Covid-19

Saúde
30/05/2023 20:00h

Tosse, espirros e outros sintomas da gripe são comuns aos sintomas da covid-19. Entenda como diferenciar e prevenir essas doenças

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Com a aproximação da estação mais fria do ano, o Inverno, os brasileiros começam a se preocupar em evitar as doenças respiratórias. Além das gripes e resfriados, a população também evita a covid-19, que chegou no Brasil há três anos. No dia 20 de maio, o país registrou cerca de 25 mil casos, enquanto no dia primeiro do mesmo mês, foram registrados em torno de 157 mil. Para que os números continuem caindo, é importante entender as diferenças entre as doenças e como preveni-las.

Gripe, resfriado ou covid-19?

A infectologista Ana Helena Gemoglio explica que a gripe, o resfriado e a covid-19 são causadas por vírus e transmitidas da mesma forma, por gotículas, por secreção respiratória de uma pessoa infectada para outra. Entretanto, os agentes causadores das doenças são diferentes.

“A gripe é provocada pelo vírus da influenza, o resfriado é provocado por outros rinovírus, adenovírus, para influenza e outros vírus respiratórios. E a covid-19 é transmitida pelo SARS-CoV-2”, informa a médica. Os sintomas, porém, são bem semelhantes.

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A infectologista Maria Daniela Bergamasco alerta que sintomas como tosse, dor de garganta, dor de cabeça, nariz entupido e coriza “são sintomas de gripe, mas que também podem aparecer no resfriado, na covid-19 e nas outras viroses respiratórias.”

De acordo com as especialistas, qualquer pessoa com esses sintomas deve passar por avaliação médica e fazer uma testagem para a covid-19, mesmo quem já foi vacinado ou quem já contraiu a doença anteriormente.

Nestes casos, o teste de detecção da covid-19 é importante para prevenir a disseminação do vírus, já que pessoas assintomáticas também podem transmitir a doença.

Para evitar o agravamento da doença, é necessário estar atento aos sintomas de alerta. “A persistência da febre por mais de três dias ou retorno da febre depois de dois dias de ter ficado afebril, a alteração do nível de consciência, com sonolência, uma fraqueza importante ou desmaios. Falta de ar, com sensação de dificuldade para respirar, qualquer desconforto respiratório ou aparecimento de cianose, que é quando a boca ou as extremidades das mãos, por exemplo, ficam mais arroxeados, isso é um sinal de falta de oxigênio”, detalha a médica. Quem apresentar esses sinais deve ir até um pronto socorro.

Prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra doenças respiratórias. “A vacina é segura e é considerada uma das medidas mais eficazes para evitar casos graves e óbitos por gripe”, informa.

Covid-19: mais de 19 milhões de doses da vacina bivalente já foram aplicadas

Além da vacinação, outras medidas são adotadas para evitar essas doenças. São elas:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento;
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;

Tipos de casos

O ministério ainda classifica a infecção pelo SARS-CoV-2 em cinco tipos principais:

  • Caso assintomático: caracterizado por teste laboratorial positivo para covid-19 e ausência de sintomas;
  • Caso leve: caracterizado a partir da presença de sintomas não específicos, como tosse, dor de garganta ou coriza, seguido ou não de anosmia, ageusia, diarreia, dor abdominal, febre, calafrios, mialgia, fadiga e/ou cefaleia;
  • Caso moderado: os sintomas mais frequentes podem incluir desde sinais leves da doença, como tosse persistente e febre persistente diária, até sinais de piora progressiva de outro sintoma relacionado à covid-19 (adinamia, prostração, hiporexia, diarreia), além da presença de pneumonia sem sinais ou sintomas de gravidade;
  • Caso grave: considera-se a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Síndrome Gripal que apresente dispneia/desconforto respiratório ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada de lábios ou rosto);
  • Caso crítico: os principais sintomas são sepse, síndrome do desconforto respiratório agudo, síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos, pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia intensiva.
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26/05/2023 18:45h

Pode se vacinar com o imunizante bivalente quem já concluiu o primeiro ciclo de vacinação. País ainda apresenta casos da doença

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Ao todo 19.361.935 doses da vacina bivalente contra Covid-19 foram aplicadas no Brasil até o momento, conforme informa o vacinômetro do Ministério da Saúde. Em valores absolutos, São Paulo é o estado com o maior número de doses aplicadas, com mais de 6 milhões, enquanto Roraima apresenta a menor quantidade, com 15.970.

