Criança

Dr. Ajuda
19/03/2024 00:06h

Neste episódio a pediatra, Bruna Abilio Gomes de Almeida, explica quando suspeitar de atraso no desenvolvimento da criança

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Todas as crianças, independentemente de possuírem alguma condição de saúde, têm o potencial de se desenvolver de maneira saudável quando estão inseridas em um ambiente seguro e amoroso.


É por meio de atividades como brincar, cantar, ler e dançar que os estímulos necessários são fornecidos para que a criança alcance todo o seu potencial. O desenvolvimento infantil ocorre em um ritmo próprio e único para cada criança, e não há um momento exato em que ela adquirirá uma nova habilidade.


No entanto, compreender os marcos do desenvolvimento para cada faixa etária é fundamental para saber o que esperar em cada etapa do crescimento. Essa compreensão auxilia os pais e cuidadores a identificar possíveis sinais de atraso ou necessidades específicas de cada criança, garantindo assim um acompanhamento adequado e apoio necessário ao seu desenvolvimento.


Sinais importantes para desconfiar que existe alteração no desenvolvimento de acordo com cada faixa etária:


2 meses: Não reage a sons altos e vozes; não acompanha com os olhos pessoas e movimentos; não sorri; não tenta levantar a cabeça quando está deitado de bruços.


4 meses: Não sustenta a cabeça; não faz barulhos com a boca; não leva as mão a boca.


6 meses: Não tenta pegar objetos que estão ao seu alcance; não tenta levar objetos na boca; não reage aos sons do ambiente; não rola; não interage com outras pessoas.


9 meses: Não se sustentam quando apoiados em pé; não senta sem apoio; não balbuciar sílabas; não se reconhece pelo nome ou não reconhece os pais.


12 meses: Não engatinha ou não se arrasta; não mostram interesse em brincadeiras de esconder; não fazem movimento como tchau ou não com a cabeça; perde alguma habilidade que já tinha conquistado.


18 meses: Ainda não anda; não aponta para algo que deseja; não copia os outros; não fala pelo menos seis palavras ou não aprende palavras novas.


2 anos: Não associa duas palavras como “me dá” ou esse não”; não copie ações e palavras; não seguem expressões simples como “pega o sapato pra mim”; não anda de forma equilibrada.


3 anos: Cai muito ou não consegue subir degraus; baba muito ou tem uma linguagem de difícil compreensão; não fantasia quando está brincando, por exemplo, fingir estar cuidando de uma boneca ou fingir que está dirigindo um carro; não quer brincar com outras crianças.


Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube
 

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Dr. Ajuda
27/02/2024 12:05h

Neste episódio Rafael Yanes, pediatra explica sobre o teste do pezinho

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Realizar diagnósticos em bebês é um grande desafio, muitas vezes as doenças demoram a aparecer os sintomas e quando aparecem, nem sempre são fáceis de reconhecer. Em muitos casos existe uma demora muito grande em fazer o diagnóstico, o problema é que para muitas doenças do recém nascido  o tempo para iniciar o tratamento é decisivo, quanto antes começar o tratamento, menor são as chances de sequelas. 

E é para isso que existe o teste do pezinho, para ajudar a descobrir algumas doenças do recém nascido em que o diagnóstico e o tratamento precoce, podem fazer toda a diferença.

O teste do pezinho é realizado a partir de algumas gotinhas de sangue, obtidas através de um furinho no calcanhar do recém-nascido, entre 48 horas e cinco dias após o nascimento do bebê.

Essas gotinhas são colocadas em um papel e é enviado para um laboratório para obter o resultado, que é liberado entre uma e duas semanas depois da realização.

Como o teste do pezinho é um teste de triagem e não o teste de diagnóstico, caso o teste der positivo para alguma doença, isso não define que o bebê tenha a doença. Nesse caso, exames específicos serão solicitados para a confirmação do diagnóstico. Todas as crianças devem realizar o teste do pezinho, sem nenhuma exceção, pois é obrigatório por lei e deve ser colhido preferencialmente ainda na maternidade.

O teste do pezinho indica uma lista de doenças genéticas, metabólicas e infecciosas, tais como hipotireoidismo, fenilcetonúria, anemia falciforme, entre outras.

