SUS

02/06/2023 20:40h

Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação

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A Prefeitura de Manaus reforçou a importância da vacinação contra a febre amarela após a confirmação de novos casos da doença no Estado de São Paulo, após três anos sem registros. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço de vacinação em 171 salas de vacinação na cidade.

O imunizante deve ser administrado aos nove meses de vida, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação. 

A professora e infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi afirma que todas as regiões com grande concentração de Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela. 

“Todas as regiões de mato e todas as regiões que a gente tem uma concentração grande do Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela. Portanto, o Brasil é um país de risco para a febre amarela, por isso todos devem ser vacinados”, recomenda a infectologista. 

De acordo com especialistas, o período de incubação do vírus é de 3 a 6 dias, podendo chegar a 15 dias.  E a  doença. advertem,  pode evoluir rapidamente para casos graves com alta letalidade. Pessoas não- vacinadas que vivem em áreas endêmicas, como o interior do Amazonas e outros países da região amazônica, também estão em maior risco de infecção.

Enquanto metade dos casos é assintomática ou leve, os sintomas da febre amarela incluem calafrios, febre súbita, dor nas costas, prostração, dor de cabeça intensa e contínua, falta de apetite, náuseas, vômitos e dores musculares. Nos casos graves, podem ocorrer diarreia, icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos), artéria (parada de urinar), aumento dos vômitos, sangramentos e danos ao fígado e rins, podendo levar à queda de pressão e coma.

Não há tratamento específico para a febre amarela. Os casos graves são tratados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde são realizadas ações de suporte, como hemodiálise e   o uso de medicamentos para tratar o choque hemodinâmico.

A cobertura vacinal contra a febre amarela em Manaus, considerando crianças menores de 1 ano de idade, foi de 66,04% em 2022, abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
 

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01/06/2023 10:35h

A expectativa é que sejam realizadas 900 cirurgias por semana

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) anunciou o início da primeira fase do programa de cirurgias eletivas do Ministério da Saúde. Os primeiros municípios goianos que vão realizar as cirurgias já receberam do governo federal a primeira parcela das verbas destinadas ao programa.

Nesta primeira fase, o governo federal vai repassar R$20 milhões para custeio de cerca de 10 mil cirurgias. A expectativa é que sejam realizadas 900 cirurgias por semana em 68 hospitais da rede privada e municipal cadastrados.

Além desse repasse, para acelerar a fila de cirurgias, o estado vai complementar os valores dos procedimentos, pagando o dobro da tabela SUS para que unidades particulares e de alguns municípios realizem as cirurgias. Dessa forma, o governo de Goiás investirá outros R$ 20 milhões no programa.

Segundo o secretário de atenção especializada à saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, a participação da equipe responsável pela saúde municipal é importante para que se possa fazer uma avaliação da quantidade de pessoas que estão na fila de espera e, assim, criar estratégias para otimizar a oferta dos procedimentos.

“A gente vai tentar consolidar e ofertar soluções inclusive tecnológicas junto com o DATASUS, para facilitar esse manejo, esse reconhecimento das filas em cada estado”, afirmou Miranda. 

A ordem de seleção obedece ao critério do tempo de espera, ou seja, quem aguarda há mais tempo terá prioridade.
 

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11/05/2023 03:45h

Com o objetivo de reduzir essa fila, o Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF) pretende avançar com procedimentos de cirurgias eletivas, exames complementares e consultas especializadas. Até o momento 19 estados já aderiram ao programa.

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No Brasil, 679.188 pacientes aguardam na fila para a realização de consultas, exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). Os números foram atualizados no último dia 9 de maio e divulgados pelo Ministério da Saúde.

Com o objetivo de reduzir essa fila, o Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF) pretende avançar com procedimentos de cirurgias eletivas, exames complementares e consultas especializadas.

No início do ano, foram destinados R$ 600 milhões para apoiar estados e municípios nessa redução.

