Neste episódio, Adriana Pestana, pediatra, fala sobre o que fazer em caso de engasgo em criança
O engasgo acontece quando alguma coisa para na garganta, na traqueia que é por onde o ar passa até chegar aos pulmões e então podemos ficar sem respirar.
Ao presenciar uma criança engasgada, se ela ainda estiver tossindo ou chorando, não tente intervenções como bater nas costas, balançar ou virar de cabeça para baixo. Não tente remover o objeto que você não pode ver, para evitar agravar a situação e empurrar o objeto ainda mais para dentro.
Nos casos que a criança ainda está tossindo ou chorando, mantenha a calma e incentive a criança a continuar tossindo, mas se a criança não estiver emitindo sons e apresentar lábios e pele roxos, peça ajuda imediatamente ligando para o serviço de emergência 192 e inicie a manobra de desengasgo:
Em bebês, o processo é um pouco diferente
Atenção: Se a criança perder a consciência e desmaiar, inicie a manobra de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e ligue para o serviço de emergência 192 imediatamente.
Crianças não se engasgam somente com alimentos, pode ocorrer de se engasgarem com pequenos objetos. O engasgo é um acidente muito fácil de se evitar se nós seguirmos algumas regras e tomarmos cuidados.
Mantenha pequenos objetos longe do alcance das crianças, como moedas, botões, brincos e fivelas, brinquedos com peças pequenas ou que caibam inteiros dentro da boca da criança. Siga sempre a orientação do fabricante quanto a idade adequada para aquele brinquedo. Muito cuidado também com balões e bexigas, pilhas, baterias e imãs de geladeira.
Os alimentos devem ser apresentados de forma adequada, que diminua o risco de engasgo, respeitando a idade e o desenvolvimento da criança. Cuidado com alimentos redondinhos, como uva, tomates cereja e ovos de codorna, sempre corte antes de oferecer para a criança. Atenção redobrada com milho, pipoca, amendoim, castanhas, balas e chicletes.
Para mais detalhes, assista o vídeo no canal Doutor Ajuda.
A caderneta de vacinação é uma importante aliada do Ministério da Saúde e dos pais na prevenção de uma série de doenças, entre elas a hepatite B. Nos últimos anos, contudo, o Brasil não tem conseguido cumprir a meta de imunizar 95% das crianças menores de um ano contra a doença. Em 2022, segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, 80,03% das crianças de até 30 dias tomaram a primeira dose da vacina, registrando-se aumento em relação ao ano anterior, visto que em 2021 apenas 67,02% deste público foi imunizado.
Assim como alguns outros imunizantes, o da Hepatite B depende de um ciclo vacinal composto por três doses que são aplicadas no primeiro ano de vida. Por ser uma doença que acomete o fígado, não tem cura e pode provocar sérias consequências, é essencial que as famílias se organizem para concluir o ciclo de vacinação, garantindo assim a imunização e protegendo os pequenos da doença.
A pesquisadora e coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, explica sobre a dinâmica da vacina multidose. “A primeira dose é basicamente ao nascer, junto com a BCG, nos primeiros dias de vida, e depois você toma mais duas doses com menos de um ano. Porém é muito comum a cobertura dessa primeira dose é até bem alta, só que depois a gente tem uma dificuldade em fechar esse ciclo, em completar essas três doses”.
A especialista também enumera a importância das cidades adotarem estratégias para aumentar a cobertura vacinal. “Tem municípios que já estão deixando o posto [de saúde] aberto por mais tempo, ou mais tarde, ou abrindo aos sábados, que a gente sabe que isso também é questão importante, de ter mais tempo para poder levar, os pais trabalham e muitas vezes não conseguem chegar a tempo para vacinar seus filhos”, explicou.
Uma vez que a vacinação é um método coletivo de prevenção, o cumprimento da meta é essencial para a prevenção da doença em todo o território nacional, como explica Boccolini: “Ou seja, nacionalmente a gente tem esse dado, que é bem abaixo dos 95%, só que a gente tem disparidades.
Ela explica ainda que há municípios onde essa cobertura não chegou nem a 20%. "E a gente sabe que a vacina é uma proteção coletiva, então de muito pouco vai adiantar uma cidade como o Rio de Janeiro ter atingido a meta, porém todas as cidades da região metropolitana não, porque as pessoas circulam. Então é importante a gente atacar essa heterogeneidade. Ou seja, ter uma cobertura mais homogênea, aumentar a cobertura vacinal como um todo”.
