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Em recente boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, é possível observar que as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas ao vírus da gripe voltaram a aumentar na Região Centro-Sul, com a chegada do inverno. O destaque fica por conta de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul com aumento de SRAG por influenza A, especialmente entre adolescentes, adultos e idosos.

A longo prazo, 11 estados apresentam tendência de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. Por isso, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda o uso de uma boa máscara para evitar o contágio pelo vírus da gripe.

“Sempre que for sair, for receber alguém, coloque uma boa máscara, uma N95, uma PFF2, aquelas que têm uma capacidade de filtragem maior e se ajustam melhor ao rosto, porque elas diminuem muito o risco de passar o vírus para as outras pessoas, liberar o vírus no ambiente. Além disso, qualquer pessoa, mesmo não estando com sintomas, mas que for visitar ou estiver indo à uma unidade de saúde, bote uma boa máscara, porque evita contrair o vírus respiratório na unidade de saúde e levar pra casa, levar para o transporte público, enfim, para outros locais.”

Entre as práticas de prevenção ao vírus da gripe, o Ministério da Saúde também recomenda lavar frequentemente as mãos com água e sabão; não compartilhar objetos de uso pessoal; manter os ambientes ventilados; evitar contato com pessoas com sintomas gripais; e evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.

Outra ferramenta essencial para se proteger da gripe é a vacinação. Mesmo após o término da campanha do Ministério da Saúde, a maioria dos postos de saúde ainda possui estoque de doses disponíveis gratuitamente.

Faça parte do Movimento Nacional Pela Vacinação e diga sim para a vacina contra a gripe. Procure uma Unidade Básica de Saúde com a Caderneta de Vacinação ou documento com foto.

Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao.

VSR: Fiocruz alerta para o aumento nas internações por infecções respiratórias

Casos de SRAG registram aumento contínuo no Brasil; alerta Fiocruz

Brasil registra sinalização de queda no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

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Cada organismo reage de maneira diferente quando infectado por um vírus, mas no caso das síndromes respiratórias, seja pela infecção do vírus SARS-CoV-2 — que causa a Covid — ou da Influenza, causador da gripe, alguns sintomas são comuns às duas doenças.

O médico infectologista do hospital de Base de Brasília, Tazio Vanni, explica quais os primeiros sinais dessas infecções.

“Coriza, nariz escorrendo, dor de garganta, tosse, febre — às vezes cursando com cefaleia — [sintomas] que são bastante semelhantes aos quadros que a gente observa com o vírus da gripe, que é Influenza, ou vírus sincicial respiratório, que causa bronquiolite em crianças, mas também causa quadro clínico parecido com o que eu estou descrevendo em adultos e idosos.”

Segundo o Ministério da Saúde, a infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de assintomática a casos críticos. É preciso ter atenção especial para sinais que indicam piora e necessitam hospitalização, como dispneia – sensação de falta de ar –, pressão no tórax e baixa oxigenação no sangue. 

Lavar as mãos e evitar locais fechados quando houver suspeita ou confirmação de qualquer síndrome gripal também faz parte dos cuidados que devem continuar, mesmo sem a emergência da pandemia. 

A vacinação para o público prioritário com a vacina que protege contra a cepa em maior circulação atualmente já está disponível em todo o país, basta preocupar uma unidade de saúde.

Procure uma Unidade Básica de Saúde, leve a caderneta e vacine-se contra a Covid-19.

Para mais informações, acesse: www.gov.br/saude.
 

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É comum que pacientes infectados por dengue sintam dores no corpo, febre alta e tenham manchas na pele. Esses sintomas duram em torno de 5 a 7 dias. Porém, mesmo após a cura, alguns sintomas podem persistir, como a fadiga extrema, dores musculares e articulares, além de manchas na pele.

Estou com dengue, o que fazer?

O infectologista Julival Ribeiro aponta que as pessoas diagnosticadas com dengue grave, chamada de dengue hemorrágica, podem continuar com sintomas e ter sequelas, como insuficiência cardíaca e miocardite – uma inflamação do tecido muscular do coração. Julival menciona, ainda, que podem haver sequelas cerebrais.

“A depender do quadro clínico da dengue, se foi grave, podem surgir manifestações neurológicas, por exemplo, perda de memória, se a pessoa teve uma inflamação no cérebro, e irritabilidade. Tudo isso pode acontecer a longo prazo com a dengue”, destaca o infectologista.

Caso o paciente apresente sintomas semanas após a cura, deve procurar assistência médica. “Nas pessoas que tiveram dengue grave, é que essas alterações podem durar por longo tempo, ou mesmo tornar-se um problema crônico. Portanto, quem teve dengue, apresenta sintomas depois de várias semanas ou meses, deve procurar um serviço de saúde para esclarecer”, indica Julival.

Dengue hemorrágica

As alterações de saúde afetam, em especial, pacientes que tiveram dengue hemorrágica. O especialista em doenças tropicais do hospital Anchieta e infectologista, Manuel Palácios, explica como a dengue clássica evolui para a hemorrágica.

“A dengue pode evoluir para dengue hemorrágica, ou dengue grave, quando há um aumento da permeabilidade vascular, levando a vazamento de plasma, sangramentos graves e falência de órgãos. A fase crítica, onde o paciente está mais vulnerável, pode durar de 24 a 48 horas”, pontua.

