SUS

11/10/2025 04:05h

Pesquisa mostra resultados concretos da vacina na prevenção do câncer do colo do útero e tem campanha prorrogada pelo SUS até o fim do ano

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A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) reduziu em até 58% os casos de câncer do colo do útero no Brasil e em 67% as lesões pré-cancerosas graves, de acordo com estudo da Fiocruz com apoio da Royal Society e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

A pesquisa, feita entre 2019 e 2023 com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), confirmou a eficácia do imunizante antes da idade indicada para rastreamento, 25 anos, e mesmo em contextos de baixa renda, reforçando seu impacto na prevenção da doença.

O câncer do colo do útero continua sendo o segundo tipo mais comum entre as mulheres brasileiras e estima-se que entre 50% e 70% das pessoas sexualmente ativas entrem em contato com o HPV ao longo da vida. A vacina oferecida gratuitamente pelo SUS é considerada a forma mais eficaz de prevenir a infecção e reduzir o risco de desenvolvimento da doença.

Para ampliar a cobertura, o Ministério da Saúde prorrogou até dezembro de 2025 a vacinação gratuita para jovens de 15 a 19 anos que não receberam o imunizante na idade indicada (9 a 14 anos). A estimativa é alcançar cerca de 7 milhões de adolescentes que ainda não foram vacinados.

HPV: esquema vacinal 

  • Adolescentes imunocompetentes (9 a 14 anos): dose única, substituindo o esquema anterior de duas doses.
  • Pessoas com sistema imunológico comprometido — como pacientes com HIV/AIDS, em tratamento oncológico ou que passaram por transplante — devem receber três doses para garantir maior proteção.
  • A mesma recomendação se aplica a usuários de PrEP (método de prevenção ao HIV) entre 15 e 45 anos e a vítimas de violência sexual com 15 anos ou mais. 
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10/10/2025 04:30h

Municípios aprovados na Seleção 2023 têm até 15 de outubro de 2025 para iniciar obras de unidades de saúde. Quem não publicar o edital de licitação corre risco de cancelamento da proposta

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Os municípios contemplados pela Seleção 2023 do Novo PAC na área de saúde têm até 15 de outubro de 2025 para emitir a ordem de serviço das obras previstas; caso o edital de licitação não seja publicado até essa data, o município corre o risco de ter a proposta cancelada.

Para auxiliar os gestores locais, o Ministério da Saúde disponibilizou projetos referenciais de arquitetura e engenharia, autorizou o uso de projetos próprios e ofereceu kits licitação com modelos de documentos, além de ter obtido homologação da Anvisa para facilitar aprovações sanitárias. 

O processo de execução segue quatro etapas: ação preparatória, início das obras, conclusão das obras e, finalmente, a entrada em funcionamento do estabelecimento, registrada no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). 

 A atualização do andamento das obras deve ser feita pelo sistema Sismob

Municípios contemplados
Confira a lista com os municípios contemplados em cada modalidade: 

  • Policlínicas: 55 unidades em 54 municípios | CLIQUE AQUI 
  • Novas Ambulâncias – SAMU: 350 unidades em 224 municípios | CLIQUE AQUI 
  • Centrais de Regulação – SAMU: 14 unidades em 14 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Unidades Básicas de Saúde (UBS): 1.800 unidades em 1.514 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Unidades Odontológicas Móveis (UOM): 400 unidades em 396 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): 150 unidades em 148 municípios  | CLIQUE AQUI 
  • Maternidade: 36 unidades em 36 municípios  | CLIQUE AQUI  

Confira os outros AQUI.

Com informações do NOVO PAC. 
 

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07/10/2025 04:40h

No Congresso, projeto discute punições mais severas para bebidas adulteradas

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O Ministério da Saúde informou 225 casos de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica no país, entre investigados e confirmados. Até o momento, 16 casos foram confirmados laboratorialmente, sendo 14 em São Paulo e 2 no Paraná. Outros 209 permanecem sob análise em diferentes estados.

As ocorrências foram notificadas em 13 estados. Bahia e Espírito Santo chegaram a notificar suspeitas, mas os casos foram descartados. Já o Ceará foi notificou o primeiro caso suspeito. O país contabiliza 15 registros de óbitos, dois confirmados no estado de São Paulo e 13 em investigação. 

Antídoto

O ministério iniciou a distribuição de etanol farmacêutico, usado como antídoto no tratamento das vítimas. A primeira remessa contou com 580 ampolas para a cinco estados.

