Agricultura

12/09/2025 04:10h

Conab aponta alta de 16,3% sobre a temporada anterior; soja, milho e algodão puxam crescimento

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O Brasil colheu a maior safra de grãos de sua história. O 12º Levantamento da Safra 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (11), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília, mostra que a produção totalizou 350,2 milhões de toneladas, um crescimento de 16,3% em relação ao ciclo anterior, ou 49,1 milhões de toneladas a mais.

Soja, milho, arroz e algodão respondem por quase todo esse avanço, juntos somando cerca de 47 milhões de toneladas adicionais.

Segundo a Conab, a expansão foi impulsionada pelo aumento de 1,9 milhão de hectares na área cultivada e pela recuperação da produtividade média, estimada em 4.284 quilos por hectare, alta de 13,7% em relação a 2023/24.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que o resultado é fruto de planejamento e tecnologia. Fávaro completou ainda que, ao considerar toda a produção agropecuária, o Brasil ultrapassa a marca de 1,2 bilhão de toneladas em 2024/2025.

“Não se trata apenas dos 350 milhões de toneladas de grãos. Temos ainda cerca de 650 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 70 milhões de toneladas de proteínas animais, 70 milhões de toneladas de frutas, além de celulose e outros produtos. Tudo isso sai do campo, abastece a mesa dos brasileiros e também chega às mesas de consumidores em todo o mundo, graças à competência dos homens e mulheres do agro brasileiro”, ressaltou.

Entre os destaques estão a maior safra de soja já registrada, com 171,4 milhões de toneladas (alta de 13,3% sobre 2023/24), e a produção recorde de milho, com 139,4 milhões de toneladas (crescimento de mais de 20%). O algodão em pluma também atingiu o melhor resultado da série, com 4,06 milhões de toneladas, avanço de 9,7%.

A produção de arroz chegou a 12,8 milhões de toneladas, alta de 20,6%, impulsionada pelo clima favorável no Rio Grande do Sul, principal produtor do país. Já o trigo, apesar da recuperação da produtividade, deve fechar o ciclo com 7,5 milhões de toneladas, queda de 4,5% em relação à temporada anterior, em função da redução de 19,9% na área plantada.

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05/09/2025 20:30h

Anúncio foi feito durante a 54ª Expofeira do Amapá, onde foram contratadas 75 operações de Microcrédito Produtivo Orientado, totalizando R$ 5,2 milhões, além de 176 operações do Pronaf

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O Banco da Amazônia anunciou, nesta sexta-feira (5), a destinação de R$ 850 milhões ao Plano Safra do estado. O anúncio foi feito durante a 54ª Expofeira do Amapá, evento que ocorre em Macapá. 

A novidade foi compartilhada durante o Mutirão de Microcrédito, realizado pela instituição dentro da feira.

Durante a ação, foram contratadas 75 operações de Microcrédito Produtivo Orientado. Os contratos totalizaram R$ 5,2 milhões, além de 176 operações do Pronaf, no valor de R$ 9,8 milhões. 

EXPOFEIRA AMAPÁ 2025: Banco da Amazônia apresenta linhas de crédito voltadas para agricultura familiar e empresários

Banco da Amazônia apresenta o Pecuária Verde na Agropec 2025, no Pará

Ao todo, 251 operações foram formalizadas – o que representa cerca de R$ 15 milhões em créditos para o desenvolvimento do estado.

O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, destacou o papel dessas iniciativas para o desenvolvimento regional. “O estado do Amapá é um estado com muitas oportunidades que vem se desenvolvendo cada vez mais. Tem um produto interno elevado e grandes oportunidades negociais, tanto no campo do agronegócio quanto no campo empresarial. E o Banco da Amazônia está presente para poder desenvolver a região, gerar emprego, gerar renda através de todas as nossas soluções de crédito”, ressaltou Lessa.

O Mutirão de Microcrédito contou com a presença do Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; da diretora comercial do Banco da Amazônia, Joana Lima; do superintendente regional, André Vargas; e do gerente executivo da instituição, Misael Moreno; entre outras autoridades.