Segundo Manuel Palácios, os sintomas da progressão da doença costumam aparecer entre o 3º e o 7º dia e coincidem com a queda da febre. Os sintomas são:

  • Sangramentos espontâneos: nas gengivas, nariz e trato gastrointestinal
  • Dor abdominal intensa e contínua
  • Vômitos persistentes
  • Letargia ou irritabilidade

A médica intensivista do Hospital Santa Marta, localizado em Taguatinga Sul no Distrito Federal, Adele Vasconcelos, explica que a dengue causa desidratação interna por perda de líquido, o que faz com que o sangue engrosse e as plaquetas caiam – fatores que aumentam o risco de hemorragia. “A evolução da dengue para a hemorrágica depende de organismo para organismo. A gente só considera uma dengue como hemorrágica se o paciente tiver algum tipo de sangramento, seja ocular, no nariz, na boca, na urina, nas fezes, às vezes até na cabeça, um AVC”, salienta a médica.

Em relação às sequelas da dengue grave, órgãos como coração, rins, fígado e cérebro podem ser afetados. A professora do Gama, no Distrito Federal, Gláucia Ferreira Matos, 45 anos, teve a doença em março deste ano. Ela relata que, além da dengue ter afetado a imunidade dela, tem investigado problemas nos rins e fígado.

“A dengue atingiu gravemente o meu fígado, consequentemente o meu rim também e, agora, eu venho fazendo acompanhamento, exames de sangue, hemograma, alguns exames mais específicos para acompanhar, porque eu venho sentindo sintomas que eu nunca tive na vida antes de ter dengue”, conta a professora.

Têm maior risco de desenvolver dengue hemorrágica crianças, idosos, gestantes, portadores de doenças imunossupressoras (HIV/Aids, doenças autoimunes, neoplasias), além de pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão e indivíduos previamente infectados com um sorotipo diferente do vírus da dengue.

Quadro diagnóstico 

  • Dengue clássica: febre alta, dor de cabeça, dor por trás dos olhos, dores musculares e articulares, exantema (manchas na pele) e, às vezes, sangramento leve das gengivas ou nariz. Dura geralmente de 5 a 7 dias;
  • Depois podem persistir: fadiga extrema, que pode durar várias semanas; dores musculares e articulares, por algumas semanas ou meses; exantema pode aparecer novamente alguns dias após a febre ter cessado e durar de 1 a 5 dias;
  • Progressão para dengue hemorrágica: sangramentos espontâneos nas gengivas, nariz , dor abdominal, vômitos persistentes. Costumam aparecer entre o 3º e o 7º dia, coincidindo com a queda da febre;
  • Sinais de dengue grave: choque, caracterizado por pulso fraco e rápido, pressão arterial baixa, extremidades frias e úmidas; sangramento grave (vômitos com sangue, fezes escuras, sangramento vaginal excessivo, entre outros); comprometimento de fígado, cérebro, coração. Podem surgir de 3 a 7 dias após o início dos sintomas (nos casos graves);

Repercussão da dengue no país

O Ministério da Saúde pontua que, em 2024, o avanço histórico da doença no país fez 10 estados e o Distrito Federal decretarem situação de emergência. 

Veja alguns dados sobre atendimentos por dengue na rede pública do país:

  • Goiás: 3.835 internações de janeiro a 4 de junho de 2024;
  • Mato Grosso: 1.991 hospitalizações este ano (enviados até dia 4 de junho);
  • Bahia: foram 9.958 hospitalizados em 2024 (enviados até dia 5 de junho);
  • Distrito Federal: 72.615 pacientes foram atendidos por dengue este ano (dados até 14 de junho).

Em um levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), de 3 a 13 de maio de 2024, 96% dos hospitais paulistas registraram aumento de internações de pacientes por dengue e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Segundo o informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o número de diagnósticos e mortes por dengue em 2024, com 82% dos casos registrados no mundo, sendo 6,3 milhões de casos prováveis e 3 milhões confirmados em laboratório.

Prevenção e combate à dengue 

Com uma vistoria de 10 minutos semanais em casa, os moradores podem acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, segundo o Ministério da Saúde. Confira alguns cuidados:

  • Colocar areia nos vasos de plantas;
  • Verificar garrafas, pneus, calhas, caixas d'água;
  • Checar o recipiente atrás da geladeira e climatizador;
  • Olhar plantas e pratos que acumulem água;
  • Amarrar bem sacos de lixo;
  • Limpar bem as calhas de casa.

Para mais informações sobre a dengue e formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.  
 

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13/10/2024 00:29h

Desde 2016, o Brasil não alcança essa meta e corre o risco de reintrodução da pólio no território nacional

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Desde 2016, o Brasil tem apresentado queda nas taxas de cobertura vacinal contra a poliomielite. Por isso, não tem alcançado a meta, estabelecida como ideal pela Organização Mundial da Saúde, de 95% de crianças imunizadas. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, a cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano no país ficou em 84,6%.

O infectologista Victor Bertollo, chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da Subsecretaria de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, explica como a taxa de cobertura vacinal é calculada para a imunização contra a pólio.

