03/07/2025 04:00h

Veja cronograma, taxa de inscrição, isenções e datas das provas objetivas e discursivas.

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O edital do Concurso Nacional Unificado 2025 (CNU 2) foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na segunda-feira (30). São 3.652 vagas em 32 órgãos federais, para níveis médio e superior. O modelo unificado, apelidado de “Enem dos Concursos”, centraliza o processo seletivo para carreiras públicas federais e será organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com provas aplicadas em 228 cidades de todo o país.

Para a estudante de psicologia Marcela Lovi, o CNU é de enorme importância pra quem deseja sair da faculdade empregado, “O Concurso Nacional Unificado é uma grande e importante oportunidade pra quem está terminando a faculdade, quer ter uma carreira no serviço público e estabilidade financeira”, afirmou.

Cronograma do concurso

  • Inscrições: de 2 a 20 de julho de 2025
  • Solicitação de isenção da taxa: até 8 de julho
  • Pagamento da taxa: até 21 de julho
  • Prova objetiva: 5 de outubro de 2025 (13h às 18h)
  • Prova discursiva: 7 de dezembro de 2025
  • Resultado final: previsto para 30 de janeiro de 2026
  • A taxa de inscrição será única, no valor de R$ 70,00, válida para todos os cargos. Têm direito à isenção candidatos inscritos no CadÚnico, doadores de medula óssea e beneficiários do ProUni ou Fies.

Blocos temáticos e vagas

O edital divide as vagas em nove blocos temáticos. O candidato poderá escolher um único bloco, mas concorrer a mais de um cargo dentro dele, indicando ordem de preferência. A divisão é a seguinte:

  • Bloco 1 – Seguridade Social: 789 vagas
  • Bloco 2 – Educação, Cultura e Ciência: 130 vagas
  • Bloco 3 – Tecnologia e Dados: 212 vagas
  • Bloco 4 – Engenharias e Arquitetura: 306 vagas
  • Bloco 5 – Administração e Finanças: 1.171 vagas
  • Bloco 6 – Desenvolvimento Econômico: 286 vagas
  • Bloco 7 – Justiça e Segurança: 250 vagas
  • Bloco 8 – Saúde (nível médio): 168 vagas
  • Bloco 9 – Regulação (nível médio): 340 vagas

Do total, 3.144 vagas são para nível superior e 508 para nível intermediário.

Salários e benefícios

As remunerações variam conforme o cargo e o órgão. Para nível médio, os salários podem chegar a R$ 7 mil. Para nível superior, os valores iniciais variam entre R$ 9 mil e R$ 18,7 mil, dependendo da carreira e dos benefícios incluídos. Cargos como pesquisador, tecnologista e especialista em regulação estão entre os mais bem pagos.

Ações afirmativas e segurança

O edital prevê cotas para diferentes grupos:

  • 25% das vagas para candidatos negros
  • 5% para pessoas com deficiência
  • 3% para indígenas
  • 2% para quilombolas

Haverá também política de paridade de gênero na convocação para provas discursivas. Entre as medidas de segurança, estão coleta biométrica, correção anônima e aplicação de provas em dois dias distintos.

Qual a finalidade do concurso?

O concurso faz parte de um plano de recomposição da força de trabalho do Executivo Federal. Entre 2016 e 2022, o governo perdeu mais de 73 mil servidores e o CNU é uma tentativa de acelerar e tornar mais eficiente a contratação pública.

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03/07/2025 04:00h

: Foram mais de 972 mil passageiros circulando pelos aeroportos da região em maio; Belém, Manaus e Palmas seguem em destaque na malha aérea regional

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Em maio de 2025 o movimento nos aeroportos da região Norte registrou a circulação de 972.453 passageiros. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), esse foi o melhor desempenho aéreo da região em 11 anos. A movimentação no período representou um crescimento de 10,8%, em comparação a 2024.

