Alimentação

Desenvolvimento Regional
15/05/2023 13:50h

Plano Brasil Sem Fome vai concentrar as ações sobre o tema no País e buscará ainda o engajamento dos municípios e da sociedade civil

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Os Governos Federal e do Amapá assinaram, nesta sexta-feira (12), um protocolo de compromisso para tirar o estado do mapa da fome. A iniciativa será feita por meio do Brasil sem Fome, que será executado em parceria pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e as unidades federativas. O plano vai concentrar todas as ações sobre o tema no País e buscará ainda o engajamento dos municípios e da sociedade civil.

O Brasil Sem Fome é um plano de erradicação da pobreza e da extrema pobreza que está em construção e reúne diferentes iniciativas, além de promover uma aliança federativa para incluir novamente a população que vive na pobreza e na extrema pobreza no orçamento do País.

Presente à cerimônia de assinatura, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou que o Governo Federal está trabalhando para melhorar a vida dos brasileiros, principalmente da população mais necessitada.

“O presidente Lula está trabalhando fortemente nos projetos de oportunidades, como acesso a emprego, à formação qualificada, além das políticas baseadas na transversalidade, como tarifa social, acesso à internet, à água tratada, à energia”, destacou. “Não adianta o Brasil crescer na indústria, crescer o seu PIB (Produto Interno Bruto) se também aumentar as desigualdades regionais e sociais. E isso é mais desafiador ainda quando se trata do Norte e do Nordeste do Brasil”, completou.

Para o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, o protocolo assinado nesta sexta-feira é um compromisso de um estado sem fome e de inclusão socioeconômica. 

"E é só um começo. Que nós possamos, a partir de hoje, com esse compromisso de todo o estado junto a população amapaense, cumprir a missão de, daqui a quatro anos, chegar e dizer que o Amapá é o estado que mais tirou gente da extrema pobreza e da pobreza no País", reforçou Dias.

A assinatura do protocolo de intenções faz parte da estratégia do Governo Federal de erradicar a fome no Brasil. "Considerando os indicadores de segurança alimentar do estado, a gente acha que realmente é muito importante esse compromisso, que também é do governo estadual, para organizar suas ações com um plano para combater a fome ", afirmou o ministro Wellington Dias. 

Em março, o Amapá contava com cerca de 57% da população no Cadastro Único, ou mais de 500 mil pessoas. O protocolo de intenções assinado visa também promover a inclusão socioeconômica de pessoas inscritas nessa base de dados. 

"O que estamos fazendo aqui é integrar políticas. Estamos integrando o Governo Federal com o governo estadual, os governos municipais, a bancada federal e os programas federais que vão articular para que os serviços cheguem de forma eficiente para as pessoas que mais precisam", frisou o governador do Amapá, Clécio Luís. 

Segundo a secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity, o compromisso considera os indicadores de segurança alimentar do Amapá. "Com este protocolo, o governo estadual se compromete a organizar suas ações e a elaborar um plano de erradicação da pobreza", pontuou. 

Inclusão

Durante a cerimônia em Macapá, uma beneficiária do Bolsa Família devolveu o cartão do programa porque conseguiu um trabalho com carteira assinada. Gleice Gabriela Mendes, de 43 anos, tem quatro filhos e, nas vésperas do Dia das Mães, ganhou o presente que mais desejava nos últimos anos: um emprego formal. 

"Recebo o benefício do Programa Bolsa Família há oito anos. Trabalhar com carteira assinada é uma coisa nova, mas eu estou muito feliz por esse momento. É uma oportunidade de emprego e a gente quer abraçar de todo o coração, porque é isso que eu sempre busquei", comemorou Gleice. 

O protocolo inclui também uma parceria com Sebrae, Senai e Sesi para promover a capacitação das pessoas que entraram e vão entrar no mercado formal de trabalho. 

