SUS

Dr. Ajuda
09/01/2024 10:45h

Neste episódio a assistente social, Letícia Andrade, explica como é a organização do SUS

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O Sistema Único de Saúde (SUS) atende mais de 150 milhões de pessoas e desempenha um papel fundamental na assistência à saúde da população, abrangendo uma ampla gama de problemas, desde condições simples como gripes e resfriados até casos mais complexos, como câncer, transplantes e cirurgias cardíacas.

Para garantir uma cobertura abrangente, o SUS está organizado em diferentes níveis de atenção ou complexidade:

Nível Primário:

  • O atendimento de casos mais simples ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e postos de saúde;
  • Foco na prevenção, promoção da saúde e tratamento de condições de menor complexidade.

Nível Secundário:

  • Composto por serviços especializados oferecidos em Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), Assistência Médica Ambulatorial (AMAs) e hospitais;
  • Destinado a casos que requerem atenção mais especializada, mas não demandam tratamento de alta complexidade.

Nível Terciário:

  • Engloba tratamentos e exames de alta complexidade realizados em hospitais de grande porte, como o Hospital das Clínicas e o Instituto do Câncer;
  • Foco em condições de extrema complexidade, como tratamento do câncer, partos de alto risco e doenças raras.

Entre esses três níveis existe uma integração, de modo que um paciente que chega ao posto de saúde possa ser encaminhado para os serviços de atendimento secundário ou terciário. Uma vez que o problema foi resolvido, o paciente retorna para a Unidade Básica de Sáude.

Se uma pessoa possui um problema mais grave ou necessita de uma cirurgia, o hospital para qual ela será encaminhada é definido pela central de regulação, que irá avaliar quais hospitais ou serviços conseguem resolver aquele problema e dentre esses quais possuem vagas para atender a pessoa que necessita o mais rápido possível. 

Essa estrutura hierárquica permite ao SUS oferecer cuidados de saúde de forma abrangente, adaptando-se às diferentes necessidades da população e garantindo acesso a tratamentos específicos em diversos contextos de atendimento.

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.

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11/10/2023 04:30h

Triagem neonatal auditiva é lei e deve ser realizados no primeiro mês de vida da criança

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A triagem neonatal auditiva, conhecida popularmente como “teste da orelhinha” é um dos exames preventivos fundamentais nos primeiros dias de vida da criança. Essencial para a avaliar a audição de recém-nascidos e identificar precocemente possíveis problemas auditivos, o teste no Brasil é obrigatório e pode ser realizado gratuitamente pelo SUS.

Rápido, indolor e sem contraindicações, o exame consiste na introdução de um fone no canal auditivo da criança e a realização de um estímulo sonoro. O aparelho faz a leitura da resposta auditiva para identificar as possíveis alterações, como explica o otorrinolaringologista Jefferson Pitelli.

“O Sistema Nervoso Central apresenta grande plasticidade quando precocemente estimulado, principalmente até os dois meses de idade, permitindo o aumento de conexões nervosas e possibilitando melhores resultados na reabilitação auditiva e desenvolvimento de linguagem de crianças acometidas pela deficiência auditiva”.

Como é uma medida preventiva, a partir do exame é possível desenvolver ações adequadas para garantir um desenvolvimento saudável e uma melhor qualidade de vida para a criança, como destaca Pitelli.

“A capacidade auditiva também influencia nas habilidades de comunicação e linguagem ao longo da vida. Dessa forma, alterações auditivas podem comprometer essas habilidades e, consequentemente, o aprendizado”.  

O especialista lembra ainda que, caso algo seja detectado no teste da orelhinha, não necessariamente significa que há problemas auditivos. “Outros exames de maior complexidade terão de fazer parte da investigação diagnóstica”, recomenda.

Há cerca de dois anos, a filha da coordenadora de comunicação Nara Lima fez o teste ainda na maternidade. “O teste foi super-rápido e sabemos da importância que ele tem. Todos os resultados foram conforme o previsto pelo protocolo. Ficamos felizes que não precisamos refazê-lo depois de algum tempo”, diz.

De acordo com dados da última Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo IBGE, 1,1% da população brasileira é composta por pessoas que são surdas. Esse número equivale a mais de 2,3 milhões de cidadãos que possuem surdez profunda.

