No 1º trimestre deste ano, 28,5 milhões de pessoas estavam ocupadas no agronegócio brasileiro. O número está associado ao crescimento da mão de obra nos segmentos de insumos (10,2%), agroindústria (4,8%) e agrosserviços (2,4%). Os dados integram o boletim Mercado de Trabalho no Agronegócio, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Conforme a publicação, o número representa um recorde da série histórica, que teve início em 2012.
Em relação à participação do setor do agronegócio no total de ocupações do Brasil, o percentual foi de 26,23% nos primeiros três meses de 2025.
No que diz respeito aos insumos, o resultado foi impulsionado especialmente pela indústria de rações. Já nas agroindústrias, têm destaque as contribuições das indústrias de vestuário e acessórios, etanol, moagem e produtos amiláceos e abate de animais, de acordo com o boletim.
Em relação ao mesmo período de 2024, a população ocupada cresceu 0,6%, equivalente a 171,1 mil pessoas.
Quando comparada ao 4º trimestre de 2024, a quantidade de pessoas ocupadas no agronegócio cresceu 1,1%. Segundo a publicação, o montante equivale a 312,5 mil trabalhadores a mais no setor, principalmente no setor de agrosserviços.
Outra alta identificada no setor foi em relação aos rendimentos mensais dos empregados do agronegócio. Os trabalhadores ganharam 0,4% a mais frente ao 4° trimestre do ano passado. Já em relação ao 1º trimestre de 2024, os rendimentos avançaram 2,2%.
A publicação traz, ainda, o perfil da mão de obra que impulsionou o aumento de brasileiros trabalhando no setor – comparando com 2024. Em ambas as comparações, foi observado que o aumento da população ocupada do agronegócio foi puxado por:
De janeiro a maio de 2025, foram registrados 51,5 milhões de passageiros nos aeroportos do país. Segundo o levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a movimentação mostrou o melhor desempenho na série histórica em voos domésticos e internacionais e o Brasil bateu recorde em número de viajantes nos aeroportos.
O número representa um crescimento de 10% na comparação com os mesmos meses de 2024, de acordo com o Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Entre os 51,5 milhões registrados até maio deste ano, 39,9 milhões de passageiros embarcaram ou desembarcaram em voos domésticos. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 8,3%. Já os voos internacionais foram responsáveis pela movimentação de 11,6 milhões de pessoas – apresentando alta de 15,8% em relação a janeiro a maio de 2024.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o resultado superou o recorde de 2015. Para ele, o cenário demonstra a ascensão da aviação brasileira. “Superamos o recorde anterior, de 2015, que havia sido a maior movimentação da história para o período. Isso mostra um fortalecimento da aviação brasileira e mais oportunidades para as pessoas, tanto no turismo de lazer quanto no de negócios”, disse.
O desempenho positivo também foi notado no recorte mensal – repetindo a melhor performance na série histórica, desde o ano 2000. Apenas no mês de maio, 8,2 milhões de passageiros voaram no mercado doméstico – crescimento de 14% em relação ao mesmo mês de 2024. Já a movimentação de maio em voos internacionais foi de 2,1 milhões de passageiros – uma alta de 13,2% comparado ao ano passado.
O secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, aponta que o resultado demonstra que a aviação civil no país segue em evolução e estimula o apoio e a inovação no setor. “Mês a mês, comemoramos o aumento no número de passageiros processados no Brasil. Essa evolução positiva mostra que a aviação civil brasileira segue em crescimento dentro e fora do país, o que nos anima a trabalhar por mais infraestrutura e apoio ao setor”, pontuou Tomé Franca.
Segundo o MPor, de janeiro a maio, os 10 maiores aeroportos em movimentação de destino ou origem no mercado doméstico estão em São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul.
Os aeroportos localizados no estado de São Paulo ocupam as primeiras posições do ranking de movimentação no mercado doméstico.
