Desemprego

06/06/2023 15:45h

Alta na renda foi maior nas regiões Centro-Oeste e Nordeste

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Os rendimentos habituais reais médios do trabalho aumentaram 7,4% no primeiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, este resultado aponta a desaceleração da recuperação da renda. 

De acordo com a PNAD contínua, que registra dados por amostra de domicílios no país, o estudo realizado pelo IPEA sinaliza que a renda média habitual real, ou seja aquele descontado pela inflação, é de R$ 2.900 no primeiro trimestre deste ano, próximo dos R$ 2.910 observados em dezembro de 2019, período imediatamente anterior à pandemia da Covid-19. 

Entende-se por rendimento habitual como aquele recebido por empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria, mensalmente. As estimativas realizadas pelo IPEA mostram que o rendimento habitual médio real em abril deste ano (R$ 2.909) foi 0,5% menor que o observado no mês anterior (R$ 2.923) e 0,6% menor que o registrado em dezembro de 2022 (R$ 2.928). 

Maiores aumentos na renda foram registrados entre trabalhadores jovens adultos (faixa etária de 25 a 39 anos) e com ensino superior. 

O crescimento de renda nominal foi menor para quem mora no sul do país e em regiões não metropolitanas, tem mais de 60 anos, ensino fundamental completo e é chefe de família. 

Por outro lado, a alta na renda foi maior nas regiões Centro-Oeste e Nordeste.

No recorte de gênero, as mulheres tiveram um crescimento salarial interanual maior que o masculino no primeiro trimestre de 2023. 

Ainda que a renda real possa estar menor do que há dois meses atrás, o aumento da renda nominal (ou seja, aquela que não leva em consideração a inflação), confirma a consolidação da recuperação da renda neste período. 

Trabalhadores do setor privado tiveram o menor crescimento no rendimento, ao passo que trabalhadores do setor público registraram elevação da renda neste período, com alta de cerca de 5,5% da renda habitual. 

Trabalhadores informais, mais atingidos pela pandemia, são os que agora mostram crescimento da renda. Estes setores que registram maior elevação são agricultura, comércio, serviços pessoais e coletivos, alojamento e alimentação. 

Por outro lado, setores bastante informais, como construção e transporte, registram sinais de menor crescimento da renda. 
 

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01/06/2023 19:55h

Especialista destaca que as projeções para os próximos meses é de um crescimento no PIB, podendo chegar a 2% até o final do ano

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A Pesquisa de Emprego e Desemprego (Ped) apresentou resultados positivos após o Distrito Federal criar 44 mil postos de trabalho no mês de abril. O último lançamento foi nesta terça-feira (30) , pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).  

O economista Guidi Nunes, diretor financeiro da Cooperativa Brasileira de Serviços Empresariais (CBRASE), explica por que esse resultado foi bastante expressivo no mês de abril. 

“A positiva geração de emprego no Distrito Federal em abril deste ano foi puxada pelo crescimento do setor de serviços, principalmente. Esse crescimento do setor de serviço foi influenciado pelo aumento da produção agrícola no 1⁰ trimestre de 2023, aumento do salário mínimo, quer dizer: um bolsa família mais organizado e a sinalização também do governo do Distrito Federal de aumento salarial para os servidores na faixa de 18%,” destaca.

No mesmo período, 17 mil postos foram para a Periferia Metropolitana de Brasília (PMB). Já em março esse cenário mais que dobrou, atingindo 19 mil postos de trabalho. A informação é do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPDF) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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31/05/2023 20:10h

Taxa de desemprego apresenta leve queda em relação ao trimestre passado e fica abaixo do esperado pelo mercado de trabalho.

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Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), a taxa de desocupação no Brasil, ou seja a taxa de pessoas que estão desempregadas, é de 8,5% no mês de abril. Fica abaixo do esperado pelo mercado, que era de 8,7%. Este patamar é estável, segundo o IBGE, e corresponde a 9,1 milhões de pessoas. Há uma leve queda em relação ao trimestre anterior, que era de 8,8%. 

O número absoluto de pessoas desempregadas recuou 19,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o índice registrava 2,3 milhões de pessoas desempregadas. 

