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Baixar áudioMesmo com a redução de 75% nos casos de dengue em 2025, em comparação com o ano anterior, o Ministério da Saúde reforça que o combate ao Aedes aegypti deve continuar em todo o país. Na segunda-feira (3), a pasta lançou a campanha 'Não dê chance para dengue, zika e chikungunya', voltada à prevenção das arboviroses, e apresentou o cenário epidemiológico atual. Além disso, foram anunciados R$183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial no país.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mesmo com a melhora no cenário, o Brasil não pode reduzir a vigiância. A dengue continua sendo a principal endemia do país e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia.
O Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, uma redução de 75% em relação a 2024 e 1,6 mil mortes, queda de 72% no mesmo período. A maior concentração de casos está em São Paulo (55%), seguido por Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), 30% dos municípios estão em situação de alerta para dengue, zika e chikungunya. As regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentam as maiores incidências, com destaque para Mato Grosso do Sul, Ceará e Tocantins.
O trabalho de prevenção deve começar antes do período de maior transmissão. Por isso, o Ministério da Saúde promove, no próximo sábado (8), o Dia D da Dengue, com ações de mobilização em todo o país, e divulgou o novo mapeamento entomológico, que identifica áreas de risco em mais de 3 mil municípios.
Com os recursos anunciados, o Ministério vai expandir o uso de tecnologias de controle vetorial, como o método Wolbachia, atualmente presente em 12 cidades e que será ampliado para 70 até o fim de 2025. Em Niterói (RJ), primeira cidade com 100% de cobertura da técnica, houve redução de 89% nos casos de dengue e 60% nos de chikungunya.
A campanha também incentiva medidas preventivas, como eliminar recipientes com água parada, tampar caixas-d’água, limpar calhas e ralos e usar telas e repelentes.
Além da mobilização, o ministério reforçou o uso de estações disseminadoras de larvicidas, a técnica do inseto estéril e a borrifação residual intradomiciliar. Em 2025, a Força Nacional do SUS (FN-SUS) apoiou a instalação de até 150 centros de hidratação, distribuiu 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais e 1,2 mil nebulizadores portáteis em cidades com alta incidência.
Em Curitiba (PR), foi inaugurada a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade de produção de 100 milhões de ovos por semana.
Na área da vacinação, o ministério espera o registro da vacina 100% brasileira do Instituto Butantan até o fim de 2025. Em parceria com a empresa WuXi Biologics, a produção deve alcançar 40 milhões de doses por ano a partir de 2026. O imunizante já é aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios prioritários, com 10,3 milhões de doses enviadas até outubro.
O ministro reforça que o combate às arboviroses é uma responsabilidade compartilhada entre governo e população e que a prevenção é essencial para evitar novos surtos. Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e identificar os pontos estratégicos nas cidades.
As informações são do Ministério da Saúde.
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Baixar áudioGestores estaduais, municipais e do Distrito Federal podem cadastrar propostas no Fundo de Investimentos em Infraestrutura de Saúde (FIIS-Saúde), criado pelo governo federal para ampliar e modernizar a rede pública de saúde em todo o país.
O prazo para envio das cartas-consulta vai até 7 de novembro de 2025.
O fundo disponibiliza R$ 20 bilhões em financiamentos, sendo R$ 10 bilhões liberados em 2025 e outros R$ 10 bilhões em 2026.
As condições são diferenciadas, com juros abaixo das taxas de mercado e prazos de carência estendidos, o que garante mais viabilidade para que os entes federados executem seus projetos de infraestrutura e aquisição de equipamentos.
O cadastro deve ser feito exclusivamente pelo sistema Transferegov.br.
Confira o passo a passo:
Acesse o sistema, selecione “Transferências Discricionárias e Legais” e faça login com a conta gov.br.
No menu, clique em “Propostas” e depois em “Seleção PAC”. É necessário ter perfil autorizado como cadastrador de proposta, dirigente representante ou gestor do convenente.
Clique em “Incluir” e preencha o formulário eletrônico. No campo Programa, digite o código 3600020250107 (FIIS-Saúde). Informe beneficiário, CNPJ e o valor do financiamento.
Caso a proposta complemente outra já cadastrada, indique essa informação e relacione os municípios beneficiados.
Anexe os documentos exigidos pelo manual do programa. Não é necessário enviar projetos técnicos nesta fase.
Após revisar as informações, envie a carta-consulta para análise técnica. O sistema gerará um número de protocolo para acompanhamento.
Podem solicitar financiamento:
Serão priorizadas propostas habilitadas no PAC Seleções 2023 e 2025, além de projetos de instituições participantes do programa Agora Tem Especialistas.