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.

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13/12/2023 11:30h

Canais como o Pode Falar ajudam jovens a encontrarem apoio e suporte para enfrentar situações climáticas de emergência, como estiagens prolongadas, queimadas e inundações

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Você costuma dar a mesma atenção à saúde mental que à saúde física? Em eventos climáticos extremos — como queimadas, estiagem e inundações — as incertezas e o medo podem desencadear ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos.  Consequências que costumam afetar ainda mais crianças e jovens. Por isso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o UNICEF, criou programas que ajudam a identificar e a encaminhar crianças e jovens abalados por questões climáticas. Você, pai, mãe ou adulto deve ficar atento aos primeiros sinais de mudança de comportamento, como isolamento social, dificuldade de comunicação ou agressividade. Pelo canal Pode Falar, criado pelo UNICEF, é possível ter acesso a todo tipo de ajuda em saúde mental, com uma escuta empática e sem julgamento. Então anote aí: pode falar.org.br ou o número de WhatsApp (61) 9660-8843. É de graça, pode ser acessado de qualquer lugar com atendimento humano de 8h às 22h, todos os dias, exceto domingos e feriados. Saúde mental é coisa séria, não deixe para depois.

Veja a matéria completa:

Como eventos climáticos podem afetar a saúde mental de jovens e adolescentes
 

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11/12/2023 10:30h

Canais como o Pode Falar ajudam jovens a encontrarem apoio e suporte para enfrentar situações climáticas de emergência, como estiagens prolongadas, queimadas e inundações

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Em eventos climáticos extremos, como queimadas, estiagem e inundações, você costuma dar a mesma atenção à saúde mental que à saúde física? As incertezas, o medo e outros efeitos causados por esse eventos podem desencadear ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos. Consequências que costumam afetar ainda mais crianças e jovens, já que, nessa faixa etária, a personalidade ainda está em formação e o impacto dessas tragédias climáticas pode ser mais profundo do que para os adultos.  

Por isso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) criou programas que ajudam a identificar e a encaminhar crianças e jovens abalados por questões climáticas. 

Como identificar uma criança ou adolescente em sofrimento

O primeiro passo é identificar quando eles mudam de comportamento, como explica Gabriela Mora, oficial de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do Unicef.

“É fundamental que os adultos de referência na vida desses adolescentes estejam atentos para esses sinais de mudança de comportamento e o isolamento certamente é um deles. A dificuldade de comunicação ou comportamentos mais agressivos são questões que as famílias precisam estar com o radar ligado para esses possíveis sinais comportamentais que podem representar um sofrimento psíquico.”  

Gabriela Mora explica que essa atenção não deve vir apenas dos pais, mas de todo profissional ou adulto que seja uma referência na vida dessas crianças e jovens. Identificar o sofrimento é o primeiro passo. O segundo, explica a oficial, é fazer uma “escuta empática e amigável, já que muitas vezes as escolas e os centros de saúde não estão preparados para isso”.

Canais disponíveis para ajuda

Um dos canais oferecidos pelo Unicef e que fica disponível 24 horas para oferecer ajuda em saúde mental é o Pode Falar.
 
“O Pode Falar acontece de maneira regular e é um apoio psicossocial. Os atendentes são treinados para identificar esses casos e apoiar adolescentes a encontrar, em sua região, o que existe de serviços e quem faz parte da sua rede de referência,” explica Gabriela Moro.

Os atendentes são vinculados a 20 universidades parceiras do Pode Falar e todos são formados pelo Núcleo do Cuidado Humano da Universidade Federal de Pernambuco. Quem está do outro lado do computador recebe formação contínua para lidar com os jovens e é supervisionado por um professor universitário.

Os atendentes fazem esse acolhimento numa linha de “escuta empática, sem julgamento. Ajudando esse adolescente a colocar para fora, nomear sentimentos e ajudando o adolescente a pensar: bom, com quem eu posso contar num caso de sofrimento psíquico?”, explica Gabriela Mora.

A oficial ainda acrescenta que os atendentes são treinados para casos de emergência por questões climáticas. “Cada vez que acontece uma situação a gente traz um especialista para conversar com esse grupo de atendentes, para que eles sejam capazes de apoiar nas questões específicas trazidas por essa questão emergencial.” 