Já o contingente de pessoas ocupadas, correspondente a 98 milhões de pessoas, recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior. Este dado corresponde a menos 605 mil pessoas empregadas. Entretanto, o número de pessoas ocupadas cresceu 1,6% em relação ao mesmo trimestre de 2022, o que representa 1,5 milhão de pessoas a mais no mercado de trabalho, em relação ao mesmo período do ano passado. 

A taxa de informalidade é de 38,9% na população ocupada e diminuiu em relação ao último trimestre e ao ano anterior. A taxa representa um valor absoluto de 38 milhões de trabalhadores informais. 

O rendimento real registrado no Brasil ficou estável, em torno de R$ 2.891, e cresceu 7,5% em relação a 2022. 
 

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18/05/2023 21:05h

Para especialistas, as causas atribuídas são datas comemorativas de final de ano e trabalho informal, que crescem nos últimos anos

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A taxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2023 foi de 8,8%, aumentando 0,9 ponto percentual (p.p.) ante o quarto trimestre de 2022 (7,9%) e caindo 2,4 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (11,1%). Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O economista Carlos Almeida, da empresa GWX Investimentos, destaca que o cenário pode estar relacionado à periodicidade, porque quando chega o final de ano normalmente as contratações diminuem porque há uma elevação devido às festas de fim de ano. 

"Esses dados do IBGE eles corroboram na verdade, o movimento que acaba sendo sazonal, depois de um movimento de contratação no quarto trimestre dos anos em decorrência das festas de final de ano. No primeiro trimestre em geral esse movimento se descompensa. É claro que agora, neste momento da economia do Brasil, da economia doméstica e da economia internacional, onde a gente está vendo uma manutenção de juros altos ainda muito persistentes, o Banco Central mantendo os juros em 13,75%, sem sinalizar queda ainda e uma desaceleração da economia consequentemente o índice de contratação diminui,” destaca. 

No primeiro trimestre, as maiores taxas de desocupação foram na Bahia com 14,4%, Pernambuco com 14,1% e Amapá com 12,2%. Já as menores foram registradas em Rondônia 3,2%, Santa Catarina 3,8% e Mato Grosso 4,5%.  

Para Alessandra Brito, Analista de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua),  esse crescimento da taxa de desocupação veio também por causa dos trabalhos informais no país. 

“Quando a gente faz uma análise da taxa de informalidade no primeiro trimestre de 2023, a gente estima para o Brasil uma taxa de 39%, mas com algumas diferenças importantes regionais, as maiores taxas aconteceram no Pará 59,6%, Amazonas com 57,2%. Enquanto as menores taxas ficaram com o Distrito Federal 30,3% e Santa Catarina com 26,1%", afirma.

O desemprego é de 7,2% para os homens e 10,8% para as mulheres no primeiro trimestre de 2023. Para as pessoas brancas foi de 6,8% e acima para os pretos 11,3% e pardos 10,1%. Pessoas com ensino médio incompleto foi de 15,2% maior que as dos demais níveis de instrução considerados. Para as pessoas com ensino superior incompleto, a taxa foi de 9,2%, mais que o dobro para o nível superior completo, que ficou com 4,5%. 

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01/05/2023 04:45h

De acordo com o IBGE, houve aumento de 0,9 ponto percentual no indicador na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2022, quando a taxa estava em 7,9%

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,8% no período entre janeiro e março de 2023. O resultado consta na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Provavelmente, ao longo de 2023 a taxa de desemprego será mantida basicamente nesse patamar, talvez se elevando um pouco mais ou diminuindo um pouco, mas, provavelmente, continuará nesse nível até que a gente consiga perceber um cenário econômico mais favorável, para volta de investimento por parte das empresas, assim gerando novas contratações, fazendo com que esse nível reduza” considera o especialista em finanças Marcos Melo, diretor da Valorum Empresarial.  

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De acordo com o levantamento, houve aumento de 0,9 ponto percentual no indicador na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2022, quando a taxa estava em 7,9%. Ao todo, a população desocupada, que corresponde a 9,4 milhões de pessoas, cresceu 10% frente ao último trimestre, e recuou 21,1% no ano.

