O governo anunciou um novo modelo de crédito imobiliário voltado à classe média, com o objetivo de facilitar o acesso à casa própria para famílias com renda acima de R$ 12 mil. A proposta inova na forma como os bancos captam recursos para o financiamento habitacional, operando dentro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
A medida deve ampliar a oferta de crédito para habitação e fortalecer as operações enquadradas no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), beneficiando especialmente a classe média. De acordo com o Ministério das Cidades, a iniciativa deve impulsionar o setor da construção civil e gerar novos empregos.
Atualmente, o governo avalia que os financiamentos via SFH vinham perdendo espaço no mercado, à medida que investidores diversificavam suas aplicações. Com a reforma, a expectativa é reverter esse quadro: a meta é direcionar gradualmente 100% dos recursos da poupança ao crédito imobiliário. Na prática, quanto mais dinheiro for aplicado na caderneta de poupança, maior será a disponibilidade de crédito para novos financiamentos habitacionais.
O novo modelo reestrutura o uso dos depósitos em poupança para ampliar o volume de crédito disponível, tornando o sistema mais eficiente, competitivo e sustentável.
Entre as mudanças, o valor máximo do imóvel financiado pelo SFH passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, e o público-alvo será formado por famílias com renda mensal entre R$ 12 mil e R$ 20 mil.
Além disso, 80% dos financiamentos habitacionais deverão seguir as regras do SFH, que limitam os juros a 12% ao ano. Segundo estimativas da Agência Brasil, a Caixa Econômica Federal poderá financiar mais 80 mil moradias até 2026 com a nova estrutura.
A implantação será feita em etapas, a partir de 2025, e o novo modelo deve entrar em plena vigência em janeiro de 2027.
Durante a transição, continua valendo a exigência de que 65% dos recursos captados na poupança sejam aplicados em crédito habitacional. Atualmente, os 35% restantes são divididos entre depósitos compulsórios no Banco Central (20%) e operações livres (15%).
Com as novas regras, o volume dos compulsórios será reduzido gradualmente para 15%, e 5% dos recursos passarão a ser aplicados diretamente no novo regime de financiamento.
A proposta redefine o funcionamento do sistema de crédito imobiliário, maximizando a poupança como principal fonte de financiamento habitacional. Após o período de transição, o total de recursos depositados na caderneta servirá como base integral para o setor, encerrando o repasse compulsório de parte desses valores ao Banco Central.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo IBGE, registrou alta de 0,48% em setembro. O resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Habitação (3,31%). Acumulando alta de 3,76%, ficando 0,62 ponto percentual acima do resultado de agosto.
Com o fim da incorporação do Bônus de Itaipu nas faturas, a energia elétrica foi o principal impacto no grupo Habitação. No Vestuário (0,97%), destacaram-se as roupas femininas e os calçados e acessórios. Em Saúde e cuidados pessoais (0,36%), a alta foi influenciada pelo plano de saúde. Já Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%) também registraram aumentos.
O grupo Alimentação e bebidas (-0,35%) registrou a quarta queda consecutiva na média de preços, influenciada pelo recuo do tomate, cebola, arroz e café moído. Transportes (-0,25%) apresentou retração, puxada pelo seguro voluntário de veículo, passagens aéreas e combustíveis. Já Artigos de residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%) também apresentaram variação negativa.
IPCA-15: diferenças regionais
No recorte regional, as 11 áreas pesquisadas (ver tabela abaixo) registraram alta de preços em setembro. Recife apresentou a maior variação (0,80%), impulsionada pelo aumento da energia elétrica residencial e gasolina. Enquanto Goiânia teve o menor resultado, reflexo da queda nos preços da gasolina e do tomate.
Região | Peso Regional (%) | Julho | Agosto | Setembro | Trimestre | 12 meses |
---|---|---|---|---|---|---|
Recife | 4,71 | 0,27 | -0,28 | 0,80 | 0,79 | 5,40 |
Belém | 4,46 | 0,19 | -0,61 | 0,62 | 0,20 | 5,54 |
São Paulo | 33,45 | 0,40 | 0,13 | 0,60 | 1,13 | 5,77 |
Curitiba | 8,09 | 0,14 | -0,17 | 0,55 | 0,52 | 5,59 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,24 | -0,31 | 0,55 | 0,48 | 4,92 |
Fortaleza | 3,88 | 0,25 | -0,11 | 0,40 | 0,54 | 5,26 |
Brasília | 4,84 | 0,28 | -0,29 | 0,37 | 0,36 | 5,42 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,48 | -0,27 | 0,35 | 0,56 | 4,47 |
Salvador | 7,19 | 0,19 | -0,15 | 0,32 | 0,24 | 4,74 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,61 | -0,61 | 0,25 | 0,63 | 5,30 |
Goiânia | 4,96 | -0,05 | -0,35 | 0,10 | -0,30 | 4,83 |
Brasil | 100,00 | 0,33 | -0,14 | 0,48 | 0,67 | 5,32 |
Fonte: IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, registrou queda de 0,11% em agosto, a primeira deflação do ano. O resultado foi influenciado principalmente pelos grupos Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%), que juntos retiraram 0,37 ponto percentual do índice geral.
Na energia elétrica, o recuo foi de 4,21% em função do bônus de Itaipu, creditado nas faturas de agosto. No grupo alimentação, os destaques foram as quedas do tomate, batata-inglesa, cebola, arroz e café Já nos transportes, os preços de gasolina, etanol e passagens aéreas tiveram retração.
O conselheiro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), Guidi Nunes, avalia que o alívio em agosto foi condicionado a fatores específicos. “Assim, o fator principal que pesou nessa influência foi o fator habitação, particularmente energia, que é o bônus de Itaipu. Na parte de energia, teve um desconto de 4,2%, que é só para agosto. Não vai ter, em setembro, esse desconto, então ela volta à normalidade”, aponta.
Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,15% no ano e 5,13% em 12 meses.
Para o conselheiro, trata-se de um quadro positivo: “Esse cenário todo, inflacionário brasileiro é um cenário benigno. O Banco Central ainda tem uma taxa de juros alta, perseguindo a meta de inflação de 3%, sendo que o teto é 4,5%, e a inflação tem ficado, nos últimos seis anos, na faixa de 5%.”
IPCA: diferenças regionais
O comportamento do IPCA em agosto variou entre as capitais (ver tabela abaixo). Vitória (ES) foi a que apresentou a maior alta, de 0,23%, puxada por energia elétrica e taxa de água e esgoto. Já Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO) tiveram as maiores quedas, ambas de -0,40%, influenciadas pela retração nos preços da energia e da gasolina.
O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, reforçou essas variações. “Em termos de regionais, a maior variação do IPCA foi em Vitória, com alta de 0,23%, e a menor em Goiânia e Porto Alegre, com queda de 0,40%.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Julho | Agosto | Ano | 12 meses | ||
Vitória | 1,86 | 0,10 | 0,23 | 3,56 | 5,30 |
Brasília | 4,06 | 0,01 | 0,11 | 3,37 | 4,93 |
São Paulo | 32,28 | 0,46 | 0,10 | 3,57 | 5,61 |
Fortaleza | 3,23 | 0,11 | -0,07 | 3,09 | 5,01 |
Curitiba | 8,09 | 0,33 | -0,07 | 3,33 | 5,46 |
Rio Branco | 0,51 | -0,15 | -0,08 | 1,95 | 4,78 |
Salvador | 5,99 | 0,02 | -0,08 | 2,94 | 4,94 |
Belém | 3,94 | -0,04 | -0,15 | 3,19 | 5,33 |
Recife | 3,92 | 0,32 | -0,24 | 3,09 | 4,58 |
Aracaju | 1,03 | 0,28 | -0,26 | 3,48 | 4,60 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,22 | -0,26 | 3,34 | 5,25 |
São Luís | 1,62 | -0,02 | -0,27 | 2,60 | 4,88 |
Campo Grande | 1,57 | -0,19 | -0,28 | 2,26 | 4,68 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,24 | -0,34 | 2,35 | 4,63 |
Goiânia | 4,17 | -0,14 | -0,40 | 1,68 | 4,85 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,41 | -0,40 | 3,18 | 4,29 |
Brasil | 100,00 | 0,26 | -0,11 | 3,15 | 5,13 |
Fonte: IBGE
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Na primeira quadrissemana de setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou queda de 0,20%. O resultado reforça a tendência de desaceleração da inflação, depois das altas observadas em julho, e mostrou que cinco das oito classes de despesa registraram acréscimos em suas taxas de variação.
