Brasil Mineral

24/07/2024 00:05h

O saldo mineral foi equivalente a 41% do saldo da balança comercial (US$ 42,31 bilhões).

De acordo com números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) o faturamento do setor mineral foi de R$ 129,5 bilhões no primeiro semestre de 2024, 8% de aumento em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 119,9 bilhões). As exportações somaram US$ 21,5 bilhões, o que representa aumentos de 8,5% em receita quando comparado ao mesmo período de 2023. Já as importações atingiram US$ 17,25 bilhões, ou 31% a menos do que no primeiro semestre de 2023. O saldo mineral foi equivalente a 41% do saldo da balança comercial (US$ 42,31 bilhões).

A contribuição do saldo mineral para o saldo da balança comercial no semestre é ainda mais relevante porque ajudou a evitar que o saldo comercial brasileiro caísse além dos 6,11%, na comparação com o mesmo período do último ano. “Se o Brasil quer uma economia forte, equilibrada, tem, obrigatoriamente, que apoiar os setores exportadores, que é o caso da mineração. No entanto, vemos que estão sendo criados cada vez mais tributos e encargos para dificultar os negócios e a expansão dessa importante indústria”, afirma Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Jungmann afirma ainda que a insistência do Brasil em criar mais impostos e taxas para sobrecarregar a mineração, como imposto seletivo, fundos de infraestrutura, taxas de supostas fiscalizações, taxa de transporte de cargas, trilhos etc., pode provocar um retrocesso do setor mineral.

No primeiro semestre de 2024, o setor mineral gerou mais de 218 mil empregos diretos no setor e 2.700 municípios mineradores foram recolhedores de CFEM. Em relação ao faturamento, os estádos de Minas Gerais, Pará e São Paulo tiveram alta de 8%, 12% e 17%, respectivamente, e o minério de ferro foi responsável por 62% do faturamento do setor, com R$ 80,1 bilhões. O minério de ferro foi responsável por 71,6% das exportações, com 179,5 milhões de toneladas de ferro exportadas (US$ 169,6 bilhões) no semestre, um crescimento de 5,8% em toneladas e de 12,9% em dólar. A arrecadação total de impostos e tributos pelo setor aumentou cerca de 8%, totalizando R$ 44,7 bilhões. A arrecadação de CFEM totalizou R$ 3,6 bilhões. A previsão dos investimentos do setor em projetos é de US$ 64,5 bilhões para o período de 2024-2028.

Jungmann diz que uma excelente justificativa para o Brasil apoiar a expansão da produção mineral, além da contribuição econômica, está focada na necessária aceleração da transição energética para combater os efeitos danosos das mudanças climáticas. Segundo o IBRAM, há diversos minérios considerados críticos para desenvolver tecnologias que encurtem o caminho para atingirmos uma economia de baixo carbono.

“O Brasil detém potencial para ser um dos líderes no fornecimento global de tais substâncias minerais, no entanto pouco avança em pesquisa geológica, em financiamento para empreendimentos minerais, em desenvolvimento tecnológico para o setor, em regulação e em fiscalização, entre outros fatores, como segurança jurídica. O Brasil precisa adquirir consciência sobre a relevância da mineração para promover o seu desenvolvimento e reverter este quadro”, defende.

O IBRAM formulou uma publicação “Fundamentos para políticas públicas em minerais críticos e estratégicos para o Brasil”, um compilado de propostas de linhas mestras para que o Estado brasileiro possa, de forma mais acelerada, estruturar uma política dedicada à produção de minerais críticos e estratégicos em larga escala, visando o presente e, em especial, o futuro. A proposta pode ser conferida no https://ibram.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Fundamentos_para_politicas_publicas_em_minerais_criticos_e_estrategicos.pdf. O trabalho foi entregue ao Congresso Nacional e a publicação teve participação do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O IBRAM dia acreditar que uma mineração planejada e executada sob boas práticas de ESG irá gerar proliferação de negócios em extensas cadeias produtivas, já que quase todas utilizam minérios, além de um aumento em empregos, renda e arrecadação.

O IBRAM apresentou ainda os avanços da Agenda ESG da Mineração do Brasil, instituída a partir de 2019. Para estruturá-la, o IBRAM e mineradoras associadas atuam em 12 grupos de trabalho para delinear metas, planos de ação, objetivos e indicadores em temas diversos como segurança de processos, saúde e segurança ocupacional, uso de água e energia, diversidade e inclusão, relação com comunidades, mitigação de impactos, gestão de resíduos etc.

Entre os principais resultados demonstrados estão a ausência de fatalidade em incidentes com barragens em 2023 ;maior participação de mulheres no setor: de 17,14% em 2021 para 21,45% em 2023, sendo a meta de 34% até 2030. Cresceu também o percentual de mulheres em lideranças, de 18,72% em 2021 para 22,10%, sendo 35% a meta até 2030, além da maior participação de pessoas com deficiência no setor, de 4,61% em 2021 para 4,64% em 2023, sendo a meta de 6% até 2030. Atualmente, 100% das mineradoras possuem canais de comunicação com as comunidades e as mineradoras reduziram uso de água nova, em 17% entre 2022 e 2023, além de aumentar o consumo de energia renovável em 11,6% no mesmo período. O resultado completo do setor mineral no primeiro semestre de 2024 pode ser acessado em https://ibram.org.br/wp-content/uploads/2024/07/20240710_Coletiva-de-Imprensa-Resultados-1S24_V1.pdf.