Segundo o relatório mundial sobre audição da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 4 pessoas terão problemas auditivos até 2050. Essa parcela corresponde a 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo. Deste número, pelo menos 700 milhões precisarão de acesso a cuidados auditivos, a menos que sejam tomadas medidas.

Triagem neonatal

Além do teste da orelhinha, todo bebê que nasce no Brasil tem o direito de fazer mais quatro testes. Na triagem neonatal são realizados testes preventivos que investigam diversas doenças. Os principais são exames são:

  • Teste do olhinho: também chamado de pesquisa do reflexo do olho vermelho, serve para identificar doenças como glaucoma, tumores intraoculares e catarata infantil. Deve ser feito na maternidade antes da alta. 
  • Teste do coraçãozinho: é a oximetria de pulso, medição do nível de oxigênio do sangue com o objetivo de indicar se o bebê apresenta alguma doença cardíaca grave. 
  • Teste da linguinha: mais recente, é realizado para identificar se há alteração em uma membrana na língua, chamada frênulo. Essa membrana causa o que chamamos popularmente de língua presa — e pode gerar problemas de sucção e mastigação. Quanto mais precoce for identificado, melhor para o bebê, para não interferir na amamentação. 
  •  O teste do pezinho: é um teste muito conhecido que identifica o tipo sanguíneo da criança, verifica se há hemoglobinopatias e fibrose cística. São doenças que, quando tratadas rapidamente, possuem um desfecho mais favorável.  

 Brasil precisa de investimentos públicos e privados na área da saúde, diz especialista

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29/09/2023 17:00h

Só na produção de vacinas e medicamentos, mais de 90% da matéria-prima usada no Brasil é importada, segundo Ministério da Saúde

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A saúde representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Mas o setor tem uma dependência externa de US$ 20 bilhões por ano na aquisição de bens e produtos. As informações são do Ministério da Saúde.

Levantamento atualizado do Ministério da Saúde revela que, no caso do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), por exemplo, mais de 90% da matéria-prima usada no Brasil para produção de insumos como vacinas e medicamentos, é importada. Já na área de equipamentos médicos, a produção nacional atende 50%. Em medicamentos prontos, o percentual é de cerca de 60% e, em vacinas, um pouco acima.

Na opinião do médico infectologista Hemerson Luz, se o Brasil conseguisse investir na fabricação de produtos que são essenciais para a produção de vacinas, por exemplo, o país estaria em uma situação bem melhor. 

“Seria possível diminuir o custo com doenças que podem ser preveníveis pela vacinação, além de desenvolver uma tecnologia própria e contribuir com os países em desenvolvimento que muitas vezes não têm acesso a essas vacinas. Então, economicamente é uma grande vantagem em termos de saúde pública maior ainda. E na projeção do Brasil ajudaria extremamente”, avalia.

Até 2026, o governo federal pretende investir R$ 42 bilhões na política industrial brasileira voltada para a área da saúde. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou  decreto instituindo a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

Ao todo, serão seis programas estruturantes com o propósito de expandir a produção nacional  de itens prioritários para o SUS — e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.  A ministra da Saúde, Nísia Trindade, diz que a meta é atingir a média de 70% de produção local no setor.

“É uma estratégia que vai servir ao combate à miséria e à fome pelo seu componente de inclusão produtiva, tanto no emprego quanto na geração de bens. É uma estratégia fundamental para alavancar a pesquisa, a pesquisa orientada pelas necessidades de saúde. Queremos reduzir a vulnerabilidade dos SUS e ampliar o acesso universal à saúde por meio do desenvolvimento e da absorção de tecnologias em saúde”, explica.

Segundo a ministra, a judicialização de medicamentos, de vacinas e de tratamentos que não estão disponíveis no país — e que têm custos cada vez mais elevados — são exemplos da necessidade de diminuir a dependência externa. 

“Quando falamos de sustentabilidade, falamos de usar também o orçamento e a gestão a serviço da nossa população. Fortalecer a produção local de bens e serviços. E a pandemia deixou muito claro essa nossa dependência, desde bens de alta tecnologia a bens mais complexos, como vacinas, novas tecnologias. É preciso articular os instrumentos de políticas públicas com o uso do poder de compra de Estado”, salienta.

A ideia da ministra é quadruplicar a produção nacional de vacinas, investimento nos imunizantes que já existem no quadro nacional de vacinação, mas também na busca pela inovação. No entendimento do governo, o SUS se torna mais vulnerável ao mercado externo sendo dependente de insumos e medicamentos.

