Medicamentos

31/03/2024 00:02h

A taxa fixada coincidiu com o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses

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A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estabeleceu o teto de reajuste para remédios em 4,5%, em 2024. A determinação vale a partir deste domingo (31). 

A taxa fixada coincidiu com o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, que apresentou elevação de 4,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A Resolução CM-CMED 1/2024, de 28 de março, foi aprovada pelo Conselho de Ministros da Câmara e estabeleceu três níveis de reajuste: 

  • Nível 1: 4,50% (quatro inteiros e cinquenta centésimos por cento); 
  • Nível 2: 4,50% (quatro inteiros e cinquenta centésimos por cento); e 
  • Nível 3: 4,50% (quatro inteiros e cinquenta centésimos por cento).

As empresas que detêm registro de medicamentos vão poder ajustar os valores dos medicamentos no prazo de até quinze dias após a publicação da Resolução. Essas companhias também devem dar ampla publicidade aos preços dos produtos, por meio de publicações em mídias especializadas de grande circulação. 
 

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11/01/2024 19:00h

A entrega dos medicamentos para o SUS é importante, mas outras medidas precisam ser adotadas, segundo especialista

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O medicamento Paxilovid, utilizado para tratamento da Covid-19, já teve a distribuição de 2,5 milhões comprimidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é composto pelo antiviral nirmatrelvir e ritonavir, que são embalados e administrados juntos. Até o momento, o Brasil alcançou a marca de 210.147.125 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Só na semana epidemiológica 53 — entre 27 de dezembro de 2023 e 02 de janeiro de 2024 — foram 40.432 notificações. 

Mesmo com um número reduzido da doença, se comparado com os números no início da pandemia, o médico infectologista Julival Ribeiro ainda demonstra preocupação. Para o especialista, o governo poderia fazer mais como tentativa de controlar as contaminações que ainda ocorrem no país. 
 
“O governo tem que fazer é o monitoramento de como estão essas variantes circulando no Brasil, como por exemplo a gente já sabe que tem outras variantes nos Estados Unidos, aqui também, e nós temos que saber como é que está se disseminando ou se espalhando essas variantes aqui no Brasil e fazer a parte educativa que é fundamental para a população”, avalia.

Segundo o Ministério da Saúde, todos os estados brasileiros estão sendo abastecidos com o medicamento. Mas é preciso lembrar que existem indicações para a utilização do remédio, conforme explica o infectologista Julival Barbosa.

“É para o tratamento da Covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam um risco aumentado de agravamento da doença como pessoas não vacinadas, idosos ou imuno suprimidos”, destaca.

Para a consultora de tráfego Juliana Pinna, de 29 anos, moradora do Rio de Janeiro, a possibilidade de tratamento e de medidas que consigam controlar ou, até mesmo evitar, a doença são fundamentais. Ela conta que teve covid-19 e que passou por sérios problemas até conseguir se recuperar.

“Eu tive Covid três vezes, a primeira vez meus sintomas foram bem mais graves. Eu tive bastante falta de ar, minha oxigenação chegou a 89, eu tive que ir até o hospital por conta da oxigenação, mas não tive meus pulmões comprometidos pela doença.”

Medicamento aprovado pela Anvisa

O medicamento teve seu registro definitivo no Brasil aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o Ministério da Saúde, o antiviral demonstrou em estudos clínicos que, em comparação ao placebo, foi capaz de reduzir em até 89% a possibilidade de hospitalização ou morte em pacientes do grupo elegível. Ele é recomendado para pessoas com covid-19 que possuem maior risco de progressão para a forma mais severa da doença. 

Mesmo com aprovação da Anvisa, o infectologista ressalta que o uso não deve ser feito sem controle. “Para você usar o Paxlovid, esse antiviral anti-covid, você precisa ter um teste positivo para a covid-19. Só assim é recomendado o uso do antiviral”, alerta.

De acordo com a pasta, o medicamento é direcionado para os pacientes imunocomprometidos com idade a partir de 18 anos (segundo os critérios utilizados para priorização da vacinação para covid-19) e pessoas maiores de 65 anos.