"Esse pacto é importantíssimo porque mobiliza o estado, por meio de parcerias com o setor privado, para gerar oportunidades de emprego e de empreender para essas pessoas contempladas pelo Bolsa Família. Com isso, a gente contribui para diminuir o número de pessoas que estão na extrema pobreza ", afirmou o secretário nacional de Inclusão Socioeconômica do MDS, Luiz Carlos Everton.

A cerimônia contou ainda com a presença do senador Randolfe Rodrigues e de parlamentares e líderes políticos locais.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do MDS

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23/03/2023 04:15h

Reajuste no PNAE, a partir de março, supera os 40% em alguns estados

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Ótima notícia para estudantes de escolas públicas de todo o Brasil: o Ministério da Educação transfere, a partir de março, a todos os estados do país e também ao Distrito Federal, os valores atualizados do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Em alguns casos, como o da capital federal, o reajuste supera em  50% o valor que estava sendo transferido antes.

Estados como Sergipe, Roraima, Piauí e Maranhão conseguiram um aumento de mais de 40%, em comparação com os recursos previstos para 2022. Ao longo de 2023, serão destinados 5 bilhões e meio de reais para alimentar aproximadamente 40 milhões de alunos, matriculados em cerca de 150 mil escolas públicas. 

A merenda escolar estava sem reajuste havia seis anos, por parte do governo federal.  

No DF, por exemplo, o reajuste supera 50% o valor defasado. Estados como Sergipe, Roraima, Piauí e Maranhão conseguiram mais de 40% de reajuste, em comparação aos recursos previstos para 2022.

Única refeição do dia

Para a professora Fátima Silva, que leciona em uma escola pública em Brasília, “o reajuste é muito importante porque vai melhorar a alimentação dos estudantes carentes". Ela lembra que "muitos estudantes têm, na merenda escolar, a única oportunidade de fazer uma refeição completa ao longo do dia”. 

“Além disso, o Programa Nacional de Alimentação Escolar insere gêneros alimentícios produzidos pela agricultura familiar, trazendo produtos de qualidade e saudáveis como frutas e verduras à mesa das crianças e jovens”, enfatiza. 

Distribuição de recursos do PNAE:

Segundo informações do MEC, a transferência do dinheiro é dividida em até dez parcelas, de fevereiro a novembro de cada ano, e corresponde a 20 dias letivos por mês. O cálculo sobre os recursos a serem repassados leva em consideração o número de dias de atendimento e o número de alunos matriculados em cada rede ou unidade de ensino e o respectivo “per capita”.  

Distribuição dos recursos

Para os ensinos médio e fundamental, que abrangem mais de 70% dos alunos atendidos pelo Programa, o reajuste é de 39%. Para os estudantes da pré-escola e escolas indígenas e quilombolas, o aumento alcança o patamar de 35%. Para as demais etapas e modalidades, a correção é de 28%. 
Os valores “por estudante” foram definidos através de resolução do Conselho Deliberativo do FNDE. 

Valores por aluno

Números atualizados “per capita” do PNAE, utilizados para o cálculo dos recursos repassados a estados, municípios, Distrito Federal e escolas federais:

  • Estudantes matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) em período parcial: R$ 0,41;  
  • Estudantes matriculados no ensino fundamental e no ensino médio, em período parcial: R$ 0,50;
  • Estudantes matriculados na pré-escola, em período parcial, exceto para aqueles matriculados em escolas localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos: R$ 0,72;  
  • Estudantes matriculados em escolas de educação básica localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos, em período parcial: R$ 0,86; 
  • Estudantes matriculados em escolas de tempo integral com permanência mínima de 7 horas na escola ou em atividades escolares, de acordo com o Censo Escolar do Inep: R$ 1,37;  
  • Estudantes matriculados em creches, inclusive as localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos: R$ 1,37;  
  • Estudantes contemplados no Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, com complementação financeira de forma a totalizar o valor “per capita” em R$ 2,56;
  • Estudantes que frequentam, no contraturno, o Atendimento Educacional Especializado (AEE): R$ 0,68. 

