Comércio

24/09/2023 04:00h

As novas empresas se juntam à Shein, AliExpress e Sinerlog e garantem isenção de impostos nas compras de até 50 dólares

Baixar áudio

A Receita Federal aprovou nesta sexta-feira (22) a entrada de mais duas gigantes do e-commerce no Programa Remessa Conforme: Shopee e Mercado Livre. A principal vantagem que ambas recebem ao fazerem a adesão voluntária ao programa é a isenção de pagamento do imposto de importação nas compras de até US$ 50. A entrada das empresas foi publicada no Diário Oficial desta sexta. 

As primeiras empresas a aderirem ao programa foram Shein, AliExpress e Sinerlog. A americana Amazon já fez o pedido de adesão, mas ainda está sendo analisado pela Receita Federal. Segundo informações do órgão, até a semana passada, as três empresas certificadas no programa representavam cerca de 67% do volume de remessas enviadas ao Brasil. 

O professor de economia da FAAP Sillas Souza conta que diariamente saem do terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, cerca de 40 caminhões carregados de produtos dessas grandes empresas. E esse grande volume precisa ser filtrado na Receita Federal para verificar se tudo está "conforme” a lei — daí o nome do programa. 

“Quando essa compra é feita, já fica informado aos Correios ou às empresas de transporte aqui do Brasil do que se trata. Qual o preço, quem é o vendedor, quem é o comprador. Ou seja, todo o processo de filtragem desse conteúdo é antecipado. Se o produto for acima de US$ 50, já se recolhe esse imposto; mas se a empresa não está dentro do Remessa Conforme, o produto cai nessa malha enorme e demora.”

O professor explica ainda que, antes do programa, trocas desse tipo de mercadoria eram inviáveis. Hoje, por outro lado, se a empresa adere ao programa, todo o processo fica muito mais rápido, uma vez que o governo já sabe do que se trata a mercadoria, sua origem e valor.

O que é Remessa Conforme?

O programa criado pelo Ministério da Fazenda, em agosto deste ano, tem como objetivo regular as compras internacionais feitas pela internet e evitar a evasão fiscal. Além disso, a ideia é que esse tipo de transação ganhe agilidade, com análise e liberação mais rápidas pela Receita Federal.

Antes da elaboração do “Remessa”, o imposto de importação cobrado era de 60% sobre o valor da mercadoria, caso fosse comprovado fim comercial. Hoje, os consumidores que compram mercadorias no valor menor de US$ 50 têm de pagar 17% de imposto relativo ao tributo estadual, que é o ICMS. 

Como funcionam as compras internacionais pela internet

  • Empresas que fazem parte do Remessa Conforme são isentas do imposto de importação para compras de até US$ 50;
  • Compras entre US$ 50 e US$ 3 mil pagam 60% do valor da mercadoria de imposto de importação;
  • Todos os produtos, mesmo os que custam menos de US$ 50, continuam pagando 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas compras online internacionais;
  • Estão proibidas importações por Correios ou transportadoras privadas de mercadorias acima de US$ 3 mil, com exceção de medicamentos; 
  • A declaração de importação e o eventual pagamento dos tributos acontecerão antes da chegada da mercadoria;
  • O vendedor deve informar ao consumidor — na hora da compra — a procedência dos produtos e o valor total da mercadoria (incluindo os tributos federais e estaduais).

Segundo o economista Newton Marques, da Universidade de Brasília (UnB), este último ponto garante mais transparência na venda. 

“Todas as vezes que você dá transparência é bom para o consumidor, é bom para o governo e é bom para a empresa também. Porque a empresa tem que ter uma boa prática de governança. Hoje em dia, o mundo todo procura uma boa prática da governança.”
 

Copiar o texto
Desenvolvimento Regional
15/09/2023 16:07h

Objetivo é fomentar o desenvolvimento regional, a inovação e a inclusão produtiva, por meio da estruturação da cadeia produtiva do cacau e chocolate, integrando os subsistemas de insumos, produção, processamento e comercialização

Baixar áudio

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) promoveu, nesta quarta-feira (13), mais uma ação para fortalecer a Rota do Cacau no estado do Pará. A oficina de revisão do planejamento estratégico do Polo da Transamazônica, que teve apoio do e organização do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), contou com a presença de produtores, empresários, investidores, órgãos de fomento, instituições de ciência e tecnologia e representantes dos setores público federal, estadual e municipal. O objetivo foi definir um diagnóstico territorial da cadeia produtiva e uma carteira de projetos e identificar as intervenções necessárias para a estruturação da cadeia produtiva no estado.

