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Baixar áudioO mais recente Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que, em 2025, foram registrados 43,7 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Desse total, 82% ocorreram em crianças menores de dois anos.
Diante deste cenário, a pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação contra o VSR — agora disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) — para reduzir as internações pelo vírus no próximo ano.
“É fundamental que as gestantes, a partir da 28ª semana de gravidez, vacinem-se contra o VSR, garantindo que seus filhos fiquem protegidos. Grávidas fazem parte do grupo prioritário. A recomendação é tomar a dose única a cada gestação”, explica.
O Ministério da Saúde iniciou a distribuição nacional da vacina contra o VSR, vírus responsável pela maior parte dos casos de bronquiolite em bebês. O primeiro lote, com 673 mil doses, já chegou aos estados e ao Distrito Federal, permitindo o início imediato da imunização de gestantes a partir da 28ª semana. A estratégia busca proteger recém-nascidos nos primeiros meses de vida, período em que o risco de complicações respiratórias é mais elevado.
A oferta gratuita pelo SUS representa um avanço importante, já que o imunizante pode custar até R$ 1,5 mil na rede privada. A chegada da vacina é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório fabricante, que fará a transferência da tecnologia para produção nacional.
Estudos clínicos mostram que a vacinação materna reduz em mais de 80% os casos graves de VSR em bebês nos primeiros 90 dias após o nascimento.
Vacina contra o vírus sincicial respiratório começa a ser distribuída em todo o país
Em nível nacional, os casos de SRAG apresentam tendência de queda tanto no longo prazo (últimas seis semanas) quanto no curto prazo (últimas três semanas). Apenas Roraima e Rondônia registram incidência em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com sinal de crescimento no longo prazo.
Embora os casos graves por influenza A tenham diminuído significativamente no Centro-Oeste e mostrem sinais de início de queda em boa parte do Sudeste e na Bahia, o vírus segue como a principal causa de SRAG entre jovens e adultos de 15 a 49 anos. Entre idosos, continua sendo uma das principais causas de hospitalização por SRAG, ao lado da Covid-19.
Sete estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe.
Entre as capitais, apenas Aracajú (Sergipe), Porto Velho (Rondônia) e Boa Vista (Roraima) registram níveis de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:
Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 29 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 48. Confira outros detalhes no link.
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Baixar áudioO Ministério da Saúde iniciou a distribuição nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável pela maior parte dos casos de bronquiolite em bebês. O primeiro lote, com 673 mil doses, chegou aos estados e ao Distrito Federal e possibilita o início imediato da imunização de gestantes a partir da 28ª semana. A estratégia visa proteger recém-nascidos durante os primeiros meses de vida, período em que o risco de complicações respiratórias é mais elevado.
A oferta gratuita pelo SUS representa um avanço importante, já que o imunizante chega a custar até R$ 1,5 mil na rede privada. A chegada da vacina é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório produtor, que transferirá tecnologia para produção nacional. Estudos clínicos demonstram que a vacinação materna reduz em mais de 80% os casos graves do vírus em bebês nos primeiros 90 dias após o nascimento. Foram registrados, em 2025, mais de 43 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave pelo VSR.
Veja a quantidade das primeiras doses que serão distribuídas aos estados:
| UF | Doses |
|---|---|
| Acre | 3.800 |
| Alagoas | 12.430 |
| Amapá | 3.460 |
| Amazonas | 18.820 |
| Bahia | 44.525 |
| Ceará | 29.030 |
| Distrito Federal | 9.465 |
| Espírito Santo | 13.935 |
| Goiás | 24.530 |
| Maranhão | 25.480 |
| Mato Grosso | 15.580 |
| Mato Grosso do Sul | 10.755 |
| Minas Gerais | 62.165 |
| Pará | 33.050 |
| Paraíba | 13.570 |
| Paraná | 37.120 |
| Pernambuco | 30.700 |
| Piauí | 11.170 |
| Rio de Janeiro | 46.720 |
| Rio Grande do Norte | 10.340 |
| Rio Grande do Sul | 32.330 |
| Rondônia | 6.250 |
| Roraima | 3.490 |
| Santa Catarina | 25.865 |
| São Paulo | 134.555 |
| Sergipe | 7.680 |
| Tocantins | 6.180 |
| Brasil | 673.000 |
As informações são do Ministério da Saúde (MS).
