outro”, explica a coordenadora-geral de Instrumentos Técnicos e Jurídicos da Diretoria de Assistência Técnica do MinC, Lais Valente.
As alterações visam garantir ainda mais transparência e melhor uso dos valores da política que apoia ações culturais em todo o Brasil. Entre as mudanças estão medidas que estabelecem prazos, procedimentos e formas de fiscalização sobre a aplicação dos recursos para a cultura.
As novas regras são fundamentais para a aplicação dos recursos nos próximos anos, esclarece Lais Valente. “A norma foi necessária porque atualmente a lei tem uma execução contínua, então os entes vão continuar recebendo os recursos e executando-os de forma continuada”.
A Política Nacional Aldir Blanc é a maior política pública de cultura da história do Brasil. Por meio do Governo Federal, o Ministério da Cultura faz a distribuição, a cada ciclo, de um valor de até 3 bilhões de reais aos estados, municípios e Distrito Federal.
O dinheiro pode ser investido em diferentes ações; apoiar Pontos e Pontões de Cultura, cuidar na manutenção de espaços culturais e até em obras de infraestrutura.
De acordo com o MinC, as novas regras servem para que o dinheiro da cultura seja bem usado, garantindo que cada real destinado chegue a quem faz a cultura acontecer em todo o Brasil.
Termina no próximo dia 4 de setembro o prazo para inscrição de projetos no Programa Rouanet Nordeste. Lançado no início de agosto, este é o maior edital dos Programas Especiais da Lei Rouanet desde 2023, com um investimento de 40 milhões de reais.
De acordo com o edital, no mínimo 103 projetos culturais receberão incentivos no valor de até 1 milhão de reais cada um. Podem ser inscritos projetos nas áreas de artes cênicas, humanidades, música, artes visuais, audiovisual e patrimônio.
A seleção é aberta a artistas, produtores culturais, fazedores e fazedoras de cultura dos sete estados do Nordeste e de municípios do norte de Minas Gerais e Espírito Santo.
O Rouanet Nordeste é uma iniciativa do Ministério da Cultura para promover a nacionalização e a democratização dos recursos destinados ao setor cultural.
“O Programa Rouanet Nordeste é um programa de indução do investimento em regiões menos favorecidas historicamente com recursos da Lei Rouanet. Isso está sendo feito por recomendação da ministra Margareth Menezes para que a gente possa de fato atingir todos os 27 estados brasileiros”, explica o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, Henilton Menezes.
O MinC tem outras ações com a mesma finalidade, como os Programas Rouanet Norte, Rouanet nas Favelas e Rouanet da Juventude. O objetivo é abrir oportunidades para agentes culturais que nunca tinham acessado os recursos da lei dentro. Neste caso, eles têm a possibilidade real de contar com esses recursos a partir de investimento de grandes empresas estatais.
“O Programa Nacional de Apoio à Cultura, criado pela Lei Rouanet, é um programa permanente que funciona durante todo o ano, mas ele não garante o investimento quando os projetos são aprovados. No Programa Rouanet Nordeste, o Ministério da Cultura parceriza com empresas e já garante o investimento, caso o projeto seja selecionado pelo edital”.
O programa é resultado de uma parceria inédita do MinC com o Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Emgea.
Para se inscrever, os agentes culturais devem incluir suas propostas até as 23 horas de 59 minutos do dia 4 de setembro no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (SALIC), no endereço eletrônico.
A televisão “tradicional” segue firme no hábito de consumo das famílias brasileiras. De acordo com pesquisa da Nexus, 46% dos brasileiros das classes A, B e C afirmaram assistir sempre (30%) ou frequentemente (16%) à TV aberta ou por assinatura. Outros 21% disseram assistir às vezes, 15% raramente e 17% afirmaram nunca assistir.