Os recursos do FIIS-Saúde poderão ser aplicados em:
Reformas são permitidas apenas quando vinculadas à instalação de equipamentos específicos, como bunkers para aceleradores lineares, ou à ampliação da capacidade instalada.
As informações são do Ministério da Saúde
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Baixar áudioO Ministério da Saúde apresentou uma nova estratégia para distribuir órgãos destinados a transplantes no Brasil. A proposta redefine as áreas de alocação e estabelece prioridade para o envio entre estados da mesma região geográfica. Caso não exista receptor compatível na região, o órgão passa para a lista nacional.
Desde 1997, os órgãos circulam entre grupos de estados de diferentes regiões, conforme a malha aérea disponível na época. São Paulo, por exemplo, integra uma macrorregião que inclui estados do Norte e Centro-Oeste, por concentrar voos regulares para essas áreas.
Com a ampliação dos programas de transplantes e a diversificação dos voos, inclusive com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), a pasta propôs uma nova redistribuição. A iniciativa respeita as rotas aéreas atuais e garante maior rapidez no transporte dos órgãos até os hospitais.
Durante o lançamento da campanha de incentivo à doação de órgãos “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”, a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Patrícia Freire, destacou a mudança na distribuição regional.
“Quem conhece a legislação de transplante sabe que os estados, por exemplo, da região Centro-Oeste, Norte e São Paulo, formavam uma região só. Com a nova macrorregionalização, cada um no seu quadrado agora. Nordeste com Nordeste, Sudeste com Sudeste, Centro-Oeste com Centro-Oeste. Pretendemos otimizar a logística de transporte aéreo e também priorizar os doentes da região onde os doadores são identificados”.
A nova organização amplia as oportunidades de transplantes em regiões que registram menor número de procedimentos e promove a equidade no acesso à saúde. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “a nova distribuição macrorregional também vai contribuir para que a gente desconcentre a realização dos transplantes no país”.
Com a atualização do Regulamento Técnico do SNT, os estados passam a integrar macrorregiões alinhadas à geografia e à logística atual, o que favorece o aproveitamento dos órgãos e acelera o atendimento aos pacientes.
Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude/pt-br.
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Baixar áudioRelatório divulgado pelo Ministério da Saúde revela que, em quatro anos, 62% dos novos alimentos e bebidas embalados lançados no Brasil foram classificados como ultraprocessados. Enquanto isso, apenas 18,4% dos produtos analisados são in natura ou minimamente processados. O estudo avaliou 39 mil produtos comercializados entre novembro de 2020 e novembro de 2024, com base em informações coletadas no país e diretamente da indústria.
Os dados fazem parte do primeiro relatório do projeto Monitoramento da Rotulagem de Alimentos no Brasil, conduzido pelo Ministério da Saúde em parceria com a Anvisa, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP.
O levantamento também apontou avanços na regulação da gordura trans. Após a análise de mais de 300 amostras de alimentos processados e óleos refinados, nenhuma delas apresentou a substância, o que indica sucesso das medidas restritivas.
O projeto seguirá até 2026, com mais 4 relatórios a serem entregues.
As informações são do Ministério da Saúde.
Copiar o textoDe acordo com levantamento do Ministério da Saúde, 45% dos familiares dizem não ao serem consultados
Baixar áudioQuase metade das famílias brasileiras ainda recusa a doação de órgãos. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, 45% dos familiares dizem não ao serem consultados. Especialistas apontam que mitos, medos e falta de conhecimento sobre o processo de doação estão entre os fatores responsáveis por essas recusas.
Segundo a enfermeira Carolina de Fátima Couto, do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), é essencial que a população compreenda que a doação de órgãos só ocorre após a confirmação da morte encefálica.
“É fundamental que as pessoas saibam que a doação de órgãos só acontece após a confirmação de morte encefálica, que é diagnosticada de forma muito rigorosa por critérios médicos e legais. Nesse momento, a família é consultada e tem a palavra final sobre a autorização da doação”, enfatiza.
A enfermeira ainda destaca que entre os mitos mais comuns está a ideia de que médicos se esforçam menos para salvar pacientes que são potenciais doadores. Ela esclarece: “a prioridade sempre é salvar vidas e a doação só é cogitada quando não há mais possibilidade de recuperação”.
Outro equívoco recorrente é acreditar que idade ou estado de saúde impedem a doação. Carolina reforça que cada órgão é avaliado individualmente: “na realidade, cada órgão é avaliado individualmente e até pessoas idosas, crianças, bebês, podem ser doadores.”
A aparência do corpo após a doação também gera dúvidas. A enfermeira Gislaine de Albuquerque, da equipe de transplantes do Hospital Brasília, explica que o corpo é recomposto com respeito, o que garante um sepultamento digno. “O corpo do doador vai ser todo recomposto, então a família vai receber o corpo para o sepultamento da mesma forma que ela iria receber caso ele não fosse um doador de órgãos”, ressalta.
