07/11/2025 04:55h

Levantamento divulgado pela Confederação revela que 80% das empresas industriais consideram taxa de juros elevada como a principal dificuldade para a tomada de crédito de curto prazo

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano — o maior patamar desde julho de 2006. Desde setembro do ano passado, a Selic já foi elevada sete vezes consecutivas.

A decisão, no entanto, acendeu o alerta no setor produtivo, que aponta prejuízos crescentes causados pelos juros altos e teme reflexos negativos em toda a economia nacional. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a manutenção da taxa e reforçou que a política monetária atual tem freado o crescimento do país.

Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, a continuidade de uma política contracionista neste nível prejudica o Brasil, já que, segundo ele, a economia está sendo travada além do necessário em um momento em que a inflação segue em trajetória de queda.

“A taxa de juros atual traz custos desnecessários, ameaçando o mercado de trabalho e, por consequência, o bem-estar da população. Além disso, o Brasil segue com a segunda maior taxa de juros real do mundo, penalizando duramente o setor produtivo”, critica.

Alban também defende que na próxima reunião do Conselho, prevista para o dia 10 de dezembro, o Banco Central reduza os juros. O presidente da CNI entende que o Brasil está na contramão do mundo em relação ao estabelecimento dessas taxas.

“O Brasil desperdiça mais uma oportunidade de reduzir a Selic sem pressionar o câmbio e, consequentemente, a inflação, porque o diferencial de juros entre Brasil e EUA aumentou ainda mais”, afirma.

Taxa de juros alta – principal problema das empresas industriais

Um levantamento divulgado recentemente pela CNI aponta que 80% das empresas industriais consideram a taxa de juros elevada como a principal dificuldade para a tomada de crédito de curto prazo. Em relação ao acesso a financiamento de longo prazo, 71% dos executivos afirmam que a Selic é o principal entrave.  

De acordo com o próprio Banco Central, a taxa de juros média cobrada das empresas nas concessões de crédito – levando em conta as linhas com recursos livres – aumentou de 20,6% ao ano, em setembro de 2024, quando começou o atual ciclo de altas na Selic, para 24,5% ao ano, em setembro deste ano.

O presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira Jr., explica que, em determinados casos, as empresas dependem de financiamento de capital de giro e investimentos. Então, com essas taxas elevadas, o custo de crédito sobe, tornando praticamente inviável a modernização e ampliação da produção.

“Isso traz um reflexo muito importante com relação à redução dos investimentos, ou seja, projetos de expansão são adiados ou cancelados, comprometendo enormemente a inovação e competitividade. E com relação também à pressão sobre pequenas indústrias, as condições financeiras, sem dúvida alguma, se mostram com mais dificuldades em obter novos financiamentos, novos créditos. Isso aí eleva o efeito em cadeia, pois os juros altos aumentam custos operacionais, reduzem a margem de lucro e limitam a geração de emprego”, destaca.

A mesma pesquisa revela que as empresas também arcam com o aumento recente das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o que contribuiu para a diminuição do crédito e dos investimentos. Pelo que mostra o estudo, quase metade das indústrias desistiu de contratar ou renovar o crédito ou reduziu o seu volume após a elevação das alíquotas do IOF.

Juros elevados afetam indústria da transformação e da construção

No 3° trimestre de 2025, 27% dos empresários que atuam na Indústria da Transformação consideraram os juros elevados como um dos maiores entraves para o segmento.  

Na Indústria da Construção, o impacto é ainda mais perceptível: 35,9% dos empresários consideram os juros elevados um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do setor.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, destaca que esse descompasso causa uma pressão sobre os preços, já que a produção da indústria não consegue acompanhar a demanda.

“Essa redução do crédito para as empresas afeta o investimento; e a gente não está falando apenas de investimento em uma alta da produção, mas também em inovação e melhoria da produtividade, redução de custos. Isso tudo vai tirando a competitividade da indústria nacional, dificultando não só os espaços nas exportações, onde a competição costuma ser mais acirrada, mas o próprio mercado doméstico, na competição com importados”, pontua.