Até o momento, 19 estados já aderiram ao Programa Nacional de Redução das Filas, são eles:

  1. Acre;
  2. Alagoas;
  3. Amapá;
  4. Amazonas;
  5. Bahia;
  6. Ceará; 
  7. Distrito Federal;
  8. Espírito Santo; 
  9. Goiás;
  10. Maranhão; 
  11. Minas Gerais;
  12. Paraíba;
  13. Piauí;
  14. Rio Grande do Norte;
  15. Rondônia;
  16. Roraima;
  17. Rio Grande do Sul;
  18. Santa Catarina;
  19. Tocantins

Segundo o Ministério da Saúde, o programa também prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil. Cada estado estabeleceu as cirurgias prioritárias, de acordo com a realidade local. Entre os procedimentos mais listados pelas unidades federativas, estão:

  • Cirurgia de catarata;
  • Retirada da vesícula biliar;
  • Cirurgia de hérnia;
  • Remoção das hemorroidas;
  • Retirada do útero.

O secretário de atenção especializada à saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, afirma que a atuação da equipe responsável pela saúde municipal no desenvolvimento do projeto é essencial para que se possa fazer uma avaliação da quantidade de pessoas que estão na fila de espera e, assim, criar estratégias para reduzir as filas.

“A gente vai tentar consolidar e ofertar soluções inclusive tecnológicas junto com o DATASUS, para facilitar esse manejo, esse reconhecimento das filas em cada estado”, completa

Segundo o diretor de programas na Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Felipe Proenço, todos os pedidos que chegaram até o início do ano foram contemplados e os demais aguardam as publicações das portarias.

“São mais de 56 mil serviços e equipes que estavam represados. Então, à medida que as portarias forem publicadas pelo gabinete da ministra, vão ser divulgados os prazos”, explica. 

De acordo com o Ministério da Saúde, os critérios e detalhes para o repasse dos valores aos fundos estaduais e municipais de saúde serão publicados em portaria. Cada unidade federativa terá que entregar um diagnóstico com a real demanda local por cirurgias, assim como um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação de recursos. 

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Saúde
17/04/2023 17:35h

Só em 2021, pacientes fizeram 4 milhões de viagens para tratamento de saúde em cidades vizinhas

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Milhões de brasileiros são obrigados a se deslocar para outras cidades, para recuperar a saúde ou a de seus familiares. E são obrigados a ficar muitas vezes vários dias longe de casa. Esta realidade é antiga e muito conhecida por prefeitos e servidores da Saúde em todo o país.

No entanto, agora esses dados são oficiais. No último dia 3 de abril, o Tesouro Nacional divulgou que, só em 2021, foram cerca de 4 milhões de percursos desta natureza. Para o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde  (Conasems), Mauro Junqueira, o subfinanciamento do SUS é o principal motivo da má distribuição de serviços, de equipamentos de saúde e de recursos no Sistema Único de Saúde (SUS) 

Segundo ele, o subfinanciamento ocorre desde 1988 e é um grande desafio para os municípios, principalmente os pequenos, que se esforçam apesar de terem pouco dinheiro para investir e oferecer um serviço de Saúde de qualidade à população. “Nesses mais de 34 anos do SUS, o governo federal investe 1,5% do PIB - em média - em ações e serviço público de saúde”, relata Junqueira.

“A população cresceu, está envelhecendo, e os valores aplicados em saúde continuam os mesmos”, afirma. “Nós contamos hoje com R$ 5,08 para cada habitante, por dia, para cuidar da saúde, enquanto são aproximadamente 4 mil municípios com menos de 20 mil habitantes”. 

Regionalização

Junqueira explica que os municípios pequenos não têm condições de fazer os chamados “atendimentos de alta complexidade”. “Em alguns casos, eles não conseguem nem mesmo atender à média complexidade. Portanto, fazem apenas a atenção primária”, lamenta. 

