Caso entrem em vigor, as barreiras tarifárias impostas pelo governo dos Estados Unidos causarão impacto negativo mundial. A elevação das tarifas sobre importações dos EUA pode resultar em queda de 0,12% no PIB global. O comércio internacional pode ter redução de 2,1%, equivalente a US$ 483 bilhões. A estimativa é de estudo econômico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgado no dia 11 de julho.
Segundo a publicação, em 12 meses, os EUA serão os maiores prejudicados, com redução de 0,37% no PIB. China e Brasil teriam diminuição de 0,16% no PIB. No Brasil, o percentual equivale a R$ 19,2 bilhões.
As exportações brasileiras podem ter queda de R$ 52 bilhões e as importações podem ser reduzidas em R$ 33 bilhões. O emprego pode cair 0,21%, cerca de 110 mil postos de trabalho.
Os setores industrial e o agropecuário devem ser os mais afetados em exportação e produção, estima o estudo. Tratores e outras máquinas agrícolas apresentariam a maior redução nas exportações, -23,61%. A produção desse tipo de maquinário recuaria 1,86%.
De acordo com Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o volume de impacto mais significativo pode acontecer em empresas que importam e exportam, como fundição Tupy, WEG e Embraer, cujo percentual de 40% das exportações são para os EUA. Aeronaves, embarcações e outros equipamentos de transporte aparecem no estudo da UFMG com redução de 9,19% na produção e queda de 22,33% nas exportações.
A projeção dos impactos das medidas tarifárias no emprego brasileiro aponta redução de 40 mil ocupações na agropecuária, 31 mil no comércio e 26 mil na indústria.
“Temos que dar atenção também aos setores que não têm essa dimensão de volume, mas têm uma representatividade muito grande para as exportações daquele segmento. Por exemplo, calçados ou hortifrutigranjeiros, como as frutas do Ceará. Das exportações cearenses, cerca de 45% são para os Estados Unidos. Então, para aquele estado, a relatividade do impacto seria muito grande”, disse Alban.
Na projeção econômica da UFMG, os cinco estados mais afetados serão São Paulo, com queda de R$ 4,4 bilhões no PIB estadual; Rio Grande do Sul, com menos R$ 1,9 bilhão; Paraná, com baixa de R$ 1,9 bilhão; Santa Catarina com declínio de R$ 1,74 bilhão; e Minas Gerais com perda de R$ 1,66 bilhão.
A intensidade dos impactos setoriais varia entre os estados, destacando Minas Gerais com impactos mais expressivos na Agropecuária e Indústria Extrativa, e São Paulo, especialmente afetado nas Indústrias de Transformação, Comércio e Transporte.
No setor Agropecuário, Minas Gerais registraria a maior queda percentual, de 1,15%, seguida por São Paulo, com menos 0,73%.
Na Indústria Extrativa, Minas Gerais também pode ter retração mais acentuada, de 0,35%, em comparação a São Paulo, com 0,12%, e ao Brasil, com 0,29%.
Já nas Indústrias de Transformação, São Paulo pode apresentar a maior redução, de 0,31%, enquanto Minas Gerais pode ter queda de 0,22%.
A embaixada do Brasil em Washington protocolou, na quarta-feira (16), uma carta junto ao governo dos Estados Unidos pedindo a retomada do diálogo técnico sobre a suspensão das tarifas de 50% impostas às exportações brasileiras.
O documento foi assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ainda sem respostas por parte de Washington.
Ainda nesta semana, a U.S. Chamber of Commerce e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) divulgaram nota conjunta na qual solicitam ao presidente Trump a suspensão das tarifas. No documento, as Câmaras de Comércio pedem que os governos dos dois países se engajem em negociações de alto nível.
As instituições afirmam que mais de 6,5 mil pequenas empresas nos Estados Unidos dependem de produtos importados do Brasil e que 3,9 mil empresas norte-americanas têm investimentos no país.
O uso do IOF como instrumento de aumento de arrecadação ganhou aval do Supremo Tribunal Federal. Em decisão esta semana, o ministro Alexandre de Moraes manteve a maior parte dos decretos presidenciais que elevaram as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras, mas excluiu da cobrança as operações de “risco sacado”, utilizadas por empresas do varejo para antecipar recebíveis.
A medida reforça a posição do Executivo em usar o tributo para ajudar no equilíbrio das contas públicas, mas dentro dos limites constitucionais. Segundo o professor da FAAP e advogado tributarista German San Martín, a decisão reafirma o entendimento já consolidado no STF.
“O Supremo já tinha jurisprudência sólida de que o IOF pode ter finalidade arrecadatória, desde que a norma apenas altere alíquotas e não crie novas situações de incidência”, afirma San Martín.
A decisão foi tomada depois de uma tentativa frustrada de conciliação entre o Congresso e o governo. O Legislativo havia aprovado um decreto legislativo para suspender os efeitos dos decretos presidenciais, alegando que o IOF, por sua natureza extrafiscal, não poderia ser usado exclusivamente para elevar receitas.
Contudo, para Moraes, a legislação vigente já permite que o tributo tenha também função fiscal. A exceção ficou por conta da inclusão do risco sacado na base de incidência do IOF, o que, segundo o ministro, configura a criação de um novo fato gerador — algo que só pode ser feito por meio de lei.
“Ao equiparar o risco sacado à operação de crédito, o decreto criou um novo fato gerador, o que não é permitido. Por isso, nesse ponto, Moraes agiu corretamente ao suspender a cobrança”, explica o professor da FAAP.
A elevação das alíquotas de IOF afeta diretamente empresas, investidores e consumidores. Veja os principais pontos:
Crédito para empresas
O custo do crédito mais que dobrou nas operações diárias.
Câmbio
Mais caro para quem compra moeda estrangeira em espécie.
Previdência privada (VGBL)
Agora:
Impacto sobre investidores de alta renda.
Fundos FIDC
Impacta fundos de crédito e operações estruturadas.
O risco sacado, usado para antecipar capital de giro, não será tributado. O STF entendeu que a cobrança representaria a criação de um novo fato gerador — o que só pode ocorrer por lei.
A Fazenda esperava arrecadar R$ 12 bilhões em 2025 e R$ 31,2 bilhões em 2026 com os ajustes no IOF. Com a exclusão do risco sacado, a previsão cai R$ 450 milhões no ano que vem e R$ 3,5 bilhões no seguinte — perda total de R$ 4 bilhões.
A decisão de Moraes é monocrática, mas segue entendimento já consolidado pelo Supremo e pode ser referendada pelo plenário. Para o professor German San Martín, o caso delimita bem até onde vai a liberdade do Executivo na gestão tributária.
“A decisão reforça a segurança jurídica e também os limites institucionais. O governo pode usar o IOF para arrecadar, sim, mas não pode inventar novos fatos geradores sem passar pelo Congresso”, conclui.
O dólar encerrou esta quinta-feira (17) em queda no mercado brasileiro, refletindo um ambiente externo menos favorável à moeda americana e o contínuo apelo dos juros elevados no Brasil. A moeda norte-americana caiu 0,26% e fechou cotada a R$ 5,54.
A desvalorização do dólar foi influenciada principalmente por um movimento global de enfraquecimento da moeda, com investidores demonstrando maior apetite por risco. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas internacionais, apresentou recuo, indicando menor demanda global pela divisa.
Além disso, novas tensões comerciais envolvendo os Estados Unidos também pesaram sobre a moeda. A imposição de tarifas sobre produtos como aço e alumínio por parte do governo norte-americano aumentou as incertezas em relação à economia do país, afastando investidores de ativos em dólar.
No cenário doméstico, a taxa básica de juros (Selic) em patamar elevado continua sendo um fator de atração para o capital estrangeiro. Com os juros mais altos, o Brasil se mantém como um destino rentável para investimentos, o que contribui para a valorização do real frente ao dólar.
O euro comercial encerrou o dia em valorização, cotado a R$ 6,44.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
BRL | USD | CAD | EUR | JPY | GBP | CHF | AUD | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | - | 0.1802 | 0.2474 | 0.1551 | 26.7620 | 0.1341 | 0.1447 | 0.2774 |
USD | 5.5477 | - | 1.3750 | 0.8620 | 148.536 | 0.7452 | 0.8041 | 1.5406 |
CAD | 4.0323 | 0.7272 | - | 0.6268 | 108.018 | 0.5419 | 0.5847 | 1.1203 |
EUR | 6.4309 | 1.1600 | 1.5947 | - | 172.299 | 0.8643 | 0.9327 | 1.7871 |
JPY | 0.0374 | 0.0067 | 0.0093 | 0.0058 | - | 0.0050 | 0.5413 | 0.0103 |
GBP | 7.4457 | 1.3418 | 1.8448 | 1.1564 | 199.316 | - | 1.0790 | 2.0673 |
CHF | 6.8935 | 1.2434 | 1.7093 | 1.0717 | 184.679 | 0.9265 | - | 1.9155 |
AUD | 3.5981 | 0.6490 | 0.8925 | 0.5594 | 96.3950 | 0.4836 | 0.5219 | - |
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a última sessão com aumento de 0,04%, passando para 135.564 pontos.
A cautela dos investidores tem relação direta com o impasse em torno de medidas fiscais do governo federal. A proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que chegou a ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aumentou o clima de insegurança sobre o rumo da política econômica. Apesar de sinais de recuo por parte do governo, o mercado ainda aguarda definições mais claras e sustentáveis.
Outro fator que pesa sobre o índice é a recente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos. A imposição de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros, como aço e alumínio, gerou preocupações sobre os impactos nas exportações e, consequentemente, no desempenho de empresas listadas na B3, principalmente dos setores de commodities e siderurgia.
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 17,9 bilhões.
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
A embaixada do Brasil em Washington protocolou uma carta junto ao governo dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (16), pedindo a retomada do diálogo técnico sobre a suspensão das tarifas de 50% impostas às exportações brasileiras. A previsão é de que a taxação entre em vigor em 1º de agosto. O documento é assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Nesta quarta-feira, o vice-presidente conduziu a segunda rodada de reuniões com o setor produtivo para debater os impactos da tarifa. Alckmin disse que o Brasil vai explicar aos Estados Unidos os pontos citados na investigação comercial aberta pelo governo Donald Trump contra o Brasil. O Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR) abriu processo e vai apurar se as práticas listadas são consideradas desleais.
Na terça-feira (15), a U.S. Chamber of Commerce e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) divulgaram nota conjunta na qual solicitam ao presidente Trump a suspensão das tarifas. No documento, as Câmaras de Comércio pedem que os governos dos dois países se engajem em negociações de alto nível porque a imposição pode causar graves danos tanto às relações econômicas entre Estados Unidos e Brasil, quanto aos consumidores finais.
As instituições afirmam que mais de 6,5 mil pequenas empresas nos Estados Unidos dependem de produtos importados do Brasil e que 3,9 mil empresas norte-americanas têm investimentos no país. Além disso, o Brasil está entre os dez principais mercados para exportações dos Estados Unidos e é destino, a cada ano, de cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços norte-americanos.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o posicionamento dos grupos empresariais é “estratégico e emblemático”. “A manifestação da U.S. Chamber e da Amcham deixa claro que não estamos sozinhos. Contar com a voz ativa de líderes empresariais dos Estados Unidos fortalece nossas negociações e evidencia que essa medida é danosa não só para o Brasil”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI.
Alban destaca que, se entrar em vigor, a tarifa pode gerar perda de mais de 110 mil empregos na indústria brasileira, ao mesmo tempo em que coloca em risco cadeias produtivas e pequenas empresas norte-americanas, que dependem de insumos brasileiros.
O presidente da CNI também tem defendido a resolução diplomática entre os países. “É essencial mantermos um tom técnico e construtivo, não político. Defendemos que o governo americano revogue a tarifa ou, no mínimo, adie sua entrada em vigor por 90 dias, permitindo um debate mais racional e equilibrado sobre seus impactos”, disse.
Os Estados Unidos tendem a ser os mais prejudicados com a escalada protecionista da Casa Branca, mostra levantamento feito pela CNI. As estimativas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano pode encolher 0,37% em razão das tarifas adotadas contra o Brasil, a China e outros 14 países, além das taxas adicionais sobre as importações de automóveis e aço de qualquer origem.
O panorama foi feito com base em dados do IBGE, da UFMG e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Para o Brasil e a China, o impacto estimado é uma retração de 0,16% no PIB de cada país. O tarifaço ainda pode afetar a economia global, com uma queda de 0,12% no PIB mundial e uma redução de 2,1% no comércio internacional – o equivalente a US$ 483 bilhões.
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a última sessão com leve alta de 0,19%, após sete quedas consecutivas, fechando em 135.511 pontos.
A movimentação foi marcada por oscilações, em meio ao embate comercial entre Estados Unidos e Brasil. Ainda assim, o índice fechou em avanço, impulsionado pelas chamadas blue chips — ações de empresas com grande representatividade no mercado.
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 15,44 bilhões.
Para mais informações, acesse o site oficial da B3.
O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.
A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.
Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.
O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,56, enquanto o euro chegou a R$ 6,48
O dólar encerrou o último pregão em leve alta de 0,06%, cotado a R$ 5,56, após interromper uma sequência de quatro sessões de valorização do real.
Por mais uma sessão, as tensões comerciais globais refletem a crescente aversão ao risco por parte dos investidores.
A ameaça tarifária do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, segue aumentando a incerteza nos mercados e a busca por ativos mais seguros.
No mercado doméstico, agentes financeiros seguem atentos ao impasse entre o governo e o Congresso envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O euro encerrou o dia cotado a R$ 6,48.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
De\Para | BRL | USD | CAD | EUR | JPY | GBP | CHF | AUD |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | - | 0.1796 | 0.2454 | 0.1541 | 26.5560 | 0.1337 | 0.1437 | 0.2749 |
USD | 5.5655 | - | 1.3681 | 0.8591 | 147.861 | 0.7452 | 0.8008 | 1.5319 |
CAD | 4.0640 | 0.7308 | - | 0.6279 | 108.077 | 0.5446 | 0.5849 | 1.1195 |
EUR | 6.4725 | 1.1639 | 1.5923 | - | 172.094 | 0.8673 | 0.9321 | 1.7830 |
JPY | 0.0376 | 0.0068 | 0.0093 | 0.0058 | - | 0.0050 | 0.5415 | 0.0103 |
GBP | 7.4681 | 1.3418 | 1.8355 | 1.1527 | 198.402 | - | 1.0745 | 2.0553 |
CHF | 6.9430 | 1.2462 | 1.7082 | 1.0738 | 193.057 | 0.9303 | - | 1.9124 |
AUD | 3.6298 | 0.6528 | 0.9299 | 0.5607 | 96.5100 | 0.4864 | 0.5228 | - |
Os dados são da Companhia Morningstar.
O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,55, enquanto o euro chegou a R$ 6,43.
O dólar concluiu o último pregão em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,55. Após quatro sessões em alta, o dólar termina em baixa.
Devido à divulgação dos dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, o dólar teve irregularidades em relação ao real.
O anúncio da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros, continua levando incerteza e irregularidades aos mercados.
O euro encerrou o dia cotado a R$ 6,43.