Plano Safra 25/26

Em julho, o Banco da Amazônia lançou o Plano Safra 2025/2026, com R$ 1,8 bilhão destinado exclusivamente à agricultura familiar. O montante equivale um avanço de 38% em comparação com a safra anterior e reforça o compromisso da instituição com o financiamento de práticas sustentáveis na região Norte.

Para a agricultura familiar, a taxa de custeio começa em 0,5% a.a. e a taxa de investimento também é de 0,5% a.a.
 

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05/09/2025 04:00h

Dispositivo integra Projeto de Lei 299/2025, de autoria do deputado Evair de Melo (PP-ES), exclui salários temporários do cálculo da renda familiar para conseguir benefícios sociais; texto segue para análise na Comissão de Trabalho da Câmara

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Os trabalhadores que têm contratos de trabalho por safra poderão continuar acessando o Bolsa Família, conforme estabelece o Projeto de Lei 299/2025. A proposta exclui os salários temporários do cálculo da renda familiar per capita para conseguir ou manter benefícios sociais. A ideia é garantir a continuidade da renda desses trabalhadores. 

O texto é de autoria do deputado Evair de Melo (PP-ES), sob a relatoria do deputado Coronel Meira (PL-PE). A proposta teve o relatório aprovado nesta semana pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados. Agora a matéria segue para análise na Comissão de Trabalho da Casa.

No relatório, o deputado Coronel Meira destacou que o trabalho por safra integra a dinâmica produtiva agrícola no Brasil, especialmente no Nordeste. Ele usou como exemplo os cultivos sazonais da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia), no Rio Grande do Norte e no Ceará, que movimentam a economia regional. 

“Acontece que os safristas, ou seja, os trabalhadores rurais que possuem contrato de trabalho dependente das variações sazonais da atividade agrária, enfrentam o dilema de escolher entre a formalização temporária e a perda de benefícios sociais fundamentais à subsistência de suas famílias”, ressaltou na comissão.

O parlamentar defendeu que a iniciativa garante a manutenção do trabalho formal dessa parcela da população, resguardando a fonte de renda das famílias no campo.

“O PL 299/2025 busca, portanto, corrigir essa injustiça, garantindo que o trabalhador possa exercer atividade formal sem ser penalizado com a exclusão de programas como o Bolsa Família. Essa medida terá impacto direto na vida de milhares de famílias, nos municípios onde a agricultura sazonal é a principal fonte de emprego”, disse.

Sistema eletrônico e incentivo à formalização do trabalho

Segundo informações da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), os parlamentares avaliam que a proposta responde a uma realidade frequente no meio rural, principalmente em regiões onde a colheita é intensa, no entanto, concentrada em períodos curtos. Nos períodos em que estão recebendo esses salários temporários pela colheita, a soma pode ultrapassar o limite de renda exigido pelo Bolsa Família, por exemplo – o que acarreta na exclusão do benefício.

Para o deputado Evair de Melo (PP-ES), “poder assinar contrato de safra e continuar o programa social, com certeza vai trazer um benefício para o Brasil”.

Na justificativa do projeto, o parlamentar pontuou que o objetivo é fomentar a formalização do trabalho temporário para a safra de diversas culturas agrícolas pelo país.

O texto prevê, ainda, a criação de um sistema eletrônico para registro de contratações, que deverá ser desenvolvido pelo Poder Executivo. Para o relator, o dispositivo trará transparência e melhoria na fiscalização.

Coronel Meira também reforçou que o projeto garante a disponibilidade de mão de obra para a continuidade da atividade agrícola e incentiva, ainda, a formalização da mão de obra rural.

No entanto, frisou que a iniciativa não tem o intuito de incentivar a dependência de políticas assistencialistas ou benefícios sociais, “mas sim a necessidade de se evitar que trabalhadores rurais fiquem presos a esses programas por falta de alternativa”, disse no relatório.

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12/08/2025 03:00h

CNA mapeia regiões mais vulneráveis e economista prevê risco de perda de mercado e desperdício de produtos perecíveis.

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A Bahia é responsável por 83% das exportações brasileiras de manga. Pernambuco lidera nas vendas externas de uva, com 77% de participação, enquanto o Espírito Santo domina o mercado do mamão, respondendo por 99% das exportações. No Nordeste, o Ceará concentra 54% da melancia e 78% do melão exportados pelo país. Já no segmento de cacau, a liderança também é baiana, com 74% das exportações, seguida por São Paulo e Minas Gerais. Esses estados estão entre os mais expostos à tarifa de 50% imposta recentemente pelos Estados Unidos.