Já em relação a 2019, antes da pandemia de Covid-19, a circulação de passageiros em maio deste ano também avançou 22,1%. Este foi o melhor resultado para o mês de maio desde 2014 – ano em que foi registrado o pico histórico de 975.875 passageiros.

A evolução do número de passageiros no mês de maio nos aeroportos do Norte do país vem sendo notada ano a ano. Confira os dados de 2023, 2024 e 2025:

  • 2023: foram registrados 820.096 passageiros;
  • 2024: houve movimentação de 877.793;
  • 2025: mais de 972,4 mil

“A performance representa um avanço consolidado e sustentável da aviação regional”, destacou o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) em nota.

De acordo com o MPor, caso o ritmo positivo for mantido, o montante de movimentação de passageiros de 2014 pode ser batido nos próximos meses.

Em abril de 2025, os aeroportos do Norte também registraram 888,4 mil passageiros – um recorde, já que foi o maior fluxo registrado nesse mês na região. 

Destaques da malha aérea nortista

Os aeroportos de Belém, Manaus e Palmas seguem em destaque na malha aérea regional. Confira o aumento registrado em cada uma dessas capitais:

  • Belém: aumento de 2,4% no número de passageiros, passando de 1.447.487 em 2024 para 1.481.628 em 2025;
  • Manaus: crescimento de 15,9%, com 1.189.180 passageiros em 2025, frente a 1.025.848 em 2024;
  • Palmas: avanço de 7,5%, indo de 266.320 em 2024 para 286.155 passageiros neste ano.

Investimentos

A diretora de Gestão Estratégica da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Thairyne Oliveira, destaca os impactos dos investimentos nos terminais da região e cita o aeroporto de Belém.

"A região Norte apresenta grandes desafios de conectividade que estão sendo superados com muito trabalho e chegada de investimentos feitos pelo governo federal. Só no Aeroporto Internacional de Belém, estamos investindo mais de R$ 470 milhões para antecipar as obras de requalificação, deixando o terminal aéreo preparado para receber a demanda da COP30 e construindo um legado para toda a região."

O Ministério de Portos e Aeroportos pontua que o cenário de crescimento nos aeroportos nortistas reforça a importância do planejamento de infraestrutura e da modernização dos terminais para atender à demanda.

Com vistas a atrair mais visitantes e negócios para a região, o ministério fortalece iniciativas para ampliar e modernizar a aviação regional. Por exemplo, com o Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais (AmpliAR). A ação visa fortalecer a conectividade em áreas estratégicas, como na Amazônia Legal e no Nordeste.

O projeto pretende atrair a iniciativa privada para gerir terminais deficitários e garantir mais infraestrutura, regularidade e acesso nas regiões mais dependentes do transporte aéreo.

A previsão é que 19 aeroportos localizados em 11 estados sejam ofertados nesta primeira etapa e que o primeiro edital seja lançado na segunda quinzena de julho.

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03/07/2025 03:35h

Valor creditado nas contas de estados, municípios e do Distrito Federal abarca complementações da União nas modalidades VAAF, VAAT e VAAR do Fundeb, referentes a junho de 2025. Entes já podem utilizar os recursos

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Estados, municípios e do Distrito Federal já podem utilizar os recursos na ordem de mais R$ 4,5 bi para educação básica disponibilizados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). O montante foi creditado nas contas dos entes federativos no dia 27 de junho e já pode ser utilizado desde o dia 30.

O valor é referente às complementações da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), relativas ao mês de junho e abarca complementações da União nas modalidades Valor Anual por Aluno Fundeb (VAAF), Valor Aluno Ano Total (VAAT) e Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) do Fundo.

Confira os repasses realizados, por complementações, em junho 2025:

  • Valor Anual por Aluno Fundeb (VAAF): R$ 2,1 bilhões;
  • Valor Aluno Ano Total (VAAT): R$ 1,9 bilhões;
  • Valor Aluno Ano Resultado (VAAR): R$ 437 milhões.