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Baixar áudioO Brasil reduziu em 13% o número de mortes por Aids, entre 2023 e 2024. De acordo com o Ministério da Saúde, a quantidade de vítimas passou de mais de 10 mil para 9,1 mil. Trata-se do menor índice registrado pela Pasta em 32 anos.
Além disso, foi verificada uma redução de 1,5% na quantidade de diagnósticos da síndrome. Já o número de gestantes com HIV sofreu um recuo de 7,9%, enquanto o de crianças expostas ao vírus diminuiu 4,2%.
De acordo com o ministério, os avanços são resultados da ampliação da testagem e oferta de tratamentos mais modernos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em meio a esse cenário, o Ministério da Saúde inaugurou a exposição “40 Anos da Resposta Brasileira à Aids”. O evento foi realizado no SESI Lab, em Brasília (DF), na segunda-feira (1º) – Dia Mundial de Combate à Aids.
A iniciativa marca o início da programação do Dezembro Vermelho 2025 e celebra quatro décadas de mobilização social, políticas públicas, avanços científicos e enfrentamento à doença. O público pode visitar a exposição até o dia 30 de janeiro de 2026.
A coordenadora de Ações Culturais e Exposições do SESI Lab, Carolina Vilas Boas, afirmou que a mostra conta com a participação da sociedade civil, além de um comitê curatorial amplo. Segundo ela, é a primeira exposição do SESI Lab que trata do tema saúde.
“A gente sabe, pelas pesquisas de percepção da ciência, que o público tem muito interesse em saber mais sobre saúde. Normalmente, a saúde está cheia de termos que ninguém conhece, então é uma oportunidade de desmistificar muitos assuntos”, pontuou.
A programação conta com experiências interativas que recuperam a memória coletiva da epidemia no Brasil, além de relatos de vida, documentos, obras de arte e campanhas históricas.
Durante o evento, o diretor superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI), Paulo Mól, destacou o compromisso institucional com a promoção da saúde e a relevância do museu como espaço de educação científica.
“Para nós, é uma honra receber essa exposição. Em 80 anos de história, o SESI sempre teve uma preocupação forte com a saúde. O SESI Lab, por sua vez, tem como missão ampliar a educação científica e trazer para a sociedade debates importantes, como este que se coloca nesta mostra”, disse.
Em meio ao progresso registrado nos últimos anos, o Brasil também conseguiu eliminar, como problema de saúde pública, a transmissão do HIV de mãe para filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação – conhecida como transmissão vertical.
Na prática, o país interrompeu a infecção de bebês por via materna, de forma sustentada, alcançando o que determinam as metas internacionais, conforme o que preveem os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Sistema S tem um papel histórico fundamental no enfrentamento à Aids. Em meio à exposição, ele destacou a importância do apoio do SESI à mobilização nacional.
“Quero agradecer muito ao SESI e relembrar que os vários SESIs espalhados por todo o nosso país sempre abriram as portas para a luta contra a aids”, afirmou.
A programação da exposição no SESI Lab conta com debates, sessão de cinema, oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas com especialistas, ativistas, gestores públicos, pesquisadores e representantes de movimentos sociais.
Até o dia 7 de dezembro, o museu estará com entrada gratuita. Neste sábado (6), a cortesia é em parceria com a Shell. Porém, mesmo com o acesso livre, o visitante precisa retirar o ingresso na bilheteria física ou online.
Para acessar o ingresso virtualmente, clique aqui. O endereço do SESI Lab é: Setor Cultural Sul, Bloco A, Asa Sul. A programação completa pode ser acessada no Instagram, @sesi.lab.