Confira o ranking com os principais aeroportos e o número de passageiros:
O conflito entre Irã e Israel pode encarecer o petróleo no mercado internacional, segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A entidade alerta que a ameaça à oferta de petróleo em função de um agravamento no conflito reforça a necessidade de o Brasil ampliar reservas de óleo.
Em nota, a entidade afirmou estar preocupada com a alta no preço do petróleo e os possíveis impactos do fechamento do Estreito de Ormuz em outras cadeias de produção – caso a via marítima seja interditada pelo Irã. A região marítima entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico é relevante para o transporte do petróleo global – por onde chega a passar cerca de 20% do recurso consumido no mundo. No último dia 22, o Parlamento do Irã aprovou o fechamento do estreito de Ormuz.
A entidade explicou, ainda, que a elevação do preço da commodity no mercado internacional, com o agravamento do conflito no Oriente Médio, deve aumentar os custos de produção em todo o mundo. Conforme alerta da Firjan, o cenário reforça o aumento de preços dos derivados, que deve se espalhar por outras indústrias.
Além disso, a federação pontuou que, como o Brasil é importador de equipamentos, pode ser afetado pela elevação de preços – que pode ocorrer em função da redução da oferta de energia.
Em nota, a federação defendeu a necessidade do país ampliar a reserva. Especialmente, a exploração das cinco bacias da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, já que, segundo a Firjan, há dez anos o Brasil tinha 23 anos de reservas provadas.
Dados do Anuário do Petróleo no Rio 2025, publicação lançada pela Firjan SENAI SESI, há menos de 13 anos de reserva. Na avaliação da entidade, o cenário coloca o país numa posição de desvantagem frente a outras economias.
Na última segunda, 23, o Instituto Brasileiro de Petróleo Gás (IBP) emitiu uma nota em que pede a ampliação das fronteiras de petróleo no Brasil em função do aumento de tensões no Oriente Médio, com a escalada do conflito entre Irã e Israel.
O IBP defendeu, em nota, que o Brasil precisa avançar na prospecção de novas reservas de petróleo, como as planejadas nas bacias de Pelotas e na Margem Equatorial.
O conflito entre Irã e Israel teve início na noite de 12 de junho, no horário de Brasília. Naquela noite, Israel bombardeou centrais nucleares, instalações militares e cidades iranianas.
Já no sábado (21), a tensão foi acentuada quando os Estados Unidos entraram na guerra e atacaram três instalações nucleares iranianas. O Irã respondeu ao bombardeio dos EUA na segunda-feira (23), com o disparo de mísseis a uma base militar dos EUA no Catar.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na segunda (23) um cessar-fogo no Oriente Médio – acordo que não foi cumprido, segundo acusa o presidente norte-americano. Há acusação de que Israel atacou Teerã na manhã do dia 24 e de que o Irã lançou mísseis.
O conflito entre Irã e Israel pode pressionar o mercado internacional de petróleo e refletir diretamente nos preços da commodity no Brasil. Segundo análise do economista Gilberto Braga, ainda não há como prever a magnitude dos impactos. No entanto, uma possível escalada nos ataques entre os dois países pode elevar a inflação e impactar outros setores.
Diante do cenário de aumento da tensão no Oriente Médio, Braga pontua que há instabilidade para o mundo de uma forma geral, especialmente sobre a participação pontual dos EUA e as possibilidades de retaliação e o envolvimento de outras nações.
Em relação ao petróleo, o cenário também é incerto, principalmente por conta do Parlamento do Irã aprovar o fechamento do estreito de Ormuz – região marítima entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico. Gilberto Braga explica a importância da via marítima para o transporte do petróleo global – por onde chega a passar cerca de ⅕ do recurso consumido no mundo.
Com isso, ele afirma que as consequências da intensificação do conflito trazem incertezas para o mercado de petróleo.