“A meta de vacinação é calculada com base em dados epidemiológicos, dados de transmissibilidade do vírus e dados relacionados também à imunidade conferida pelas vacinas. Ela é tão alta justamente porque, como é um vírus muito transmissível, nós acabamos precisando ter uma cobertura vacinal muito alta para atingir esse limiar, a partir do qual o vírus não tem mais a capacidade de se disseminar na população. Isso é baseado nos dados de transmissibilidade do vírus e nos dados de eficácia das vacinas.”

Apesar de o Brasil ter erradicado o poliovírus selvagem do território nacional desde 1989 — como resultado da intensificação da vacinação —, o vírus continua circulando em outros países. Por isso, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, alerta os profissionais de saúde, pais ou responsáveis sobre a importância de imunizar as crianças.

"A poliomielite é uma doença que, por muitas décadas, causou paralisia e morte em crianças. Só que essa doença não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico graças à vacinação e o Brasil, desde 1989, não registra nenhum caso. Embora tenhamos eliminado a doença, ela ainda existe no mundo e pode ser reintroduzida no nosso país. Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos menores de cinco anos para checar a caderneta e fazer a vacinação." 

Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser imunizadas contra a pólio de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação e na campanha anual. O esquema vacinal contra a poliomielite possui três doses injetáveis — aos 2, 4 e 6 meses de idade — e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, a gotinha. 

O Ministério da Saúde ressalta que a imunização é a principal forma de manter o país livre da poliomielite. Por isso, as doses estão disponíveis durante todo ano nos postos de vacinação. 

Vale lembrar que a vacina protege as crianças por toda a vida e é segura.

Procure uma unidade básica de saúde e cuide bem dos nossos futuros campeões. Vamos nos unir ao Movimento Nacional pela Vacinação.

Para mais informações, acesse: www.gov.br/vacinacao

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12/10/2024 04:02h

Apesar da tendência de interrupção do crescimento dos casos na região Centro-Sul, o InfoGripe mostra um aumento de doenças respiratórias associadas à Covid-19 entre os idosos no Acre, Pará e Pernambuco

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O último Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra uma tendência de interrupção do crescimento e até diminuição dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em estados da região Centro-Sul do país. Apenas Minas Gerais e Pernambuco ainda apresentam sinais de aumento. 

No entanto, o estudo revela um crescimento de SRAG entre os idosos em alguns estados das regiões Norte e Nordeste, como Acre, Pará e Pernambuco. Segundo a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, os dados laboratoriais ainda não permitem dizer qual é o vírus responsável por esse crescimento, mas é provável que esteja associado à Covid-19.

Mesmo diante do cenário de interrupção do crescimento dos casos, a pesquisadora da Fiocruz recomenda estar com a vacinação em dia.

“A gente reforça a importância da vacinação contra a Covid-19, especialmente para as pessoas dos grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidade. E eu gostaria de reforçar a importância da vacinação em crianças pequenas, já que esse é um dos grupos, junto com os idosos, que possuem uma das maiores incidências de internações pelo vírus. Então é muito importante que os pais levem seus filhos para se vacinar contra a Covid-19.”

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 30% dos casos positivos de SRAG estavam associados à Covid-19. Entre os óbitos, o índice foi de 63%.

Em relação ao rinovírus, que atinge principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, o Infogripe revela uma diminuição dos casos graves. O resultado é positivo em quase todos os estados do país, com exceção de Santa Catarina e Pernambuco, onde há aumento dos casos graves de SRAG por rinovírus.

Estados e capitais

Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo continuam mantendo os sinais de queda dos casos de SRAG por Covid-19, enquanto Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal têm interrupção do crescimento. 

Entre as capitais, dez apresentaram indícios de aumento dos casos de SRAG: Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Rio Branco (AC), Vitória (ES). 

Doenças respiratórias

A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 40, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 29 de setembro e 5 de outubro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes. 

Covid-19

O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.

Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.

“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.” 

Confira outros detalhes no link.

Dr. Ajuda: quando tomar polivitamínicos?

Covid-19: InfoGripe alerta para aumento dos casos graves entre crianças pequenas

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06/10/2024 21:42h

Neste episódio, a Nutróloga Dra. Paula Guidi (CRM: 136.053/ SP responde se as vitaminas melhoram a imunidade.

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Polivitamínicos são suplementos que complementam as necessidades de vitaminas e minerais não alcançadas pela alimentação.

As vitaminas são essenciais para diversas reações químicas no corpo, mas o consumo excessivo de polivitamínicos não traz benefícios comprovados e pode até ser prejudicial.

Muitas pessoas tomam esses suplementos sem orientação médica e nem mencionam isso em consultas de rotina. No entanto, há situações em que o uso de polivitamínicos é recomendado, como para grávidas, pessoas que passaram por cirurgia bariátrica, adotam dieta vegana ou têm doenças que dificultam a absorção de nutrientes. Na dúvida, é sempre importante consultar um médico antes de iniciar qualquer suplementação. Veja ao vídeo com a explicação do especialista:

 

Tenha acesso aos conteúdos do Doutor Ajuda. Acesse: www.portaldoutorajuda.com.br.
 

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06/10/2024 04:02h

Autoridades de saúde têm observado uma baixa cobertura vacinal contra o coronavírus em crianças de até 2 anos

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O mais recente Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chama atenção para o aumento dos casos graves de Covid-19 em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, principalmente entre crianças de até 2 anos. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, as autoridades de saúde têm observado uma baixa cobertura vacinal contra o coronavírus nessa faixa etária. 

