29/12/2025 04:50h

Com crescimento de 20,5%, o ingresso de produtos laminados atingirá 5,7 milhões de toneladas, o maior volume em 15 anos.

O Instituto Aço Brasil divulgou que a produção nacional de aço bruto deve atingir 33,1 milhões de toneladas em 2025, um recuo de 2,2% em relação ao ano anterior, principalmente devido ao impacto de importações recordes. Com crescimento de 20,5%, o ingresso de produtos laminados atingirá 5,7 milhões de toneladas, o maior volume em 15 anos. O instituto comenta ainda que práticas concorrenciais predatórias que estão ocorrendo no comércio mundial do aço já causaram o fechamento de cinco mil vagas e corte de R$ 2,5 bilhões em investimentos no setor.

As vendas internas, segundo as projeções, devem cair 0,5% em 2025, para 21, 2 milhões de toneladas, enquanto o consumo aparente crescerá 2,4%, para 26,7 milhões de toneladas, devido, principalmente, às importações. As exportações crescerão 6,9%, fechando em 10,2 milhões de toneladas em 2025. O volume de laminados de aço que entra no mercado brasileiro, atualmente, é 168% superior à média das importações entre 2000 e 2019, de 2,2 milhões de toneladas. Esse crescimento levou a penetração de importados para 21%, ante o patamar histórico de 9,7%. “O atual import penetration é inaceitável. Essas importações já tomam um terço das vendas internas do setor”, afirma Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil. Os níveis elevados de importações de aço têm se mantido a despeito de medida de defesa comercial adotada pelo governo por meio do mecanismo Cota-Tarifa, que abrange 16 NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul para classificação de produtos) em um universo de 273 NCMs para produtos de aço.

A China responde por 64% das importações brasileiras de aço e adota política de incentivos e subsídios, o que possibilita a venda para outros países a preços abaixo do custo de produção. “Nenhum país que pratique economia de mercado consegue competir com tais condições”, explica Lopes. Adicionalmente, acordos de comércio assinados pelo Brasil com outros países ou regiões, regimes aduaneiros especiais e incentivos fiscais que baixam ICMS nos estados aliviam significativamente as alíquotas para importação de aço, de tal forma que a tarifa efetiva para importação, calculada pelo Aço Brasil com base em dados públicos, é de apenas 7,2%, muito abaixo dos 25% do mecanismo ou mesmo da tarifa de 12,8% que vale para os produtos não enquadrados no mecanismo Cota-Tarifa. Caso essa tendência seja mantida e sem mudanças visíveis no cenário externo, as importações terão mais um ano de alta em 2026, com variação de 10%, para 6,3 milhões de toneladas, prevê o Aço Brasil. A produção deverá registrar mais uma queda, de 2,2%, para 32,4 milhões de toneladas. As vendas internas devem cair 1,7%, para 20,8 milhões de toneladas. O consumo aparente crescerá 1%, para 27 milhões de toneladas.

Ante a perspectiva de que as importações devam permanecer em níveis muito elevados, a indústria do aço acredita que o governo adotará, de forma célere, mecanismos de defesa comercial mais efetivos. Caso contrário, alerta o setor, a concorrência desleal praticada por alguns países não cessará, levando a um risco de maior paralisação de plantas e perda de empregos. “Os empregos e investimentos cortados na indústria do aço brasileira são o preço que o Brasil paga por não conseguir reagir contra as importações predatórias na mesma velocidade verificada em países como Estados Unidos, União Europeia e México”, afirma André B. Gerdau Johannpeter, Presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e presidente do Conselho de Administração da Gerdau. “Confiamos que o Brasil fará o mesmo, para que evitemos a transferência de empregos para os países que produzem o aço que inunda nosso mercado de forma desleal”.
 

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29/12/2025 04:40h

Segurança pública, inteligência artificial, impeachment de ministros do STF e alterações profundas no sistema eleitoral estão entre os assuntos estratégicos que ficaram para o ano que vem no Legislativo

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O Congresso Nacional adiou pautas prioritárias para 2026, com votações de projetos como a PEC da Segurança Pública e o PL Antifacção, remarcadas após consenso entre líderes partidários. Matérias como a regulação do trabalho por aplicativos e o Marco da Inteligência Artificial avançaram em comissões, mas ainda demandam análise final no próximo ano. Parlamentares destacaram a necessidade de debates mais aprofundados para aprimorar os textos.