O médico infectologista Julival Ribeiro reforça. “A vacina continua sendo a melhor estratégia para se prevenir à Covid-19. E vale salientar que o Paxlovid, que é esse antiviral que pode ser encontrado nos hospitais do SUS, na rede SUS e na rede privada só deve ser usado naqueles casos indicados e que a pessoa tiver realmente um teste positivo para a Covid” O especialista alerta que para fazer uso do Paxlovid ele deve estar dentro do grupo de risco que pode desenvolver a Covid grave.

De acordo com o Ministério da Saúde, as unidades federativas serão responsáveis pela distribuição do remédio aos municípios, bem como a definição de quais serviços ele ficará disponível. 
 

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06/10/2023 20:30h

Esse número representa um crescimento de 416% em comparação a 2019, quando havia 3.653 usuários

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Atualmente, 18.858 paranaenses são beneficiados pelo programa Remédio em Casa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Esse número representa um crescimento de 416% em comparação a 2019, quando havia 3.653 usuários. Segundo a coordenadora da Assistência Farmacêutica do Paraná, Deise Pontarolli, o programa visa fornecer medicamentos aos pacientes que têm condições crônicas de saúde, facilitando assim o acesso a esse grupo de medicamentos.

“Evitando os deslocamentos mensais desses pacientes, as farmácias das regionais de saúde, melhorando o fluxo desses pacientes nas nossas farmácias e também contribuindo para a redução do tempo de espera daqueles pacientes que retiram o seu medicamento de forma presencial”, avalia.

O programa oferece 49 medicamentos que são enviados diretamente ao cidadão por meio dos Correios, com exceção daqueles sob controle especial e os mantidos refrigerados. Os medicamentos são voltados para doenças de tratamento complexo e que geram alto custo financeiro. 

Dentre as mais de 40 enfermidades crônicas abordadas pelo serviço Remédio em Casa, as que apresentam maior demanda são: dislipidemia, que é oacúmulo de gordura no sangue, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e osteoporose.

Realização do cadastro

O cadastro é feito pessoalmente na Farmácia Estadual, onde o paciente ou seu representante legal preenche um Termo de Adesão ao programa. Para garantir a continuidade do serviço, a renovação do cadastro é necessária a cada 6 meses, com a apresentação e atualização dos documentos requeridos.

Pontarolli explica que uma vez que o paciente já é cadastrado dentro do programa de medicamentos do componente especializado, ele é convidado pela própria farmácia a receber esse medicamento em casa.

“Ele precisa assinar termo de adesão, informar corretamente o endereço onde ele quer receber esse medicamento e a partir daí, ele receberá produto suficiente para 3 meses de tratamento”, esclarece.

A coordenadora comenta que o serviço foi implantado nas 6 maiores farmácias regionais de saúde da secretaria e estão disponíveis nos municípios sede dessas regionais, que são: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa.

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Saúde
04/10/2023 19:15h

O valor pode passar de R$ 126 bilhões. Um aumento de 6,9% comparado ao ano passado, segundo a pesquisa IPC Maps

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Os gastos com saúde crescem no Brasil. Só em 2023, o setor deve movimentar no país R$ 414,6 bilhões. Esse número representa um acréscimo de 7,4% em comparação com o ano anterior. Em 2022, esse mercado alcançou R$386,1 bilhões. A conslusão é da Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros. Segundo o levantamento, São Paulo lidera a lista dos estados com mais gastos. Um aumento de 6,9%, comparado a 2022. O valor pode chegar a R$ 126.437.738.120. As despesas com medicamentos aparecem em primeiro lugar — custos acima de R$ 56 bilhões. Para o responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, essa alta pode ser explicada:

“Isto, de certa forma, é reflexo do envelhecimento da população. O envelhecimento da população exige mais cuidados por parte dessa parcela da população, mais idas aos médicos, mais medicamentos, mais realização de exames, e isto acaba onerando toda a cesta de consumo da população. É um cenário que vem acontecendo já há muitos anos, cada vez mais”, revela.

Atrás de São Paulo está Minas Gerais. De acordo com a pesquisa, o estado pode ultrapassar o valor de R$ 46 bilhões. Um aumento de 8,1%. Na sequência, o Rio de Janeiro. O estudo mostra que os cariocas podem investir até R$ 41.887.188.877, o que representa um crescimento de 9,4%, em comparação  ao ano anterior.