“É muito importante que os pais levem seus filhos para se vacinarem contra Covid-19 nos postos de saúde. Além disso, a vacina também é recomendada para outros grupos, como idosos, pessoas com comorbidade, grávidas, puérperas e profissionais da saúde. Então é muito importante que todas as pessoas desses grupos estejam em dia com a vacinação contra Covid-19.”

Segundo o Infogripe, também houve um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os idosos em alguns estados do Nordeste, Norte e Sul do país, mas os dados laboratoriais ainda não permitem associar o vírus responsável por esse crescimento. Para a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, é provável que esse crescimento de SRAG entre os idosos também esteja associado à Covid-19.

“Levando em consideração o cenário epidemiológico do país e a faixa etária mais afetada, que são os idosos, muito provavelmente a Covid-19 tem sido responsável por esse aumento do número de casos nesses estados.”

Apesar do avanço da Covid-19 em alguns estados, outras localidades apresentaram sinais de interrupção do crescimento ou início de queda, como Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. 

Já em relação aos casos de SRAG associados ao rinovírus, que atingem principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, o Infogripe continua revelando queda em boa parte do país, com exceção de alguns estados do Nordeste e do Sul do país.

Estados e capitais

Na tendência de longo prazo, sete unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins.

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Recife (PE). 

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 14,2% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 6,2% à influenza B; 6,4% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 30,5% ao rinovírus, e 32,3% à Covid-19. Entre os óbitos, 20,4% estavam associados à influenza A, 4,8% à influenza B, 1,1% ao VSR, 5,6% ao rinovírus e 63,3% à Covid-19.

Doenças respiratórias

A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 39, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 22 e 28 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.
“Geralment,e ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes. 

Covid-19

O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.

Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.

“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e, apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.” 

Confira outros detalhes no link.

Risco global: bactéria multirresistente é encontrada em paciente brasileira

Doença de Crohn: entenda condição do jornalista Evaristo Costa

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04/10/2024 04:04h

Pesquisa mostra que bactéria Klebsiella pneumoniae é encontrada em ambiente hospitalar e não existe antibióticos capazes de eliminá-la

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Uma bactéria altamente resistente — que não responde a nenhum antibiótico — e com capacidade de se disseminar facilmente pelo mundo. A descoberta de uma cepa da bactéria Klebsiella pneumoniae é o resultado de uma pesquisa feita pelo professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) Nilton Lincopan e apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A nova cepa foi encontrada em uma mulher de 86 anos com infecção urinária num hospital da região Nordeste, em 2022. A paciente morreu 24 horas depois de dar entrada na unidade de saúde. 

O genoma da bactéria foi sequenciado por um grupo de pesquisadores, que o comparou com um banco de dados de 408 outras sequências parecidas. O resultado, segundo o grupo, é alarmante e há risco de que a bactéria se espalhe pelo mundo.

O coordenador da pesquisa explica os riscos.

“Com relação ao perigo que essa bactéria oferece, poderia ter um ponto de vista biológico e outro clínico. Biologicamente o problema seria disseminar rapidamente podendo ser endêmica em alguns hospitais. Agora clinicamente falando, o problema poderia ser a produção de infecções em pacientes com patologias infecciosas com redução do quadro imunológico ou como consequência de algum procedimento invasivo como por exemplo, a ventilação mecânica.”

Bactéria circula em hospitais

O médico infectologista Marcelo Daher conta que essa bactéria é uma grande preocupação dentro dos hospitais e que ela já circula, inclusive, entre pacientes que não estiveram internados. 

“Representa um problema sério para o meio científico pela alta resistência que ela apresenta aos antibióticos, então nós temos pouca opção de tratamento. Ela representa um grave problema para os pacientes mais graves e internados. Já para os pacientes hígidos, ou sem nenhum problema de saúde, ela raramente apresenta um problema sério, já que não tem capacidade de causar uma doença mais séria nessas pessoas.” 

Cuidado com antibióticos

Os pesquisadores envolvidos no trabalho chamam atenção para a importância do monitoramento permanente das cepas bacterianas encontradas nos hospitais. Outro alerta é com relação à prescrição de antibióticos, que deve ser feita de forma consciente. 

Para os pacientes, a mensagem é que, quando tiverem antibióticos prescritos para si, façam o tratamento até o fim, mesmo que se sintam bem após dois ou três dias. A prática também evita o surgimento de cepas resistentes.

De forma científica, o infectologista Marcelo Daher explica que a Klebsiella “ensina” as outras bactérias a “fugir” dos antibióticos e garantir resistência aos medicamentos.

O advento dessas bactérias multirresistentes vem pelo uso indiscriminado e até mesmo desnecessário dos antibióticos.

“A racionalização, o uso correto dos antibióticos, vai ajudar a diminuir o risco ou a chance dessas bactérias aumentarem e continuarem a ser um problema nos ambientes hospitalares.” 

Uma pesquisa divulgada pela revista científica The Lancet, no mês passado, mostra que mais de 39 milhões de pessoas no mundo podem morrer em decorrência de infecções causadas por bactérias resistentes aos antibióticos nos próximos 25 anos.

Segundo o levantamento, entre 1990 a 2021, a resistência aos antibióticos foi responsável pela morte de mais de um milhão de pessoas em todo o mundo — a maior parte dessas mortes foi causada pelo Staphylococcus aureus.