“Nós trabalhamos o processo de regionalização da Saúde, onde a ‘sede’ das regiões – municípios de médio e grande porte – concentram serviços de alta complexidade”, esclarece o representante do Conasems. Ele ressalta que esses serviços exigem maior investimento e, normalmente, são oferecidos apenas pela rede pública de saúde das cidades maiores. “Os mais comuns são hemodiálise, oncologia, transplantes, cirurgias de alta complexidade e UTI”.

Residência
De acordo com o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, há uma limitação anual nos serviços de prestação de residência médica. Segundo Junqueira, apenas 30% dos profissionais recém-formados têm acesso à residência médica. “Portanto, precisamos de ampliar as residências, para ter mais especialistas na região”, defende.

Desafio

“Com tudo isso, os municípios tanto de menor porte ou de maior porte, só no ano passado aplicaram – juntos – cerca de R$ 47 bilhões, além do mínimo constitucional, além do que era previsto, para poder garantir a saúde”, enfatiza.

“Os municípios estão fazendo um grande esforço para conseguir atender aquilo que está na Constituição, que é dar uma saúde para sua população”, afirma o secretário-executivo do Conselho. “É uma dificuldade, é um desafio, e é nesse sentido que o Conasems vem trabalhando para ampliar os recursos da Saúde e capacitar gestores”.

Municípios menores

O sentimento externado pelo secretário do Canasems, a respeito das limitações das pequenas cidades, vai ao encontro do estudo divulgado pelo Tesouro. Conforme o levantamento, este fenômeno do alto índice de deslocamentos em busca de saúde atinge principalmente os municípios menores, de menos capacidade de gestão e de menor gasto proporcional em atendimento hospitalar e ambulatorial. 

Ao mesmo tempo, uma pequena parte de municípios maiores passam a receber pacientes “de fora” – aumentando a demanda por seus serviços de saúde naquelas cidades, onerando os gastos com o setor.

Além da dificuldade relacionada ao deslocamento de pacientes e o estrangulamento da saúde nas cidades de médio e grande porte, por causa do aumento da demanda nos hospitais que recebem pacientes de outras localidades, os dados mostram inconsistências na distribuição dos gastos em atendimento hospitalar e ambulatorial entre os municípios.

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Saúde
15/04/2023 04:30h

Programa Nacional de Redução de Filas é uma das prioridades do governo para reduzir espera de pacientes por procedimentos

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No Brasil, 196.916 pacientes aguardam na fila para a realização de consultas, exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram divulgados durante a terceira Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Esses números foram atualizados no último dia 29 de março.

Com o intuito de reduzir essas filas de espera, o governo federal criou o Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF). No início do ano, foram destinados R$ 600 milhões para apoiar estados e municípios nessa redução.

Durante a CIT, Helvécio Miranda, secretário de atenção especializada à saúde, do Ministério da Saúde, afirmou que o programa deve ampliar o esforço em cada município, para a diminuição das filas.

“Especialmente os grandes municípios, mas não só, para identificar, com forma segura, com CPF, a lista dos pacientes que estão demandando, desde a consulta pré anestésica, desde que indicado, para cirurgia eletiva”, pontua.

O secretário reforça que a atuação da equipe responsável pela saúde municipal no desenvolvimento do projeto é crucial para que os gestores possam avaliar a quantidade de pessoas que estão na fila de espera e, assim, projetar estratégias eficazes para reduzir as filas..

Felipe Proenço, diretor de programas na Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, destaca que todos os pedidos que chegaram até o início do ano foram contemplados e os demais aguardam as publicações das portarias.

“São mais de 56 mil serviços e equipes que estavam represados. Então, à medida que as portarias forem publicadas pelo gabinete da ministra, vão ser divulgados os prazos ao longo deste mês de abril”, explica. 

De acordo com o Ministério da Saúde, os critérios e detalhes para o repasse dos valores aos fundos estaduais e municipais de saúde serão publicados em portaria. Cada unidade federativa terá que entregar um diagnóstico com a real demanda local por cirurgias, assim como um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação de recursos. 

