Dificuldades para ouvir e enxergar, podem estar relacionadas ao mau desempenho do aluno na escola
Notas baixas e dificuldade em realizar tarefas em sala de aula nem sempre são por falta de interesse do aluno. Problemas com a saúde dos olhos e ouvidos também podem afetar o rendimento escolar das crianças. E, neste começo de ano letivo, é importante que os pequenos passem por uma bateria de exames oftalmológicos e auditivos.
É o que apontam especialistas ouvidas pelo Brasil 61. A fonoaudióloga Ariane Gonçalves, da clínica AudioFisa, alerta que fatores genéticos ou infecções no ouvido podem atrapalhar a concentração e o desempenho do aluno.
“É importante realizar o check-up auditivo nas nossas crianças agora, na volta às aulas, para ver se a criança tem alguma infecção de ouvido, se tem algo atrapalhando a passagem do som. Porque, caso esteja alguma coisa atrapalhando a passagem desse som, a criança vai ficar desatenta na escola e pode desencadear alguns problemas.”
Já Magna Rodrigues, oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos, recomenda que crianças façam avaliações oftalmológicas anualmente para que se possa reconhecer doenças, como a miopia, que pode atrapalhar o desenvolvimento escolar.
“A miopia é a dificuldade de enxergar de longe, então essa criança vai ter dificuldade de enxergar o quadro, de desenvolver atividades e até de fazer esportes. Lembrando que o erro refrativo como a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo é a principal causa de cegueira e há uma cegueira que é reversível e tratada. Se for acompanhada e usando os métodos de tratamento adequado”, orienta a médica.
Segundo a oftalmologista Magna Rodrigues, alguns dos importantes sintomas para prestar atenção e suspeitar se a criança tem algum tipo de problema na visão são:
Para identificar possíveis problemas auditivos, a fonoaudióloga Ariane Gonçalves aponta os seguintes sinais:
O início do ano também é marcado pelo fim das férias escolares. Com isso, o uso da mochila nas costas por crianças e adolescentes volta a ser frequente. Cuidados para que o peso sobre as costas não prejudique o aluno devem ser tomados.
O ortopedista Julian Machado orienta que a mochila deve ser carregada da forma correta, com as duas alças devidamente acomodadas nos ombros. Recomenda ainda que o peso da mochila não ultrapasse 10% do peso do aluno.
“O peso da mochila não vai deformar a coluna, a parte óssea, o arcabouço ósseo, mas com o tempo ele pode levar essa criança a ter vícios posturais, que funcionam como se ela tivesse realmente a escoliose, a cifose. Então assim, o peso da mochila é um fator importante e uma sem ocupação sempre no período de início das aulas”, completa o especialista.
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O neurocirurgião Henrique Lira, especialista em coluna vertebral, alerta aos pais a importância do acompanhamento da saúde da coluna das crianças desde os primeiros anos de vida, pois alterações ou impactos no desenvolvimento e na qualidade do funcionamento ergonômico postural, vai impactar diretamente na saúde da coluna do adulto.
“Crianças que vão à escola com uma postura inadequada, seja por carregamento de peso na mochila, seja por alterações posturais na hora estudo, associados à obesidade, a falta de práticas de atividade física, isso vai impactar na saúde da coluna de até 70% dos adultos tardiamente”, explica Lira.
Na hora de arrumar a mochila para a volta às aulas, o aluno deve optar por colocar o material mais pesado na parte de trás, de forma que fique mais perto do corpo para que o peso não faça com que a criança ou adolescente se curve.
Observe também se a mochila está acomodada no meio das costas e apoiada na coluna lombar, desta forma, os ombros não ficarão sobrecarregados e pode ajudar a evitar a dor no final do dia.
Você sabe que são as cólicas intestinais pode causar choro contínuo em bebês? Neste episódio o pediatra Marcos J. Ozaki dá dicas de como identificar o problema.
Todos esses sintomas são súbitos, podem ocorrer de repente. Na grande maioria dos casos de cólicas tendem a melhorar espontaneamente à medida que a criança cresce.
Para saber mais, assista ao vídeo do canal Dr. Ajuda.
Neste episódio a Dra. Fernando Doreto dá mais detalhes sobre o assunto
Você sabe se o seu filho está crescendo como deveria? Neste episódio a Dra. Fernando Doreto dá mais detalhes sobre o assunto.
Na pediatria é usado algo chamado curva de crescimento para avaliar as crianças, nesta curva o peso e a altura da criança é colocado de acordo com a idade dela.
