Banco Central

01/06/2023 18:20h

Eles devem ser feitos sempre a partir dos canais oficiais do governo

Baixar áudio

A secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul fez um alerta a população sobre os cuidados necessários no momento de efetuar pagamentos por meio de PIX e reforçou que eles devem ser feitos apenas em canais oficiais do governo estadual. 

A secretaria ainda afirma que o cidadão deve evitar fazer buscas na internet, pois a ação de golpistas disponibiliza links falsos, que direcionam o contribuinte para a geração de códigos fraudulentos de PIX, cujo pagamento é revertido para pessoas físicas e não para os órgãos oficiais.

Segundo o consultor de Cyber Security na DARYUS Consultoria, Cristian Souza, para manter a segurança ao acessar sites ou até mesmo pagar boletos, é necessário ficar atento aos links do site, além de verificar o CNPJ da empresa para saber se é confiável.
 
"Sempre verifique se o site faz uso de um protocolo seguro para trafegar as informações. Isso pode ser verificado pela presença daquele famoso cadeado verde no seu navegador, isso indica que o site trafega os dados de forma criptografada”, explicou o consultor. 

Além disso, o cidadão deve evitar fazer buscas na internet, pois a ação de golpistas disponibiliza links falsos, que direcionam o contribuinte para a geração de códigos fraudulentos de PIX, cujo pagamento é revertido para pessoas físicas e não para os órgãos oficiais.
 

Copiar o texto
31/05/2023 04:45h

Tudo Prático e Claro, com Roberto Dardis

Governistas, imprensa, economistas e curiosos culpam o BC pela alta nos juros que temos. E também pela dificuldade de ter um juro mais comportado. Ou seja, é mais fácil pôr a culpa nos outros pela provável desaceleração econômica do que ter sugestões para sair dessa enrascada.

Questionamentos que podemos analisar:

  • Quem é o culpado pelo alto endividamento público?
  • Será que se não houver taxas interessante nos juros, haveriam instituições financeiras interessadas no financiamento da dívida pública?
  • Temos reduzido os gastos públicos para que possamos cobrar por uma redução nos juros?
  • Temos planos de governo? Ou somente com a aprovação do arcabouço e reformas tributárias já podemos cobrar uma redução nos juros?
  • Temos propostas para uma redução nos juros para atrair investidores com “regras claras”?
  • Temos opções para que os investidores deixem de pagar o alto custo Brasil, muito devido à exposição que temos para o mundo com corrupção, intromissões em órgãos públicos, retrocessos entre outros...?

Ser pedra neste momento é fácil, quero ver é dar dicas, buscar soluções para podermos sair dessa encruzilhada. E todos sabemos quem é o maior culpado por estarmos nela... ou ver o que está acontecendo no país em volta dos “3 poderes”, qualquer investidor inteligente analisaria sua entrada no país.

Não esqueçamos que passamos por uma epidemia, temos confrontos pelo mundo com guerras e atritos entre grandes países, inflações e juros altas pelo mundo, e alguns países já enxergam uma desaceleração em suas economias que podem ser promovidas a uma recessão mundial, isso fora os problemas eternos que temos no pais, com um “ecolítica” fora do controle.

Então será que é somente o BC o grande culpado por todo esses juros altos?

Governo ativo, povo feliz, será?

Chegando a quase 150 dias de governo, ainda nada de novidade em propostas econômicas. Estamos na dependência de aprovações no Congresso do arcabouço fiscal. E é só o que vimos, o resto são promessas.

Copiar o texto
Economia
19/05/2023 10:45h

No dia anterior, o dólar teve queda de 0,20%, aos R$ 4,93

Baixar áudio

O valor da moeda americana chegou a R$ 4,96 na manhã desta sexta-feira (19). A cotação representa uma alta de 0,02% em relação ao último fechamento. 

Para especialistas, existe um otimismo no mercado em relação às negociações sobre o teto da dívida dos Estados Unidos.

Já o euro abriu a cotação do dia a R$ 5,35 para compra, praticamente o mesmo valor para venda. 

A bolsa de valores Ibovespa, por sua vez, rompeu os 110 mil pontos. Entre outros pontos, o resultado se deve à aprovação do regime de urgência do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados.

Além disso, a guerra na Ucrânia e a desaceleração da economia global são o foco dos investidores nesta sexta.

Copiar o texto
18/05/2023 10:55h

Desde o último fechamento, a baixa da moeda foi de 0,01%

Baixar áudio

Na manhã desta quinta-feira (18), o dólar americano chegou ao patamar de R$ 4,93. A baixa foi de 0,01% em relação ao último fechamento, de acordo com o Banco Central. 

Segundo especialistas, o mercado de valores é volátil e sofre interferência direta de acontecimentos pelo mundo a todo momento.  Um dos fatores na atualidade é a guerra na Ucrânia, por conta das sanções impostas à Rússia como represálias pela invasão.

Em relação ao euro, por volta das 9h05, a moeda estava cotada a R$ 5,35 para compra e R$ 5,36 para venda. Praticamente o mesmo valor para as duas transações. 

A bolsa de valores Ibovespa, hoje, mira nos 110 mil pontos com o mercado cortando a Selic para o Copom. 
 

Copiar o texto
Economia
16/05/2023 10:40h

Na noite anterior, o dólar fechou a R$ 4,8876, uma queda de 0,73%

Baixar áudio

A moeda americana abriu o pregão nesta terça-feira (16) com uma alta de 0,19%, sendo cotada a R$ 4,8971. Na noite anterior, o dólar teve queda de 0,73%, aos R$ 4,8876, menor valor em 11 meses. Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

Com o resultado, a moeda passou a acumular quedas de:

  • 2,00% no mês;
  • 7,40% no ano;

Já o euro está sendo cotado a R$ 5,32 para compra e R$ 5,33 para venda. 

Bolsa de valores:

A bolsa de valores Ibovespa abriu o mercado, hoje, com queda de 0,35%, cotado aos 109.735 pontos. 

Segundo a B3, o índice atingiu região importante de resistência e tem desafios pela frente.

Copiar o texto
15/05/2023 10:30h

Até o momento, a moeda americana atingiu a marca de R$4,920.

Baixar áudio

O dólar comercial abriu em queda de 0,13% nesta segunda-feira (15). A moeda americana está cotada a R$ 4,916 para compra e a R$ 4,917 para venda. A máxima do dia foi de R$ 4,920. Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

Já o euro abriu o dia cotado a R$ 5,336 para compra e a R$ 5,338 para venda. Segundo o Banco Central Europeu, até o momento, o euro atingiu o máximo de R$ 5,355, uma queda de 0,09%. 

A bolsa de valores Ibovespa iniciou a manhã aos 109.890 pontos, 0,22% a mais que o dia anterior. Às 9:15, o Ibovespa atingia a marca de 110 mil pontos. 

Copiar o texto
Economia
05/05/2023 04:00h

Ao Brasil 61, deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), vice-líder do governo na Câmara, afirmou que decisão do Banco Central de manter a Selic em 13,75% prejudica a economia

Baixar áudio

A decisão do Banco Central em manter a taxa de juros em 13,75% não foi bem recebida pelo governo do presidente Lula. Ao Brasil 61, o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, disse que já "não se satisfaz mais com acenos" futuros para a possível redução da Selic e que a política monetária do Bacen está prejudicando a criação de empregos e o crescimento da economia. 

"Mais uma vez o Banco Central dá as costas para a realidade. Mantém a política monetária contrária a tudo o que está sendo feito pelo governo. Aparenta ser decisões tomadas mais levando em conta a política e está prejudicando extremamente o país, especialmente a retomada econômica e a retomada dos empregos". 

Segundo o economista Benito Salomão, a manutenção do patamar dos juros pela sexta reunião consecutiva – desde agosto do ano passado – não foi uma surpresa para o mercado financeiro. "Não houve nenhuma surpresa. Isso já era esperado. O que pegou alguns analistas de surpresa foi o tom do comunicado, em que o Banco Central apresentou ali as razões pelas quais talvez a taxa de juros não comece a cair já em 2023". 

Em seu comunicado após a decisão de manter a Selic em 13,75%, o Comitê de Política Monetária (Copom) disse que a volta de parte dos impostos federais sobre os combustíveis e, principalmente, a apresentação do arcabouço fiscal diminuíram parte da incerteza em torno da política fiscal conduzida pelo governo. Mas o Copom destacou que a inflação está resistente e que outros bancos centrais continuam a subir as taxas de juros. 

Questionado se considerava o comunicado do Copom uma sinalização ao governo de que os juros podem começar a cair no futuro, Rubens Pereira Júnior disse que esperava a queda da Selic há duas reuniões do comitê e que "já não se satisfaz mais com acenos". 

Entidades do setor produtivo também se posicionaram contrárias ao parecer do Banco Central. Em nota assinada pelo presidente Robson Braga de Andrade, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que considera "equivocada" a decisão de manter os juros em 13,75% e que o cenário atual já permitiria a redução da Selic. 

A CNI argumenta que a taxa de juros real de 7,7%, isto é a Selic menos a inflação, está em "nível acima do necessário para garantir a manutenção da trajetória de desaceleração da inflação nos próximos meses" e que tem contribuído para o encarecimento do crédito para as empresas e para a desaceleração da economia. 

Benito Salomão afirma também que, embora o Banco Central tenha dado a entender que o ciclo de redução dos juros pode levar mais tempo para começar, isso não significa, necessariamente, que o Bacen descarta diminuir a Selic ainda este ano. 

"Em junho, o Copom se reúne de novo. Novas informações e novos dados vão ser incorporados na análise. E, talvez, já com o arcabouço fiscal aprovado e inflação um pouco mais cadente, talvez o Banco Central possa sinalizar uma queda de juros no próximo comunicado", avalia. 

Entenda

Desde o início do ano, o governo elevou o tom das críticas contra o patamar da taxa básica de juros da economia. O presidente Lula chegou, inclusive, ao dizer que poderia tentar rever a autonomia do Banco Central após o fim do mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto. 

Na avaliação do governo e de representantes do setor produtivo, os juros elevados estão dificultando o acesso ao crédito e freando a economia. O Banco Central, por outro lado, argumenta que está cumprindo o seu papel de fazer convergir a inflação para meta, responsabilidade da autoridade monetária, e que a conjuntura exige paciência. 

Setor produtivo pede equilíbrio na taxa de juros

Copiar o texto
01/05/2023 04:30h

Ao todo foram 122,4 milhões de transações realizadas e o valor movimentado chegou à casa de R$62,8 bilhões

Baixar áudio

O Pix se tornou o meio de pagamento preferido entre os brasileiros, por sua rapidez e praticidade. Ele foi lançado em 2020 a partir da inovação tecnológica proveniente do sistema, que permite a realização de pagamentos instantâneos.

Em 2022, o Brasil atingiu o segundo lugar no ranking global em números de transações realizadas através do Pix, dos 195 bilhões de operações de pagamentos em tempo real registrados em todo o mundo, cerca de 29,2 bilhões foram realizadas no Brasil, o que representa 15% do total e levou o país ao segundo lugar no ranking global, atrás apenas da Índia, com 46%,

O economista Cesar Bergo explica que esse fenômeno faz parte da comodidade que o Pix trouxe para a população. 

“Desde a introdução do sistema de pagamento brasileiros com ted, doc e transferência, com vistas a reduzir o risco sistêmico, nada se compara ao advento do pix que pouco mais de 2 anos já movimenta toda economia e revolucionou o sistema de meio de pagamento s. A grande vantagem é você poder fazer pagamentos 24 horas por dia, 7 dias da semana, que é uma grande comodidade, também o pagamento instantâneo a pessoa recebe na hora aquele valor, isso acaba também de alguma forma ajudando o comércio”, afirmou o economista. 

A radiologista e moradora de Santa Maria, no DF, Juliana Silva (28) conta que o Pix tomou conta da vida dos brasileiros pela praticidade que ele permite na hora de fazer pagamentos.

“Eu acho que o pix tomou uma proporção tão grande na sociedade pela facilidade que ele traz pro consumidor. Antes, quando queríamos fazer um ted ou doc, além de morar, precisava pagar pelo serviço”, destacou a radiologista. 

Exemplo para a América Latina

Desde a implementação do Pix na sociedade brasileira e de um sistema similar nos Estados Unidos junto ao Federal Reserve chamado Fednow, a C&M Software, empresa regulamentada pelo Banco Central a transacionar o Pix no país, tem iniciado o projeto de também levar um sistema semelhante para a América Latina.

“Desde 2022, avançamos nas conversas com parceiros do Chile, Argentina, e Colômbia, juntamente aos membros do BIS (Bank for International Settlements) dos respectivos países. A nossa expertise em meio de pagamentos, nacionalmente e internacionalmente, nos abriu portas para discussões nos Bancos Centrais da América Latina, onde caminhamos para definições e implementações futuras”, afirma Daniela Machado, diretora global de marketing e produtos da C&M Software.

A mudança de comportamento vista no consumidor brasileiro pode ser replicada em diversos países, seja pela conveniência que os sistemas de pagamentos instantâneos oferecem, ou pelo crescente uso dos smartphones ao redor do mundo.

“A partir de 1 de julho, começaremos a transacionar o Fednow nos Estados Unidos e, além de ser um momento disruptivo para a economia americana, proporcionando maior autonomia e rentabilidade frente a qualquer outro meio de pagamento, é um ponto importante para nós da C&M Software, pois  fomenta conversas com outros países que buscam inovar seu portfólio de produtos”, explica Daniela.

Com problemas estruturais parecidos com os países da América Latina, o Brasil pode se tornar uma referência aos mercados latinos, tendo em vista a similaridade econômica e inúmeras possibilidades na geração de produtos financeiros, como é visto na integração do varejo e dos aplicativos de consumo junto ao Pix.

“Quando mostramos as vantagens que o pagamento instantâneo oferece, juntamente com toda segurança endossada pelo formato do Banco Central, bem como a capilaridade e instantaneidade das transações, é mais fácil elucidar e tornar concretas as negociações. Além disso, como a média de chaves Pix por brasileiro é de quase seis por pessoa, com um ticket médio de 400 reais – quatro vezes maior do que o cartão de crédito, os países rapidamente compreendem os motivos da alta adesão”,  ressalta a especialista.


 

Copiar o texto
Economia
28/04/2023 10:20h

No Senado, representantes do setor produtivo defenderam equilíbrio na definição de juros, em debate com ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Baixar áudio

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27) que se a economia continuar desacelerando por conta do patamar da taxa de juros, o país terá problemas fiscais e a arrecadação será prejudicada. 

A declaração do ministro ocorreu durante sessão no plenário do Senado em que se debateu a relação entre os juros, a inflação e o crescimento. Também participaram do evento a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além de representantes do setor produtivo. 

Um dos representantes do setor produtivo no evento, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou que a indústria tem sofrido com demanda baixa, desemprego e fábricas ociosas. Ele criticou o atual patamar da taxa de juros.

"Como representante da CNI nesses últimos anos, toda vez que tem reunião do Copom fico me preparando para uma nota de desagravo de que o aumento foi excessivo ou a redução foi muito baixa, quando vemos a Selic em 13,75%, juros real de 8,1%, a indústria está tomando crédito a 30% no mercado, ano passado estávamos tomando a 20% e agora está a 30%, não tem nenhuma atividade empresarial que tenha capacidade de enfrentar uma situação dessa."

Robson Braga de Andrade pediu que se encontre um patamar de equilíbrio para a taxa de juros, pois, no cenário atual, o setor produtivo está sendo prejudicado. "Precisamos dosar esses juros para que sejam juros que atendam, claro, às questões de meta de inflação, mas que também não prejudiquem o crescimento e o desenvolvimento econômico". 

A meta de inflação para este ano é de 3,25%, mas há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, com mínimo de 1,75% e máximo de 4,75%. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses foi de 4,65%, de acordo com o IBGE. Portanto, abaixo do teto, ainda que o indicador não esteja coincidindo com a meta. 

Responsável por definir a taxa básica de juros da economia, a Selic, o Banco Central tem sido alvo de críticas do governo Lula. Com o objetivo de fazer a inflação convergir para a meta, o Bacen mantém a Selic em 13,75% desde agosto do ano passado. O Executivo pressiona pela queda dos juros sob o argumento de que uma política monetária rígida diminui o acesso ao crédito e o crescimento da economia. 

Haddad disse que vários setores da economia têm sido "drasticamente afetados" pelo patamar atual dos juros. Ele defendeu que a política monetária (conduzida pelo Bacen) e a política fiscal (conduzida pelo Executivo) estejam alinhadas para que o país cresça de forma sustentável. 

"Não vejo a política fiscal, a política monetária e a política prudencial separadas umas das outras. Elas fazem parte da mesma engrenagem. Se a economia continuar desacelerando por razões ligadas à política monetária, nós vamos ter problemas fiscais e a arrecadação vai ser impactada". 

Durante sua fala, Campos Neto admitiu que o juro real brasileiro (taxa Selic menos inflação) é alto, mas ressaltou que está abaixo da média histórica e que "ninguém quer desacelerar o crédito", mas que isso faz parte do remédio adotado pelo Bacen para controlar a inflação. 

O presidente do Banco Central também destacou que o Comitê de Política Monetária (Copom) – responsável por definir a taxa Selic – busca medir os ajustes não apenas pensando em controlar a inflação, mas tentando "suavizar" os impactos dos juros sobre o crescimento econômico. 

Campos Neto destacou que a inflação vem caindo. No entanto, ele afirmou que alguns núcleos de preços continuam elevados e que reajustar a Selic para baixo pode ter o efeito contrário ao que se espera tanto na oferta de crédito quanto no crescimento econômico. "A gente teve vários lugares no mundo onde os juros caíram sem credibilidade e, na verdade, o crédito não caiu. Trocar a inflação por crescimento tem resultado em menos crescimento e isso é documentado também". 

Segundo o presidente do Bacen, a diminuição da Selic, por si só, não é suficiente para que a economia volte a crescer. Para ele, as reformas estruturais, como a que trata do sistema tributário, são fundamentais para a queda dos juros. "Quando a gente olha o histórico da nossa taxa de juros, toda vez que se fez reforma estrutural a taxa de juros foi capaz de cair. Quando foi anunciado o teto de gastos, a taxa de juros longa caiu de 17% para 10%". 

Texto do arcabouço fiscal passará por mudanças, aponta relator

Inflação desacelera em cinco capitais brasileiras

Copiar o texto
Economia
22/04/2023 04:00h

Motivos seriam política de juros do BC, estabilização do preço da gasolina e endividamento familiar, segundo economistas

Baixar áudio

O IPC-S (Índice de Preço ao Consumidor Semanal) sofreu desaceleração em seis das sete capitais pesquisadas, na segunda medição realizada em abril – apesar do acúmulo de alta de 3,46% nos preços, dos últimos 12 meses. A informação é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). Na primeira medição de abril, o índice havia registrado 0,70% de aumento da inflação e agora, na segunda medição do mês, computou 0,52%.

Conforme o Instituto, Recife foi a única capital pesquisada que apresentou queda no indicador de preços, enquanto Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentaram as maiores variações positivas. O IPC-S foi levantado também em Brasília, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. Foram pesquisados os preços de nove categorias de produtos, consumidos pelos brasileiros: “Alimentação”, “Habitação”, “Vestuário”, “Saúde e Cuidados Pessoais”, “Educação”, “Leitura e Recreação”, “Transportes”, “Comunicação” e “Despesas Diversas”.

Para o professor de Economia do Ibmec Brasília, Renan Silva, o decréscimo no índice de inflação acontece devido à queda na atividade econômica, causada principalmente pela política de juros implementada pelo Banco Central e pelo alto endividamento das famílias. Estes dois fatores, segundo ele, impediram que os preços continuassem avançando na velocidade em que estavam anteriormente. 

Endividamento e juros

“A gente agora tem uma percepção de que a política monetária de fato está cumprindo seus objetivos, no sentido de controle inflacionário”, declarou Renan Silva, acrescentando que, ao mesmo tempo, percebe-se uma redução no crescimento, por meio desses indicadores de inflação. “A desaceleração também se deve ao elevado patamar do endividamento das famílias, que se encontra em níveis recordes, contribuindo para uma menor atividade econômica”, enfatiza o professor.

Gasolina

O coordenador dos Índices de Preços do FGV IBRE, André Braz, explica que o IPC-S registrou que o preço da gasolina vem se estabilizando desde o mês passado. O especialista lembra que a gasolina foi o item que respondeu pela metade da inflação de março, devido à volta da cobrança dos impostos federais, que foram  suspensos pelo governo, em 2022.

“Atualmente, nas apurações de inflação de abril, esse aumento da gasolina registrado no mês passado está perdendo fôlego, os preços agora estão mais estáveis. Como a gasolina é relevante para a sociedade como um todo, uma estabilidade no preço dela ajuda a fazer com que as pressões inflacionárias fiquem menores, mas não significa que a inflação tenha caído”, analisa.

Medicamentos

O efeito do reajuste dos medicamentos, em torno de 5,5%, não foi tão forte neste mês de abril quando a estabilização do preço da gasolina, segundo o coordenador dos Índices de preços do FGV IBRE. “À medida que o mês avança, o peso dos medicamentos no cômputo da inflação desse mês aumenta, mas não pesa tanto quanto a gasolina, que vem favorecendo a desaceleração da inflação”, esclarece Braz.

Copiar o texto