“Isso representa também uma instabilidade por si só, na medida em que o estreito de Ormuz concentra 20% de toda a movimentação de petróleo no mundo, com grande fluxo de grandes petroleiros diariamente. Além disso, é a principal rota para a China, que é o principal cliente do Irã. Então, isso traz bastante incerteza para o mercado global, mas ainda é cedo para se avaliar quais são os desdobramentos disso. Só se sabe que esses desdobramentos são relevantes, mas não se consegue ainda variar qual é a sua magnitude.”
Com relação ao preço do petróleo no Brasil, o especialista informa que apesar de no atual governo a Petrobras oficialmente abandonar a paridade com o mercado internacional, “não quer dizer que ela não considera o preço do Brent no mercado internacional, mas considera diversos outros fatores. Um dos fatores que tem ajudado o preço do petróleo no Brasil para fingir consumo de derivados é que o dólar vem perdendo força nos últimos dias e isso de alguma maneira cria uma espécie de colchão para o crescimento do preço do barril do petróleo que certamente está disparando”, aponta.
Braga analisa, ainda, que a petrolífera tem demonstrado cautela em relação às elevações ou reduções bruscas nos preços dos derivados internos. “Então é bastante possível que ela [a Petrobrás] aguarde um pouco mais para tomar qualquer decisão, seja ela qual for”, destaca Gilberto Braga.
Em caso de agravamento do conflito no Oriente Médio, o Brasil também pode sofrer impactos inflacionários e ter diversos setores afetados, como de alimentos – em função dos deslocamentos – e de energia. Braga pondera, no entanto, que o cenário ainda é incerto.
“O petróleo é a matéria-prima de tudo, de plástico, de combustível, de uma certa maneira está presente em toda a produção econômica brasileira; então se houver uma inflação, certamente vai ter um impacto na inflação; neste momento, é impossível a gente prever qual é esse impacto, mas ele certamente, se houver, vai ser relevante”, salienta.
Na última segunda (23), após o Irã atacar bases dos EUA no Catar e no Iraque, os contratos futuros de petróleo Brent – referência mundial – com vencimento em agosto, caíram 7,18%, a US$ 71,48 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE), o que ajudou os índices internacionais.
Em contrapartida, no cenário interno aconteceu o oposto. No fechamento do último pregão do índice da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) na segunda-feira (23), as ações da Petrobras (PETR4) recuaram 2,50%, sensível aos preços internacionais, já PRIO (PRIO3) perdeu 0,71%. Os papéis ordinários da Petrobras fecharam em queda de 2,81%; já os preferenciais, em queda 2,50%. A bolsa finalizou o dia em queda de 0,41%, resultado puxado pelas tensões geopolíticas, aos 136.550,50 pontos. No dia, a bolsa teve mínima de 135.835,25 pontos.
Considerando que as empresas de petróleo tendem a faturar mais com o preço mais caro do petróleo, Braga explica que, como a Petrobras é produtora no Brasil – deve ter elevação nas ações de empresas de petróleo no Ibovespa e ser beneficiada pelo aumento dos preços internacionais.
“Os custos não crescem na mesma magnitude que o preço, portanto, a lucratividade dessas empresas no Ibovespa e nos seus resultados operacionais tendem a ser maiores. Em outras palavras, o lucro operacional cresce e isso automaticamente faz com que as ações fiquem mais valorizadas na bolsa de valores”, pontua o economista Gilberto Braga.
De acordo com informações do InfoMoney, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) alerta o país sobre o aumento de custos em indústrias de base e importação de equipamentos por conta do conflito no Oriente Médio.
A preocupação é acentuada considerando os impactos que o fechamento do Estreito de Ormuz pode acarretar em outras cadeias de produção – por exemplo, ocasionar a redução da oferta de energia, por conta do Brasil ser importador de equipamentos. A federação também defendeu a necessidade do país ampliar a reserva.