Conforme o levantamento, medicamentos, planos de saúde e tratamento médico e dentário aparecem como os ítens que a população mas investe. “Quase R$ 218 bilhões são referentes a plano de saúde e tratamento médico e com medicamentos são R$ 197 bilhões. Ou seja, a prevalência é com pagamento de plano de saúde. Como a população está cada vez mais envelhecendo mais rapidamente, a tendência é que as despesas com saúde continuem aumentando ao longo dos próximos anos”, observa Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps.

A professora e coordenadora pedagógica aposentada Elenir Rosa de Azevedo (67) conta que precisa se organizar e fazer um bom planejamento para conseguir pagar as contas e cuidar da saúde.

“Tenho 67 anos e meu marido 69. E para mantermos nossa saúde em dia e uma qualidade de vida mais saudável, temos um gasto mensal muito grande, com consultas, exames e remédios. Além disso, se faz necessário exercícios físicos com o acompanhamento de um profissional qualificado. Nós fazemos pilates — e é caro. E também bons hábitos alimentares. Aí é preciso ajuda de um nutricionista, que também é caro”.

Ela revela que, muitas vezes, precisa fazer escolhas. “Tudo é muito caro. Vai aí uma generosa parcela de nosso orçamento mensal. E quando precisamos de suplemento vitamínico, então? Nossa, muito caro. Aí, o lazer tão necessário à saúde mental fica em segundo plano. Pois para manter todas as contas em dia, se faz necessário um bom planejamento. Alguma coisa tem que ficar de fora”, desabafa.

Um mercado de oportunidades

Para Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, esse aumento no setor de saúde também pode ser uma oportunidade para quem quer atuar no segmento. “Tivemos um crescimento de 1.117 novos estabelecimentos abertos entre 2022 e 2023. Ou seja, há uma oportunidade no comércio varejista de medicamentos”, aponta.

Ele observou no estudo que nos últimos anos apareceram algumas empresas oferecendo consultas a preços mais acessíveis para quem não tem plano de saúde e estava desempregado eventualmente. “Empresas para a realização de exames também com preços melhores, inclusive casas de saúde e asilos (...) Então essas oportunidades também estarão disponíveis para os próximos anos”, informa.

Do ano passado para cá, cerca de 1.117 unidades (0,9%) foram abertas, totalizando hoje 119.338 estabelecimentos. Só no Rio de Janeiro, foram 274 farmácias abertas em 2023, um aumento de 3,0%. São Paulo teve 146 novos estabelecimentos e Minas Gerais 84, ambos com um crescimento de 0,7%.

Clique no mapa para saber o valor em cada estado

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02/10/2023 03:00h

Com a parceria do setor privado, governo espera fortalecer a área da saúde e reduzir dependência externa de insumos e equipamentos

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O setor privado pretende investir cerca de R$ 23 bilhões na área da saúde até 2026. A estimativa é do governo federal, que espera que as parcerias público-privadas possam fortalecer a produção interna de matérias-primas para o setor. 

O presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defende os investimentos para o crescimento do setor industrial da saúde no país.

“Se nós temos uma nova indústria, se nós falamos na neoindustrialização, nós precisaremos de uma nova CNI para dar margem, dar acompanhamento e dar as respostas e as entregas necessárias para o desenvolvimento da indústria nesse país. Ela precisa cada vez mais se desenvolver e ter a sua importância relativa dentro do universo da economia. E a saúde certamente é uma prioridade nossa”, ressalta.

Na opinião do economista Jose Luis Oreiro, a demanda por insumos farmacêuticos para a produção de vacinas, por exemplo, é muito grande e substituir as importações desses materiais para investir na produção interna pode trazer vantagens econômicas que vão muito além da simples redução do valor das importações.

“A indústria farmacêutica é uma indústria de média e alta tecnologia. Quando você substitui a importação de insumos farmacêuticos e passa a produzi-los em território nacional, você cria no país empregos de alta qualidade, ou seja, empregos que pagam bons salários”, avalia. 