Os dados foram apresentados na reunião extraordinária da Comissão Nacional de Fruticultura, promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para avaliar os impactos do chamado “tarifaço” americano. Durante o encontro, o diretor técnico adjunto, Maciel Silva, ressaltou a necessidade de reforçar a defesa do agronegócio brasileiro diante da Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. Ele também enfatizou a importância do mapeamento das frutas e regiões afetadas — um instrumento estratégico para negociações com as câmaras de comércio.

Sobreoferta

O economista-chefe da Análise Econômica, de São Paulo, André Galhardo, alerta para a dinâmica interna do mercado: “Alguns produtos cujo remanejamento das exportações é mais difícil, por questões sanitárias ou logísticas — como frutas — podem apresentar uma sobreoferta no mercado interno. Se não exportarmos mais ou reduzirmos significativamente o volume enviado aos Estados Unidos, dificilmente encontraremos outro mercado disposto a comprar esse excedente em tempo hábil, antes que esses produtos estraguem”

O “tarifaço” refere-se ao conjunto de tarifas extras anunciadas pelo governo norte-americano, que elevaram os encargos sobre produtos brasileiros em até 50% dependendo do caso. 

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05/08/2025 22:30h

Ao todo, 29 instituições financeiras foram habilitadas a operar os recursos, que atenderão desde o custeio da produção até a recuperação de cafezais danificados

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou o resultado das instituições financeiras habilitadas a operar os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2025. Ao todo, R$ 7,18 bilhões serão disponibilizados para financiar atividades essenciais da cadeia produtiva do café no Brasil.


O montante será destinado a linhas de crédito que abrangem custeio, comercialização, aquisição de café, capital de giro para cooperativas e indústrias, e recuperação de cafezais danificados. Ao todo, 29 instituições foram habilitadas, entre bancos públicos e privados, além de cooperativas de crédito, após processo de análise técnica conduzido pelo Mapa em conjunto com o Ministério da Fazenda.


Dentre os bancos autorizados, destacam-se Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú BBA, Santander e cooperativas como o Sicoob e Sicredi. As instituições foram avaliadas com base em critérios como capacidade operacional, regularidade fiscal e experiência na aplicação de recursos do Funcafé.


Os contratos com as instituições habilitadas já podem ser firmados, permitindo o início das operações de crédito junto aos cafeicultores. Os valores aprovados para cada instituição variam conforme a demanda apresentada e a capacidade de execução.


Segundo o Mapa, a medida visa garantir o suporte financeiro necessário para a produção nacional de café, atividade de grande relevância econômica para o país, que é um dos maiores produtores e exportadores globais do grão. A liberação dos recursos busca também assegurar a competitividade do setor, especialmente em momentos de oscilação de mercado ou adversidades climáticas.


O Funcafé é uma das principais fontes de financiamento da cafeicultura brasileira e integra as políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura. Com a habilitação das instituições, a expectativa é de que os recursos cheguem de forma ágil aos produtores, cooperativas e empresas do setor, contribuindo para o equilíbrio da oferta e a sustentabilidade da atividade cafeeira.
 

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12/07/2025 01:00h

Montante é 38% superior ao destinado na safra passada; “pequenos portes são prioridades para o banco”, afirma o presidente da instituição, Luiz Lessa

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O Banco da Amazônia lançou, nesta quinta-feira (10), o Plano Safra 2025/2026 com R$ 1,8 bilhão destinado exclusivamente à agricultura familiar. O valor representa um aumento de 38% em relação à safra anterior e reforça o compromisso da instituição com o financiamento de práticas sustentáveis na região Norte.

Para a agricultura familiar, a taxa de custeio começa em 0,5% a.a. e a taxa de investimento também é de 0,5% a.a. “Mas elas têm uma gama de possibilidades e, ainda, com as possibilidades de ter 40% de desconto para pagamento em dia”, pontuou o presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa.