Mãe de duas crianças, a empreendedora Lorena Dutra, de 31 anos, adota várias estratégias para não falhar com as vacinas dos filhos. “Sobre o caderno de vacinação, dos meus dois filhos, eu sempre me preocupei muito em deixar em dia, então eu colocava o celular pra despertar no dia que estava marcado, eu sempre olhava no cartão quais eram as datas das próximas vacinas, porque eu acho muito importante a vacinação em dia, então eu tinha essa preocupação como mãe ”.
Ainda sobre as cadernetas de vacinação, a pesquisadora e coordenadora do Observatório da Infância fala das vantagens do sistema adotado no país. “Nosso calendário vacinal é muito rico, protege contra várias doenças, e doenças que podem gerar sequelas e gerar óbitos nas crianças, e são vacinas que estão disponíveis no SUS de forma gratuita"
Ela adverte que é preciso que as pessoas fiquem atentas ao calendário dessas vacinas "que são um pouquinho mais complexas no sentido de ter duas ou três doses. Lembra ainda que "é importante a gente fechar o ciclo para de fato estar protegido contra aquela doença específica” .
Para outras informações sobre imunização e Hepatite B procure o Posto de Saúde mais perto de você e oriente-se com os profissionais de saúde.
Neste episódio o Hepatologista Mário Pessoa fala mais sobre o assunto
Você conhece algum caso de criança que teve quadro de hepatite desconhecida e precisou fazer transplante de fígado? Essa hepatite recebe o nome de Hepatite Misteriosa. Neste episódio o Hepatologista Mário Pessoa fala mais sobre o assunto.
Uma forma de hepatite grave em crianças e adolescentes que se iniciou na Inglaterra tem alertado toda a comunidade médica pelo mundo. Esses casos devem ser identificados rapidamente, pois podem evoluir de forma rápida para a chamada hepatite fulminante, onde o paciente pode evoluir em algumas horas de uma forma assintomática, para o coma hepático.
No Brasil, a causa mais frequente de hepatite fulminante, é a hepatite aguda pelo vírus A, e por isso a vacinação para este vírus está incluída no calendário universal de vacinação para crianças entre um e cinco anos.
Até o momento, ainda não foi identificada a causa desse tipo de hepatite, mas o que se sabe, é que não é causada pelos vírus de hepatite denominados como hepatite A, B, C, D e E. Todos esses marcadores foram negativos nos casos relatados, e essas crianças eram previamente sadias, não tinham antecedentes de viagens a outros locais, possível contato com substâncias tóxicas para o fígado, contato com água ou alimentos possivelmente contaminados ou qualquer outro histórico importante para hepatite, pelo menos nos casos relatados no Reino Unido.
A maioria dos casos no Reino Unido ocorreram em crianças com menos de cinco anos de idade, uma população não vacinada para coronavírus, já que essa vacina não era aprovada em crianças desta idade. Dessa forma, a vacina para coronavírus não pode ser apontada como a possível causa para essa hepatite.
Um tipo de adenovírus (grupo de vírus que normalmente causam doenças respiratórias), foi encontrado na maioria dos casos na Inglaterra, mas esse vírus não costuma causar doenças graves em crianças sadias. Existe uma hipótese que elas tenham tido contato prévio com o coronavírus, fato que pode ter alterado a imunidade delas, e num contato com o adenovírus a doença evoluiu de forma grave. No momento, o sangue dessas crianças está sendo testado para anticorpos do coronavírus.
Outra possibilidade é que o adenovírus tenha sofrido uma mutação, assumindo um comportamento mais grave nesses casos. As autoridades sanitárias na Inglaterra e de outros países estão fazendo um enorme esforço na investigação das possíveis causas, inclusive um estudo detalhado dos fígados retirados nos casos que evoluíram com transplante.
Sintomas da hepatite misteriosa em crianças
Não deixe de levar a criança para uma avaliação com um pediatra caso apresente algum desses sintomas.
Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda.
Neste episódio a pediatra Dra. Adriana Pestana dá mais detalhes sobre o assunto
Seu filho está com febre, dor de garganta e manchas na pele? Você já ouviu falar em escarlatina? Neste episódio a pediatra Dra. Adriana Pestana dá mais detalhes sobre o assunto.