  • 240 para Pernambuco;
  • 100 para o Paraná;
  • 90 para a Bahia;
  • 90 para o Distrito Federal;
  • 60 para Mato Grosso do Sul.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou no sábado (4) a aquisição de mais de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico, além das 4,3 mil unidades já entregues aos estoques do SUS e 2,5 mil unidades de fomepizol, outro antídoto utilizado em casos graves. A previsão é que os antídotos estejam disponíveis até o final da próxima semana

Projeto de lei em tramitação

Enquanto as ações de contenção avançam, a Câmara dos Deputados deve votar nos próximos dias o Projeto de Lei (PL 2307/07), que classifica como crime hediondo a adição, em bebidas e alimentos, de substâncias que representem risco à vida ou grave ameaça à saúde da população. A proposta prevê tornar o crime mais severo, com punições ampliadas para quem fabricar, vender ou distribuir bebidas adulteradas que coloquem em risco a saúde da população.

Com informações do Ministério da Saúde e Agência Câmara de Notícias.

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12/09/2025 04:15h

A medida faz parte da estratégia de resgate vacinal e busca ampliar a proteção contra o HPV, vírus responsável pelo câncer de colo do útero e outras doenças

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O Ministério da Saúde anunciou a extensão até dezembro de vacinação de jovens de 15 a 19 anos contra o HPV (Papilomavírus Humano). Segundo a pasta, essa é primeira vez que essa faixa etária passa a receber a vacina pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A meta do ministério é alcançar cerca de 7 milhões de jovens que perderam a imunização na idade recomendada (9 a 14 anos). 

A ginecologista Denise Yanasse explica que o HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. “O HPV é transmitido por meio de relações sexuais e é o principal causador do câncer de colo do útero em mulheres. Ele também está associado a outros tipos de câncer em homens e mulheres, além de provocar verrugas genitais.”

HPV: Público-alvo da vacina (Fonte: Ministério da Saúde) 

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos;
  • Jovens de 15 a 19 anos não vacinados (ação até dezembro/2025);
  • Pessoas de 15 a 45 anos imunocompetentes que sofreram violência sexual ou apresentam condições específicas de saúde.

HPV: esquema vacinal

  • Adolescentes imunocompetentes (9 a 14 anos): dose única, substituindo o esquema anterior de duas doses.
  • Pessoas com sistema imunológico comprometido — como pacientes com HIV/AIDS, em tratamento oncológico ou que passaram por transplante — devem receber três doses para garantir maior proteção.
  • A mesma recomendação se aplica a usuários de PrEP (método de prevenção ao HIV) entre 15 e 45 anos e a vítimas de violência sexual com 15 anos ou mais.

Embora a maioria das infecções seja eliminada pelo organismo em até dois anos, em alguns casos o vírus persiste e pode causar doenças graves. Além do câncer de colo do útero, quase totalmente associado ao HPV, o vírus também está ligado a casos de câncer anal, de pênis, de boca e de orofaringe, além de provocar verrugas genitais.

VEJA MAIS: 

 

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11/09/2025 04:15h

Estudo revela que despesas com saúde consumiram 21,6% da receita municipal no ano passado, bem acima dos 15% exigidos por lei, e resultaram em déficit de R$ 3 bilhões na Média e Alta Complexidade

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Os municípios brasileiros estão arcando cada vez mais com os custos da saúde pública, em especial no atendimento de Média e Alta Complexidade (MAC). Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 2024, os municípios aplicaram, em média, 21,6% das receitas correntes líquidas de impostos em ações e serviços públicos de saúde, percentual bem acima do piso constitucional de 15%.

Em termos absolutos, a despesa municipal com saúde somou R$ 160,6 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 4,1% em relação a 2023. Do total, R$ 57,4 bilhões correspondem a valores aplicados acima do mínimo exigido, evidenciando o esforço adicional dos gestores locais para manter os serviços.

A sobrecarga financeira, no entanto, vem comprometendo a sustentabilidade fiscal dos municípios. Em 2024, a maior parte dos custos do MAC foi bancada por recursos próprios de impostos e transferências municipais (50,3%), o que gerou um déficit operacional acumulado de aproximadamente R$ 3 bilhões.

O envelhecimento da população e o consequente aumento da incidência de doenças crônicas, entre outros fatores, têm impulsionado o crescimento dos gastos em saúde nas últimas décadas, impondo grandes desafios à gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse contexto, a CNM analisou os dados municipais de despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) e apresentou os percentuais médios de aplicação em saúde pelos municípios de cada estado, na tabela abaixo.