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22/07/2024 08:09h

Governo norte-americano deseja que o Brasil integre a Mineral Security Partnership (MSP),

O governo norte-americano deseja que o Brasil integre a Mineral Security Partnership (MSP), uma associação internacional cujos membros buscam garantir fornecimento estável de matérias primas para que suas economias possam fazer frente à transição energética. Foi o que manifestou o secretário-adjunto do Departamento de Recursos Energéticos americano, Geofrey R. Pyatt, que esteve recentemente em missão no Brasil para discutir questões de segurança energética, transição energética e cooperação em minerais críticos com os setores público e privado. Em setembro de 2023, a MSP era composta por: Austrália, Canadá, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Japão, Coreia do Sul, Suécia, Noruega, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia. Os membros assumem o compromisso com altos padrões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG).

O secretário visitou Brasília e Belo Horizonte (MG), onde se reuniu com autoridades federais para abordar o panorama energético do Brasil e seu potencial. Em Brasília, Pyatt manteve encontros com representantes dos Ministérios de Minas e Energia, Relações Exteriores e Desenvolvimento, Indústria e Comércio, bem como com as Secretarias de Transição Energética Nacional e Planejamento, Geologia, Mineração e Transformação Mineral, e Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, além de ter participado de reuniões com a Agência Nacional de Energia Elétrica e a Agência Nacional de Mineração. Em Belo Horizonte, ele manteve conversações com representantes do governo mineiro, Fiemg, IBRAM, AmCham Minas Gerais e lideranças do setor privado (Ibram, Vale, CBMM, Sigma Lithium, Hexagon) envolvidos com a produção de minerais estratégicos e energias.

Durante as reuniões, Geofrey Pyatt reforçou a intenção do governo norte-americano de compartilhar interesses em segurança e transição energética, e de promover oportunidades de colaboração, “especialmente em descarbonização, energia limpa e cadeias de suprimento”, admitindo que os EUA estão atrasados nessa corrida, “porque fomos superados pela sobreposição de um país em um país e esse país, a China, desempenhará um papel habitual na cadeia de abastecimento global. Mas não é sustentável, não é seguro ter mais de 90% de terras raras ou materiais de processamento vindos de um país, para não mencionar todas as outras cadeias de fornecimento de tecnologia limpa e de minerais críticos”.

Em sua visita a Belo Horizonte o secretário concedeu uma entrevista exclusiva a Brasil Mineral, realizada pelo conselheiro Renato Ciminelli, que considera a visita de Pyatt como de grande relevância, diante do potencial do Brasil para o fornecimento global de minerais críticos e o interesse do Governo Americano de fortalecer as relações de cooperação com o Governo Federal e o Estado de Minas Gerais no contexto da iniciativa MSP.

O entendimento de Ciminelli é que, com esta visita, os Estados Unidos abrem uma grande porta para o Brasil no mercado internacional de minerais e materiais críticos através de engajamento ao Minerals Security Partnership. Também, que essa entrada deve pressupor uma grande frente institucional brasileira, incluindo governos, empresas privadas e setor científico e acadêmico de relacionamento com os Estados Unidos e o MSP. Confira os principais pontos da entrevista.

 

BRASIL MINERAL – Quais são os principais objetivos desta sua missão ao Brasil?

GEOFREY PYATT -- Meu principal objetivo nesta viagem é elevar e acelerar nossa cooperação com o Brasil em toda a gama de insumos de transição energética, minerais críticos mais importantes, minerais estratégicos, onde o Brasil está bem-posicionado para desempenhar um papel de liderança global como um país que tem alguns dos recursos mais promissores em minerais para transição energética e que tem um setor industrial e de processamento em rede e muito claro. Nossa visão para o futuro não é ver o Brasil como um país de extração mineral, mas como um país de processamento e fabricação. E também vemos para o Brasil um papel em todo o espectro de tecnologias de descarbonização. Então, vemos possibilidade de parceria em áreas como hidrogênio verde, eletrólise, sistemas de armazenamento de baterias, evolução do ecossistema de baterias. Estivemos falando hoje com uma empresa brasileira que tem uma química de bateria de carregamento rápido otimizada para ônibus. Esse é o tipo de inovação que queremos ver continuar e encontrar parcerias comerciais.  Também conversamos em Brasília com o Ministério de Minas e Energia sobre todos os interesses compartilhados. Temos grandes produtores de energia fóssil. Nossas empresas produzem grandes volumes de petróleo e gás e vão continuar. Então, temos a responsabilidade de produzir esse petróleo e gás da forma menos prejudicial possível ao clima. Mas o setor dos minerais estratégicos é o verdadeiro foco. Portanto, muitas das minhas discussões em Brasília foram focadas em como trabalhamos juntos em nível federal global, de governo para governo. Mas estou muito animado por vir também a Minas Gerais, uma região que é líder mundial na extração mineral, para conversar com o tipo de empresa com que me encontrei esta manhã, que entendem onde estão as oportunidades, para entender o que sabemos e como mobilizar capital e off-take para ajudar a indústria a crescer no Brasil. Isto é importante para o aprofundamento da parceria entre empresas americanas e produtores brasileiros, empresas de processo e extração. Também é importante para os outros parceiros internacionais com quem trabalhamos: Coreia, Japão, União Europeia, Austrália, Canadá, Índia. Porque esse problema é global. A crise climática é algo que nenhum país pode resolver sozinho. Os Estados Unidos representam cerca de 11% das emissões globais de CO2, por isso ou descarbonizamos amanhã ou não resolveremos a crise climática. Temos que ajudar o resto do mundo. Esta é uma área em que o governo do presidente Lula está totalmente aliado ao presidente Biden. Mas também o Brasil é líder mundial há muitos anos, na linha de ser um país limpo.