A escarlatina é causada por uma bactéria chamada Streptococcus do Grupo A, que são bactérias normalmente encontradas na garganta e na pele. Essa bactéria é frequentemente responsável pelas infecções de garganta, as chamadas amigdalites bacterianas, porém casualmente, ela pode liberar uma toxina que causa o aparecimento dessas manchinhas vermelhas pelo corpo, a escarlatina.
Entre o segundo e o quinto dia do início dos sintomas, aparecem as manchinhas na pele e deixa a pele bem áspera, parecendo uma lixa, com muitas bolinhas pequenas avermelhadas, principalmente na região da barriga, no pescoço, nas axilas e na virilha. A língua também pode ficar inchada e bem vermelha, que é conhecida como língua em morango ou em framboesa.
Esse vermelhão da pele costuma desaparecer em até 7 dias, porém algumas semanas depois pode ocorrer uma descamação dos dedos, das mãos e dos pés e também de todas as áreas afetadas pela irritação na pele.
Se o seu filho apresenta febre, dor de garganta e manchas na pele procure um médico, assim que possível. O primeiro passo é sempre procurar o médico para que a criança seja avaliada, já que a escarlatina é causada por um bactéria e possivelmente grave se não for tratada devidamente. O pediatra irá avaliar e pelo exame clínico irá decidir que procedimento utilizar.
Na maioria das vezes, o tratamento é feito com antibiótico, amoxicilina ou benzetacil, e em caso de alergias, outros antibióticos serão recomendados. Com o tratamento adequado as crianças melhoram rapidamente, em geral depois de dois ou três dias a febre desaparece e as lesões na pele, em até cinco dias.
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Neste episódio a anestesista Dra. Raissa Franco dá mais detalhes sobre o assunto
Seu filho já passou ou vai passar por algum procedimento cirúrgico que precisa de anestesia? Neste episódio a anestesista Dra. Raissa Franco dá mais detalhes sobre o assunto.
Você sabia que pode conhecer o anestesista antes e ter uma consulta pré-anestésica para tirar todas as dúvidas sobre o procedimento? Essa consulta pode ser realizada de forma presencial ou online e é muito importante para eliminar as dúvidas e diminuir a ansiedade dos pais e dos filhos.
Esse é o momento em que o anestesista vai conhecer os pais, a criança e perguntar sobre possíveis doenças que a criança possa ter, sobre os procedimentos prévios, as experiências com anestesia que a família já teve, vacinação, alergias e resfriados recentes.
Conhecer todo esse histórico é muito importante para garantir um procedimento seguro. É a partir de todas essas informações que o anestesista decide qual tipo de anestesia será usada e como isso será feito.
Após analisar o histórico da criança, o anestesista que vai falar para você qual é o melhor tipo de anestesia para o seu filho.
Os tipos de anestesia são:
Todo procedimento médico envolve riscos. Nesse caso, o principal são náuseas e vômitos após a anestesia. Mas o anestesista está preparado para usar medicações individualizadas para o seu filho e para o tipo de anestesia e procedimento a que ele é submetido para evitar essas situações.
Após o procedimento, o paciente vai para uma sala que se chama RPA (recuperação pós-anestésica). Ele ficará sendo monitorado por um anestesista e uma equipe de enfermagem que estão preparados até ele ficar bem acordado e em condições de voltar para o quarto ou ter alta do hospital.
O tempo de despertar varia de acordo com a anestesia e pode variar dependendo do paciente. Em média, dura de 30 minutos a 1 hora. E na recuperação pós-anestésica, os pais já podem acompanhar os filhos.
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Você sabe que são as cólicas intestinais pode causar choro contínuo em bebês? Neste episódio o pediatra Marcos J. Ozaki dá dicas de como identificar o problema.
Todos esses sintomas são súbitos, podem ocorrer de repente. Na grande maioria dos casos de cólicas tendem a melhorar espontaneamente à medida que a criança cresce.
Para saber mais, assista ao vídeo do canal Dr. Ajuda.
Neste episódio a Dra. Fernando Doreto dá mais detalhes sobre o assunto
Você sabe se o seu filho está crescendo como deveria? Neste episódio a Dra. Fernando Doreto dá mais detalhes sobre o assunto.
Na pediatria é usado algo chamado curva de crescimento para avaliar as crianças, nesta curva o peso e a altura da criança é colocado de acordo com a idade dela.