PEC da Segurança Pública (PEC 18/2025)

Líderes decidiram adiar para 2026 a votação no Plenário da Câmara da PEC 18/2025, que cria o Sistema Único de Segurança Pública e altera proposta original do Executivo. O relatório de Mendonça Filho (União-PE) na comissão especial propõe integração entre União e estados no combate ao crime organizado. 

O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), defendeu o adiamento: "Decidimos deixar a votação para o próximo ano porque há pontos que precisam ser aprimorados e corrigidos". 

A votação encontra-se pendente na Comissão Especial. Após aprovação na comissão, segue para dois turnos no Plenário da Câmara. Se aprovada, tramita no Senado com idêntico rito.

PL Antifacção (PL 5582/2025)

O PL 5582/2025, que endurece penas para crimes de facções criminosas e milícias, teve mudanças no Senado adiadas para 2026. As etapas restantes são: análise nas comissões do Senado (CCJ e mérito), seguidas de votação em Plenário. Votação final na Câmara, se houver alterações no Senado. O projeto cria um novo marco legal para o enfrentamento ao crime organizado no país. A versão do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), aprimora o modelo de combate às facções, com aumento de penas em casos específicos. 

O texto também prevê cobrança de tributo sobre apostas online para o Fundo Nacional de Segurança Pública e foi elogiado por deputados como Carlos Sampaio (PSD-SP): "A Câmara oferece uma proposta concreta para acabar com a impunidade e a reincidência". 

Jornada 6x1 (PEC 8/2025)

A PEC 8/2025, que propõe fim da escala 6x1 e a jornada de 36 horas semanais segue em análise na CCJ da Câmara, com o relator ouvindo setores interessados. Protocolada com o apoio de 171 deputados, a proposta estabelece quatro dias de trabalho por semana. 

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), afirmou: "É uma das matérias mais modernas e com grande impacto na economia do Brasil".

A PEC segue aguardando despacho do Presidente da Câmara para a CCJ. Após a CCJ, segue para Comissão Especial e dois turnos no Plenário da Câmara. Em seguida, será encaminhada ao Senado para novo ciclo completo.

Regulação de trabalho por aplicativos (PLP 152/2025)

Projetos de regulação do trabalho por aplicativos de entrega e transporte avançaram em comissões, mas enfrentam prorrogações relacionadas a negociações coletivas até março de 2026. O Ministério do Trabalho prorrogou portaria sobre feriados no comércio, impactando apps, para diálogo com lideranças. 

A questão está em debate na Comissão Especial da Câmara, com grupo de trabalho governamental até fevereiro de 2026. Após passar pela comissão, segue para votação em Plenário da Câmara em dois turnos; depois para o Senado.

PEC Fim da Reeleição (PEC 12/2022)

A PEC que extingue a reeleição para presidente, governadores e prefeitos, estendendo os mandatos para cinco anos, foi aprovada na CCJ do Senado e segue para dois turnos no Plenário em 2026. 

Após isso retorna à Câmara, para aprovação idêntica.

Lei do Impeachment

A CCJ do Senado adiou a análise do projeto que atualiza as regras da Lei 1.079/1950, para impeachment de ministros do STF, com debate no Plenário previsto para 2026. A Advocacia do Senado defendeu a norma atual perante o STF, validando quórum simples para recebimento de denúncias. 

A matéria visa esclarecer ritos processuais e afastamento cautelar. A Lei está com votação no Plenário prevista para 2026. Após a CCJ e o Plenário do Senado, segue para a Câmara.

Marco da IA (PL 2338/2023)

Aprovado no Senado em dezembro de 2024, o PL 2338/2023 segue para Câmara em 2026, regulando uso ético de IA com foco em alto risco. A tramitação encerrou no Senado e foi remetida aos deputados em março de 2025. Emendas de senadores foram incorporadas na Comissão Temporária. Em 2026, segue para comissões de mérito, Plenário e retorna ao Senado, se alterado.
 

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29/12/2025 04:35h

Mudança constitucional amplia oportunidades profissionais para docentes, corrige insegurança jurídica e já está em vigor, respeitando teto salarial e compatibilidade de horários

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O Congresso Nacional promulgou, na semana passada, a Emenda Constitucional nº 138/2025, que modifica o artigo 37 da Constituição Federal e autoriza professores da rede pública a acumularem outro cargo remunerado de qualquer natureza. A permissão está condicionada ao respeito ao teto constitucional de remuneração e à compatibilidade de horários. A nova regra já está em vigor e representa uma mudança relevante para a carreira docente no país.