Os dados mostram que a chegada dos serviços de streaming não eliminou o consumo da TV convencional, em muitos casos os dois formatos se complementam. Para 35% dos entrevistados, o hábito de assistir televisão aumentou depois da assinatura de plataformas digitais. Por outro lado, 23% disseram que reduziram esse tipo de consumo e apenas 5% afirmaram ter abandonado a TV após começar a usar streaming.
“Os dados da pesquisa da Nexus desafiam aquela narrativa de que o streaming irá matar a TV tradicional. Pelo contrário, o que vemos é uma complementariedade do consumo. A TV tradicional, com sua programação linear e a experiência de assistir em família, na sala, ainda mantém uma forte relevância cultural para metade dos brasileiros da classe ABC. O streaming não é um inimigo da TV aberta, mas sim uma camada adicional de conteúdo que se integra à rotina do espectador. O desafio agora é entender como esses dois ecossistemas se influenciam e coexistem no lazer”, destaca o diretor de Pesquisa da Nexus, André Jácomo.
O levantamento também revela diferenças importantes entre gerações. Entre os baby boomers (61 a 79 anos), 61% assistem sempre ou frequentemente à TV, percentual que cai para 48% entre a geração X (45 a 60 anos), 42% entre os millennials (29 a 44 anos) e 38% na geração Z (13 a 28 anos).
Fatores socioeconômicos também influenciam o hábito. O consumo mais intenso aparece entre pessoas com até o ensino fundamental completo (40%), brasileiros da classe C (37%) e moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (36%).
Apesar do fortalecimento do streaming, 69% dos entrevistados afirmam assistir a mais filmes e séries nas plataformas digitais do que na TV tradicional, e 58% dizem consumir “muito mais” streaming.
A pesquisa ouviu 1.000 brasileiros das classes A, B e C, com idade a partir de 16 anos, em todas as 27 unidades da federação, entre os dias 14 e 20 de julho de 2025. A margem de erro é de três pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Clique aqui para conferir a pesquisa completa.
Entidade comemorou com atividades em reconhecimento à cultura afro-brasileira
A Fundação Cultural Palmares está comemorando 37 anos de história. A entidade, que é vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), foi criada em 22 de agosto de 1988, para preservar e promover a cultura e o povo negro do Brasil.
Para ministra da Cultura, Margareth Menezes, o legado da Palmares é de extrema importância na construção e preservação da memória de luta do movimento negro.
“Celebrar os 37 anos desta fundação é uma verdadeira vitória para o Brasil e para o povo afro-brasileiro em sua diversidade e potência e é também uma vitória do movimento negro brasileiro”, diz a ministra.
“Esta celebração, no governo do presidente Lula, é também o reconhecimento de todas as pessoas que construíram essa instituição, que lutaram, resistiram e que acreditaram na sua importância para a cultura do povo brasileiro”.
A criação da Palmares era uma demanda antiga da nação brasileira. E a resposta a essa demanda veio justamente no ano que consolidou a democracia no país.
"A Fundação nasceu em meio ao sopro democrático, no momento em que o Brasil recuperava o respeito à dignidade das pessoas. A Palmares surgiu daí e a Palmares vive inspirada no movimento negro, mas numa perspectiva de trabalhar com todos”, conta o primeiro presidente da entidade, Carlos Moura.
O atual presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, ressalta que a história desses 37 reflete os 525 anos de luta, de resistência e alternativas da história do Brasil: “Junto com a população indígena, nós temos tentado fazer desse país uma nação. Uma nação que tenha território, que tenha hino, bandeira e respeito à nossa gente. Todos que estão aqui, negros e não negros, participam de uma luta por justiça e igualdade”.
Para celebrar o aniversário de 37 anos da Fundação Palmares, foram realizados atos em reconhecimento à cultura afro-brasileira em 22 de agosto, dia que marca a fundação da instituição.
Foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica com a Fundação Banco do Brasil e um Termo de Execução Descentralizada com a Universidade de Brasília. Também foi realizada a entrega de certificações a comunidades quilombolas.