A campanha de imunização com a vacina bivalente teve início em fevereiro para os grupos prioritários, como idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Em abril, o governo federal ampliou a dose de reforço bivalente para todo público com mais de 18 anos.

Podem se vacinar com a dose bivalente todos aqueles que já completaram o esquema primário contra o vírus, ou  quem recebeu duas doses de reforço ou dose única. O intervalo entre a dose mais recente deve ser de quatro meses. O Ministério da Saúde reforça que, tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes, têm segurança comprovada.

O infectologista Julival Ribeiro explica a diferença entre os dois imunizantes. “A diferença é que a vacina anteriormente só tinha o coronavírus original, e com a cepa bivalente, que é a chamada vacina bivalente, nós temos a chamada cepa original bem como a cepa que estão circulando, da Ômicron, por isso que é chamada bivalente”, ponderou.

Desde o início da pandemia, o Brasil registrou mais de 37 milhões de casos confirmados de Covid-19. Desse total, 25 mil foram registrados nos sistemas do Ministério da Saúde durante a semana epidemiológica de 20 2023. Em relação às mortes, o número total ultrapassa 702 mil, com 243 casos registrados na semana epidemiológica 20.

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23/05/2023 17:15h

População tem sofrido com surto de doenças provocadas pelos vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenzas A e B e covid-19

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência nos 16 municípios do estado do Amapá devido a um surto de doenças respiratórias provocadas pelos vírus sincicial respiratório (VSR), além das influenzas A e B e o covid-19.

Estão na lista as cidades de Amapá, Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, Laranjal do Jari, Macapá, Mazagão, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Pracuuba, Santana, Serra do Navio, Tartarugalzinho e Vitória do Jari.

A portaria que oficializa a medida foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (23)

“No sábado, o governador do Amapá, Clécio Luís, fez a demanda à Defesa Civil Nacional e já na segunda-feira assinamos o decreto de reconhecimento da situação de emergência para que o MIDR, o Ministério da Saúde e outros órgãos federais possam atuar na resolução do problema”, destacou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Em reunião nessa segunda-feira com o ministro Waldez Góes, o vice-governador do Amapá, Antônio Teles Júnior, agradeceu o pronto apoio do Governo Federal. “Muito obrigado aos representantes do Governo Federal que estão no Amapá auxiliando o governo do estado e a sensibilidade do presidente Lula e do governo em atuar, de forma coordenada, com os estados brasileiros. É fundamental que possamos ter esse apoio para o enfrentamento a essa situação”, afirmou.

No momento, 1.493 cidades em todo o País estão em situação de emergência devido a desastres e podem solicitar recursos federais para ações de defesa civil.

Como solicitar recursos federais para ações de defesa civil

Cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.

As ações envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada. A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a valor ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. 

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22/05/2023 19:10h

“A vacinação durante a gravidez permite à mulher transmitir anticorpos protetores aos bebês. Esses anticorpos podem ajudar a proteger os recém-nascidos nos seus primeiros meses de vida”, é o que afirma o infectologista Henrique Lacerda.

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Ao todo 18.399.092 doses da vacina bivalente contra a Covid-19 foram aplicadas em todo o Brasil. Até o momento São Paulo é o estado com o maior número de imunizantes aplicados, com um total de 5.820.473. Por outro lado, o Acre é onde há menos doses aplicadas, com apenas 24.616 aplicações.