Segundo Luiz Lessa, a tendência é que o cenário continue positivo, com aumento de investimentos para agricultores ano a ano – considerando que os produtores rurais de pequeno porte são considerados prioridade para o banco. “Ou seja, a gente vem num crescimento forte de alocação de recursos e isso vai continuar. Isso é um mantra aqui pra gente, que os pequenos portes são prioridades do banco”, afirmou Lessa.

O lançamento do Plano Safra 2025/2026 contou com a participação do Secretário de Estado da Agricultura Familiar, Cássio Alves Pereira, que destacou o papel do Banco da Amazônia e do plano para gerar oportunidades para as famílias produtoras da região.

“Queria aqui publicamente agradecer pelo compromisso com a agricultura familiar, a inovação do Basa Digital, que é uma coisa também muito bacana que faz um diálogo muito direto com a agricultura familiar. Aquele mecanismo que vocês impulsionam, que são os ativadores de crédito. É uma coisa que tem efeitos muito importantes e que deve servir como exemplo para os outros operadores de crédito”, avaliou o secretário.

Linhas de financiamento sustentável da agricultura familiar

O Banco da Amazônia oferece linhas de financiamento destinadas a fortalecer a agricultura familiar de forma sustentável no Brasil. Umas das linhas é o Pronaf A, voltado a famílias agricultoras que pretendem ampliar ou modernizar os empreendimentos. Nessa modalidade, as taxas de juros são de 0,5% ao ano, com prazo de até 10 anos para quitação. O limite de financiamento é de até R$ 52,5 mil.

Outra opção é o Pronaf Floresta, que oferece linhas de crédito e assistência técnica para agricultores familiares implantarem sistemas agroflorestais. 

Ainda em relação ao fomento à área agrícola, o Banco também disponibiliza uma linha de crédito específica para produtores rurais – sejam pessoas físicas ou jurídicas – populações tradicionais da Amazônia e para empresas do Setor Rural: a Amazônia Rural Verde

Entre os objetivos, estão apoiar as atividades do segmento agropecuário desenvolvidas em bases sustentáveis, assim como projetos focalizados no aumento da eficiência energética, incluindo fontes alternativas e renováveis. Além disso, induzir os produtores ou companhias a considerarem o meio ambiente como negócio.

Nesse tipo de financiamento, são consideradas as Taxas de Juros Rurais dos Fundos Constitucionais de Financiamento, de acordo com o setor, porte e finalidade.

Já o  FNO Biodiversidade é voltado à recuperação e utilização sustentável de mananciais, cultivo de plantas medicinais e aromáticas, entre outras áreas. Confira os projetos atendidos:

  • Sistemas de plantio direto "na palha";
  • Recuperação de pastagens degradadas;
  • Uso da fixação biológica do nitrogênio;
  • Reflorestamento com espécies nativas.

Com a linha Energia Verde, o Banco da Amazônia atua com um tipo de financiamento direcionado à implementação e aprimoramento de sistemas de micro e minigeração de energia. 

Segundo a instituição financeira, as taxas de juros rurais dos Fundos Constitucionais de Financiamento são levadas em conta – as quais variam conforme o porte do empreendimento e a finalidade do crédito.

Plano Safra 2025/2026

Os recursos do Plano Safra 2025/2026 estão divididos entre R$ 3,6 bilhões destinados para investimento e R$  8,4  bilhões para custeio.

Confira a destinação em relação aos segmentos atendidos:

  • R$ 4,8 bilhões para os pequenos e médios produtores;
  • R$ 5,4 bilhões para a agricultura empresarial;
  • R$ 1,8 bilhão para a agricultura familiar.

As taxas para os portes como agricultura empresarial e pequenos e médios produtores se iniciam em 14% a.a. para custeio e 8,5% a.a. para investimento.

Balanço

Nas últimas três safras, a instituição bancária tem superado o pacote de recursos destinado aos produtores da Amazônia. Confira:

  • Safra 2023/2024: R$ 9,9 bi
  • Safra 2024/2025: R$ 11 bi
  • Safra 2025/2026: R$ 12 bi

Na safra passada, foram R$ 12,6 bilhões aplicados, com 46,2 mil famílias atendidas, superando em 114,5% o orçamento de R$ 11 bilhões. “Isso significa que quando a gente coloca um orçamento, esse orçamento para gente é piso. Se no passado o orçamento era tratado como teto, hoje o orçamento para agricultura familiar, para o desenvolvimento da região, é piso. É de onde a gente parte para poder fazer as nossas entregas”, pontuou Luiz Lessa.