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05/03/2023 18:40h

Ministério da Saúde avalia inclusão do imunizante no Programa Nacional de Imunização (PNI), mas será necessário definir estratégia devido à escassez de doses

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A vacina contra a dengue deve estar disponível para a população brasileira no segundo semestre deste ano. Essa é a previsão da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do imunizante na última quinta-feira (2).

Produzida pela empresa Takeda Pharma, a Qdenga é indicada para população entre 4 e 60 anos e aplicada por via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. “Uma vacina que mostrou altíssima eficácia, mais de 80% na prevenção da dengue, 90% na prevenção da dengue grave, aplicada em duas e muito segura”, celebra Renato Kfouri, infectologista vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

O próximo passo, segundo o médico, é a definição da tática mais efetiva para a vacinação da população, uma vez que não há doses disponíveis para todos. “É preciso agora um grande estudo para que nós possamos determinar qual será a melhor estratégia, de melhor impacto em programa público já que não será possível vacinar toda a população. Introduzir a vacina na população de maior risco, naquelas que adoecem com mais gravidade, nas regiões onde a doença afeta com mais intensidade, parece ser a melhor estratégia”, afirma Kfouri.

No país, já existia uma vacina contra a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mas estava disponível somente para quem já tinha sido infectado com o vírus. O Ministério da Saúde anunciou na sexta-feira (3) que vai pedir à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) que avalie a vacina Qdenga para inclusão no Programa Nacional de Imunização (PNI).

Até a aplicação da vacina, a forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito Aedes aegypti. Para isso, há cuidados que podem ser tomados pela população, como verificar se a caixa d’água está bem tampada, colocar areia nos pratos de plantas, recolher e acondicionar o lixo do quintal, limpar as calhar, cobrir bem piscinas e todos os reservatórios de água.

Dengue endêmica

Ao menos 1.016 pessoas morreram devido à dengue no Brasil em 2022, um número quatro vezes maior do que no ano anterior. Isso equivale a quase três vítimas diariamente no país, segundo dados do Ministério da Saúde. O total é o maior na série histórica dos últimos 10 anos, superando as 985 mortes provocadas pelo vírus em 2015.

São Paulo lidera o ranking, com 282 mortos – equivalente a 27,7% do total. Em seguida, Goiás contabiliza 162 vítimas (15,9%). Paraná soma 109 vítimas e Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 88 e 66, respectivamente. O montante, porém, pode ser ainda maior que as estatísticas oficiais, já que outros 109 óbitos permanecem em investigação em todo o país.

A pasta registrou 1.450.270 casos de dengue no ano passado, o que leva a uma taxa de incidência de 679,9 casos a cada 100 mil habitantes – um salto de 162,5% em relação ao mesmo período de 2021. Brasília e Goiânia despontam como as cidades com maior número de diagnósticos.

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13/02/2023 11:37h

Desde 2016, praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo do patamar esperado pelo Ministério da Saúde

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O Brasil registrou a mais baixa cobertura da vacina BCG em bebês de zero  a um ano, em uma década: 79,5%. O dado foi registrado em 2021 pelo Observa Infância e o Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase). Em 2022, o número obteve um leve crescimento e chegou a 80%, mas esse resultado ainda é preliminar. Desde 2016, todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. Apenas em 2011, o país registrou o número de 100% de imunizados entre crianças de até quatro anos.

A vacina BCG é um imunizante contra tuberculose, doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões e, apesar de ser antiga, continua sendo um importante problema de saúde pública. Atualmente, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo, e é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais.

A professora de Imunologia da Universidade Federal do Goiás (UFG) Ana Paula Junqueira Kipnis explica a importância da vacinação com o imunizante BCG ainda quando criança, preferencialmente, até quatro meses de idade. 

“Quando o tutor, pais ou responsáveis não levam as crianças para vacinar com a BCG, o que acontece? Acontece uma menor resposta para outras vacinas. As crianças estão expostas ao "Mycobacterium tuberculosis”, que é transmitido pelo ar, além de serem mais suscetíveis à infecção com tuberculoses que os adultos”, explica a professora. 