 

BRASIL MINERAL -- Há uma discussão polêmica no Brasil sobre a questão de exportar minério bruto, no caso do lítio. A sociedade brasileira pergunta: por que não produzir o material transformado?

GEOFREY PYATT – É preciso considerar que o processamento consome muita energia. E é muito melhor que esse processamento aconteça de forma limpa, com energia eólica, solar e hidrelétrica, ao invés do carvão, como acontece em alguns outros países.

 

BRASIL MINERAL – Quais são os minerais alvo para os Estados Unidos nesse processo?

GEOFREY PYATT - Fizemos a parceria de segurança mineral, que é a principal iniciativa do Departamento de Estado para a diversidade e melhor segurança na cadeia global de fornecimento, de minerais críticos como lítio, níquel, zinco, cobre e terras raras. Também falamos sobre nióbio.

 

BRASIL MINERAL - Qual a forma de promover o investimento de empresas americanas no Brasil para os minerais e materiais críticos?

GEOFREY PYATT -- Estamos falando sobre isso e procurando atrair investimentos para essas oportunidades, porque temos imperativos. Precisamos entregar o melhor volume possível desses materiais. A CEO da Sigma Lithium disse que precisamos de 30 Sigma Lithium para atender à demanda. Precisamos muito cumprir as metas de transição energética. Precisamos de quarenta vezes mais lítio em todo o mundo. Precisamos de mais cobre do que temos em mente. Enfrentamos uma baixa de mercado e poderemos não ter esses materiais para continuar a acelerar a nossa transição energética da forma que temos que fazer para resolver a crise climática e manter a meta de 1,5ºC de mudança de temperatura.  Então, o MSP não é sobre os Estados Unidos, mas sobre a coalizão de 14 países mais a União Europeia, representando mais de cinquenta por cento do PIB global. Temos o foco muito forte em um primeiro princípio, que é o compromisso que partilharemos com a manutenção de elevados padrões, políticas ambientais, sociais e de governança.  É aqui que o Brasil e os Estados Unidos são aliados perfeitos, porque são democracias que têm pressão da sociedade para cumprir com o ESG. Portanto, vemos o MSP como uma opção perfeita para o caminho que o Brasil deseja percorrer. Vemos o Brasil como um país produtor, mas também como um grande investidor global. É um país manufatureiro competitivo global, um país com empresas como a Vale, agora presente globalmente.  Essa foi a parte muito importante das minhas conversas em Brasília, assim como em Belo Horizonte: entender melhor como a indústria no Brasil é vista, as oportunidades e penso na força que trazemos para o relacionamento Brasil e EUA. Comemoramos este ano 200 anos de nosso relacionamento. Empresas de energia como a General Electric, a Exxon Mobil, estão presentes no Brasil há muitos anos, desde o início da experiência da industrialização. Foram empresas americanas e tecnologia americana que contribuíram para essa industrialização e queremos continuar com isso.

 

BRASIL MINERAL - O senhor mencionou que o objetivo de vir aqui é inaugurar uma cooperação mais forte. Isso inclui a área científica?

GEOFREY PYATT -- Vamos melhorar e promover uma frente de relacionamento entre os EUA e o Brasil. Vamos falar desse exemplo da empresa que conheci hoje (referindo-se à CBMM). Eles trabalham com nióbio e há um parceiro tecnológico original que foi hospedado na Universidade do Texas, onde foi feita a descoberta sobre o uso de nióbio no armazenamento de baterias. E essa parceria tecnológica continua até hoje. Temos prazer em ver esse tipo de parceria se multiplicar em ambas as direções. Porque o Brasil possui uma grande quantidade de capital intelectual e o estado de Minas Gerais uma enorme quantidade de capital intelectual nessas áreas.  Lembrei-me disso ontem quando quis visitar o Lab Fab e ver o que está acontecendo lá, os ímãs permanentes do processamento de terras raras. Estes são setores onde os Estados Unidos não são uma potência mineira global, embora tenhamos uma mineração doméstica significativa.  