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Baixar áudioO novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforça a importância da vacinação, embora os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentem sinais de queda, tanto nas tendências de curto quanto de longo prazo no âmbito nacional. Segundo o relatório, manter a imunização em dia é crucial para conter a circulação dos principais vírus responsáveis pela SRAG, como o influenza e o Sars-CoV-2, causador da Covid-19.
O relatório mostra ainda que as hospitalizações por influenza A continuam avançando no Espírito Santo e na Bahia, enquanto já há indícios de desaceleração ou início de queda em São Paulo e Rio de Janeiro.
O boletim também destaca que o rinovírus permanece como a principal causa de hospitalizações por SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos no país. Há ainda um leve aumento das notificações associadas ao metapneumovírus em crianças de até dois anos.
Embora os casos graves de influenza A tenham diminuído significativamente no Centro-Oeste e apresentem sinais de queda ou estabilização em parte do Sudeste — como em São Paulo e no Rio de Janeiro —, o vírus ainda é a principal causa de SRAG entre jovens e adultos de 15 a 49 anos. Entre os idosos, ele continua sendo uma das principais causas de hospitalização, ao lado da Covid-19.
Em nota, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, Tatiana Portella, explica que o aumento de casos no Pará se concentra em crianças de 2 a 4 anos e em idosos acima de 65 anos. “Nas crianças, esse crescimento tem sido impulsionado pelo rinovírus e adenovírus. Já nos idosos, ainda não há dados laboratoriais suficientes para identificar qual vírus tem impulsionado esse aumento”, destaca.
Oito estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
Entre as capitais, apenas Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e Vitória (ES) registram níveis de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:
Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 22 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 47. Confira outros detalhes no link.
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Baixar áudioO Brasil acaba de conquistar um marco histórico no enfrentamento à dengue. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a Butantan-DV, a primeira vacina 100% nacional contra a doença. Desenvolvido pelo Instituto Butantan, o imunizante será incorporado ao Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem previsão de início de oferta à população a partir de 2026.
A vacina utiliza tecnologia de vírus vivo atenuado, reconhecida mundialmente pela segurança e pela alta capacidade de induzir resposta imunológica. Diferente das vacinas já disponíveis, a Butantan-DV é aplicada em dose única, o que facilita a logística e amplia a adesão à imunização.
Em estudos clínicos que envolveram mais de 16 mil voluntários em 14 estados, a vacina apresentou 74,7% de eficácia global contra dengue sintomática e 91,6% de eficácia contra casos graves e com sinais de alarme. Não foram registradas hospitalizações entre os vacinados, indicando 100% de proteção contra internações no período avaliado.
A faixa etária aprovada pela Anvisa é de 12 a 59 anos. O Butantan já estuda a ampliação para outras idades, incluindo crianças e idosos.
Outro diferencial é que o imunizante é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue, característica essencial para um país com circulação simultânea de diferentes variantes do vírus.
A produção da Butantan-DV está em fase avançada. O instituto já fabricou mais de 1 milhão de doses, preparadas para distribuição assim que o Ministério da Saúde definir o cronograma de implementação. Em parceria com a empresa WuXi Vaccines, o Brasil terá capacidade de produzir até 60 milhões de doses por ano a partir de 2026, garantindo autossuficiência e segurança no abastecimento nacional.
A chegada da vacina representa um avanço histórico para a saúde pública e deve reforçar a prevenção em todo o país, reduzindo casos, internações e óbitos pela doença.
As informações são do Ministério da Saúde.
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Baixar áudioO mais recente Boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira (21) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Impulsionadas principalmente pelo rinovírus, as notificações atingiram níveis de alerta, risco ou alto risco em cinco estados — Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima — até a Semana Epidemiológica 46.
De acordo com o levantamento, uma das causas para o aumento de SRAG em crianças no estado do Rio de Janeiro é a contaminação por metapneumovírus e influenza A. Além disso, o adenovírus também tem colaborado para o crescimento de casos no Pará e em Mato Grosso do Sul. No Pará, houve ainda aumento de casos entre idosos, embora o vírus responsável ainda não tenha sido identificado pelas autoridades de saúde.