O economista e professor da FGV-EAESP, Renan Pieri, avalia que o cenário atual já mostra uma certa desaceleração, o que exige mudanças mais amplas, sobretudo no que diz respeito à aprovação de medidas importantes, como a reforma tributária. 

“Para resolver a situação, a gente precisa sair dessa armadilha de crescimento curto, de voo de galinha. Para isso, precisamos de reformas estruturais. Estamos falando de uma reforma tributária que simplifique os impostos; uma reforma macroeconômica, dos gastos do governo, que permita uma redução do déficit, uma maior previsibilidade para a economia, com inflação mais baixa, com mais investimento”, destaca. 

Quanto ao número de pessoas ocupadas, ou seja 97,8 milhões de indivíduos, houve uma retração de 1,6% em relação ao trimestre anterior. No entanto, foi registrado um salto de 2,7% ante o mesmo trimestre do ano anterior. No que diz respeito à população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas, os dados do IBGE apontam para uma queda de 7,7% ante o trimestre anterior e 23% no ano.

Carteira assinada 

A quantidade de profissionais com carteira de trabalho assinada no setor privado - sem incluir os trabalhadores domésticos – foi de 36,7 milhões, resultado que mostrou estabilidade na comparação com o trimestre anterior. Já na comparação anual, foi notado um acréscimo de 5,2%, ou seja, mais de 1,8 milhão de pessoas. 

Quanto ao número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, houve queda de 3,2% (menos 430 mil pessoas) frete ao trimestre anterior. Já na comparação anual, houve elevação de 4,8%, o que corresponde a 590 mil pessoas.
 

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04/04/2023 04:30h

A taxa de desemprego no país chegou a 8,6%. Com isso, já atinge 9,2 milhões de brasileiros

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A taxa de desemprego no país entre o trimestre de dezembro/2022 e fevereiro/2023 ficou em 8,6%. Na comparação entre os meses de setembro, outubro e novembro do ano passado, foi registrado uma alta de 0,5 pontos percentuais, já que a taxa estava marcada em 8,1%. 

Na comparação entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, houve uma queda de 2,6 pontos percentuais (p.p), em relação à taxa de 11,2%. 

O economista Guidi Nunes explica que é normal ter um aumento na taxa de desemprego no mês de fevereiro, já que entre os meses finais de cada ano, existe a possibilidade de contratação temporária que vai chegando ao fim logo no início do mês de janeiro. 

“Entre o mês de dezembro e janeiro o desemprego costuma aumentar devido ao fim das contratações temporárias que acontece entre 20/11 e 31/12, e neste caso quando se compara janeiro de 2023 com janeiro de 2022, em que aconteceu essa redução na taxa de desemprego, deve-se ao fato da melhora do setor de serviços no pós pandemia”, explicou Nunes

Até fevereiro deste ano, cerca de 9,2 milhões de pessoas ficaram desempregadas (5,5% ou 483 mil pessoas) a mais que em novembro de 2022 e 23,2% a menos na comparação anual. 

A população ocupada recuou 1,6% em relação a novembro, mas cresceu 3% até fevereiro do ano passado. Já o percentual de ocupados em idade de trabalhar, ficou em 56,3%. Menor que em novembro (57,4%) mas maior que fevereiro de 2022 (55,2%). 

Para o Economista Cesar Lima, apesar de não ser um aumento tão expressivo, já significa muito para a economia e principalmente para os estados e municípios do país. 

"Esse aumento no nível gera de emprego reflete principalmente além do bem-estar da população, nas contas públicas. Você tem uma arrecadação maior, um consumo maior, e isso reflete no também no municípios, que dependem dessa arrecadação do imposto de renda, do IPI gerado por esse aumento do nível de emprego e que aumenta também a arrecadação no importo de renda e por conseguinte o aumento do repasse do RPM para os municípios e FPE para os estados também", afirmou Lima.

Para o economista, esses números causam um impacto negativo na economia.E ela precisa passar por uma manutenção. 

“Já o impacto na economia do desemprego é que ele aumenta a ociosidade. Uma pessoa parada é um desperdício para a economia, e quanto a tendência para os próximos meses é uma tendência de manutenção do desemprego na faixa de 8% diante da estimativa de crescimento brasileiro com taxa de 1% para 2023”, afirmou Guidi Numes. 