Portanto, num momento em que o mundo busca um grande aumento nos volumes desses materiais, o Brasil tem uma oportunidade única de alavancar isso. É a sua capacidade, o seu conhecimento industrial, com a sua expertise em gestão corporativa. Conversando com a CEO da Sigma Lithium, ela falava sobre suas operações ao redor do mundo e as decisões de investimento que ela está tomando. Então é realmente muito importante um relacionamento. Queremos que os brasileiros sejam uma escolha de parceiro nessa questão de minerais estratégicos.

 

BRASIL MINERAL – Qual é o status do MSP e como o Brasil poderia fazer parte? Ícone

GEOFREY PYATT – Nossa bandeira inclui várias coisas. Uma delas é como temos agora sucesso institucional do MSP.  Neste verão, os EUA estão transferindo a presidência do MSP para a Coreia e isso reflete nosso entendimento de que esta é uma organização internacional, que não é uma iniciativa americana, mas internacional. Mais da metade do PIB global está representada. Também fomos encorajados pelos colegas europeus, que acabaram de lançar uma iniciativa paralela chamada Fórum MSP, que é essencialmente um local para os países produtores conversarem com os membros do MSP sobre oportunidades. Portanto, esta é uma oportunidade para reunir todas as instituições financeiras dos EUA ou JBIC do Japão e organizações similares de todos os parceiros para fazer crowding no financiamento de projetos específicos.

Com relação ao Brasil, acho que a pergunta deve que ser feita para o Governo Brasileiro. Teremos o maior prazer em ter o Brasil como parceiro pleno, assim como a Índia ou o Canadá, a Austrália ou a União Europeia, o Japão, a Coréia. Mas essa é uma decisão que o Brasil deve tomar. Consideramos o Brasil um grande valor, mas também é aquela adesão que traz uma grande oportunidade para o Brasil. São oportunidades para empresas como aquelas com quem me encontrei hoje para levar a sua presença a todos os parceiros internacionais. Mas esta é uma decisão brasileira. E se o Brasil não se associar formalmente ao MSP, teremos o maior prazer em continuar o tipo de envolvimento político global sênior que estou trazendo ao Brasil esta semana. De fato, minha intenção com esta visita é acelerar e elevar esse envolvimento, porque acho que é realmente muito importante para nós e uma oportunidade fantástica para ambos. Há muita coisa que os Estados Unidos e o Brasil podem fazer juntos nas áreas das quais sou responsável, que é a energia, a segurança energética, a transição energética. O Brasil pode trazer para a mesa não apenas seus ativos, mas também a visão compartilhada que o presidente Lula e o presidente Biden têm, de que precisamos avançar e acelerar a transição energética.

 

Por: Francisco Alves

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16/07/2024 21:30h

Governo da Bahia assinou protocolo de intenções para a instalação da primeira fábrica de painéis fotovoltaicos da América Latina

Por meio das secretarias da Fazenda (SEFAZ) e de Desenvolvimento Econômico (SDE), com a Si&Mex Solutions, o Governo da Bahia assinou protocolo de intenções para a instalação da primeira fábrica de painéis fotovoltaicos da América Latina. Com investimento previsto de US$ 2 bilhões, o projeto visa atender 25% do mercado nacional nos primeiros cinco anos de operação, consolidando a Bahia como um polo industrial de relevância internacional no setor de energia renovável.

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) terá uma participação de 5% no empreendimento, que será implementado no estado pela empresa alemã Si&Mex. A parceria prevê o fornecimento anual de duas mil toneladas de quartzo e até 500 toneladas de sílica de alta pureza para os processos industriais da fábrica. A previsão é gerar três mil empregos diretos e quatro mil indiretos. “Este é um investimento significativo que trará inúmeros benefícios para a população baiana, gerando milhares de empregos e promovendo o desenvolvimento socioeconômico. Além disso, este projeto é fundamental para a transição energética, solidificando a posição da Bahia como líder em energia limpa. A CBPM tem desempenhado um papel crucial nesse processo, pois a transição energética depende essencialmente da mineração. Ser parte deste empreendimento como sócia é de extrema importância para nós”, disse o presidente da CBPM, Carlos Borel.

Para reforçar a importância da transversalidade de Governo para promover o desenvolvimento socioeconômico da Bahia, o projeto está sendo construído em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), a Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTI) e a BAHIAINVESTE, além da SEFAZ e da SDE. “Essa é mais uma ação liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues, que envolve diversos setores para garantir a vinda desse empreendimento, com um investimento tão importante como este e que terá papel fundamental para o desenvolvimento do nosso estado”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da CBPM, Henrique Carballal, referindo-se à nova indústria de painéis fotovoltaicos totalmente verde, que contribuirá para a descarbonização.