Segundo o MEC, com esse novo repasse, as transferências da União ao Fundeb em 2025 somam R$ 27,2 bilhões – sendo R$ 13,3 bilhões via VAAF, R$ 11,3 bilhões via VAAT e R$ 2,4 bilhões via VAAR. 

O extrato da distribuição dos recursos do Fundeb pode ser acessado na aba de Extrato FUNDEB no site oficial do Banco do Brasil.

Obras nas instituições de ensino

No dia 4 de junho o FNDE publicou a Portaria nº 505/2025, que autoriza o uso dos recursos do Fundeb como contrapartida não financeira em termos de compromisso firmados com o órgão.

O dispositivo permite que estados, municípios e o Distrito Federal utilizem recursos do fundo para custear obras e serviços de engenharia na educação básica. Porem, é necessário que sejam respeitadas as exigências legais, como o mínimo de 70% para pagamento dos profissionais da educação e a execução direta dos pagamentos a fornecedores. 

Fundeb

O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação básica no país. O fundo conta com complementações mensais da União para fomentar maior equidade entre as redes de ensino no Brasil. Os repasses são realizados pelo FNDE, seguindo os critérios estabelecidos na legislação vigente. 

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03/07/2025 03:00h

Apesar da alta de ações como Vale e Petrobras, incertezas políticas e embate sobre o decreto do IOF pesaram sobre o humor do mercado

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O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (2) em queda de 0,36%, aos 138 mil pontos, devolvendo parte dos ganhos da véspera. O principal índice da Bolsa brasileira refletiu o aumento da tensão entre os três poderes, após o governo acionar o STF para reverter a suspensão do decreto que elevava o IOF. Declarações do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deram o tom político do dia, com críticas à postura do Congresso e tentativas de reforçar que a disputa é jurídica, e não econômica. A instabilidade institucional alimentou o clima de cautela entre os investidores.

Apesar do ambiente político conturbado, algumas blue chips limitaram perdas no índice. A Vale subiu 3,64%, impulsionada pela alta do minério de ferro na China e revisão de metas de produção. A Petrobras também teve bom desempenho, com alta de 1,78%, na esteira da valorização do petróleo no mercado internacional. 

Os dados da bolsa de valores brasileira podem ser consultados no site da B3

O que é o Ibovespa e como ele funciona?

O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.

O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
 



 

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03/07/2025 03:00h

Queda do IOF, juros altos no Brasil e incertezas externas explicam nova baixa da moeda norte-americana, que já acumula desvalorização de 12% em 2025

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O dólar voltou a cair frente ao real nesta quarta-feira (2) e fechou cotado a R$ 5,41, no menor patamar desde agosto de 2024. A baixa de 0,77% no dia reflete a combinação de fatores internos e externos, como o ambiente de juros elevados no Brasil, que favorece a entrada de capital estrangeiro, e a derrubada do decreto que aumentava o IOF sobre transações de câmbio. Com o movimento, a moeda norte-americana já acumula queda de 12,3% no ano.

No cenário externo, os investidores seguem atentos à tramitação do pacote tributário de Donald Trump na Câmara dos Estados Unidos e às negociações comerciais que envolvem o país. No Brasil, apesar da queda de 0,5% na produção industrial de maio, em linha com as expectativas, o mercado continua reagindo positivamente ao avanço de 3,3% na comparação anual e ao crescimento de quase 2% no acumulado do ano, o que reforça a atratividade do real em meio à relativa estabilidade fiscal e monetária.

Cotações

A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.