Conversa com a gestão pública 

O Unicef vem chamando a gestão pública local para o diálogo, fazendo com que esses gestores repensem o fluxo de atenção em saúde mental, como explica Gabriela Mora. 

“O que existe nesse território para oferecer para adolescentes e jovens em termos de apoio psicossocial para promover resiliência — essa capacidade de superação de situações traumáticas — para garantir a prevenção de situações de violência, que a gente sabe que aumenta quando as famílias ficam isoladas, para que a educação volte.”

A ideia é ajudar os gestores locais a agirem de forma ágil e dinâmica em situações de catástrofe e fazer com que as pessoas saibam onde e a quem procurar em casos como esses. “A gente está trabalhando com as prefeituras para que a questão psicossocial seja considerada uma das prioridades na resposta a situações emergenciais”, explica a oficial de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do Unicef.
 

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Dr. Ajuda
27/11/2023 10:30h

Neste episódio a pediatra neonatologista, Fernanda Doreto Rodrigues, dá algumas dicas para a criança dormir melhor

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O sono é uma parte importante do dia de todo mundo, pois é a hora em que recuperamos a nossa energia e também é a hora em que o corpo faz as manutenções necessárias. Além disso, é o momento em que o nosso inconsciente processa tudo o que vivemos e aprendemos durante o dia.

É sempre bom tentarmos manter em nossa rotina um tempo adequado de sono, e para as crianças, tudo isso é ainda mais importante. O hormônio do crescimento é produzido durante o período escuro do dia e funciona quando estamos dormindo.

O sono é essencial para o desenvolvimento infantil, e aqui estão algumas dicas para bons hábitos de sono nas crianças:

  • O bebê é capaz de aprender a pegar no sono sozinho. Por isso, ensine-o a dormir no berço;
  • As crianças precisam de rotina, para isso, vale dar banho, fazer brincadeiras mais calmas e ler uma história para ajudar o corpo delas a desacelerar e se preparar para o sono;
  • Tenha horário fixo para dormir, isso faz com o corpo já esteja habituado a relaxar naquele horário, além disso, evita que a criança fique muito irritada por conto do cansaço;
  • Após os três meses, as necessidades alimentares durante à noite vão diminuindo. Por isso, se o bebê acordar, não o pegue do berço e aguarde dormir novamente;
  • O sono durante o dia é necessário nas crianças pequenas e algumas dormem até mais de uma vez, mas com o tempo essa necessidade vai diminuindo;

Dormir bem é essencial para um crescimento saudável e para o bem-estar geral da criança.

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.

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11/10/2023 04:30h

Triagem neonatal auditiva é lei e deve ser realizados no primeiro mês de vida da criança

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A triagem neonatal auditiva, conhecida popularmente como “teste da orelhinha” é um dos exames preventivos fundamentais nos primeiros dias de vida da criança. Essencial para a avaliar a audição de recém-nascidos e identificar precocemente possíveis problemas auditivos, o teste no Brasil é obrigatório e pode ser realizado gratuitamente pelo SUS.

Rápido, indolor e sem contraindicações, o exame consiste na introdução de um fone no canal auditivo da criança e a realização de um estímulo sonoro. O aparelho faz a leitura da resposta auditiva para identificar as possíveis alterações, como explica o otorrinolaringologista Jefferson Pitelli.

“O Sistema Nervoso Central apresenta grande plasticidade quando precocemente estimulado, principalmente até os dois meses de idade, permitindo o aumento de conexões nervosas e possibilitando melhores resultados na reabilitação auditiva e desenvolvimento de linguagem de crianças acometidas pela deficiência auditiva”.

Como é uma medida preventiva, a partir do exame é possível desenvolver ações adequadas para garantir um desenvolvimento saudável e uma melhor qualidade de vida para a criança, como destaca Pitelli.

“A capacidade auditiva também influencia nas habilidades de comunicação e linguagem ao longo da vida. Dessa forma, alterações auditivas podem comprometer essas habilidades e, consequentemente, o aprendizado”.  

O especialista lembra ainda que, caso algo seja detectado no teste da orelhinha, não necessariamente significa que há problemas auditivos. “Outros exames de maior complexidade terão de fazer parte da investigação diagnóstica”, recomenda.