Na composição do índice, Habitação foi o destaque de baixa, com variação passando de -0,80% para -0,27%. Os grupos que apresentaram acréscimo nas suas taxas de variações foram Educação, Leitura e Recreação (-0,90%), Alimentação (-0,28%), Transportes (0,19%) e Vestuário (0,29%).
Segmentos como Despesas Diversas e Saúde e Cuidados Pessoais apresentaram recuo em suas taxas, enquanto Comunicação apresentou estabilidade.
De acordo com o economista César Bergo, o movimento confirma que a inflação vem cedendo de forma gradual, mas em velocidade menor que no início do processo. Ele avalia que, apesar de pressões pontuais, os preços começam a se acomodar “dentro de um certo controle”.
“Isso mostra que a inflação, embora venha apresentando uma queda gradativa, está diminuindo a sua velocidade. Então, isso pode ter um certo impacto nas próximas semanas. Mas o importante é que vem atingindo um patamar em que coloco os preços de alguma forma dentro de um certo controle”, avalia.
A expectativa é de que, nas próximas semanas, a inflação mantenha o ritmo de queda e até registre episódios de deflação, o que poderia ampliar o poder de compra das famílias até o fim do ano. Bergo destacou ainda que fatores externos, como as tarifas impostas pelos Estados Unidos, trouxeram impacto principalmente para as capitais do Norte e do Nordeste, que sentiram a redução das exportações. “De todo modo, é ainda uma incógnita, é um peso grande no tocante às exportações brasileiras, em que a negociação, a diplomacia, não está fazendo efeito, mas o Brasil tem conseguido novos mercados."
O cenário político chama atenção, devido ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro que pode influenciar a postura americana em relação a novas sanções comerciais contra o Brasil.
No acumulado de 2025, o IPC-S registra alta de 2,41% e, em 12 meses, avanço de 2,90%, mantendo a inflação sob controle em meio às incertezas externas e internas.
A prévia da inflação oficial de agosto registrou deflação de 0,14%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (26) pelo IBGE. O resultado foi puxado pelas quedas nos preços de transportes, habitação e alimentação. No acumulado de 12 meses, a taxa recuou para 4,95%, abaixo dos 5,30% apresentado em julho.
O destaque foi para Habitação que recuou 1,13%, resultado da queda nos valores da energia elétrica residencial (4,93%), reflexo da incorporação da usina de Itaipu nas faturas, mesmo com manutenção da bandeira vermelha. O grupo dos Transportes apresentou deflação de -0,47%, impulsionado pela queda da gasolina e etanol, além da redução nas passagens aéreas.
No grupo Alimentação e bebidas, itens importantes do consumo diário, como manga, tomate, batata-inglesa, cebola, arroz e carnes apresentaram retração de -0,53%. Por outro lado, a alimentação fora do domicílio subiu, devido à alta dos lanches, mas não foi fator determinante para impedir a queda do grupo. Já Despesas pessoais, Educação, Saúde e cuidados pessoais, Vestuário e Artigos de residência apresentaram variações e impactos positivos ou nulos.
De acordo com César Bergo, o resultado mostra um cenário positivo para a inflação no país. “O IPCA-15 apresentou uma deflação, uma boa notícia, uma deflação de 0,14%, embora o mercado acreditasse que poderia ser um pouquinho maior a queda dos preços, mas é muito importante para trazer a inflação nos últimos 12 meses para baixo de 5%. Então, a projeção para o final do ano é que fique nessa linha, em torno de 4,9% a inflação”, afirmou.
Bergo também destacou que a queda nos preços da energia elétrica pode continuar nos próximos meses, caso haja mudança para bandeiras tarifárias menos onerosas. Além disso, fatores externos devem contribuir para manter a inflação em trajetória de desaceleração. “A questão da taxação americana, que pode trazer produtos que seriam anteriormente exportados para os Estados Unidos para o mercado brasileiro, como por exemplo a carne, e também o pescado”, avaliou.