Com a promulgação, o dispositivo passa a valer imediatamente, superando uma restrição histórica que limitava a acumulação apenas a cargos técnicos ou científicos. A alteração amplia o alcance da norma constitucional e confere maior flexibilidade à atuação profissional dos professores no serviço público.

Durante a promulgação, autoridades ressaltaram que a medida corrige distorções jurídicas e amplia as oportunidades profissionais para a categoria. O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que a emenda traz “tranquilidade e segurança jurídica às professoras e aos professores de todo o país”. Segundo ele, a regra anterior gerava insegurança e levava muitos docentes a enfrentar questionamentos judiciais ou até a deixar a sala de aula após a aprovação em concursos para outras funções públicas.

Na prática, a EC nº 138/2025 amplia significativamente as possibilidades de atuação dos docentes. Até então, a Constituição autorizava apenas a acumulação de dois cargos de professor ou de um cargo docente com outro de natureza técnica ou científica, desde que houvesse compatibilidade de horários. Com a nova redação, professores passam a poder exercer também funções administrativas, gerenciais ou outras atividades no serviço público, desde que conciliáveis com a carga horária do magistério.

Especialistas avaliam a mudança como um avanço na segurança jurídica da carreira docente. Diante das limitações anteriores, muitos professores enfrentavam dificuldades para conciliar atividades remuneradas e recorriam ao Judiciário para validar acumulações consideradas irregulares pela interpretação da legislação.

Com aplicação imediata, a emenda passa a integrar o ordenamento constitucional, e órgãos de controle, como tribunais de contas, já indicaram que acompanharão o cumprimento das regras, especialmente no que diz respeito à compatibilidade de horários e à observância do teto remuneratório no serviço público.

 

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29/12/2025 04:30h

Novo modelo permite formação gratuita, credenciamento pelos Detrans e promete reduzir custos, aumentar a transparência e ampliar o acesso à habilitação em todo o país

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O novo modelo do programa CNH do Brasil abre um novo campo de atuação para instrutores autônomos de trânsito, ao oferecer formação gratuita, credenciamento pelos Detrans e maior liberdade para negociação direta com os alunos. A iniciativa amplia a concorrência com as autoescolas, diversifica as opções para quem pretende obter a habilitação e tende a tornar o serviço mais acessível e transparente.

Com as mudanças, o candidato passa a realizar todo o processo de habilitação pelo aplicativo oficial, que concentra desde o curso teórico gratuito até o acompanhamento de todas as etapas exigidas até a prova prática.

Na fase prática, o aluno pode escolher entre uma autoescola ou um instrutor autônomo credenciado. O novo modelo estabelece apenas duas horas obrigatórias de aula, permitindo que o restante da formação seja organizado conforme a disponibilidade e a rotina do candidato.

Segundo o Ministério dos Transportes, a possibilidade de contratar instrutores autônomos amplia as opções para o cidadão e estimula a concorrência, o que tende a reduzir custos e elevar a qualidade dos serviços. O ministro Renan Filho resume a proposta: “as autoescolas vão continuar, mas o cidadão vai poder escolher entre uma autoescola e um instrutor autônomo para formá-lo na condução daquele veículo”.

Para os instrutores, a modernização representa a possibilidade de montar uma carteira própria de alunos, negociar valores, ajustar agendas e, em alguns casos, utilizar o próprio veículo, desde que em conformidade com o Código de Trânsito Brasileiro. Para o Estado, o modelo combina inclusão social, geração de renda e aprimoramento da educação para o trânsito, com todas as aulas e exames registrados em sistemas oficiais.

Quem pode ser instrutor autônomo

Os instrutores autônomos devem ser credenciados pelos Detrans e atender aos requisitos previstos na Lei nº 12.302/2010 e nas novas normas da CNH do Brasil. Entre as exigências estão ter, no mínimo, 21 anos, possuir habilitação há pelo menos dois anos na categoria em que pretende instruir, ensino médio completo, ausência de infração gravíssima nos últimos 12 meses e conclusão de curso específico de formação.