O especialista diz ainda que, quando se passa a produzir no Brasil insumos farmacêuticos, o país também ajuda a desenvolver a cadeia de fornecedores para a produção das matérias-primas. “Novas indústrias vão ser criadas em função das indústrias que vão ser introduzidas para a produção de insumos farmacêuticos”, pontua.

Para o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), integrante da Frente Parlamentar Mista da Indústria de Máquinas e Equipamentos e da Frente Parlamentar da Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, investir na produção interna de insumos, pesquisa e inovação aumentará a visibilidade do Brasil.

“Quanto mais você se torna um país menos vulnerável, mais independente, mais importante você fica no mundo inteiro. A autonomia na produção desses produtos para nós é uma garantia de sustentabilidade e independência com relação aos mercados mundiais”, salienta.

Complexo Econômico-Industrial da Saúde

O governo federal pretende investir, até 2026, R$ 42 bilhões na política industrial brasileira voltada para a área da saúde. O decreto que institui a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde foi assinado na última terça-feira (26).

Ao todo, serão seis programas estruturantes com o propósito de expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros. 

Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, essa estratégia dentro da política da nova industrialização deve ser ampliada, com o fortalecimento das parcerias público-privadas.

“Precisamos criar um ambiente institucional que favoreça o investimento, a inovação, a capacitação e a geração de empregos. São 20 milhões de empregos qualificados no setor (...) precisamos impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação”, destaca.

De acordo com o governo, ainda existem R$ 9 bilhões previstos pelo Novo PAC; a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com R$ 6 bilhões; e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com outros R$ 4 bilhões. Dessa forma, o Ministério da Saúde espera suprir o SUS com produção e tecnologia locais, além de frear o crescimento do déficit comercial do saúde em 80% no prazo de 10 anos. 

Um levantamento do Ministério da Saúde revela que mais de 90% da matéria-prima usada no Brasil, para produção de insumos como vacinas e medicamentos, é importada. Na área de equipamentos médicos, a produção nacional atende 50%. Em medicamentos prontos, o percentual é de cerca de 60% e, em vacinas, um pouco acima. Com o apoio do setor privado, o governo espera atingir a meta de 70% de produção local no setor.

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28/09/2023 00:30h

Adotada durante a pandemia, a entrega remota de medicamentos vai continuar sendo possível graças à atualização na legislação atual

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Quem toma medicamentos controlados poderá continuar recebendo seus remédios em casa. A entrega remota desses medicamentos, permitida durante a pandemia de Covid-19, foi incluída de forma permanente pela Anvisa à legislação atual, com a publicação de uma resolução na última semana. 

O gerente substituto de Produtos Controlados da Anvisa, Thiago Brasil, destaca como essa medida colabora para com as pessoas que fazem uso de remédios controlados. “Essa medida impacta positivamente na medida em que facilita o acesso a medicamentos controlados, especialmente para aqueles pacientes que possuem dificuldades de locomoção”, ressaltou. O gerente ainda lembra que a medida beneficia especialmente quem é atendido por programas públicos que realizam a entrega domiciliar nas cidades que estabeleceram esse tipo de ação durante a pandemia.

Na nova resolução, contudo, foi alterada a quantidade máxima de remédios por receita para a entrega remota. Durante a pandemia a quantidade havia sida aumentada, porém essa permissão expirou na última semana. Antes, era permitida a entrega de 18 ampolas ou quantidade para seis meses de tratamento de medicamento com controle especial. Agora, podem ser entregues cinco ampolas ou quantidade para 60 dias de tratamento.

Entre as doenças que necessitam de tratamentos controlados estão depressão, ansiedade, crises convulsivas e várias outras. Para a neurologista Ana Paula Gonçalves, secretária do Departamento Científico de Epilepsia da Academia Brasileira de Neurologia, a medida é benéfica para uma série de pacientes. “Para as pessoas com epilepsia e com problemas neurológicos em geral, com dificuldade de locomoção, com paralisia cerebrais, com sequelas de AVC, mesmo com doenças inflamatórias, essa medida facilitaria muito o acesso ao medicamento, melhoraria a aderência, reduziria o risco de acidentes, de que o paciente tivesse uma crise se deslocando para pegar o seu medicamento e até mesmo o risco de complicações da sua doença”, explicou.