A Fundação promoveu ainda o relançamento da Lista de Personalidades Notáveis Negras, lançamentos literários e apresentações musicais do Grupo Cultural Obará, Ana Mametto e Adão Negro.
A ministra Margareth Menezes lembra, ainda, a relevância do trabalho da Palmares nas ações de valorização desenvolvidas pelo MinC. “Por meio da Fundação Palmares, o Ministério da Cultura vem fortalecendo o investimento nas culturas afro-brasileiras através das cotas e da implementação de políticas afirmativas com a maior capilaridade da história do nosso país. Desejo vida longa à Fundação Palmares e que possamos realizar muitas outras ações de reparação, muitas outras ações de fortalecimento desse povo que é tão digno, tão maravilhoso”.
Até dezembro, o Brasil vai receber mais de 300 atividades culturais apresentadas pela França em 15 cidades do país. É a Temporada França-Brasil 2025, que envolve espetáculos, exposições e debates. O evento celebra os 200 anos de relações bilaterais entre o Brasil e o país europeu.
“Para além de diferenças, existe esse traço de união, essa necessidade que hoje temos no mundo de mostrar como duas nações que são soberanas podem se relacionar diante do mundo, com respeito, com benevolência, com fraternidade”, disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes, na abertura oficial da temporada, realizada em Brasília, no último dia 21.
A Temporada França-Brasil é fruto de um acordo firmado em 2023 entre os presidentes Lula e Emmanuel Macron. Além de marcar os 200 anos de relações diplomáticas entre os países, fortalece a cooperação em áreas como cultura, ciência e meio ambiente.
Para o secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Laudemar Aguiar, a cultura tem papel fundamental não apenas no intercâmbio cultural, mas também no fortalecimento da economia criativa.
“A arte e a cultura também movem a economia e geram empregos. A economia criativa já representa no Brasil mais de 3% do PIB, proporcionando cerca de 8 milhões de empregos, superando setores tradicionais. Cada real investido em cultura tem retorno multiplicado em benefícios econômicos e sociais”, afirma Aguiar.
Após a cerimônia, o público acompanhou as atrações do Festival Convergências, primeiro evento da Temporada Brasil-França. A equilibrista Johanne Humblet fez a travessia sobre corda entre o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional. Em seguida, houve shows gratuitos das cantoras Angélique Kidjo, Daniela Mercury, Karla da Silva e Puma Camillê.
A temporada está sendo organizada pelo governo francês, pelos ministérios da Cultura e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Instituto Francês e Instituto Guimarães Rosa (IGR). O objetivo é, até dezembro, promover o diálogo e a troca cultural entre Brasil e França.
Está acabando o prazo para que gestores públicos dos estados, Distrito Federal e municípios prestem contas ao Governo Federal sobre o uso dos recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG). Eles têm até 31 de agosto para apresentar documentação que mostre como os repasses recebidos foram aplicados
Para auxiliá-los, a equipe técnica do Ministério da Cultura ampliou nessa reta final os plantões de tira-dúvidas. O atendimento virtual é feito de forma personalizada às terças e quintas-feiras. O agendamento pode ser solicitado pelo site do MinC.
Dúvidas e questões também podem ser enviadas para o e-mail [email protected].
“Nós fizemos tudo até agora: adesão, juntamos as pessoas, realizamos excelentes projetos, propostas que estruturaram a política cultural no Brasil nos últimos tempos. Agora a gente precisa prestar contas. Recurso público tem que ser com prestação de contas para que as pessoas vejam o que é que a gente realizou e deixe tudo direitinho. Os órgãos de controle e o conjunto da sociedade precisam acessar esses dados”, alerta a secretária de Articulação Federativa e Comitês de Cultura do MinC, Roberta Martins.
Além dos plantões, o MinC já ofertou diversos materiais para orientar sobre regras e procedimentos de envio do relatório final de gestão dos recursos da LPG.
A Lei Paulo Gustavo representa o maior valor investido diretamente em cultura na história do Brasil. Foram 3,9 bilhões de reais em recursos em todo país.