Com a iniciativa, a CBPM reafirma o compromisso com o desenvolvimento sustentável, apostando na inovação tecnológica como vetor de crescimento. O objetivo é fomentar a produção nacional de painéis fotovoltaicos, promovendo a independência tecnológica e de insumos estrangeiros, bem como a geração de emprego e renda no estado.

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16/07/2024 00:05h

A primeira produção rendeu aproximadamente 440 onças de ouro, e o projeto permanece dentro do prazo e do orçamento para produção comercial no segundo semestre de 2024.

A G Mining Ventures produziu seu primeiro ouro no projeto Tocantinzinho no Pará. A empresa prevê que a produção comercial comece no segundo semestre de 2024.

A primeira produção rendeu aproximadamente 440 onças de ouro, e o projeto permanece dentro do prazo e do orçamento para produção comercial no segundo semestre de 2024. Uma vez em produção comercial, Tocantinzinho se tornará a terceira maior mina de ouro primário do Brasil.

Louis-Pierre Gignac, Presidente e CEO, comentou: “Tenho o prazer de anunciar que Tocantinzinho alcançou o marco significativo da primeira injeção de ouro, menos de dois anos após a decisão formal de construção. A equipe construiu o projeto com sucesso dentro do prazo e de acordo com o orçamento original, mantendo ao mesmo tempo um excelente histórico de segurança. Este marco é uma prova da força da nossa abordagem de autodesempenho e demonstra a nossa vantagem competitiva. Agradeço sinceramente aos nossos funcionários e prestadores de serviços pelos seus esforços notáveis ​​para alcançar este marco. Estou ansioso para acelerar a operação para produção comercial no segundo semestre de 2024. Estamos entusiasmados com o futuro de Tocantinzinho e seu papel significativo na indústria de mineração de ouro do Brasil."

Após obter a necessária licença de comissionamento da Agência Ambiental do Estado do Pará, o minério foi introduzido no circuito de moagem. As licenças permitem a mineração e o processamento do minério, a disposição de rejeitos e a venda e exportação de ouro.

Desde o início do comissionamento em 11 de junho de 2024, aproximadamente 77.000 toneladas de minério foram processadas pela planta de Tocantinzinho, disse a empresa, acrescentando que aproximadamente dois milhões de toneladas de minério foram estocadas no local, com 1,5 milhão de toneladas com teor de 0,77 g/t no estoque de baixo teor e 500.000 toneladas com teor de 1,29 g/t no estoque de alto teor.

A construção do Tocantinzinho foi iniciada em setembro de 2022 após a conclusão de um estudo de viabilidade definitivo datado de 9 de fevereiro de 2022.

A propriedade tem acesso direto por 103 km de estradas transitáveis, partindo da rodovia federal BR-163, que liga as indústrias do sul do Brasil à cidade de Belém, no norte.

Ao longo de uma vida útil de 10,5 anos, Tocantinzinho deverá produzir 1,83 milhões de oz. de ouro, com média de 175.000 oz. por ano. Nos primeiros cinco anos, a produção anual de ouro deverá atingir 196.000 oz.

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15/07/2024 15:47h

As cartas são produzidas pela integração de imagens aerogeofísicas, obtidas por tratamentos computacionais específicos

O Serviço Geológico do Brasil (SGB), em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), disponibilizou 32 cartas de anomalias do Projeto Geologia e Potencial Prospectivo ao Longo da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). As cartas têm como objetivo principal estimular o pequeno e médio minerador e fornece, gratuitamente, informações geocientíficas (geofísicas, geoquímicas e geológicas) já processadas. As cartas são produzidas pela integração de imagens aerogeofísicas, obtidas por tratamentos computacionais específicos, com informações geológicas de recursos minerais conhecidos e dados de levantamentos geoquimícos disponíveis.

Para o chefe da Divisão de Sensoriamento e Geofísica, Iago Costa, a disponibilização desse produto é fruto da excelente parceria técnico-científica entre o SGB e a CBPM, que vem trazendo diversos resultados importantes para a sociedade. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) está em fase de construção e conectará o município de Figueirópolis, no Tocantins, ao Porto Sul, no município de Ilhéus, na Bahia. “Dentro do estado, a região do entorno da FIOL possui relevante potencial econômico e abriga diversas substâncias minerais, onde a ferrovia contribuirá para a melhoria da infraestrutura e logística da região, permitindo um melhor escoamento da produção mineral por meio do terminal portuário”, explicou o geofísico Rodrigo dos Santos.

O produto integra diferentes camadas geocientíficas e facilita a visão geral dessas informações e sua relação com os recursos minerais já cadastrados no banco de dados do SGB. Assim, ele pode indicar regiões com maior ou menor potencial para novas descobertas, fomentando o setor mineral e contribuindo para um ordenamento territorial adequado.

