IBGE

26/07/2024 00:22h

A maior alta de preços veio do grupo de transportes

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O IPCA-15, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, teve alta de preços de 0,30% em julho. Para o IPCA-15, os preços são coletados entre os dias 15 de cada mês. 

Este resultado foi de 0,09 ponto percentual abaixo da taxa do mês anterior, porém, acima do projetado por alguns economistas. No acumulado de 12 meses, o índice também subiu. 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. O maior impacto positivo veio de transportes (1,12% e 0,23 p.p), com altas das passagens aéreas e combustíveis. Em seguida, está o grupo de habitação (0,49% e 0,07 p.p.), com altas da taxa de água e esgoto, sobretudo com maiores reajustes tarifários em Brasília.  

Já o grupo de alimentação e bebidas teve recuo de 0,44%, após oito meses consecutivos de alta.

O que mais teve queda foi a alimentação no domicílio, com as principais reduções de preços vindas dos itens cenoura (-21,60%), tomate (-17,94%), cebola (-7,89%) e frutas (-2,88%). Do lado das altas, estiveram o leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).

O grupo vestuário também teve leve queda, de 0,08%. 

 As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
 

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20/07/2024 00:05h

O curso é promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG)

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), anunciou a abertura das inscrições para o curso "Conceitos e aplicações do Censo Demográfico em políticas públicas". Destinado a gestores e técnicos municipais e estaduais, o programa tem duração de 30 horas e o prazo para se inscrever vai até 31 de julho. As informações foram divulgadas pelo IBGE.

O curso será oferecido na modalidade de Ensino à Distância (EaD) por meio do Centro Integrado de Aprendizagem em Rede (CIAR) da UFG. Segundo Ana Carolina Bertho, Coordenadora de Treinamento e Aperfeiçoamento da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), a flexibilidade do formato EaD permite aos alunos assistir às aulas conforme sua disponibilidade, o que amplia o alcance do programa.

Serão disponibilizadas 500 vagas para gestores e técnicos da administração pública municipal e estadual (sendo reservadas 40 vagas exclusivamente para o Rio Grande do Sul), além de servidores da rede do IBGE, universitários (professores, estudantes e pesquisadores) e integrantes de movimentos sociais.

Em caso de excedente de interessados que não consigam se inscrever devido ao preenchimento das vagas, será formada uma lista de espera para novas turmas. A relação dos inscritos será divulgada no site da Ence em 2 de agosto.

Ana Carolina Bertho enfatiza que a iniciativa integra o Programa Censo Demográfico para a gestão pública, que inclui outras capacitações temáticas, como "Conceitos e aplicações do Censo Demográfico para o desenvolvimento econômico" e "Conceitos e Aplicações do Censo Demográfico para o desenvolvimento sustentável", que serão oferecidos nos meses seguintes.

Como se inscrever?

Para realizar a inscrição no curso "Conceitos e aplicações do Censo Demográfico em políticas públicas", basta acessar ao site da Ence e criar um cadastro com nome completo, login, CPF, telefone, e-mail e senha. Após isso, basta clicar em "se inscrever".

O curso estará acessível a partir de 7 de agosto, com prazo para conclusão até 6 de setembro. Os participantes que alcançarem aproveitamento superior a 70% receberão certificado de conclusão.

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14/07/2024 00:04h

Esse foi o quinto mês consecutivo de resultados positivos em 2024

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Em maio deste ano, o comércio varejista brasileiro registrou um aumento de 1,2% nas vendas em comparação ao mês anterior, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cristiano Santos, gerente da pesquisa PMC de maio 2024, destaca que esse é o quinto resultado positivo consecutivo.

"Ou seja, todos os resultados de 2024 vieram no campo positivo. No caso específico da passagem de abril para maio, os resultados que mais influenciaram este resultado positivo foram as vendas de tecido, vestuário e calçado, com 2,0% de crescimento, outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 1,6%, e hiper e supermercados, com 0,7% de crescimento", destacou.

Varejo puxa a economia com a quarta alta consecutiva do ano

IBGE: Indústria de alimentos cresceu em dez anos enquanto setor automobilístico apresentou retração

Entre as oito atividades analisadas, cinco registraram desempenho positivo em maio.

Artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui lojas de departamento, óticas e joalherias, acumula ganho de 7,8% no ano. Para o gerente da pesquisa, isso evidencia uma recuperação contínua após um período de perdas significativas no ano anterior.

Por outro lado, os segmentos de móveis e eletrodomésticos (-1,2%), combustíveis e lubrificantes (-2,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,5%) apresentaram resultados negativos em maio.

Segundo os dados, no ano, há alta acumulada de 5,6% e em 12 meses, de 3,4%.

Desempenho por Unidade da Federação

Em termos regionais, 16 unidades da federação registraram aumento nas vendas do varejo entre abril e maio deste ano. Destacam-se os estados do Amapá (3,4%), Mato Grosso (3,0%) e Maranhão (2,2%) com os maiores crescimentos. Por outro lado, Roraima (-5,9%), Espírito Santo (-2,6%) e Acre (-1,7%) apresentaram as maiores quedas nesse período.

Comparação anual

Na comparação com maio de 2023, o volume de vendas do varejo apresentou um crescimento de 8,1%. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelos setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,6%) e hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,5%). 

Outras três atividades apresentaram resultados negativos: livros, jornais, revistas e papelaria registraram queda de 8,9%, combustíveis e lubrificantes tiveram uma redução de 3,2%, enquanto equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentaram uma queda de 0,2%.

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11/07/2024 00:44h

A taxa registrada está abaixo das expectativas de mercado

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, que registra a inflação oficial brasileira, caiu em junho de 2024, em comparação ao mês anterior. O resultado veio abaixo das projeções de mercado, que previam um índice maior que os 0,21% observados.  

No acumulado do ano, a alta é de 2,48%, enquanto que, em 12 meses, 4,23%. 

Entre nove grupos pesquisados, sete tiveram alta em junho. De novo, a maior contribuição para aumento de preços veio de alimentos e bebidas, que subiram 0,44%.  As maiores contribuições vieram dos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). No lado das quedas, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

No grupo de saúde e cuidados pessoais, a alta foi puxada por perfumes. O grupo de preços para habitação também subiu, sobretudo com o item taxa de água e esgoto. 

Já a contribuição para queda da inflação veio do grupo de transportes, influenciado principalmente por passagens aéreas e óleo diesel.. 

Por regiões, Porto Alegre (RS) teve a maior média de inflação negativa (queda de preços), a quase -0,15%. Já o maior crescimento de preços ocorreu em Goiânia (GO), a 0,50%, influenciado pelas altas do etanol e da gasolina.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. 
 

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01/07/2024 00:05h

Pesquisa Industrial Anual - Empresa do IBGE divulgada nesta quinta-feira (27) mostra ainda que 8,3 milhões de pessoas estavam ocupadas na indústria em 2022

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Na última década, entre 2013 e 2022, a indústria de transformação de alimentos foi a que mais cresceu no país, potencializada pelo aumento do consumo interno e externo. Nesse período, o avanço foi de 3,6 pontos percentuais, saltando de 18,9% em 2013 para 22,5%, em 2022. Por outro lado, a poderosa indústria automobilística amargou uma queda considerável na fabricação de novos produtos em 3,4 pontos percentuais, saindo de 11,3% em 2013 para 7,9%, em 2022. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) - Empresa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (27).

Os números relevam que a indústria nacional vive um dilema, entre picos de crescimento e estagnação a depender do setor, que se refletem na queda de contratação de mão de obra para os segmentos. Em 2022, por exemplo, haviam 8,3 milhões de pessoas empregadas em diversos segmentos industriais, representando um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior e de 8,8% em relação ao volume pré-pandemia. Mas, quando comparado com 2013, a retração foi de 8,3%.

De acordo com a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana, a redução em dez anos foi de 745 mil postos de trabalho. "E a essa redução aconteceu em três das cinco atividades que mais emprega: indústria do vestuário; minerais não metálicos e; os produtos de metal", acrescentou.

Alimentos

As cinco atividades industriais pesquisadas concentraram 46,5% da mão de obra da indústria, com destaque para a alimentícia (22,5%), que manteve a liderança na última década. Synthia ressalta ainda a vice-liderança da indústria de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,4%). As demais foram: fabricação de produtos químicos (10,8%); fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,9%) e metalurgia (6,8%). A gerente do IBGE ressalta, ainda, que a atividade industrial alimentícia foi destaque positivo, ainda, em 13 das 27 unidades da federação.

A fabricação de alimentos também se destacou na geração de emprego. Em 2022, o setor empregou 1,9 milhão de pessoas, 9,3% a mais do que em 2013 (161,2 mil trabalhadores). Frente a 2021, essa atividade ocupou 62,3 mil pessoas a mais.

O crescimento em 2022 mostra que o pós-pandemia acabou potencializado a indústria alimentícia, uma das poucas que não foi afetada durante o auge da pandemia sanitária no país.

"Esse crescimento da indústria de fabricação de produtos alimentícios pode ser explicado pela aceleração dos preços dos alimentos, como reflexo do aumento da demanda interna e externa, bem como a poupança forçada feita pelos consumidores, pois tinham restrições para outros tipos de consumo com as medidas sanitárias adotadas pelo governo", observou o economista Newton Marques.

Ele também analisa o aumento do faturamento do setor, que permitiu maior contratação de mão de obra no período. "Com relação a 2023, podemos ter boas expectativas quando o IBGE divulgar esse estudo em 2025", projeta o economista.

Queda

Enquanto a indústria de transformação de alimentos manteve seus níveis de crescimento ano após ano, o mesmo não foi observado na indústria automobilística, principalmente na fabricação de reboques e carrocerias. A mão de obra contratada neste segmento também caiu de forma considerável, atingindo 5,6% dos 8,3 milhões de trabalhadores empregados na indústria em 2022.

“Em dez anos diminuiu o emprego em 15,2%, diminuiu também a remuneração média em cerca de 1,3 salários mínimos, nesse período. Diminuiu o porte médio das empresas, em cerca de 48 pessoas por empresa em média, e reduziu também a concentração em cerca de 5,2 pontos percentuais", diz Synthia sobre o cenário da indústria de automotores.

“Os resultados da PIA 2022 estão inseridos em um contexto de recuperação da indústria brasileira, com a retomada do crescimento econômico e o arrefecimento da inflação”, finaliza Synthia.

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22/06/2024 00:01h

Dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (21), mostram que em 2023, 8,4% dos mais de 100 milhões de ocupados estavam associados a sindicatos contra 16,1% em 2012

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Desde a reforma trabalhista (Lei 13.467/17), em 2017 e, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em reforçar que a contribuição sindical não é mais obrigatória uma vez por ano no contracheque do trabalhador que os sindicatos de todo o país viram seus números de associados caírem e, por tabela, suas receitas líquidas. Alguns chegaram a fechar as portas por não conseguirem mais sustentar os custos.

Essa redução drástica foi confirmada em números, nesta sexta-feira (21), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, dentro do módulo Características Adicionais do Mercado de Trabalho. Segundo o levantamento, em 2023 haviam apenas 8,4 milhões de sindicalizados no país, de um universo de 100,7 milhões de pessoas ocupadas, o equivalente a 8,4%. No ano anterior, em 2022, os sindicalizados eram 9,1 milhões.

Em 2012, quando foi iniciada a série histórica, os sindicalizados representavam 16,1%, o equivalente a 14,4 milhões de trabalhadores à época. Os números de associados seguiram crescendo até 2016 para depois iniciarem um acelerado processo de declínio. Segundo a pesquisa, nos anos seguintes, mesmo com a recuperação do mercado de trabalho, o número de pessoas associadas a sindicados seguiu caindo, o que resultou na menor taxa de sindicalização da série histórica - 8,4%, em 2023.

Além da reforma trabalhista, outro fator que contribuiu para a queda de sindicalizados, segundo especialistas, foi o fenômeno da pejotização, facilitada com o advento da lei federal que flexibilizou inúmeros contratos de trabalho.

A PNAD mostra que as sucessivas quedas de sindicalizações se deram, principalmente, entre trabalhadores da indústria, da administração pública, do comércio e da agricultura.

Contribuição sindical

Para o advogado trabalhista Pedro Maciel, essa dessindicalização em massa se potencializou após o STF tornar a contribuição sindical facultativa e, ainda, porque muitos trabalhadores hoje não se sentem representados por seus sindicatos.

Segundo ele, desde a reforma trabalhista há muita ameaça aos sindicatos e muitos fecharam as portas por não conseguirem mais se manter. "Foi uma mudança muito abrupta, brusca e não deu tempo de os sindicatos se adequarem. Eles nunca haviam se preocupado com isso antes", acrescentou.

O mestre em direito das relações sociais e trabalhistas, Washington Barbosa, compartilha da mesma visão de Maciel. A crise nos sindicatos se instaurou após a reforma trabalhista, e, segundo ele, estes organismos precisam se reinventar para poder atrair associados novamente.

"Para que os sindicatos alterem essa tendência, eles têm que agregar mais serviços, sair da estrutura político-partidária e focar na categoria. Eles têm que trabalhar os desejos da categoria, eles têm que estar mais próximos da categoria, o que nos últimos anos acabou não acontecendo. Um outro ponto que eles devem fazer pra reverter essa situação é agregar outros serviços, assistência jurídica, previdenciária, securitária, alguns benefícios no que diz respeito a lazer, ele têm que abranger outros aspectos", disse Barbosa.

Pedro Maciel acrescenta que a questão sindical tem muito a ver hoje com a forma de atuação destas entidades e como elas trabalham a representatividade de seus associados. "Porque, de fato, como não é mais obrigatório, as pessoas apenas se sindicalizam se elas tiverem alguma vantagem nisso”, disse, se referindo à contribuição sindical.

Importância

Washington Barbosa se diz preocupado com o futuro do movimento sindical no Brasil. Ele ressalta a importância deste mecanismo para as relações de capital e trabalho, como mediador entre trabalhador e patrão. "Mas o modelo do Brasil está fadado ao fracasso porque ele trabalha no que a gente chama de unicidade sindical, ou seja, em cada localidade existe somente um sindicato para cada categoria. Isso acabou criando um mercado dos sindicatos, onde quem chegava primeiro conseguia a carta sindical e não necessariamente o envolvido com a categoria", assinalou.

Para ele, para que sindicatos sobrevivam teria que acabar com essa unidade sindical e não depender da autorização do governo para ter somente um sindicato em cada localidade. "Realmente retornarem à sua função histórica de defender os interesses dos trabalhadores e ter bom senso entre a importância do capital, do empregador, do empreendedor e a importância de se garantir os direitos dos trabalhadores."

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15/06/2024 03:00h

Pesquisa Mensal da Indústria divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE mostra que cinco dos 15 lugares pesquisados, o setor industrial apresentou queda em abril

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A indústria nacional registrou um leve recuo de 0,5% em abril se comparado a março. Os números foram revelados pela Pesquisa Mensal da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMI/IBGE), nesta sexta-feira (14).

Dos 15 locais pesquisados, cinco também seguiram em queda naquele mês: Pará, Bahia, Goiás, Minas Gerais e a região Nordeste. O Estado do Pará, na região Norte foi o que mais apresentou retração em sua indústria local, com 11,2%. De acordo com o analista da PIM Regional, Bernardo Almeida, a indústria paraense foi uma das principais influências negativas sobre o resultado nacional. "O setor extrativo foi o que mais influenciou esse comportamento negativo para o Pará", disse o especialista pelo fato de ela ser pouco diversificada.

Em segundo lugar, em ternos de infIuência no cenário nacional aparece a Bahia, com queda de 5,4%. "Os setores de derivado e petróleo e também de produtos químicos foram os setores que mais influenciaram esse comportamento da indústria baiana nesse mês de abril", acrescentou Bernardo.

Indústria do Nordeste

Na análise do economista Newton Marques, a influência da queda na indústria da região Nordeste como um todo não tem muito impacto no resultado nacional, haja vista que o grosso do setor industrial está mais concentrado nas regiões Sul e Sudeste. 

"Essa informação não é tão relevante do ponto de vista de mostrar que está havendo uma desindustrialização ou mesmo uma situação muito negativa para a indústria como um todo, principalmente que a indústria tem um efeito para frente e para trás muito importante e acaba ressentindo as elevadas taxas de juro ainda um ambiente que não dá pra dizer que é de um desempenho da atividade econômica", disse.

Destaque

Já no lado positivo, destaca Bernardo, aparece a indústria do Paraná, com crescimento de  12,8% em termos regionais. Segundo ele, a ´performance se deu nos setores de derivado de petróleo e também de alimentos. "Com essa taxa, elimina 2 meses de resultado negativos onde acumulou uma perda de 12,6%", observou o analista.

Bernardo também destaca São Paulo, que registrou um crescimento de 1,9%, principalmente na indústria de alimentos, derivados de petróleo e também de veículos e mostra que a indústria paulista está em franca recuperação. "Com esse resultado, está 1,8% acima do seu patamar pré-pandemia", destacou.

Newton Marques assinala que o recuo de 0,5% na indústria nacional em abril não é "de todo ruim". "Mas é um número que não é positivo por conta de que a indústria está reagindo abaixo do que estava sendo esperado", finalizou. 

 

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15/06/2024 03:00h

Segundo Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, abril fechou com alta de 0,9% nas vendas do setor

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Pelo quarto mês consecutivo, as vendas do comércio no Brasil fecharam com saldo positivo, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (13). A alta em abril foi 0,9% maior na comparação com o mês anterior e 2,2% maior que o mesmo mês de 2023.

No acumulado do ano, o varejo já registra 4,9% de crescimento e, nos últimos 12 meses, alta de 2,7%. De acordo com o gerente da PMC, Cristiano Santos, quatro meses de crescimento do comércio varejista brasileiro só aconteceram em meados de 2023. "Naquele momento, houve quatro resultados não negativos. Acontece que, dessa vez, os resultados tiveram uma maior amplitude. Então, a variação final desses quatro meses foi maior do que aquele momento de 2023, em que o comércio experienciava crescimentos muito baixos, muito próximos de zero", disse.

Resultado positivo

O especialista acrescenta que esse resultado positivo do primeiro quadrimestre posiciona o índice de base fixa, com ajuste sazonal, no seu nível histórico. "Na verdade, em fevereiro o nível recorde já tinha sido atingido, só que agora ele se amplifica", acrescentou. 

Dentre as oito atividades pesquisadas, cinco registram êxito em abril, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%) e Hiper, supermercados, produtos  alimentícios, bebidas e fumo (1,5%).

Crescimento econômico

Para o economista Cesar Bergo, esses números positivos contribuem para a manutenção do crescimento econômico do país, que já projeta para o final do ano um crescimento em torno de 2%. "O varejo tem sustentado esse crescimento. Também esse aumento nas vendas do varejo pode manter o mercado de trabalho aquecido, com contratações e melhorias nas rendas dos trabalhadores", disse.

Bergo acrescenta que políticas adotadas pelo governo federal, como a antecipação do décimo terceiro e o programa Desenrola, vêm estimulando o consumo e movimentado significativamente o varejo.

Mas, sinaliza, o mercado esperava um crescimento maior do varejo em abril. A expectativa era que fosse um crescimento em torno de 1,3%. Para o economista, o varejo ampliado, que contempla veículos e motos, por exemplo, contribuíram para que a expansão das vendas do comércio não avançassem mais.

"Mas de qualquer forma, vem sustentando esse crescimento e ajudando que o PIB do país se mantenha positivo. "Lembrando que esses números não contemplam as questões no Sul do país. Esses números devem vir em maio, de forma negativa", observou o economista. 
 

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14/06/2024 00:05h

Esse é o segundo resultado positivo seguido, conforme pesquisa mensal do IBGE divulgada nesta quarta-feira (12)

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Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o volume de serviços consumidos no Brasil cresceu 0,5% em abril em relação ao mês anterior. Esse acréscimo se deu, principalmente, pelo maior consumo no setor de transporte, que registrou alta de 1,7%.

Os números revelam, ainda, que o consumo no setor de serviços se encontra 12,9% acima do nível de fevereiro de 2020, mostrando uma franca recuperação do segmento no pós-pandemia. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE.

O gerente da PMS, Rodrigo Lobo, ressalta que esse é o segundo resultado positivo consecutivo para o setor - abril só perde para dezembro de 2022, quando registrou uma alta de 0,7% no volume de serviços – que acumula um ganho de 1,2% nesses dois últimos meses.

CENÁRIO FAVORÁVEL

Essa expansão foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para os avanços vindos de transportes (1,7%) e de outros serviços (5,0%), com ambos crescendo pelo segundo mês consecutivo e acumulando ganhos de 2,5% e 5,3%, respectivamente. O outro avanço ficou com informação e comunicação (0,4%), que renova, em abril de 2024, o ápice de sua série histórica.

Em contrapartida, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e os prestados às famílias (-1,8%) recuaram neste mês, após terem avançado em março.

O economista e membro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon), Newton Marques, chama a atenção sobre o avanço do setor de turismo no período. “Cresceu 2,3% em abril e acumula um ganho de 2,4%. Isso mostra que o setor de turismo está em alta e puxa bastante esse indicador do setor de serviços”, disse.

Com isso, a pesquisa indica que o segmento de turismo se encontra 4,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,0% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014, ano em que o Brasil sediou a Copa do Mundo.

SÃO PAULO SE DESTACA

Quando se observa o desempenho regional, a pesquisa mostra que, em 20 dos 27 estados, houve avanço no volume de serviços em abril se comparado com março.

Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (0,6%) e de Minas Gerais (3,2%), seguidos por Bahia (5,7%) e Distrito Federal (5,4%). Em contrapartida, Rio de Janeiro (-0,7%), Tocantins (22,5%) e Paraná (-1,0%) exerceram as principais influências negativas do mês.

Newton Marques afirma que a expansão do volume de serviços está muito ligada à própria atividade econômica nos setores primário e secundário. “Primário, agropecuária, e secundário, industrial. A gente está assistindo a uma redução do desemprego, mês a mês e a atividade econômica continua sendo positiva, então isso acaba impactando no setor de serviços”, completou.
 

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06/06/2024 00:03h

O resultado de abril interrompeu dois meses consecutivos de crescimento

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Em abril de 2024 a produção industrial nacional apresentou uma queda de 0,5% em relação a março, na série com ajuste sazonal. Esse resultado marca o fim de dois meses seguidos de crescimento, período em que acumulou expansão de 1,0%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O economista Lauro Chaves Neto, conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), explica que o comportamento ascendente da produção industrial foi interrompido levemente por fatores sazonais.

“No mercado externo, nós temos uma série de conflitos geopolíticos, como a guerra de Israel, guerra da Ucrânia, e isso tem afetado as demandas globais de produtos industriais. Sem contar que o nosso sistema tributário prejudica em muito a competitividade da nossa indústria”, aponta.

Ele afirma que é ”importante” encarar a indústria como o motor da economia, pois ela possui um efeito multiplicador e irradia seus benefícios para todos os setores. Por outro lado, ele também pontua que o crescimento do comércio e dos serviços faz com que aumente a demanda pela indústria no mercado.

A economista e conselheira federal do Cofecon Ana Cláudia Arruda explica que a queda foi puxada por indústrias extrativas, especialmente a produção de minério de ferro e petróleo, e recuou 3,4%. Outra contribuição negativa veio de produtos alimentícios (-0,6%).

Apesar disso, Arruda destaca que no acumulado do ano houve uma recuperação na atividade industrial.

“É um setor que está reagindo positivamente. No primeiro quadrimestre de 2024 a atividade industrial já acumula uma alta de 3.5%. Em 12 meses, a atividade cresceu 1.5%. Mesmo com a queda, é possível observar movimentos interessantes em outros setores estratégicos para a economia, como a indústria automobilística”, ressalta.

Os dados do IBGE mostram que a média móvel trimestral registrou um aumento de 0,2% no trimestre encerrado em abril de 2024 em comparação com o mês anterior.

Expectativas

Para André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, o setor industrial deve apresentar melhora no decorrer do ano e encerrar 2024 no “azul”.

Ele pontua que em alguns momentos a produção industrial ficou negativa e sofreu com os efeitos da pandemia e da taxa de juros elevada.

“Agora, com o restabelecimento completo das atividades e com a redução da taxa de juros, embora ainda muito aquém daquilo que a gente precisaria, isso deve favorecer a indústria no longo prazo. Então a gente espera por uma retomada”, afirma.

De acordo com o IBGE, vale lembrar que com os resultados de abril de 2024, a produção industrial se encontra 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

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