O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior (R$2.853) e cresceu 7,5% durante o ano.  A massa de rendimento real habitual (R$275,5 bilhões) também ficou estável frente a novembro, mas cresceu 11,4% na comparação com fevereiro de 2022.

Em relação ao trabalho informal, a população ocupada na informalidade ficou em 38,9%, a mesma de novembro, mas menor que fevereiro de 2022 (40,2%). 

O número de carteiras assinadas, com exceção dos trabalhadores domésticos, ficou estável e cresceu 6,4% em relação a fevereiro do ano passado. Já o número de empregados sem carteira assinada caiu 2,6% em novembro e subiu 5,5% na comparação com fevereiro de 2022. 

 Entre os trabalhadores por conta própria a redução foi de 1,2% em novembro, já  o índice ficou estável em fevereiro.

Já a população subutilizada, ou seja, que poderia trabalhar mais do que trabalha, chegou a 21,6 milhões em novembro, mas 20,7% abaixo da observada em fevereiro de 2022. A taxa de subutilização ficou estável em relação a novembro (18,8%) e caiu 4,7 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2022.

A população desalentada,  aquela que gostaria de trabalhar e estava disponível mas não buscou trabalho, chegou a 4 milhões de pessoas, estável em relação a novembro e 16% a menos que em fevereiro de 2022. 

O percentual de desalentados na força de trabalho também ficou estável (3,65%) na comparação com novembro e caiu 0,7 ponto percentual (p.p) em relação a fevereiro de 2022. 


 

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15/03/2023 04:00h

Levantamento do Novo Caged demonstra que o estado paulista é responsável por 22,4% dos empregos criados no primeiro mês do ano

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Dos 83.297 postos de emprego gerados no país em janeiro, o estado de São Paulo foi responsável por 18.663, o que corresponde a 22,4% do total. Os dados são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Novo Caged). O saldo é o resultado das 571.932 admissões menos as 553.269 demissões no primeiro mês de 2023.

A quantidade total de vínculos celetistas ativos, chamado de estoque, em janeiro de 2023 no estado, contabilizou 13.107.786 empregos. Para o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), os dados paulistas indicam um otimismo do que se deve esperar para o país.

“Acho que São Paulo se destacou porque é o primeiro estado, até pela sua força econômica, a sentir os efeitos da possibilidade de termos uma reforma tributária justa no país. Incentivo à produção, nós crescemos na indústria e na construção civil, que são dois setores importantíssimos para a cadeia econômica, e acho que muito em torno do ambiente gerado em São Paulo e a expectativa de reformas estruturantes no nosso país”, afirma o parlamentar.

A indústria e a construção civil não só tiveram resultado positivo na geração de empregos formais no mês passado como foram os setores com o melhor desempenho. Foram 17.772 postos de trabalho de saldo na indústria geral, e 15.363 na construção.

“A construção vem de um aquecimento, está bem aquecida nos últimos anos, tanto por obras relativas ao setor privado quanto por obras do setor público. E a indústria, sempre tem uma força especial no estado de São Paulo. A gente analisando aqui, poderia dizer que o impacto da construção é maior na cidade de São Paulo, enquanto que o impacto em termos da indústria é maior nas cidades do interior de São Paulo”, analisa Ulisses de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo.

Na sequência, aparecem os setores Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (8.537 postos), Serviços (3.594) e Outros serviços (1.788). Comércio aparece com saldo negativo de 17.656 no período. 

Desocupação

No entanto, os dados do Novo Caged se referem aos vínculos de emprego formais, ou seja, formalizados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Quando consideradas também as pessoas com vínculos informais, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) do 3º trimestre de 2022, são 23,9 milhões de pessoas ocupadas e 2,3 milhões de desocupadas – a parcela da população que não realiza qualquer atividade remunerada, formal ou informalmente.

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, São Paulo é a segunda unidade da federação com maior rendimento médio per capita do país, com R$ 2.148,00 de rendimento nominal mensal domiciliar per capita. O estado fica atrás apenas do Distrito Federal, que registra o maior (R$2.913). Rio Grande do Sul (R$ 2.087), Santa Catarina (R$ 2.018), Rio de Janeiro (R$ 1.971) e Paraná (R$ 1.846) aparecem na sequência.