Código BRL USD EUR GBP JPY CHF CAD AUD
BRL 1 0,1844 0,1561 0,1350 26,4648 0,1460 0,2505 0,2798
USD 5,4240 1 0,8475 0,7326 143,56 0,7918 1,3587 1,5189
EUR 6,4062 1,1800 1 0,8644 169,40 0,9343 1,6033 1,7924
GBP 7,4082 1,3651 1,1569 1 195,96 1,0808 1,8547 2,0734
JPY 3,77872 0,696646 0,59039 0,510334 1 0,5515 0,94650 1,05820
CHF 6,8515 1,2631 1,0704 0,9252 181,31 1 1,7162 1,9184
CAD 3,9923 0,7360 0,6237 0,5392 105,66 0,5828 1 1,1179
AUD 3,5741 0,6584 0,5579 0,4823 94,51 0,5213 0,8945 1

Os dados são da Companhia Morningstar e da br.investing.com
 

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03/07/2025 02:45h

Comércio e serviços puxam geração de empregos formais; rendimento real também cresceu acima da inflação, o que pode mostrar “esgotamento da mão de obra”, avalia especialista

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O mercado de trabalho vem apresentando sinais de recuperação e fortalecimento ao longo dos últimos trimestres. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o país criou 1.051.244 postos com carteira assinada entre janeiro e maio de 2025. Só nos últimos três meses, foram mais de 1 milhão de novas vagas, somando trabalhadores CLT, autônomos e PJs.

O número de empregados com carteira assinada chegou a 48,2 milhões, enquanto o total de trabalhadores sob o regime CLT já atinge 39 milhões — o maior da série histórica. Além disso, o desemprego está próximo de sua mínima histórica, em 6,1%, índice que representa uma trajetória de forte queda desde o pico de 15% em 2020, durante a pandemia.

O que permitiu esse aumento?

Segundo o economista André Galhardo, da consultoria Análise Econômica de São Paulo, o fortalecimento do mercado de trabalho está diretamente ligado a uma melhora geral nos indicadores macroeconômicos e a uma retroalimentação positiva do próprio emprego formal.

“O que tem sustentado esse movimento forte no mercado de trabalho é uma espécie de ciclo virtuoso. É o mercado de trabalho forte que aumenta a renda das famílias, que por sua vez traz um volume de consumo mais forte, que abre espaço para que os empresários contratem mais”, afirma Galhardo.

Ele explica que, embora existam outros vetores de crescimento, o próprio ambiente de contratações contribui para manter a engrenagem girando.

“É como se o próprio mercado de trabalho estivesse sustentando a melhora do mercado de trabalho. A renda das famílias tem subido – de forma tímida, dentro do trabalho CLT, é verdade –, mas isso melhora o ambiente de consumo, que por sua vez acaba permitindo novas contratações.”

Setores de comércio e serviços lideram geração de empregos

Os setores de serviços e comércio foram os grandes responsáveis pelo bom desempenho do mercado formal de trabalho em maio. Juntos, eles criaram 93.397 vagas com carteira assinada no mês — 70.139 nos serviços e 23.258 no comércio — o que corresponde a 70% do total de 148.992 novos postos formais.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, os dois segmentos também lideraram a geração de empregos: o setor de serviços criou 562.984 vagas, um crescimento de 2,44%, enquanto o comércio adicionou 56.708 postos, alta de 0,54% em relação ao mesmo período de 2024.

O economista André Galhardo destaca que a baixa taxa de desemprego também começa a revelar desafios para setores intensivos em mão de obra.

“Nós temos uma taxa de desemprego de 6,2% no trimestre encerrado em maio. Essa taxa é uma das mais baixas de toda a série histórica e indica uma possibilidade de estarmos próximos do esgotamento do mercado de trabalho. Alguns setores, como o da construção civil, já mostram dificuldade de encontrar funcionários para executar as funções.”

Salários crescem acima da inflação

O levantamento mostra ainda que a renda real do trabalhador cresceu 3,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, ou seja, acima da inflação acumulada. Isso significa um ganho efetivo no poder de compra das famílias, o que também retroalimenta o consumo e o próprio mercado de trabalho.