A doação de órgãos é um processo ético, transparente e regulamentado pelo SNT. Um único doador pode beneficiar até oito pessoas com órgãos e dezenas com tecidos.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.
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Baixar áudioAtualmente, homens entre 50 e 64 anos representam a maioria das mais de 2,3 mil pessoas que aguardam por um transplante de fígado no Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde (MS).
O fígado é a maior glândula do corpo humano e está localizado na parte superior direita do abdômen. É um órgão vital, com múltiplas funções essenciais para o funcionamento do organismo, como o metabolismo da glicose e das proteínas, o armazenamento de vitaminas e minerais, a metabolização de medicamentos, a eliminação de toxinas, além da produção de proteínas e fatores de coagulação. Por ter alta capacidade de regeneração, é possível doar parte do fígado em vida, sem prejuízo à saúde do doador.
O cirurgião geral Luiz Gustavo Guedes, especialista na área, destaca que ampliar a doação de órgãos é fundamental para salvar vidas e devolver qualidade de vida aos pacientes.
“Se a gente conseguisse ampliar a doação de órgãos, aumentar o número de doadores efetivos, a gente conseguiria dar a chance de vida para a maioria dos pacientes, de se recuperarem, de continuar vivendo e mesmo produzindo, porque o objetivo maior do transplante é manter a produção, voltar para a sociedade, trabalhar e interagir com seus familiares”, evidencia.
Para entrar na lista de espera por um transplante de fígado, o paciente precisa estar em tratamento de doenças hepáticas graves e irreversíveis. Entre as indicações estão:
De acordo com o MS, desde o início de 2025, aproximadamente 2 mil transplantes de fígado já foram realizados no país. Desse total, 64% beneficiaram pacientes do sexo masculino.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.
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Baixar áudioMais de 44 mil pessoas aguardam por um transplante de rim no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A maior parte dos pacientes é composta por homens entre 50 e 64 anos. O estado de São Paulo concentra o maior número de inscritos na lista de espera.
Os rins são um par de órgãos em forma de feijão, localizados na região lombar, responsáveis por filtrar o sangue e eliminar resíduos por meio da urina. Por serem dois, é possível doar um deles em vida, sem prejuízo à saúde do doador.
O transplante de rim é indicado para pacientes com insuficiência renal irreversível. Para entrar na lista de espera por um órgão de doador falecido, é necessário apresentar diagnóstico de insuficiência renal crônica e estar em tratamento com terapia renal substitutiva, como hemodiálise. Também são elegíveis menores de 18 anos e diabéticos com função renal severamente comprometida.
Para Carolina de Fátima Couto, enfermeira do Sistema Nacional de Transplantes, o gesto de doar vai muito além de um procedimento médico, é um ato de empatia e generosidade. “A doação de órgãos e tecidos é um ato de amor que ultrapassa a própria vida. Ao decidir doar, você dá esperança a pessoas que aguardam no limite entre a vida e a morte”, enfatiza.
De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início de 2025, cerca de 5 mil transplantes renais já foram realizados no país. Desse total, 61% beneficiaram pacientes do público masculino.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.
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Baixar áudioMulheres com 65 anos ou mais representam a maior parte das 33 mil pessoas que aguardam por um transplante de córnea no Brasil. O estado de São Paulo concentra o maior número de registros na lista de espera. Os dados são do Ministério da Saúde.
Um dos principais objetivos da política nacional de transplantes é alcançar a chamada “lista zero” para córneas, ou seja, garantir que o paciente realize o transplante em até 60 dias após a inscrição.
Segundo a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Patrícia Freire, esse prazo já é realidade em alguns estados brasileiros. No entanto, em outras regiões, o tempo de espera ainda ultrapassa 20 meses. Em casos extremos, pacientes aguardaram mais de cinco anos por um transplante de córnea.
“Não justifica termos uma lista de 34 mil pessoas aguardando com tantos óbitos registrados. Em 2024, foram mais de um 1,5 milhão de mortes. Não precisaríamos nem de 10% disso para zerar a lista de córneas. A meta está muito bem definida na política, e nós vamos perseguir esse objetivo”, enfatiza Freire.
De acordo com o ministério, até outubro de 2025, mais de 13 mil transplantes de córnea já foram realizados em todo o país.
A córnea é a parte transparente localizada na frente do olho, responsável por focar a luz na retina e garantir uma visão nítida. Quando essa estrutura perde a transparência ou formato adequado, a visão pode ser gravemente comprometida e, em alguns casos, pode levar à cegueira.
Diferentemente dos órgãos, os tecidos como a córnea podem ser armazenados por mais tempo antes da utilização. Para isso, passam por processamento e conservação em estruturas especializadas: os Bancos de Tecidos Oculares Humanos (BTOH).