Entenda o PNAE

Criado em 1955, o PNAE é a mais antiga política pública de segurança alimentar e nutricional do país. Na época, tinha o nome “Campanha de Merenda Escolar”. De lá para cá, o Programa ganhou robustez e tornou-se uma das mais importantes ações de governo – independentemente da coloração político-partidária do governante “da vez”.  

O objetivo do Programa é contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial dos estudantes, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis, através do oferecimento de alimentação nas escolas e de ações de educação alimentar e nutricional.

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14/03/2023 14:25h

Especialista avalia que novos valores destinados pelo governo à merenda nas escolas ainda não são suficientes, embora a medida seja positiva

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O governo federal reajustou os valores da alimentação escolar no per capita do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) entre 28% e 39%. Para o professor de Economia do Ibmec em Brasília, William Baghdassarian, embora a medida seja positiva, os valores ainda não são os necessários para manter uma alimentação escolar adequada.

O PNAE é administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Baghdassarian reconhece que o reajuste beneficiará cerca de 40 milhões de estudantes das redes públicas de ensino de todo o país. 

O professor do Ibmec também destaca que, além de o programa cumprir a função social junto aos estudantes, também colabora de modo geral com o aquecimento da economia, na medida em que incentiva o consumo de alimentos produzidos pela agricultura familiar.

“É uma medida que atende exatamente quem precisava ser atendido, que são as crianças, e também aquece a economia do país, porque os brasileiros que trabalham no setor da agricultura familiar, terão sua renda melhorada”, reconheceu. “No entanto, embora seja uma medida positiva, é ainda insuficiente, na minha opinião, porque os valores não são os valores necessários para manter uma alimentação escolar adequada”, afirmou.

Assimetria

Segundo o professor do Ibmec, “o fato de os valores destinados à merenda escolar não serem suficientes faz com que a gente tenha uma assimetria entre os municípios”. Conforme o especialista, “da forma como são distribuídos, os valores criam uma disparidade entre municípios ricos e pobres”. 

“Municípios mais ricos alimentam melhor, enquanto municípios mais pobres, que dependem mais desses recursos, alimentam pior - e isso tem o efeito de propagar a desigualdade”, apontou William Baghdassarian.

Desmaios

A professora Evany Silva Santos, que dá aula de Alfabetização na Escola Municipal Valparaíso, em Valparaíso de Goiás, sabe muito bem a importância de se servir uma alimentação saudável aos estudantes. Ela explica que há casos de alunos que têm, na merenda escolar, a única refeição do dia. 

“É muito importante que o governantes se preocupem, tanto com a quantidade quanto com a qualidade”, defende a professora.

"Muitos estudantes vão para a escola praticamente sem o café da manhã”, esclarece Evany, informando que já houve casos até de desmaio, em plena sala de aula: “Tem aluno desmaiando, quando o lanche atrasa e é servido depois de 9h30 - porque não são bem alimentados em casa", relata a pedagoga.

Distribuição dos recursos

Para os ensinos médio e fundamental, que representam mais de 70% dos alunos atendidos pelo Programa, o reajuste será de 39%. Para os estudantes da pré-escola e escolas indígenas e quilombolas, o aumento alcança o patamar de 35%. 

Para as demais etapas e modalidades, a correção será de 28%.  De acordo com o Ministério da Educação, serão investidos neste ano cerca de R$ 5,5 bilhões na melhoria da qualidade dos alimentos nas escolas.  

O que é o PNAE 

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem o objetivo de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial dos estudantes, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis, através do oferecimento de alimentação nas escolas e de ações de educação alimentar e nutricional. 

O PNAE é a mais antiga política pública de segurança alimentar e nutricional do país: foi criado em 1955, originalmente com o nome “Campanha de Merenda Escolar”. Atualmente, destina recursos suplementares para apoiar o atendimento diário de cerca de 40 milhões de estudantes, em aproximadamente 150 mil escolas. 

A transferência financeira é dividida em até dez parcelas, de fevereiro a novembro de cada ano, e corresponde a 20 dias letivos por mês. O cálculo sobre os recursos a serem repassados leva em consideração o número de dias de atendimento e o número de alunos matriculados em cada rede ou unidade de ensino.  
 

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12/03/2023 16:50h

Levantamento feito pela empresa de dados e consultoria Kantar aponta que crise econômica e inflação estão entre os principais motivos que levam brasileiros a adotarem hábitos de alimentação não saudáveis

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Os brasileiros estão trocando refeições completas no período de almoço fora de casa por salgados, como coxinhas, esfihas e salgados de pacote. Esse fato foi constatado em uma pesquisa realizada pela empresa de dados e consultoria Kantar, que aponta como principais motivos dessa troca a inflação e a crise econômica. O estudo entrevistou quatro mil pessoas em todas as regiões do país.

O presidente da Fundação da Liberdade Econômica, Márcio Coimbra, explica que, além da alta nos preços dos alimentos, outros fatores que têm contribuído para mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros são a crise econômica causada pela pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia, que acarretaram aumento no preço das commodities no mundo todo. 

“Eles [os preços dos alimentos] devem continuar aumentando se o governo não encontrar saídas para a economia andar em equilíbrio, mesmo retirando essas desonerações [...]. Então, nesse caso, o governo vai ter que enfrentar esse período de inflação e o povo brasileiro, provavelmente, vai ver um aumento dos preços dos alimentos”, afirma Coimbra.

De acordo com a pesquisa, as classes D e E foram as principais responsáveis pelo aumento geral do índice, sendo as que mais tiveram hábitos alimentares não saudáveis em refeições feitas fora de casa, de 2019 a 2022 (37,5%). Ainda segundo o estudo, os salgados prontos eram preferência de 11% dos entrevistados no primeiro ano analisado. Essa taxa subiu para 15% em 2022. Já as refeições completas eram preferência de 7% das pessoas ouvidas, em 2019. Já em 2022, essa taxa foi reduzida para 4%.

Prejuízos ao comércio

Márcio Coimbra ressalta, ainda, que esse movimento de troca nas alimentações fora de casa feita por parte dos brasileiros é prejudicial ao comércio, que perde clientes.  Esse efeito, segundo o especialista, pode ocasionar desemprego por conta da desaceleração da economia, e, a médio e longo prazo, será ruim também para o setor de saúde, por conta dos hábitos alimentares não saudáveis que podem trazer prejuízos à saúde da população. 

“Então é ruim para o comércio, é ruim para o país e é ruim, inclusive, para o sistema de saúde no médio e longo prazo. É uma realidade. Isso já chegou às grandes capitais e é uma realidade que, infelizmente, tende a se manter pelo menos nos próximos meses”, diz o presidente da Fundação da Liberdade Econômica.

Cerca de 30% das mulheres brasileiras estão inadimplentes, aponta CNC

IPC-S sobe 0,48% e acumula 3,27% em 12 meses

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Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA - 15), de janeiro a fevereiro deste ano, a inflação no setor de alimentos e bebidas deu uma desacelerada, ao passar de 11,50% no acumulado de 12 meses para 10,61%. No entanto, a inflação de alimentos e bebidas está acima de 10% desde março de 2022.

Perspectivas

Na avaliação do presidente da Fundação da Liberdade Econômica, as perspectivas para a inflação nos próximos meses são de alta. Márcio Coimbra também afirma que, caso o governo tente agir para diminuir a inflação, isso pode vir a causar também uma recessão. “Então é esse equilíbrio, muito difícil, que o governo vai ter que achar, que ele vai ter que encontrar”, considera. 

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10/03/2023 17:50h

O IPC-S – Índice de Preços ao Consumidor Semanal – relativo à primeira quadrissemana de março subiu 0,48% e acumula alta de 3,27% nos últimos 12 meses, é o que aponta dados divulgados pela FGV

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A inflação pelo IPC-S das primeiras semanas de 2023 subiu 0,84% e acumulou alta de 3,27% nos últimos 12 meses. Foi o que apontou os dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na última quarta-feira, 08 de março. 

De acordo com a pesquisa, nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, sendo elas: 

  • Habitação (0,69%)
  • Saúde (0,86%)
  • Transportes (0,92%)
  • Comunicação (0,71%)
  • Alimentação (0,21%)

Já os grupos de educação, vestuário e despesas pessoais sofreram um recuo, principalmente nos itens como passagens aéreas, alimentação de animais domésticos e roupas femininas. 

O IPC semanal da FGV revela um comportamento mais estável do índice de preços em 2023, na medida em que com a possível recessão nas economias dos EUA e na Europa, a pressão inflacionária será menor em 2023, como explica o economista da Cooperativa Brasileira de Serviços Empresariais (Cbrase), Guidi Nunes.  

“Não temos assim uma aceleração inflacionária, como tivemos em 2022”, afirmou o economista.

A pressão da economia global, devido a desorganização produtiva que, ao provocar falta de insumos, gerou aumento da inflação no mundo, em 2022.

Apesar do aumento, Guidi Nunes avalia que a classe habitacional está com as taxas coerentes e que o grupo de alimentos que contribuiu muito para a inflação no Brasil em 2022, agora está com a queda dos preços de insumos, como o fertilizante químico, entre outros, e que uma menor taxa de crescimento global em 2023, vai desacelerar ou provocar queda de preços dos alimentos, que ajudará a proporcionar no mínimo estabilidade aos índices de preços.

“A habitação, avalio que está coerente como início de ano né, onde as empresas e famílias, às vezes atualizam, mudam, por causa do calendário escolar, além de também atualizarem as suas estruturas. A saúde tem um pouco do envelhecimento populacional. O envelhecimento populacional junto com os problemas da pandemia, que está faltando insumos, e aí gera uma dificuldade de oferta de alguns produtos necessários para o tratamento médico da população. Transporte, teve o aumento da gasolina no dia primeiro de março com o governo que retomou a tributação,” completou Nunes. 

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 15 de março, será divulgada no dia 16 de março.
 

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Dr. Ajuda
08/03/2023 17:00h

Neste episódio a Gastroenterologista Dra. Maira Marzinotto explica mais sobre o assunto.

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Você já teve intoxicação alimentar? Neste episódio a Gastroenterologista Dra. Maira Marzinotto explica quais os sintomas e como evitar esse problema. 

Principais sintomas de intoxicação alimentar 

  • Mal estar, com enjoos e sensação de fraqueza
  • Dor de barriga, principalmente na parte de cima da barriga, popularmente conhecida por boca do estômago ou por todo o abdome
  • Náuseas e vômitos 
  • Diarréia, as fezes ficam amolecidas e o número de vezes que a pessoa vai ao banheiro, aumenta. Nos casos mais graves podem ficar desidratadas. Pode ocorrer também a presença de sangue nas fezes, indicando gravidade.

Além desses sintomas, pode ocorrer febre com temperaturas acima de 38°C, calafrios, tonturas e desmaios.

O tempo entre o momento da intoxicação e o aparecimento dos sintomas é muito variável, podendo ser horas ou até mesmo dias. 

Se estiver com suspeita, o que fazer?

A resposta principal é hidratação. A principal ameaça que a maioria das intoxicações alimentares é a desidratação. A fezes amolecidas presentes na diarréia tira muito líquido do nosso corpo e daí vem o risco de desidratação.

Hidrate-se muito bem, com água limpa, sucos e isotônicos se tiver disponível.

O que você pode comer e o que deve evitar?

  • Dê preferência a alimentos que você está habituado a comer, principalmente alimentos leves e com pouca gordura;
  • Dar preferência a vegetais e carnes refogados, cozidos ou grelhados. Evitar comer carnes e vegetais crus;
  • Evite também alimentos que fermentam muito e produzem gases, como leite, alimentos muito doces e bebidas com gás, como refrigerantes. 