O boletim também indica que outros oito estados apresentaram incidência SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco na última semana, mas sem tendência de crescimento no longo prazo (últimas seis semanas). São eles: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Santa Catarina e Sergipe.
No cenário nacional, há uma tendência de queda dos casos de SRAG na tendência de longo prazo e de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas).
Entre as capitais, apenas Boa Vista, em Roraima, apresenta nível de atividade considerado de risco para SRAG nas últimas duas semanas epidemiológicas, com manutenção de tendência de alta no longo prazo.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos de SRAG foi de:
37,8% para rinovírus,
Entre os óbitos confirmados, foram registrados:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 15 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 46. Confira outros detalhes no link.
Diante deste cenário, a pesquisadora do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, recomendou, em nota, o uso de uma boa máscara, como a PFF2 ou a N95, em unidades de saúde e por pessoas que estejam com sintomas de gripe ou resfriado. “Também é importante que os pais evitem levar seus filhos para a escola ou creche caso apresentem esses sintomas, para evitar transmitir o vírus para outras crianças”, recomenda. “Além disso, é fundamental que as crianças, assim como os demais grupos prioritários, estejam com a vacinação contra Influenza e Covid-19 em dia”, orienta Portella.
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Baixar áudioOs trabalhadores industriais que atuam em áreas ribeirinhas da Amazônia vão contar com uma nova estrutura de saúde. Trata-se da embarcação Saúde Conectada – Copaíba. A unidade vai disponibilizar cuidados prioritários, como doenças crônicas, saúde mental e auxílio no combate ao tabagismo e à obesidade.
O barco é movido a energia solar e tem a operação neutra em emissão de carbono. A iniciativa foi capitaneada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional do SESI (CN-SESI).
Copaíba – o nome dado à embarcação – faz referência à árvore amazônica medicinal conhecida como “antibiótico da mata”. Como dispõe de conectividade via satélite, a unidade oferece serviços como teleconsultas, telediagnóstico, exames e acompanhamento multiprofissional em fluxo de referência com as redes locais de saúde.
Os beneficiários também têm acesso à atenção primária, exames laboratoriais, eletrocardiograma, eletroencefalograma, audiometria e espirometria. Entre os profissionais que vão atuar no atendimento estão médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e educadores físicos.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, a parceria envolvida no projeto contribuiu para um avanço relevante na ideia de levar atendimentos de saúde a localidades mais remotas do país.
“É fruto de uma união, na qual cada um trouxe não só uma parcela de contribuição técnica, estrutural, mas também muita emoção. Contamos com uma indústria genuinamente brasileira, na tecnologia embarcada, nos motores de propulsão, energia renovável não poluente. Temos muitas indústrias espalhadas ao longo dos nossos rios. Então, de certo que isso vai cumprir um papel fundamental na chegada de uma saúde de qualidade”, destaca.
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O SESI-PA será o operador desses serviços. “Haverá tanto parcerias com secretarias de estado quanto municipais de saúde. Também haverá atuação das empresas que têm operações junto a essas comunidades”, explica o superintendente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, Emmanuel Lacerda.
A iniciativa foi lançada nesta sexta-feira (14), no Terminal Hidroviário de Tamandaré, em Belém, em meio às atividades da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
O evento de lançamento também contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha; do diretor-superintendente do SESI, Paulo Mól; e do presidente do CN-SESI, Fausto Augusto Junior.
A unidade foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA). Construída para atuar especificamente na Amazônia, a embarcação tem 15 metros de comprimento, 6 de largura e duas cabines de atendimento.
A definição dessas dimensões levou em conta as especificidades da região, que conta com grandes distâncias, sazonalidade dos rios e dispersão geográfica das comunidades.
Na avaliação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a iniciativa é estratégica, já que os atendimentos são voltados para populações que vivem onde o atendimento é historicamente limitado. “É um barco adaptado para chegar às pequenas comunidades, operando com energia solar, manejo adequado de resíduos e zero emissão de carbono”, afirma.
O diretor superintendente do SESI, Paulo Mól, considera que esse processo de integração fortalece a equidade no acesso à saúde. "Quando se tem um atendimento por barco, levando atendimento de barco às populações ribeirinhas, isso é dar cidadania, é fazer com que, de fato, a saúde chegue".