Esse curso será oferecido de forma gratuita e digital pelo Ministério dos Transportes e pela Senatran, com foco em pedagogia, legislação de trânsito e condução responsável. Ao final da capacitação, o profissional passa por avaliação e, se aprovado, pode solicitar a autorização ao Detran, obtendo a carteira de identificação como instrutor autônomo.

Mercado de trabalho em expansão

O Ministério dos Transportes informa que já são dezenas de milhares de inscritos no curso de instrutor autônomo de trânsito, o que demonstra forte interesse pela nova modalidade. A pasta destaca que a medida “amplia as oportunidades de emprego para esses profissionais e oferece ao candidato mais uma opção na hora de escolher como aprender”.

Com a identificação oficial vinculada à CNH do Brasil, todos os instrutores autônomos terão registro visível ao cidadão, garantindo controle, segurança e transparência. Em alguns Detrans estaduais, como os do Paraná, Espírito Santo, Pará e São Paulo, já existem orientações específicas sobre o registro de aulas com instrutores autônomos e a validação do curso prático dentro do novo fluxo do programa.

Piauí: credenciamento na prática

O Piauí se tornou uma vitrine da nova política ao lançar seleção para o credenciamento de instrutores autônomos de trânsito, alinhada às diretrizes da CNH do Brasil. O Detran-PI foi pioneiro na adequação às novas regras, ao abrir processos específicos para credenciar esses profissionais e contratar instrutores temporários, diante do aumento da demanda por aulas práticas.

“Agora, os novos condutores contam com mais uma alternativa para realizar as aulas práticas no nosso estado, com a possibilidade de escolher também instrutores autônomos credenciados. Isso estimula a concorrência e amplia a autonomia do aluno”, afirma a diretora-geral do Detran-PI, Luana Barradas.
O órgão reforça que nenhum instrutor pode atuar sem autorização formal do Detran, medida que protege o aluno e organiza o novo mercado.

Acessibilidade e preço mais justo

O governo federal estima uma redução de até 80% no custo para obtenção da carteira de habilitação, resultado da combinação entre curso teórico gratuito, padronização nacional e revisão dos valores de exames médicos e psicológicos. O novo programa CNH do Brasil é uma evolução da antiga Carteira Digital de Trânsito e transforma o aplicativo em porta de entrada para quem vai tirar a primeira habilitação.

Pelo app, o candidato abre o processo, acompanha todas as etapas, acessa o curso teórico gratuito e consulta prazos, documentos e resultados. Segundo o Ministério dos Transportes, a plataforma já ultrapassou 25,6 milhões de usuários e registra mais de 1,39 milhão de requerimentos de habilitação, evidenciando a rápida adesão ao novo modelo.

O ministro Renan Filho avalia que o sistema anterior era “excludente, caro e demorado” e afirma que as mudanças tornarão a habilitação mais acessível à população. “Atualmente, 20 milhões de brasileiros dirigem sem carteira de habilitação”, destaca.

Com o novo modelo, recepcionista Creusiomar Monteiro, de 51 anos, pretende finalmente tirar a CNH. Ela conta que não iniciou o processo antes porque “os valores eram muito altos” e afirma que a redução de custos e a formação online gratuita foram decisivas para sua escolha. Creusiomar avalia que as novas regras ampliam o acesso sem comprometer o nível de exigência.
 

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29/12/2025 04:20h

Serviço da Agro Brasil + Sustentável integra, organiza e disponibiliza informações de gestão ambiental dos produtos agropecuários

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Agora ficou mais fácil para os produtores rurais conseguirem permissão para exportar a produção. Começou a funcionar, nesta semana, a nova funcionalidade da plataforma Agro Brasil + Sustentável de habilitação automática para áreas que atendem a diferentes critérios socioambientais dos países importadores.

O serviço de habilitação de Área de Produção para Exportação integra, organiza e disponibiliza informações de gestão ambiental, social e corporativa relacionadas aos produtores, empresas agrícolas e propriedades rurais para qualificar os produtos agropecuários brasileiros.

A ferramenta também visa a atender às exigências de grandes mercados internacionais, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo é permitir a habilitação do produtor e de produtos agropecuários, a partir de requisitos, padrões, processos e tecnologias, devidamente caracterizados quanto à produção.