E quando você deve procurar ajuda médica?

Se tiver sinais de desidratação com pressão baixa, tonturas e desmaios você deve procurar imediatamente um médico. 

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda. 

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10/02/2023 17:35h

Os dois indicadores acompanham continuamente os preços de produtos de várias categorias essenciais às famílias brasileiras. O INPC subiu 0,46% em janeiro, já o IPCA aumentou 0,53%

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Neste mês de janeiro os índices que medem a inflação no Brasil seguiram em alta. Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 0,53% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,46%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é divulgado mensalmente e leva em conta nove grupos de gastos, são eles: alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação. A variação apresentada em janeiro já era esperada  pelos especialistas. 

O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, comenta a respeito da variação mensurada no período: “Então alimentos in natura e gasolina foram os grandes destaques. Estatisticamente prevemos o que aconteceu. Os destaques a gente já sabia: alimentação, dando ênfase a alimentos in natura por conta de chuvas e essa variação climática própria do verão; e a parte de gasolina apresentou alta, um aumento que também já era esperado, em torno de 0,8, igual ao que a gente tinha também nas nossas estimativas”, explicou. 

Nos últimos 12 meses, o IPCA somou uma alta de 5,77% e o INPC acumulou aumento de 5,71%. Os dados medem a variação dos preços em várias categorias, de forma bem abrangente às necessidades das famílias brasileiras. 

Além dos fatores econômicos, variações climáticas também interferem no preço dos produtos in natura apontados pelo economista com um dos destaque da variação dos preços. Quem está na ponta, produzindo os alimentos, relata que as tradicionais chuvas de verão podem trazer prejuízo à lavoura. A agricultora Cleuza Aparecida, de Brazlândia (DF), explica que nesta época, além do solo encharcado, algumas pragas se reproduzem com mais facilidade e podem prejudicar as plantações. 

“O excesso de água é outro problema. Cai a produção, e a queda da produção faz com que aumente o preço por causa da lei da oferta e da procura. Se temos menos a oferecer, mais fica alto o preço, e é basicamente por isso. Por exemplo, a gente tem 35 mil pés de repolhos plantados, e estamos plantando mais 25 mil. Disso tudo pode ter uma perda de até 60%, 50%, e essa perda faz com que o produto altere muito o preço.”

Os índices são divulgados mensalmente pelo IBGE e também são usados para vários reajustes cotidianos, como o preço dos aluguéis. 

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08/02/2023 14:22h

Fazer uma lista com os alimentos saudáveis antes de ir ao mercado pode ajudar pais e responsáveis na hora das compras, diz nutricionista

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A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, mas bons hábitos alimentares são decisivos para o crescimento e o desenvolvimento nos primeiros anos de vida da criança. Com a volta às aulas, é preciso cuidado na escolha de alimentos saudáveis para a lancheira dos pequenos.

Camila Cordova, nutricionista e professora do curso de Nutrição da faculdade Anhanguera Taguatinga, orienta aos pais e responsáveis a fazer um planejamento antes de ir às compras e colocar no papel os alimentos mais saudáveis para serem consumidos pela família.

“Eu gostaria de dar uma atenção especial na escolha por alimentos in natura ou minimamente processados. Na verdade, esses são alimentos que devem ser a base da nossa alimentação. Então verduras, legumes e frutas são uma variedade incrível de alimentos minimamente processados e são a base para uma alimentação balanceada saborosa”, completa a nutricionista.

Camila reforça também a importância dos alimentos de origem animal, como carne, leite, ovos e peixe.  

“Então na hora de fazer as compras, a minha dica é colocar em primeiro lugar esses alimentos, buscar sempre locais onde você tem uma variedade grande de alimentos, onde você vai conseguir ter desde as verduras e legumes, as carnes, os ovos, os cereais, os grãos, as leguminosas. Então grandes mercados vão ajudar a gente a encontrar todos os produtos que a gente precisa para compor a alimentação de uma criança”, explica a especialista.