O modelo foi estruturado com o intuito de atender, de forma prioritária, empresas, trabalhadores da indústria e seus familiares. Porém, há possibilidade de expansão para outros setores, como comércio e agronegócio.
Foram identificadas 12 linhas de cuidado prioritárias. São elas:
Vale destacar que essas condições poderão ser monitoradas à distância pela plataforma, o que possibilita acompanhamento contínuo, intervenções oportunas e manutenção da capacidade laboral.
Na avaliação do presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, o projeto inaugura uma nova etapa na organização da saúde na região. “A proposta é ampliar a presença da saúde nos territórios, fortalecer a prevenção e garantir que o cuidado chegue a quem vive e trabalha em áreas de difícil acesso”, pontua.
A embarcação deverá permanecer no Píer Tamandaré, em Belém, até 21 de novembro, das 8h às 20h, com atendimentos, exames e ações de orientação em saúde para trabalhadores da indústria e comunidades ribeirinhas selecionadas.
Em seguida, a Saúde Conectada – Copaíba seguirá roteiros programados pelos parceiros por diferentes localidades da região amazônica, com monitoramento contínuo das condições de saúde pela plataforma digital.
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Baixar áudioMesmo com a redução de 75% nos casos de dengue em 2025, em comparação com o ano anterior, o Ministério da Saúde reforça que o combate ao Aedes aegypti deve continuar em todo o país. Na segunda-feira (3), a pasta lançou a campanha 'Não dê chance para dengue, zika e chikungunya', voltada à prevenção das arboviroses, e apresentou o cenário epidemiológico atual. Além disso, foram anunciados R$183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial no país.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mesmo com a melhora no cenário, o Brasil não pode reduzir a vigiância. A dengue continua sendo a principal endemia do país e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia.
O Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, uma redução de 75% em relação a 2024 e 1,6 mil mortes, queda de 72% no mesmo período. A maior concentração de casos está em São Paulo (55%), seguido por Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), 30% dos municípios estão em situação de alerta para dengue, zika e chikungunya. As regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentam as maiores incidências, com destaque para Mato Grosso do Sul, Ceará e Tocantins.
O trabalho de prevenção deve começar antes do período de maior transmissão. Por isso, o Ministério da Saúde promove, no próximo sábado (8), o Dia D da Dengue, com ações de mobilização em todo o país, e divulgou o novo mapeamento entomológico, que identifica áreas de risco em mais de 3 mil municípios.
Com os recursos anunciados, o Ministério vai expandir o uso de tecnologias de controle vetorial, como o método Wolbachia, atualmente presente em 12 cidades e que será ampliado para 70 até o fim de 2025. Em Niterói (RJ), primeira cidade com 100% de cobertura da técnica, houve redução de 89% nos casos de dengue e 60% nos de chikungunya.
A campanha também incentiva medidas preventivas, como eliminar recipientes com água parada, tampar caixas-d’água, limpar calhas e ralos e usar telas e repelentes.
Além da mobilização, o ministério reforçou o uso de estações disseminadoras de larvicidas, a técnica do inseto estéril e a borrifação residual intradomiciliar. Em 2025, a Força Nacional do SUS (FN-SUS) apoiou a instalação de até 150 centros de hidratação, distribuiu 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais e 1,2 mil nebulizadores portáteis em cidades com alta incidência.
Em Curitiba (PR), foi inaugurada a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade de produção de 100 milhões de ovos por semana.
Na área da vacinação, o ministério espera o registro da vacina 100% brasileira do Instituto Butantan até o fim de 2025. Em parceria com a empresa WuXi Biologics, a produção deve alcançar 40 milhões de doses por ano a partir de 2026. O imunizante já é aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios prioritários, com 10,3 milhões de doses enviadas até outubro.
O ministro reforça que o combate às arboviroses é uma responsabilidade compartilhada entre governo e população e que a prevenção é essencial para evitar novos surtos. Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e identificar os pontos estratégicos nas cidades.