Há cerca de dois anos, a filha da coordenadora de comunicação Nara Lima fez o teste ainda na maternidade. “O teste foi super-rápido e sabemos da importância que ele tem. Todos os resultados foram conforme o previsto pelo protocolo. Ficamos felizes que não precisamos refazê-lo depois de algum tempo”, diz.

De acordo com dados da última Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo IBGE, 1,1% da população brasileira é composta por pessoas que são surdas. Esse número equivale a mais de 2,3 milhões de cidadãos que possuem surdez profunda.

Segundo o relatório mundial sobre audição da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 4 pessoas terão problemas auditivos até 2050. Essa parcela corresponde a 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo. Deste número, pelo menos 700 milhões precisarão de acesso a cuidados auditivos, a menos que sejam tomadas medidas.

Triagem neonatal

Além do teste da orelhinha, todo bebê que nasce no Brasil tem o direito de fazer mais quatro testes. Na triagem neonatal são realizados testes preventivos que investigam diversas doenças. Os principais são exames são:

  • Teste do olhinho: também chamado de pesquisa do reflexo do olho vermelho, serve para identificar doenças como glaucoma, tumores intraoculares e catarata infantil. Deve ser feito na maternidade antes da alta. 
  • Teste do coraçãozinho: é a oximetria de pulso, medição do nível de oxigênio do sangue com o objetivo de indicar se o bebê apresenta alguma doença cardíaca grave. 
  • Teste da linguinha: mais recente, é realizado para identificar se há alteração em uma membrana na língua, chamada frênulo. Essa membrana causa o que chamamos popularmente de língua presa — e pode gerar problemas de sucção e mastigação. Quanto mais precoce for identificado, melhor para o bebê, para não interferir na amamentação. 
  •  O teste do pezinho: é um teste muito conhecido que identifica o tipo sanguíneo da criança, verifica se há hemoglobinopatias e fibrose cística. São doenças que, quando tratadas rapidamente, possuem um desfecho mais favorável.  

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01/10/2023 22:30h

Em Joinville (SC), por exemplo, houve alta de 50% no comparecimento. Saiba como foi o dia de votação em alguns estados do país

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Relatos obtidos na maior parte das cidades ao longo deste domingo (1º) apontam que a eleição para os Conselhos Tutelares deste ano deve registrar maior participação social do que em 2019 e 2015, divulgou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) em seu boletim mais recente sobre o pleito. Em Joinville (SC), por exemplo, houve alta de 50% no comparecimento em 2023, na comparação com 2019. 

"É um dia importante de expectativa de participação aumentada dos eleitores nesse processo de escolha e o que se tem de notícia é que foi um processo exitoso na enorme maioria dos municípios", declarou o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do MDHC, Cláudio Augusto Vieira da Silva.

Dia de votação 

Estado com a maior população do país, São Paulo elegeu conselheiros tutelares para mais de 600 municípios. Por decisão da Comissão Eleitoral local, sete cidades cancelaram a eleição após verificarem problemas nas urnas: Diadema, Caieiras, Andradina, Bertioga, Castilho, Murutinga do Sul e Pirapora de Bom Jesus. 

Em Santa Catarina, cerca de 82% dos 295 municípios aderiram ao uso das urnas eletrônicas para votação. De acordo com o TRE-SC, apenas cinco dispositivos apresentaram falhas técnicas durante o dia, mas foram prontamente substituídos. 

Em Minas Gerais, o pleito foi tranquilo, de acordo com o TRE mineiro. Apenas 381 dos 853 municípios utilizaram urnas. A capital Belo Horizonte não pediu apoio da Justiça Eleitoral. A cidade utilizou sistema próprio de votação. 

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, a escolha dos conselheiros tutelares foi adiada em algumas cidades do país. Em Natal (RN), por causa de problemas na logística e distribuição das urnas. Já em alguns municípios do Rio Grande do Sul, por causa das chuvas. 

Segundo o boletim mais recente da pasta, a primeira capital do país a concluir a apuração dos votos foi Palmas, no Tocantins. Cerca de 14% do eleitorado habilitado a participar compareceu aos locais de votação, o que representa um aumento de 10% em relação às eleições de 2019. 