A vacina BCG, além de proteger contra a tuberculose, eleva as taxas de proteção contra várias outras doenças imunopreveníveis, como poliomielite, tétano, coqueluche, influenza e sarampo. 

“Além disso, ao não vacinar com a BCG você perde a oportunidade de ter uma resposta melhorada a outras vacinas. A idade recomendada é de até três meses de idade, mas se você não vacinou a criança e ela está com qualquer idade, é melhor levá-la e atualizar o calendário de vacinação. É uma única dose de vacina, e é melhor ter tomado a vacina do que não ter tomado”, complementou Kipnis. 

Neste ano, o Ministério da Saúde elevou o status do Programa Nacional de Imunizações (PNI) a um departamento específico dentro da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). As metas do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública são: alcançar redução de 90% do coeficiente de incidência da tuberculose e redução de 95% no número de mortes pela doença no país até 2035, quando comparados com os dados de 2015.

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12/02/2023 15:17h

A cirurgia é indicada no caso de mulheres que fizeram a retirada das mamas após ter câncer. Mais de 20 mil mulheres esperam pela reconstrução mamária

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O Ministério da Saúde destinará mais de R$ 100 milhões para a ampliação do acesso aos procedimentos de reconstrução mamária em mulheres submetidas à mastectomia ou para aquelas com indicação de reconstrução mamária. De acordo com a pasta, trata-se de uma estratégia excepcional de ampliação do acesso nos hospitais de alta complexidade em oncologia do Sistema Único de Saúde (SUS). Espera-se que, com a medida, mais de 20 mil mulheres em todo o país sejam beneficiadas com o procedimento na rede pública de saúde. A decisão foi anunciada durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), de 2023..

Para a médica ginecologista Lauriene Pereira, a decisão é uma conquista e tanto para todas aquelas que estão no enfrentamento ao câncer de mama, além de ajudar a promover a saúde e dignidade feminina. 

“É uma vitória essa conquista, a destinação desse valor, dessa verba para os hospitais que se dedicam, que de alguma forma enfrentam o câncer de mama. A reconstrução da mama de quem passou ou para quem, por medida profilática, teve que fazer a mastectomia, devolve a autoestima para a mulher, a alegria, o prazer de viver mesmo porque a retirada da mama causa muito impacto na vida dela”, destaca.

Mês de conscientização sobre os cuidados com o câncer de mama

Outubro Rosa: médica explica sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce

Em 2020, foram estimados cerca de 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama no mundo. Praticamente, um a cada quatro diagnósticos de câncer na população feminina é de mama. A doença responde, atualmente, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres. 

Em 2021, foram estimados mais de 66,2 mil casos novos da doença. Embora raro, é um tipo de patologia que também acomete homens, representando menos de 1% do total de casos. Em relação à mortalidade, foram registradas pelo DataSUS, em 2020, 18.032 mortes por câncer de mama, sendo 207 homens e 17.825 mulheres. 

O sintoma mais comum de câncer de mama, apontam especialistas, é o aparecimento de nódulo, geralmente não-doloroso e de textura dura. Mas há casos de tumores com consistência branda, globosos e bem definidos. 

Outros sinais de câncer de mama são edemas na pele, semelhantes à casca de laranja, dor, vermelhidão, descamação ou ulceração dos mamilos, alteração na circulação sanguínea. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

Cuidados

Médica especialista em ginecologia e obstetríci, Giani Silvana Schwengber Cezimbra explica que o melhor tratamento contra a doença é o diagnóstico precoce, evitando, com isso, procedimentos mais agressivos no futuro e até a morte. 

A médica recomenda que mulheres a partir de 35 anos, com antecedentes familiares ou que apresentam algumas alterações na região mamária, realizem a mamografia imediatamente. E aos 40 anos, independentemente de se encaixar em uma dessas situações, a orientação é realizar o exame clínico de dois em dois anos. 

“Em geral, todas as mulheres devem fazer uma consulta médica. O enfrentamento ao câncer de mama está relacionado à detecção precoce, sendo que é uma doença que não existe prevenção”, alerta a doutora Giani Silvana. “A importância da detecção precoce é justamente porque esses tratamentos são bem menos radicais, bem menos agressivos. E a mortalidade se reflete diretamente com isso”, observa. 

O Ministério da Saúde ainda anunciou a adesão do órgão a uma nova tecnologia de detecção do câncer do colo de útero. A técnica está em desenvolvimento no estado de Pernambuco.  A novidade é resultado de pesquisas conduzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e substitui o exame preventivo da doença, Papanicolau, pela metodologia do PCR, a mesma usada nos melhores testes de detecção da Covid-19. 

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Saúde
26/01/2023 20:30h

Cada estado terá que elaborar um plano para redução da lista de espera e apresentá-lo ao governo federal, que vai repassar os recursos de acordo com tamanho populacional e demanda pelos procedimentos

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O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (26) um plano emergencial para reduzir a fila de cirurgias eletivas, exames diagnósticos e consultas especializadas em todo o país. A pasta vai repassar cerca de R$ 600 milhões para estados e municípios efetivarem a ação. O anúncio ocorreu na primeira reunião do órgão com os representantes de saúde dos entes da federação. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o esforço vai tentar minimizar a demanda reprimida desses procedimentos, que foi bastante afetada pelas restrições impostas pelas autoridades de saúde para o combate à pandemia da Covid-19. Helvécio Magalhães, secretário de Atenção Especializada da pasta, disse que diminuir a fila é prioridade para o governo. 

"O que a gente fez foi, sempre com essa ótica da forma mais simplificada, tentar intervir nesse problema agravado nesse período todo da pandemia. Muitos dos procedimentos usuais do Sistema Único de Saúde voltaram ao seu patamar, mas tem um acúmulo de um problema que precedeu a pandemia, evidentemente", afirmou. 

Como vai funcionar 

A estratégia da pasta é começar pela diminuição da fila das cirurgias eletivas – que recebem esse nome porque não precisam ser feitas com urgência, podendo ser agendadas. 

A transferência dos recursos para os estados e municípios realizarem esses procedimentos será de acordo com a demanda. Cada estado terá que elaborar, em articulação com seus municípios, um plano para diminuição das filas. Este plano deverá ser encaminhado ao Ministério da Saúde e terá que conter, no mínimo, as seguintes informações:  

  • Elenco dos procedimentos cirúrgicos, consultas especializadas e exames complementares de acordo com as filas prioritárias no estado e/ou município; 
  • Relação dos serviços de saúde que realizarão os procedimentos cirúrgicos, exames complementares e consultas especializadas; 
  • Meta de redução das filas em 2023; 
  • Cronograma de execução do recurso. 

No que a pasta está chamando de primeira etapa da ação, entre janeiro e junho deste ano, o foco será a diminuição da fila para as pessoas que esperam por cirurgias eletivas. Mas segundo Helvécio Magalhães, a fila dos exames diagnósticos e consultas especializadas não será deixada de lado. "Começamos com as cirurgias eletivas, mas já podemos rapidamente discutir exame diagnóstico e consultas especializadas. Uma coisa não vai prender a outra", ressaltou. 

O secretário explicou que tão logo os estados apresentem seus planos, a pasta vai homologá-los e transferir um terço dos R$ 600 milhões, ou seja, R$ 200 milhões, aos estados para o início da ação. Esse repasse vai levar em conta a população estimada de cada ente pelo IBGE em 2021. 

Os R$ 400 milhões restantes vão ser distribuídos mais a frente. A ideia do Ministério da Saúde é dar o pontapé inicial já em fevereiro. O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire Bezerra, disse que é importante ter uma política implantada para redução das filas desses procedimentos. 

"Nesse momento pós-pandemia, onde viramos anos com passivos acumulados de milhões de procedimentos, tenho certeza que daqui a 90 dias teremos uma grande resposta com relação a esses R$ 600 milhões. Essa é uma política urgente para a população brasileira", pontuou.  

Problema

Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que o Brasil deixou de realizar ou adiou pelo menos 2,8 milhões de cirurgias eletivas em 2020, por causa da pandemia. Segundo o CFM, procedimentos simples, como cirurgia de catarata, hérnia, vesícula, varizes e postectomia, estão entre os mais afetados. 

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03/12/2022 15:08h

A Trombectomia Mecânica é a desobstrução da artéria cerebral com coágulo sanguíneo por meio de um processo de aspiração

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O Brasil conta com a quarta maior taxa de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) entre os países da América Latina e Caribe, de acordo com o Ministério da Saúde. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade revelam que foram registrados 98.843 óbitos por doenças cerebrovasculares no país em 2020.

Essas condições impactam o Sistema Único de Saúde (SUS) de maneira significativa, com registro de 164.200 internações por AVC em 2021, com valor anual de mais de R$ 250 milhões,  conforme informações do Sistema de Informações Hospitalares. Na Atenção Primária à Saúde, apenas em 2021, foram mais de 102 mil atendimentos de AVC e 556 atendimentos de reabilitação de acidente vascular cerebral. 

O Ministério da Saúde classifica o AVC como uma doença tempo-dependente. Isso significa que quanto mais rápido for o tratamento maior a chance de recuperação completa do paciente. Diante disso, a pasta destaca a importância de se promover a conscientização acerca dos principais sinais de que alguém próximo esteja com risco de ser acometido. 

Recentemente, o governo anunciou que vai incorporar uma tecnologia para tratar o AVC Isquêmico (AVCi), reconhecido como o tipo mais frequente da doença. Trata-se da Trombectomia Mecânica (TM), procedimento complementar à trombólise. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na abertura do Global Stroke Alliance – for Stroke without Frontiers, um congresso médico com o intuito de debater o Acidente Vascular Cerebral (AVC), em São Paulo. 

O neurocirugião pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Victor Hugo Espíndola, explica que o procedimento já é adotado em outros países. Segundo o especialista, a Trombectomia Mecânica ajuda muito no combate às sequelas do AVC. 

“Existem vários casos em que, quando tratamos os pacientes, muitos podem sair até sem sequelas ou com sequelas mínimas. A indicação não é nem pela gravidade do AVC, e sim por qual artéria está obstruída. Quando temos uma grande artéria obstruída, é que indicamos a Trombectomia Mecânica. Outra vantagem desse procedimento é que ele pode ser executado em até 24 horas, em alguns casos. Isso melhora muito porque o outro tratamento disponível, a trombólise venosa, só pode ser feito até 4 horas e meia de sintomas”, destaca. 

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O tratamento foi aprovado no final do ano passado e será disponibilizado pelo SUS. A Trombectomia Mecânica consiste na desobstrução da artéria cerebral por meio de um cateter que leva um dispositivo endovascular, um stent ou um sistema de aspiração, para retirar o coágulo sanguíneo do cérebro.

A analista de sistemas Fabricia Chacon, de 44, mora em Brasília e conta que teve AVC em 2017, por conta de uma doença autoimune conhecida como Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF). Para ela, a Trombectomia Mecânica representa uma esperança a mais para quem sofre com a doença. 

“Eu acredito muito que, com esse novo tratamento, seja possível, se não evitar, mas mitigar as sequelas de um AVC. As pessoas acometidas com a doenças merecem um acompanhamento rotineiro para prevenir novos AVCs. Eu vejo os exames de rotina, exercícios físicos e alimentação saudável fundamentais para esse processo”, considera.  

Sintomas do AVC

O AVC ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem. Isso provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:

  • fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
  • confusão mental;
  • alteração da fala ou compreensão;
  • alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
  • alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
  • dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
     
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