Notificação

O médico e pesquisador explica que toda vez que esses microrganismos multirresistentes são encontrados, a primeira providência é notificar a vigilância epidemiológica local. Além disso, é fundamental isolar o paciente e aumentar os cuidados com a equipe para evitar a contaminação de outros pacientes.
 

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03/10/2024 04:04h

Síndrome inflamatória do trato intestinal é provocada pela desregulação do sistema imunológico

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Nesta terça-feira (1), o jornalista Evaristo Costa contou em entrevista que foi diagnosticado com a Doença de Crohn, uma síndrome inflamatória do trato intestinal provocada pela desregulação do sistema imunológico. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a doença autoimune acomete principalmente a parte inferior do intestino delgado e do intestino grosso, mas também pode afetar outras partes do sistema gastrointestinal como boca, esôfago, estômago e ânus.

O principal sintoma da patologia, que fez Evaristo perder mais de 20 quilos em três semanas, é a diarreia intensa com sangue. Mas outros sintomas incluem:

  • cólica abdominal;
  • febre;
  • lesões da região anal;
  • sangramento retal;
  • falta de apetite;
  • perda de peso;
  • dores nas juntas.

Em vídeo do canal Dr. Ajuda no Youtube, o médico Arceu Scanavini, cirurgião do aparelho digestivo, detalha os sintomas.

“A pessoa passa a ir várias vezes ao banheiro, durante o dia e às vezes à noite também. Nos casos mais graves, podem ir mais de 20 vezes ao dia no banheiro. Segundo, a presença de sangue nas fezes. O terceiro sintoma é a presença de muco, que é como se fosse um catarro de nariz, só que misturado nas fezes. Outro sintoma é a febre. A temperatura acima de 38 graus pode estar relacionada a essa inflamação no intestino. O emagrecimento faz com que a pessoa perca peso, mesmo sem fazer dieta, em função da atividade da doença.”

Uma característica importante é que, por ser uma doença crônica, os sintomas podem ser intermitentes, ou seja, podem aparecer e desaparecer. Em média, eles podem persistir por mais de três meses, podendo melhorar e depois voltar novamente. Nos casos gravíssimos, a Doença de Crohn pode causar perfuração do intestino, que leva a quadros de dor muito intensa no abdômen e, às vezes, de maneira súbita. 

O doutor Arceu Scanavini afirma que os casos da doença vêm aumentando cada vez mais na população.

“Pode iniciar em qualquer idade, a partir dos 4, 5 anos, mas normalmente se inicia por volta dos 14, 18 anos. Recentemente, estamos observando um aumento da incidência em crianças, o que até então era muito raro.”

Causas da doença

Segundo o doutor Arceu Scanavini, a medicina ainda não pôde identificar as causas da doença de Crohn.

“Alguns dados sugerem que morar em cidades poluídas — em comparação com cidades no campo ou na praia —, o estresse, o uso indiscriminado de antibióticos na infância, pouco tempo de amamentação, tabagismo, todos esses fatores podem estar associados com a Doença de Crohn.”

De acordo com Biblioteca Virtual em Saúde, apesar de a alimentação não ser a causa dessa doença, alimentos pouco condimentados e suaves agridem menos o trato gastrointestinal quando a patologia está na fase ativa.

O diagnóstico é feito por exames de imagem e de sangue, como explica o doutor Arceu Scanavini.

“O diagnóstico normalmente é feito por meio de biópsias, realizadas por colonoscopia, que avalia o reto e o intestino grosso, ou por meio de endoscopia, que avalia o esôfago, o estômago, a região da boca. Outros exames podem ser necessários, tais como cápsula endoscópica, enteroscopia, tomografia, ressonância magnética. Na presença dos sintomas, você deve procurar um médico para o correto entendimento do problema.”

Tratamento

A Doença de Crohn não tem cura, mas tem tratamento, de acordo com o estágio da doença. Segundo o Ministério da Saúde, existe um sistema que mede o avanço da patologia com base no número de evacuações, dor abdominal, indisposição geral e ocorrência de fístulas, o que permite classificar a enfermidade em leve, moderada ou grave. 

Segundo o doutor Arceu Scanavini, como a Doença de Crohn é uma doença autoimune — ou seja, o sistema imunológico está atacando o próprio corpo —, é necessário o uso de medicamentos, como corticoides e outros imunossupressores, para diminuir a imunidade do organismo de forma controlada.

O médico cirurgião explica que o foco do tratamento é aumentar o período sem sintomas e tratar as complicações quando elas acontecerem.

“Em geral, essas complicações necessitam de tratamento cirúrgico. Uma vez que o paciente precise ser submetido a uma operação, muita cautela deve ser adotada para se tentar evitar ao máximo a chance da doença retornar depois que é feita essa cirurgia. Com o passar dos anos, podem ser necessários outros procedimentos cirúrgicos e provavelmente o paciente vai precisar usar medicamentos para evitar que isso aconteça.”

O doutor Arceu Scanavini reforça que, apesar de a Doença de Crohn ter forte impacto na qualidade de vida do paciente, ela tem tratamento com boas taxas de sucesso, principalmente se for tratada por uma equipe multidisciplinar especializada.