Estas curvas são elaboradas por trabalhos científicos que avaliam centenas de crianças e determinam uma variação considerada como normal. O padrão de crescimento feminino e masculino são diferentes, portanto, não se deve comparar meninos e meninas de forma nenhuma.
Existe uma variação de peso e altura que é considerado normal para cada idade, quer dizer que crianças da mesma idade com pesos e alturas diferentes podem estar todas normais. Além disso, mais importante que o ponto da curva onde a criança se encontra naquele momento é como está o padrão de crescimento dela ao longo do tempo, ou seja, se a velocidade com a qual ela ganha peso e altura, se está dentro do normal, por isso é tão importante o acompanhamento de um pediatra com frequência.
É importante perceber que a velocidade de crescimento varia de acordo com as faixas etárias, bebês nos primeiros meses ganham 1kg por mês, enquanto crianças de 4-5 anos podem passar bastante tempo sem ganhar uma grama.
Não é normal emagrecer sem motivo ou necessidade, mas muitas vezes a sensação de “estar emagrecendo” tem a ver com um ganho de altura repentino e não perda de peso, por exemplo, bebês tem as “dobrinhas” que somem após 1 ano e meio de idade, pois passam a ganhar mais altura que peso. Estas mudanças na proporção de peso e altura são esperadas.
Mantenha o acompanhamento de rotina de seu filho com o pediatra, assim você poderá ter certeza se está tudo certo com o crescimento do seu filho.
Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda.
O último boletim InfoGripe da Fiocruz que aponta para uma queda da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na população adulta. De acordo com os dados divulgados, o número de casos registrados pode ter diminuído por conta da incidência de SRAG de Covid-19, principalmente no Sudeste do país. Apesar desse cenário, 11 estados ainda apontam para crescimento nas últimas seis semanas. São eles: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A infectologista Rosana Richtmann conta que existem duas explicações para a incidência e a queda dos casos. Segundo ela, uma das causas está relacionada ao fato de o vírus circula em épocas diferentes no Brasil. Já a outra, é que a vigilância e notificação dos casos não é homogênea por parte da população. “A SRAG varia conforme o momento epidemiológico e sazonalidade no nosso país. Ou seja, em diferentes regiões e momentos, nós temos diferentes circulações do vírus”, destaca.
Rosana explica, ainda, que os casos na população infantil não têm apresentado uma queda. Isso pode ocorrer porque o vírus existente nas crianças pode ser transmitido por um período maior de tempo. Por isso, ela ressalta a importância da vacinação na faixa etária infantil. Segundo a especialista, isso evita a contração e casos mais graves.
De acordo com a Fiocruz, aas crianças de 0 a 4 anos, o vírus mantém presença expressiva especialmente em São Paulo, Distrito Federal e nos estados do Sul do país. Há também um registro de aumento da presença desse vírus nas crianças do Espírito Santo, Minas Gerais e Roraima.
Apesar de circulação do vírus ser diferente em cada região, dependendo inclusive do período, os cuidados para evitar a propagação é o mesmo em todos os estados: vacinação da gripe atualizada, ou seja, uma vez ao ano, em especial os grupos mais vulneráveis e de riscos; higienização adequada das mãos e, se possível, evitar aglomerações.
Caso a infecção do vírus aconteça, a médica infectologista recomenda que os pacientes procurem tratamentos adequados: “Existe hoje um tratamento precoce que deve se começado o quanto antes para evitar que se tenha um quadro mais grave”, considera.
O mais importante em casos de infecções gripais é não expor as outras pessoas e ficar em repousos nos primeiros dias dos vírus, além de usar máscara para evitar o contagio.
Neste episódio a Dra. Anna Domingues dá mais detalhes sobre o assunto
Você conhece alguém que tenha síndrome de Down? E se descobrir que seu filho tem síndrome de Down, o que você deve fazer? Neste episódio a Dra. Anna Domingues dá mais detalhes sobre o assunto.
Algumas famílias descobrem antes do bebê nascer, ainda durante a gestação, enquanto outras descobrem somente após o nascimento. Infelizmente, ainda é muito comum no Brasil que o diagnóstico aconteça no pós-parto. Cerca de 40 a 60% dos diagnósticos dos bebês com síndrome de Down acontecem após o nascimento. Alguns motivos para tanta dificuldade em fazer o diagnóstico são a diferença da qualidade do pré-natal e dos exames realizados, além de que nem sempre todos têm acesso aos exames necessários.