Agro Brasil + Sustentável

Lançado há um ano, o sistema Agro Brasil + Sustentável integra dados oficiais do governo e informações fornecidas pelo mercado, como certificações emitidas por instituições de avaliação de conformidade. A ferramenta auxilia produtores a atenderem às exigências socioambientais do mercado interno e externo de forma gratuita, como se habilitar para acessar recursos do Plano Safra.

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29/12/2025 04:20h

Processo seletivo usará notas do Enem 2023, 2024 e 2025 e oferecerá 274,8 mil vagas em instituições públicas de ensino superior em todo o país

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Já está disponível o edital (nº 29/2025) com o cronograma e os critérios do processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2026. Por meio do sistema, os estudantes podem concorrer a vagas em cursos de graduação gratuitos ofertados por instituições públicas de ensino superior em todo o país, utilizando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas de 19 a 23 de janeiro de 2026, exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Cada candidato poderá escolher até duas opções de curso. Segundo o Ministério da Educação (MEC), esta será a maior edição da história do Sisu, com a oferta de 274,8 mil vagas em 7.388 cursos de 136 instituições.

Assim como ocorreu em 2025, esta edição do Sisu contará com apenas uma etapa de inscrição para todas as vagas disponibilizadas pelas instituições participantes. Com isso, os candidatos disputarão, em um único processo seletivo, as vagas referentes a todo o ano letivo.

O resultado da chamada regular única será divulgado em 29 de janeiro de 2026. Os estudantes selecionados, tanto nessa chamada quanto posteriormente na lista de espera, deverão realizar a matrícula nas instituições de ensino dentro dos prazos estabelecidos pelo edital.

Uso de notas do Enem

A partir de 2026, o Sisu passará a considerar os resultados das três últimas edições do Enem — 2023, 2024 e 2025. A seleção dos candidatos será feita com base na edição que apresentar a melhor média ponderada para o curso escolhido, desde que o participante tenha obtido nota superior a zero na redação.

Em caso de empate, será considerada a edição do Enem em que o candidato tiver alcançado a maior nota em uma das disciplinas, conforme a ordem de prioridade definida no edital. O documento também reforça que apenas candidatos que tenham concluído o ensino médio poderão concorrer às vagas.

A lista de espera poderá ser utilizada pelas instituições de educação superior participantes, ao longo de todo o ano, para o preenchimento de vagas não ocupadas na chamada regular. Os candidatos não selecionados poderão manifestar interesse em participar da lista de espera entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro, também pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Cotas

De acordo com o MEC, os candidatos serão inicialmente classificados na modalidade de ampla concorrência. Em seguida, será observada a reserva de vagas destinada a estudantes oriundos de escolas públicas, de baixa renda, pessoas com deficiência e candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas, conforme a legislação vigente.

Confira o cronograma do Sisu 2026

Inscrições 19 a 23 de janeiro
Chamada regular 29 de janeiro
Matrícula junto à instituição 02 de fevereiro
Manifestação de interesse na lista de espera 29 de janeiro a 2 de fevereiro

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29/12/2025 04:15h

Em vigor em 2026, medida reduz alíquotas da classe média e impõe imposto de 10% sobre lucros distribuídos acima de R$ 600 mil ao ano

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A partir de 1º de janeiro de 2026, entra em vigor a Lei nº 15.270/2025, que isenta do Imposto de Renda pessoas físicas com renda mensal de até R$ 5 mil. A nova legislação também reduz as alíquotas para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 por mês, medida apresentada pelo governo como forma de corrigir a defasagem histórica da tabela do IRPF.

Para compensar a perda de arrecadação, o Brasil volta a tributar a distribuição de lucros e dividendos, encerrando quase três décadas de isenção. Desde 1996, os valores pagos pelas empresas a sócios e acionistas estavam livres de Imposto de Renda na pessoa física, sob o argumento de que o lucro já havia sido tributado na esfera empresarial. Com a nova norma, essa lógica passa a ser parcialmente revista.

A partir do próximo ano, lucros e dividendos voltam a ser tributados por meio do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Para pessoas físicas residentes no Brasil, a alíquota será de 10% sobre os valores distribuídos que ultrapassarem R$ 50 mil mensais — ou R$ 600 mil por ano — por empresa. No caso de beneficiários domiciliados no exterior, a alíquota de 10% incidirá sobre os dividendos pagos ou remetidos, independentemente do valor.