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02/10/2024 04:00h

São Paulo (SP) lidera o ranking de maior valor, com um total acima de R$ 15 milhões destinado à cidade

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Os valores complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de setembro já estão disponíveis para consulta. Entre as capitais, São Paulo (SP) lidera o ranking de maior valor, com um total de R$ 15.796.578,05 destinado à cidade. Em segundo lugar está Belo Horizonte (MG), que conta com R$ 9.530.565,91. Já Fortaleza (CE) aparece em terceiro, com R$ 7.620.487,91. 

A lista completa foi divulgada pelo Ministério da Saúde e consta na Portaria 5.424, de 24 de setembro de 2024. O documento traz os valores referentes à parcela de agosto do repasse da Assistência Financeira Complementar (AFC) da União feita aos estados e municípios. 

Confira a lista completa das capitais 

  • São Paulo (SP) – R$ 15.796.578,05
  • Belo Horizonte (MG) – R$ 9.530.565,91
  • Fortaleza (CE) – R$ 7.620.487,91
  • João Pessoa (PB) – R$ 5.123.929,86
  • Rio de Janeiro (RJ) – R$ 5.110.527,21
  • São Luís (MA) – R$ 4.874.953,14
  • Campo Grande (MS) – R$ 4.683.842,25
  • Salvador (BA) – R$ 4.263.092,19
  • Belém (PA) – R$ 3.872.881,44
  • Natal (RN) – R$ 3.808.530,02
  • Maceió (AL) – R$ 3.638.105,53
  • Goiânia (GO) – R$ 3.137.248,52
  • Teresina (PI) – R$ 2.824.498,70
  • Cuiabá (MT) - R$ 2.669.181,52
  • Macapá (AP) – R$ 2.501.045,28
  • Recife (PE) – R$ 2.427.761,66
  • Curitiba (PR) – R$ 1.637.976,95
  • Porto Alegre (RS) – R$ 1.432.029,32
  • Porto Velho (RO) – R$ 1.297.629,25
  • Aracaju (SE) – R$ 1.386.124,55
  • Rio Branco (AC) – R$ 201.004,92
  • Palmas (TO) – R$ 135.174,81
  • Vitória (ES) – R$ 94.149,89
  • Boa Vista (RR) – R$ 90.605,47
  • Florianópolis (SC) - R$ 41.312,72

Por outro lado, entre as capitais que receberam os menores valores aparecem, Florianópolis (SC), com R$ 41.312,72; e Boa Vista (RR), com R$ 90.605,47. Vale destacar que Manaus (AM) não consta na Portaria divulgada pelo Ministério da Saúde. Ao todo, entre estados e municípios, o valor a ser transferido chega a R$ 825.371.101,92. 

Piso da enfermagem: repasses de setembro; confira ranking de estados

Na avaliação do vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Daniel Menezes, todo valor repassado está garantido e deve ser aplicado.

“Esses repasses representam nada mais do que um direito que é garantido pela emenda consensual através da criação da lei do piso e que não foi pago em período anterior por conta de divergências no cadastro entre as instituições e entes federados que são beneficiados. Então é uma correção de uma injustiça em relação ao não repasse para os profissionais que têm direito”, considera. 

Todos os meses, o Ministério da Saúde edita portaria para atualizar os valores, corrigir informações e identificar a forma pela qual os repasses devem ser feitos para os municípios.
 

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01/10/2024 14:00h

Minas Gerais se destaca como a unidade da federação que conta com a maior parcela

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Estados e municípios brasileiros já podem consultar os valores complementares para o pagamento do piso da enfermagem, referente ao mês de setembro. As quantias que cada ente vai receber estão descritas na Portaria 5.424, de 24 de setembro de 2024, divulgada pelo Ministério da Saúde. 

Minas Gerais se destaca como a unidade da federação que conta com a maior parcela, com o recebimento de R$ 112.294.181,16 para gestão municipal. Desta vez, a unidade da federação não contou com valores destinados à gestão estadual, apenas municipal. 

PISO DA ENFERMAGEM: valores de setembro já podem ser consultados

Na sequência, a unidade da federação com o maior valor é Bahia, que conta com R$ 28.890.830,30 para gestão estadual e R$ 59.653.092,41 para gestão municipal, com um total de R$ 88.543.922,71. O terceiro estado do ranking é Pernambuco, com uma quantia total de R$ 66.647.953,22, entre valores de gestão estadual e municipal.  

Situação de Minas Gerais

De acordo com o Ministério da Saúde, o estado de Minas não foi contemplado com valores do piso da enfermagem, em setembro, destinados à gestão da unidade da federação. Isso se deu porque o estado enviou um pedido para um “acerto de contas” a partir de setembro de 2024, devido a valores recebidos que eram destinados ao Fundo Municipal, não ao Fundo Estadual. 

Em nota, o ministério explicou que “isso ocorreu pela mudança na gestão de alguns hospitais, gerando um superávit. Assim, o valor que deveria ir ao estado foi repassado aos municípios, conforme acordo da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).”

Menores valores

Na outra ponta, entre os estados que contam com os menores valores estão Roraima e Acre, com R$ 1.054.687,37 e R$ 3.484.750,74, respectivamente. Amapá, por sua vez, conta com R$ 571.733,82 para gestão estadual e R$ 4.270.390,34 para gestão municipal. 