Selic: maior taxa em quase 20 anos

Mantida em 15%, a Selic está no nível mais alto em quase 20 anos. Nesse patamar, a taxa de juros real está em torno de 10,5% ao ano, quando é levada em conta a inflação esperada nos próximos 12 meses, de 4,06%.

Atualmente, a taxa de juros real está cerca de 5,5 pontos percentuais acima da taxa neutra, que não estimula nem desestimula a atividade econômica, projetada pelo Banco Central em 5% ao ano.

SUSTENTABILIDADE: indústria brasileira reconhece importância da bioeconomia para o futuro do setor

O diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, afirma que há uma necessidade de preservação da atividade econômica, que tem sofrido impactos de forma negativa devido à escalada na alta dos juros. Além da indústria, ele acrescenta que outros setores, como Comércio e Serviços, também sofrem os efeitos.  

“Iniciar a redução da Selic não significa que a política monetária vai passar para o outro extremo. Ainda manteria uma taxa de juros real muito elevada. Desde quando o Banco Central começou esse movimento de alta dos juros, a taxa de juros média para as empresas com recursos livres subiu de 20,5% para 24,5%. Ou seja, quatro pontos percentuais a mais de juros para as empresas”, avalia. 

Vantagens de uma taxa de juros mais baixa

Para a CNI, a taxa básica de juros de equilíbrio deveria estar em 11,9% ao ano, considerando as expectativas de inflação para os próximos 12 meses. Outro levantamento divulgado pela entidade mostra que, caso a taxa básica de juros fosse reduzida de maneira mais expressiva, 77% das empresas industriais do Brasil ampliariam seus investimentos nos próximos dois anos.

O índice é o mesmo entre empresas de todos os portes, o que indica que a diminuição dos juros impulsionaria o investimento e, consequentemente, o crescimento econômico em todos os segmentos.

Sinais positivos na inflação

Os dados divulgados pela CNI informam que a manutenção da Selic é incompatível com a situação da inflação. Pelo que prevê o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, há uma tendência de queda, com o acumulado em 12 meses passando de 5,5%, em abril, para 5,2%, em setembro.

Essa melhora é reflexo, em parte, do comportamento dos preços de alimentos, que recuaram nos meses de junho, julho, agosto e setembro; assim como dos valores de bens industriais.

Diante desse quadro, a entidade entende que as expectativas para a inflação no final de 2025 têm sido sucessivamente revistas para baixo, caindo de 5,6%, em abril, para 4,5%, no fim de outubro, conforme consta no Relatório Focus. Além disso, as projeções para a inflação de 2026, 2027 e 2028 também apresentam quedas, atualmente em 4,2%, 3,8% e 3,5%, respectivamente.
 

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07/11/2025 04:50h

Proposta prevê mudanças nas eleições a partir de 2030 e é defendida pela CACB como caminho para aproximar eleitores e representantes

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O voto distrital misto voltou à pauta da Câmara dos Deputados, impulsionado por uma articulação do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). A proposta (PL 9212/2017) prevê a adoção do novo modelo eleitoral a partir de 2030 e reacende o debate sobre uma reforma política mais ampla no país — tema que conta com o apoio da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB).

Representando mais de 2.300 associações comerciais em mais de dois mil municípios, a CACB defende que o sistema distrital misto pode aproximar eleitores e parlamentares, fortalecendo a relação entre a sociedade e a classe política.

O presidente da CACB, Alfredo Cotait Neto, afirma que o modelo “harmoniza e tranquiliza o ambiente político”. Ele reforça que o engajamento dos associados junto aos deputados federais é essencial para garantir que o texto avance no Congresso.

Na avaliação da CACB, o voto distrital misto — que combina a representatividade distrital com a proporcional — oferece maior diversidade na composição do Parlamento e pode contribuir para a construção de uma representatividade política mais responsável e eficaz. Entre os principais benefícios apontados pela entidade estão:

  • Fortalecimento do vínculo entre eleitor e representante;
  • Aumento da responsabilidade política com a base local;
  • Redução dos custos de campanha.