Na Safra 2024/2025, R$ 1 bilhão foi alocado para agricultura familiar e o Banco da Amazônia aplicou 1,9 bi. O avançou foi equivalente a um crescimento de 90% sobre o valor estimado inicialmente.

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11/07/2025 00:00h

Exportadores de café, carne e suco de laranja enfrentam cenário de preocupação com a nova taxa de exportação

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) demonstrou preocupação com o tarifaço de 50% imposto sobre os produtos brasileiros pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Segundo a FPA, a nova alíquota produz reflexos diretos e atingem o agronegócio nacional, gerando impactos no câmbio, aumento no custo dos insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras. 

Em nota oficial, a frente afirma que, diante desse cenário, é momento de cautela e diplomacia como caminho estratégico para a retomada de acordos: “É momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações.” FPA em nota oficial. 

O Estados Unidos é o segundo país que mais recebe exportações do Brasil, perdendo somente para a China. Os produtos mais exportados são

  • Café
  • Carne
  • Suco de laranja
  • Petróleo
  • Aeronaves
  • Semimanufaturados de ferro ou aço
  • Materiais de construção e engenharia 
  • Madeira 
  • Máquinas e motores 
  • Eletrônicos

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e o setor de cafeicultura esperam que o café seja incluído na lista de produtos isentos de tarifas nos EUA. 

“Nós temos esperança de que o bom senso prevaleça, a previsibilidade de mercado, porque nós sabemos que quem vai ser onerado é o consumidor norte-americano. E tudo que gera impactos ao consumo é ruim para fluxo de comércio, ruim para indústria e desenvolvimento dos países”, disse Marcos Matos, diretor geral do Cecafé, ao InfoMoney. 

A Associação Brasileira das Industrias Exportadoras de Carnes (Abiec) anunciou que a tarifa trará impactos negativos ao setor produtivo da carne bovina no Brasil, em nota à CNN. 

O setor brasileiro de suco de laranja, sendo um dos mais afetados pela taxação, mantém um quadro de preocupação, e faz apelo para que o governo brasileiro conduza a negociação com firmeza. 

Para a CBN, Ibiapaba Netto, diretor executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) disse que “Isso significa que 70% do valor total da cotação da Bolsa de Nova Iorque hoje representa imposto para acessar o mercado americano. Isso praticamente inviabiliza qualquer tipo de exportação para o mercado americano sem que haja graves prejuízos para toda a cadeia produtiva aqui do Brasil”.

A tarifa passa a valer dia 1° de agosto de 2025, de acordo com carta enviada para o presidente Luiz Inácio Lula. Nela, Trump diz que um dos motivos da taxação é a forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

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02/07/2025 22:00h

Deputados afirmam que alta dos juros e corte nos recursos para investimentos e seguro rural geram insegurança no campo; governo destina R$ 516,2 bilhões ao setor

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na última nesta terça-feira (1°), a destinação de R$ 516, 2 bilhões para o Plano Safra 25/26, voltados à agricultura empresarial. No entanto, na avaliação dos membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o valor plano ficou abaixo das expectativas do setor. 

Em coletiva de imprensa online, o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), disse que houve queda no volume de investimentos. De acordo com Lupion, o descontrole fiscal do governo e alta dos juros podem aumentar os custos dos produtores na próxima safra.

“A irresponsabilidade fiscal do governo vai elevar o custo do produtor rural em mais de R$ 58 bilhões em juros. Esse é o recorde que o governo federal está oferecendo”, afirmou Lupion.

O presidente da FPA argumentou, ainda, que o programa anunciado pelo governo não supre o que o setor agropecuário realmente necessita. Lupion destacou que, apesar de o governo denominar o crédito de R$ 516,2 bilhões como recorde, o valor recuou 5,41% com destinação aos investimentos. O montante passa, portanto, de R$ 107,3 bilhões para R$ 101,5 bilhões. Segundo ele, o cenário demonstra cautela aos produtores para projetos de longo prazo.