Galhardo explica que os dados de renda reforçam o momento de aquecimento, mas também alertam para uma possível limitação da capacidade de expansão do mercado:

“A renda tem crescido de forma consistente. Isso indica duas coisas: primeiro, um dado positivo, já que você está entregando mais salário na mão do trabalhador, o que se traduz em mais consumo. Mas indica também um mercado de trabalho sobreaquecido. Quando você tem menos trabalhadores à disposição, isso acaba fazendo com que o nível de renda e o salário suba.”

O economista, no entanto, pondera que o cenário pode mudar nos próximos meses:

“A gente espera, sim, uma desaceleração no segundo semestre. Isso acontece porque o período tem menos drivers de crescimento e porque vamos começar a sentir com mais força os impactos defasados da política monetária, especialmente da Selic elevada. Ainda assim, por ora, os números são muito positivos.”

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03/07/2025 02:00h

A Lei 15.077, aprovada em dezembro de 2024, traz novas regras para a concessão do benefício. Entre elas, o novo cálculo da renda familiar e a revisão periódica da situação dos beneficiados

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A Lei nº 15.077/2024, que altera as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) — assistência destinada a idosos a partir de 65 anos em situação de vulnerabilidade e a pessoas com deficiência de baixa renda —, traz mudanças importantes. Uma das principais alterações ajusta a redação da norma para estabelecer que o pagamento do benefício será feito à pessoa idosa ou com deficiência cuja renda mensal bruta familiar, dividida pelo número de integrantes, seja igual ou inferior a um quarto do salário mínimo. Antes da nova lei, o critério exigia que a renda fosse apenas inferior a esse valor.

Outra mudança foi a definição do que constitui a renda mensal bruta familiar. De acordo com a nova legislação, o valor é descrito como a soma dos rendimentos auferidos mensalmente pelos membros da família, vedadas as deduções não previstas em lei. Para o advogado e especialista em Direito Previdenciário, Washington Barbosa, as mudanças vão impactar de forma negativa os beneficiários do BPC. 

“Qual é a alteração específica? Se você ganhava um benefício previdenciário, uma aposentadoria de até um salário mínimo, ou então outro BPC, isso não contava na composição da sua renda. Agora, após essa lei do final do ano passado e deste decreto recém-publicado pelo governo federal, o Bolsa Família também vai entrar no cálculo da renda familiar”, explicou Washington Barbosa. 

Suspensão do benefício

A nova redação da legislação determina, ainda, que a revisão seja feita periodicamente, sendo que o período anterior de revisão era de dois anos. 

Em relação aos requisitos para a manutenção do benefício, a nova redação passou a exigir registro biométrico, além da inscrição no CPF e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O benefício será concedido ou mantido apenas quando o interessado estiver inscrito no CadÚnico, com as informações atualizadas há, no máximo, 24 meses.

“Está se reduzindo despesas no piso da pirâmide. Está se cortando das pessoas que mais precisam. E ao retirar o Bolsa Família, essa pessoa vai ter muita dificuldade. Nós estamos falando em pessoas em estado de vulnerabilidade, qualquer dez reais, qualquer 15 reais, faz muita diferença”, avaliou o jurista.

Atualmente, o BPC é pago a cerca de 6,2 milhões de brasileiros. O valor mensal é de R$ 1.518, ou seja, um salário mínimo por beneficiário, sem direito ao 13º salário. Em fevereiro deste ano, o governo federal realizou um pente-fino nos cadastros e cancelou cerca de 34 mil benefícios que apresentavam irregularidades.

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03/07/2025 01:11h

Depois de duas décadas, documento marca virada estratégica para o desenvolvimento mineral sustentável no estado

Após mais de 20 anos sem ações estruturantes para o setor mineral, o estado de Goiás inaugura uma nova fase de planejamento e gestão com o lançamento do Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM-GO). Lívia Parreira, Coordenadora do Plano e gerente de Projetos Estratégicos do Setor Produtivo, da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços do estado de Goiás, explica que o PERM é uma resposta moderna e técnica à urgente necessidade de se pensar o setor mineral goiano com visão de longo prazo, responsabilidade ambiental e protagonismo regional.