A conselheira nacional de Saúde e coordenadora da Comissão Intersetorial de Ciência, Tecnologia e Assistência Farmacêutica (Cictaf), Debora Melecchi, representou o Conselho Nacional de Saúde (CNS) na cerimônia no Palácio do Planalto. Ela destacou a necessidade no fomento aos laboratórios oficiais que devem assumir para o país a responsabilidade de fornecer medicamentos para toda a rede pública. 

“São diretrizes que se materializam a partir de um entrelaçamento de um projeto de desenvolvimento com geração de renda, nos oportunizando a autossuficiência nacional, mas elevando o Brasil a uma nação”, aponta.

Parceria com a iniciativa privada

O lançamento da estratégia e a assinatura do decreto instituindo o programa aconteceu na última terça-feira (26), no Palácio do Planalto, com a participação de ministros, parlamentares e diferentes autoridades. O presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, também esteve presente na cerimônia e defendeu a importância do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

“Nós precisamos nos focar nessa indústria da saúde. Devemos aproveitar o que nós temos que no mundo não existe: o maior cliente individual da área da saúde que é o SUS. Com ele, o que nós podemos alavancar políticas públicas e juntar essa vontade, esse desejo e essa disposição do setor privado de investir na saúde”, comenta.

 A CNI incluiu saúde e segurança sanitária como uma das quatro missões de seu plano de retomada para o setor, ao lado de descarbonização da economia; transformação digital e defesa e segurança nacional. A entidade listou entre os objetivos a universalização do acesso à saúde e promover o desenvolvimento competitivo da cadeia de produção e exportação de medicamentos, vacinas, testes, protocolos, equipamentos e serviços. 

O Complexo Econômico Industrial da Saúde é configurado como um sistema constituído pelos setores industriais de base química e biotecnológica, de base mecânica, eletrônica, de materiais e de serviços de saúde institucionais, econômicas e políticas voltadas para a inovação e a produção em saúde. Onze ministérios, ao todo, estão envolvidos na ação, coordenada pelas pastas da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além de nove órgãos e instituições públicas.

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02/09/2023 00:22h

Segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o Brasil registrou mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos e realizou mais de 4,3 mil transplantes entre janeiro e junho

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O Brasil registrou mais um recorde no setor da saúde. De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o país registrou 1,9 mil doadores efetivos de órgãos entre janeiro e junho de 2023. O número é 16% superior ao contabilizado no mesmo período de 2022 e o maior dos últimos 10 anos. Com o avanço, foi possível a realização de mais de 4,3 mil transplantes no primeiro semestre.

Segundo dados do SNT, os órgãos mais transplantados durante o período foram rins e fígado com 2,9 mil e 1,1 mil respectivamente. Foram realizados também 206 transplantes de coração, 47 de pâncreas e rins, 37 de pulmão, 13 de pâncreas e 1 multivisceral.

O levantamento ainda indicou um aumento de 30% no número de transplantes de pâncreas  —  20% nos transplantes renais, 16% nos transplantes de coração e 9% nos transplantes de fígado. Em relação aos transplantes de córneas, no primeiro semestre de 2023, foram realizados 7.810 procedimentos, 15% a mais do que no mesmo período do ano passado. Para os transplantes de células-tronco hematopoéticas (médula óssea) houve realização de 1.838 procedimentos  — 6% de aumento.

No Brasil, o direito à vida está previsto na Constituição Federal de 1988 e na Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. O texto institui a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, caso seja de livre vontade e autorizada pelo doador ou seu familiar responsável.

A doação de órgãos é livre e deve ser muito bem alinhada entre o doador e os familiares, como explica o neurocirurgião Bruno Burjaili.

“Quem quer ser um doador de órgãos tem que simplesmente expressar desejo claramente para os seus familiares. Existem alguns órgãos que podem ser doados em vida, por exemplo, doar um rim para alguém que precisa. E outras situações em que a pessoa, na verdade, vai doar depois do seu falecimento. Ela pode expressar esse desejo para a família, mas é a família que vai definir quando ocorrer o óbito, se vai ter a doação”, explica.

Lista de Espera

No Brasil, existe uma lista de espera única para transplante de órgãos. A advogada especialista em Direito da Saúde Nycolle Soares explica que para receber um órgão, o potencial receptor deve estar inscrito na lista.

