Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Pix Automático será lançado em junho e promete facilitar pagamentos recorrentes

Nova funcionalidade do Banco Central entra em operação no dia 16 e deve substituir o débito automático com mais controle, praticidade e segurança para consumidores e empresas

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Nesta quarta-feira (4), o Banco Central (BC) realiza um evento de lançamento do Pix Automático, em São Paulo. A nova modalidade visa facilitar o pagamento recorrente de contas como escola, taxas de condomínio, assinaturas, planos de saúde e de serviços essenciais, como água e luz. A previsão é de que a funcionalidade entre em operação no dia 16 de junho.

Conforme o BC, o Pix Automático tem como intuito facilitar a vida dos brasileiros usuários do Pix, possibilitando que os pagamentos recorrentes sejam feitos de forma automática – uma alternativa ao débito automático. 

Para utilizar a funcionalidade, o pagador precisa autorizar uma única vez a operação. O cliente deverá autorizar a cobrança automática, com valor, periodicidade e um prazo pré-definido.

O especialista nas áreas de Meios de Pagamento e Fintechs, professor da FGV/SP e do Insper, Thiago Amaral, de São Paulo (SP), destaca a praticidade da ferramenta.

“Tudo já vai ser gerenciado diretamente na área Pix do aplicativo do banco do consumidor. Por exemplo, se o cliente contrata uma escola e autoriza a cobrança mensal, ele pode visualizar e controlar essa autorização no menu Pix do seu aplicativo. Ele pode, inclusive, suspender ou cancelar essa cobrança em qualquer momento”, ressalta.

Benefícios: pagador e recebedor

Segundo o BC, a nova ferramenta traz mais praticidade e conveniência para o dia a dia das empresas e dos clientes. Além disso, a instituição afirma que o Pix Automático será fácil de ser usado – tanto para quem vai pagar quanto para quem vai receber. Outro benefício, de acordo com o  BC, é que a operação será barata e inclusiva para pessoas, empresas e governos.

Entre os benefícios para o recebedor estão o aumento da base de clientes – hoje há mais de 175 milhões de usuários Pix e quase 855 milhões de chaves cadastradas. Inclusive, em abril de 2025, foram 6,2 milhões de transações via Pix. Além disso, o BC aponta que a modalidade pode implicar na redução da inadimplência, já que a cobrança é automática.

“Para as empresas, haverá redução de custos, já que o recebimento é feito de forma direta e instantânea. Não será mais necessário o pagamento de taxas por boletos, por exemplo. Além disso, as empresas não precisam mais firmar convênios com os bancos, o que ocorre com os débitos automáticos tradicionais. Essa solução vai ser utilizada na infraestrutura do Open Finance, que permite que qualquer instituição financeira autorizada possa ofertar o PIX automático”, pontua Thiago Amaral.

O especialista reforça que a funcionalidade trará maior controle financeiro para os usuários. “Para o consumidor, ele se torna mais prático e oferece um maior controle. Por exemplo, não é preciso mais lembrar de pagar boletos ou fazer transferências todo mês. Todas as autorizações podem ser visualizadas, suspensas ou canceladas diretamente pelo aplicativo do banco, destaca.

Segurança digital

Ao utilizar a nova ferramenta de pagamento Pix Automático, é importante que o consumidor fique atento a alguns pontos para garantir a segurança e o controle dos pagamentos. O especialista Thiago Amaral listou algumas medidas para proteger os clientes que aderirem à modalidade, confira:

  • Autorizar apenas empresas confiáveis;

  • Revisar os dados da cobrança – como valor, frequência e periodicidade dos descontos – antes de confirmar o agendamento;

“Todas essas autorizações vão ficar visíveis na área Pix do aplicativo do banco, onde também é possível suspender ou cancelar esses agendamentos em qualquer momento”, salienta Thiago.

Amaral reforça que, por se tratar de uma ferramenta de cobrança recorrente, o consumidor deve adotar esses cuidados essenciais, como acompanhar as cobranças ativas pelo próprio aplicativo do banco e não realizar autorizações em links desconhecidos fora do aplicativo oficial da instituição financeira.

“Também é importante que ele acompanhe todas as cobranças ativas pelo aplicativo do banco, junto à área Pix. É importante também que ele evite autorizar por links ou mensagens recebidas fora dos canais oficiais. Essa autorização deve ser feita direto no aplicativo do banco. E, por último, é importante que o consumidor ative as notificações de movimentações diretamente nesse aplicativo. Assim, ele pode acompanhar todos os débitos”, ressalta Amaral.

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