UF Municípios que enviaram o SIOPS Cumprimento do mínimo Cumprimento do mínimo (%) Percentual médio aplicado
  2024 2023 2024 2024 2023 2024
AC 22 21 22 100,0% 17,3% 16,0%
AL 102 102 99 97,1% 20,7% 18,0%
AM 62 61 60 96,8% 20,9% 19,7%
AP 13 12 13 100,0% 17,7% 20,6%
BA 415 415 413 99,5% 22,0% 19,7%
CE 184 184 184 100,0% 24,8% 23,3%
ES 73 73 73 100,0% 22,3% 21,3%
GO 244 242 244 100,0% 22,2% 21,9%
MA 216 216 211 97,7% 20,8% 20,3%
MG 838 838 832 99,3% 23,5% 21,8%
MS 79 79 79 100,0% 23,8% 23,6%
MT 139 139 139 100,0% 23,9% 23,2%
PA 139 139 138 99,3% 20,3% 19,8%
PB 221 220 219 99,1% 22,6% 20,0%
PE 184 184 182 98,9% 24,1% 20,5%
PI 223 222 218 97,8% 19,3% 18,5%
PR 377 375 377 100,0% 24,8% 23,8%
RJ 86 85 85 98,8% 25,3% 24,6%
RN 164 163 164 100,0% 25,2% 23,7%
RO 52 52 51 98,1% 24,3% 22,1%
RR 14 13 13 92,9% 17,7% 17,5%
RS 471 471 469 99,6% 21,9% 20,8%
SC 276 276 276 100,0% 21,7% 21,0%
SE 75 75 73 97,3% 19,5% 18,1%
SP 635 634 635 100,0% 27,3% 25,1%
TO 139 137 134 96,4% 19,4% 18,2%
BR 5.443 5.428 5.403 99,3% 23,1% 21,6%

Fonte: Siops/Elaboração: Confederação Nacional dos Municípios (CNM)

A tabela mostra que, em 2024, 99,3% do total de 5.428 dos municípios que declararam seus dados ao Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops) cumpriram o limite mínimo constitucional de aplicação em ASPS. Em 11 estados, todos os municípios atingiram integralmente o piso exigido para a área. Os maiores percentuais médios de investimento foram registrados em São Paulo (25,1%), Rio de Janeiro (24,6%) e Paraná (23,8%).

Em relação aos estados e ao Distrito Federal, todos cumpriram o limite mínimo constitucional de 12% da Receita Corrente Líquida (RCL) em ASPS. Em 2024, a média de aplicação foi de 14,7% das receitas, o que representa R$ 19,3 bilhões acima do piso legal. Apesar de atender à exigência constitucional, os dados mostram que os investimentos adicionais refletem a dificuldade de ampliar a capacidade de resposta dos sistemas estaduais de saúde.

“Essa situação gera repercussões negativas em outras áreas cruciais da gestão municipal, como a Atenção Primária à Saúde, que pode sofrer com a limitação de investimentos e o redirecionamento de recursos para cobrir déficits em outros níveis de atenção”, afirmou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

A entidade reforça a urgência na revisão dos critérios de financiamento do SUS, apontando que a atual distribuição de custos, concentrada nos municípios, compromete os princípios de universalidade e equidade.

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24/07/2025 23:00h

Decreto oficializa a Rede Nacional de Dados em Saúde como base de controle e viabiliza aumento da oferta de especialistas à população

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A instituição da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) como plataforma oficial de interoperabilidade do SUS, regulamentada por meio de decreto assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, consolida um dos eixos do Programa Mais Especialistas, que é  reduzir o tempo de espera por atendimentos no SUS. 

Pela regulamentação, os atendimentos nos serviços de saúde privados serão remunerados pelo governo federal mediante compensação tributária ou quitação de dívidas, com toda a prestação de serviços registrada e rastreada pela RNDS. Ou seja, empresas privadas de Saúde poderão trocar suas dívidas por serviços prestados ao SUS, aumentando assim a capacidade de atendimento à população. 

A adesão de hospitais privados e filantrópicos ao programa Agora Tem Especialistas é voluntária. Para garantir a possibilidade de receber os créditos financeiros, as empresas deverão procurar o Ministério da Fazenda a fim de negociar as dívidas tributárias. 

De acordo com a Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), existem no Brasil mais de 6.500 hospitais, dos quais 2.730, que corresponde a 58% desse total, são instituições privadas. Dessas, as que tiverem pendências financeiras podem trocar por serviços ao SUS. 