Estas curvas são elaboradas por trabalhos científicos que avaliam centenas de crianças e determinam uma variação considerada como normal. O padrão de crescimento feminino e masculino são diferentes, portanto, não se deve comparar meninos e meninas de forma nenhuma.
Existe uma variação de peso e altura que é considerado normal para cada idade, quer dizer que crianças da mesma idade com pesos e alturas diferentes podem estar todas normais. Além disso, mais importante que o ponto da curva onde a criança se encontra naquele momento é como está o padrão de crescimento dela ao longo do tempo, ou seja, se a velocidade com a qual ela ganha peso e altura, se está dentro do normal, por isso é tão importante o acompanhamento de um pediatra com frequência.
É importante perceber que a velocidade de crescimento varia de acordo com as faixas etárias, bebês nos primeiros meses ganham 1kg por mês, enquanto crianças de 4-5 anos podem passar bastante tempo sem ganhar uma grama.
Não é normal emagrecer sem motivo ou necessidade, mas muitas vezes a sensação de “estar emagrecendo” tem a ver com um ganho de altura repentino e não perda de peso, por exemplo, bebês tem as “dobrinhas” que somem após 1 ano e meio de idade, pois passam a ganhar mais altura que peso. Estas mudanças na proporção de peso e altura são esperadas.
Mantenha o acompanhamento de rotina de seu filho com o pediatra, assim você poderá ter certeza se está tudo certo com o crescimento do seu filho.
Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda.
Em 2050, metade da população mundial terá miopia. A projeção é da Academia Americana de Oftalmologia (AAO). Trata-se de um distúrbio na visão cuja principal característica é a dificuldade de enxergar de longe. Um dos principais motivos apontados para o cenário é o uso excessivo de telas digitais, como celulares e televisores por crianças e adolescentes.
As vítimas mais comuns são os jovens. A estimativa é de que 20% dos jovens em idade escolar são diagnosticados com doenças visuais. No Brasil, o número de prescrições de óculos por oftalmologistas triplicou para crianças de 6 a 8 anos, comparado há cinco anos.
“Os maiores problemas com a miopia podem acontecer na escola, por exemplo, para enxergar o quadro. Também para enxergar placas de trânsito ou letreiros de ônibus ou assistir TV. Tudo o que for mais distante pode ser dificultado”, destaca a médica oftalmologista, Fabíola Marazato.
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a miopia é um dos problemas de saúde pública que mais evoluem em todo o mundo. Até os cinco anos, por exemplo, a quantidade de crianças que sofrem com a condição é de cerca de 1%. Aos 10 anos, a taxa vai para 8% e aos 15, chega aos 15%.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) e com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os pais devem estimular os filhos a olhar mais para o horizonte. Isso pode ser orientado por meio de brincadeiras. Além disso, é preciso evitar a exposição de telas por crianças menores de dois anos.
Quando elas têm 5 anos, é necessário limitar o tempo máximo a uma hora por dia. Para crianças com idade entre 6 e 10 anos, o tempo limite deve ser de duas horas diárias. Já os adolescentes, até três horas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância alerta: no Brasil, três em cada dez crianças não receberam vacinas “necessárias para protegê-las de doenças potencialmente perigosas”. Ainda de acordo com a UNICEF, as regiões Norte e Nordeste apresentam os indicadores mais baixos de imunização infantil no país.
Diante desse cenário, o Unicef pede o apoio das emissoras de rádio no enfrentamento às baixas coberturas vacinais registradas nos municípios das duas regiões.
Comunicador, baixe e utilize em sua programação o spot para emissoras de rádio disponibilizado neste conteúdo. Com a duração de 30 segundos, o áudio de livre reprodução traz uma mensagem destinada a pais e responsáveis, para que levem os filhos para vacinação, em uma unidade de saúde mais próxima.
Vacinas na gestação: garantia de saúde para mãe e bebê
Triagem neonatal salva vidas e evita atrasos no desenvolvimento
No Brasil, todo bebê tem o direito de ser submetido à realização de cinco exames gratuitos muito importantes para a saúde, logo após o nascimento. São os chamados “exames da triagem neonatal”: teste do pezinho, teste do olhinho, teste da orelhinha, teste da linguinha e teste do coraçãozinho. Esses exames diagnosticam doenças que, quanto mais cedo forem identificadas, apresentam melhores chances de tratamento, podendo salvar vidas ou prevenir sequelas graves.