Segundo a norma, estão autorizados a fazer entrega remota de medicamentos controlados estabelecimentos privados, públicos e programas governamentais. A via original da prescrição médica deve ser retida pelo estabelecimento, e no momento da entrega do remédio devem ser colhidas as assinaturas necessárias. Também é necessário que o estabelecimento busque a receita médica ou a receba em formato eletrônico antes de fazer a entrega.

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Dr. Ajuda
04/08/2023 13:15h

Neste episódio, o endocrinologista Márcio Aurélio Silva Pinto esclarece dúvidas sobre obesidade e o tratamento por meio de remédios

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Você ainda pensa que uma pessoa que sofre com a obesidade que usa medicamentos para emagrecer, não está perdendo peso de forma saudável? Ainda acredita que para perder peso basta fechar a boca e fazer exercícios? 

É importante destacar que quando estamos falando sobre o tratamento da obesidade, o objetivo não é que a pessoa fique magra, mas sim que perca peso para melhorar sua qualidade de vida e reduzir seus riscos. Sabemos que perdendo de 5 a 10% do peso corporal, melhoramos também problemas como diabetes, pressão alta, gordura no fígado, e perdendo acima de 10% podem melhorar apneia do sono e reverter quadro de diabetes.

E por que devemos usar medicação para a obesidade?

A obesidade é uma doença crônica que altera a fisiologia do apetite, em que as pessoas sentem mais fome e menos saciedade, por isso, é possível usar medicamentos para corrigir as alterações dessa fisiologia.

Além do medicamento, o tratamento é realizado por meio de mudanças no estilo de vida e acompanhamento multidisciplinar, com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico.

Mas quem afirma que para tratar da obesidade que dieta e exercícios são o suficiente, não sabem que o acompanhamento de um profissional apenas com a mudança do estilo de vida, levam a uma perda média de 3% do peso, perdas que quase sempre não são sustentadas a longo prazo. E uma das principais razões para a dificuldade em manter esse peso perdido, vem dessa alteração do apetite, mas se deve também ao fato de que toda vez que emagrecemos, gastamos menos energia e sentimos mais fome, facilitando ainda mais voltarmos ao nosso peso inicial.

Estudos mostram que pessoas obesas que emagrecem usando medicamentos, melhoram sua saúde e de maneira até mais significativa do que quem não usa, porque em geral a perda de peso é maior.

Para quem o uso do remédio estaria indicado?

O tratamento com remédios é indicado para pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC), que é calculado o peso dividido pela altura e multiplicado pela altura novamente, maior que 30 ou pessoas com IMC maior que 27, que apresentam complicações da obesidade, como diabetes, pressão alta, apneia do sono e gordura no fígado.

Ainda hoje, existe um grande preconceito com os remédios para tratar da obesidade, pois no passado alguns remédios apresentaram efeitos colaterais graves, mas com os medicamentos que temos hoje e quando usados com a indicação correta e com o acompanhamento médico, esse risco diminui.
Além disso, os efeitos do medicamento é muito individual, o que funciona para um,pode não funcionar para outra pessoa. Existe também uma fase de adaptação com os remédios, em que a presença de efeitos colaterais leves e moderados podem ser aliviados com algumas estratégias até que ocorra a adaptação do corpo com o remédio.

Existem algumas critérios para escolher o melhor medicamento para cada pessoa, e são baseados em:

  • No padrão alimentar que a pessoa tem;
  • Outras doenças que o paciente possui;
  • Outros remédios que utiliza;
  • Idade;
  • Experiências passadas com medicações para a obesidade;
  • E nas contraindicações.

Por quanto tempo utilizar o medicamento?

Sendo a obesidade uma doença crônica (uma doença que controla mas não cura), ela pode ser tratada a longo prazo. Cada vez mais acredita-se que a obesidade deve ser tratada como qualquer outra doença crônica, como a diabete e a pressão alta, sem suspender a medicação, pois toda doença crônica piora quando a medicação é suspensa.

É de extrema importância conversar com um endocrinologista para saber qual o melhor tratamento para você.