O movimento de Hugo Motta, em parceria com o deputado Domingos Neto (PSD-CE), relator da matéria, marca a retomada do debate – interrompido desde 2017. Em entrevista à CNN, Motta afirmou que pretende priorizar a tramitação da proposta ainda neste ano.

Diminuição de candidaturas

O relator, deputado Domingos Neto, tem defendido que o modelo promove a diminuição do número de candidatos e um maior entrosamento destes com os eleitores. Domingos Neto (PSD-CE) destaca o papel da adoção do voto distrital na diminuição das candidaturas:

"Quando você diminui isso para um distrito, onde cada partido só vai poder lançar um candidato a deputado federal naquele distrito, passa a ter uma relação eleitoral como a de prefeito – onde vai ser cobrado, onde vai ser discutido quais são as propostas, onde vai poder ouvir a todos, diminui o número de candidatos. Isso vai também permitir uma inovação, que será ter debate para deputado federal",  diz o relator. 

O texto-base é um projeto de autoria do ex-senador José Serra (PSDB-SP), aprovado pelo Senado e enviado à Câmara em 2017. Na justificativa da matéria, Serra também defendeu o papel da mudança da redução de candidaturas e, consequentemente, dos gastos com campanhas eleitorais. 

O objetivo da mudança é sanar problemas como o custo excessivo das campanhas e a falta de identificação do eleitor com representantes e partidos. 

Para a CACB, a redução do número de partidos no legislativo deve facilitar a governabilidade.

Entenda o voto distrital misto

A proposta (PL 9212/2017) altera a forma de eleger deputados federais, distritais, estaduais e vereadores com a adoção do voto distrital misto.

Cada distrito escolhe um único representante, baseado na maioria dos votos. Na prática, o eleitor vai fazer duas escolhas na urna: o candidato de seu respectivo distrito e o partido de sua preferência.

A competência de delimitar os distritos — que deverão ser geograficamente contíguos — será da Justiça Eleitoral. A divisão deve seguir como critério o número de habitantes.

O texto estabelece que cada partido poderá registrar apenas um candidato e seu suplente por distrito eleitoral. Conforme a justificativa, em cada estado ou município (a chamada circunscrição eleitoral), haverá distritos em número correspondente à metade do número de cadeiras da circunscrição – sendo arredondados para baixo no caso de números fracionários. 

Por exemplo, caso um estado tenha nove cadeiras de deputado federal, quatro serão escolhidas na modalidade do voto distrital.

Os candidatos serão eleitos, portanto, pelo voto distrital – sendo o que tenha obtido a maioria dos votos válidos; e pelo voto proporcional. O resultado das eleições deve refletir as proporções do voto partidário, obedecendo a Constituição.

As cadeiras do legislativo serão preenchidas primeiro pelos candidatos eleitos pelo voto distrital. Esgotadas essas vagas, as cadeiras remanescentes serão distribuídas entre os parlamentares dos partidos mais bem votados.

Debate no Congresso 

O debate atrelado ao Voto Distrital Misto se estende no Congresso há anos, com projeto tramitando desde 2017. No início de 2025, o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos/PB) anunciou que seria criada uma comissão especial destinada a discutir o tema. 

Agora, o texto aguarda parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

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07/11/2025 04:45h

A medalha traduz o elo entre natureza, conhecimento e ação climática

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Em celebração à realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) 2025, que ocorre em Belém (PA), o Banco da Amazônia lança uma medalha comemorativa especialmente cunhada pela Casa da Moeda do Brasil.

A peça simboliza o reconhecimento, o compromisso e a esperança em torno da pauta climática global, destacando o protagonismo do Banco da Amazônia no fomento ao desenvolvimento sustentável da região. A entrega da medalha marca um momento de valorização da Amazônia como centro estratégico da agenda ambiental mundial e reforça a missão institucional de conciliar progresso econômico com a preservação ambiental.