Mas para utilizar o sistema de permuta, é preciso que a unidade da federação onde está situado o hospital esteja integrada à RNDS. No total, 3.805, que corresponde a 68,3% municípios brasileiros, enviam registros de forma regular à RNDS.

Até o momento, 21 estados, além do Distrito Federal, estão integrados à Rede Nacional de Dados em Saúde. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Rio de Janeiro e Paraná. Outros três estão em processo de implantação - São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Norte - e dois devem iniciar em breve: Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. 

Plataformas digitais

O decreto também regulamenta as plataformas do SUS Digital, que é composto pelo Meu SUS Digital, SUS Digital Profissional e SUS Digital Gestor, que ampliam o acesso a informações para cidadãos, profissionais e gestores públicos. O Meu SUS Digital já conta com mais de 59 milhões de downloads. No último mês, 29 milhões de usuários acessaram o aplicativo.

O ministro Alexandre Padilha destacou a importância na integração de dados de saúde dos brasileiros, com a assinatura do decreto pelo presidente Lula.

“E os estados, municípios, hospitais privados, hospitais públicos, vão ser obrigados a subir esse dado e um passo que vamos anunciar até o final de julho, que é a integração com a saúde suplementar, com os planos de saúde, que é para que se tenha integração absoluta desses dados". 

Por meio do Meu SUS Digital, o usuário passa a ter controle do seu histórico de saúde. Dados como histórico de vacinação, consultas, exames e cirurgias podem ser acessados por meio do aplicativo do SUS Digital. Profissionais e gestores também se beneficiam. Os dados unificados estarão disponíveis no SUS Digital Profissional e no SUS Digital Gestor, garantindo uma visão mais ampla e precisa da saúde da população.

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23/07/2025 03:00h

Casos elevam alerta nacional; Acre decreta emergência e Brasil intensifica campanhas de vacinação.

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O Ministério da Saúde confirmou segunda-feira (21) que investiga dois casos suspeitos de sarampo no município de Campos Lindos, no norte do Tocantins. Os pacientes relataram contato com pessoas vindas da Bolívia, atualmente em surto da doença. Amostras clínicas foram coletadas e enviadas para análise laboratorial na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O Brasil registrou, em 2025, cinco casos de sarampo, que foram confirmados de forma isolada, sendo dois no Rio de Janeiro, um no Rio Grande do Sul, um em São Paulo e um no Distrito Federal. Em 2024, o país recebeu o certificado de livre da circulação do sarampo e, apesar dos registros, o Brasil segue com o status. 

A vacina que previne a doença é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível em todo Brasil. 

O Acre decretou estado de emergência pública devido ao risco iminente de reintrodução do sarampo. Até o momento, foram 15 casos suspeitos: 11 descartados e 4 ainda em análise. 

A decisão autoriza medidas extraordinárias, como mobilização de equipes, ampliação da vacinação e campanhas de conscientização.  O Acre, apesar de ter alcançado boa cobertura da primeira dose da vacina (96,7%), apresenta um déficit para a segunda dose, com apenas 70,3% do público-alvo vacinado. 

As ações de vigilância vêm sendo reforçadas especialmente em áreas de fronteiras, onde há maior risco de entrada de casos importados. O Governo Federal vai realizar um Dia D de vacinação no sábado (26), priorizando cidades fronteiriças.

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15/06/2025 04:00h

Gestores de saúde devem indicar até 30 de junho os serviços e as vagas para médicos especialistas que vão atuar em regiões prioritárias para o SUS

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O Ministério da Saúde publicou, na última quinta-feira (12), o edital de adesão de estados, municípios e do Distrito Federal ao programa Agora Tem Especialistas, iniciativa voltada à redução das filas por consultas, exames, cirurgias e tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS).

A ação marca a etapa preparatória para a abertura de 500 bolsas de educação pelo trabalho, destinadas a médicos já especialistas. 

Gestores estaduais e municipais de saúde têm até o dia 30 de junho para indicar ao ministério os serviços de saúde interessados. Será necessário detalhar a estrutura disponível — como salas, equipamentos, insumos e medicamentos — e informar a quantidade de vagas para atuação dos médicos. O edital pode ser acessado aqui

O objetivo do edital atual é identificar a demanda de atendimento nas áreas prioritárias para o SUS e mapear os estabelecimentos de saúde aptos a receber os profissionais.

Com o mapeamento concluído, o Ministério da Saúde publicará um novo edital para selecionar os 500 especialistas, que atuarão com prática assistencial em hospitais regionais, policlínicas e ambulatórios. Os profissionais devem ter certificação da CNRM ou titulação pela AMB.