Covid-19 e gestantes

De acordo com o artigo publicado na revista BMC Pregnancy and Childbirth, a chance de morte do feto foi  quatro vezes maior em gestações durante as quais as mulheres tiveram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Segundo a investigação, quanto maior a gravidade do quadro clínico, maior a chance de perda do bebê. 

Rita Carvalho Sauer, pesquisadora e servidora da Vigilância Epidemiológica no Núcleo Regional de Saúde Leste, da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, explicou por meio de nota que “o risco foi crescente de acordo com a gravidade do quadro clínico, por exemplo, se a gestante necessitou de internação em UTI, ou de respirar com ajuda de aparelhos, a chance de morte fetal foi de 8 até 21 vezes maior”.

Henrique Lacerda, infectologista, pontua que as gestantes têm o maior risco de desenvolver complicações graves quando infectadas por certas doenças e indica que mantenham a vacinação em dia.

“A vacinação pode reduzir significativamente o risco da paciente evoluir com formas graves. E isso ajuda a prevenir hospitalizações ou até complicações graves. como o aborto”, completa.

O infectologista explica que quando as mulheres são vacinadas durante a gravidez, podem transmitir anticorpos protetores aos bebês. “Esses anticorpos podem ajudar a proteger os recém-nascidos nos seus primeiros meses de vida, quando eles ainda não podem ser vacinados diretamente conforme o calendário de vacinação da criança”, expõe. 

A Fiocruz alerta para a necessidade de se priorizar as gestantes nas ações preventivas contra o Sars-CoV-2 e outros vírus respiratórios. Ações como evitar contato com pessoas doentes, estar com a vacinação atualizada e utilizar máscaras sempre que precisar estar em ambientes aglomerados são cuidados simples que podem prevenir grandes problemas para as gestantes e seus bebês.

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Mais de 513 milhões de vacinas já foram aplicadas contra cepas do Coronavírus

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19/05/2023 20:30h

As informações foram atualizadas por meio de dados enviados ao Ministério da Saúde pelas secretarias de Saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal

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O Brasil chegou à marca de 37.511.921 casos confirmados de Covid-19. Desses, 23.950 foram registrados nos sistemas nacionais durante a semana epidemiológica (SE) 18, é o que apontam dados mais recentes do Ministério da Saúde. 

Em relação às mortes, o país tem 702.116 mortes por coronavírus. Na SE 18, foram registrados 283 mortes nos sistemas oficiais.

De acordo com o Ministério da Saúde, quase 514 milhões de doses de vacinas já foram aplicadas, entre primeira e segunda dose, além de doses únicas. 

O infectologista Julival Ribeiro destaca que o reforço vacinal é muito importante para que o vírus em circulação perca a força. 

"É muito importante a população saber que o vírus ainda continua circulando e a coisa mais importante é quem não se vacinou ainda tomar o seu ciclo de vacina. E para aqueles que estão completamente vacinados, fazer a sua dose de reforço”, recomenda o infectologista.  

A  cineasta de Taguatinga Norte, no Distrito Federal, Luyla Vieira (26) conta que pretende tomar sua dose de reforço bivalente para se proteger ainda mais e proteger quem está ao seu redor. 

“Eu pretendo tomar a vacina bivalente para me proteger das novas cepas da Covid e porque é muito importante a gente manter o calendário de vacina atualizado. Tanto das vacinas de Covid com todas as doses, quanto de outras vacinas, porque quando a gente toma vacina a gente está protegendo a gente mesmo e quem está ao nosso redor”, diz a cineasta. 

São Paulo e Minas Gerais continuam liderando o ranking de estados com mais casos de confirmação do coronavírus. 

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15/05/2023 16:35h

Até o momento, foram registrados no Brasil 37.511.921 casos da doença

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A terceira semana de maio começa com 513.382.277 doses aplicadas da vacina  monovalente contra Covid-19 e 16.510.230 aplicações da vacina bivalente. Até o momento, no Brasil, foram registrados 37.511.921 casos da doença e 702.116 mortes foram confirmadas. 

O infectologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) André Bon explica que a vacina bivalente precisou ser criada após o surgimento de novas variantes de Covid-19, pois as vacinas iniciais  eram fabricadas com a cepa original do vírus e geravam maior proteção apenas para as variantes iniciais.

“Com o surgimento da variante ômicron, a gente pôde observar uma redução da capacidade de proteção dessas primeiras vacinas para as variantes Ômicron e suas subvariantes, de maneira que foi necessário desenvolver uma nova vacina com a variante ômicron”, explica.

O infectologista ressalta a importância de manter o cronograma vacinal em dia, “É super importante que as pessoas estejam em dia com a sua vacinação porque só a vacinação em dia para a sua faixa etária, para o seu tipo de comorbidade, garante a proteção da vacina”, orienta.

O programador Ítalo Leandro, de 23 anos,  tomou duas doses do imunizante contra Covid-19, mas agora que a bivalente está sendo aplicada em toda a população maior de 18 anos, ele conta que pretende tomá-la, mesmo temendo que a vacina possa não garantir a imunidade completa. “Pretendo tomar outras doses. Quanto mais doses tomarmos, acredito que o nosso corpo estará mais protegido”, afirma. 

Para se vacinar, é necessário apresentar um documento de identificação e, se possível, o cartão de vacinação com os registros das doses anteriores de vacina contra Covid-19. A vacina bivalente é aplicada apenas quatro meses após a dose de reforço ou a segunda dose. Quem ainda não tomou a primeira ou a segunda dose deverá iniciar o esquema de vacinação com a dose monovalente, que também está disponível nos postos de saúde da Secretaria de Saúde.

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11/05/2023 17:00h

“A cada dose de reforço que a gente toma, a nossa resposta imunológica é reavivada”, explica a infectologista Chris Gallafrio

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Até o momento, foram aplicadas no Brasil 15.375.897 doses da vacina bivalente contra covid-19. O imunizante, que antes era utilizado como reforço apenas em grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, está imunizando toda a população maior de 18 anos desde o final de abril.

A infectologista Chris Gallafrio orienta o público alvo da vacinação que mantenha o calendário vacinal completo e atualizado, pois quem tomou a vacina em 2021 e depois não tomou mais doses de reforço, o corpo não está mais tão preparado para combater o vírus.

“A cada dose de reforço que a gente toma, a nossa resposta imunológica é reavivada. É como se ela ficasse com uma maior prontidão para combater o vírus assim que a gente entra em contato com ele”, explica.

No Brasil, foram registrados ao todo 37.511.921 casos confirmados de Covid-19 e 702.116 óbitos. São Paulo é o estado que contém o maior número de casos da doença contabilizando um total de 6.592.025 e também é o estado que possui o maior número de vacinas aplicadas, ao todo foram 4.852.960 doses. O estado com o menor número de casos confirmados de Covid-19 é o Acre, com 163.100 infectados. O número de doses aplicadas nesse estado foi de 18.239. 

O aposentado Valmir tem 64 anos. É morador do Guará (DF) e  conta que tomou cinco doses da vacina. E caso seja necessário, diz que pretende tomar mais doses. “Para mim, os benefícios são muito importantes porque previne contra a doença e após a vacina os sintomas são bem seguros”, 

Para se vacinar, é preciso levar um documento de identificação e, caso possível, o cartão de vacina contendo as doses das vacinas anteriores contra covid-19. A vacina bivalente será aplicada após quatro meses da última dose de reforço ou da segunda dose. Aqueles que não receberam a primeira ou a segunda dose precisarão começar o esquema vacinal com a dose monovalente, que também está disponível nas unidades da Secretaria de Saúde.