Atualmente, o Polo da Transamazônica é responsável por 90% da produção de cacau no estado do Pará. A Rota do Cacau faz parte da estratégia Rotas de Integração Nacional, do MIDR, que visa aumentar a produtividade e agregar valor à produção regional dos setores apoiados. Além de fomentar o desenvolvimento, a inovação e a inclusão produtiva, por meio da estruturação da cadeia produtiva do cacau e chocolate, a iniciativa busca integrar os subsistemas de insumos, produção, processamento e comercialização.

Durante todo o dia, 30 produtores presentes participaram da montagem de um planejamento estratégico, no qual foram apresentado uma visão de futuro. Foram também abordadas as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades para o setor produtivo local e realizado um diagnóstico que visa organizar a cadeia produtiva com base em quatro eixos: insumos e produção; beneficiamento, agregação de valor e comercialização; financiamento e infraestrutura ; e inovação e sustentabilidade.

Para o produtor de cacau Helton Gutzeit, o que mais o entusiasmou entre os conteúdos abordados na oficina foi a inovação. “A inovação tecnológica, mecatrônica, principalmente na questão da fermentação do cacau, assim como a agregação de valor ao produto, traz possibilidades de ter uma produção em escala disso, que é o que ninguém ousou fazer, de fato, até agora. Isso é fascinante”, afirmou.

Coordenadora do Polo da Transamazônica, a produtora de cacau Elisangela Trzeciak destacou que eventos como esse fortalecem a produção local de cacau. “A rota já capacitou técnicos que trabalham com cacau na região, além da criação de unidades demonstrativas para promover boas práticas e a capacitação de produtores. Outro projeto concluído foi a implantação da incubadora, que já está operando. Também temos um curso de mestrado e doutorado em Agronomia com foco em pesquisas relacionadas à cadeia do cacau em andamento”, informou Elisangela, que também é pesquisadora do Ipam.

O secretário de Agricultura do Pará, Giovani Queiroz, destacou que, embora o estado já  tenha alcançado altos níveis de produção e avanços na industrialização, é crucial investir no aprimoramento de técnicas e na adoção de tecnologias para aumentar a produtividade e a verticalização da cadeia produtiva.

“A Rota do Cacau no estado do Pará é fundamental para identificar as necessidades e apresentar sugestões que promovam o desenvolvimento contínuo desse setor produtivo tão significativo para o Brasil, especialmente para o estado, que atualmente é o maior produtor de cacau do País”, afirmou.

Outras iniciativas

O MIDR apoia o Polo Transamazônica da Rota do Cacau desde 2018, quando foi feito o planejamento estratégico que resultou na criação do Comitê Gestor local. Nesse mesmo ano, foi feito um projeto piloto em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O valor de R$ 100 mil foi aprovado para capacitação de técnicos que atuam na cadeia produtiva do cacau na região. Foram mais de 160 horas de curso e 30 profissionais capacitados.

Em 2019, o MIDR investiu R$ 550 mil para a construção de um manual de boas práticas da cacauicultura e para a implantação de unidades de testes de diferentes modelos de arranjo do plantio, além da elaboração de um plano de negócios para a implantação do Centro de Inovação e Excelência do Cacau.

Em outra ação do MIDR, em 2020, foi realizado, em parceria com a UFPA, um plano de negócios para a criação de um Centro de Inovação do Cacau e Chocolate. Foi desenvolvida uma incubadora de empresas que já conta com sete startups em desenvolvimento, totalizando cerca de R$ 3 milhões em investimentos.