Um ponto considerável é a utilização da automatização, via software GIS de formato aberto, na confecção das cartas. Esse processo permitiu a elaboração de produtos em grande volume, sem perda de qualidade. A extração automática de lineamentos, com processamento de imagens, também contribuiu para a padronização dos dados e facilitou a interpretação pelos profissionais. “Para fomentar as iniciativas e projetos de pesquisa mineral nas áreas adjacentes à ferrovia, o SGB, em parceria com a CBPM, desenvolveu as cartas de anomalias na área, que servem como mais uma ferramenta para o desenvolvimento mineral da Bahia”, concluiu o geofísico. A localização das cartas de anomalias, bem como a programação das futuras cartas, podem ser acessadas pelo link https://geoportal.sgb.gov.br/geofisica/.

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14/07/2024 07:00h

A produção brasileira de alumínio primário alcançou mais de 1 milhão de toneladas e cresceu 26% no último ano

A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), em sua mais recente edição do Anuário Estatístico, divulgou que o consumo interno de produtos de alumínio atingiu 1,4 milhão de toneladas em 2023, um recuo de 2,7% quando comparado a 2022, o que representa um volume de 40 mil toneladas a menos. Apesar da retração da demanda de produtos de alumínio, a produção brasileira de alumínio primário alcançou mais de 1 milhão de toneladas e cresceu 26% no último ano, somando um volume de 850 mil toneladas de metal. “O último ano foi de ajustes e acomodações no cenário nacional e internacional, e apesar do recuo no consumo de produtos de alumínio, o ano também marca um momento de virada para o setor. Além de encerrar um ciclo de crescimento marginal, conseguimos recuperar a autossuficiência no suprimento do metal e subir quatro posições no ranking global de produção de alumínio primário, e o Brasil figura agora na oitava colocação”, avalia Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL. Para Janaina, isso demonstra a resiliência da indústria brasileira do alumínio, que tem se preparado para atender à demanda nacional e estar bem-posicionada na cadeia global de suprimentos.

O Anuário indicou também que os investimentos no setor somaram R$ 5,6 milhões aproximadamente, 1,8% superior ao montante de 2022 e estão em linha com o ciclo de investimentos previamente anunciados, de aporte de R$ 30 bilhões na economia até 2025. O setor também contribuiu com 5,6% do PIB Industrial brasileiro e foi responsável pela geração de mais de 511 mil empregos diretos e indiretos, o que corresponde a um aumento de 2,1% em relação a 2022. O setor fechou 2023 com superávit comercial de US$ 2,7 bilhões (FOB), o que corresponde a um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior. Em 2023, os embarques brasileiros do setor representaram US$ 4,6 bilhões (FOB), enquanto as importações registraram US$ 1,9 bilhão (FOB), uma queda de 25,7% frente ao ano anterior. Com isso, o saldo da balança cresceu 2,6%, para US$ 2,7 bilhões.

O consumo interno de produtos de alumínio avançou 6,3% no 1º trimestre deste ano e totalizou 386,9 mil toneladas. Este resultado marca o segundo trimestre consecutivo de crescimento interanual, e sinaliza a possibilidade de encerramento de um ciclo de crescimento marginal observado desde o final de 2021.

Todos os segmentos de produtos de alumínio cresceram em relação ao primeiro trimestre de 2022, em função do desempenho dos seus principais mercados consumidores onde também foi observado crescimento: Cabos (13,4%) – produto consumido pelo setor elétrico, que cresceu cerca de 14,4%; Extrudados (10,8%) – utilizado principalmente no segmento de construção civil (15,9%); Laminados (5,2%) – o crescimento deste segmento foi puxado sobretudo pela demanda dos mercados de bens de consumo (13,9%) e transportes (5,4%); Fundidos (0,7%) – impulsionado pelo setor de Transportes (5,4%) ; Pó/Uso Destrutivos/Outros (13,7%) – consumido no segmento de ferroligas e siderurgia. As exceções ficaram para as quedas registradas nos segmentos de máquinas e equipamentos (-13,8%) e embalagens (-1,2%).

"Se por um lado, o recuo da demanda de produtos de alumínio em 2023 reflete um processo de acomodação da atividade industrial após um longo período que oferece elementos de comparação atípica, por outro lado a melhoria de alguns indicadores econômicos, como redução da taxa de juros, recuperação do mercado de trabalho e o aumento da renda das famílias favorecem as perspectivas de um cenário mais positivo de recuperação, mas que ainda precisa ser confirmado nos próximos trimestres”, conclui Janaina Donas.

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10/07/2024 19:59h

O GT tem como meta unir forças para alcançar a independência tecnológica na produção dessas baterias

O Instituto Senai de Inovação (ISI) em Eletroquímica lidera um projeto estruturante de baterias de íon-lítio dentro de um Grupo de Trabalho, no âmbito do Made in Brasil Integrado (MiBI), para transformar o setor automotivo e energético brasileiro. O projeto surgiu das discussões deste Grupo de Trabalho para uma rede colaborativa, instituído em 2021 pelo Governo Federal.