Para mais informações, assista o vídeo no canal Doutor Ajuda.

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Dr. Ajuda
21/07/2023 11:30h

Neste episódio, a farmacêutica Isabelle Evelyn Viana Borges explica como utilizar o espaçador no tratamento da asma

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Você tem ou conhece alguém que tem asma? Sabe como usar os remédios corretamente? 

Uma das principais falhas no tratamento da asma está relacionada à falta de conhecimento sobre o uso adequado dos medicamentos. No Brasil, cerca de 9 em cada 10 pessoas com asma não utilizam seus medicamentos corretamente.

Atualmente, existem quatro tipos principais de dispositivos inalatórios utilizados no tratamento da asma: pó em cápsula, pó solto, nebulizadores (bombinhas) e dispositivos de névoa. Embora haja vários modelos disponíveis, a técnica de uso é bastante similar entre eles.

É importante destacar que os dispositivos de névoa e as bombinhas podem ser utilizados com o auxílio de um espaçador, que facilita a inalação do medicamento. O espaçador é um acessório que ajuda a otimizar a entrega do medicamento aos pulmões, especialmente em crianças e pessoas com dificuldades de coordenação.

Como utilizar o espaçador?

  • A primeira recomendação é preparar o dispositivo para o uso, encaixe a bombinha de ar no espaçador. A parte da bombinha que se coloca na boca, deverá ser encaixada na parte contrária ao bocal do espaçador e deve estar bem preso e bem vedado para que o ar da bombinha não escape.
  • Prepare o pulmão para receber o medicamento. Uma inspiração profunda seguida de expiração total deve ser realizada. Encha o peito de ar respirando bem fundo e em seguida solte todo o ar. Isso sem os dispositivos, apenas para se preparar
  • O uso do remédio. Ao finalizar o exercício de respiração, é hora de partir para o uso do espaçador. Leve o aparelho na boca e acione a dose apertando a bombinha, em seguida realize uma inspiração calma e lenta com a boca, como se estivesse respirando normalmente. Ainda com a boca no espaçador, puxe o ar pela boca e solte também pela boca, por no mínimo seis vezes. Não é necessário segurar a respiração após a inalação.

Dicas importantes

  1. Lavar a boca. Se o medicamento contém corticoides como o budesonida, fluticasona ou beclometasona, deve-se lavar a boca com água e bochechar, nesse caso o espaçador deve ser limpo com um pano úmido todas as vezes após o uso.
  2. Use uma dose por vez. Se sua indicação médica recomenda o uso de duas doses, a segunda deve ser feita após finalizar a primeira dose. Não acione as duas doses de uma vez só, se fizer as duas de uma vez, o uso será ineficaz, devido a quantidade que foi inalada.
  3. Lavar o espaçador ao menos uma vez ao mês. É importante lavar o espaçador com água e deixar secar naturalmente pelo menos uma vez ao mês.
  4. Realizar a inspiração antes da inalação. A inspiração irá auxiliar na recepção correta do medicamento, pense que o pulmão é como um copo cheio, se não esvaziarmos antes da inalação, não haverá espaço para mais nada. Com o pulmão vazio, é possível inalar o medicamento com mais profundidade e força.
  5. Não solte o ar com o espaçador na boca. Vale ressaltar que sempre se deve soltar o ar depois de retirar o espaçador da boca.

Para garantir a eficácia do tratamento, é essencial que os pacientes com asma recebam orientações adequadas sobre o uso correto do dispositivo inalatório prescrito pelo médico. É fundamental seguir as instruções fornecidas pelo profissional de saúde e esclarecer todas as dúvidas para garantir a correta administração do medicamento e obter o máximo benefício no controle da asma.

Para mais detalhes, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.

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10/07/2023 19:45h

Constância no tratamento traz qualidade de vida e impede a replicação viral; três novos medicamentos para HIV vão ser oferecidos pelo SUS

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Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 108 mil pessoas vivem com o vírus HIV em seu corpo e ainda não sabem, sendo a maioria jovens entre 15 e 24 anos. O diagnóstico tardio é um dos principais agravantes para a população que vive com HIV, como destaca a infectologista e professora da Universidade de Brasília (UnB), Juliana Lapa. “Hoje o problema dos nossos pacientes de HIV que morrem são por dois caminhos: ou diagnóstico tardio demais —  a pessoa descobre já doente, ou abandono de tratamento, são as pessoas que não têm constância. Esse é o grande problema do HIV no Brasil”, alertou.