Em dez anos, 62,6% dos projetos de lei estaduais e distritais apresentados nas assembleias legislativas dos 26 estados brasileiros e na Câmara Legislativa do Distrito Federal buscaram ampliar direitos de pessoas trans. No período, 30 textos foram aprovados – sendo que 21 propostas aumentam garantias e nove restringem. Os dados compõem um levantamento inédito da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
A pesquisa aponta que os projetos favoráveis aos direitos LGBTQIA+ focam em segurança, uso do nome social e emprego. Já os textos contrários concentram dispositivos relacionados às áreas de educação, esportes e saúde.
Os dados foram levantados entre 16/05/2025 e 04/06/2025 e incluem propostas apresentadas desde 2015. Daquele ano até 2025 foram apresentados, ao menos, 664 projetos de lei relacionados a pessoas transgêneras nas assembleias legislativas dos 26 estados brasileiros e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Do total, 416 propostas, totalizando 62,6%, visam ampliar direitos e 248, correspondendo a 37,3%, buscam restringir. Apenas 3 PLs foram vetados no período.
Acesse o painel interativo para consultar todas as propostas.
O estudo mostra que 2023 marcou o pico de PLs estaduais apresentados relacionados a transgêneros. Naquele ano, 218 propostas (33%) foram protocoladas.
Em relação às propostas favoráveis às pessoas trans que se tornaram leis estaduais, Pernambuco é o estado que se destaca, com quatro projetos de lei. Em seguida aparecem Acre e Maranhão, ambos com três.
O levantamento da Nexus informa que a maioria dos textos foram de iniciativa de deputados de partidos de esquerda, totalizando 16, abarcando partidos como PDT, PSB, PCdoB, PSol e PT. Outras três propostas são da deputada pernambucana Socorro Pimentel, do União Brasil, legenda de direita, e dois são de parlamentares de siglas de centro (MDB e Podemos).
Por exemplo, em Pernambuco, foi aprovado o projeto que Institui a Política Estadual de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+. Já no Acre, foi aprovado o texto que estabelece medidas de segurança a serem adotadas por administradores de locais, como bares e restaurantes e similares, visando à proteção das mulheres, inclusive transexuais, em suas dependências.
Temas como segurança (54), uso de nome social (53) e emprego (38) – especialmente reserva de vagas – lideram propostas favoráveis. O primeiro grupo inclui medidas que estabelecem dispositivos para proteção contra discriminação em estabelecimentos comerciais e obrigam o registro de violência contra pessoas trans, por exemplo.
Das 18 propostas que punem atos transfóbicos, cinco foram apresentadas antes de 2019, ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a LGBTfobia. Outras 13 foram apresentadas a partir de 2019.
Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro concentram 42% das propostas relacionadas a direitos trans apresentadas nas assembleias legislativas no período analisado. São 153 da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e 126 da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Em 3º lugar, está Pernambuco, com 39 registros, seguido por Minas Gerais (36) e Mato Grosso (27).
Em contrapartida, Tocantins e Rondônia são os estados onde o tema é menos recorrente, com apenas um registro cada. Já Acre, Piauí e Roraima somam três PLs cada e Amapá soma cinco propostas.
Os nove PLs que resultaram em lei restritivas aos direitos dos transgêneros se concentram em estados do Norte e Nordeste. Apenas no Amazonas foram três, no Maranhão e em Alagoas foram dois cada um. A maioria, sendo sete, foi apresentada por parlamentares de partidos direita, uma de centro e outra por deputados de centro e de direita.
A pesquisa aponta que as medidas restringem atividades escolares, estabelecem o sexo biológico como critério para partidas esportivas, proíbem o uso de bloqueadores hormonais e de banheiros unissex.
O levantamento da Nexus foi feito a partir da busca dos termos “transgênero”, “transexual”, “transexuais”, “gênero” e “sexo” em todos sites das assembleias legislativas dos estados brasileiros e na Câmara Legislativa do Distrito Federal e da análise desses resultados – e incluem propostas apresentadas desde 2015.
Já para classificar o espectro político dos partidos, foi considerada a legenda pela qual o deputado foi eleito no pleito anterior ao projeto de lei apresentado.
Um levantamento chamado Ranking de Competitividade dos Municípios 2024 do Centro de Liderança Pública (CLP Brasil) serviu de base para elaborar um ranking das capitais com melhores indicadores de saneamento básico do país. A capital do Paraná, Curitiba, tem o melhor saneamento do país entre as capitais. Porém, no ranking geral, considerando 404 municípios, a cidade ocupa a 17ª posição. O CLP utilizou dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do governo federal. A capital federal, Brasília, não foi incluída na análise.
Já entre as regiões, Palmas (TO) ficou em primeiro lugar entre as capitais da Região Norte do país – a única cidade da região norte entre os 10 melhores saneamentos do Brasil, em 7° lugar. Enquanto Porto Velho (RO) ficou em último lugar em comparação com as outras capitais brasileiras e ocupa a 390ª posição no ranking geral.
O ranking produzido pelo CLP considerou diversos indicadores, como:
Segundo a entidade, como as informações do SNIS são autodeclaradas pelos prestadores de serviços, há problemas com a qualidade dos dados reportados e disponibilizados. Os dados para o levantamento são baseados, também, no Novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020), que estabelece metas para universalizar o acesso a serviços básicos em todo o país.
Confira o ranking do saneamento nas 26 capitais brasileiras
Segundo o levantamento do CLP, todos os 5 municípios com melhor desempenho no pilar pertencem às regiões Sudeste e Sul do país – sendo Pará de Minas (MG), Presidente Prudente (SP) e Niterói (RJ), Balneário Camboriú (SC) e Umuarama (PR),respectivamente.
Entre as cinco melhores cidades, apenas Balneário Camboriú (SC) e Presidente Prudente (SP) faziam parte deste grupo na última edição do ranking, enquanto Pará de Minas (MG), Niterói (RJ)) e Umuarama (PR) apresentaram expressivo avanço de posicionamento, segundo o CLP.
Os cinco municípios obtiveram nota máxima no indicador de cobertura da coleta de resíduos domésticos e no indicador de destinação do lixo, ocupando também a primeira posição em cada indicador individualmente.
Já os cinco últimos colocados no pilar do saneamento pertencem aos estados do Pará, sendo: Moju (PA), Bragança (PA), Itaituba (PA) e Breves(PA) ou ao estado do Maranhão, Chapadinha (MA).
Conforme informações do CLP, a posição ocupada por esses municípios está atrelada, em grande parte, à ausência de dados, o que implicou em notas iguais a zero nos indicadores sem informação. O ranking aponta que para este grupo de municípios a situação ocorreu principalmente nos indicadores relacionados a esgoto (coleta e tratamento).
Além disso, o levantamento aponta que os indicadores em que o grupo de municípios apresenta informações disponíveis são os relacionados à água (cobertura do abastecimento e os indicadores de perda de água) e a resíduos (coleta de resíduos domésticos e destinação de lixo). Mesmo assim, diz a pesquisa, tais municípios apresentaram, com poucas exceções, um desempenho insatisfatório.
Na última quarta-feira, 18 de junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o fim do vazio sanitário no país. O período de 28 dias livre do vírus segue a previsão estipulada em protocolos internacionais. Dessa forma, o Brasil pôde se autodeclarar livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).
O marco zero ou período de vazio sanitário começou dia 22 de maio, logo após a conclusão da desinfecção da granja localizada em Montenegro (RS). No dia 16 de maio, o local registrou o primeiro e único foco da doença em granja comercial no país.
Segundo o Mapa, com o encerramento do prazo e sem novas ocorrências da doença, o país finalizou todas as ações sanitárias exigidas – o que resultou na recuperação de status de livre da doença.
Conforme a pasta, o processo de notificação à OMSA é conduzido de forma técnica e transparente pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Todas as etapas do processo, desde a notificação do foco, ao início do vazio sanitário, até a autodeclaração de ar livre da doença, foram registradas.