"O último plano havia sido publicado em 1991, e desde 2002 não se realizava nem mesmo um diagnóstico estruturado do setor mineral em Goiás", destaca Lívia Parreira, acrescentando que "embora a Constituição Estadual em seus artigos 140 e 141 já previsse essa necessidade, o estado ficou mais de duas décadas sem um instrumento que norteasse o desenvolvimento mineral."

A retomada da política mineral começou em 2021, com um convênio firmado entre o Governo de Goiás e a Sudeco, com a contratação da Universidade Federal de Goiás, Universidade Estadual de Goiás e Universidade Federal de Catalão. O objetivo: elaborar um amplo diagnóstico do setor. O projeto "Mapeamento de Oportunidades do Setor Mineral em Goiás 2022–2042", coordenado por mais de 50 pesquisadores de instituições como a UFG, UEG, UFCat e UFPA, gerou mais de mil páginas de estudos temáticos sobre o panorama mineral do estado. Os eixos abordados foram Contexto Histórico da Mineração em Goiás, Contexto da Geologia, Arcabouço Legal da Atividade Mineral, Economia Mineral, Substâncias Minerais Exploradas, Mapeamento de Oportunidades e Relatórios dos Debates e Discussões nas oficinas e seminários.

Este trabalho será apresentado oficialmente durante o 9º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração e a feira BRASMIN, no final de junho de 2025. "Esse diagnóstico é um dos pilares do PERM-GO. Nele mapeamos desde o contexto geológico e legal até os gargalos enfrentados pelo setor, as oportunidades latentes e os anseios das comunidades locais", explica Lívia Parreira.

A elaboração do plano também contou com um inédito processo de escuta pública, com 18 oficinas em 17 municípios mineradores, somando cerca de 1.300 participações diretas. "Esse processo foi fundamental para dar legitimidade e territorialidade ao plano", pontua a coordenadora. Os relatórios, fotos e sugestões coletadas estão disponíveis publicamente no site do PERM-GO.

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03/07/2025 01:00h

As cotações do boi gordo, suíno e frango no mercado brasileiro apresentaram variações nesta quinta-feira (03), conforme dados divulgados pelo Cepea

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O preço do boi gordo registrou estabilidade nesta quinta-feira (3), e a arroba do boi continua sendo negociada a R$ 310,65 no estado de São Paulo.

Indicador do boi gordo dos últimos 5 dias:

Data Valor R$* Var./Dia Var./Mês Valor US$*
02/07/2025 310,65 0,00% -2,13% 56,86
01/07/2025 310,65 -2,13% -2,13% 56,86
30/06/2025 317,40 0,00% 3,69% 57,86
27/06/2025 317,40 0,52% 3,69% 57,86
26/06/2025 315,75 -0,14% 3,15% 57,39

Preço do frango congelado e resfriado

Na Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, o preço do frango congelado e frango resfriado também apresentou estabilidade e ambos são vendidos a R$ 7,46

Preço da carcaça suína especial e suíno vivo

A carcaça suína especial registrou estabilidade nos preços, com o quilo sendo vendido por R$ 12,62 nos atacados da Grande São Paulo. O suíno vivo manteve estabilidade em Minas Gerais, onde é vendido a R$ 8,42. No Paraná, em queda de 0,12%, custa R$ 8,17 e em Santa Catarina caiu 0,25%, custando R$ 8,08.

Indicador do suíno vivo:

Data Estado Valor R$* Var./Dia Var./Mês
02/07/2025 MG - posto 8,42 0,00% -0,12%
02/07/2025 PR - a retirar 8,17 -0,12% -0,12%
02/07/2025 RS - a retirar 8,12 -0,12% -0,12%
02/07/2025 SC - a retirar 8,08 -0,25% -0,25%
02/07/2025 SP - posto 8,75 0,00% -0,11%

Preço da carcaça suína especial nos últimos 5 dias:

Data Média Var./Dia Var./Mês
02/07/2025 12,62 0,00% 0,16%
01/07/2025 12,62 0,16% 0,16%
30/06/2025 12,60 -0,55% 2,61%
27/06/2025 12,67 0,56% 3,18%
26/06/2025 12,60 -0,32% 2,61%

Os valores são do Cepea.

O que é o boi gordo? Entenda o termo do mercado bovino

O boi gordo é o bovino macho pronto para o abate, com peso mínimo de 16 arrobas líquidas de carcaça (aproximadamente 240 kg) e até 42 meses de idade. Atende aos padrões do mercado nacional e internacional, incluindo exportações para Europa, China e cota Hilton.

Diferenças entre frango congelado e frango resfriado

O frango congelado passa por congelamento rápido, com temperaturas abaixo de -12°C, garantindo maior vida útil para armazenamento e transporte a longas distâncias.

Já o frango resfriado é mantido entre 0°C e 4°C, com validade de 5 a 7 dias, oferecendo textura e sabor mais próximos do fresco, ideal para consumidores exigentes e restaurantes.

 

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03/07/2025 00:30h

Cotação da soja tem alta no interior e no porto, segundo dados do Cepea

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O preço da soja nesta quinta-feira (3), apresenta variações entre o interior e o litoral do Paraná, de acordo com dados atualizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

No interior do Paraná, a cotação da soja teve alta de 0,33% e a saca de 60 kg é negociada a R$ 129,55.

No porto de Paranaguá, no litoral paranaense, o movimento também foi de alta: a soja subiu 0,98%, sendo vendida a R$ 135,91 por saca. 

Preço da soja nos últimos 5 dias em Paranaguá:

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
02/07/2025 135,91 0,98% 0,64% 25,06
01/07/2025 134,59 -0,33% -0,33% 24,64
30/06/2025 135,04 0,36% 0,36% 24,87
27/06/2025 134,56 -0,70% 0,00% 24,53
26/06/2025 135,51 0,59% 0,71% 24,63

Preço da soja nos últimos 5 dias no Paraná:  

Data Valor R$ Var./Dia Var./Mês Valor US$
02/07/2025 129,55 0,33% 0,31% 23,89
01/07/2025 129,13 -0,02% -0,02% 23,64
30/06/2025 129,15 -0,05% 0,30% 23,79
27/06/2025 129,22 -0,44% 0,36% 23,55
26/06/2025 129,79 1,13% 0,80% 23,59

Trigo

A cotação do trigo também apresentou oscilações nesta quinta-feira (3), segundo dados atualizados do mercado. No Paraná, o preço do trigo teve queda de 0,10%, com a tonelada sendo negociada a R$ 1.481,21. No Rio Grande do Sul, o valor do grão também teve queda e a tonelada do trigo está cotada a R$ 1.332,62

Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Paraná:

Data Valor R$/t Var./Dia Var./Mês Valor US$/t
02/07/2025 1.481,21 -0,10% -0,50% 273,08
01/07/2025 1.482,74 -0,40% -0,40% 271,42
30/06/2025 1.488,66 -0,39% -2,84% 274,15
27/06/2025 1.494,43 0,73% -2,46% 272,41
26/06/2025 1.483,63 -0,16% -3,17% 269,65

Preço médio do trigo nos últimos 5 dias no Rio Grande do Sul:

Data Valor R$/t Var./Dia Var./Mês Valor US$/t
02/07/2025 1.332,62 -0,26% -0,35% 245,69
01/07/2025 1.336,15 -0,09% -0,09% 244,58
30/06/2025 1.337,35 -0,09% -1,90% 246,29
27/06/2025 1.338,53 0,00% -1,82% 243,99
26/06/2025 1.338,53 -0,11% -1,82% 243,28

Os dados são do Cepea.

O que é uma saca de soja ou de trigo? Entenda a unidade de medida no mercado de grãos

A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.
 

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