O diagnóstico pode ser feito antes ou depois do nascimento. Vamos começar com o diagnóstico feito ainda na gestação.
Quando existe a possibilidade de se fazer o diagnóstico, é importante entender qual a probabilidade dele se confirmar e, caso a família conclua que quer e pode prosseguir com a investigação, se existe outro exame indicado. Muitos destes exames não são oferecidos pelo SUS, e mesmo na rede particular muitos convênios não cobrem. Como os valores podem ser altos, é importante informar as famílias das possibilidades para que, assim, elas decidam o que querem fazer dentro da realidade delas.
O que fazer ao descobrir a possibilidade do bebê ter síndrome de Down? Aspectos importantes: exames, informação e culpa.
Exames: em primeiro lugar é importante realizar o ecocardiograma fetal, a partir de 25 semanas de gestação. Metade dos bebês com síndrome de Down possuem algum problema cardíaco e, apesar de ser imprescindível a realização desse exame após o nascimento, se já soubermos algumas alterações antes, a mãe e o bebê podem procurar serviço especializado para que ele nasça em condições de maior segurança.
Essas pesquisas, quando feitas precocemente, permitem a detecção de doenças sem que haja grandes prejuízos e a realização de intervenção precoce.
Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda no Youtube.
Câncer mais frequente entre o público infanto-juvenil, segundo especialistas, a leucemia tem estimativa de mais de 11 mil casos no Brasil entre 2023 e 2025, segundo informações da publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, lançada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). A publicação é a principal ferramenta de planejamento e gestão na área oncológica no Brasil.
O câncer que acomete crianças e adolescentes se origina em células primitivas, chamadas embrionárias, diferente do câncer que atinge adultos. “Em geral, os tumores de células embrionárias têm uma capacidade maior de respostas à quimioterapia. Em crianças, em quase a totalidade, vamos precisar combinar quimioterapia, cirurgia, e, menos possivelmente, a radioterapia. Os tumores pediátricos têm menos relação com hábitos de vida e exposição a fatores ambientais _ o que é evidente como fator de risco para desenvolvimento de câncer em adultos”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOP), Neviçolino Pereira de Carvalho Filho.
No cenário entre as regiões brasileiras, o Sudeste, com 4.610/100 mil habitantes, e Nordeste, com taxa de 3.300/100 mil habitantes, são os locais com maiores estimativas no país. Na sequência, aparecem Sul (2.190), Norte (790) e Centro-Oeste (650).
Já entre os estados, a estimativa mais alta de incidência de leucemia está no Ceará (8,39 casos para 100 mil habitantes), seguido por Santa Catarina (8,04) e Rio de Janeiro (6,48). Na outra ponta, no locais com menores incidências previstas, estão Goiás (1,91 casos para cada 100 mil habitantes), Tocantins (3,00) e Roraima (3,42).
Segundo o INCA, o cálculo dessas estimativas de câncer utiliza as bases de dados de incidência (casos novos), provenientes dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e dos óbitos, do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A partir da relação entre incidência e mortalidade, modelos estatísticos são utilizados para definir a melhor predição.
Os sinais e sintomas do câncer entre crianças e adolescentes são muito semelhantes a doenças próprias da infância, como febre, perda de peso, cansaço, vômitos, aumento do volume abdominal, tosse e dor de cabeça, por exemplo.
“Para fazer o diagnóstico, para o médico conseguir identificar que isso é um câncer e não uma doença comum, ele precisa ter tido algum tipo de contato, de conhecimento nessa área, ou então fica muito difícil diferenciar”, diz Mônica Cypriano, diretora médica assistencial do Hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC).
Sobre as orientações para pais e responsáveis, a recomendação, segundo Cypriano, é levar a criança ao pediatra assim que surgir algo que indique alteração do estado de saúde estável. “Mesmo que o pediatra não acerte da primeira vez, já que é difícil fazer o diagnóstico diferencial porque os sintomas se parecem bastante com doenças próprias da infância, procure novamente, de preferência o mesmo profissional. Porque se os pais procurarem três ou quatro pediatras diferentes, todos vão pensar no que é mais comum_ e não no que é mais raro, que é o caso do câncer”, conclui.
Veja aqui a Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil.