Obesidade

03/03/2024 00:01h

A estimativa é da OMS que ainda prevê cerca de 2,3 bilhões de adultos acima do peso ao redor do mundo até o próximo ano

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A obesidade é uma doença que não tem cura, mas tem controle. Segundo o doutor em endocrinologia clínica Flavio Cadegiani, ela está associada ao aumento de risco de mais de 200 doenças, incluindo mais de 15 tipos de câncer. Além disso, o médico lembra que existe o estigma social causado pela obesofobia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade.

Na opinião do especialista, o excesso calórico advém muitas vezes de um consumo desenfreado de comidas, que é do desejo alimentar. “É é uma questão química ,não é uma escolha racional. A pessoa não escolhe racionalmente ficar obesa. Então, os pontos de atenção são a questão do comportamento, que inclusive vem a questão do tratamento”, explica.

Mas o endocrinologista explica que a doença também está associada a 60% e 70% genética. “São mais de 300 genes envolvidos, o principal chama-se FTO. Esses genes eles influenciam em vários aspectos como a otimização metabólica, então tudo ele armazena com mais facilidade e com facilidade de ganho de peso”, revela.

Só no Brasil, a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde. O número de pessoas com obesidade mórbida ou índice de massa corporal (IMC) grau III, acima de 40 kg/m², atingiu 863.086 pessoas só em 2022. 

Prevenção

O tratamento da obesidade consiste basicamente na mudança no estilo de vida do paciente. O endocrinologista Flávio Cadegiani explica que a prevenção é feita com alimentação saudável e uma rotina de atividade física.

“A atividade física bem feita ela é muito melhor para prevenir o ganho de peso do que para ter perda, tem muito atleta que tem obesidade porque eles pararam de treinar e não pararam de comer. Então a atividade física ela é muito importante para a prevenção da obesidade, uma atividade física bem feita e regular, uma boa alimentação, não precisa ser rigoroso, mas precisa manter o hábito de uma alimentação saudável, segurar carboidratos, açúcar”, observa. 

Segundo a nutricionista Camila Pedrosa, o acúmulo excessivo de gordura corporal pode resultar em várias complicações na saúde da pessoa.

“Doenças cardíacas, diabetes, pressão alta. A gente pode ter obstruções aí que são os trombos na corrente sanguínea. Isso pode causar derrames, problemas de articulação, justamente por conta do excesso de peso. Problemas de sono. Ela pode ter redução da fertilidade, problemas de fertilidade é muito comum em pacientes obesos e, além disso, ela pode ajudar a desencadear outros tipos de câncer”, informa.

Uma doença que precisa de controle

A nutricionista Camila Pedrosa diz que a obesidade é considerada uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e tem controle. “Se a pessoa para de fazer o acompanhamento, de cuidar da alimentação, ela tende a voltar o ganho de peso, mesmo que ela seja uma pessoa que fez uma cirurgia bariátrica. Ela parou de cuidar, ela tem reganho de peso”, lembra.

E quem já teve que enfrentar a doença diz que não é fácil. A publicitária Stefany Liberal, de 30 anos, conta que já passou por momentos de não querer sair mais de casa por causa de sua aparência. Para recuperar sua autoestima, ela recorreu a cirurgia bariátrica — procedimento indicado para tratar casos de obesidade grave.

“Obesidade é algo muito difícil. Tem gente que acha que a obesidade é algo que essa pessoa come, só isso? Não, às vezes pode ser uma doença, pode ser algo que vem para complementar, que é muito difícil. Então, obesidade não é fácil. E a cirurgia bariátrica em si também é algo muito difícil. Tem gente que acha que fazer a cirurgia bariátrica é algo fácil, mas não é. É muito difícil porque tem várias consequências”, relata. 

A OMS instituiu o 4 de Março como o Dia Mundial da Obesidade, com a intenção de disseminar conhecimentos sobre a doença. A data também é uma maneira de combater o estigma social a respeito do problema.

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Dr. Ajuda
04/08/2023 13:15h

Neste episódio, o endocrinologista Márcio Aurélio Silva Pinto esclarece dúvidas sobre obesidade e o tratamento por meio de remédios

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Você ainda pensa que uma pessoa que sofre com a obesidade que usa medicamentos para emagrecer, não está perdendo peso de forma saudável? Ainda acredita que para perder peso basta fechar a boca e fazer exercícios? 