Serão entregues 150 unidades da edição limitada da medalha, que irão compor os kits destinados aos chefes de Estado e autoridades presentes na COP 30, como gesto simbólico de reconhecimento e compromisso com a agenda climática e o futuro sustentável da Amazônia.

“Esta medalha representa o elo entre conhecimento, natureza e ação climática. É um tributo à Amazônia, à sua riqueza incomparável e ao papel do Brasil como guardião de um bioma essencial ao equilíbrio do planeta”, destaca Luiz Lessa, presidente do Banco da Amazônia.

Desde a sua criação, o Banco tem atuado como agente estratégico na promoção de cadeias produtivas sustentáveis, no fortalecimento das comunidades tradicionais, na bioeconomia e na transição energética limpa. Por meio de políticas de crédito verde e inovação financeira, a instituição impulsiona projetos que unem desenvolvimento, justiça social e respeito ao meio ambiente.

 

Características

A medalha comemorativa COP 30 apresenta, em seu anverso, as legendas “COP 30 Belém/PA Brasil – 2025” e o logotipo do Banco da Amazônia em tampografia colorida, acompanhados por elementos decorativos inspirados na vitória-régia e nos grafismos indígenas. No reverso, estão as inscrições “A maior riqueza do mundo – Amazônia”, com ilustrações que simbolizam a integração entre fauna, flora e humanidade.

O design é assinado por Monique Porto, com modelagens desenvolvidas pela mesma e por Luiz Henrique Peixoto, em uma criação que celebra a diversidade cultural e natural da região.

Mais do que um objeto comemorativo, a medalha é um convite à responsabilidade compartilhada e um símbolo duradouro do papel transformador que a Amazônia exerce nas discussões sobre o futuro do planeta.

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07/11/2025 04:40h

Veja 6 dicas para um sono melhor

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Nos primeiros meses, acordar várias vezes à noite, só dormir no colo e ter sono fragmentado são normais, o sistema nervoso ainda está amadurecendo. "Dormir bem é essencial para o crescimento, regulação emocional, aprendizagem e imunidade", explica a pediatra Dra. Leticia Soster (CRM: 122.544/SP).

Entre 1 e 5 anos, a criança deve dormir de 10 a 14h por dia. Irritabilidade, birras, queda de rendimento e dificuldade para acordar são sinais de sono inadequado.

Para melhorar: respeite sinais de sono, mantenha sonecas, evite telas antes de dormir e crie um ambiente calmo e escuro. Colocar no berço sonolento, mas acordado, ensina a dormir sozinho.

Se houver roncos, pausas na respiração ou choro inconsolável, procure um pediatra. Cada bebê tem seu ritmo, respeitar o tempo dele é parte do cuidado.

Veja ao vídeo com a explicação do especialista:

Tenha acesso aos conteúdos do Doutor Ajuda. Acesse o site.

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07/11/2025 04:25h

Os presidentes da COP29 e COP30 apresentaram o Mapa do Caminho de Baku a Belém, projeto que prevê o repasse de recursos à causa climática

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As presidências da COP29, no Azerbaijão, e da COP30, no Brasil, anunciaram na quarta-feira (5) um plano estratégico conjunto batizado de “Mapa do Caminho de Baku a Belém”. A iniciativa, apresentada por Mukhtar Babayev e André Corrêa do Lago, tem como meta mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento até 2035 — justamente os mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

Os líderes destacaram que o plano marca uma nova era de transparência e cooperação internacional, com esforços proporcionais à escala e à urgência da crise climática.

Com o marco de dez anos do Acordo de Paris, a proposta busca inaugurar uma nova fase de implementação efetiva dos compromissos climáticos firmados anteriormente. O “Mapa do Caminho” também reflete o consenso crescente sobre a necessidade de reformar a arquitetura financeira global, de modo a torná-la mais acessível e justa para as nações em desenvolvimento.

O plano de ação é estruturado em cinco frentes — as “5 Rs” —, que orientarão as ações entre 2026 e 2028, com foco em promover cooperação internacional e resultados concretos na transição para uma economia de baixo carbono. Confira:

As cinco Frentes de Ação

  • Reabastecimento de subsídios, financiamento concessional e capital de baixo custo;
  • Reequilíbrio do espaço fiscal e da sustentabilidade da dívida;
  • Redirecionamento de financiamento privado transformador e redução do custo de capital;
  • Reestruturação da capacidade e da coordenação para portfólios climáticos em escala; e
  • Reformulação de sistemas e estruturas para fluxos de capital equitativos

 

As informações são do site da COP30

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07/11/2025 04:20h

CNM alerta que municípios podem perder mais de R$ 5 bilhões por ano com a ampliação da faixa de isenção do IR sem medidas de ressarcimento aos entes locais

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A Confederação Nacional de Municípios (CNM) criticou a falta de responsabilidade fiscal e de cooperação federativa na aprovação do Projeto de Lei 1.087/2025, que altera as regras de tributação do Imposto de Renda sem prever compensação financeira aos entes locais.

Estimativas da CNM apontam que, sem a compensação, os municípios sofrerão perdas anuais de R$ 5,1 bilhões, valor correspondente à arrecadação do Imposto de Renda sobre os salários dos servidores municipais.

Durante a tramitação do projeto, a entidade defendeu a Emenda 8, que previa o ressarcimento integral das perdas municipais, apuradas anualmente, com base no ano de 2025, e correção pelo IPCA. O texto, contudo, foi rejeitado no Senado.

A CNM reconhece os méritos do projeto, como a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, o desconto progressivo até R$ 7 mil e a tributação mínima para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, mas reforça que a compensação prevista cobre apenas a queda de arrecadação da União, não garantindo neutralidade entre os entes federados.

Para os municípios, o impacto ocorre por dois canais: a redução imediata do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), estimada em R$ 4,6 bilhões, e a perda direta de arrecadação própria, de R$ 5,1 bilhões, referente ao IR retido na fonte dos servidores. A instituição da tributação mínima do IRPF compensaria apenas parcialmente essas perdas.

Diante da rejeição da emenda, o movimento municipalista deve reforçar a luta pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/2022, que amplia o FPM em 1,5% no mês de março. Segundo a CNM, a proposta pode devolver cerca de R$ 6,6 bilhões aos cofres municipais já no primeiro ano de vigência.

Isenção do IR

O Senado aprovou o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais e reduz as alíquotas para salários até R$ 7.350. Para compensar as perdas da União, a proposta aumenta a tributação sobre rendimentos anuais acima de R$ 600 mil. O texto segue para a sanção presidencial e deve entrar em vigor em janeiro de 2026.

As informações são da Agência Senado e da Confederação Nacional de Municípios.

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07/11/2025 04:15h

Dessa vez, o montante é cerca de 9% maior do que o transferido no mesmo período do ano passado

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O repasse da primeira parcela de novembro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está previsto para esta segunda-feira (10). O valor destinado às prefeituras neste decêndio chega a R$ 9,3 bilhões. Dessa vez, o montante é mais de 9% maior do que o transferido no mesmo período do ano passado, quando a quantia foi de R$ 8,5 bilhões.

Na avaliação do especialista em orçamento público, Cesar Lima, o resultado mostra uma consolidação da tendência de alta, o que, para ele, pode ser contínuo até o final deste ano. 

“É uma parcela que vem praticamente o dobro do que o terceiro decêndio de outubro e com um resultado 9% melhor do que o mesmo período no ano passado, o que vem consolidando um resultado positivo para o FPM neste ano de 2025, em relação a 2024. Teremos também uma parcela extra em dezembro e, ao que tudo indica, fecharemos o ano num resultado muito bom”, considera. 

São Paulo segue como a unidade da federação que recebe o maior valor: R$ 1,1 bilhão. Dentro do estado, o destaque vai para cidades como Taboão da Serra, Sumaré e São Bernardo do Campo, com cerca de R$ 5 milhões, cada. 

Já Minas Gerais é o estado que conta com o segundo maior valor, também com um total de aproximadamente R$ 1 bilhão. Na unidade da federação, as maiores quantias serão destinadas a municípios como Contagem, Divinópolis e Ibirité, também com cerca de R$ 5 milhões, cada ente. 