O Ministério da Cultura garantiu que 100% dos estados e 98% das cidades se tornassem habilitadas a receber os recursos da LPG. Praticamente quase todas as regiões do país atingiram índice de execução dos recursos, acima dos 90%.
Todos tiveram acesso aos recursos após fazer a solicitação e cadastrar um Plano de Ação na plataforma TransfereGov. Agora, é hora e prestar contas.
O Ministério da Cultura acaba de anunciar uma iniciativa que vai fazer com que os filmes brasileiros cheguem cada vez mais ao público do país. Durante o Festival de Cinema de Gramado, o MinC um edital de R$ 60 milhões para comercialização de produções nacionais.
A iniciativa busca ampliar a distribuição de obras brasileiras independentes em todo o país, com cotas regionais e ações afirmativas. Segundo o secretário executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, o edital viabiliza as políticas culturais em âmbito nacional.
“Esse instrumento é fundamental para que a gente possa ter continuidade, previsibilidade, planejamento nas políticas culturais em todas as políticas públicas, mas também nas nossas”, diz o secretário.
O edital vai selecionar distribuidoras independentes registradas na Ancine, com valores que variam de R$ 250 mil a R$ 2 milhões por projeto, além de reservar 40% dos recursos para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e 20% para Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.
Também estão previstas cotas de ações afirmativas voltadas a mulheres, negros, indígenas e pessoas com deficiência.
“Nós temos um grande número de filmes produzidos precisando escoar, precisando de uma atenção nessa distribuição. Por isso, pautamos a volta das linhas de comercialização”, explica a secretária do audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Gonzaga.
A medida representa um passo estratégico para fortalecer o cinema brasileiro não apenas na produção, mas também na chegada às salas. Segundo o Ministério da Cultura, a iniciativa estimula lançamentos em todas as regiões e favorece a circulação de conteúdos nacionais que enfrentam muitas vezes barreiras de mercado.
Além do lançamento do edital, o MinC também promoveu, em Gramado, uma oficina detalhando critérios de participação e inscrições, que estarão abertas de 25 de agosto a 13 de outubro pelo Mapa da Cultura.
Prefeituras e governos estaduais que esperam receber ainda este ano os repasses do governo federal destinados a investimentos em cultura devem ficar atentos ao calendário.
Municípios e estados que aderiram à Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) precisam enviar até o dia 31 de agosto de 2025 o Plano de Aplicação de Recursos (PAR).
O documento é obrigatório para que os governos locais recebam os repasses do governo federal até o final do ano.
O plano deve detalhar como será feita a utilização da verba, que pode contemplar diferentes iniciativas, como editais de prêmio, bolsas, termos de execução cultural, oficinas, aquisições, reformas e outras ações voltadas para os trabalhadores da cultura.
Segundo o diretor de Assistência Técnica a Estados, Distrito Federal e Municípios, Thiago Leandro, o processo é simples e pode ser feito totalmente de forma online.
“Esse planejamento tem que ser enviado para o Ministério da Cultura, lembrando que para isso é fundamental realizar o processo de consulta pública, de diálogo, de reuniões participativas com os conselhos e fazedores da cultura da cidade”, esclarece Leandro
O diretor reforça que o recurso pode apoiar diferentes formatos e que o importante é que o planejamento seja construído de forma participativa: “O recurso pode ser para edital de prêmio, de bolsa, de termos de execução cultural, para aquisição, oficinas, reformas, enfim, sendo cultura, sendo para os trabalhadores da cultura, pode ser utilizado. Mas é fundamental que a gestão tenha um planejamento, informe na plataforma CultBR e acima de tudo faça isso de forma dialogada, pactuada com os conselhos, movimentos e trabalhadores culturais da sua cidade.”
O Ministério da Cultura também oferece suporte para o preenchimento, com plantões de atendimento ao vivo três vezes por semana e canais de contato pelo e-mail [email protected]. O prazo para envio do plano termina no dia 31 de agosto de 2025.