É importante destacar que quando estamos falando sobre o tratamento da obesidade, o objetivo não é que a pessoa fique magra, mas sim que perca peso para melhorar sua qualidade de vida e reduzir seus riscos. Sabemos que perdendo de 5 a 10% do peso corporal, melhoramos também problemas como diabetes, pressão alta, gordura no fígado, e perdendo acima de 10% podem melhorar apneia do sono e reverter quadro de diabetes.

E por que devemos usar medicação para a obesidade?

A obesidade é uma doença crônica que altera a fisiologia do apetite, em que as pessoas sentem mais fome e menos saciedade, por isso, é possível usar medicamentos para corrigir as alterações dessa fisiologia.

Além do medicamento, o tratamento é realizado por meio de mudanças no estilo de vida e acompanhamento multidisciplinar, com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico.

Mas quem afirma que para tratar da obesidade que dieta e exercícios são o suficiente, não sabem que o acompanhamento de um profissional apenas com a mudança do estilo de vida, levam a uma perda média de 3% do peso, perdas que quase sempre não são sustentadas a longo prazo. E uma das principais razões para a dificuldade em manter esse peso perdido, vem dessa alteração do apetite, mas se deve também ao fato de que toda vez que emagrecemos, gastamos menos energia e sentimos mais fome, facilitando ainda mais voltarmos ao nosso peso inicial.

Estudos mostram que pessoas obesas que emagrecem usando medicamentos, melhoram sua saúde e de maneira até mais significativa do que quem não usa, porque em geral a perda de peso é maior.

Para quem o uso do remédio estaria indicado?

O tratamento com remédios é indicado para pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC), que é calculado o peso dividido pela altura e multiplicado pela altura novamente, maior que 30 ou pessoas com IMC maior que 27, que apresentam complicações da obesidade, como diabetes, pressão alta, apneia do sono e gordura no fígado.

Ainda hoje, existe um grande preconceito com os remédios para tratar da obesidade, pois no passado alguns remédios apresentaram efeitos colaterais graves, mas com os medicamentos que temos hoje e quando usados com a indicação correta e com o acompanhamento médico, esse risco diminui.
Além disso, os efeitos do medicamento é muito individual, o que funciona para um,pode não funcionar para outra pessoa. Existe também uma fase de adaptação com os remédios, em que a presença de efeitos colaterais leves e moderados podem ser aliviados com algumas estratégias até que ocorra a adaptação do corpo com o remédio.

Existem algumas critérios para escolher o melhor medicamento para cada pessoa, e são baseados em:

  • No padrão alimentar que a pessoa tem;
  • Outras doenças que o paciente possui;
  • Outros remédios que utiliza;
  • Idade;
  • Experiências passadas com medicações para a obesidade;
  • E nas contraindicações.

Por quanto tempo utilizar o medicamento?

Sendo a obesidade uma doença crônica (uma doença que controla mas não cura), ela pode ser tratada a longo prazo. Cada vez mais acredita-se que a obesidade deve ser tratada como qualquer outra doença crônica, como a diabete e a pressão alta, sem suspender a medicação, pois toda doença crônica piora quando a medicação é suspensa.

É de extrema importância conversar com um endocrinologista para saber qual o melhor tratamento para você.

Para mais informações, assista o vídeo no canal Doutor Ajuda.

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16/07/2023 20:35h

Para o Brasil, a estimativa é de que 41% dos adultos terão obesidade em 2035, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2023

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A obesidade não está relacionada apenas a um comportamento. Ela é uma doença, um distúrbio metabólico, genético, que pode ser influenciado por fatores comportamentais e ambientais, segundo o doutor em endocrinologia clínica, Flavio Cadegiani. Ele explica que a obesidade está relacionada à disfunção do tecido adiposo.

“A célula de gordura quando aumenta de volume quando ela hipertrofia, ela aumenta a produção de produtos inflamatórios que inflamam o corpo inteiro, além disso quanto maior o volume da célula de gordura, mais ela atrai macrófagos — células imunológicas, que por si vão produzir ainda mais fatores inflamatórios. Hoje, a gente fala que o conceito de obesidade ele é centrado na disfunção do tecido adiposo que é o tecido de gordura”, informa.

A genética é responsável em 70% para o desenvolvimento da obesidade, conforme dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Mas esse cenário pode mudar. Cadegiani diz que já existe uma nova medicação para tratar obesidade e sobrepeso, vista por cientistas como promissora, por apresentar resultados melhores que os remédios existentes no mercado, a chamada Retatrutida.

“O medicamento ainda está em desenvolvimento, mas já é o tratamento com maior eficácia já visto para obesidade. É o primeiro medicamento que tem potencial de ter quase uma equivalência em relação à cirurgia bariátrica”. Ele está otimista com os trabalhos. “Se der tudo der certo na fase 3, talvez em 4 ou 5 anos ele deve ser disponibilizado”, avalia.

No código genético humano, mais de 400 genes estão relacionados ao processo de alimentação e saciedade. Desde o metabolismo, apetite e distribuição corporal de gordura. No Brasil, um em cada 4 indivíduos maiores de 18 anos tem obesidade, o que corresponde a aproximadamente 41,2 milhões de pessoas. E mais da metade dos adultos apresenta excesso de peso 60,3%, o que representa 96 milhões de pessoas, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde de 2020. O público feminino tem maior prevalência (62,6%) do que o masculino (57,5%).

O último relatório do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostra que a frequência de adultos com excesso de peso variou entre 49,3% em São Luís e 64,4% em Porto Velho. As maiores frequências de excesso de peso foram observadas, entre homens, em Porto Velho (67,5%), João Pessoa (66,5%) e Manaus (65,2%) e, entre mulheres, em Manaus (61,8%), Porto Velho e Belém (61,0%). As menores frequências de excesso de peso, entre homens, ocorreram em Salvador (50,8%), São Luís (51,4%) e Vitória (55,8%) e, entre mulheres, em Palmas (45,0%), Teresina (46,4%) e São Luís (47,5%).  

O Atlas Mundial da Obesidade 2023 revela um aumento na prevalência da obesidade em todo o mundo. Para o Brasil, a estimativa é de que 41% dos adultos terão obesidade em 2035. O crescimento anual da obesidade entre adultos é de 2,8%, enquanto na infância, a taxa atinge 4,4% ao ano até 2035. A projeção para 2035 é de que 1 em cada 4 pessoas conviverá com a doença. Isso representa mais da metade da população mundial, sinaliza a pesquisa. 

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Fábio Moura, é muito importante combater a obesidade de todas as formas, principalmente avançando em estudos de medicamentos que ajudem a reduzir os casos. “A obesidade é hoje um das principais preocupações. Há um aumento exponencial do número de casos e com isso vai acontecer um aumento exponencial das doenças que decorrem da obesidade como a diabetes tipo 2, a doença hepática gordurosa não alcóolica, a apneia do sono, o aumento do risco de câncer, tudo isso vai aumentar com o aumento do número de casos de obesidade”, alerta.

Cuidados e prevenção

Na opinião do endocrinologista, para tratar a obesidade é necessária uma mudança no estilo de vida do paciente. Ele explica que a prevenção é feita com alimentação saudável e uma rotina de atividade física, por exemplo. “A atividade física bem feita ela é muito melhor para prevenir o ganho de peso do que para ter perda, tem muito atleta que tem obesidade porque eles pararam de treinar e não pararam de comer. Então a atividade física ela é muito importante para a prevenção da obesidade, uma atividade física bem feita e regular, uma boa alimentação, não precisa ser rigoroso, mas precisa manter o hábito de uma alimentação saudável, segurar carboidratos, açúcar”, observa.

O especialista conta que é preciso humanizar e individuaizar o tratamento. “Entramos com os medicamentos depois que o paciente tenta todas as formas de mudança de estilo de vida, principalmente com alimentação e com atividade física, e, muitas vezes, não consegue ter uma perda significativa de peso. Acontece que, nem sempre, a pessoa está motivada e a gente deve entender isso também", ressalta Flavio Cadegiani.
 

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DF segue tendência nacional; 95% das crianças de dois a quatro anos consomem alimentos ultraprocessados como biscoito recheado

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A obesidade em crianças e adolescentes é ocasionada por diferentes fatores, muitos deles que envolvem condições genéticas e comportamentais, segundo o Ministério da Saúde. O relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, aponta que, até setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade. 

Números que, para a nutricionista Juliana Carricondo, aumentam os riscos para a criança desenvolver doenças graves. 

“É um problema muito complexo, porque a obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, diversos fatores estão ligados para aquele indivíduo ser diagnosticado ou não com obesidade. E a obesidade infantil, o grande problema dela é que pode ser a porta de entrada para diversas outras doenças, como hipertensão, colesterol alto, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias”, afirmou.

O DF segue a mesma tendência nacional. Segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, houve aumento no índice de peso em todas as faixas etárias nos últimos anos. A porcentagem de crianças de zero a cinco anos com excesso de peso aumentou de 7,9% em 2020 para 8,2% em 2021. Já entre as crianças de cinco a dez anos, o índice saltou de 27,9% para 33,4%.

O documento revela que o consumo de bebidas açucaradas por crianças com idades entre seis e 23 meses chega a 19%, enquanto de alimentos ultraprocessados é de 33%. Na faixa etária de dois a quatro anos, esses números aumentam para 69% e 95%, respectivamente. Número maior até que ultrapassa a média nacional de 91% na ingestão de alimentos como refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo.

Juliana Carricondo, que também é gerente de Nutrição da Secretaria de Saúde do DF, ressalta os esforços da gestão para melhorar o quadro a partir de conversas com as famílias. Uma saída, segundo ela, é usar a criatividade no preparo da comida dos pequenos. 

“A gente precisa cuidar da alimentação da criança. E como que os pais podem fazer para ajudar a criança a comer melhor? Primeiro de tudo é dando. A criança aprende muito mais vendo o que a gente faz do que ouvindo o que a gente fala. Então, os pais precisam dar o exemplo. Na hora de colocar, servir o prato, fazer um prato diversificado, colorido, colocar legumes, colocar verdura, porque a criança vai ver aquilo e vai se sentir estimulada a copiar o que o adulto está fazendo. Uma outra maneira é diversificar o modo de preparo dos alimentos”, completou. 
 

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12/01/2023 04:00h

Neurocirurgião e especialista em AVC afirma que até 80% dos casos podem ser prevenidos com mudanças básicas no estilo de vida

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O volume da circunferência abdominal está intrinsecamente relacionado  ao maior risco de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e hemorragia cerebral. É o que aponta estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido. A enfermidade também é conhecida como derrame e trata-se da consequência da alteração de fluxo sanguíneo no cérebro. 

O neurocirurgião e especialista em AVC, Victor Hugo Espíndola, afirma que essa possibilidade é um fato e precisa receber atenção de especialistas e dos próprios pacientes. "Os pacientes que têm um aumento da da cintura abdominal são os pacientes obesos e principalmente são pacientes que têm o aumento da gordura visceral, que sabemos que é o tipo de obesidade mais grave e que propicia o aumento do risco de AVC”, destaca. 

“A gente sabe que tem essa ligação porque a obesidade é um dos principais fatores de risco do AVC porque na grande maioria das vezes além de ter problema de colesterol associado ela é acompanhada de outras doenças como a hipertensão arterial e o diabetes, que são os dois principais riscos do AVC isquêmico e também do AVC hemorrágico”, completa.

O especialista também diz que até 80% dos casos de AVC podem ser prevenidos com mudanças básicas no estilo de vida, como o controle da pressão arterial, do diabetes, controle da obesidade, interrupção do tabagismo e prática de atividades físicas para evitar o sedentarismo.

Subtipos de AVC

De acordo com o Ministério da Saúde, existem dois subtipos de AVC, o acidente vascular isquêmico ou infarto cerebral responde por 80% dos casos. A condição ocorre quando há entupimento dos vasos cerebrais, o que pode se dá devido a uma trombose ou embolia - quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e chega aos vasos cerebrais pela rede sanguínea. 

O outro tipo é conhecido como acidente vascular hemorrágico. Trata-se do rompimento dos vasos sanguíneos que se dá na maioria das vezes no interior do cérebro, também conhecido como hemorragia intracerebral. Em outros casos, ocorre a hemorragia subaracnóide, onde o sangramento entre o cérebro e a aracnóide (uma das membranas que compõem a meninge). Como consequência imediata, há o aumento da pressão intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas não afetadas e agravar a lesão. Esse subtipo de AVC é o mais grave e tem altos índices de mortalidade.

Fabrícia Chacon, de 44 anos, é moradora de Brasília e analista de sistemas. Em julho de 2017, enquanto trabalhava, ela começou a passar mal e decidiu ir ao hospital. Após uma série de exames, foi diagnosticada com Síndrome Anti-fosfolípide (SAF), um tipo de trombofilia que pode acarretar a formação de coágulos sanguíneos.