O economista observa que, apesar da melhora, a inflação deve terminar 2025 ainda ligeiramente acima do teto da meta de 4,5%. “Então existe uma boa perspectiva da inflação continuar caindo e assim, de alguma forma, contribuir também para que o Banco Central possa decidir definitivamente pela redução da taxa Selic, que será tão importante para o nosso país", concluiu.
O IPCA-15 é calculado pelo IBGE como prévia do índice oficial de inflação, medindo a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias durante o período de 16 de julho a 14 de agosto e comparados à última prévia feita.
Em julho de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,26%, marginalmente superior aos 0,24% registrados em junho. A inflação acumulada em 12 meses caiu para 5,23%, ante os 5,35% observados no mês anterior.
O resultado ficou abaixo das expectativas: analistas projetavam alta de 0,37% para o mês, segundo pesquisas. Embora tenha havido desaceleração, o ritmo ainda permanece acima da meta estabelecida pelo Banco Central, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, o que mantém as perspectivas monetárias restritivas.
O setor que mais pressionou o índice foi o grupo Habitação, puxado pela energia elétrica residencial. A bandeira vermelha patamar 1 e reajustes regionais elevaram o custo da conta de luz, resultando em impacto de 0,12 ponto percentual no IPCA. Sem esse efeito, o índice teria sido de apenas 0,15% no mês.
Por outro lado, os preços dos alimentos seguiram em queda pelo segundo mês consecutivo, contribuindo para desacelerar o índice. Alimentação e bebidas registrou variação negativa de –0,27 %, com destaque para os recuos significativos em batata-inglesa, cebola e arroz.
Outros grupos com variação negativa foram Vestuário (–0,54 %) e Comunicação (–0,09 %). Já Transportes cresceu, impulsionado por forte alta nas passagens aéreas (19,9%), enquanto Combustíveis recuou 0,64%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,26%.
A CAIXA atuou tanto na execução de novas unidades como na retomada de obras paralisadas
Ter uma casa própria representa grande conquista para gerações de brasileiras e brasileiros. E a professora mineira de Juiz de Fora, Jaqueline Santos Oliveira, de 28 anos, revela com orgulho que já realizou esse “sonho”.
“Sempre foi meu sonho, porque venho de uma família que sempre morou de aluguel e sempre passou dificuldades com o aluguel. O programa Minha Casa, Minha Vida possibilitou [o sonho da casa própria]. É um sentimento de conquista, de independência. tenho 28 anos, moro sozinha, trabalho sozinha. para mim, foi algo muito importante, essa política pública, essa forma de você ter acesso a uma propriedade sua. É um divisor de águas mesmo.”
Jaqueline recebeu as chaves do apartamento em julho deste ano – um imóvel no bairro Paineiras, financiado pela CAIXA, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Para ela, a localização central do imóvel facilita a ida e vinda do trabalho. Além disso, ter a própria moradia representa dignidade e melhoria na qualidade de vida.
"Vivia de aluguel. Morei de aluguel durante sete anos sozinha, tinha dificuldade de alterar muito [reajuste no aluguel]. E para mim, o impacto de poder ter um imóvel, financiar, poder ficar tranquilamente sem ser ‘pedida’ para ser despejada, nem qualquer coisa do tipo. Então, isso dá uma segurança maior, sim, para uma pessoa que tem a questão financeira limitada."
Só em 2024, a CAIXA e o governo federal realizaram o sonho da casa própria de mais de 170 mil famílias brasileiras. O banco atuou tanto na execução de novas unidades como na retomada de obras paralisadas.
Para saber como realizar o sonho da casa própria, acesse: www.caixa.gov.br.
Os repasses do Novo PAC realizados pela caixa somam mais de vinte e seis bilhões de reais
O ano de 2024 foi de realizações para Antônio Jorge Rodrigues. O operador de máquinas conseguiu o tão sonhado emprego novo. Ele é um dos cinco milhões de brasileiros que conquistaram trabalho por meio dos investimentos do Novo PAC. Antônio Jorge fez a terraplanagem da nova creche do município de Independência, no interior cearense.
A construção faz parte do Novo PAC e tem investimentos de quatro milhões e meio de reais. A unidade terá a capacidade de atender cento e oitenta e oito crianças em período integral, quando inaugurada.