A triagem neonatal foi iniciada no Brasil na década de 1980 e institucionalizada em 2001, com a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), criado para aumentar o número de doenças identificadas e de ações para a prevenção, o tratamento e o cuidado integral.
Os testes são exames clínicos ou laboratoriais realizados nos primeiros dias de vida do bebê. Hoje, os cinco exames são gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o coordenador de UTI pediátrica Thallys Ramalho, esses exames são fundamentais para garantir a segurança futura do bebê. “Todos esses testes, eles identificam doenças que, quando tratadas, eles promovem uma qualidade de vida muito melhor para o bebê. Então, por exemplo, o teste do olhinho, que identifica a catarata infantil, a criança a partir do momento que ela é levada para o hospital, onde é feito o tratamento para a doença ela pode ter um desenvolvimento muito próximo do normal, ou seja, ela vai ter um desenvolvimento neuropsicomotor muito superior ao que ela não teria se não tivesse tratado a doença.”
Para a funcionária pública e mãe de primeira viagem, Paola Botelho, os cuidados preventivos são essenciais. “Pelo que eu tenho aprendido, tenho estudado e pelo que eu estudei no curso de doulas, realmente existem esses cuidados inerentes que devem ser feitos assim que o bebê nasce, então, realmente é preciso para a saúde do nosso filho, do nosso bebê”.
Além dos testes preventivos, é preciso adotar cuidados importantes nos primeiros dias de vida do recém-nascido, incluindo o processo de amamentação. “Existem também outros cuidados que os pais devem ter, que é com a higiene do coto umbilical, a posição para dormir, que deve ser sempre de barriga para cima. Deve-se pensar também no transporte do hospital para casa. Algumas vacinas podem ser dadas dentro da maternidade, e um cuidado que hoje é fundamental pelo tempo que estamos vivendo, que é evitar visitas”, explica o médico pediatra Thallys Ramalho.
Prevenção da Síndrome de Morte Súbita
Desconhecida por muitos, a síndrome da morte súbita infantil (SMSI) é principal causa de morte entre bebês com menos de um ano e, embora afete várias famílias todos os anos, a origem ainda é desconhecida.
Dentre as condições associadas à morte súbita estão: dormir de barriga para baixo, utilização de travesseiros e protetores de berços muito acolchoados, compartilhamento de leito com os pais, o histórico de um irmão com morte súbita do lactente, o uso de álcool, cigarro ou drogas pela mãe durante a gestação, o baixo peso ao nascer e a prematuridade, entre outros.
A Síndrome de Morte Súbita pode ser evitada com cuidados simples. “O ideal é que se evite compartilhamento de leitos, que coloque o bebê para dormir sempre de barriguinha para cima, com a cabeça centralizada ou lateralizada, que se evite o uso de drogas, álcool e cigarro durante a gestação e que se tenha um pré-natal bem-feito, bem acompanhado para que o bebê nasça com bom peso, com uma boa idade gestacional. Também deve-se evitar os colchões, travesseiros e enchimentos e outros adereços que possam ocupar espaço do berço e dificultar a respiração do bebê”, explica o médico pediatra Clodoaldo Abreu da Silveira Júnior.
Vacinação Pediátrica
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou o uso da vacina da Pfizer para bebês de seis meses a quatro anos, no fim de novembro (29). Atualmente, a imunização deste grupo só está autorizada para crianças com comorbidade. Segundo o Ministério da Saúde, a partir desta semana o tema será submetido à consulta pública durante 10 dias, e depois retornará à Conitec para uma decisão final.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, levantados pelo Observa Infância (Fiocruz/Unifase), cerca de 938.411 crianças de três e quaro anos tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, enquanto 323.965 tomaram as duas doses do imunizante. No total, cerca de 5,9 milhões de crianças nessa faixa etária moram no Brasil e devem receber as duas doses da vacina.
O parto prematuro é a principal causa global da mortalidade infantil
No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, número equivalente a pelo menos 930 nascimentos por dia, segundo dados do Ministério da Saúde. Com o tema “Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento”, o objetivo da campanha Novembro Roxo é conscientizar a população sobre os cuidados e a prevenção da prematuridade. Ao estimular o vínculo entre mãe e filho, “a mãe fornece o ambiente facilitador, que permite que tanto os processos naturais de crescimento quanto de interação com o mundo possam evoluir”, como explica a diretora do departamento materno infantil do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes.