Há, ainda, regras de transição. Lucros apurados até 31 de dezembro de 2025 permanecem isentos, desde que tenham sido formalmente aprovados até essa data, mesmo que a distribuição ocorra posteriormente. O objetivo é evitar a tributação retroativa de resultados acumulados sob o regime anterior.

Efeitos sobre investimentos e empregos

Entidades empresariais, como a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a FecomercioSP, reconhecem que a medida corrige uma distorção histórica da tabela do IRPF, mas alertam para riscos à atividade econômica. Segundo as instituições, o retorno da tributação sobre dividendos pode gerar insegurança jurídica, estimular a evasão fiscal e aumentar a litigiosidade, além de comprometer investimentos e empregos.

As entidades afirmam que, hoje, as empresas já arcam com uma carga de 34% sobre o lucro (IRPJ e CSLL), além de PIS, Cofins, ISS e ICMS. A tributação adicional sobre dividendos, segundo o manifesto divulgado, “contraria os princípios de simplicidade e transparência tributária” e coloca em risco especialmente micro, pequenas e médias empresas — responsáveis por boa parte da geração de empregos e inovação no país.

“Utilizar o aumento da carga tributária para viabilizar a medida, na nossa ótica, significa tirar competitividade das empresas brasileiras, especialmente dos pequenos negócios”, reforça o vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Trautman

Especialistas também apontam possíveis impactos negativos sobre os investimentos produtivos, com redução da atratividade do Brasil no cenário internacional e criação de novos obstáculos ao crescimento econômico.

Na avaliação do advogado tributarista Matheus Almeida, a nova tributação tende a afetar diretamente a formação de poupança e o reinvestimento por parte da classe empreendedora, que já convive com elevada carga tributária

“Além de onerar excessivamente aquela pessoa que já ostenta um risco próprio de empreender no nosso país, que é o risco Brasil, a carga tributária, esses 10% a mais, vão afetar a poupança e o reinvestimento, porque são 10% a menos que ficam no mercado circulando. Quem empreende, por si só, já toma riscos, já busca outros negócios para investir”, pontua. 

Segundo ele, empresas capazes de distribuir mais de R$ 600 mil em dividendos por ano geralmente possuem faturamento entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, mantêm dezenas de funcionários e já suportam uma pesada cadeia de tributos na pessoa jurídica. “Sobrecarregar esse empreendedor é uma medida que, lá na frente, vai cobrar um preço muito caro. Não faz sentido onerar quem já foi onerado, para compensar uma medida que também já deveria ter sido feita.” complementa Almeida.

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29/12/2025 04:10h

Boi gordo, frango congelado e resfriado apresentam estabilidade no preço; carcaça suína especial e suíno vivo registram reajuste no valor da mercadoria

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O preço do boi gordo abre esta segunda-feira (29) em estabilidade e a arroba é negociada a R$ 319,50, no estado de São Paulo.

INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/ESALQ

Data Valor R$* Var./Dia Var./Mês Valor US$*
26/12/2025 319,50 0,00% -0,65% 57,69
23/12/2025 319,50 0,52% -0,65% 57,69
22/12/2025 317,85 -0,05% -1,17% 56,94
19/12/2025 318,00 0,00% -1,12% 57,60
18/12/2025 318,00 -0,38% -1,12% 57,60

Preço do frango congelado e resfriado

Nos atacados da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, os preços do frango congelado apresentam estabilidade, como também o frango resfriado. A primeira mercadoria é vendida a R$ 8,10, enquanto a segunda é comercializada a R$ 8,12.

PREÇOS DO FRANGO CONGELADO CEPEA/ESALQ - ESTADO SP 

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês
26/12/2025 8,10 0,00% -0,12%
23/12/2025 8,10 -0,49% -0,12%
22/12/2025 8,14 0,62% 0,37%
19/12/2025 8,09 0,00% -0,25%
18/12/2025 8,09 0,00% -0,25%

PREÇOS DO FRANGO RESFRIADO CEPEA/ESALQ - ESTADO SP

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês
26/12/2025 8,12 0,00% 0,00%
23/12/2025 8,12 -0,49% 0,00%
22/12/2025 8,16 0,74% 0,49%
19/12/2025 8,10 0,00% -0,25%
18/12/2025 8,10 0,00% -0,25%

Preço da carcaça suína especial e suíno vivo

A carcaça suína especial aponta alta de 0,31% no preço, sendo negociada a R$ 12,86 por quilo nos atacados da Grande São Paulo. 