Júlia Cristina tem 27 anos, é vendedora e moradora de Brasília. Ela tem um filho de três anos e, na hora de preparar a lancheira escolar do pequeno, sempre procura colocar alimentos mais saudáveis. 

"A gente sempre procura mandar um carboidrato, como um pãozinho, uma tapioca, alguma coisa do tipo e uma fruta. Aí um morango ou manga, uva, banana, que são coisas que ele gosta bastante. E o suco somente de frutas”, diz a vendedora.

Boa alimentação é fundamental para o desenvolvimento da criança

Volta às aulas: especialistas recomendam check-up auditivo e visual para crianças

Montando uma lancheira saudável

A nutricionista Camila Cordova dá dicas de como montar uma lancheira saudável na hora de levar a criança para a escola.

  • Escolher um líquido, preferencialmente que seja água. É importante que tenha sempre uma garrafinha com água na lancheira da criança. Outra alternativa é o suco natural sem açúcar, chás e até a água de coco natural;
  • Frutas frescas, como banana, maçã, morango, pera, uva, goiaba, entre outras. 
  • Vegetais como palitinhos de cenoura, abobrinha, brócolis cozido, beterraba;
  • Para complemento, pode-se acrescentar pão de queijo caseiro, tapioca, cuscuz, sanduíche, iogurte natural, bolo caseiro, entre outros.

Com o intuito de auxiliar os pais e responsáveis a inserirem uma alimentação saudável durante o crescimento das crianças, em 2021 o Ministério da Saúde desenvolveu o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos”. O guia reúne as principais recomendações sobre aleitamento, introdução à alimentação complementar e escolha de alimentos saudáveis.
 

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02/02/2023 08:30h

Além dos macro e micronutrientes indispensáveis na alimentação de crianças, é importante respeitar os sinais de fome e saciedade

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Durante a infância ocorre o período de desenvolvimento da criança, tanto física quanto intelectualmente. A boa alimentação é importante para que esse desenvolvimento ocorra de forma satisfatória. Quando a criança não tem o hábito de consumir alimentos saudáveis, ela tende a ter maior vulnerabilidade a doenças e deficiências.  

Priscila Walker, nutricionista de famílias, informa que as crianças desde pequenas já conseguem apresentar sinais que indicam fome ou saciedade. Bebês ainda pequenos, que não sabem se comunicar, choram para avisar à mãe que estão com fome. 

Crianças um pouco maiores, no período da introdução alimentar, costumam apontar para a comida, se inclinar em direção a alguém, se essa pessoa estiver com comida na mão, pegar algum alimento e tentar levá-lo até a boca e, também, ficam felizes ao ver alimentos que gostam. 

“Ao mesmo tempo a criança também mostra a saciedade, ela não quer mais mamar, não quer mais comer, ela empurra a comida, fecha a boca, vira o rostinho de lado mostrando que não quer mais se alimentar ou muitas vezes, na introdução alimentar, ela faz o que a gente chama de 'movimento para-brisa', que é mexendo as mãozinhas para um lado e para o outro, espalhando a comida, jogando a comida no chão”, completa a nutricionista.

A nutricionista reforça que é essencial respeitar os sinais de fome e saciedade da criança para que ela consiga se alimentar de forma correta.

“É muito importante a gente respeitar esses sinais de fome e de saciedade para que a gente não desregule a criança. A criança nasce sabendo se alimentar e muitas vezes a gente não respeita. A gente vem com aquela colher perseguidora e fala só mais um pouquinho, come um pouquinho mais, tem que raspar o prato, tem que comer tudo pra ficar forte e saudável. E aí a criança começa a ignorar os sinais internos do corpo e ouvir alguém de fora”, informa a nutricionista.

A especialista alerta que o entendimento desses sinais desde o início pode evitar doenças no futuro. Tanto físicas, quanto comportamentais em relação à alimentação. 

A alimentação da criança precisa ser composta por macro e micronutrientes, como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. É importante para o desenvolvimento infantil ter a ingestão adequada de todos os nutrientes. 