“Com o montante anunciado e com os juros anunciados, principalmente em relação aos investimentos, não vamos ver os produtores indo atrás de crédito para os investimentos”, frisou.

Durante a coletiva, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) demonstrou preocupação acerca dos produtores rurais, considerando o cenário fiscal do país. “A insegurança no crédito vai aumentar o preço de produção”, pontuou. 

Conforme o governo, o crédito vai apoiar grandes produtores rurais e cooperativas com R$ 447 bilhões. Já os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terão R$ 69,1 bilhões.

Tributação das LCAs

Entre os um dos principais entraves ao financiamento da produção, Lupion mencionou a tributação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), prevista na Medida Provisória 1.203/2025.

“As LCAs acumulavam estoque de R$ 560 bilhões em abril de 2025, financiando até 43% do crédito rural da safra 2023/2024. Essa tributação compromete a competitividade, a segurança financeira dos produtores rurais e faz com que os investidores fujam de um título que sofre tributação”, afirmou.

Lupion afirmou que a exigência de aplicação dos recursos captados com LCAs deve aumentar de 50% para 60%, o que poderia injetar até R$ 64 bilhões adicionais ao setor sem custos ao Tesouro Nacional.

Selic em 15%

Por meio de uma rede social da FPA, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) disse que dos R$ 475 bi prometidos em 2024, apenas 70% foram entregues. Ou seja, segundo ela, o montante do atual plano não demonstra um recorde de créditos para os produtores. Ela afirma, inclusive, que o crédito ficará mais caro para o produtor, considerando a taxa Selic em 15%.

"É muito difícil pegar empréstimo com a Selic a 15%. Neste plano, Safra, o crédito ficará mais caro para o produtor. Agricultura não se faz com marketing. Precisa de crédito, precisa de seguro e precisa de confiança para que o agricultor possa planejar a Safra. Hoje o governo está tirando dinheiro do agro e deixando a produção em risco, destacou Tereza.

Seguro Rural

Os membros da FPA também criticaram a ausência de anúncio sobre recursos destinados ao Programa de Seguro Rural (PSR) – considerando, em especial, o bloqueio de R$ 354,6 milhões de recursos pelo Mapa e o contingenciamento de outros R$ 90,5 milhões.

Propostas da FPA para redução dos gastos públicos 

Na coletiva, a FPA também apresentou propostas para reduzir os gastos públicos. Confira:

  • Transferência da gestão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o Ministério da Agricultura;
  • Redução do número de ministérios de 31 para 19;
  • Combate aos supersalários e reestruturação de imóveis públicos.
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30/06/2025 20:00h

Iniciativa amplia crédito com juros mais baixos para produtores rurais; montante é destinado a políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo, entre outras ações

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Em cerimônia no Palácio do Planalto, o Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (30), que vai disponibilizar R$ 89 bilhões de crédito aos produtores rurais por meio do Plano Safra 2024/2025. Do total, R$ 78,2 bilhões são do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – o que representa um aumento de 47,5% do crédito rural para a agricultura familiar em comparação ao último governo.

De acordo com o governo, os juros variam de 0,5% a 8% ao ano no Pronaf.

No evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o montante representa um recorde histórico de recursos para o Pronaf e juros negativos para a produção de alimentos.

“Queremos que todo agricultor possa ter dignidade, possa ter conforto no trabalho, no campo, para produzir alimentos para colocar nas mesas do povo brasileiro”, afirmou o ministro.

O governo anunciou que manteve a taxa de juros de 3% para financiar a produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite. A taxa deve cair para 2% quando o cultivo for proveniente da sociobiodiversidade, agroecologia ou se for orgânico.

Entre as novidades do crédito rural, o novo Pronaf B Agroecologia estabelece que o microcrédito agora pode financiar sistemas agroecológicos, em transição e orgânicos

Conforme o governo, agora todos os bancos passaram a ter microcrédito orientado, como o Banco da Amazônia – com foco na sustentabilidade e no apoio aos pequenos e médios produtores. A linha de crédito oferece condições especiais para aquisição de equipamentos, por exemplo.