“Eu estava no trabalho, comecei a passar mal, minha pressão começou a subir e eu comecei a suar. Liguei pro meu marido, ele me levou para o hospital. Lá, já não conseguia ficar em pé. Minhas pernas já não respondiam e eu tive muita dificuldade na fala. Então eu fui pra UTI e fiz um trabalho com uma fonoaudióloga para poder desenrolar a língua”, completa Fabrícia.
Após esse episódio, Fabrícia procurou fazer uma reeducação alimentar para poder comer de forma mais saudável, pois comia muita fritura e alimentos gordurosos.  

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O Ministério da Saúde alerta para os sintomas e sinais de AVC. Confira:

  • Fortes dores de cabeça, de início súbito, sobretudo se acompanhada de vômitos;
  • Fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo;
  • Paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
  • Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
  • Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.
     
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Dr. Ajuda
09/01/2023 17:00h

Neste episódio o Dr. George Lago dá mais detalhes sobre o assunto

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Qual o papel do sono na obesidade? Dormir mal tem relação com ganho de peso? Neste episódio o Dr. George Lago dá mais detalhes sobre o assunto.

Em situação de privação do sono, a ciência já demonstrou que nosso corpo prefere alimentos mais calóricos como os carboidratos e com menor poder nutritivo. 

Isso acontece porque o sono é um importante aliado do nosso metabolismo corporal. Nessa situação, não dormir bem desregula esse mecanismo e impacta o nosso peso. 

Muitas pessoas se dedicam a uma alimentação saudável e à prática de exercícios regulares, mas esquecem ou ignoram completamente a importância do sono nesse processo. 

Enquanto dormimos, são produzidos e liberados hormônios que vão atuar em funções específicas do nosso corpo. Como exemplo, o apetite e a sensação de saciedade que são regulados pelo sono. 

A grelina é uma substância que coordena o nosso apetite, enquanto a leptina é responsável pela saciedade. Ambas são liberadas enquanto dormimos. Qualquer situação que comprometa a qualidade de sono, pode desregular a liberação desses dois hormônios. Dessa forma, quem tem insônia, apneia obstrutiva do sono ou qualquer outro transtorno enquanto dorme, tem chance aumentada de problemas metabólicos como alteração da glicemia, do colesterol e até no controle do peso corporal. Ou seja, quando não dormimos bem temos mais fome e menor sensação de saciedade.

Estudos científicos mostram que pessoas que dormem pouco apresentam maior ganho de peso e a falta de sono pode levar à obesidade. O contrário também é verdadeiro, a obesidade piora a qualidade do sono.  A obesidade aumenta o risco para a apneia obstrutiva do sono, que é caracterizada por pausas recorrentes na respiração enquanto dormimos, seguidas de episódios de redução na oxigenação do sangue e fragmentação do sono. 

Hoje sabemos que a ocorrência de apneia obstrutiva do sono em obesos é muito maior do que na população geral. 

Para suspeitar desta doença, basta ficar atento aos seguintes sinais e sintomas: 

  • Roncos seguidos por pausas na respiração; 
  • Sono fragmentado; 
  • Dor de cabeça;
  • Cansaço ao acordar;
  • Sonolência excessiva durante o dia;
  • Dificuldade de atenção e memória;
  • Fadiga crônica. 

Para uma saúde integral, é preciso focar no tripé: alimentação saudável, exercício físico regular e sono de qualidade.

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda no Youtube.

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Saúde
07/01/2023 04:00h

Doença atinge mais de 1 bilhão de pessoa no mundo e é responsável pelo surgimento e agravamento de outras enfermidades, aponta OMS

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O rol de medicamentos para o tratamento da obesidade acaba de ser ampliado no Brasil. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a Wegovy, uma solução injetável para perda e manutenção do peso. A obesidade é uma doença que atinge mais de um bilhão de pessoas no mundo, caracterizada pelo excesso de gordura corporal em quantidade capaz de prejudicar a saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças sofrem com o problema. 

A doença afeta o indivíduo por meio das barreiras encontradas na sociedade e pelo agravamento ou surgimento de outras enfermidades. Membro da diretoria da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), o médico endocrinologista Fernando Gerchman afirma que a entidade é a favor da implementação do novo medicamento no mercado brasileiro devido à sua eficácia.

“Essa medicação tem eficácia superior às medicações existentes e ela é indicada para pessoas com um Índice de Massa Corporal de 30 ou mais, que caracteriza obesidade, ou 27 ou mais, que caracteriza sobrepeso com complicações relacionadas, como por exemplo, hipertensão, síndrome da apnéia do sono ou pré-diabetes e diabetes”, destaca. 

O médico explica, ainda, que o medicamento é aplicado através de uma tecnologia já utilizada em pessoas com diabetes. Ele afirma que será necessário um treinamento feito por profissional para que os pacientes possam realizar a aplicação. 

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 96 milhões de pessoas têm excesso de peso e 1 em cada 4 tem obesidade, um total de 41 milhões de pessoas. Fernando Gerchman aponta algumas das dificuldades enfrentadas por essa parcela da população. 

“A sociedade tem uma percepção inadequada  em relação à obesidade que faz com que as pessoas sejam mais discriminadas, tenham mais dificuldades nos processos seletivos de trabalho. E também as dificuldades relacionadas às complicações da doença. Causa depressão, causa ansiedade ou está relacionada à depressão e à ansiedade. Causa problemas musculoesqueléticos que geram dor física”, explica. 

Segundo a OMS, a doença atinge o coração, fígado, rins, articulações e sistema reprodutivo, o que leva a doenças como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral, vários tipos de câncer e problemas de saúde mental. Para determinar se uma pessoa é obesa, o peso é dividido pela altura ao quadrado, o chamado Índice de Massa Corporal (IMC). Quando o IMC é maior ou igual a 30kg/m2 trata-se de obesidade, entre 25 e 29,9 kg/m2 está o sobrepeso. 

A Anvisa esclarece que a Wegovy é indicada como auxiliar à uma dieta com baixas calorias acompanhada de exercício físico. Segundo o órgão, o medicamento deve passar por definição de preço e da logística de distribuição do fabricante e dos revendedores antes de começar a ser comercializado. De acordo com o Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), ainda não recebeu solicitações para avaliação de incorporação do medicamento no SUS. 
 

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28/09/2022 04:30h

Doença atinge mais de 340 mil crianças brasileiras entre 5 e 10 anos, segundo dados do SUS

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Mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade no Brasil até meados de setembro deste ano. Os dados são do relatório público de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional. Em 2021, o Programa Especial de Atenção Primária à Saúde diagnosticou cerca de 356 mil crianças acima do peso. 

Os números são preocupantes, segundo especialistas. A diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), Jacqueline Rizzoli, destaca que é preciso trabalhar a prevenção contra o problema desde cedo. 

“A obesidade é um grande problema de saúde pública não só no Brasil, como em todo o mundo, tem aumentado em todas as faixas de idade, mas realmente, a faixa-etária mais precoce, ainda na infância, é onde precisamos trabalhar com mais intensidade para a prevenção”, comenta a médica. “A pessoa que já inicia já nos primeiros anos de vida com obesidade, tem uma tendência muito maior a se tornar um adolescente obeso e futuramente um adulto obeso”, observa a endocrinologista do Hospital São Lucas, da PUC do Rio Grande do Sul,. 

A obesidade em crianças e adolescentes resulta de uma série complexa de fatores genéticos e comportamentais que envolvem famílias e escolas. Se não tratada, pode causar problemas como infarto, inchaço dos vasos sanguíneos e acidente vascular cerebral (AVC).

Dados do Sistema Único de Saúde apontam que o maior índice de crianças obesas nessa faixa etária de 5 a 10 anos do país está na região Sul (11,52%). Em seguida aparecem as regiões Sudeste (10,41%); Nordeste, (9,67%); Centro-Oeste (9,43%); e Norte (6,93%). 

Médicos da área apontam que, no Brasil, os maiores vilões pelo excesso de peso na infância são os alimentos ultraprocessados. Batata frita, macarrão instantâneo, cachorro quente, doces e balas, sucos de caixinha, refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos, barras de cereais, chocolates e iogurtes estão entre os alimentos mais consumidos. 

A pediatra e gastroenterologista responsável pelo ambulatório de obesidade do Hospital da Criança de Brasília, Jaqueline Rosa Naves, alerta que os impactos da obesidade infantil na saúde são muito maiores na vida adulta. Por isso, a educação alimentar é fundamental.

“É importante a gente ter em mente de que, na pirâmide de tratamento da obesidade, a base é a mudança de estilo de vida, que consiste na adequação alimentar, rotina de sono, atividade física, adequação da dinâmica familiar”, orienta. 

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Saúde
12/07/2022 04:30h

Prevalência da obesidade quase dobrou no Brasil nos últimos 15 anos. Presidente da ONG Obesidade Brasil, a psicóloga Andrea Levy explica como o cuidado com a saúde mental dos pacientes pode ajudar no tratamento

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As autoridades de saúde recomendam que as pessoas com obesidade tenham atendimento multiprofissional. Além do acompanhamento já conhecido de endocrinologistas, nutrólogos e educadores físicos, por exemplo, os psicólogos têm tido papel importante no tratamento da doença, que praticamente dobrou entre os brasileiros nos últimos 15 anos. 

O número de pessoas obesas passou de 11,8%, em 2006, para 22,4%, em 2021, de acordo com a mais recente pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. 

A obesidade é uma doença crônica que se caracteriza pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Suas causas não têm relação apenas com perfis genéticos de maior risco, mas também com sedentarismo, consumo excessivo de calorias e alimentos ultraprocessados, insônia e uso de medicamentos obesogênicos, por exemplo. 

Andrea Levy, psicóloga e presidente da ONG Obesidade Brasil, explica que o acompanhamento psicológico de pessoas obesas fortalece o tratamento de base, que envolve reeducação alimentar, prática de atividades físicas e uso de medicamentos. 

“É frequente que pessoas que sofrem de obesidade apresentem também quadros de ansiedade e depressão, que devem ser tratados para que essa pessoa melhore sua qualidade de vida e se sinta mais forte e apta para fazer também o seu tratamento para obesidade”, aponta. 

“Devemos sempre ficar atentos à saúde mental da pessoa com obesidade, porque a própria obesidade e os estigmas e preconceitos diários que essa pessoa sofre podem funcionar como gatilhos para o desenvolvimento ou agravamento de quadros de transtornos do humor, e de transtornos alimentares, especialmente o de compulsão alimentar. Então, ter obesidade não é fácil do ponto de vista psicológico”, reforça. 

Mara Coelho conta que buscou atendimento psicológico, entre outros motivos, porque estava incomodada com o próprio peso. A insatisfação com o corpo, as dores, a vergonha de sair na rua e a indisposição contribuíram para um quadro de ansiedade e, também, depressão. 

A profissional de RH afirma que o suporte da psicóloga a ajudou a ter consciência de que precisava se cuidar, tendo em vista não somente a superação da obesidade e a melhora da saúde mental, mas a qualidade de vida no futuro. 

“O tratamento psicológico contribuiu para que eu pudesse pensar melhor, porque quando você está num processo de depressão ou ansiedade, você mistura tudo, parece uma névoa branca, você não consegue pensar. Fica focando naquilo que é ruim, que você não dá conta. Então, ela me trouxe uma clareza e possibilitou olhar para outras coisas além disso, que foi o que me deu forças para fazer um tratamento”, lembra. 

Conscientização

Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência da obesidade aumentou de maneira epidêmica em todas as idades nas últimas quatro décadas e, “atualmente, representa um grande problema de saúde pública no mundo”. O órgão destaca que a doença está relacionada ao maior risco para outras enfermidades como as do coração, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doença do fígado e diversos tipos de câncer, dentre outras. 

Andrea destaca que o trabalho do psicólogo vai além de ajudar a pessoa obesa a cuidar da saúde mental. Passa, também, por conscientizar a sociedade. “Nós da ONG Instituto Obesidade Brasil temos lutado muito para que a população entenda que obesidade é uma doença complexa e que sua prevenção e tratamento exigem uma série de medidas”, explica. 

“Devemos investir em um estilo de vida mais saudável. Além disso, devemos lutar contra o preconceito contra as pessoas com obesidade, porque isso faz com que elas se sintam intimidadas a buscarem ajuda profissional, pois elas se sentem fracassadas e a obesidade não tem nada a ver com falta de força de vontade, mas é uma condição clínica que exige cuidados e, acima de tudo, todas as pessoas com obesidade merecem respeito e acolhimento para seguirem os seus tratamentos.” 

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01/07/2022 04:30h

Trabalho publicado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia sugere que perda de peso de pacientes com obesidade seja classificada em “reduzida” e “controlada”

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Um estudo conduzido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP) propõe um novo tipo de classificação para a obesidade. Com uma terminologia mais simples, o foco não é substituir as terminologias adotadas hoje, mas acrescentar e simplificar o acompanhamento de pacientes em processo de controle de peso. 