Copiar o texto
14/09/2023 20:20h

Volume de compras por internet quase triplica em 3 anos; especialistas mostram pontos negativos e positivos do e-commerce, que tende a fechar empresas com exceção dos supermercados

Baixar áudio

Apenas os supermercados deverão sobreviver diante da preferência cada vez maior do consumidor brasileiro por fazer compras pela internet. A tendência de comprar através de plataformas virtuais veio para ficar e pode decretar a falência da maioria dos comércios do país, com exceção dos supermercados e hipermercados. Esta é a opinião de especialistas ouvidos pelo Brasil 61, que analisaram o cenário revelado por pesquisas e levantamentos, divulgados desde o período da pandemia. Os números demonstram que o Brasil quase triplicou as vendas eletrônicas, ao mesmo tempo em que hoje é o segundo no planeta onde a preferência do consumidor é usar o e-commerce.

Os números demonstram que o Brasil quase triplicou as vendas eletrônicas, ao mesmo tempo em que hoje é o segundo país no planeta onde a preferência do consumidor é fazer compras pela internet. De 2019 a 2022, o valor de bens e serviços comercializados no Brasil pela internet totalizou R$ 450 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O valor é mais que o dobro do triênio anterior  — entre 2016 e 2019  —, quando o montante de bens e serviços contratados através de plataformas virtuais foi de R$ 178,07 bilhões. 

Outro dado que demonstra o crescimento do setor vem da YouGov Global Profiles, multinacional especializada em pesquisa de mercado on-line. Segundo ela, cerca de 55,1% dos adultos no Brasil preferem comprar pela internet, em vez de optarem por lojas físicas. A porcentagem revelada pela pesquisa da YouGov está muito acima da média geral da América Latina, que é de apenas 35,1%. 

A pesquisa da YouGov abrange 48 países consumidores. A preferência dos brasileiros também se destaca no cenário global: em média, 40,1% dos entrevistados em todo o planeta dizem preferir fazer compras on-line — um número estatisticamente inferior ao do Brasil, que em comparação a outros países só perde para a China (maior mercado consumidor do mundo, devido ao excepcional número de habitantes do país asiático).

Para André César, cientista político especializado em economia, o volume do e-commerce brasileiro tende a crescer cada vez mais; “Esta é uma situação quase inevitável, devido à evolução tecnológica. É algo que se adequa ao dia a dia, cada vez mais corrido, cada vez mais puxado, cada vez com menos tempo", afirmou, para acrescentar: “Eu não vou sair para comprar um tênis: eu vejo o número, vejo o modelo, vou lá com o conforto de não ter que sair de casa”. 

Por outro lado, o especialista alertou para o lado negativo do crescimento inevitável do mercado eletrônico. “Aparentemente, essa modalidade reduz empregos. Ela fecha  aquele comerciozinho simpático do lado do seu bairro, diminui força de trabalho. E aí é um problema, que você tem que repensar, onde realocar esse pessoal”, afirmou.

Aumento da concorrência

Na visão do professor universitário Renan Silva, que leciona Economia no Ibmec Brasília, o principal ponto positivo provocado pelo crescimento das compras online é o aumento da concorrência. “As plataformas são abertas e globais  — e isso aumenta a base de comparação. Então, o consumidor, nesse ponto, é beneficiado na medida que tem uma maior concorrência, tanto em termos de qualidade de produto, como em termos de preço”, destacou. 

Outra grande vantagem, segundo ele, diz respeito às vantagens competitivas com relação ao preço, pelo motivo de as empresas do mercado eletrônico não terem as mesmas despesas das lojas físicas e também por disporem de uma logística otimizada, permitindo que o produto chegue com preço mais baixo na casa do consumidor.

“Essa tendência é tão forte que a gente até nota que muitos consumidores, por exemplo, hoje, vão passear nas lojas físicas, no shopping, com uma intenção de buscar entretenimento, experimentam produtos, verificam e, depois, ao chegar em casa, compram na plataforma, porque o custo da mercadoria realmente é mais baixo quando comprado nas plataformas de varejo”, observou o especialista. 

Supermercado é exceção

Por outro lado, Renan Silva concorda com o raciocínio de André César, a respeito da ruptura e da tendência de fecharem as portas de lojas e estabelecimentos comerciais tradicionais. De acordo com o economista, as grandes varejistas vêm enfrentando um considerável aperto financeiro, devido à concorrência, causada pelo novo comportamento do consumidor. 