 

 

Municípios bloqueados

Até o último dia 5 de novembro, 4 municípios estavam bloqueados para recebimento do FPM. São eles: 

  • SERRA (ES)    
  • MONTES CLAROS (MG)    
  • SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA (RJ)    
  • PORTO XAVIER (RS)    

FPM

Considerado a principal fonte de receita de cerca de 80% dos municípios brasileiros, o FPM é um repasse previsto na Constituição Federal. Os recursos do fundo são formados por 22,5% do que a União arrecada com Imposto de Renda (IR) e com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

FPM: comissão da Câmara vai analisar PEC que aumenta volume dos recursos destinados aos municípios

Aprovado projeto que prevê fim da punição a pequenos municípios sem planos de mobilidade urbana

O valor recebido pelos municípios varia de acordo com o número de habitantes e, a cada ano, passa por uma atualização com base em dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).   

Normalmente, os repasses são feitos nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Caso a data caia no fim de semana ou feriado, a transferência é realizada no primeiro dia útil anterior.  
 

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07/11/2025 04:10h

O preço do suíno vivo apresenta estabilidade no RS, MG, PR e SC; o frango congelado e a carcaça suína especial sofrem valorização

O preço do boi gordo registra valorização de 0,09% nesta sexta-feira (7) e a arroba é negociada a R$ 323,70, no estado de São Paulo.

INDICADOR DO BOI GORDO CEPEA/ESALQ

DATA VALOR R$* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$*
06/11/2025 323,70 0,09% 1,52% 60,53
05/11/2025 323,40 0,26% 1,43% 60,35
04/11/2025 322,55 0,73% 1,16% 59,75
03/11/2025 320,20 0,42% 0,42% 59,78
31/10/2025 318,85 0,00% 4,85% 59,29

 

 

Preço do frango congelado e resfriado

Nos atacados da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, os preços do frango congelado apresentaram valorização de 0,12%, enquanto o frango resfriado apresentou estabilidade. A primeira mercadoria é vendida a R$ 8,03, enquanto a segunda é comercializada a R$ 8,08.

PREÇOS DO FRANGO CONGELADO CEPEA/ESALQ - ESTADO SP 

DATA VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS
06/11/2025 8,08 0,00% 0,00%
05/11/2025 8,08 0,00% 0,00%
04/11/2025 8,08 0,12% 0,00%
03/11/2025 8,07 -0,12% -0,12%
31/10/2025 8,08 0,00% -0,86%

 

PREÇOS DO FRANGO RESFRIADO CEPEA/ESALQ - ESTADO SP

DATA VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS
06/11/2025 8,08 0,00% 0,00%
05/11/2025 8,08 0,00% 0,00%
04/11/2025 8,08 0,12% 0,00%
03/11/2025 8,07 -0,12% -0,12%
31/10/2025 8,08 0,00% -0,86%

 

Preço da carcaça suína especial e do suíno vivo

A carcaça suína especial também volta a apontar valorização no preço, com alta de 0,32%, sendo negociada a R$ 12,37 por quilo nos atacados da Grande São Paulo.

PREÇOS DA CARCAÇA SUÍNA ESPECIAL (R$/kg)

DATA MÉDIA VAR./DIA VAR./MÊS
06/11/2025 12,37 0,32% -0,16%
05/11/2025 12,33 0,00% -0,48%
04/11/2025 12,33 -0,40% -0,48%
03/11/2025 12,38 -0,08% -0,08%
31/10/2025 12,39 0,49% -4,40%

 

O preço do suíno vivo registra estabilidade no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, ParanáSanta Catarina. Há uma desvalorização de 0,57% em São Paulo. As mercadorias variam entre R$ 8,18 e R$8,71.

INDICADOR DO SUÍNO VIVO CEPEA/ESALQ (R$/kg) 

DATA ESTADO VALOR R$* VAR./DIA VAR./MÊS
06/11/2025 MG - posto 8,25 0,00% 0,24%
06/11/2025 PR - a retirar 8,39 0,00% 0,48%
06/11/2025 RS - a retirar 8,31 0,00% 0,36%
06/11/2025 SC - a retirar 8,18 0,00% -0,85%
06/11/2025 SP - posto 8,71 -0,57% -0,68%

Os valores são do Cepea.

O que é o boi gordo? Entenda o termo do mercado bovino

O boi gordo é o bovino macho pronto para o abate, com peso mínimo de 16 arrobas líquidas de carcaça (aproximadamente 240 kg) e até 42 meses de idade. Atende aos padrões do mercado nacional e internacional, incluindo exportações para Europa, China e cota Hilton.

Diferenças entre frango congelado e frango resfriado

O frango congelado passa por congelamento rápido, com temperaturas abaixo de -12°C, garantindo maior vida útil para armazenamento e transporte a longas distâncias. Já o frango resfriado é mantido entre 0°C e 4°C, com validade de 5 a 7 dias, oferecendo textura e sabor mais próximos do fresco, ideal para consumidores exigentes e restaurantes.

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07/11/2025 04:05h

O preço do café volta a cair, enquanto o açúcar sofre reajustes

O preço do café arábica abre esta sexta (7) em baixa de 2,42%, com a saca de 60 kg negociada a R$ 2.250,02 na cidade de São Paulo.

INDICADOR DO CAFÉ ARÁBICA CEPEA/ESALQ

DATA VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
06/11/2025 2.250,02 -2,42% 1,97% 420,72
05/11/2025 2.305,83 1,46% 4,50% 430,27
04/11/2025 2.272,55 0,85% 2,99% 421,00
03/11/2025 2.253,33 2,12% 2,12% 420,71
31/10/2025 2.206,59 -0,17% 3,72% 410,07

 

 

O café robusta também teve desvalorização de 2,71% no preço, sendo comercializado a R$ 1.392,99.

INDICADOR DO CAFÉ ROBUSTA CEPEA/ESALQ

DATA VALOR R$ VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$
06/11/2025 1.392,99 -2,71% -0,92% 260,47
05/11/2025 1.431,75 -0,22% 1,84% 267,17
04/11/2025 1.434,97 1,56% 2,07% 265,83
03/11/2025 1.412,98 0,50% 0,50% 263,81
31/10/2025 1.405,91 0,06% 4,73% 261,27

 

 

Açúcar

Já o preço do açúcar cristal apresenta variações entre as principais praças do estado de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg aponta baixa de 0,60%, cotada a R$ 108,32.

INDICADOR DO AÇÚCAR CRISTAL BRANCO CEPEA/ESALQ - SÃO PAULO

DATA VALOR R$* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$*
06/11/2025 108,32 -0,60% -4,69% 20,25
05/11/2025 108,97 -0,65% -4,12% 20,33
04/11/2025 109,68 -2,37% -3,49% 20,32
03/11/2025 112,34 -1,15% -1,15% 20,97
31/10/2025 113,65 0,65% -3,14% 21,12

 

 

Em Santos (SP), a mercadoria é negociada a R$ 108,37, após alta de 0,45% na média de preços sem impostos.

INDICADOR AÇÚCAR CRISTAL - SANTOS (FOB)

DATA VALOR R$* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$*
06/11/2025 108,37 0,45% -0,49% 20,28
05/11/2025 107,88 -0,20% -0,94% 20,05
04/11/2025 108,10 -1,15% -0,73% 20,07
03/11/2025 109,36 0,42% 0,42% 20,44
31/10/2025 108,90 0,86% -9,99% 20,23

 

Milho

A saca de 60 kg do milho, por sua vez, é vendida a R$ 66,85, após alta de 0,07%.

INDICADOR DO MILHO ESALQ/BM&FBOVESPA

DATA VALOR R$* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$*
06/11/2025 66,85 0,07% 1,06% 12,50
05/11/2025 66,80 0,16% 0,98% 12,46
04/11/2025 66,69 0,39% 0,82% 12,35
03/11/2025 66,43 0,42% 0,42% 12,40
31/10/2025 66,15 -0,14% 2,94% 12,29

Os valores são do Cepea.

Diferença entre café arábica e café robusta: características, uso e regiões produtoras

Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.

  • O café arábica (conhecido também como café Conilon, em algumas regiões) tem sabor mais suave, menor teor de cafeína e alta qualidade sensorial, sendo preferido em cafeterias especializadas e nas exportações de cafés premium. Representa cerca de 70% da produção brasileira, com destaque para estados como Minas Gerais e São Paulo.
  • O café robusta, por sua vez, possui sabor mais amargo, maior concentração de cafeína e corpo mais intenso. É amplamente utilizado na produção de café solúvel e blends comerciais. Seus principais polos produtores são o Espírito Santo e Rondônia, e seu preço costuma ser mais baixo em comparação ao arábica, por conta do perfil mais industrial. 

Como é calculada a saca de açúcar cristal?

A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.

Qual o peso da saca de milho no Brasil?

A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.

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07/11/2025 04:00h

A soja apresenta queda no Paraná e em Paranaguá; o trigo segue a tendência

O valor da saca de 60 kg da soja abre esta sexta-feira (7) em queda, tanto no interior do Paraná quanto no litoral do estado, em Paranaguá. 

Na primeira região, o grão teve desvalorização de 0,42% e é negociado a R$ 133,61; na segunda, o ajuste foi de 0,65%, com a mercadoria cotada a R$ 139,31.

INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ - PARANÁ

DATA VALOR R$* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$*
06/11/2025 133,61 -0,42% 0,02% 24,98
05/11/2025 134,17 -0,22% 0,44% 25,04
04/11/2025 134,47 0,30% 0,67% 24,91
03/11/2025 134,07 0,37% 0,37% 25,03
31/10/2025 133,58 -0,19% 3,65% 24,82

INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ - PARANAGUÁ

DATA VALOR R$* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$*
06/11/2025 139,31 -0,65% -0,41% 26,05
05/11/2025 140,22 -0,11% 0,24% 26,17
04/11/2025 140,38 0,13% 0,36% 26,01
03/11/2025 140,20 0,23% 0,23% 26,18
31/10/2025 139,88 -0,26% 4,68% 25,99

Trigo

O preço do trigo, por sua vez, registra desvalorização de 0,24% no Paraná e estabilidade no Rio Grande do Sul. No primeiro estado, a tonelada é vendida a R$ 1.197,67, enquanto no segundo é comercializada a R$ 1.054,15.

PREÇO MÉDIO DO TRIGO CEPEA/ESALQ - PARANÁ

DATA VALOR R$/T* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$/T*
06/11/2025 1.197,67 -0,24% 0,34% 223,95
05/11/2025 1.200,52 0,28% 0,58% 224,02
04/11/2025 1.197,19 0,21% 0,30% 221,78
03/11/2025 1.194,71 0,09% 0,09% 223,06
31/10/2025 1.193,61 0,00% -5,33% 221,82

PREÇO MÉDIO DO TRIGO CEPEA/ESALQ - RIO GRANDE DO SUL

DATA VALOR R$/T* VAR./DIA VAR./MÊS VALOR US$/T*
06/11/2025 1.054,15 0,00% -2,38% 197,11
05/11/2025 1.054,15 -1,59% -2,38% 196,71
04/11/2025 1.071,21 -0,92% -0,80% 198,45
03/11/2025 1.081,17 0,12% 0,12% 201,86
31/10/2025 1.079,84 -0,44% -11,91% 200,68

Os valores são do Cepea.

O que é uma saca de soja ou de trigo? Entenda a unidade de medida no mercado de grãos

A saca de soja e a saca de trigo são as principais unidades de comercialização de grãos no Brasil. Cada saca equivale a 60 quilos, padrão adotado por órgãos oficiais como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Esse formato padronizado facilita o comércio da soja e do trigo, além de permitir um acompanhamento mais preciso das cotações e variações de preços no mercado nacional.

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