Até o fechamento desta reportagem, boa parte dos municípios ainda estava com apuração em curso, segundo o MDHC. 

Engajamento

Marcadas por altos índices de abstenção, como no Distrito Federal, que registrou 92% de ausentes em 2019 – as eleições para os Conselhos Tutelares ainda são bastante valorizadas por alguns brasileiros. É o caso do autônomo Hendrigo de Souza, de 37 anos. Esta foi a terceira vez em que o morador do DF compareceu à votação, que ele considera de suma importância. 

"A eleição para conselheiro tutelar é importante para o cuidado e atenção dedicada às crianças e adolescentes da nossa cidade. Precisamos de alguém que conheça os problemas [delas], para poder intervir de forma positiva", afirma. 

Na hora de escolher seus candidatos, Gismael Jerônimo Figueiredo, 36, leva em conta a conduta dos postulantes e se o foco deles é, de fato, trabalhar pelo bem de crianças e adolescentes. "Tem que ser um candidato que se disponha mesmo a cuidar e resolver os problemas das crianças da nossa cidade, que o foco dele seja esse e não o cargo", declara o comerciante, que neste domingo (1°) votou pela segunda vez. 

Para que serve o Conselho Tutelar

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Conselho Tutelar é um órgão encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da população infantojuvenil, entre eles o direito à vida, à saúde, à educação, ao lazer, à liberdade, à cultura e à convivência familiar e comunitária. 

Em cada um dos 5.570 municípios e em cada Região Administrativa do Distrito Federal deve haver, no mínimo, um Conselho Tutelar, sendo composto por cinco membros escolhidos pela população local para mandato de quatro anos. 

"Tenho certeza de que conseguimos eleger os melhores conselheiros tutelares e eles terão, agora, a missão de zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes em todo o Brasil pelos próximos quatro anos", afirmou o promotor de justiça João Luiz de Carvalho Botega, membro auxiliar da Comissão da Infância, Juventude e Educação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O pleito

Brasileiros de todo o país escolheram os cerca de 30 mil conselheiros tutelares que deverão atuar em favor das crianças e adolescentes em seus municípios a partir do ano que vem. Ao contrário das eleições gerais, a divulgação dos resultados não é centralizada em um órgão, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Cada cidade, por meio de seu Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, é responsável por organizar a eleição, apurar e publicar os resultados, ainda que em vários casos tenham o apoio da Justiça Eleitoral, por meio dos Tribunais Regionais Eleitorais, os TREs. 
 

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Dr. Ajuda
23/08/2023 11:30h

Neste episódio, Adriana Pestana, pediatra, fala sobre o que fazer em caso de engasgo em criança

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O engasgo acontece quando alguma coisa para na garganta, na traqueia que é por onde o ar passa até chegar aos pulmões e então podemos ficar sem respirar. 

Ao presenciar uma criança engasgada, se ela ainda estiver tossindo ou chorando, não tente intervenções como bater nas costas, balançar ou virar de cabeça para baixo. Não tente remover o objeto que você não pode ver, para evitar agravar a situação e empurrar o objeto ainda mais para dentro.

Nos casos que a criança ainda está tossindo ou chorando, mantenha a calma e incentive a criança a continuar tossindo, mas se a criança não estiver emitindo sons e apresentar lábios e pele roxos, peça ajuda imediatamente ligando para o serviço de emergência 192 e inicie a manobra de desengasgo:

  • Em crianças com mais de um ano, posicione-se atrás da criança e feche a mão em  punho e coloque ela entre o umbigo e o peito dela, apoiando a outra mão por cima;
  • Comprima a região abdominal, próxima ao estômago;
  • Abaixe-se, ficando na altura da criança, pode se ajoelhar ou sentar em algum banco;
  • Realize movimentos de tranco para dentro e para cima, tentando empurrar o objeto de dentro para fora;
  • Repita quantas vezes forem necessárias até a criança começar a tossir e expelir o objeto.

Em bebês, o processo é um pouco diferente 

  • Procure um apoio para sua perna, coloque a criança deitada no seu braço de barriga para baixo apoiada da sua perna;
  • Com a mão livre, dê cinco tapas com a região do punho da mão no meio das costas do bebê, também em movimento de empurrar o objeto para fora;
  • Depois, vire a criança de barriga para cima e aperte a região do peito, um pouco abaixo da região do mamilo, cinco vezes;
  • Repita o procedimento de cinco tapas nas costas e cinco compressões no peito até que a criança comece a tossir, chorar ou até que coloque o objeto para fora.

Atenção: Se a criança perder a consciência e desmaiar, inicie a manobra de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e ligue para o serviço de emergência 192 imediatamente.

Crianças não se engasgam somente com alimentos, pode ocorrer de se engasgarem com pequenos objetos. O engasgo é um acidente muito fácil de se evitar se nós seguirmos algumas regras e tomarmos cuidados.

Mantenha pequenos objetos longe do alcance das crianças, como moedas, botões, brincos e fivelas, brinquedos com peças pequenas ou que caibam inteiros dentro da boca da criança. Siga sempre a orientação do fabricante quanto a idade adequada para aquele brinquedo. Muito cuidado também com balões e bexigas, pilhas, baterias e imãs de geladeira.

Os alimentos devem ser apresentados de forma adequada, que diminua o risco de engasgo, respeitando a idade e o desenvolvimento da criança. Cuidado com alimentos redondinhos, como uva, tomates cereja e ovos de codorna, sempre corte antes de oferecer para a criança. Atenção redobrada com milho, pipoca, amendoim, castanhas, balas e chicletes.

Para mais detalhes, assista o vídeo no canal Doutor Ajuda.

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23/03/2023 04:30h

São três doses que garantem a imunização da hepatite B, que devem ser aplicadas no primeiro ano de vida. Nos últimos anos, o Brasil não tem atingido a meta de vacinação estipulada pelo Ministério da Saúde

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A caderneta de vacinação é uma importante aliada do Ministério da Saúde e dos pais na prevenção de uma série de doenças, entre elas a hepatite B. Nos últimos anos, contudo, o Brasil não tem conseguido cumprir a meta de imunizar 95% das crianças menores de um ano contra a doença. Em 2022, segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, 80,03% das crianças de até 30 dias tomaram a primeira dose da vacina, registrando-se  aumento em relação ao ano anterior, visto que em 2021 apenas 67,02% deste público foi imunizado.

Assim como alguns outros imunizantes, o da Hepatite B depende de um ciclo vacinal composto por três doses que são aplicadas no primeiro ano de vida. Por ser uma doença que acomete o fígado, não tem cura e pode provocar sérias consequências, é essencial que as famílias se organizem para concluir o ciclo de vacinação, garantindo assim a imunização e protegendo os pequenos da doença.

A pesquisadora e coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, explica sobre a dinâmica da vacina multidose. “A primeira dose é basicamente ao nascer, junto com a BCG, nos primeiros dias de vida, e depois você toma mais duas doses com menos de um ano. Porém é muito comum a cobertura dessa primeira dose é até bem alta, só que depois a gente tem uma dificuldade em fechar esse ciclo, em completar essas três doses”. 

A especialista também enumera a importância das cidades adotarem estratégias para aumentar a cobertura vacinal. “Tem municípios que já estão deixando o posto [de saúde] aberto por mais tempo, ou mais tarde, ou abrindo aos sábados, que a gente sabe que isso também é questão importante, de ter mais tempo para poder levar, os pais trabalham e muitas vezes não conseguem chegar a tempo para vacinar seus filhos”, explicou.

Uma vez que a vacinação é um método coletivo de prevenção, o cumprimento da meta é essencial para a prevenção da doença em todo o território nacional, como explica Boccolini: “Ou seja, nacionalmente a gente tem esse dado, que é bem abaixo dos 95%, só que a gente tem disparidades.

 Ela explica ainda que  há  municípios onde  essa cobertura não chegou nem a 20%. "E a gente sabe que a vacina é uma proteção coletiva, então de muito pouco vai adiantar uma cidade como o Rio de Janeiro ter atingido a meta, porém todas as cidades da região metropolitana não, porque as pessoas circulam. Então é importante a gente atacar essa heterogeneidade. Ou seja, ter uma cobertura mais homogênea, aumentar a cobertura vacinal como um todo”.