Alimentos ultraprocessados, que possuem muito açúcar, sal, gorduras, farinha, corantes e conservantes artificiais, devem ser evitados, pois têm um gosto mais prazeroso ao paladar, e então a criança tende a começar a rejeitar aqueles que não possuem a mesma sensação de prazer. 

Natália Sales, analista de qualidade de software, tem uma filha de 10 anos e um filho de 2. Ela conta que durante o crescimento da primeira filha, ela não tinha conhecimento sobre alimentação saudável. Hoje, a menina tem dificuldade em aceitar alimentos mais naturais, como verduras e legumes. 

Depois dessa experiência, com o segundo bebê, Natália optou por dar mais alimentos naturais e deixou para inserir os processados mais tarde.

“No meu segundo filho, eu introduzi açúcar só depois dos dois anos, ele faz consumo de pouco sal, consome muita fruta e muita verdura, desde bebezinho. Então isso auxiliou muito no paladar que ele tem, pelo menos até agora. Ele aceita praticamente qualquer alimento amargo, azedo”, completa. 

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24/01/2023 04:00h

Dados do IBGE e do Banco Mundial desmentem a ministra Marina Silva e revelam que número de pobres e desempregados diminuíram durante governo Bolsonaro

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Na semana passada, o nome do Brasil esteve no meio de uma confusão, causada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela assustou o mundo ao afirmar que mais de 120 milhões de brasileiros passam fome no país. Ou seja, quase a metade da população. 

A declaração aconteceu no dia 16 de janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos – na Suíça. 

No dia seguinte, a ONU (Organizações das Nações Unidas) divulgou relatório esclarecendo que o Brasil possui cerca de 9 milhões de pessoas que não têm o que comer – ou seja, bem menos do que os 120 milhões alarmados por Marina. Constrangida, mesmo assim a Ministra do Meio Ambiente não deu o braço a torcer, exibindo os números repetidos pelo presidente Lula, na campanha eleitoral do ano passado, de que o Brasil teria  33 milhões de pessoas passando fome.

IBGE

Para piorar a situação, no dia seguinte os novos números de Marina caíram outra vez em descrédito, na comparação feita por analistas, com os dados do Banco Mundial e, também, pela mais recente pesquisa do IBGE. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (entidade vinculada ao Ministério da Economia) o desemprego no Brasil caiu para 8,1% – na medição de novembro do ano passado. Sendo, portanto, a menor taxa de desemprego, nos últimos 7 anos.

A pesquisa divulgada pelo IBGE mostra ainda que, no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a população desempregada diminuiu em 953 mil pessoas, em comparação ao trimestre anterior, numa queda de 9,8%.

Veja o quadro:

Banco Mundial

Na mesma linha do IBGE, os dados do Banco Mundial demonstram que a extrema pobreza no Brasil no ano de 2020 caiu para o patamar mais baixo da série histórica dessas medições, iniciadas em 1980. Segundo esses dados, os brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, considerada o marco básico para a medição da fome, caíram para menos de 2% da população — o que equivale a cerca de 4 milhões de pessoas. 

O Banco Mundial é considerado por especialistas no assunto uma das autoridades públicas mais confiáveis, na avaliação de questões ligadas à extrema pobreza. Conforme o relatório do Banco, em relação a 2019, mais de 7 milhões de brasileiros saíram da miséria. De 2020 para 2022, o número caiu ainda mais, por causa do pagamento do “Auxílio Brasil”, de R$ 400 por mês. 

Desencontro de Ministros

De acordo com o cientista político André Rosa, os recentes desencontros nas falas de ministros do governo Lula podem atrapalhar o crescimento do país. Segundo ele, o aumento do nível de emprego revelado pelo IBGE reflete ainda ao governo anterior. “É muito cedo para dizer que o governo Lula tem participação direta em qualquer aumento percentual de ocupação”, afirmou André Rosa, especialista em Relações Governamentais, com  mestrado em Psicologia Política.

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