Brasil

Em todo o país, o Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Novo Caged) contabilizou que, em janeiro, foram gerados 83.297 postos de trabalho com carteira assinada. O montante resulta de 1.874.226 admissões e 1.790.929 desligamentos no mês, tendo saldo positivo em 16 das 27 unidades da federação e em quatro dos cinco grandes grupos de atividade econômica. 

Com isso, o estoque recuperado de empregos formais alcançou 42.527.722 postos de trabalho. Dos postos de trabalho gerados, 66.849 podem ser considerados típicos e 16.448 não típicos.

Os dados do Novo Caged revelam, ainda, que o salário médio real de admissão no mês alcançou R$ 2.012,76, enquanto o salário médio real de desligamento foi de R$ 2.034,98. Em janeiro de 2022, esses valores eram R$ 2.021,49 e R$ 1.977,89 respectivamente. O salário médio de admissão dos homens chegou a R$ 2.096,25, enquanto o das mulheres alcançou R$ 1.887,60.

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28/02/2023 18:32h

Em 2022, a taxa de desocupação teve um recuo em relação a 2021, que chegou a 13,2%, ou seja, cerca de 13,9 milhões de pessoas estavam desempregadas.

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O IBGE publicou hoje (28), a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) contínua. Os dados divulgados mostram que em 2022, a taxa média de desocupação foi de 9,3%. O que significa que, se estimarmos a população economicamente ativa em 107 milhões de pessoas, aproximadamente, 10 milhões delas ocupariam a estatística de pessoas desocupadas. 

Em 2021, a taxa de desocupação chegou a 13,2%, ou seja, cerca de 13,9 milhões de pessoas estavam desempregadas,  com base em uma população de 105 milhões de pessoas economicamente ativas. Se considerarmos uma população ocupada média, em 2022, esse número aumentou de 91 milhões para 98 milhões de pessoas.

O educador financeiro e economista Francisco Rodrigues afirma que esse é um resultado muito positivo se comparado à situação de 2021. 

“Esse resultado é muito positivo, dado que em 2020 nós tivemos um pico de 13,8, ou seja, caiu para mais de 13,9 milhões de pessoas que voltaram para o mercado de trabalho”, afirmou Rodrigues.

Considerando o nível de ocupados na população (em idade de trabalhar), em 2020, houve um  aumento de 51,2% (ano da pandemia) para 56,6% em 2022. A média anual da população desalentada (população que fica fora da força de trabalho, ou seja, não conseguem trabalhos por não terem experiências, sendo jovens e idosos) caiu 19,9% em 2021. Passando de 5,5 milhões em 2020 para 4,3 milhões em 2022.

Além disso, o número médio de pessoas empregadas com carteira de trabalho teve um aumento de 9,2%, chegando a quase  36 milhões de pessoas. Já sem carteira de trabalho, o aumento foi ainda maior, sendo aproximadamente 15% e 13 milhões de pessoas sem carteira assinada. 

A pesquisa também mostra que, em 2022, os trabalhadores informais, ou seja, que trabalham por conta própria, também tiveram um aumento razoável _ cerca de 2,6%, aproximadamente 25,5 milhões de pessoas. Em relação a 2021, essa taxa caiu de 40,1% para 39,6% em 2022.

O economista Newton Ferreira da Silva explica que essa taxa de informalidade chama atenção, já que a taxa de trabalhadores por conta própria é diferente de trabalhadores sem carteira. 

“Esses dados chamam atenção, essa taxa de informalidade mostrando uma queda, ela não combina com o aumento dos trabalhadores sem carteira, se puder fazer um resumo, a gente vê que essa PNAD contínua tem dados que são conflitantes e tem dados que são muito bons. ”, analisa o economista. 

Em 2022, o valor médio do rendimento teve uma queda de quase 1%, o que significa um  rendimento médio muito baixo, de aproximadamente R$ 2.715. Já a média anual da massa salarial real, ou seja, descontada a inflação, tem uma massa de R$ 261 bilhões, mostrando um aumento de 6,9%. 

Em relação às atividades  a pecuária, agricultura, pescas e produção florestal sofreram uma queda, chegando a 8,7 milhões de trabalhadores em 2022. Em relação a 2012, quando esse grupamento alcançava 10,2 milhões de pessoas, a queda foi de 15,1%. Já os outros serviços tiveram um aumento de quase 18%, passando de 4,4 milhões de pessoas para 5,2 milhões. 

Os trabalhadores na indústria também são  um dado muito importante: mostrou um aumento de 6,13% em relação a 2021. 

O economista ressalta que esses resultados foram provocados pelo chamado “voo de galinha”. Quando a mudança ainda é pequena. 

“Isso pode ter acontecido pelas mudanças da legislação trabalhista, isso pode ter acontecido por conta de que houve momentos de “voo de galinha”, ou seja, um pequeno aumento da atividade econômica, que acaba possibilitando resultados positivos, pelo lado dos empregos, segundo essa pesquisa da PNAD”, enfatiza Newton Ferreira. 

Confira a tabela com a Taxa de desocupação – Brasil – média anual (%).

Fonte: IBGE


 

 

 

 

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24/01/2023 04:00h

Dados do IBGE e do Banco Mundial desmentem a ministra Marina Silva e revelam que número de pobres e desempregados diminuíram durante governo Bolsonaro

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Na semana passada, o nome do Brasil esteve no meio de uma confusão, causada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela assustou o mundo ao afirmar que mais de 120 milhões de brasileiros passam fome no país. Ou seja, quase a metade da população. 

A declaração aconteceu no dia 16 de janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos – na Suíça. 

No dia seguinte, a ONU (Organizações das Nações Unidas) divulgou relatório esclarecendo que o Brasil possui cerca de 9 milhões de pessoas que não têm o que comer – ou seja, bem menos do que os 120 milhões alarmados por Marina. Constrangida, mesmo assim a Ministra do Meio Ambiente não deu o braço a torcer, exibindo os números repetidos pelo presidente Lula, na campanha eleitoral do ano passado, de que o Brasil teria  33 milhões de pessoas passando fome.

IBGE

Para piorar a situação, no dia seguinte os novos números de Marina caíram outra vez em descrédito, na comparação feita por analistas, com os dados do Banco Mundial e, também, pela mais recente pesquisa do IBGE. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (entidade vinculada ao Ministério da Economia) o desemprego no Brasil caiu para 8,1% – na medição de novembro do ano passado. Sendo, portanto, a menor taxa de desemprego, nos últimos 7 anos.

A pesquisa divulgada pelo IBGE mostra ainda que, no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a população desempregada diminuiu em 953 mil pessoas, em comparação ao trimestre anterior, numa queda de 9,8%.

Veja o quadro:

Banco Mundial

Na mesma linha do IBGE, os dados do Banco Mundial demonstram que a extrema pobreza no Brasil no ano de 2020 caiu para o patamar mais baixo da série histórica dessas medições, iniciadas em 1980. Segundo esses dados, os brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, considerada o marco básico para a medição da fome, caíram para menos de 2% da população — o que equivale a cerca de 4 milhões de pessoas. 

O Banco Mundial é considerado por especialistas no assunto uma das autoridades públicas mais confiáveis, na avaliação de questões ligadas à extrema pobreza. Conforme o relatório do Banco, em relação a 2019, mais de 7 milhões de brasileiros saíram da miséria. De 2020 para 2022, o número caiu ainda mais, por causa do pagamento do “Auxílio Brasil”, de R$ 400 por mês. 

Desencontro de Ministros

De acordo com o cientista político André Rosa, os recentes desencontros nas falas de ministros do governo Lula podem atrapalhar o crescimento do país. Segundo ele, o aumento do nível de emprego revelado pelo IBGE reflete ainda ao governo anterior. “É muito cedo para dizer que o governo Lula tem participação direta em qualquer aumento percentual de ocupação”, afirmou André Rosa, especialista em Relações Governamentais, com  mestrado em Psicologia Política.