PREÇOS DA CARCAÇA SUÍNA ESPECIAL (R$/kg)

Data Média Var./Dia Var./Mês
26/12/2025 12,86 0,31% 0,78%
23/12/2025 12,82 -0,31% 0,47%
22/12/2025 12,86 0,00% 0,78%
19/12/2025 12,86 0,00% 0,78%
18/12/2025 12,86 0,00% 0,78%

O preço do suíno vivo registra estabilidade no valor em Minas Gerais, Rio Grande do Sul Santa Catarina; no estado de São Paulo e do Paraná, a mercadoria sofre valorização de 0,56% e 0,12%, respectivamente; as mercadorias variam entre R$ 8,24 e R$8,92.

INDICADOR DO SUÍNO VIVO CEPEA/ESALQ (R$/kg) 

Data Estado Valor R$* Var./Dia Var./Mês
26/12/2025 MG - posto 8,44 0,00% -0,24%
26/12/2025 PR - a retirar 8,24 0,12% -2,02%
26/12/2025 RS - a retirar 8,30 0,00% -0,95%
26/12/2025 SC - a retirar 8,30 0,00% 0,36%
26/12/2025 SP - posto 8,92 0,56% 0,90%

Os valores são do Cepea.

O que é o boi gordo? Entenda o termo do mercado bovino

O boi gordo é o bovino macho pronto para o abate, com peso mínimo de 16 arrobas líquidas de carcaça (aproximadamente 240 kg) e até 42 meses de idade. Atende aos padrões do mercado nacional e internacional, incluindo exportações para Europa, China e cota Hilton.

Diferenças entre frango congelado e frango resfriado

O frango congelado passa por congelamento rápido, com temperaturas abaixo de -12°C, garantindo maior vida útil para armazenamento e transporte a longas distâncias. Já o frango resfriado é mantido entre 0°C e 4°C, com validade de 5 a 7 dias, oferecendo textura e sabor mais próximos do fresco, ideal para consumidores exigentes e restaurantes.

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29/12/2025 04:05h

Café arábica e robusta apontam alta no preço; açúcar cristal registra variação nas principais praças do estado de SP; enquanto o valor do milho apresenta queda

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O preço do café arábica abre esta segunda-feira (29) em alta de 0,26%, com a saca de 60 kg negociada a R$ 2.167,55 na cidade de São Paulo.

INDICADOR DO CAFÉ ARÁBICA CEPEA/ESALQ

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
26/12/2025 2.167,55 0,26% -3,79% 390,97
23/12/2025 2.162,00 0,14% -4,04% 390,39
22/12/2025 2.159,06 1,11% -4,17% 386,79
19/12/2025 2.135,34 -0,68% -5,22% 386,21
18/12/2025 2.149,88 -0,41% -4,57% 389,40

O café robusta apresenta valorização de 0,04% no preço, sendo comercializado a R$ 1.256,47.

INDICADOR DO CAFÉ ROBUSTA CEPEA/ESALQ

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
26/12/2025 1.256,47 0,04% -10,54% 226,64
23/12/2025 1.255,97 1,27% -10,57% 226,79
22/12/2025 1.240,19 1,34% -11,70% 222,18
19/12/2025 1.223,77 -0,46% -12,87% 221,34
18/12/2025 1.229,48 0,58% -12,46% 222,69

Açúcar

Já o preço do açúcar cristal registra variação nas principais praças de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg aponta estabilidade, cotada a R$ 110,63.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL BRANCO CEPEA/ESALQ - SÃO PAULO

Data Valor R$* Var./Dia Var./Mês Valor US$*
26/12/2025 110,63 0,00% 1,96% 19,82
23/12/2025 110,63 0,00% 1,96% 19,82
22/12/2025 110,63 -0,11% 1,96% 19,82
19/12/2025 110,75 -0,23% 2,07% 20,03
18/12/2025 111,00 1,23% 2,30% 20,11

Em Santos (SP), a mercadoria é negociada a R$ 119,40, após alta de 0,39% na média de preços sem impostos.