Esses bancos são responsáveis pela captação, preparo e preservação da córnea e da esclera. Com rigor técnico e protocolos de segurança, garantem qualidade e proteção tanto para os receptores quanto para as equipes de saúde envolvidas no transplante.
Os potenciais receptores para o transplante de córnea são pacientes com ceratocone, distrofias corneanas, leucoma, queimaduras oculares e outras alterações que afetam diretamente a qualidade da visão.
A inscrição na lista de espera é feita em caráter eletivo, após avaliação médica especializada. Os pacientes podem acompanhar a posição e evolução por meio do portal do Sistema Nacional de Transplantes, acessando “Consulta à lista de espera por transplante”.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse gov.br/saude.
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Baixar áudioO transplante de órgãos é uma alternativa terapêutica para pacientes com doenças crônicas ou agudas, quando todos os tratamentos disponíveis já foram esgotados e a única chance de recuperação é a substituição do órgão ou tecido afetado.
Para que o transplante seja realizado, é necessário que a indicação seja formal e vantajosa para o paciente. A avaliação é feita por equipes especializadas, que analisam o quadro clínico e confirmam se realmente há indicação de transplante.
Somente após essa avaliação o paciente pode ser inscrito na lista de espera. As condições de saúde que permitem o transplante estão descritas no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, recentemente revisado e atualizado.
A posição e evolução na lista podem ser acompanhadas online.
Já para os pacientes do estado de São Paulo, o acompanhamento deve ser feito por meio da Central de Transplantes da região. É necessário ter em mãos o número do Registro Geral da Central de Transplantes, o RGCT, e o CPF.
Para ampliar o conhecimento da população sobre o tema, o Ministério da Saúde coordena a campanha “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. A iniciativa reforça a importância da doação de órgãos e tecidos como um gesto solidário que salva vidas.
A enfermeira Gislaine de Albuquerque, da equipe de transplantes do Hospital Brasília, destaca como essas ações ajudam a informar e sensibilizar a população.
“As campanhas de doações de órgãos que são feitas em nível nacional, permitem a população brasileira conhecer um pouco mais sobre os processos de doação e captação dos órgãos, além de conhecer um pouco mais de como que permeia esse processo de doação, até para facilitar as famílias no momento do desfecho, do óbito, dizer o sim à doação”, ressalta.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.
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Baixar áudioPretende ser um doador de órgãos? No Brasil, há dois tipos reconhecidos: vivos e falecidos. Cada processo segue critérios médicos e legais específicos para garantir segurança ao doador e ao receptor.
O doador vivo deve ser maior de idade, juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que isso não comprometa a própria saúde. Esse doador pode conceder um dos rins, parte do fígado, ou dos pulmões. Em todos os casos, é necessário haver compatibilidade sanguínea.
A avaliação médica é rigorosa e considera o histórico clínico e doenças prévias. Pela legislação brasileira, parentes até o quarto grau e cônjuges podem doar. Por outro lado, pessoas sem vínculo familiar só podem realizar a doação com autorização judicial.
O cirurgião geral Luiz Gustavo Guedes, especializado em transplantes de fígado, explica quais órgãos podem ser doados em vida e reforça os cuidados tomados para preservar a saúde do doador.
“Existem alguns transplantes que podem ser realizados com o doador vivo, então, de uma pessoa viva para uma outra pessoa. São basicamente um transplante de rim, uma parte do fígado e uma parte do pulmão também pode ser doado. São procedimentos que são mais complexos, mas que, quando bem avaliados, além de conseguir recuperar o paciente que está precisando do transplante, mantém a segurança e a vida do paciente que está doando também”, informa.
Já o doador falecido é aquele com diagnóstico de morte encefálica ou morte por parada cardiorrespiratória. No caso de morte encefálica é possível doar órgãos como coração, rins, pulmões, fígado, pâncreas e intestino, além de tecidos como córneas, ossos, válvulas, pele e tendões. Quando o óbito é por parada cardiorespiratória só os tecidos podem ser doados. Porém, a doação só é realizada após a autorização familiar, mesmo que a pessoa tenha manifestado esse desejo em vida.
O Dr. Luiz Gustavo Guedes também esclarece como é feito o diagnóstico de morte encefálica e destaca a segurança do protocolo adotado no Brasil.
“O que as pessoas precisam saber sobre o processo de doação é que esse diagnóstico é feito para pessoas que estão com um quadro neurológico irreversível e ele é feito por três médicos que avaliam esse paciente em momentos diferentes. Então é um procedimento bastante seguro, um protocolo que é muito preciso na confirmação desse diagnóstico e não há possibilidade de falha nesse processo”, ressalta.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.
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