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Economia
17/01/2023 18:06h

Cortes registrados na primeira quinzena de 2023 acendem sinal amarelo e exigem soluções para conter desemprego em massa no Brasil

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Recorde de demissões na primeira quinzena do ano exige soluções rápidas para conter o desemprego em massa no Brasil. Se o mês de dezembro de 2022 já havia traumatizado os brasileiros com uma série de demissões, janeiro de 2023 já aponta para um ano em que algumas empresas se preparam para o quanto as coisas podem piorar. Mal começou o mês, e foram registrados ainda mais cortes no mercado de trabalho. Logo nos primeiros 15 dias, mais de 100 mil trabalhadores perderam seus empregos em todo o país (veja quadro em anexo).

O Portal "Brasil 61" levantou o nome destas empresas que, por motivos diversos, executaram cortes radicais nas folhas de pagamento. Algumas delas estão anunciando o fechamento de unidades e a suspensão dos investimentos previstos. O PagSeguro, por exemplo, demitiu nesta semana 7% de seu quadro de colaboradores. Mas nos corredores da empresa e grupos de WhatsApp, a informação que circula entre os funcionários é de que o percentual seria maior.

A onda de demissões em empresas de tecnologia, que já passou pelas gigantes do setor - como Amazon e Facebook - chegou a companhias de médio e pequeno portes, como o aplicativo de transporte "99", e ameaça atingir mais startups, setor responsável por milhões de empregos em todo o país. A "99", companhia de mobilidade pertencente a um grupo chinês, iniciou os cortes no Brasil sem informar exatamente quantas pessoas serão demitidas. Sabe-se, no entanto, que as baixas envolvem todas as áreas da companhia.

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Reforma Tributária é essencial para o futuro do país e dos negócios brasileiros

Já a CVC Corp, uma das principais empresas de turismo do Brasil, também comunicou a demissão de cerca de 5% de seus funcionários. Em nota pública, a empresa alega que as demissões fazem parte de “ajustes pontuais na estrutura" da Organização. 

Dívidas de R$ 40 bi

Está em curso um processo de demissão em massa dos trabalhadores da Lojas Americanas, que declarou à Justiça a existência de dívidas superiores a R$ 40 bilhões. A descoberta de um rombo bilionário na empresa deixou o mercado apreensivo e, além de provocar uma brusca queda na Bolsa de Valores, ainda desencadeou uma série de demissões queda nas ações de outras companhias que tinham parcerias com o conglomerado, como a Ambev, controlada pelos donos da Americanas, além de bancos como o Bradesco e o BTG, que também entraram em crise. Em Nota, a Americanas garantiu estar comprometida "com a busca de solução de curto prazo com os seus credores". Contudo, apesar das baixas esperadas, a empresa ainda não informou se terão demissões e fechamento de lojas pelo país. 

Da Americanas à Riachuelo

O Grupo Guararapes, dono das Lojas Riachuelo, anunciou o encerramento das atividades em sua unidade de Fortaleza, no Ceará. Além de fechar a fábrica, a empresa demitiu milhares de funcionários - cerca de 10% da força de trabalho da Guararapes, que a partir de agora centralizará sua produção em Natal, no Rio Grande do Norte. 

Da mesma forma, a Eletrobras e suas subsidiárias estimam que mais de 2.500 eletricitários sejam demitidos até o meio do ano de 2023. Só na Eletronorte, cerca de 600 trabalhadores devem ser forçados a aceitar um PDV (Plano de Demissão Voluntária), conforme amplamente anunciado pelos sindicatos da categoria. 

Saídas possíveis

Economistas e políticos estão debruçados sobre o grande número de demissões, registrado no final de dezembro e, principalmente, nesta primeira quinzena de janeiro. Para o cientista político especializado em Economia, André César, "não há solução milagrosa". Ele entende que o governo precisa buscar uma solução junto à sociedade e encontrar encaminhamentos que influenciem o mercado de forma positiva.

"Nós temos algumas questões fiscais muito graves, uma reforma tributária urgente para ser feita", afirmou o cientista político, acrescentando que, "do contrário nada se resolve, e só piora a coisa". No entanto, André césar elogiou a iniciativa do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, de se reunir nesta segunda-feira (16) com a diretoria da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). "É preciso sentar todo mundo junto, e buscar quatro ou cinco encaminhamentos e, a partir daí, encontrar as soluções que o país precisa", defendeu.

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