O GT tem como meta unir forças para alcançar a independência tecnológica na produção dessas baterias que são essenciais para dispositivos eletrônicos, veículos elétricos e híbridos está entre um dos principais objetivos do projeto. Para isso, ele contará com a participação de 27 empresas de diferentes setores industriais, incluindo gigantes como Petrobras, Stellantis, Volkswagen, GM, WEG, TUPY, CBA e CNH. A aliança industrial visa apoiar no desenvolvimento de toda a cadeia de valor, desde a mineração até a fabricação de componentes.

O projeto será desenvolvido ao longo de três anos e receberá recursos do programa Rota 2030 advindos do SENAI Nacional e da Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, com contrapartida financeira de todas as empresas participantes. Serão investidos R$ 68,8 bilhões no projeto, que terá o apoio de Instituições parceiras como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), Lactec, Centro Técnico de Embalagens (CETEM) e Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados. “Todos entenderam que é estratégia de Estado ter o domínio tecnológico da produção de células de íons-lítio e, ao mesmo tempo, apoiar no desenvolvimento da cadeia de valor, que passa pela mineração, pela transformação de minerais em metais e compostos químicos, o refino e a fabricação de componentes”, explica Marcos Berton, pesquisador-chefe do ISI em Eletroquímica.

O Brasil atualmente é 100% dependente de importação dessas baterias. O conjunto de empresas está engajado em obter o domínio tecnológico da produção de células de íons-lítio nas geometrias cilíndrica e prismática para elevar o nível de maturidade tecnológica (TRL) e de fabricação (MRL) para um estágio próximo à escala industrial. O desafio é grande, mas os objetivos são claros: reduzir a dependência de importações, fortalecer a economia nacional e colocar o Brasil na vanguarda da tecnologia de baterias de íons-lítio.

O desenvolvimento das células de bateria será operacionalizado pelo Instituto Senai de Inovação (ISI) em Eletroquímica em uma planta piloto instalada no Campus da Indústria, em Curitiba, no Paraná. Após a conclusão do projeto, será possível auxiliar as indústrias nacionais a desenvolverem seus processos, materiais, componentes, produtos e protótipos envolvendo células de íons-lítio ou módulos e packs. Este projeto estruturante não só posiciona o Paraná e o Brasil como pioneiros na produção de baterias de íons-lítio, mas também impulsiona a competitividade do setor automotivo nacional, alavancando a economia e criando um futuro mais sustentável. 

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07/07/2024 21:30h

Para ABPM, o urânio, como uma das fontes mais atraentes para a descarbonização. pode trazer grandes benefícios para o Brasil

A Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM) avalia que deva ter uma revisão nas regras do monopólio da União sobre a atividade de pesquisa e lavra de minérios nucleares, elementos que podem acelerar a transição energética e impulsionar o desenvolvimento de cadeias produtivas nacionais com a aplicação do mineral para diversas indústrias nacionais como a química e, em especial, de fertilizantes. A ABPM debate proposta para acelerar as atividades de pesquisa e lavra de minérios nucleares. “Falamos das formas para flexibilizar pesquisa de urânio no Brasil em parcerias com a INB, ou de forma individualizada beneficiando ou remunerando a INB, explicando que o urânio como uma das fontes mais atraentes para a descarbonização pode trazer grandes benefícios para o Brasil, porque quando se pesquisa o urânio, se encontra certamente outros minerais. É uma forma do Brasil dinamizar a pesquisa e a exploração não só do urânio, mas de novas substâncias minerais correlatas à descarbonização e também à fertilização, uma vez que é notória a presença de urânio junto com fertilizantes, especialmente o fosfato, como é o caso de Santa Quitéria, ou terras raras, como no caso de Poços de Caldas”, destacou o presidente da ABPM, Luís Maurício Azevedo.

Para ele, o Brasil possui importância significativa no cenário global de produção de urânio, com reservas já identificadas, da ordem de 232.813 toneladas, de acordo com dados da INB, mas estas não estão certificadas e, portanto, provadas. Estas reservas poderiam colocar o País entre as dez maiores reservas de urânio no mundo, conforme dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que lista a Austrália como detentora dos maiores recursos, com 1.692.700 t, seguido do Cazaquistão, com 906.700 t. Azevedo cita como exemplo a abertura do setor brasileiro de petróleo e de gás natural. “A partir da flexibilização houve o estabelecimento de uma maior competição que foi crucial para aumento na produção brasileira de petróleo, de derivados e de gás natural, elevação das exportações e diminuição da dependência externa de petróleo e principalmente, competitiva”.

O presidente da ABPM comenta ainda a experiência positiva do Decreto nº 11.120/2022, que liberou a exportação e a importação de lítioA iniciativa, segundo a entidade, exerceu um papel fundamental na atratividade de empresas que estão investindo em pesquisas de lítio em Minas Gerais e em outros estados brasileiros, principalmente os do Nordeste. Ao longo das últimas décadas, o Brasil desenvolveu a sua indústria de lítio. No final dos anos 1990, o Brasil tinha apenas uma mina voltada para a produção de carbonato de lítio, utilizado em graxas e lubrificantes. “Após o referido Decreto, foram identificadas, em apenas três anos, grandes reservas minerais de lítio e o País conseguiu atrair investimentos produtivos e, agora desenvolve tecnologia e faz crescer um mercado interno de carros elétricos.