Entre 1980 e junho de 2022, foram identificados 1.088.536 casos de Aids no Brasil, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. Na última semana, foram publicadas portarias anunciando que o SUS vai oferecer três novos medicamentos para tratamento de pessoas com HIV. São eles o Darunavir 800 mg, o Dolutegravir 5 mg e o Raltengravir 100 mg granulado.

O tratamento com a medicação recomendada ajuda a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e interrompe a transmissão do vírus, como elucida a infectologista Juliana Lapa. “Tomar constante impede a replicação viral. E, além disso, hoje a gente já sabe que quem está tomando a medicação adequadamente para o HIV não está transmitindo o HIV. Quem atinge valores que a gente chama de indetectável está intransmissível, então também tem esse benefício para a sociedade, de a gente conseguir interromper o ciclo de transmissão”, afirmou.

Novos medicamentos

Os antirretrovirais são fundamentais para aumentar o tempo e qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas. Dentre os novos remédios disponíveis pelo SUS está o Darunavir 800 mg, que é destinado a pacientes vivendo com HIV, em falha virológica ao esquema de primeira linha e sem mutações que indiquem resistência ao fármaco. 

Os outros dois novos remédios são recomendados para crianças: o Dolutegravir 5 mg é indicado para tratamento complementar ou substituto em crianças de dois meses a seis anos de idade; e o Raltengravir 100 mg granulado é recomendado para profilaxia de transmissão vertical em crianças com alto risco de exposição ao HIV.

O infectologista Álvaro Costa, do Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes com HIV do Hospital das Clínicas, fala da importância dos dois medicamentos destinados às crianças. “Essas formulações nessa posologia facilitam a adesão para as crianças que vivem com HIV. Então essas formulações que saíram, do Dolutengravir e do Raltengravir em granulação, são para utilizar para tratar esse estrato populacional. infelizmente, apesar de todos os avanços ainda tem crianças com diagnóstico de HIV. O Brasil tem melhorado, e muito, esses indicadores. Cada vez menos transmissão materno infantil, mas é importante se lembrar que existe um contingente de crianças que vivem com HIV no Brasil e que precisam ter boas ferramentas para tratamento”, ressaltou.

De acordo com as portarias publicadas, o Ministério da Saúde tem até 180 dias para efetivar a oferta dos medicamentos no SUS.
 

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Desenvolvimento Regional
15/05/2023 18:50h

A ação faz parte do programa Rotas de Integração Nacional, do MIDR, que busca fomentar cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável

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Os Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, o MIDR, e da Saúde, o MS, vão trabalhar juntos em um programa de bioeconomia para fortalecer a cadeia de fármacos e fitoterápicos ligados aos biomas brasileiros, em especial a Caatinga, a Amazônia e o Cerrado.

A ação faz parte do programa Rotas de Integração Nacional, do MIDR, que busca fomentar cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável.

Para o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a parceria entre os dois ministérios é muito importante.

“Nós pretendemos estruturar a partir já das cadeias produtivas que nós trabalhamos com as rotas, dentro da cadeia produtiva da biodiversidade, os fármacos e fitoterápicos na Amazônia, na caatinga e também no cerrado. Fizemos a solicitação para nossa ministra Nísia Trindade, do MS, para além dessa parceria interministerial pudéssemos fazer parte do colegiado nacional que trata desse assunto da bioeconomia e parte de cadeias produtivas voltadas para os fármacos e fitoterápicos e a ministra de pronto aprovou”.

Segundo a secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo, essa parceria vai trazer vários benefícios para as cadeias produtivas.

“Para o desenvolvimento regional, esse tema tem fundamental relevância, visto que os nossos biomas são dotados de grandes potencialidades que vêm auxiliar o desenvolvimento das regiões.”

Para mais informações sobre as ações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, acesse mdr.gov.br.

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