Do total de recursos relacionados ao seguro agrícola, R$ 1,1 bilhão foram destinados para o Garantia-Safra e R$ 5,7 bilhões para o Proagro Mais. Outros R$ 3,7 bilhões foram destinados às compras públicas de produtos da agricultura familiar e R$ 240 milhões para assistência técnica. 

O balanço do governo aponta que a soma dos últimos dois Planos Safra totaliza mais de R$ 225 bilhões de crédito rural destinado à agricultura familiar. Para a atual safra foram criadas linhas para apoiar a agroecologia, irrigação sustentável, adaptação às mudanças climáticas, quintais produtivos rurais, conectividade e acessibilidade no campo.

O evento em Brasília contou com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, entre outras autoridades.

Mecanização 

O novo Plano Safra da Agricultura Familiar oferece mais incentivos para a mecanização, no contexto do Programa Mais Alimentos. 

Na nova linha de mecanização, o limite para a compra de máquinas e equipamentos menores foi ampliado de R$ 50 mil para R$ 100 mil. Além disso, houve a manutenção da taxa de juros de 2.5%.

Já para as máquinas maiores, de até R$ 250 mil, a taxa de juros é de 5%.

Outra novidade foi o lançamento do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) – cujo decreto foi assinado durante a cerimônia. O objetivo é incentivar práticas agrícolas mais seguras e saudáveis.

O programa prevê ações integradas de pesquisa científica, monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos e no ambiente. Outro eixo é incentivar o desenvolvimento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Além disso, será dedicado à ampliação do uso de bioinsumos – ou seja, com atuação pela substituição do uso de agrotóxicos por produtos biológicos.

Adaptação às mudanças climáticas no contexto da irrigação sustentável

Com vistas a apoiar os produtores a se adaptarem às adversidades climáticas, os produtores rurais poderão contar com uma linha de crédito destinada à irrigação com energia solar e práticas adaptadas ao clima pelo Pronaf Adaptação às Mudanças Climáticas. 
Programa Nacional de Irrigação Sustentável

A ideia é promover irrigação eficiente, energia limpa e agroecologia, com oferta de assistência técnica, extensão rural e acesso à água aos agricultores. 

Confira como será a linha de crédito para irrigação adaptadas ao clima:

●    Limite de até R$ 40 mil (Pronaf Semiárido e adaptação às mudanças climáticas)
●    até R$ 100 mil (Pronaf Mais Alimentos)
●    até R$ 250 mil (Pronaf Bioeconomia)
●    Juros de 3% ao ano (Pronaf Semiárido e Pronaf Bioeconomia) ou 2,5% (Pronaf Mais Alimentos) e prazo de reembolso de até 10 anos, com carência de até 3 anos

O Programa Nacional de Irrigação Sustentável teve o decreto assinado durante o evento e é uma ação conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Lançamentos com decretos assinados no evento 

Além do decreto que viabiliza o Pronara e o programa de irrigação sustentável, o presidente Lula e os ministros envolvidos nas iniciativas também assinaram os decretos sobre outros programas destinados ao apoio à agricultura familiar no Brasil. Confira os lançamentos:

Programa de Transferência de Embriões: uma iniciativa pioneira para estimular  a inovação da cadeia leiteira, com promoção da qualidade genética para garantir maior produtividade;

Programa SocioBio Mais: um substituto do PGPM-Bio com vistas a garantir o pagamento fixo para três produtos da sociobiodiversidade, sendo: babaçu, pirarucu e borracha. Para esta finalidade foram destinados R$ 42,2 milhões para garantia de preço mínimo desse setor.

Agronegócio

Está marcado para esta terça-feira (1º) o anúncio do Plano Safra 2025/2026 para o agronegócio, com crédito rural e programas destinados a médios e grandes produtores do país.
 

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27/06/2025 10:00h

Com apoio do PRONAF e linhas do Banco da Amazônia, pequenos produtores têm acesso a crédito com juros baixos e prazos facilitados

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Agricultura Familiar brasileira corresponde a cerca de 23% do valor bruto da produção agropecuária do país. O setor também responde por 67% das ocupações no campo. É o que revela o Anuário Estatístico da Agricultura Familiar de 2024, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares.

