Cerca de 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam que estão matriculados em alguma instituição de ensino. É o que aponta a pesquisa do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos nas 27 Unidades da Federação.
De acordo com a pesquisa, entre os que não estudam atualmente, apenas 38% alcançaram a escolaridade que desejavam e 57% não tiveram condições de continuar os estudos.
A necessidade de trabalhar para manter a família é o principal motivo (47%) para a interrupção dos estudos, seguida pelas pessoas que preferem trabalhar para ter o próprio dinheiro e autonomia (12%). Outros destaques foram o número alto de pessoas que deixam de estudar por falta de interesse (11%) e pessoas que interromperam por conta de gravidez ou filhos (7%).
Imagem: Confederação Nacional da Indústria (CNI)
"Muitas vezes a escola não tem elementos de atratividade para os jovens e, certamente, esses números se agravaram durante a pandemia. Um outro grave problema também se dá na gravidez precoce, que faz meninas e meninos terem que sair da escola e se engajar no mundo do trabalho, porque mudou a sua realidade de vida”, explica o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.
Para ele, os fatores apontados trazem uma reflexão sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação e a atratividade da escola. “Sobretudo, como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade, que é base para se criar um círculo virtuoso de desenvolvimento, onde, certamente, a qualidade da educação vai interferir positivamente no sentido mais geral de melhoria da educação”, aponta.
A alfabetização aparece em primeiro lugar na lista das etapas que devem ser prioridade para o governo, apontada por quase um quarto (23%) dos brasileiros. As creches aparecem em segundo lugar entre as prioridades (16%) e o ensino médio ficou em terceiro (15%).
Segundo a pesquisa, a população percebe a deficiência no início da escolarização. A alfabetização tem a pior avaliação de qualidade: 47% dos entrevistados a consideram boa ou ótima e 20% ruim ou péssima.
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Rafael explica que a população acha que o início da escolarização é uma das etapas mais importantes e também uma necessidade. “O Brasil é uma das sociedades que têm o mais alto índice de mulheres no mercado de trabalho. E é claro que isso vai criar uma necessidade objetiva das famílias colocarem seus filhos nas creches.”
O estudo ressalta que as dificuldades enfrentadas pelas famílias e pelos docentes para garantir que as crianças fossem alfabetizadas durante a pandemia pode ter contribuído para a avaliação negativa.
Já no ensino médio, que deveria ser a ponte entre a educação básica e o início da trajetória profissional, a taxa de abandono na rede pública alcançou 6,5% em 2022. Na rede privada, que apresentou taxa de abandono inferior a 0,5% nos últimos 10 anos, o indicador aumentou para 0,7%. Os dados são do Censo Escolar 2022.
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No geral, 23% avaliam a educação pública como ruim ou péssima e só 30% avaliam como ótima ou boa. Já a educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados. Quanto maior a renda e maior o nível de escolaridade, pior a avaliação da rede pública.
Segundo Rafael Lucchesi, o Brasil não conseguiu cumprir a agenda da educação no século XX como outros países. “Deveríamos estar discutindo inovação no século XXI, mas carregamos problemas estruturais, de qualidade e na matriz educacional, que travam nosso desenvolvimento. Precisamos melhorar a qualidade e ampliar a oferta da educação profissional”, alerta Rafael.
Para ele, em 2023 está acontecendo uma mudança cultural forte de novas tecnologias e o Brasil ainda tem uma escola antiga, apenas emissora de conhecimento. Em sistemas educacionais mais avançados, o processo de aprendizagem se dá por resolução de problemas, por gamificação e por robótica, por exemplo.
Questionados sobre os fatores que contribuem para melhorar a qualidade do ensino, os brasileiros listam como prioridade: aumentar salário dos professores (23%), melhorar a capacitação dos professores (20%) e melhorar as condições das escolas (17%).
Estão abertas as inscrições para o “Programa Multiplica SP Professores”, ação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por meio de sua escola de formação (Efape), que promove a troca de experiências pedagógicas entre os educadores da rede estadual. A iniciativa prevê a formação entre pares, buscando soluções e aprimorando estratégias de forma colaborativa, a partir do aprendizado e da prática de ensino.
Juliete Melo Aquino de Souza, líder do Centro de Formação de Professores (CEFOP), em entrevista feita pelo canal do Centro de Mídias da Secretaria da Educação em São Paulo, explica como vai ser esse Programa Multiplica professores.