Ranking estadual de repasses do Piso da Enfermagem

Ranking Estado Valores Gestão Estadual Valores Gestão Municipal Total
1 MG R$ - R$ 112.294.181,16 R$ 112.294.181,16
2 BA R$ 28.890.830,30 R$ 59.653.092,41 R$ 88.543.922,71
3 PE R$ 35.143.666,01 R$ 31.504.287,21 R$ 66.647.953,22
4 MA R$ 15.673.047,16 R$ 42.728.720,89 R$ 58.401.768,05
5 SP R$ 15.796.578,05 R$ 38.088.306,50 R$ 53.884.884,55
6 RJ R$ 5.110.527,21 R$ 46.925.741,46 R$ 52.036.268,67
7 CE R$ 5.434.954,87 R$ 43.622.567,99 R$ 49.057.522,86
8 GO R$ 5.179.803,59 R$ 42.728.720,89 R$ 47.908.524,48
9 PA R$ 11.112.767,42 R$ 35.442.318,06 R$ 46.555.085,48
10 PB R$ 6.883.504,93 R$ 27.730.376,87 R$ 34.613.881,80
11 PR R$ 16.360.656,70 R$ 16.395.889,66 R$ 32.756.546,36
12 RS R$ 11.763.274,74 R$ 17.988.117,54 R$ 29.751.392,28
13 ES R$ 9.067.556,12 R$ 16.300.969,72 R$ 25.368.525,84
14 RN R$ 5.241.420,36 R$ 18.480.930,62 R$ 23.722.350,98
15 AM R$ 8.440.954,15 R$ 11.701.017,49 R$ 20.141.971,64
16 PI R$ 3.506.666,15 R$ 16.344.936,41 R$ 19.851.602,56
17 AL R$ 2.014.584,68 R$ 16.135.385,92 R$ 18.149.970,60
18 SC R$ 7.787.193,93 R$ 7.371.813,92 R$ 15.159.007,85
19 MT R$ 2.379.666,84 R$ 10.080.558,88 R$ 12.460.225,72
20 MS R$ 1.498.498,65 R$ 10.600.544,34 R$ 12.099.042,99
21 TO R$ 4.739.839,33 R$ 6.776.635,16 R$ 11.516.474,49
22 SE R$ 4.788.723,70 R$ 6.023.398,54 R$ 10.812.122,24
23 DF R$ 431.753,14 R$ 8.823.419,28 R$ 9.255.172,42
24 RO R$ 1.557.778,82 R$ 6.172.082,77 R$ 7.729.861,59
25 AP R$ 571.733,82 R$ 4.270.390,34 R$ 4.842.124,16
26 AC R$ 1.955.150,88 R$ 1.529.599,86 R$ 3.484.750,74
27 RR R$ 6.790,28 R$ 1.047.897,09 R$ 1.054.687,37
    R$ 211.337.921,83 R$ 614.033.180,09 R$ 825.371.101,92

O especialista em orçamento público Cesar Lima explica que os valores destinados a estados e municípios são diferentes porque a transferência é feita diretamente para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde e não para as contas desses entes.

“Geralmente, os estados têm mais contratos de gestão com entidades beneficentes que os municípios. Então, dá essa diferença dos valores que são repassados. A utilização é uma só. A finalidade é complementar salários para que estados e municípios possam conseguir pagar o piso da enfermagem para seus trabalhadores”, pontua.  

A Portaria do Ministério da Saúde traz os valores referentes à parcela de agosto do repasse da Assistência Financeira Complementar (AFC) da União feita aos estados e municípios. Todos os meses a Pasta edita portaria para atualizar os valores, corrigir informações e identificar a forma pela qual os repasses devem ser feitos para os municípios. 
 

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30/09/2024 04:02h

Municípios têm 30 dias para assinarem Termo de Repactuação para Retomada de Obras ou Serviços de Engenharia

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O Ministério da Saúde comunicou, por meio da Portaria GM/MS nº 5.426/2024, a aprovação de mil obras para serem repactuadas e reativadas. De acordo com a determinação, 487 municípios foram contemplados para repactuar 797 obras e 123 municípios poderão reativar 203 obras. 

A portaria também estabelece um prazo de 30 dias para que os municípios assinem o Termo de Repactuação para Retomada de Obras ou Serviços de Engenharia (TRR). Caso percam o prazo, poderão ser aplicadas medidas cabíveis de acordo com a Portaria GM/MS nº 3.084/2024.

Os recursos financeiros destinados a essas obras serão alocados ao Bloco de Estruturação da Rede de Serviços Públicos de Saúde. A transferência aos entes será formalizada após assinatura do Termo de Repactuação e comunicada em portaria específica.

Os municípios que enviaram a documentação e manifestaram interesse de reativar ou repactuar obras da saúde, mas não foram contemplados, podem entrar com recurso por meio do InvestSUS, no prazo de dez dias, a partir da publicação da portaria — que também traz as recomendações para este processo.

O Ministério da Saúde também publicou a Portaria GM/MS Nº 5.425/2024, que dá um prazo de 60 dias para os municípios, que não conseguiram cumprir todas as diligências para a reativação ou repactuação de suas propostas, para que possam complementar a documentação e sanar as pendências.

A lista completa dos municípios contemplados pode ser acessada no link.