Quem fala dos benefícios do empreendimento é o filho do operador de máquinas, o comerciante Antônio Rayslan Torres Rodrigues, de trinta e três anos: “É uma obra que veio para ajudar, para dar renda ao município. Com intuito que as mães possam deixar suas crianças na creche para trabalhar. E gerar emprego para o município, já que é um município com pouca renda e essa obra veio para trazer renda. Meu pai trabalha lá, gerou renda para nos manter.”
Os repasses do Novo PAC realizados pela caixa somam mais de vinte e seis bilhões de reais. Esses recursos foram investidos em infraestrutura e utilizados na construção de escolas, espaços esportivos, saneamento, hospitais e creches.
Para a mãe de uma filha e também moradora de Independência, Juliana Furtado, de vinte e cinco anos, são obras que levam prosperidade às comunidades. Em janeiro de 2024, ela conseguiu uma vaga no centro de educação infantil Jucileide Rodrigues Sales, para a filha Melissa, de três anos.
O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab), abriu as inscrições das casas a custo zero em três municípios do estado: Águas Lindas de Goiás, Formosa e Itaberaí. As famílias têm até 26 de setembro para se inscreverem no site da Agehab ou nos pontos de apoio disponíveis pelas prefeituras.
A iniciativa faz parte do programa “Pra Ter Onde Morar”, onde as casas são construídas com 100% de recursos estaduais em parceria com as prefeituras dos municípios. O presidente da Agehab, Alexandre Baldy, explica como funciona o programa.
“Famílias com renda mensal familiar de até um salário mínimo, que mora no município ao qual ela vai ser cadastrada por pelo menos 3 anos, que esteja no CadÚnico, são famílias que podem ser sorteadas, famílias que podem ser beneficiadas com esse programa de casa a custo zero. Nem para escriturar, o governo de Goiás coloca custo para entregar a moradia para a família que for sorteada”, diz
As inscrições abertas são para 35 unidades em Águas Lindas, 48 em Formosa e 50 em Itaberaí. Segundo o presidente da Agehab, 130 municípios de Goiás fazem parte do programa que está construindo moradia de casa a custo zero. Até o momento 6 mil unidades estão em execução.
No Paraná, cerca de 114 mil domicílios estão em situação de favela. Diante disto, o programa habitacional Vida Nova, do governo do estado, busca melhorar as condições de vida de famílias em vulnerabilidade, que vivem em áreas de favelas. Essa é uma das linhas instituídas pelo programa Casa Fácil, aprovado pela lei estadual 20.394/20.
O Presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Jorge Lange, explica que o programa foi constituído através de lei estadual e na primeira etapa busca um financiamento de U$ 150 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Durante a primeira etapa, a o objetivo é atender 6 mil famílias com esses recursos.
“O objetivo do programa é tirar essas pessoas que estão à margem da sociedade, vivendo em condições bastante precárias, em situação de favela e trazê-las para a cidadania plena”, avalia.
Lange expõe que até o momento, o Paraná está com 3 projetos pilotos e foram investidos um valor até agora de R$ 12 milhões para essa primeira etapa, onde foram testadas as etapas do programa para estabelecer a melhor maneira de fazer com que ele obtenha êxito.
“O programa está agora na fase de aprovação do financiamento do BID, junto ao governo federal e a assinatura dos contratos deverá acontecer até meados de novembro. Daí em diante a gente começa a fazer as licitações das primeiras 2 mil famílias que vão ser atendidas na base amostral solicitada pelo BID”, anuncia.
O presidente aponta que após o atendimento destas 2 mil famílias, o programa irá selecionar os municípios que serão atendidos na sequência. “A importância desse tipo de medida é você poder trazer essas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade e moradia precária, com falta de qualidade de vida, de atendimento dos serviços públicos básicos para a cidadania total, onde a pessoa conquiste muito mais do que uma casa, mas também o atendimento, a moradia próximo da sociedade, enfim, que haja uma mudança comportamental e até uma mudança de modo de vida dessas pessoas para que sejam consideradas plenamente atendidas em todos os seus direitos de cidadão”, comenta.
Lange declara que para a realização do projeto, o programa conta com a participação de 18 secretarias do estado, abrangendo todas as áreas de recuperação dessas famílias. Isso envolve ações na saúde, educação, segurança pública e também no enfrentamento de questões como drogadição (dependência de drogas) e trabalho infantil.
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