“Eu poderia acrescentar que é uma tendência, isso não deve mudar, ao contrário, [as compras pela internet] deve ser um mercado que vai se consolidar, o consumidor vai ser privilegiado nesse ponto, que ele vai ter base comparativa global e de fato realmente haverá uma ruptura de mercado no varejo”, afirmou o professor. “À exceção dos supermercados e hipermercados, que deverão ter uma sobrevida ainda por um bom tempo”, diferenciou.

Copiar o texto
14/08/2023 04:00h

Estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) também ressalta que categoria não é contemplada por nenhuma medida de redução do custo da energia

Baixar áudio

Cerca de 11 milhões de produtores rurais e empreendedores de pequeno porte do setor comercial e industrial poderiam economizar R$ 10,7 bilhões por ano se pudessem escolher livremente o fornecedor de energia no mercado livre. O dado faz parte do estudo “Portabilidade da conta de luz: impacto social e papel na transição energética justa”, elaborado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). 

No setor rural, 4,5 milhões de unidades consumidoras de energia poderiam ter um desconto de R$ 2,8 bilhões ao ano na conta de luz. No segmento comercial, 6 milhões poderiam ter um abatimento de R$ 7,2 bilhões por ano. Além disso, mais de 411 mil pequenas indústrias poderiam ter uma redução de R$ 710 milhões anualmente.

Segundo o presidente-executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, assim como os consumidores de energia de classe média, os produtores rurais e empreendedores de pequeno porte não se enquadram entre os grupos beneficiados por medidas que reduzem o custo da energia elétrica.

“O pequeno produtor rural está na mesma situação da classe média brasileira, preso em um mercado cativo sem ter direito à compra de energia no mercado concorrencial. Mais de 90% do comércio e da indústria do Brasil estão presos no ‘Brasil esquecido — naquele Brasil que não tem nenhuma política para redução do custo da energia, não tem acesso à [energia] solar e não tem acesso ao mercado livre.”

Atualmente, o modelo que dá liberdade de escolha do fornecedor de eletricidade só é permitido aos consumidores de grande porte. Com a abertura do mercado, qualquer consumidor poderá escolher de quem comprar energia, da mesma forma que escolhe a operadora de internet e telefonia.

“Evidentemente que permitir que esse consumidor possa comprar energia de qualquer fornecedor habilitado a vender, isso cria uma dinâmica concorrencial no mercado e, inevitavelmente, induz à redução de preços, beneficiando a geração de empregos, o reinvestimento e a indústria e o comércio do Brasil”, complementa.

Para Ivan Camargo, professor de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB), além dos benefícios econômicos, o mercado livre estimula a eficiência energética. 

“Você tendo que concorrer com outros produtores de energia, você tem que fazer um produto com menos gasto e menor custo. Portanto, o impacto da economia como um todo é muito bom, no meu modo de ver, promovendo a competição entre os geradores de energia elétrica”, enfatiza

O professor Ivan Camargo destaca ainda que os preços no mercado livre são mais baratos devido a essa concorrência.

“Os vendedores de energia, tendo que concorrer para vender a sua energia, podem levar a um preço mais barato da energia. Isso vai beneficiar, por consequência, todos os consumidores.”

Classe média pode economizar R$ 22,7 bi ao ano com mercado livre de energia

Mercado livre pode baratear em até 10% a conta de energia dos consumidores mais pobres

20 anos de atraso

Ao longo dos anos, o Ministério de Minas e Energia reduziu os limites de carga para os consumidores comprarem no mercado livre. Atualmente, o valor mínimo para entrar nesse mercado é de 500 quilowatts (kW). Em 2024, o mercado livre estará disponível para todos os consumidores do grupo tarifário A, de média e alta tensão.

Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 56% das indústrias que estão no mercado regulado atualmente e que poderão migrar para o livre no próximo mês de janeiro manifestaram interesse em fazer essa mudança. 

Apesar do avanço, essa barreira poderia ter sido eliminada há 20 anos, já que a lei 9.074 de 1995, estabeleceu — entre outras normas — que a União poderia promover a abertura completa do mercado de energia elétrica, 8 anos após a promulgação da lei. Ou seja, em julho de 2003. 

“Isso não foi feito até hoje por falta de vontade política, porque em algumas gestões do Ministério de Minas e Energia não houve o entendimento completo das vantagens e benefícios disso para a sociedade”, avalia o presidente-executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira.

Para o vice-presidente de Estratégia e Comunicação da Abraceel, Bernardo Sicsú, esse atraso de 20 anos pode significar grandes perdas para a economia e competitividade do país. 

“Em um cenário hipotético, se todos os consumidores tivessem o direito de escolher e decidissem optar por comprar no mercado livre de energia elétrica, a economia agregada seria de R$ 35,8 bilhões por ano, incluindo 5 milhões de residências de baixa renda. Ou seja, esse atraso retira a competitividade do país e prejudica o consumidor, que poderia se beneficiar com preços mais baixos e melhores serviços”.  

A universalização do mercado livre de energia para consumidores de todos os perfis e porte é uma das propostas do projeto de lei 414/2021, que estabelece um novo marco legal para o setor elétrico. No dia 8 de julho, a presidência da Câmara dos Deputados autorizou a criação da comissão especial para analisar o projeto de lei, restando que os líderes partidários indiquem os membros dos partidos para esse colegiado, além da instalação da comissão, com eleição do presidente e designação do relator.

Copiar o texto
10/08/2023 19:00h

Em comparação a junho de 2022, houve alta de 1,3%

Baixar áudio

O volume de vendas do varejo brasileiro registra estabilidade entre maio e junho de 2023.

A média móvel trimestral apresenta queda de 0,3%. 

O acumulado do ano registra alta de 1,3% e o acumulado de 12 meses registra o nono mês consecutivo no campo positivo, acumulando 0,9%. 

O índice está 3,0% acima do patamar pré-pandemia, mas 3,3% abaixo do máximo da série

O índice inclui setores que comercializam combustíveis, alimentos, vestuário, móveis, artigos farmacêuticos, livros e papelaria, material de informática e artigos de uso pessoal e doméstico. 

Quatro atividades cresceram: tecidos, vestuário e calçados (1,4%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%) e móveis e eletrodomésticos (0,8%)

Outras quatro tiveram queda: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria mostrou crescimento (-0,7%) e combustíveis e lubrificantes (-0,6%).

Já o comércio varejista ampliado inclui veículos, materiais de construção, e produtos alimentícios de bebida e fumo. 

Para ele, veículos e motos, partes e peças cresceram 8,5% em junho com relação a maio, enquanto o setor de material de construção variou negativamente em 0,3%

Incluindo todos os itens mensurados, em média o setor de comércio varejista ampliado subiu 8,3% entre junho de 2023 e junho de 2022, com resultados positivos em 24 das 27 unidades da federação. Os destaques ficaram para os estados da Bahia (26,9%), Pará (24,9%) e Maranhão (23,1%). 

Os resultados negativos ficaram com os estados de Roraima (-0,7%), Goiás (-2,1%) e Mato Grosso do Sul (-9,5%).
 

Copiar o texto
10/08/2023 16:15h

Em maio de 2023, o índice havia registrado queda de 0,9%

Baixar áudio

O setor de comércio apresentou resultados positivos de crescimento no Distrito Federal no mês de junho, da ordem de 1%. 

No mês anterior, o índice havia registrado queda de 0,9%. 

Esse padrão de oscilação reflete as flutuações naturais que podem ocorrer no setor de comércio varejista.

Porém, houve uma queda de 2,2% em maio de 2023 em relação ao mesmo mês de 2022. 

Em relação ao mesmo período do ano passado, há também uma diminuição em relação ao índice anual acumulado. 

Em 12 meses, há alta acumulada e essa variação acumulada reflete a performance ao longo do ano e fornece um panorama mais amplo das tendências do comércio varejista no Distrito Federal. Ou seja, há uma recuperação gradual e contínua no setor, embora em ritmo moderado.

Os setores de crescimento mais destacados foram de comércio de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, seguido por tecidos, vestuário e calçados. 

Já a queda registrada foi dos setores artigos de uso pessoal e doméstico, móveis e eletrodomésticos, além de livros, jornais, revistas e papelaria. 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. 
 