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Brasil em atenção contra Mpox: 2024 já supera 2023 no número de casos

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29/09/2024 14:10h

Já os casos de SRAG associados ao rinovírus desaceleram em grande parte do Centro-Sul e Nordeste

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O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 continuam em expansão em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná e São Paulo. 

Nesta semana, a reportagem do Brasil 61 fez uma apuração da situação epidemiológica nos estados apontados pela Fiocruz com maior expansão dos casos de SRAG associados à Covid-19. Em Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal, há uma tendência de queda do número de casos confirmados de infecção pelo coronavírus. No entanto, isso não significa que as notificações por síndrome respiratória não estejam aumentando, já que muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas.

Segundo o InfoGripe, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul já é possível verificar uma desaceleração dos casos graves de síndrome respiratória por Covid-19. Mas, apesar disso, a doença é ainda apontada como a principal causa de morte por SRAG entre idosos. Por isso, a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella reforça a importância da vacinação para os grupos de risco.

“É muito importante que todos os idosos e pessoas dos grupos de risco, que ainda não tomaram vacina contra o vírus, busquem um posto de saúde e se vacinem contra a Covid-19.”

Já os casos de SRAG associados ao rinovírus, que atingem principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, desaceleraram ou tiveram queda em grande parte dos estados da região Centro-Sul e Nordeste, com exceção do Ceará e Pernambuco, onde ainda apresentam aumento.

Estados e capitais

Na tendência de longo prazo, dez unidades federativas apresentam indícios de crescimento da síndrome respiratória: Acre, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.

Entre as capitais, os indícios de aumento dos casos foram observados em Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte(MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, 13% dos casos positivos de SRAG estavam associados à influenza A; 5% à influenza B; 7% ao vírus sincicial respiratório (VSR), 31,7% ao rinovírus, e 34,6% à Covid-19. Entre os óbitos, 18,1% estavam associados à influenza A, 4,4% à influenza B, 0,8% ao VSR, 7,2% ao rinovírus e 61,9% à Covid-19.

A pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella mantém as recomendações para se proteger dos vírus associados à SRAG.

“A gente mantém a recomendação de sempre, de uso de máscaras em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde, para as pessoas que moram nesses estados, com aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Também é importante lembrar que na Região Norte já começou a campanha de vacinação contra a influenza. Então é importante que todas as pessoas elegíveis a tomar essa vacina busquem se vacinar contra o vírus.”

Doenças respiratórias

A análise do Boletim InfoGripe, referente à Semana Epidemiológica 38, tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, entre 15 e 21 de setembro, e apresenta informações sobre os vírus respiratórios, como VSR, rinovírus, influenza e Covid-19. 

VSR: Vírus Sincicial Respiratório

Este vírus atinge, principalmente, crianças pequenas — de até dois anos — ou idosos acima de 65 anos. Geralmente é o responsável pelos casos de bronquiolite em crianças pequenas. 

Segundo a pesquisadora da Fiocruz Tatiana Portella, “os sintomas são parecidos com os da gripe: dor de garganta, calafrios, coriza, tosse. Mas é preciso prestar atenção nos sintomas das crianças pequenas. Verificar se elas estão com dificuldade de respirar, com os lábios arroxeados — isso pode ser um indicativo que ela está evoluindo para uma forma mais grave da doença. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico rápido”.

Influenza A ou H1N1

Trata-se do vírus da gripe. Com alta circulação pelo país, sobretudo este ano, a Influenza A também é conhecida como H1N1 — anteriormente chamada de gripe suína.

“Geralmente ele pode dar uma febre mais repentina, mas tem os sintomas muito parecidos com outros vírus respiratórios, como tosse coriza, calafrios. Ele atinge todas as faixas etárias, mas assim como os outros vírus, evolui de forma mais grave nos idosos, crianças pequenas e pessoas com comorbidades”, explica Portella.

Rinovírus 

Assim como o VSR, atinge crianças pequenas e pode evoluir para casos de bronquite. Mas é uma doença autolimitada “que vai se curar sozinha entre 7 e 14 dias”, explica a pesquisadora. 

“Mas ele pode evoluir para as formas mais graves em crianças pequenas que tenham histórico de asma, doença crônica no pulmão, imunossuprimidos.” Tatiana ainda explica que o rinovírus pode ter uma comportamento sazonal — como Influenza e VSR — e neste momento a Fiocruz observa uma incidência alta desse vírus em crianças pequenas e adolescentes. 

Covid-19

O velho conhecido — responsável pela pandemia entre 2020 e 2021 — ainda causa muitos casos de SRAGs. Isso porque ao longo do tempo ele vem sofrendo mutações e evoluiu rapidamente. As novas variantes mostram que ainda trata-se do vírus da covid, mas com um poder de infecção maior.

Por isso a vacinação anual é importante para prevenir os casos mais graves da doença, alerta Tatiana Portella.

“A vacina da covid-19 é atualizada para as novas variantes e apesar de termos esse vírus circulando há alguns anos, é importante que as pessoas atualizem a vacina. Porque a vacina que as pessoas tomaram no ano passado não confere a mesma proteção do que a vacina que está disponível este ano.” 

Confira outros detalhes no link.

COVID-19: secretarias estaduais de saúde registraram tendência de queda de casos no DF, GO e RJ

Covid-19 é responsável por metade das mortes por doenças respiratórias

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