A proposta apresentada pelos médicos no estudo, publicado na The National Center for Biotechnology Information, é que a obesidade de pacientes em acompanhamento clínico para redução de peso seja classificada em “reduzida” ou "controlada''. Um dos profissionais que participaram do estudo, o endocrinologista Marcio Mancini, aponta que as classificações sugeridas são baseadas no peso máximo do paciente. 

“Propomos uma nova classificação da obesidade baseada no peso máximo atingido em vida (MWAL), do inglês maximum weight attained in life. Nesta classificação, os indivíduos que perdem uma proporção específica de peso são classificados como tendo obesidade “reduzida” ou ‘controlada’”. 

Além da proposta, os médicos que participaram da pesquisa também apontam que uma perda de peso considerada modesta, a partir de 5%, durante o acompanhamento clínico já traz melhoras clínicas. O objetivo é que as pessoas com obesidade e os profissionais que as acompanham se concentrem na manutenção de peso em vez da redução. 

“A nova proposta se baseia no benefício que o paciente tem com a perda de peso. Então, ela coloca que, quando o paciente perde pelo menos 10% do peso, ele teria uma obesidade controlada. Então, vamos imaginar um paciente que teve o seu peso máximo em 100 kg. Se ele perder pelo menos 10 kg e passar para 90 kg, mesmo que ele ainda tenha excesso de peso, vai ter uma obesidade chamada de controlada, porque os estudos mostram que essa perda de pelo menos 10%, ela é factível. Ela é uma perda que é possível de ser conseguida com o tratamento clínico e ela vai levar a uma série de benefícios para a saúde.”

A SBEM-SP também afirma que, apesar de perdas a partir de 5% do peso já trazerem benefícios, as reduções entre 10% e 15% são mais benéficas. Segundo a publicação, a porcentagem de redução de peso como meta de tratamento é aceita, uma vez que uma maior diminuição do peso é geralmente mais difícil, tanto por fatores de adaptação do metabolismo de cada pessoa como por questões ambientais e de estilo de vida.

Obesidade no Brasil

De acordo com dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), mais da metade da população brasileira estava acima do peso, com 57% dos respondentes com sobrepeso. O índice subiu mais de 10 pontos percentuais desde o início da pesquisa, realizada anualmente desde 2006. Naquele ano, o índice foi de 43%. 

Um estudo publicado em março deste ano pela World Obesity Federation aponta que o número de pessoas obesas no mundo tende a aumentar. Apenas no Brasil, a previsão é de que a obesidade atinja 29,7% dos adultos brasileiros em 2030. O número equivale a cerca de 47 milhões de brasileiros.  

A psicóloga bariátrica Débora Gleiser, integrante do Grupo de Estudo das Cirurgias de Obesidade e Metabólicas (GECOM), em Porto Alegre (RS), aponta que essa classificação pode, sim, ajudar no tratamento de pacientes com sobrepeso e obesidade, mas ressalta que casos mais graves têm mais dificuldade em manter o peso estável, por se tratar de uma doença crônica. 

“Eles têm um histórico de vida de tratamentos e dietas onde eles emagrecem e engordam, emagrecem e engordam. Porque a obesidade é uma doença crônica. Uma pessoa que não tem uma obesidade severa, que precisa emagrecer, por exemplo, 10 kg, ela pode com certeza mudar os hábitos e emagrecer, se manter saudável, manter uma alimentação e o controle da compulsão ok”, afirma. 

Débora Gleiser também aponta que há, sim, muito preconceito em torno da obesidade e que esse preconceito pode vir também de profissionais de saúde. “Existe muito preconceito com a obesidade hoje em dia, a famosa gordofobia, e que não vem só do leigo. Que, infelizmente, às vezes vem até de profissionais da saúde. E eu culpo a falta de entendimento do todo da obesidade”, aponta ela.

A psicóloga, que lida especialmente com obesos em um grau mais grave, também conhecida como obesidade mórbida, recomenda um acompanhamento interdisciplinar do paciente. “A gente tem que tratar como doença, e a melhor forma de tratar esse tipo de doença é uma equipe onde tem cirurgião, psicólogo, nutricionista, anestesista, pneumologista, cardiologista, fisioterapeuta. Enfim, uma equipe em volta do paciente, porque ele demanda cuidado. Ele precisa de vários profissionais que trabalhem em uma equipe interdisciplinar para poder manter esse obeso, não vou dizer magro, porque não é isso que nos interessa, mas manter esse obeso saudável”, pontua. 

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