“Cada doador e cada receptor fica vinculado a esta fila por critérios de urgência e compatibilidade independente do órgão em si. Até porque você precisa de uma segmentação dos tipos de órgão, por que você faz os procedimentos em estruturas separadas, mas o que delimita como é feita essa fila é justamente o critério de necessidade do ponto de vista do tempo em compatibilidade”, afirma

A especialista ainda afirma que todo o processo de doação de órgãos é realizado de forma transparente e igualitária.

“O Brasil inclusive é referência no mundo com relação à estrutura de doação de órgãos, então ainda que as pessoas questionem, há transparência e é um procedimento realizado com muita regularidade diante dessa necessidade de igualdade entre os receptores. Os critérios são de fato técnicos — e isso é feito há muitos anos de uma maneira muito regular”, diz.

Quantas pessoas aguardam na fila de transplantes no Brasil?

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil conta com 66.250 pessoas na fila de espera para transplante de órgãos. Desse total, 37.082 pessoas estão atualmente à espera de um rim. Logo em seguida, aparecem os transplantes de córnea, com 25.941 pedidos, e de fígado, com 2.228 solicitações. No caso do coração, são 386.

Para a especialista em direito da saúde, o baixo número de doadores ainda é a principal dificuldade do processo de doação de órgãos no Brasil.

“Se você for analisar os números pelo quantitativo de pessoas que poderiam ser doadoras, a gente ainda tem uma baixa adesão a esse movimento da doação de órgãos. Por questões culturais, questões relacionadas à informação, mas possivelmente essa é uma das maiores, senão a maior dificuldade”, diz.

O médico neurocirurgião Bruno Burjaili destaca a importância de estimular a doação de órgãos. “Todos temos que pensar que podemos precisar de órgãos, ao longo da nossa vida e que gostaríamos muito de receber doações de outras pessoas nessa circunstância. Então por que não doarmos? Existem questões, pessoais, filosóficas, religiosas que podem motivar a pessoa a doar ou não doar e tem que ser absolutamente respeitado, mas esse raciocínio humanitário, solitário é muito válido”, finaliza.

Dados do Ministério da Saúde ainda indicam que todos os anos, cerca de 20 mil transplantes de órgãos são realizados. Mais de 90% pela rede pública, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). 

Transplantes no Brasil: apesar das críticas, espera por coração pode levar menos de um mês

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Saúde
29/08/2023 19:20h

Ditam a ordem na lista de espera critérios como: disponibilidade do órgão, compatibilidades sanguínea, física e gravidade do paciente. Médicos rechaçam favorecimentos pessoais

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A notícia da insuficiência cardíaca do apresentador Fausto Silva ainda repercutia quando o Brasil inteiro ficou sabendo que ele já havia recebido um novo coração. O que gerou muita especulação, fake news e boatos maldosos sobre o sistema de transplantes brasileiro  —  considerado o maior sistema público de transplantes de órgãos no mundo — segundo o Ministério da Saúde.

Segundo os especialistas, a eficiência do sistema e a rapidez no processo é o que salva vidas. Segundo o Ministério, um em cada quatro transplantes de coração ocorrem em menos de 30 dias. Em 2023 foram realizados 262 transplantes de coração, 72 ocorreram em menos de um mês. E mais da metade dos pacientes recebeu o novo coração em até 90 dias. Segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Daniela Salomão, o tempo não é previsível.

“O paciente, no momento que ele entra na lista, ele já está concorrendo. Então se acontecer uma doação duas horas depois que o paciente entrou na lista e os critérios técnicos daquele doador são favoráveis para aquele paciente, ele será contemplado. Já ocorreu no nosso país, de paciente com transplante com menos de 24 horas. Os critérios estão lá, são técnicos, são estabelecidos —  e acontece uma doação que casa os critérios do doador com aquele receptor inserido.” 

Atualmente, 379 pessoas esperam por um transplante de coração no Brasil. A lista é única, ou seja, vale tanto para pacientes do SUS, quanto para os da rede privada. E estas listas de espera são geridas pelas Centrais Estaduais de Transplantes. Os órgãos destinados à doação não utilizados no próprio estado são direcionados para a Central Nacional de Transplantes, que busca um receptor na lista única.

Como funciona a lista de espera

O primeiro critério seguido na lista de transplantes é a ordem de chegada. A partir daí são seguidos critérios técnicos, como: tipo sanguíneo, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e gravidade do estado de saúde do paciente.