Entre os fatores que contribuem para o fortalecimento desse segmento estão as políticas de crédito, que facilitam a aquisição de recursos financeiros para investimento nas produções, como as disponibilizadas pelo Banco da Amazônia. Um exemplo é a linha conhecida como PRONAF B, destinada às atividades agropecuárias e não agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas.

Esse modelo de financiamento também visa atender projetos de implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e prestação de serviços agropecuários e não agropecuários. Nessa linha específica, para as operações contratadas no período de 1° de julho de 2024 a 30 de junho deste ano, as taxas de juros são prefixadas de até 0,5% ao ano.

Prazos e limites de financiamento

Cada financiamento conta com um prazo de até 3 anos. Já o limite de financiamento é de até R$ 4.000,00. Vale destacar que esse formato é voltado para agricultores familiares enquadrados no Grupo “B” do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

No entanto, o Banco também oferta projetos para outras categorias que pretendem investir em atividades produtivas desenvolvidas em área rural própria ou comunidade próxima, como é o caso da linha PRONAF Custeio.

É importante mencionar que esse tipo de financiamento pode ser utilizado por agricultores familiares beneficiários do PRONAF, desde que não estejam enquadrados nos grupos "A" e "A/C".

Condições para o PRONAF Custeio

No PRONAF Custeio, o limite por beneficiário a cada ano agrícola será de R$ 250.000,00. O prazo para pagamento leva em conta alguns aspectos. Confira:

NO CASO DE CUSTEIO AGRÍCOLA:

  • 3 anos para as culturas de açafrão e palmeira real (palmito);
  • 2 anos para as culturas bienais e manejo florestal sustentável;
  • 14 meses para culturas permanentes;
  • 1 ano para as demais culturas.

NO CASO DE CUSTEIO PECUÁRIO:

  • 6 meses, no financiamento para aquisição de bovinos e bubalinos para engorda em regime de confinamento;
  • 2 anos quando o financiamento envolver a aquisição de bovinos e bubalinos para recria e engorda em regime extensivo e o crédito abranger as duas finalidades na mesma operação;
  • 1 ano nos demais financiamentos.

Juros

Para operações contratadas no período de 3 de julho de 2024 a 30 junho de 2025, os encargos financeiros serão os seguintes, variando de acordo com o tipo de projeto:

  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 2% ao ano: produtos da sociobiodiversidade;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 2% ao ano: produtos inseridos em sistemas de produção de base agroecológica;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 2% ao ano: sistemas orgânicos de produção;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 3% ao ano: cultivo de arroz, feijão, mandioca, trigo, amendoim, entre outros itens;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 3% ao ano: cultivo de milho, cujas operações somadas atinjam o valor de até R$ 20.000,00 por mutuário em cada ano agrícola;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 3% ao ano: custeio pecuário;
  • Taxa efetiva de juros prefixada de até 6% ao ano: aquisição de animais destinados à recria e engorda.

O gerente executivo de microcrédito do Banco da Amazônia, Esmar Prado, destaca que o Banco atua de forma ampla quanto ao fomento da agricultura familiar, já que atende pelo menos 13 perfis diferentes de clientes interessados em financiamentos por meio do PRONAF.

“Os critérios de acesso são bem específicos de cada grupo desses, mas, basicamente, alguns pilares. O principal é a caracterização como agricultor familiar, por meio da Declaração de Aptidão ao Pronaf, ou Cadastro da Agricultura Familiar, a vinculação desse produtor com a terra em que ele desenvolve a atividade produtiva e o respeito e regularidade do ponto de vista ambiental”, pontua.

PRONAF Cotas-partes

Outro modelo de financiamento do Banco da Amazônia também busca atender a integralização de cotas-partes por beneficiários do PRONAF associados a cooperativas de produção rural.

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Nesta linha, os produtores rurais dispõem de um limite de crédito de R$ 75.000,00. Já em relação à cooperativa de produção agropecuária, o valor é de R$ 55.000.000,00.

Para todas as finalidades e beneficiários desta linha de crédito, nas operações contratadas no período de 3 de julho de 2024 a 30 de junho de 2025, os encargos financeiros serão taxa efetiva de juros prefixada de até 6% ao ano. O prazo para pagamento é de até 6 anos, incluída a carência, que deve ser fixada pelo Banco.
 

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