“Esse programa se constitui em formação continuada certificada em horário de serviço destinada a todos os professores da rede estadual. Também com a formação continuada e certificada em horário de serviço para os professores, facilitadores e mediadores como os formadores que atuaram na área de ensino e os professores multiplicadores da rede estadual", destaca.
As inscrições são destinadas ao Formador DE e Professor Multiplicador e podem ser feitas até 25 de maio no site www.sed.educacao.sp.gov.br, da Secretaria Escolar Digital. O processo seletivo é dividido em duas fases. Na primeira, todos fazem a prova objetiva. Na segunda, o candidato a Formador DE passa por uma entrevista e o postulante a Professor Multiplicador deve enviar uma videoaula.
Para mais informações acesse o Programa Multiplica Professores.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) deve levar em consideração indicadores socioeconômicos na hora de fazer repasses a prefeituras e governos estaduais. É o que determina projeto do senador Eduardo Braga (MDB-AM), aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e que passou a ser analisada na última semana pelos membros da Comissão de Educação do Senado.
Um dos principais pontos da medida atende à demanda defendida há anos pela Confederação Nacional de Municípios (CNM): que a variação de valor per capita da merenda escolar também considere indicadores socioeconômicos e a capacidade fiscal das cidades e estados.
Para o professor de Economia do Ibmec Brasília, William Baghdassarian, investir em merenda escolar representa investir na qualidade da educação: "A gente sabe que o investimento na alimentação das crianças é um investimento direto na qualidade da educação que elas vão ter, porque ninguém aprende com fome".
Baghdassarian lembra que além da questão social - “que é muito importante” - o país que investe na qualidade da educação possibilita às pessoas uma produtividade melhor. “A gente explica a diferença entre diversos países muito pela questão da capacidade das pessoas de desempenhar trabalhos sofisticados”, observou o especialista. “Às vezes, um trabalho pouco sofisticado de um americano é pequeno, mas quando você pensa em questões de software, inteligência artificial ou informática, a gente tem muito mais pessoas empregadas nesse tipo de coisa nos países desenvolvidos do que no Brasil”, defendeu.
“No Brasil, a gente tem muita gente empregada em atividades de baixo valor agregado e isso faz com que a renda total acabe sendo menor do que poderia”, esclareceu o professor de Economia, para concluir em seguida: “Então, a educação é exatamente para suprir essa lacuna e a pessoa alimentada vai produzir muito mais”.
O texto proposto no Senado mantém a diferenciação de valor por aluno e níveis e modalidades de ensino, mas acrescenta a diferenciação de valores “por redes escolares, em razão dos respectivos indicadores de desenvolvimento socioeconômico local e de capacidade financeira das respectivas prefeituras e governos estaduais e distrital”.
Autor da iniciativa, Eduardo Braga defende que é preciso considerar as diferentes realidades locais na distribuição dos recursos. “A padronização do repasse como se tivéssemos uma realidade única faz com que os entes da Federação em condições orçamentárias menos favoráveis, não raro, lancem mão de recursos adicionais”, descreve na defesa do projeto.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) tem o objetivo de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial dos estudantes, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis, através do oferecimento de alimentação nas escolas e de ações de educação alimentar e nutricional.
O Pnae é a mais antiga política pública de segurança alimentar e nutricional do país. Criada em 1955, originalmente com o nome “Campanha de Merenda Escolar”, a iniciativa destina, atualmente, recursos suplementares para apoiar o atendimento diário de cerca de 40 milhões de estudantes, em aproximadamente 150 mil escolas.
Atualmente, a transferência financeira do Pnae para uso exclusivo na alimentação de estudantes de escolas públicas de estados e municípios é dividida em até dez parcelas, de fevereiro a novembro de cada ano, e corresponde a 20 dias letivos por mês. O cálculo sobre os recursos a serem repassados leva em consideração o número de dias de atendimento e o número de alunos matriculados em cada rede ou unidade de ensino. Portanto, a condição socioeconômica do ente parceiro ainda não é considerada.
Etapa do processo seletivo teve início dia 21 de março e se estende até 2 de junho
O Ministério da Educação (MEC) prorrogou para 2 de junho o prazo final para as convocações por meio da lista de espera do processo seletivo do primeiro semestre do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Desde o início da seleção, o MEC já realizou sete chamadas de candidatos da lista de espera. A prorrogação atenderá solicitações de estudantes interessados em financiar os seus estudos.