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08/05/2023 21:00h

Nas últimas semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças

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A Fiocruz emitiu um alerta para o aumento dos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados do país. Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram os que mais tiveram casos positivos de síndrome respiratória aguda em públicos de diferentes faixas etárias, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e em Sergipe, a predominância de SRAG avança entre a população infantil. Em outros estados do Brasil, o sinal da doença ainda é baixo. 

O pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes destaca a importância de pais e responsáveis ficarem atentos aos sinais de gripe que as crianças apresentam. 

“Então é extremamente importante que a gente mantenha um olhar atento, que os pais, os responsáveis, estejam bastante atentos aos sinais de problemas respiratórios na sua criança. Está ali com o peito chiando, está com a respiração um pouco deficitária, com dificuldade de respirar, está apresentando algum incômodo, leve ao pediatra, leva ao posto de saúde, faz o acompanhamento mais próximo para poder ter o melhor acompanhamento médico possível para evitar um eventual quadro mais grave”, ressalta. 

De acordo com dados mais recentes, nas últimas quatro semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo. Já  em relação ao vírus Sars-CoV-2 (Covid-19), houve uma redução expressiva na população adulta, sendo  29,5% de casos positivos registrados na Epidemiológica (SE) 16, período de 16 a 22 de abril.

Casos de SRAG no país: 

Entre as capitais brasileiras, 11 delas apresentaram crescimento de casos da doença: Aracaju, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal,  Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro,  Salvador e São Luís. 

Este ano, 49.983 casos de SRAG já foram notificados,  sendo 19.250 (38,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 22.804 (45,6%) negativos, e ao menos 4.926 (9,9%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos confirmados,  4,2% são influenza A; 4% influenza B; 37% VSR; e 44% Sars-CoV-2. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 9,1% para influenza A; 6,2% para influenza B; 48,6% para VSR; e 29,5% para Sars-CoV-2. 

Apenas durante duas semanas, o Brasil obteve a marca de mais de 10 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. Apesar de não existir uma vacina contra a VSR, as vacinas disponíveis contra a influenza e covid-19,já ajudam a reduzir outros problemas respiratórios e infecções graves. 

O infectologista Dalcy Albuquerque enfatiza a importância de manter o ciclo vacinal de qualquer doença, em especial da gripe atualizada. 

“Quanto mais pessoas imunizadas menos o vírus circula, porque na melhor das hipóteses, mesmo que a pessoa adoeça, a carga viral dela é menor. Portanto, a possibilidade dela infectar outra pessoa e essa outra pessoa infectar outra e criar uma cadeia de transmissão é bem menor. Então por isso que é importante que o maior número possível de pessoas sejam imunizadas”.


 

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08/05/2023 19:15h

Distrito Federal e São Paulo são as unidades da Federação com maior cobertura vacinal, com mais de 38% da população vacinada

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Mais de 14 milhões de pessoas em todo Brasil já se vacinaram com a dose bivalente da vacina contra a Covid-19. Destas doses, 9,6 milhões foram aplicadas na população idosa (com mais de 60 anos), grupo vulnerável com maior contingente no país.

Desde o início da vacinação com a dose bivalente, as mulheres foram as que mais se vacinaram com o reforço: mais de 8 milhões de doses. Entre os homens, pouco menos de 6 milhões de doses foram aplicadas até o momento, segundo dados da plataforma LocalizaSUS. 

Os estados com a maior cobertura vacinal são Distrito Federal e São Paulo, com mais de 38% da população tendo recebido a vacina bivalente. Roraima, com 8%, e Acre, com 6%, figuram entre os estados que menos aplicaram o imunizante bivalente, sendo os únicos estados com menos de 10% da população vacinada.

Fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional

Na última sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde declarou o fim da Emergência  de  Saúde Pública de Importância Internacional referente à Covid-19. Isso não significa que a doença tenha deixado de ser uma ameaça à saúde, e sim que seu manejo deve ser diferente, numa transição do modo de emergência para um tratamento continuado como parte da prevenção e controle de doenças infecciosas.

