LOC.: Quase 800 municípios vão ter perdas de coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM. Mais de 4.500 se mantiveram estáveis e 249 irão ganhar, de acordo com a Confederação Nacional de Municípios, a CNM.
A Região Norte teve a maior perda, 29% — em seguida o Nordeste, 18%, o Centro-Oeste e o Sudeste, 11%, e o Sul, 8%.
Isso porque, com a divulgação do Censo Demográfico de 2022 do IBGE foram constatadas mudanças na população. No entanto, após a aprovação da Lei Complementar 198/2023, que visa reduzir os impactos da perda de arrecadação, a partir deste ano, 1.019 cidades serão beneficiadas.
O consultor de orçamento César Lima explica como a lei vai funcionar na prática.
TEC./SONORA: César Lima - consultor de orçamento
“Os efeitos do Censo vão ser parcelados em 10 anos. Por exemplo, [o município] ia perder R$ 1 milhão de uma vez, por ano, porque caiu de faixa. Agora ele vai perder R$ 100 mil a cada ano, durante o período de 10 anos. Essa é a questão da transição”.
LOC.: O texto reduz as perdas imediatas dos municípios que tiveram queda de coeficiente e repassa os ganhos para aqueles que aumentaram de faixa populacional.
Em Alto Paraíso de Goiás, o prefeito Marcus Adilson Rinco diz que a alteração foi positiva.
TEC./SONORA: Marcus Adilson Rinco - prefeito
“Na minha alterou para mais, a nossa população aumentou, então mudamos de faixa do FPM, que era 6 e foi para 8. O FPM é de suma importância para nós, municípios pequenos, porque é com ele que a gente custeia as despesas do dia a dia, pagamento de pessoal, combustível, oficina, para que possa realmente a máquina funcionar”.
LOC.: O primeiro decêndio de janeiro do FPM será pago nesta quarta-feira (10). As cidades brasileiras receberão R$ 5,8 bilhões.
O valor é 29% maior que o último decêndio de dezembro. Também houve um aumento de 12% na comparação com o primeiro decêndio de janeiro de 2023.
Reportagem, Yumi Kuwano