A doutora em educação e mestre em Administração Estratégica Kélen Abreu explica a importância do Fies na vida de estudantes que não podem arcar com os custos de uma faculdade particular, no momento.
“O ponto mais importante é garantir a igualdade e dar a tranquilidade de fazer esse curso, poder se manter nesse período mesmo com receitas menores, a gente sabe que durante a faculdade você faz estágio e ganha menos, mas saber que só vai pagar esses valores após a formatura, então digo que o fies então ele tá apostando naquele aluno, acreditando que vai transformar realmente a vida dele e a educação transforma. Eu mesmo sou a prova viva de que a educação transforma, você tendo um sociedade com acesso à educação você faz com que o país consiga gerar riqueza, gera conhecimento e realmente cresce muito mais”, defendeu.
A mestre em Administração Estratégica ainda destaca que o fato de o estudante poder quitar sua dívida apenas ao final da graduação faz com que ele estude com mais tranquilidade.
“A forma como funciona, o aluno passa a pagar após sua formação, inclusive está em discussão se o aluno começa pagar após a formação ou após conseguir um emprego, mas independente disso o aluno tem seu período de estudo tranquilo. Muitas vezes aquele aluno geralmente trabalha, trabalha mais para se manter, então não teria condições de pagar ainda na sua faculdade essa conta, então da pra ele ter a tranquilidade para que ele possa a se dedicar aos estudos, fazer uma boa formação, o mercado de trabalho sempre tem vagas disponíveis" ,enfatizou Kélen Abreu.
A moradora do Gama, no Distrito Federal e estudante de nutrição, Júlia Nunes (23), conta que foi através do Fies que está tendo a oportunidade de fazer uma graduação.
"Com o Fies eu estou tendo a oportunidade de estudar e saber que eu tenho que pagar apenas ao final do curso, dar um certo conforto e segurança”, justificou a estudante.
A adesão das instituições ao Sisu começa no dia 22 e irá até às 23h59 do dia 26 de maio
Edital que rege a participação das instituições públicas de educação superior no processo seletivo do segundo semestre foi publicado pelo Ministério da Educação (MEC). A adesão das instituições ao Sisu começa no dia 22 e irá até às 23h59 do dia 26 de maio. As instituições terão ainda um período para, caso seja necessário, retificar o documento de adesão. O prazo para essa retificação será de 29 de maio até às 23h59 do dia 9 de junho.
O edital do Sisu que rege as inscrições dos candidatos e define o prazo para as inscrições será publicado posteriormente. E o MEC divulgará amplamente todo o cronograma.
O co-fundador e professor do Galt Vestibulares Rubenilson Cerqueira explica o que é o Sisu.
“O sistema de seleção unificada foi criado em 2010 pelo ministério da educação (mec) como sistema eletrônico para poder democratizar a oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior no Brasil. Sendo que a maioria delas são instituições federais, como universidade e institutos, mas também há vagas para outras instituições públicas, sendo elas estaduais e municipais no país”, explica.
Além disso, o co-fundador destaca que é importante ficar atento aos prazos e notas de corte do sistema ao se inscrever para a seleção.
“Uma dica muito importante é que o estudante fique atento não só às questões diárias de acompanhar as notas de corte e que também fique atento aos requisitos para aquela vaga porque cada instituição vai delimitar qual será a nota mínima para que de fato ele consiga concorrer àquela vaga naquela instituição federal”, destacou Cerqueira.
A moradora da Vicente Pires, no Distrito Federal, Fernanda Helena (26), conta que foi através do Sisu que conseguiu realizar o sonho de ingressar em uma universidade federal.
“Através do Sisu eu consegui entrar em uma universidade federal. Eu fiz o Enem e foi graças ao Sisu que consegui aguardar na fila de espera e ser chamada e assim eu me formei”, contou Fernanda Helena.
É de exclusiva responsabilidade da instituição participante do Sisu descrever, no documento de adesão, as condições específicas de concorrência às vagas por ela ofertadas no âmbito do Sistema. Cabe às instituições verificarem o prazo previsto para retificar, se for o caso, o documento de adesão, que deverá ser assinado de maneira digital, exclusivamente, por meio do sistema de gestão do Sisu, no endereço eletrônico: http://sisugestao.mec.gov.br/.
Ao assinarem o Termo de Adesão, as instituições federais de educação superior se comprometem a cumprir o que determina a Lei nº 12.711, de 2012, chamada de Lei de Cotas, independentemente do número de vagas disponibilizadas pelo Sisu ou por outra forma de oferta de vagas.
O Ministério da Educação (MEC) realizou sete convocações por meio da lista de espera do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até a última sexta-feira (12). De acordo com o MEC, a data final de convocação será dia 18 de maio.
De acordo com o balanço de divulgação, todos os cursos que estavam disponíveis estão sendo ocupados, ou seja, não haverá sobra de vagas.
A convocação da lista de espera do Fies começou no dia 21 março e se estenderá até o dia 18 de maio, conforme previsto no edital que rege o atual processo seletivo do Fies.
Este ano, o Fies oferece 112.168 vagas, e aquelas que não forem ocupadas nesta edição do primeiro semestre poderão ser ofertadas no processo seletivo do segundo semestre deste ano.
O economista Marcos Sarmento Melo afirma que o financiamento estudantil é uma ótima iniciativa que permite ao estado o subsídio de arcar com as mensalidades de um curso superior a estudantes que não possuem condições no momento.
“É interessante porque faz com que o estado subsidie a taxa de juro que a pessoa depois vai pagar possibilitando que ela tenha um pagamento de prestações mais baixas e assim ela possa ao longo do tempo depois quando ela tiver um emprego que tenha uma renda maior possibilitada pelo curso superior, efetuar os pagamentos e aí alimenta todo processo fazendo com que outras pessoas tenham a possibilidade também de tomar o crédito e assim conseguir avançar na carreira profissional”, afirmou Samento.
A estudante de Biomedicina, Ivanilde Magda (26), conta que está realizando um sonho em poder estudar através do Fies.
“Eu optei pelo Fies porque precisava estudar em uma universidade com grade fechada, já que tenho a necessidade de trabalhar e estudar. Fiquei muito feliz com a oportunidade. Tenho certeza que no fim da minha graduação, terei a oportunidade de pagar meu financiamento podendo ajudar outras pessoas a realizarem o sonho”, contou a estudante.
O Fundo de Financiamento Estudantil é um programa do MEC, instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001. O objetivo do Fies é conceder financiamento a estudantes de cursos de graduação, em instituições de educação superior privadas aderentes ao programa e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Os resultados da isenção da taxa de inscrição do Enem já estão disponíveis para consulta. Este ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), aprovou mais de 2,4 milhões de solicitações. Os resultados estão disponíveis na página do participante.
Até o momento, o Inep acatou mais de 3 mil justificativas de ausência (quem era isento da taxa no Enem 2022 e não compareceu aos dois dias de prova precisava justificar a falta para participar da edição de 2023 gratuitamente).
Para quem teve o pedido da taxa de inscrição indeferido, o prazo para recursos sobre essas devolutivas termina na sexta-feira (12).
O advogado Roberto Pfeiffer explica que, para conseguir a isenção da taxa de inscrição, é necessário unir todos os documentos que comprovem a necessidade da gratuidade.
“A chave do sucesso do recurso é juntar os documentos que mostrem que eles tinham sim o direito a isenção do pagamento da taxa. Por exemplo, se estão cursando atualmente o ensino médio em escola pública, juntar a declaração de escolaridade, se estão cadastrados no cadastro único de programas sociais do governo federal, juntar o comprovante do cadastro ou se já estão formados mas cursaram integralmente o ensino médio em escola pública, juntar tanto a declaração de escolaridade de todos esses anos, como comprovante de renda das famílias, explicou Pfeiffer.
A moradora do Gama, no Distrito Federal, Julia Porto (18), conta que terminou o ensino médio em 202. Ela2 não conseguiu a isenção da taxa de inscrição para o Enem este ano.
“Eu fiz o meu ensino médio inteiro em escola pública e ano passado não pude comparecer ao Enem. Esse ano não consegui a gratuidade, mas vou fazer um recurso para tentar novamente”, contou a estudante.
Confira os números de isenções aprovadas por unidade da Federação:
UF | Isenções aprovadas | % de isenções aprovadas |
Acre | 6.829 | 0,68% |
Alagoas | 62.417 | 2,52% |
Amapá | 21.551 | 0,87% |
Amazonas | 77.838 | 3,14% |
Bahia | 265.792 | 10,71% |
Ceará | 204.559 | 8,25% |
Distrito Federal | 30.288 | 1,22% |
Espírito Santo | 43.281 | 1,74% |
Goiás | 83.551 | 3,37% |
Maranhão | 136.959 | 5,52% |
Mato Grosso | 29.207 | 1,18% |
Mato Grosso do Sul | 23.958 | 0,97% |
Minas Gerais | 193.323 | 7,79% |
Pará | 185.757 | 7,49% |
Paraíba | 102.319 | 4,12% |
Paraná | 59.144 | 2,38% |
Pernambuco | 171.403 | 6,91% |
Piauí | 75.733 | 3,05% |
Rio Grande do Norte | 75.078 | 3,03% |
Rio Grande do Sul | 68.714 | 2,77% |
Rio de Janeiro | 145.963 | 5,88% |
Rondônia | 22.230 | 0,90% |
Roraima | 4.822 | 0,19% |
Santa Catarina | 33.656 | 1,36% |
Sergipe | 48.872 | 1,97% |
São Paulo | 277.661 | 11,19% |
Tocantins | 19.811 | 0,80% |
Fonte: Ministério da Educação
A participação gratuita no Enem é prevista para pessoas que se enquadram em, pelo menos, um dos seguintes perfis:
Matriculados na 3ª série do ensino médio (neste ano de 2023), em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar. Quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica por serem membros de família de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).
O edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 já está disponível. Os interessados em participar da edição 2023 já podem conferir o cronograma. Este ano, as inscrições estão previstas entre os dias 5 a 16 de junho. Já as provas serão aplicadas em 5 e 12 de novembro.
O professor de Sociologia da Secretaria de Educação, Guilherme Guedes (37), explica a importância de estar atento ao edital e ao cronograma da edição do Enem 2023.
“É muito importante que o estudante se atente às datas do cronograma para que faça uma programação adequada de estudos, além de se programar e se organizar para estar na cidade em que ele vai fazer a prova”, recomenda o sociólogo.
Ainda sobre como se programar, o professor afirma que organizar os conteúdos que serão cobrados para começar a preparação é um dos passos mais importantes para obter uma boa nota na prova.
“Se preparar bem para uma prova como a do Enem é fundamental, porque você tem que analisar os conteúdos que serão cobrados e reservar um tempo de estudo para cada um deles. Então essa preparação envolve conteúdos do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio e devem ser organizados em uma planilha de estudos, então é muito importante essa preparação para que o aluno chegue nesse momento da prova e tenha condições de disputar uma boa universidade e de ingressar no curso superior da escolha desse estudante”, concluiu o professor.
A estudante do 2º ano do ensino médio Bruna Freitas (16, mora em Taguatinga Norte, no Distrito Federal e conta como está sendo o momento de preparação para a prova.
“Comecei a me preparar para o Enem este ano, mas ainda não estou no cursinho. Peguei algumas dicas e estudo pelo YouTube. E faço algumas provas antigas. Como comecei a estudar agora, estou focando nas matérias que mais tenho dificuldade”, contou.
Os candidatos que optaram pela isenção da taxa de inscrição já podem conferir os resultados. O Inep publicou um edital específico para a isenção e para as justificativas de ausência (quem era isento no Enem 2022 e não compareceu aos dois dias de prova precisava justificar a falta para participar da edição de 2023 gratuitamente). Quem tiver a solicitação ou a justificativa indeferida poderá entrar com recurso até a próxima sexta-feira (12).
O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. o Enem tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetros para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep, para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
Incentivar o turismo como estratégia de fomento ao empreendedorismo e à preservação da identidade cultural. Essa é a ideia do Programa Mocambos. Desenvolvido na região histórica da Zona da Mata, em Alagoas, a iniciativa resulta da parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a prefeitura de União dos Palmares (AL).
Segundo o gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do Senai-AL, Maicon Lacerda, o projeto visa estimular o empreendedorismo inovador e fortalecer a cultura da região dos quilombos.
“O Programa Mocambos foi criado buscando principalmente estimular o empreendedorismo inovador por meio de ações de capacitações, oficinas técnicas, orientações, workshop para comunidades que vivem na região dos quilombos e que tenham ideias inovadoras e que essas ideias elas possam ser transformadas em negócios que possam, principalmente, fortalecer o turismo e a cultura da região dos quilombos”, explica.
O projeto foi customizado para o contexto histórico da cidade de União dos Palmares. A região, que fica a 76 quilômetros da capital, é considerada uma das principais cidades de Alagoas. Ela ficou conhecida por ser “A Terra da Liberdade”, pois foi o local onde Zumbi dos Palmares deu o primeiro grito de liberdade.
Das mais de 50 inscrições na última edição do programa, 15 foram selecionadas para participar da capacitação do Senai, com duração de seis meses. Ao final da capacitação, os cinco melhores projetos vão receber um prêmio de R$ 20 mil cada. A cerimônia de apresentação dos projetos dos empreendedores está prevista para julho.
De acordo com Lacerda, além de promover a geração de empregos, o programa visa proporcionar uma maior infraestrutura econômica para a região.
“Além de um contexto de sobrevivência, de geração de renda para essa população, a gente traz a oportunidade de reposicionar o município de União dos Palmares por meio da geração de novas empresas. Aqui vale um reforço no sentido de dizer que boa parte dessas pessoas, elas não têm uma empresa constituída, não têm uma empresa formalizada. A gente está falando de novas empresas que são criadas a partir dessas capacitações”, ressalta.
Para o deputado federal Paulo Fernando dos Santos (PT- AL), o Paulão, a iniciativa é um passo importante para garantir à população quilombola qualidade de vida, inclusão produtiva e desenvolvimento local.
“Eu achei uma boa iniciativa em fazer essa relação de compromisso com as comunidades quilombolas, oferecendo projetos para o empoderamento de uma comunidade que, infelizmente, no Brasil até hoje não foi reparada. Essa pauta dos quilombolas é uma dívida que a elite brasileira tem para fazer uma reparação e é importante que as políticas públicas cheguem, para que as comunidades quilombolas tenham qualidade de vida, tenham cidadania’, aponta.
Quilombo é a denominação para comunidades constituídas por negros escravizados que resistiram ao regime escravocrata que vigorou no Brasil por mais de 300 anos e só foi abolido em 1888. A formação dos quilombos representou o movimento de transição da condição de escravizado para a de camponês livre.
No Brasil o direito às terras tradicionais é reconhecido na legislação nacional. Os direitos das comunidades quilombolas também são assegurados na Convenção 169 Sobre Povos Indígenas e Tribais, da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo Brasil e por diversos países da América Latina.
O IBGE não tem uma estimativa da população quilombola, mas calcula que o Brasil possua 5.972 localidades quilombolas, divididas em 1.672 municípios brasileiros. Isso representa mais que o dobro do número de localidades indígenas (827).
Todos os candidatos precisam realizar o processo de inscrição no período de 5 a 16 de junho
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 está previsto para ocorrer nos dias 5 e 12 de novembro desde ano. No entanto, os candidatos devem ficar atentos a outras datas importantes, como o prazo para os recursos dos pedidos de isenção, que será entre os dias 8 e 12 de maio.
Pedro Medeiros Resende, professor de matemática, reforça a importância de estar atento aos prazos, pois, desse modo, o participante terá mais facilidade para se organizar. “É muito importante você se atentar, para você chegar umas duas semanas antes da prova bem intelectualmente, fisicamente e psicologicamente”, orienta.
Vale lembrar que todos os candidatos precisam realizar o processo de inscrição no período de 5 a 16 de junho.
Em relação à preparação para a prova, Resende destaca como método importante a resolução de provas antigas, o que ajudará o candidato a entender melhor o formato das questões do exame.
“É um método excelente de estudo, resolver provas antigas para você ter conhecimento sobre a prova. E resolva essas provas com tempo marcado. É importante ter isso também. Porque o tempo também é essencial na resolução da prova”, complementa.
O Enem avalia o desempenho escolar dos alunos no final da educação básica. O exame se tornou a principal via de acesso ao ensino superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Faculdades e universidades públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar seus alunos, seja como critério exclusivo ou como parte dos processos seletivos. Além disso, os resultados do exame também são usados para obter benefícios governamentais, como o financiamento estudantil oferecido pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
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