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
De \ Para | BRL | USD | CAD | EUR | JPY | GBP | CHF | AUD |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
BRL | - | 0.1799 | 0.2465 | 0.1549 | 26.7930 | 0.1342 | 0.1441 | 0.2758 |
USD | 5.5544 | - | 1.3711 | 0.8618 | 148.960 | 0.7466 | 0.8014 | 1.5330 |
CAD | 4.0470 | 0.7287 | - | 0.6280 | 108.448 | 0.5441 | 0.5836 | 1.1179 |
EUR | 6.4392 | 1.1601 | 1.5903 | - | 172.700 | 0.8658 | 0.9298 | 1.7792 |
JPY | 0.0373 | 0.0067 | 0.0092 | 0.0058 | - | 0.0050 | 0.5383 | 0.0103 |
GBP | 7.4294 | 1.3378 | 1.8343 | 1.1531 | 199.190 | - | 1.0732 | 2.0525 |
CHF | 6.9249 | 1.2472 | 1.7091 | 1.0752 | 185.790 | 0.9307 | - | 1.9125 |
AUD | 3.6170 | 0.6508 | 0.8927 | 0.5616 | 96.9160 | 0.4865 | 0.5213 | - |
Os dados são da Companhia Morningstar.
Ibovespa fecha com sétima queda consecutiva, com baixas nas ações da RECRUSUL E OI.
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a última sessão com queda de 0,04%, passando para 135.250 pontos.
A diminuição foi influenciada pela continuidade das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, com destaque para as tarifas de até 50% anunciadas por Trump sobre produtos brasileiros, que elevou a aversão ao risco e pressionou os mercados.
Ações em alta no Ibovespa
Ações em queda no Ibovespa
O volume financeiro total negociado na B3 nesta sessão foi de R$ 15,4 bilhões.
Para mais informações, acesse o site oficial da B3.
O Ibovespa é o principal termômetro do mercado acionário brasileiro calculado pela B3 com base em uma carteira teórica que reúne os papéis mais negociados da bolsa. Essa composição considera critérios de volume e liquidez, englobando aproximadamente 80% de todo o movimento financeiro diário negociado no mercado à vista.
A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é a principal bolsa de valores do Brasil, com sede em São Paulo. Ela atua como plataforma oficial para a negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio, entre outros ativos.
Como uma das maiores bolsas globais em termos de infraestrutura e valor de mercado, a B3 oferece serviços completos que vão desde a negociação até o pós-negociação, registro, custódia e infraestrutura tecnológica robusta.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,7% em maio na comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (14).
Essa é a primeira retração do indicador em 2025, após quatro meses consecutivos de alta. A última vez que o IBC-Br apresentou desempenho negativo foi em dezembro do ano passado, com queda de 0,9%.
O recuo observado em maio foi puxado principalmente pelo setor agropecuário, que encolheu 4,2% na passagem de abril para maio. A indústria também teve retração, de 0,47%, enquanto o setor de serviços permaneceu estável.
A influência da agropecuária foi tão expressiva que, sem esse setor, a queda do IBC-Br teria sido de apenas 0,37%.
Em comparação a maio de 2024, o IBC-Br teve alta de 3,2% (sem ajuste sazonal). Já na parcial do ano, a alta do indicador foi de 3,4% e, em doze meses, até maio de 2025, o crescimento foi de 4%.
Para este ano, entretanto, analistas projetam uma desaceleração do crescimento econômico, influenciada principalmente pelo ciclo de alta dos juros adotado pelo Banco Central como estratégia para controlar a inflação.
Segundo o economista Newton Marques, esses dados ainda são insuficientes para determinar uma projeção de médio a longo prazo.
“Esperava-se que houvesse pelo menos uma estabilidade e não uma queda. Mas se olharmos em 12 meses, vamos ver que (o acumulado) ainda continua em mais de 4%. Então, isso não é tão preocupante no momento, que poderia mostrar uma desaceleração da atividade econômica, conforme alguns economistas estavam prevendo”, avalia.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é um indicador que acompanha, mensalmente, o desempenho da economia brasileira. Embora não represente diretamente a soma de todos os bens e serviços produzidos — como faz o PIB —, ele oferece uma estimativa baseada em dados de setores como agropecuária, indústria e setor de serviços, além dos impostos.