Copiar o texto
08/08/2023 12:30h

Empresas do ramo ocuparam um total de 94.313 pessoas em 2021, no DF. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio do IBGE

Baixar áudio

O Amazonas registrou uma redução de 5,4 mil pessoas ocupadas no setor do comércio, entre 2012 e 2021. Os dados constam na Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento comparou as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio, num período de 10 anos. Segundo o estudo, em 2021 o setor ocupou um total de 94.313 pessoas, no AM. Em 2012, eram 88.860 pessoas.

A pesquisa avalia os três principais segmentos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista.  Segundo o IBGE, houve decréscimo de 11,43% no número de unidades locais com receita de revenda das empresas comerciais no AM. O total de unidades locais passou de 10,5 mil em 2012, para 9,3 mil em 2021.

Também houve perda de 579 unidades no comércio varejista e de 2 unidades no comércio de veículos, peças e motocicletas. O comércio atacadista também apresentou perda de 112 unidades.

De acordo com o estudo, em 2021 o salário médio mensal percebido por trabalhadores em cada divisão de atividades caiu para 1,7 salários mínimos. Em comparação a 2012, houve uma queda no salário médio recebido no comércio por atacado e de veículos, peças e motocicletas, com redução de 2,4 e 2,5, respectivamente, para 2,1 salários-mínimos em 2021. O salário médio no comércio varejista permaneceu constante (1,5 salário-mínimo).

Dentro dessa situação, o economista Aurélio Trancoso destaca que, diante dos resultados, é possível notar que os melhores salários do país em relação ao setor se concentram nas regiões Sul e Sudeste, que, por sua vez, também são as regiões que mais empregaram pessoas até 2021.

“Teve um aumento pequeno, mas teve. Depois, o Centro-Oeste, com aumento praticamente igual ao do Brasil, acompanhou o aumento brasileiro. E você tem Norte e Nordeste com os menores aumentos em termos de salário. Quando você fala de pessoas ocupadas, as regiões Sul e Sudeste são as que mais empregam e também são as que dão melhores salários”, diz.

Apesar das reduções, a receita bruta do AM em 2021 dobrou de valor, em comparação ao ano de 2012, registrando R$ 61 bilhões. Do total, R$ 25,3 bilhões (41,5%) foram gerados no comércio varejista; R$ 30,7 bilhões (50,2%) no comércio por atacado; e R$ 5 bilhões (8,2%) no comércio de veículos, peças e motocicletas.

O economista Luigi Mauri observa que, apesar da relativa melhora que ocorreu no comércio, não houve uma recuperação total com relação ao período pré-pandemia. Ainda segundo o especialista, houve mudanças no comportamento de consumo dos brasileiros.

“Até 2021, a gente consegue observar claramente que o consumidor teve uma preferência por vendas online, quer dizer, as vendas físicas no comércio diminuíram e as vendas online cresceram. Ainda não é a predominância, mas elas tiveram um bom destaque nesse período até 2021. Isso pode apontar uma tendência para os próximos anos de o consumidor preferir comprar do conforto da sua casa, online, em vez de ir ao comércio fisicamente”, explica.

Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 

O IBGE realiza a Pesquisa Anual de Comércio desde 1996. Segundo o instituto, as informações retratadas na PAC são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.
 

Copiar o texto
06/08/2023 12:46h

De acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF, em comparação com as vendas em dias normais, 68,64% dos empresários esperam alcançar um desempenho maior para a data

Baixar áudio

O Dia dos Pais está chegando, e com isso, a busca por presentes para homenageá-los aumenta. Neste ano, o otimismo dos lojistas e dos consumidores com a data segue em alta no Distrito Federal. A última pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio-DF apresenta que a expectativa de crescimento nas vendas é de 21,3%.

De acordo com a pesquisa, em comparação com as vendas em dias normais, 68,64% dos empresários esperam alcançar um desempenho maior para a data, outros 30,62% acreditam que venderão como em dias regulares de comércio e 0,74% consideram que as vendas serão menores.

José Aparecido Freire, presidente do Sistema Fecomércio-DF, aponta que o levantamento mostrou que mais da metade dos lojistas acredita que as vendas neste ano serão melhores que no ano passado. 