O urânio extraído no Brasil é utilizado principalmente como combustível para a geração de energia nuclear. A usina Angra 1, localizada em Angra dos Reis (RJ), utiliza o urânio produzido pela INB para gerar eletricidade de maneira limpa e eficiente. Além disso, o urânio é fundamental para o desenvolvimento de tecnologias nucleares em áreas como medicina, indústria e pesquisa científica. Apesar do potencial, a produção de urânio no Brasil enfrenta diversos desafios, como o financiamento e a viabilidade econômica das operações, especialmente em um cenário global de flutuações nos preços do urânio. Além disso, questões ambientais e de segurança são prioritárias, exigindo investimentos contínuos em tecnologias e práticas sustentáveis. Luís Azevedo avalia que a produção de urânio pode desempenhar um papel crucial na matriz energética do país, oferecendo uma fonte confiável e limpa de energia. “Com reservas significativas, infraestrutura adequada e um compromisso com a segurança e a sustentabilidade, o Brasil está posicionado para expandir sua participação no mercado global de urânio”.

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05/07/2024 23:58h

Mas no acumulado até maio, as vendas alcançaram 25,2 milhões de toneladas, um ligeiro aumento de 0,8%

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas do produto somaram 5,3 milhões de toneladas em maio de 2024, uma queda de 5,6% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado até maio, as andas alcançaram 25,2 milhões de toneladas, um ligeiro aumento de 0,8%. A tragédia ambiental no Rio Grande do Sul influenciou nas vendas e na confiança do consumidor, diante dos impactos nas condições de vida dos cidadãos e incertezas em relação à economia local.

O índice de confiança da construção apresentou retomada em maio, disseminada pelos segmentos de Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados, e será necessário acompanhar os efeitos secundários do desastre gaúcho nos próximos meses. O processo de reconstrução pode realçar a dificuldade na contratação de mão-de-obra qualificada. A percepção sobre a demanda tem uma melhora gradual com os estoques se aproximando da normalidade. Há uma percepção positiva também do ambiente de negócios para o segundo semestre, com o aquecimento no mercado de trabalho e alta da massa salarial.

A publicação da Medida Provisória nº 1.227, no dia 4 de junho, impacta diretamente a competitividade da indústria e o fluxo de caixa das empresas, pois limita e impossibilita a compensação de créditos tributários de PIS/COFINS. O setor reclama que a medida vai na contramão das premissas do governo, prevista no programa Nova Indústria Brasil. Mesmo diante desses entraves, a indústria brasileira de cimento segue otimista com a ampliação do orçamento anual do FGTS para habitação, o que irá aquecer mais o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), programa que desempenha importante papel na demanda do produto. “Em apoio à população gaúcha afetada pelas fortes inundações e chuvas, as fábricas de cimento instaladas no Rio Grande do Sul estão em plena operação para ajudar em sua reconstrução, com abastecimento normalizado do produto, que será indispensável para execução das centenas de obras que serão necessárias em todo o Estado”, disse Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.

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03/07/2024 22:39h

O Estado de Mato Grosso liderou as entregas nacionais com um volume de 2,46 milhões de toneladas no quadrimestre, ou 22,4% do total

Segundo números da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), as entregas de fertilizantes no mercado interno alcançaram 10,97 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2024, o que representa um aumento de 1% ante as 10,87 milhões de toneladas registradas em igual período do ano passado. Apenas em abril, as entregas somaram 2,30 milhões de toneladas, volume 0,6% inferior quando comparado ao mesmo mês de 2023 (2,32 milhões de toneladas).

O Estado de Mato Grosso liderou as entregas nacionais com um volume de 2,46 milhões de toneladas no quadrimestre, ou 22,4% do total, seguido por Paraná (1,38 milhão), São Paulo (1,32 milhão), Minas Gerais (1,12 milhão) e Goiás (1,06 milhão).

A produção nacional de fertilizantes intermediários somou 504 mil toneladas em abril deste ano, o que corresponde a uma retração de 7,4% ante o mesmo mês de 2023. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2024, foram 1,99 milhão de toneladas, 11,9% a menos em relação a igual período do ano passado, quando se produziram 2,26 milhões de toneladas. As importações de fertilizantes intermediários atingiram 2,57 milhões de toneladas em abril, com queda de 18,1%. No acumulado do quadrimestre, o total foi de 10,03 milhões de toneladas, significando redução de 7,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram importadas 10,89 milhões de toneladas.

No porto de Paranaguá, principal porta de entrada dos fertilizantes, ingressaram 2,86 milhões de toneladas, crescimento de 0,5% na comparação com 2023, quando desembarcaram 2,84 milhões de toneladas. O terminal representou 28,5% do total importado por todos os portos (fonte: Siacesp/MDIC).

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