No domingo (7), a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou em pronunciamento que os casos continuam acontecendo apesar dos progressos. Ela destacou a importância da  vacinação para manter este avanço. “Ainda vamos conviver com a COVID-19, que continua evoluindo e sofrendo mutações, mas temos a mais de um ano a predominância em todo o mundo da variante ômicron e suas sub linhagens, sem o agravamento do quadro sanitário. Temos uma redução progressiva do número de hospitalizações e óbitos, resultados da proteção da população pelas vacinas”,  explicou.

Podem se vacinar com a dose bivalente todos aqueles que já completaram o esquema primário contra o vírus, ou para quem recebeu duas doses de reforço ou dose única. O intervalo entre a dose mais recente deve ser de quatro meses. O Ministério da Saúde reforça que, tanto as vacinas monovalentes quanto as bivalentes, têm segurança comprovada e são igualmente eficazes na proteção contra o coronavírus.

O infectologista Julival Ribeiro destaca que o número de internações e mortes diminuíram graças à vacinação, e que a população deve continuar se imunizando. “As pessoas precisam ser vacinadas, as que não tiveram nenhum ciclo de vacina devem fazer, e aquelas que já tomaram seu ciclo de vacina correto devem usar agora a vacina que está disponível, que é a bivalente, que aumenta muito a resposta imune, porque além de ter a cepa do coronavirus original tem a cepa da variante ômicron que está circulando no mundo”, explicou.

 Casos graves  e mortes têm ocorrido principalmente entre quem não se vacinou ou não completou o ciclo vacinal. O Brasil registra 37.449.418 casos confirmados de Covid-19, de acordo com dados mais recentes. Desses, 42.186 foram registrados nos sistemas nacionais durante a semana epidemiológica (SE) 16. 

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05/05/2023 21:00h

São Paulo lidera o ranking na lista de estados com maior número de casos confirmados

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O Brasil registrou a marca de 37.487.971 casos confirmados de Covid-19 até o momento. Desse total, 38.553 casos foram registrados nos sistemas nacionais durante a semana epidemiológica (SE) 17. Além disso, o país tem 701.833 mortes por coronavírus, 339 deles registrados nos sistemas oficiais.

De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, São Paulo e Minas Gerais são os estados com maior número de casos da doença, o Acre ocupa a última posição no ranking.

O infectologista Julival Ribeiro explica que apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado o fim da emergência sanitária, manter o ciclo vacinal atualizado é extremamente importante. 

“Mesmo a OMS tendo declarado fim da emergência sanitária no mundo inteiro em relação a COVID-19, eles tomaram essa medida tecnicamente porque o número de casos está caindo, o número de vacinação tem aumentado no mundo inteiro, os casos graves também. Já existem também alguns tratamentos, portanto, essa medida foi muito salutar feita pela Organização Mundial da Saúde. Entretanto, é muito importante a população saber que o vírus ainda continua circulando”. 

Atualmente, 512.864.042 de vacinas contra o Coronavírus já foram aplicadas. “A coisa mais importante é, quem não se vacinou ainda, tomar o seu ciclo de vacina e para aqueles que estão completamente vacinados  fazer a sua dose de reforço, porque a vacina é a melhor estratégia de prevenir casos graves, hospitalizações e mortes”, destacou Ribeiro. 

A enfermeira Grazielly Silva (30), mora em Samambaia Sul, no Distrito Federal. Ela conta quais foram as dificuldades que enfrentou quando foi infectada pelo vírus da Covid-19. 

“Uns três meses depois que começou o pânico da Covid, eu me infectei. Mesmo me mantendo isolada, acabei pegando. Foi bem difícil! Primeiro porque era tudo muito novo e havia muitos casos graves, internações… então o susto foi horrível e eu tive alguns sintomas como perda de paladar, olfato, cansaço. Durou cerca de dez dias e eu melhorei. Hoje eu ainda tenho alguns cuidados que acabei me acostumando, como passar álcool em compras, usar máscaras em locais cheios”, contou.

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