“O valor médio do presente de acordo com os consumidores também registrou crescimento na pesquisa de expectativa. Passou de R$ 192,10 no ano passado para R$ 204,58 neste ano, um crescimento de 6,5%”, apresenta.

Ana Clara Costa, estudante de direito de 22 anos e moradora de Águas Claras - DF diz que todo ano busca presentear seu pai com algo que ele gosta e que seja útil. 

“Eu busco sempre comprar algo que seja versátil que meu pai tenha utilidade mesmo pra ele poder usar frequentemente. Tanto que ano passado eu acabei comprando para ele um tênis juntamente com a camiseta e esse ano eu não queria mudar essa linha de pensamento”, afirma. 

A pesquisa também mostra que as mulheres pretendem gastar mais que os homens. O ticket médio registrado entre elas ficou de R$ 224,03, enquanto entre os homens foi  de R$ 180,87. Os produtos mais procurados para presentear os pais deverão ser calçados e acessórios, cosméticos e perfumes, eletroeletrônicos e artigos para presente e souvenirs. 

“De acordo com o Instituto Fecomércio, 48,26% dos consumidores deverão pagar no cartão de crédito, enquanto 46,51% deverão pagar à vista por meio de cartão de débito, dinheiro ou Pix”, revela o presidente do instituto. 

José Aparecido comenta que 96% dos lojistas entrevistados para a pesquisa disseram que não reajustaram os preços, mas irão mantê-los para que os consumidores possam aproveitar melhor a data comemorativa. 
 

Vejo Mais:

Preço médio do frete recua para R$ 7,43, puxado pela queda do valor do diesel
CFEM: veja se sua prefeitura foi contemplada com os royalties da mineração
 

Copiar o texto
04/08/2023 22:30h

Empresas do ramo ocuparam um total de 129.333 pessoas em 2021, no Pará. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio do IBGE

Baixar áudio

O Pará registrou um aumento de 8,4 mil pessoas ocupadas no setor do comércio, entre 2012 e 2021. Os dados constam na Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento comparou as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio, num período de 10 anos. Segundo o estudo, em 2021, o setor ocupou um total de 129.333 pessoas, no PA. Em 2012, eram 120.893 pessoas.

A pesquisa avalia os três principais segmentos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista.  Segundo o IBGE, houve acréscimo de 18,37% no número de unidades locais com receita de revenda das empresas comerciais no PA. O total de unidades locais passou de 9,8 mil em 2012, para 11,6 mil em 2021.

Também houve um aumento de 813l unidades no comércio varejista e de 262 unidades no comércio de veículos, peças e motocicletas, já o comércio atacadista apresentou aumento de 677 unidades.

De acordo com o estudo,em 2021, o salário médio mensal percebido por trabalhadores em cada divisão de atividades teve um aumento para  1,8 salários mínimos. Em comparação a 2012, houve um aumento também no salário médio recebido no comércio por atacado e de veículos, peças e motocicletas, sendo 2,7 e 2,2, respectivamente. O salário médio no comércio varejista aumentou para (1,6 salário mínimo). 

Dentro dessa situação, o economista Aurélio Trancoso destaca que, diante dos resultados, é possível notar que os melhores salários do país em relação ao setor se concentram nas regiões Sul e Sudeste, que, por sua vez, também são as regiões que mais empregaram pessoas até 2021.

“Teve um aumento pequeno, mas teve. Depois, o Centro-Oeste, com aumento praticamente igual ao do Brasil, acompanhou o aumento brasileiro. E você tem Norte e Nordeste com os menores aumentos em termos de salário. Quando você fala de pessoas ocupadas, as regiões Sul e Sudeste são as que mais empregam e também são as que dão melhores salários”, diz.

Com esses resultados, a receita bruta do PA em 2021 dobrou de valor, em comparação ao ano de 2012, registrando R$ 91,3 bilhões. Do total, R$ 35,1 bilhões (38,4%) foram gerados no comércio varejista; R$ 48,3 bilhões (52,9%) no comércio por atacado; e R$ 7,8 bilhões (8,6%) no comércio de veículos, peças e motocicletas.