INDICADOR AÇÚCAR CRISTAL - SANTOS

Data Valor R$* Var./Dia Var./Mês Valor US$*
26/12/2025 119,40 0,39% 3,48% 21,55
23/12/2025 118,94 0,00% 3,08% 21,47
22/12/2025 118,94 1,60% 3,08% 21,47
19/12/2025 117,07 1,56% 1,46% 21,22
18/12/2025 115,27 -1,40% -0,10% 20,85

Milho

A saca de 60 kg do milho, por sua vez, é vendida a R$ 69,48, após recuo de 0,03%.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA

Data Valor R$* Var./Dia Var./Mês Valor US$*
26/12/2025 69,48 -0,03% 1,05% 12,53
23/12/2025 69,50 0,04% 1,08% 12,55
22/12/2025 69,47 0,07% 1,03% 12,45
19/12/2025 69,42 0,22% 0,96% 12,56
18/12/2025 69,27 0,12% 0,74% 12,55

Os valores são do Cepea.

Diferença entre café arábica e café robusta: características, uso e regiões produtoras

Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.

  • O café arábica (conhecido também como café Conilon, em algumas regiões) tem sabor mais suave, menor teor de cafeína e alta qualidade sensorial, sendo preferido em cafeterias especializadas e nas exportações de cafés premium. Representa cerca de 70% da produção brasileira, com destaque para estados como Minas Gerais e São Paulo.
  • O café robusta, por sua vez, possui sabor mais amargo, maior concentração de cafeína e corpo mais intenso. É amplamente utilizado na produção de café solúvel e blends comerciais. Seus principais polos produtores são o Espírito Santo e Rondônia, e seu preço costuma ser mais baixo em comparação ao arábica, por conta do perfil mais industrial.

Como é calculada a saca de açúcar cristal?

A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.

Qual o peso da saca de milho no Brasil?

A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.

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29/12/2025 04:00h

Soja apresenta alta no Paraná e queda em Paranaguá; o trigo, por sua vez, aponta estabilidade no Paraná e no Rio Grande do Sul

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O valor da saca de 60 kg da soja abre esta segunda-feira (29) em alta no interior do Paraná e em queda no litoral do estado, em Paranaguá. 

Na primeira região, o grão teve reajuste de 0,02% e é negociado a R$ 136,23; na segunda, a baixa foi de 0,04%, com a mercadoria cotada a R$ 142,62

INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ - PARANÁ

Data Valor R$* Var./Dia Var./Mês Valor US$*
26/12/2025 136,23 0,02% 0,12% 24,57
23/12/2025 136,20 0,03% 0,10% 24,59
22/12/2025 136,16 0,04% 0,07% 24,39
19/12/2025 136,10 -0,10% 0,02% 24,62
18/12/2025 136,24 0,26% 0,12% 24,68

INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ - PARANAGUÁ

Data Valor R$* Var./Dia Var./Mês Valor US$*
26/12/2025 142,62 -0,04% 0,48% 25,73
23/12/2025 142,67 0,00% 0,51% 25,76
22/12/2025 142,67 -0,19% 0,51% 25,56
19/12/2025 142,94 0,30% 0,70% 25,85
18/12/2025 142,51 0,49% 0,40% 25,81

Trigo

O preço do trigo, por sua vez, registra estabilidade tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul. No primeiro estado, a tonelada é vendida a R$ 1.182,07, enquanto no segundo é comercializada a R$ 1.046,01

PREÇO MÉDIO DO TRIGO CEPEA/ESALQ - PARANÁ

Data Valor R$/t* Var./Dia Var./Mês Valor US$/t*
26/12/2025 1.182,07 0,00% -1,01% 213,22
23/12/2025 1.182,07 -0,02% -1,01% 213,45
22/12/2025 1.182,32 0,00% -0,99% 211,81
19/12/2025 1.182,32 -0,18% -0,99% 213,84
18/12/2025 1.184,42 0,21% -0,81% 214,53

PREÇO MÉDIO DO TRIGO CEPEA/ESALQ - RIO GRANDE DO SUL

Data Valor R$/t* Var./Dia Var./Mês Valor US$/t*
26/12/2025 1.046,01 0,00% 1,44% 188,67
23/12/2025 1.046,01 0,00% 1,44% 188,88
22/12/2025 1.046,01 0,40% 1,44% 187,39
19/12/2025 1.041,80 1,19% 1,03% 188,42
18/12/2025 1.029,54 -0,45% -0,16% 186,48

Os valores são do Cepea.

O que é uma saca de soja ou de trigo? Entenda a unidade de medida no mercado de grãos

A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.

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