Além desses fatores, a equipe médica responsável pelo transplante pode recusar o órgão se o estado de saúde do paciente, que estiver em primeiro lugar na fila, desaconselhar a cirurgia naquele momento.

Segundo a coordenadora-geral do SNT, a doação de órgãos é um processo complexo que “envolve diferentes instituições e requer agilidade para ser bem-sucedido. Cada órgão tem um período máximo de permanência fora do corpo humano, ao longo do qual o transplante é viável, o chamado tempo de isquemia. Para o coração, o tempo de isquemia é de apenas 4 horas, tornando o transplante do órgão ainda mais complexo”.

Transplantes realizados e filas de espera

De janeiro a 28 de agosto deste ano, foram realizados 262 transplantes de coração no Brasil. O número é 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O tempo de espera, de 1º de janeiro a 27 de agosto, teve a seguinte variação de atendimento:

  • Menos de 30 dias - 72 pessoas = 27,5%
  • De 30 a 90 dias - 65 pessoas = 24,8 %
  • De 3 a 6 meses - 39 pessoas= 14,8%
  • De 6 meses a 1 ano - 48 pessoas = 18,3%
  • Mais de 1 ano - 38 pessoas = 14,5%

Além do coração

De janeiro a agosto, 11.908 pacientes realizaram transplantes de órgãos no Brasil. O STN realiza os seguintes transplantes:

Órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino;

Tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.

Órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea podem ser  doados em vida, os demais só ocorrem quando há morte encefálica confirmada ou parada cardiorrespiratória.

Transplante de rins (doador vivo ou não)

Por se apresentar em dupla no organismo, o rim pode ser doado também por pacientes vivos —  e não é raro acontecer. Segundo a médica nefrologista e especialista em transplante renal, Rubia Boaretto, para doar órgão em vida, o doador também precisa ser avaliado, sobretudo para investigar se há doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é o primeiro ponto em todos os casos, mas há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

A médica, que atua em Cascavel-Paraná, conta que em 2022 foram feitos mais de 4.500 transplantes renais no país, mas ainda existem 30 mil pacientes na lista de espera. Para reduzir essa fila, ela faz um chamado: 

“O sistema de transplante funciona independente de classe, religião e dinheiro; ele funciona muito sério no nosso país. E qual é o recado que eu quero deixar aqui: o que vai agilizar esse sistema? É a sua doação. É o fato de você se declarar doador e falar para a sua família que você é doador.”

Mais vida depois do transplante

Luiz Carlos Domenico, hoje com 73 anos, descobriu numa consulta de rotina ao médico que estava com um problema no fígado. Durante o exame específico, a médica disse que só o transplante salvaria a vida dele. Foram dois anos de espera até que um doador compatível aparecesse. Em 2009 recebeu o órgão de um doador da mesma cidade, Curitiba, no Paraná.

Lá se vão 14 anos desde a cirurgia que salvou a vida do professor de matemática, que atua até hoje. Segundo ele, graças ao doador, e também aos cuidados que tem e terá pelo resto da vida. Já que o pós-operatório do transplante é fundamental para a manutenção da saúde do órgão enxertado.

“A pessoa se sente bem e para de tomar os imunossupressores —  remédios que se usa para evitar rejeição —  por isso acontece muito a perda de transplantados por negligência do transplantado. Ele acha que está bem e daí começa a abusar, começa a comer mal, não tomar os remédio. E isso é fatal.”

Para o professor, que hoje vive uma vida normal e saudável graças a um doador, é fundamental que as pessoas conversem com seus familiares sobre o assunto.

“Tem que conversar por que às vezes é a pessoa é e nunca falou nada. Quem não tem na família ou nenhum conhecido, no vizinho, alguém que está envolvido com transplante, a pessoa não pensa nisso, pois não fez parte da vida dela. Então tem que chamar a atenção para que você tenha mais pessoas querendo ser doadores” incentiva. 

Como se tornar um doador

Qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos no Brasil. Mas, por lei, a decisão de doar cabe aos familiares. Portanto, o interessado deve manifestar à família o desejo de ser um doador.
Ao constatar a morte de um parente, a família deve informar a equipe médica, que tomará as medidas necessárias para receber os órgãos doados, no menor prazo e nas condições técnicas adequadas.


 

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23/08/2023 04:00h

Durante a segunda fase da força-tarefa para a realização de cirurgias eletivas de vasectomia, realizada pela equipe do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), 50 pacientes foram operados

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Durante a segunda fase da força-tarefa para a realização de cirurgias eletivas de vasectomia, realizada pela equipe do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), 50 pacientes foram operados. Durante a primeira fase a equipe realizou 86 cirurgias. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em 2023 foram realizadas 679 vasectomias em toda a rede pública de saúde.

O urologista Bruno Guedes e diretor do Hospital Regional de Sobradinho pontua que mensalmente são oferecidas cerca de 36 vagas para a cirurgia ambulatorial e com a força-tarefa foi possível reduzir a fila de espera de 5 anos para 8 meses.

"Os pacientes que são elegíveis para a vasectomia são todos os homens que seguem as condições estabelecidas em lei. Eles precisam passar por uma consulta na atenção primária, e então a Unidade Básica de Saúde realiza uma palestra sobre planejamento familiar, onde também lhes é fornecido um termo de consentimento. Com o termo de consentimento assinado, após 60 dias, eles já podem ser chamados para o procedimento", explica.

Critérios para a realização da vasectomia

  • Ter no mínimo 25 anos de idade;
  • Ter no mínimo 2 filhos vivos;
  • Ter estabilidade conjugal (se estiver casado);
  • Haver comum acordo do casal;
  • Existir indicação psicológica e/ou social;
  • Em caso de pessoas absolutamente incapazes mediante laudo psicossocial e/ou médico, poderá ocorrer a esterilização com autorização judicial.

O diretor comenta que exames pré-operatórios não são necessários, sendo solicitados apenas para pacientes com problemas de saúde graves, para aqueles acima dos 60 anos ou para quem tem histórico de sangramento ou complicações em cirurgias anteriores.

"O que o paciente precisa é estar com a documentação em ordem, que inclui um certificado da palestra de planejamento familiar realizada na Unidade Básica de Saúde e o termo de consentimento assinado com firma reconhecida em cartório", ressalta.

Guedes enfatiza que a realização das cirurgias é prejudicada devido ao alto número de cadastros desatualizados, tornando difícil o contato com os pacientes para agendar o procedimento.
 

Veja Mais:

Distrito Federal registra 10.656 casos de sífilis entre 2018 e 2022
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18/08/2023 05:00h

A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, avalia que manter o cadastro no sistema atualizado aumenta o número de atendimentos

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Aproximadamente 30% das faltas em consultas, exames e procedimentos cirúrgicos no Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal ocorrem devido à informações desatualizadas no SUS, impedindo o contato e localização dos pacientes. Os dados são da Secretaria de Saúde (SES).

A secretária de Saúde Lucilene Florêncio avalia que manter o cadastro no sistema atualizado aumenta o número de atendimentos, pois desta forma, é possível localizar e contactar clientes para marcar e confirmar consultas, exames e cirurgias.

“Então se nós temos um um telefone de preferência com o WhatsApp, um endereço e um e-mail atualizados, nós podemos comunicar rapidamente ao usuário quando este for contemplado na sua necessidade pelo complexo regulador”, afirma. 

A secretária comenta que em setembro de 2022, havia uma previsão de operar 3.233 pacientes em procedimentos como cirurgia geral, hérnia inguinal e umbilical, vesícula e histerectomias. No entanto, 849 dessas vagas não foram aproveitadas devido à impossibilidade de contatar os pacientes. 

O recadastramento pode ser realizado pelo portal do cidadão, pelo número 160, opção 5 ou de forma presencial em unidades básicas de saúde de preferência a mais perto da sua casa.

Veja Mais:

PR: prazo para o recadastramento da Paranaprevidência vai até 31 de dezembro
PE: prazo para o requerimento da segunda parcela do Fundef vai até sexta-feira (18)
 

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18/07/2023 19:00h

Investimento em multivacinação em estados e municípios e ainda a ampliação dos valores repassados para custeio do Samu foram anunciados pela ministra Nísia Trindade

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Durante a abertura do 37º Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde —  Conasems—, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou ações que impactam estados e municípios e envolvem a vacinação e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. A abertura aconteceu na segunda-feira (17), em Goiânia (GO), onde o evento continua até  essa quarta-feira (19).

Vacinação

Uma das ações anunciadas é a liberação, por parte do Ministério da Saúde, de R$ 151 milhões a estados e municípios, para incentivar ações de multivacinação de crianças e adolescentes. Esse recurso faz parte das ações de microplanejamento, voltado à realização de diagnóstico e ações locais para ampliar a vacinação.

Publicada em portaria ns terça-feira (18), a ação é considerada um diferencial para a retomada das altas coberturas vacinais, assim como o planejamento na ponta e a concentração de esforços nas localidades onde as taxas de imunização estão mais baixas. A transferência dos valores vai acontecer em duas etapas: a primeira, com 60% do valor total; e a segunda, após o planejamento das ações de microplanejamento. Do total, R$ 13 milhões serão destinados ao estados e R$ 138 milhões para as cidades. 

A ministra Nísia Trindade explicou sobre as estratégias adotadas e investimentos a serem feitos para reforçar o acesso às vacinas. “Nós estamos não só fortalecendo o Programa Nacional de Imunizações, mas adotando uma estratégia de microplanejamento, que é uma estratégia com base no trabalho realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde. Es nesse momento descentralizando recursos de R$150 milhões para essas ações e estaremos in loco, junto a vários municípios e estados do Brasil lançando essa estratégia, de uma forma ativa para todo o Brasil, no dia 14 de agosto, em Belém ”, ressaltou.

Entre as estratégias que podem ser adotadas por meio do microplanejamento pelos municípios estão a vacinação nas escolas, a busca ativa de não vacinados, vacinação em qualquer contato com serviço de saúde, checagem de caderneta de vacinação, entre outras.

Samu

O Ministério da Saúde também anunciou que vai ampliar em 30% os valores repassados para custeio do Serviço Móvel de Urgência, o SAMU — o que representa um incremento de R$ 396 milhões por ano.

Com o reajuste, o total destinado ao serviço passará de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,7 bilhão por ano. O aumento visa minimizar a sobrecarga nos municípios e incentivar a universalização do SAMU, que desde 2013 não recebia atualização nos valores de custeio.

Para ampliação da frota, um novo processo licitatório será concluído ainda este ano, com investimento de R$ 842 milhões para aquisição de 1.886 veículos novos. Do total, 1633 serão distribuídos para renovação de frota, 185 veículos  vão atender novas Unidades de Suporte Básico (USBs) e os outros 68 veículos servirão às novas Unidades de Suporte Avançado (USAs). 

O atual contrato para fornecimento de veículos ainda possui 239 novas unidades a serem entregues este ano. Os veículos serão usados para renovar a frota do SAMU 192, referente aos anos de 2015 e 2016. As  novas unidades serão distribuídas em 16 estados, confira quais:

  • 47 unidades para o estado da Bahia;
  • 47 unidades para o estado de Minas Gerais;
  • 33 unidades para o estado do Ceará;
  • 29 unidades para o estado da Paraíba;
  • 20 unidades para o estado de São Paulo;
  • 15 unidades para o estado do Paraná;
  • 12 unidades para o estado de Goiás;
  • 12 unidades para o estado do Piauí;
  • 8 unidades para o estado do Rio Grande do Sul;
  • 5 unidades para o estado de Santa Catarina;
  • 3 unidades para o estado de Roraima;
  • 2 unidades para o estado do Maranhão;
  • 2 unidades para o estado do Pará;
  • 2 unidades para o estado do Rio de Janeiro;
  • 1 unidade para o estado de Pernambuco;
  • 1 unidade para o estado de Tocantins.
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Saúde
22/06/2023 19:40h

Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que municípios de fronteira têm baixa oferta de estabelecimentos e profissionais de saúde na rede pública

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O Brasil tem 588 cidades que fazem fronteira com outros países. Dessas, 268 não têm nenhum hospital geral, o que equivale a 45% dessas localidades. Quatro em cada dez municípios brasileiros que fazem fronteira com outros países não possuem nenhum leito de internação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 92% dessas cidades não possuem leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Entre as cidades que não têm nenhum hospital geral estão Pracuúba, localizada na região central do Amapá; a cidade paraense de Faro, localizada na região do Baixo Amazonas; e as cidades sul-mato-grossenses de Japorã, Douradina, Dois Irmãos do Buriti e Laguna Carapã.