Em nota, o Mapa informou que, com o fim do período de vazio sanitário, está notificando os países que impuseram restrições temporárias às exportações de produtos avícolas brasileiros. O objetivo é restabelecer o comércio internacional o mais breve possível.
O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento em 18 as 27 unidades da Federação. O documento também mostra que as hospitalizações por SRAG nas crianças pequenas, associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), seguem em alta em vários estados das regiões Centro-Sul, Nordeste e Norte.
Os estados que compõem a lista são de todas as regiões do país, com predominância de estados das regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Confira o mapa com as 18 UFs no final da página.
Apesar do aumento, o Boletim informa que há um sinal de interrupção do crescimento ou início de queda de internações de crianças em estados do Centro-Oeste e do Sudeste e em alguns do Norte e Nordeste.
Conforme a FioCruz, a incidência de SRAG apresenta maior impacto nas crianças pequenas. Já em relação à análise de mortalidade, as crianças pequenas e os idosos apresentam os maiores valores.
No Brasil, a influenza A se mantém como principal causa de internações de jovens, adultos e idosos, com maior incidência e número de mortes entre a população idosa.
A atualização do Boletim mostra que em alguns estados do Centro-Oeste, como GO, DF e MS, e do Sudeste, sendo SP e ES, além do TO, também apresentam incidência de SRAG em nível de risco ou alto risco, mas com tendência de queda – apesar do número de hospitalizações ainda permanecer alto. Pelo boletim, essas UFs apresentaram tendência de recuo de casos nas últimas semanas, tendo como resultado o começo da redução das hospitalizações associadas à Influenza A e VSR nesses estados.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca a importância da vacinação, especialmente para as pessoas do grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades.
“É muito importante que as pessoas, principalmente dos grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades, grávidas, estejam em dia com a vacina contra o vírus, já que esse grupo tem uma chance maior de desenvolver a forma mais grave da doença e precisar de hospitalização”, alerta a especialista.
O documento identificou, ainda, que 14 das 27 capitais apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco – relacionado às últimas duas semanas – com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, ou seja, as últimas seis semanas até a semana 24. As capitais são: Aracajú (SE), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, o Boletim aponta que a influenza A prevaleceu entre os casos positivos, com 39,2%. Já a influenza B teve apenas 0,8% de casos positivos. Por outro lado, 45% foram de vírus sincicial respiratório, 17,7% de rinovírus e 1,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os óbitos, 74,6% foram por influenza A, 0,8% influenza B, 13% de vírus sincicial respiratório, 9,7% de rinovírus e 4,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
Confira as 18 das 27 UFs que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco com sinal de crescimento na tendência de longo prazo:
Em 2025 já foram notificados 103.108 casos de SRAG, 51,3% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, 25,7% foram de influenza A.
Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu aumentar a taxa básica de juros em 0,25 p.p, para 15% ao ano (a.a.). Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão é "injustificada". Além disso, a instituição afirma que a alta vai agravar as condições de competitividade do setor produtivo.
A elevação da taxa básica de juros foi a sétima seguida e este é o maior nível da Selic desde julho de 2006 – época em que estava em 15,25% ao ano.
Conforme a Agência Brasil, o Copom informou em comunicado que o percentual deve ser mantido nas próximas reuniões.
Em nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que é um contrassenso o BC se manifestar de forma contrária ao aumento do IOF e decidir aumentar a taxa de juros. Ele também avaliou que o cenário compromete a capacidade de o Brasil aproveitar “oportunidades abertas a partir da reconfiguração geopolítica em curso”.
Para ele, o patamar aliado da irracionalidade dos juros à carga tributária tem sufocado a capacidade produtiva industrial.
A CNI avaliou, ainda, que a nova alta da Selic não condiz com o cenário atual e prospectivo. Em nota, Alban frisou que a alta da taxa de juros básicos pode trazer graves consequências para a economia, afetando o setor produtivo,
"Sem o início da redução da Selic, seguiremos penalizando a economia e os brasileiros. O cenário torna o investimento produtivo muito difícil no Brasil, com consequências graves para a economia", afirmou, em nota, o presidente da CNI.
Para a CNI, ao menos cinco motivos justificariam a interrupção do ciclo de alta da taxa Selic. Confira:
Segundo a CNI, com a decisão do Copom, a taxa de juros real subiu para 9,8% a.a., 4,8 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra – ou seja, que não estimula nem desestimula a econômica, estimada em 5% a.a. pelo BC. Já a Selic em 15% a.a. implica, portanto, em uma política monetária ainda mais contracionista. De acordo com a Confederação, o cenário confirma o Brasil na terceira posição entre as maiores taxas de juros reais do mundo, atrás da Turquia e da Rússia.
A Selic é a principal ferramenta do BC para manter a inflação oficial sob controle, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice recuou para 0,26%,. Dessa forma, o indicador acumula alta de 5,32% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação – de 3%.
O presidente da CNI explicou, em nota, que os juros mais altos para as empresas impossibilitam a execução de investimentos destinados à ampliação ou modernização da cadeia produtiva do país. Além disso, aumentam o custo do capital de giro dos empreendimentos.
Já em relação aos consumidores, os juros mais altos limitam a aquisição de bens, especialmente os de maior valor.
Na avaliação da Confederação, a economia dá sinais de desaceleração considerando o crédito cada vez mais caro e menos acessível.
Para a CNI, a desaceleração da atividade econômica também deve ficar mais intensa em função do menor impulso fiscal em 2025. Conforme estimativas da instituição, as despesas federais terão crescimento real de 2,8% em 2025, abaixo do percentual atingido no ano passado, que foi de 3,7%. A redução, em grande parte, está relacionada às políticas de contenção de despesas anunciadas desde o fim de 2024. "Essas medidas são positivas para equilibrar as políticas monetária e fiscal e precisam ser ampliadas", defendeu Alban.
Uso de solar, eólica e biomassa cresce no setor produtivo, com destaque para o Nordeste
Com as medidas de combate às mudanças climáticas no radar, a indústria brasileira tem incluído fontes renováveis de energia no processo produtivo. No ano passado, 48% das empresas afirmaram investir em ações ou projetos de uso de energia hídrica, eólica, solar, biomassa ou hidrogênio de baixo carbono, conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De 2023 para 2024 houve um salto significativo, já que em 2023 cerca de 34% das empresas indicaram adoção dessas iniciativas.
A região brasileira em destaque em 2024 foi o Nordeste, onde 6 em cada 10 indústrias afirmaram adotar ações voltadas ao uso de energia limpa. Nas demais regiões, Norte e Centro-Oeste apresentaram percentual de 56%; no Sul, 53%; e no Sudeste, 39%.
Em relação às indústrias que investiram em programas ou ações para o uso de fontes de energia renovável, a autoprodução lidera com 42%. O setor buscou, sobretudo, reduzir custos (50%).
Os dados integram pesquisa encomendada pela CNI à Nexus. Para o levantamento, mil executivos foram entrevistados. Os participantes eram de indústrias de pequeno, médio e grande porte de todos os estados brasileiros. A pesquisa foi feita entre 24 de outubro e 25 de novembro de 2024.
A pesquisa também identificou que houve aumento no número de indústrias que consideram a energia limpa e a inovação como estratégias para a descarbonização. Em 2024, 25% das empresas indicaram o uso de fontes renováveis como prioridade para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) – o que representou alta de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
O número de empresas que priorizam a inovação tecnológica para descarbonização também teve aumento, passando de 14% em 2023 para 20% em 2024.
Segundo o levantamento, mais de 60% das empresas ouvidas têm interesse em financiamento para adequação do maquinário para fins de descarbonização. Em contrapartida, a maioria, sendo a 9 em cada 10, criticam a falta de incentivo tributário para as ações de descarbonização industriais, diz a CNI.