A prevenção da prematuridade começa antes mesmo da gestação, com o planejamento familiar, seguido do acompanhamento pré-natal adequado. Durante a gravidez, a realização de exames para prevenir e/ou identificar enfermidades é uma estratégia para evitar possíveis complicações e melhorar a saúde de mãe e filho. O bebê é considerado prematuro quando nasce antes das 37 semanas de gestação.
O secretário da Atenção Primária à Saúde, Rafael Câmara, destaca a importância do pré-natal na prevenção: “a melhor forma de diminuir a mortalidade infantil é diminuir a prematuridade. Essa mensagem, ela tem que ficar muito clara e isso se faz com um pré-natal bem-feito. E para aqueles que nascem prematuros serem atendidos em locais de excelência, em hospitais de excelência, por profissionais de excelência”, esclarece.
O parto prematuro é a principal causa global da mortalidade infantil antes dos cinco anos de idade. O Brasil é o 10º colocado no ranking mundial dos países com mais nascimentos prematuros, de acordo com levantamento realizado pela ONG Prematuridade.com.
17 de novembro: Dia Mundial da Prematuridade
Entre as iniciativas da rede pública estão o Previne Brasil, financiamento da atenção primária a partir de indicadores da saúde da mulher; o QualiNEO, estratégia de qualificação do cenário de maternidade, do pré-natal ao neonatal para bebês prematuros; e a Rede de Atenção Materno Infantil (RAMI), que tem como objetivo reduzir a morbimortalidade infantil e materna no país, por meio da implementação de um modelo de atenção de qualidade e humanização na assistência às gestantes e crianças.
“A RAMI acredita que com intervenções destinadas a assistência, a qualificação da assistência pré-natal, a qualificação do cenário de parto e nascimento e, claramente a qualificação do cuidado neonatal intensivo são intervenções com resposta científica garantida em redução de prematuridade”, esclarece Lara de Lourdes.
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destaca os benefícios da tecnologia na rede de saúde pública no atendimento da prematuridade. "Essas novas tecnologias devem ser incorporadas no sistema de saúde. A medicina fetal, por exemplo, é um avanço extraordinário. Crianças podem ser operadas ainda no útero da mãe. Foi com inovações como essa que nós colocamos a telessaúde no SUS".
Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite materno, basta estar saudável e não estar tomando nenhum medicamento que interfira na amamentação. Estimativas do Ministério da Saúde apontam que um frasco de 200 mililitros de leite materno pode alimentar até 10 recém-nascidos. Quem quiser doar, pode procurar o banco de leite humano mais próximo ou ligar para o Disque Saúde, pelo número de telefone 136.
O Brasil possui 222 bancos de leite humano e 217 postos de coleta em todos os estados brasileiros. São cerca de 160 mil litros de leite humano distribuídos todos os anos a recém-nascidos de baixo peso. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), como parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno (PNAISC).
A data de 16 de novembro é considerada nacionalmente o “Dia de Atenção à Dislexia”. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), esse é o distúrbio que aparece com maior frequência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial.
A dislexia é um distúrbio de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Embora seja associada à má alfabetização, desatenção e baixa inteligência, esse transtorno pode ser hereditário com alterações genéticas, ou desenvolvido em decorrência de um trauma. Por isso, é importante que a dislexia seja diagnosticada por meio de avaliação neuropsicológica.
A psicóloga Alessandra Araújo alerta para alguns dos principais sinais de dislexia na linguagem, como erros de pronúncia, dificuldade de nomear objetos, letras e números, se expressar de forma clara, entre outros. "Na escrita, se a criança recebe uma soletração, ela consegue entender, visualizar, mas ela não consegue, muitas vezes, colocar no papel aquela letra da palavra que foi soletrada. Às vezes eles omitem, às vezes ele substitui, inverte palavras de sons palatais, o ‘T’ e o ‘D’. E aí, inconsequentemente, ela vai ter uma dificuldade muito grande na questão dos vocabulários, das palavras, entender e interpretar um texto”, explica.
Por isso, pessoas com dislexia também sentem dificuldades em interpretar textos e escrever redações. “E são crianças que fogem muitas vezes desse processo de verbalizar em voz alta a leitura de textos. Ela vai sofrer bullying, ela vai sofrer uma piada dentro da sala de aula”, afirma a psicóloga.
Assim que identificados esses sinais, é importante procurar ajuda especializada. Alessandra explica que pessoas com dislexia muitas vezes são ridicularizadas, e isso pode levar ao desenvolvimento de uma baixa autoestima, além de comportamentos ansiosos e depressivos.