São 15,7 mil quilômetros de fronteiras, onde vivem cerca  de 12 milhões de brasileiros que enfrentam diversas adversidades para ter acesso à saúde pública. Essas fronteiras apresentam realidades diferentes, que demandam estudo e observação dos órgãos responsáveis para uma assistência de qualidade a essa população, como explica a secretária-geral do Conselho Federal de Medicina e coordenadora da Comissão de Integração na Medicina de Fronteiras,  Dilza Ribeiro.

“Nesses locais nós temos localidades distantes dos centros urbanos, de difícil acesso. Temos muitos locais que têm um número pequeno de habitantes, é muito difícil a gente conseguir fazer com que a gente tenha leitos, remédios nesses locais. Mas a gente precisa estudar uma maneira de fazer com que eles tenham acesso com maior rapidez para as suas necessidades”, defende a médica.

Defasagem nos repasses da União

A baixa oferta de serviços de saúde tem vários motivos. Um deles é a defasagem dos repasses da União aos municípios de modo geral, visto que a tabela de procedimentos do saúde está há muito tempo defasada, não cobrindo os custos dos municípios, como explica o especialista em orçamentos públicos Cesar Lima. Ele comenta que esse problema pode ser considerado crônico, e que se agrava nas cidades de fronteira.

“Nos municípios de fronteira a coisa fica um pouquinho pior, porque além dos brasileiros, a grande maioria desses municípios de fronteira também atendem a estrangeiros que às vezes residem ali do outro lado da rua, vide alguns municípios ali no Rio Grande do Sul que tem essa configuração. Você atravessa uma rua você está em outro país. E como nosso sistema de saúde diz que a saúde é um direito universal, não se pode negar atendimento a quem vem de outro país somente por ele ser estrangeiro”, explica Cesar Lima.

Essa questão do atendimento dos estrangeiros nas cidades de fronteira do Brasil também é ressaltada pela  médica Dilza Ribeiro, que cita um caso em que isso acontece. “Por exemplo, essa fronteira da Bolívia eles não têm serviço de hemodiálise, eles vem para a fronteira do Brasil, e o Brasil atende normalmente e encaminha para os centros maiores, no caso pra capital, que tem esse atendimento. Então esses são os principais desafios sim, é a gente fazer um atendimento de qualidade, conseguir levar saúde nessas fronteiras. São questões humanitárias e a gente não pode abrir mão de dar assistência a todos que nos procuram”, exemplifica.

Ao todo, o Brasil conta com 11 estados que têm fronteiras com 10 outros países da América Latina. O levantamento do Conselho Federal de Medicina foi apresentado nesta semana, durante o IV Fórum de Médicos de Fronteira, realizado pela entidade em Macapá.

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02/06/2023 20:40h

Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação

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A Prefeitura de Manaus reforçou a importância da vacinação contra a febre amarela após a confirmação de novos casos da doença no Estado de São Paulo, após três anos sem registros. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço de vacinação em 171 salas de vacinação na cidade.

O imunizante deve ser administrado aos nove meses de vida, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação. 

A professora e infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi afirma que todas as regiões com grande concentração de Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela. 

“Todas as regiões de mato e todas as regiões que a gente tem uma concentração grande do Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela. Portanto, o Brasil é um país de risco para a febre amarela, por isso todos devem ser vacinados”, recomenda a infectologista. 

De acordo com especialistas, o período de incubação do vírus é de 3 a 6 dias, podendo chegar a 15 dias.  E a  doença. advertem,  pode evoluir rapidamente para casos graves com alta letalidade. Pessoas não- vacinadas que vivem em áreas endêmicas, como o interior do Amazonas e outros países da região amazônica, também estão em maior risco de infecção.

Enquanto metade dos casos é assintomática ou leve, os sintomas da febre amarela incluem calafrios, febre súbita, dor nas costas, prostração, dor de cabeça intensa e contínua, falta de apetite, náuseas, vômitos e dores musculares. Nos casos graves, podem ocorrer diarreia, icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos), artéria (parada de urinar), aumento dos vômitos, sangramentos e danos ao fígado e rins, podendo levar à queda de pressão e coma.

Não há tratamento específico para a febre amarela. Os casos graves são tratados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde são realizadas ações de suporte, como hemodiálise e   o uso de medicamentos para tratar o choque hemodinâmico.

A cobertura vacinal contra a febre amarela em Manaus, considerando crianças menores de 1 ano de idade, foi de 66,04% em 2022, abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
 

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