As informações são do Ministério da Saúde.
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Baixar áudioGestores estaduais, municipais e do Distrito Federal podem cadastrar propostas no Fundo de Investimentos em Infraestrutura de Saúde (FIIS-Saúde), criado pelo governo federal para ampliar e modernizar a rede pública de saúde em todo o país.
O prazo para envio das cartas-consulta vai até 7 de novembro de 2025.
O fundo disponibiliza R$ 20 bilhões em financiamentos, sendo R$ 10 bilhões liberados em 2025 e outros R$ 10 bilhões em 2026.
As condições são diferenciadas, com juros abaixo das taxas de mercado e prazos de carência estendidos, o que garante mais viabilidade para que os entes federados executem seus projetos de infraestrutura e aquisição de equipamentos.
O cadastro deve ser feito exclusivamente pelo sistema Transferegov.br.
Confira o passo a passo:
Acesse o sistema, selecione “Transferências Discricionárias e Legais” e faça login com a conta gov.br.
No menu, clique em “Propostas” e depois em “Seleção PAC”. É necessário ter perfil autorizado como cadastrador de proposta, dirigente representante ou gestor do convenente.
Clique em “Incluir” e preencha o formulário eletrônico. No campo Programa, digite o código 3600020250107 (FIIS-Saúde). Informe beneficiário, CNPJ e o valor do financiamento.
Caso a proposta complemente outra já cadastrada, indique essa informação e relacione os municípios beneficiados.
Anexe os documentos exigidos pelo manual do programa. Não é necessário enviar projetos técnicos nesta fase.
Após revisar as informações, envie a carta-consulta para análise técnica. O sistema gerará um número de protocolo para acompanhamento.
Podem solicitar financiamento:
Serão priorizadas propostas habilitadas no PAC Seleções 2023 e 2025, além de projetos de instituições participantes do programa Agora Tem Especialistas.
Os recursos do FIIS-Saúde poderão ser aplicados em:
Reformas são permitidas apenas quando vinculadas à instalação de equipamentos específicos, como bunkers para aceleradores lineares, ou à ampliação da capacidade instalada.
As informações são do Ministério da Saúde
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Baixar áudioO Ministério da Saúde apresentou uma nova estratégia para distribuir órgãos destinados a transplantes no Brasil. A proposta redefine as áreas de alocação e estabelece prioridade para o envio entre estados da mesma região geográfica. Caso não exista receptor compatível na região, o órgão passa para a lista nacional.
Desde 1997, os órgãos circulam entre grupos de estados de diferentes regiões, conforme a malha aérea disponível na época. São Paulo, por exemplo, integra uma macrorregião que inclui estados do Norte e Centro-Oeste, por concentrar voos regulares para essas áreas.
Com a ampliação dos programas de transplantes e a diversificação dos voos, inclusive com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), a pasta propôs uma nova redistribuição. A iniciativa respeita as rotas aéreas atuais e garante maior rapidez no transporte dos órgãos até os hospitais.
Durante o lançamento da campanha de incentivo à doação de órgãos “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”, a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Patrícia Freire, destacou a mudança na distribuição regional.
“Quem conhece a legislação de transplante sabe que os estados, por exemplo, da região Centro-Oeste, Norte e São Paulo, formavam uma região só. Com a nova macrorregionalização, cada um no seu quadrado agora. Nordeste com Nordeste, Sudeste com Sudeste, Centro-Oeste com Centro-Oeste. Pretendemos otimizar a logística de transporte aéreo e também priorizar os doentes da região onde os doadores são identificados”.
A nova organização amplia as oportunidades de transplantes em regiões que registram menor número de procedimentos e promove a equidade no acesso à saúde. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, “a nova distribuição macrorregional também vai contribuir para que a gente desconcentre a realização dos transplantes no país”.
Com a atualização do Regulamento Técnico do SNT, os estados passam a integrar macrorregiões alinhadas à geografia e à logística atual, o que favorece o aproveitamento dos órgãos e acelera o atendimento aos pacientes.
Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude/pt-br.
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