A previsão do governo é que o chamamento dos especialistas selecioandos seja publicado na primeira quinzena de julho, com início das atividades para setembro deste ano. 

Agora tem Especialistas: o que é?

É um programa que visa reduzir o tempo de espera em atendimentos realizados pelo SUS. A  ação busca também ampliar mutirões, utilizar unidades móveis de saúde, adquirir transporte sanitário e fortalecer o sistema de telessaúde.

Entre as metas do programa, estão a realização de mais de 700 mil cirurgias anuais em carreatas especializadas, colocar em operação mais de 6 mil veículos de transporte sanitário, garantir a formação de 4 mil novos médicos especializados, além da ampliação ao acesso à radioterapia com 72,6 mil procedimentos anuais.

Segundo o Ministério da Saúde, serão destinados R$ 260 milhões para ampliar o provimento e a formação de profissionais especialistas em regiões com menor cobertura assistencial. É o que explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “O “Agora tem Especialistas” pretende usar todos os instrumentos que nós temos enquanto ministério da saúde, instrumentos legais com a medida provisória, os processos de pactuação, os recursos do ministério, os recursos que são e que não são do orçamento do ministério para estarmos direcionando para a esse esforço.”
 

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16/11/2024 01:00h

Recurso será distribuído aos estados e DF para garantir a disponibilidade do serviço até mesmo em áreas remotas

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A detecção precoce de uma gavidez é fundamental para a saúde da mãe e do bebê, já que permite um pré-natal adequado desde o início. Por isso, o Ministério da Saúde está liberando R$ 6,3 milhões para a compra dos kits de teste rápido de gravidez (TRG), que em poucos minutos são capazes de detectar uma gestação, logo a partir das primeiras semanas. 

Os testes serão enviados para as unidades de Saúde do SUS que oferecem serviços de atenção primária, como as Unidades Básicas. Assim, mesmo em locais mais remotos, a detecção poderá ser feita. Todos os municípios brasileiros irão receber valores, que devem variar de acordo com a população. O valor mínimo será de R$ 200, suficiente para a compra de 100 kits. 

Os testes também estarão disponíveis para as populações indígenas de todas as regiões do país.

Planejamento familiar

A distribuição dos testes é uma das estratégias do Ministério da Saúde nas ações de planejamento reprodutivo e familiar, que inclui ainda a oferta de dispositivos e técnicas conceptivas e contraceptivas — como os dispositivos intra-uterinos (DIU) de cobre, que também estão disponíveis na rede pública de saúde. 
 

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Dr. Ajuda
27/10/2024 01:00h

Neste episódio a assistente social, Letícia Andrade, explica como é a organização do SUS

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O Sistema Único de Saúde (SUS) atende mais de 150 milhões de pessoas e desempenha um papel fundamental na assistência à saúde da população, abrangendo uma ampla gama de problemas, desde condições simples como gripes e resfriados até casos mais complexos, como câncer, transplantes e cirurgias cardíacas.

Para garantir uma cobertura abrangente, o SUS está organizado em diferentes níveis de atenção ou complexidade:

Nível Primário:

  • O atendimento de casos mais simples ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e postos de saúde;
  • Foco na prevenção, promoção da saúde e tratamento de condições de menor complexidade.

Nível Secundário:

  • Composto por serviços especializados oferecidos em Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) e hospitais;
  • Destinado a casos que requerem atenção mais especializada, mas não demandam tratamento de alta complexidade.

Nível Terciário:

  • Engloba tratamentos e exames de alta complexidade realizados em hospitais de grande porte, como o Hospital das Clínicas e o Instituto do Câncer;
  • Foco em condições de extrema complexidade, como tratamento do câncer, partos de alto risco e doenças raras.

Entre esses três níveis existe uma integração, de modo que um paciente que chega ao posto de saúde possa ser encaminhado para os serviços de atendimento secundário ou terciário. Uma vez que o problema foi resolvido, o paciente retorna para a Unidade Básica de Sáude.

Se uma pessoa possui um problema mais grave ou necessita de uma cirurgia, o hospital para qual ela será encaminhada é definido pela central de regulação, que irá avaliar quais hospitais ou serviços conseguem resolver aquele problema e dentre esses quais possuem vagas para atender a pessoa que necessita o mais rápido possível. 

Essa estrutura hierárquica permite ao SUS oferecer cuidados de saúde de forma abrangente, adaptando-se às diferentes necessidades da população e garantindo acesso a tratamentos específicos em diversos contextos de atendimento.

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.

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