O economista Luigi Mauri observa que, apesar da relativa melhoria que ocorreu no comércio, não houve uma recuperação total com relação ao período pré-pandemia. Ainda segundo o especialista, houve mudanças no comportamento de consumo dos brasileiros.

“Até 2021, a gente consegue observar claramente que o consumidor teve uma preferência por vendas online, quer dizer, as vendas físicas no comércio diminuíram e as vendas online cresceram. Ainda não é a predominância, mas elas tiveram um bom destaque nesse período até 2021. Isso pode apontar uma tendência para os próximos anos de o consumidor preferir comprar do conforto da sua casa, online, em vez de ir ao comércio fisicamente”, explica.

Pesquisa Anual de Comércio (PAC)

O IBGE realiza a Pesquisa Anual de Comércio desde 1996. Segundo o instituto, as informações retratadas na PAC são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.

Copiar o texto
04/08/2023 22:15h

Empresas do ramo ocuparam um total de 348.358 pessoas em 2021, no Goiás. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio do IBGE

Baixar áudio

Goiás registrou um aumento de 37,8 mil pessoas ocupadas no setor do comércio, entre 2012 e 2021. Os dados constam na Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento comparou as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio, num período de 10 anos. Segundo o estudo, em 2021 o setor ocupou um total de 348.358 pessoas, no GO. Em 2012, eram 310.512 pessoas.

A pesquisa avalia os três principais segmentos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista.  Segundo o IBGE, houve acréscimo de 7,54% no número de unidades locais com receita de revenda das empresas comerciais no GO. O total de unidades locais passou de 63,7 mil em 2012, para 68,5 mil em 2021.

Também houve perda de 1,4 mil unidades no comércio varejista e de 412 unidades no comércio de veículos, peças e motocicletas. Por outro lado, o comércio atacadista apresentou aumento de 673 unidades.

De acordo com o estudo, em 2021 o salário médio mensal percebido por trabalhadores em cada divisão de atividades aumentou para 1,7 salários mínimos. Em comparação a 2012, o salário médio recebido no comércio por atacado e de veículos, peças e motocicletas obteve um aumento de 2,8 e 1,9, respectivamente em 2021. O salário médio no comércio varejista permaneceu constante (1,4 salário mínimo). 

Dentro dessa situação, o economista Aurélio Trancoso destaca que, diante dos resultados, é possível notar que os melhores salários do país em relação ao setor se concentram nas regiões Sul e Sudeste, que, por sua vez, também são as regiões que mais empregaram pessoas até 2021.

“Teve um aumento pequeno, mas teve. Depois, o Centro-Oeste, com aumento praticamente igual ao do Brasil, acompanhou o aumento brasileiro. E você tem Norte e Nordeste com os menores aumentos em termos de salário. Quando você fala de pessoas ocupadas, as regiões Sul e Sudeste são as que mais empregam e também são as que dão melhores salários”, diz.

Com esses resultados, a receita bruta do Goiás em 2021 dobrou de valor, em comparação ao ano de 2012, registrando R$ 220,4 bilhões. Do total, R$ 84,5 bilhões (39,3%) foram gerados no comércio varejista; R$ 114,6 bilhões (52%) no comércio por atacado; e R$ 21,2 bilhões (9,6%) no comércio de veículos, peças e motocicletas.

O economista Luigi Mauri observa que, apesar da relativa melhora que ocorreu no comércio, não houve uma recuperação total com relação ao período pré-pandemia. Ainda segundo o especialista, houve mudanças no comportamento de consumo dos brasileiros.

“Até 2021, a gente consegue observar claramente que o consumidor teve uma preferência por vendas online, quer dizer, as vendas físicas no comércio diminuíram e as vendas online cresceram. Ainda não é a predominância, mas elas tiveram um bom destaque nesse período até 2021. Isso pode apontar uma tendência para os próximos anos de o consumidor preferir comprar do conforto da sua casa, online, em vez de ir ao comércio fisicamente”, explica.

Pesquisa Anual de Comércio (PAC)

O IBGE realiza a Pesquisa Anual de Comércio desde 1996. Segundo o instituto, as informações retratadas na PAC são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.

Copiar o texto