Mãe de duas crianças, a empreendedora Lorena Dutra, de 31 anos, adota várias estratégias para não falhar com as vacinas dos filhos. “Sobre o caderno de vacinação, dos meus dois filhos, eu sempre me preocupei muito em deixar em dia, então eu colocava o celular pra despertar no dia que estava marcado, eu sempre olhava no cartão quais eram as datas das próximas vacinas, porque eu acho muito importante a vacinação em dia, então eu tinha essa preocupação como mãe ”.

Ainda sobre as cadernetas de vacinação, a pesquisadora e coordenadora do Observatório  da Infância fala das vantagens do sistema adotado no país. “Nosso calendário vacinal é muito rico, protege contra várias doenças, e doenças que podem gerar sequelas e gerar óbitos nas crianças, e são vacinas que estão disponíveis no SUS de forma gratuita"

 Ela adverte que é  preciso que as pessoas fiquem  atentas ao calendário dessas vacinas "que são um pouquinho mais complexas no sentido de ter duas ou três doses.  Lembra ainda que  "é importante a gente fechar o ciclo para de fato estar protegido contra aquela doença específica” .

Para outras informações sobre imunização e Hepatite B procure o Posto de Saúde mais perto de você e oriente-se com os profissionais de saúde.

 

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Dr. Ajuda
07/03/2023 17:00h

Neste episódio o Hepatologista Mário Pessoa fala mais sobre o assunto

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Você conhece algum caso de criança que teve quadro de hepatite desconhecida e precisou fazer transplante de fígado? Essa hepatite recebe o nome de Hepatite Misteriosa. Neste episódio o Hepatologista Mário Pessoa fala mais sobre o assunto.

Uma forma de hepatite grave em crianças e adolescentes que se iniciou na Inglaterra tem alertado toda a comunidade médica pelo mundo. Esses casos devem ser identificados rapidamente, pois podem evoluir de forma rápida para a chamada hepatite fulminante, onde o paciente pode evoluir em algumas horas de uma forma assintomática, para o coma hepático. 

No Brasil, a causa mais frequente de hepatite fulminante, é a hepatite aguda pelo vírus A, e por isso a vacinação para este vírus está incluída no calendário universal de vacinação para crianças entre um e cinco anos. 

Até o momento, ainda não foi identificada a causa desse tipo de hepatite, mas o que se sabe, é que não é causada pelos vírus de hepatite denominados como hepatite A, B, C, D e E. Todos esses marcadores foram negativos nos casos relatados, e essas crianças eram previamente sadias, não tinham antecedentes de viagens a outros locais, possível contato com substâncias tóxicas para o fígado, contato com água ou alimentos possivelmente contaminados ou qualquer outro histórico importante para hepatite, pelo menos nos casos relatados no Reino Unido. 

A maioria dos casos no Reino Unido ocorreram em crianças com menos de cinco anos de idade, uma população não vacinada para coronavírus, já que essa vacina não era aprovada em crianças desta idade. Dessa forma, a vacina para coronavírus não pode ser apontada como a possível causa para essa hepatite.

Um tipo de adenovírus (grupo de vírus que normalmente causam doenças respiratórias), foi encontrado na maioria dos casos na Inglaterra, mas esse vírus não costuma causar doenças graves em crianças sadias. Existe uma hipótese que elas tenham tido contato prévio com o coronavírus, fato que pode ter alterado a imunidade delas, e num contato com o adenovírus a doença evoluiu de forma grave. No momento, o sangue dessas crianças está sendo testado para anticorpos do coronavírus. 

Outra possibilidade é que o adenovírus tenha sofrido uma mutação, assumindo um comportamento mais grave nesses casos. As autoridades sanitárias na Inglaterra e de outros países estão fazendo um enorme esforço na investigação das possíveis causas, inclusive um estudo detalhado dos fígados retirados nos casos que evoluíram com transplante.

Sintomas da hepatite misteriosa em crianças

  • Enjoo 
  • Vômitos
  • Dor na barriga
  • Diarreia
  • Cansaço 
  • Febre
  • Pode apresentar também olhos amarelados 
  • Urina escura
  • Fezes claras. 

Não deixe de levar a criança para uma avaliação com um pediatra caso apresente algum desses sintomas. 

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda. 

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