Por isso, o diagnóstico é essencial para que a pessoa com dislexia consiga ser compreendida. “Porque aí eu vou conseguir entrar no contexto de chamar essa criança e falar: o que que você quis dizer? Você leva essa condição até para a pessoa também pensar, raciocinar e assumir esse lugar de que, sim, eu tenho um transtorno e eu preciso saber quais são as formas de lidar com esse transtorno”, explica Alessandra.
Rafael Braga, de 34 anos, psicólogo e especialista em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), descobriu a dislexia aos 24 anos de idade enquanto cursava psicologia. Ele afirma que isso ajudou a entender aspectos de sua vida, como quando era uma criança taxada de preguiçosa e que não conseguia aprender a ler. “Isso me dificultou bastante, porque potencializou muito a minha ansiedade, eu tinha medo de ler em público, eu morria de medo, eu tinha pavor de ler em público porque as pessoas iam rir de mim”, lembra.
O psicólogo diz que, por ter dificuldade em língua portuguesa, achou que nunca conseguiria passar em uma prova de redação, por isso não tentou ingressar em uma universidade pública e não estava certo de que conseguiria cursar uma faculdade.
Hoje, Rafael explica que ainda enfrenta algumas dificuldades, mas que, após receber o diagnóstico, conseguiu lidar com o transtorno e estudar da forma correta. “No dia a dia, até por ser um profissional que trabalha na área da saúde mental, eu não tenho vergonha ou dificuldade de falar. Às vezes eu vou fazer, por exemplo, um relatório que tem que ir pra juízo, então, às vezes seguem para um advogado, eu peço para fazer uma releitura e conferir”, explica.
Além de ter papel fundamental na mastigação e respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente,. Por isso, é a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos que podem ser prejudiciais à saúde. Para garantir a prevenção da saúde bucal, os cuidados devem começar ainda durante a gestação dos bebês, como explica a especialista em odontopediatria e ortodontia, Mara Cristina Mourão Marques.
“É o que a gente chama hoje em dia de pré-natal odontológico. Durante a gestação a gente vai orientar a mãe sobre todos os cuidados, fazer o tratamento dela e a partir daí, já orienta os cuidados que ela deverá ter com o bebezinho. A consulta do bebê deve ser feita até antes da erupção dos primeiros dentinhos”, explica a dentista.
A orientação de limpeza já começa a valer desde o nascimento do bebê. Antes mesmo dos dentes erupcionarem, a boca precisa ser limpa. Para os bebês que só mamam no peito, basta uma limpeza com os dedos, na hora do banho, por exemplo. Já os que tomam leite artificial, precisam de uma limpeza mais cuidadosa. Usando uma fraldinha macia molhada com água filtrada, de 2 a 3 vezes ao dia, como orienta a dentista.
Com o nascimento dos dentes os cuidados precisam ser ainda maiores. Inicialmente, a escovação deve ser feita com dedeira de silicone, mais macia. Depois dos doze meses a escova é a mais indicada. E tem modelos específicos para cada idade, que variam de formato para uma escovação mais eficiente.
A troca dos dentinhos de leite para os definitivos também requer atenção especial dos pais. Segundo a dentista, é comum que nasçam alguns dentes antes mesmo que os de leite caiam. Ela explica o que pode acontecer nesses casos.
“Ele muda o eixo de erupção, não amolece o dente de leite e se os pais não observarem ele fica lá, um dentinho a mais. Se acontecer isso tem que levar no consultório para o profissional tirar o dente. Outra coisa muito importante nessa fase é o nascimento do primeiro molar permanente. É o dentinho que nasce nessa fase de 5 anos e meio até 6 anos e meio, ele nasce atrás do último dente de leite, então muitas vezes, passa despercebido”, acrescenta.
Cuidados que já fazem parte da higiene dos brasileiros e fizeram o Brasil chegar a uma boa situação de saúde bucal. A orientação dos especialistas é que as visitas ao consultório devem acontecer a cada seis meses, mesma frequência que é indicada a aplicação do flúor.
“A saúde bucal infantil hoje está muito apoiada em pilares muito fortes. Existem muitos muitos estudos, muitas pessoas boas querendo investir, muitas orientações novas. É uma geração que chamamos de Cárie Zero. A gente percebe um cuidado maior dos pais em relação aos cuidados, à prevenção, até o próprio acesso mais fácil à saúde bucal, pelos postos de saúde e consultórios”, explica a dentista.
Acompanhe no vídeo abaixo a entrevista completa: