Inflação

24/04/2024 00:20h

Alta da inflação e do câmbio mudam a trajetória da taxa de juros

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A expectativa futura da inflação brasileira teve alta nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,73%. 

O cenário de alta da inflação, junto com a escalada do dólar no Brasil (hoje projetado a R$ 5,00 até o final de 2024) mudam a trajetória da taxa básica de juros do país, a Selic. Até então, vivíamos um cenário de certeza da queda da Selic. 

Hoje, houve a segunda projeção de alta desta taxa, segundo o próprio mercado. Projeta-se a Selic a 9,50% ao ano. 

A alta de projeção também ocorre para o Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento cotado a 2,02%. Esta é a décima projeção de crescimento seguida do indicador. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil. 
 

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10/04/2024 19:32h

Grande parte das principais variáveis monitoradas estão estáveis

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A projeção da inflação brasileira obteve alta nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,76%. 

Este cenário acompanha a possibilidade de uma economia mais aquecida no médio prazo. O projetado de crescimento da economia para 2024 subiu pela oitava vez seguida e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,90% até o final deste ano. 

Neste cenário, a Selic  — a taxa básica de juros da economia brasileira — há quase três meses é projetada a 9,00%. Para 2025 e 2026, há também previsão de estabilidade para a taxa. 

Já o câmbio, após escaladas e ultrapassar a barreira dos R$ 5,00, está previsto para R$ 4,95 até o final deste ano. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil
 

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02/04/2024 00:06h

IPC-S desacelerou em relação ao observado na semana imediatamente anterior, com destaque para o grupo de Transportes

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O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,1% na quarta quadrissemana de março, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador — que mede semanalmente a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais — acumula alta de 2,93% nos últimos 12 meses. 

De acordo com a FGV, seis das oito classes de despesa que compõem o índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. O grupo de Transportes foi aquele que mais contribuiu para o resultado, uma vez que a taxa de variação passou de 0,5% na terceira quadrissemana (levantamento imediatamente anterior) para 0,21% na quarta quadrissemana de março. Destaque para o comportamento da gasolina, cujo preço variou 0,35%, ante 1,23% na edição anterior. 

Os grupos de Educação, Leitura e Recreação (- 2% para - 2,22%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para 0,32%), Alimentação (0,67% para 0,56%), Comunicação (- 0,08% para - 0,31%) e Vestuário (0,07% para - 0,03%) foram os outros que também registraram queda em suas taxas de variação. 

Recorte mais específico a partir de alguns itens mostra que a passagem aérea caiu ainda mais. De 10,9% de queda na terceira quadrissemana para 12,03% na quarta. Itens como artigos de higiene e cuidado pessoal (0,81% para 0,40%), frutas (4,57% para 3,38%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (- 0,1% para - 0,46%) e serviços de confecção (0% para - 1,58%) também desaceleraram.  

Por outro lado, os grupos Habitação (0,47% para 0,53%) e Despesas Diversas (0,41% para 0,42%) registraram alta em suas taxas de variação, com destaque aceleração no preço da tarifa de eletricidade residencial (- 0,37% para 0,35%) e do conserto de bicicleta (0,1% para 0,49%).

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21/03/2024 00:04h

Acompanhando a possível alta da economia, está o crescimento da projeção da inflação

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A projeção da inflação brasileira teve alta nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,79%. A nova projeção representa alta, após sucessivas quedas. 

Este cenário acompanha a possibilidade de uma economia mais aquecida no médio prazo. O projetado de crescimento da economia para 2024 subiu pela quinta vez seguida — e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,80%, até o final deste ano. 

Em contrapartida, a Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira —  há doze semanas em sequência permanece a 9,00%. Prevê-se que os próximos anos sejam igualmente de estabilidade para esta taxa. 

Já o câmbio, após escaladas e ultrapassar a barreira dos R$ 5,00, está previsto para R$ 4,95 até o final deste ano. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil
 

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12/03/2024 16:00h

No ano, a inflação acumula alta de 1,25%. Em relação aos últimos 12 meses, a elevação chega a 4,50%

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A inflação do Brasil apresentou alta de 0,83% em fevereiro de 2024, após fechar janeiro em 0,42%. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos preços do grupo de Educação, que registraram salto de 4,98%. 

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE e são referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que, no ano, acumula alta de 1,25%. Em relação aos últimos 12 meses, a elevação chega a 4,50%. 

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Dos nove grupos analisados, sete apresentaram alta no último mês.  Nas atividades de Educação, a maior contribuição partiu dos cursos regulares, com salto de 6,13%, como explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

“Os cursos regulares subiram mais de 6% por conta dos reajustes que são habitualmente praticados no início do ano letivo. Podemos observar alta de mais de 8% na Pré-Escola, no Ensino Fundamental e também no Ensino Médio”, considera. 

De acordo com o levantamento, também se destacaram os grupos de Alimentação e bebidas, com salto de 0,95%. Para o professor de finanças do Instituto de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Raphael Moses, entre outros pontos, a alta nos valores pode ter como relação o clima registrado nos últimos meses. 

“Caracterizado pela alta temperatura e maior volume de chuvas. Porém, é esperado que esse ponto seja normalizado. Caso isso não ocorra, aí podemos ver um aumento ainda maior dos preços, o que prejudicaria demais o bolso do consumidor”, afirma. 

Outro setor que apresentou alta foi o de Transportes, que teve salto de 0,72%. Para o economista Luigi Mauri, trata-se de um segmento que pode impactar de forma significativa o bolso do consumidor. 

“[O resultado se deve a uma] alta dos combustíveis, em virtude da reoneração do ICMS, já que uma Medida Provisória caducou este ano. O consumidor precisa ficar atento para os próximos meses, caso não haja nenhuma desoneração nesse setor. É uma área que deve afetar bastante as finanças pessoais”, pontua. 

Os demais grupos ficaram entre uma variação negativa de 0,44% e positiva de 1,56%.

Cenário nas capitais

No que diz respeito aos índices regionais, por capital, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta nos preços. A maior variação foi na capital sergipana. Aracaju contou com elevação de 1,09%. O resultado foi puxado pela alta da gasolina, que subiu 10,45%. O menor resultado, por sua vez, foi notado em Rio Branco, no Acre, com variação de 0,26%, puxado pela queda nos preços da passagem aérea, que recuaram 19,37%.

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06/03/2024 00:03h

Segundo o Boletim Focus do Banco Central há também queda da expectativa de inflação

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A projeção da inflação brasileira teve queda nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,76%. A nova projeção representa uma queda pela segunda semana consecutiva no crescimento de preços. 

Já a previsão de crescimento da economia para 2024 subiu pela terceira vez seguida em projeções semanais, e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,77% até o final este ano. 

Por outro lado, o câmbio do dólar em relação ao real segue estável, a R$ 4,93. 

O mesmo ocorre para o caso da Selic - a taxa básica de juros da economia brasileira - que há 10 semanas seguidas permanece a 9,00%. 

A estabilidade acontece para os próximos anos dessa taxa também. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil
 

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27/02/2024 22:30h

Alta é puxada pela educação — com aumento de 5,07% — seguida de alimentos e bebidas com alta de 0,78% entre janeiro e fevereiro

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) — que mede a inflação entre a metade de janeiro e fevereiro — ficou em 0,78%. O índice foi puxado, principalmente, pelo grupo de Educação, com aumento de 5,07% no período, seguido pelo grupo de Comunicação — onde a alta foi de 1,67% —- e Alimentos e Bebidas, com aumento de 0,97%.

A alta, segundo o economista-chefe da consultoria Análise Econômica André Galhardo, é bem maior que a registrada em janeiro, quando o aumento foi de 0,31%, e pouco maior que a registrada em fevereiro do ano passado, de 0,76%. 

“Apesar dessa elevação, essa alta já era amplamente esperada pelo mercado, ela foi influenciada, não apenas mas principalmente, pela evolução dos preços no grupo de Educação. Tivemos reajuste de mensalidade e materiais escolares, e tudo isso acaba impactando significativamente num grupo que é importante dentro do IPCA.”

Aumento em 8 dos 9 grupos

O IPCA considera nove grupos prioritários de impacto na inflação e desses, em fevereiro, oito registraram alta. Apenas o grupo  Vestuário teve recuo de 0,39% no mês. A maior alta, na Educação, impactou diretamente a servidora pública Daniela Martins. Mãe de dois filhos matriculados em escola particular, a moradora do Distrito Federal viu os aumentos pesarem no orçamento. 

“E não só das mensalidades escolares do Ensino Fundamental, nas escolas de línguas e atividades esportivas, academia de natação, tudo aumentou demais. E esse aumento das escolas eles já repassaram do ano passado pra cá e foi bem significativo.”

O grupo de Alimentação e Bebidas, mesmo com aumento menor (0,97%), teve impacto significativo no mês, de 0,20 p.p. 

“Alimentos e Bebidas e Transportes, representam sozinhos, cerca de 40% do IPCA. Então nós temos nove grupos, mas esses grupos têm importâncias relativas diferentes. Se você tem aumento de preços de alimentos, isso pesa muito mais no bolso do consumidor do que quando você tem aumento no preço de carros novos, por exemplo.” explica Galhardo. 

Onde o aumento pesou mais 

No grupo Transportes, apesar do aumento de 0,15%, as passagens aéreas tiveram redução de 10,65%. Mas os combustíveis tiveram aumento médio de 0,77%. O aumento das tarifas de táxi ajudou a puxar a alta, que chegou a 0,98%. No Rio de Janeiro 4,21%, em Salvador de 4,61% e de 8,31% em Belo Horizonte.

A capital mineira também teve reajuste nas tarifas de ônibus urbano, que subiu, em média, 16,67%. Já na capital paulista, o reajuste de 13,64% nas tarifas de trem e metrô puxaram a inflação na cidade. 

A maior variação quanto aos índices regionais foi registrada em Goiânia — 1,07%. A gasolina teve aumento de 7,28% e puxou o índice, assim como os cursos regulares, com alta de 4,56%. 

Para os próximos meses

Essa inflação de 0,78 ajudou a produzir uma inflação anualizada de 4,49% — “um aumento meramente marginal se comparar com os 12 meses encerrados em janeiro”, explica André Galhardo. Segundo o IBGE a inflação acumulada em 12 meses, encerrada em janeiro, foi de 4,47%, um aumento bem pequeno.

“Embora essa variação de 0,78% tenha sido muito importante, ela é bem alta, esse número é transitório. A nossa expectativa é que nos meses de março e abril, esse IPCA-15 venha bem mais comportado. A expectativa é benigna para a inflação ao longo de 2024.” O economista explica: 

"O cálculo do IPCA-15 é baseado nos preços coletados entre 16 de janeiro e 15 de fevereiro de 2024 e comparados com os preços vigentes entre 15 de dezembro e 15 de janeiro.  O indicador é referente às famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia." 

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27/02/2024 04:30h

Variação de 0,60% no IPC semanal pode ser um fator de contribuição para aumento nos preços

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O mês de fevereiro pode ser mais difícil de fechar as contas para alguns comerciantes. Por causa do período de festas de carnaval e saída da cidade, as rotinas foram alteradas durante o mês. Enquanto parte do comércio e o turismo se beneficiaram desse clima carnavalesco, outras tiveram dificuldades. 

Cenário que já vem sendo percebido pela cozinheira Joelma Pereira, 40, dona de um restaurante no Gama, no Distrito Federal. Ela conta que, neste mês, não tem conseguido manter as contas em dia. Os produtos que ficaram mais caros também têm contribuído para mudanças no estabelecimento. 

“Estou tendo que escolher qual conta pago hoje, qual deixo para amanhã, em vez de manter os pagamentos diários, como estava fazendo antes. Infelizmente, em fevereiro eu tenho que escolher no dia, por causa desse aumento que tenho sentido no resultado final. Quando pago tudo que costumava comprar, por exemplo, em dezembro e janeiro dava um valor e em fevereiro tem dado R$ 200, R$ 300 a mais”, relata. 

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) — que abrange sete capitais do país — da terceira quadrissemana de fevereiro de 2024 variou 0,60% e acumula alta de 3,64% nos últimos 12 meses.

Cinco dos oito setores que compõem o índice registraram alta: Transportes (0,36% para 0,63%), Habitação (0,11% para 0,23%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,50% para 0,61%), Vestuário (-0,20% para 0,06%) e Comunicação (0,34% para 0,48%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. A gasolina saiu de 0,84% para 1,70%. 

De acordo com o economista Raimundo Souza, o aumento nos Transportes pode ser um dos motivos para os comerciantes da área de alimentação sentirem os preços mais altos. 

“Essa variação positiva no item transportes traz um impacto no bolso do consumidor. E isso é influenciado bastante por conta de variações no preço dos combustíveis, principalmente da gasolina, então isso realmente impacta no dia a dia das pessoas”, avalia. 

Já o grupo Educação, Leitura e Recreação teve queda de 0,73% na segunda quadrissemana para -0,14% na terceira. Alimentação (1,38% para 1,18%), principalmente hortaliças e legumes, e Despesas Diversas (2,33% para 1,81%) também registraram reduções. 

Normalidade

No entanto, o economista Luigi Mauri explica que não há motivos para preocupação porque essa variação não impacta diretamente no dia a dia da população, já que é um acompanhamento semanal, —e é saudável que os preços subam em uma economia em expansão. 

“Uma economia em deflação, com os preços em queda, é uma economia que não cresce, em que os salários não estão aumentando. Em uma economia como a nossa, em que os salários reais estão crescendo, o PIB está crescendo, economia em expansão, é saudável que se tenha uma inflação. O Brasil está cumprindo as metas de inflação e é muito importante que se olhe para agregados do dado e não somente para dados isolados”, comenta.

Seis das sete capitais pesquisadas registraram decréscimo no IPC-S: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Apenas São Paulo teve aumento, de 0,76% para 0,82%. 

Nas vendas no varejo, em geral, neste ano, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um avanço modesto, com um crescimento estimado de 1,1% em comparação com 2023, mesmo com as perspectivas positivas de queda da inflação. No início de fevereiro, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou que o varejo cresceu 1,7% em 2023 — abaixo dos patamares observados antes de 2018, quando o setor registrava índices acima de 2%.

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25/02/2024 00:02h

Sem regulação, planos de saúde coletivos podem ter reajuste de 25% este ano, enquanto os individuais — que são regulados pela ANS — aumentam, no máximo 9,6%

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Em 10 anos, a venda de planos de saúde individuais e familiares caiu cerca de 90%, no Brasil. Enquanto em 2013, a média de oferta de planos de saúde por município era de 203, no ano passado, esse número caiu a 18. A explicação também está nos números. Enquanto a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regulamenta os planos individuais — que só podem ser reajustados em 9,6% ao ano — os convênios empresariais ou coletivos, não têm esse teto.


A advogada Nycolle Araújo Soares, especialista em Direito da Saúde, explica que os reajustes das operadoras são uma forma de recomposição, de equilibrar as contas para que a assistência tenha viabilidade financeira. Nycolle explica qual tem sido o grande desafio do setor.

“Fazer com que exista um equilíbrio diante da necessidade da utilização dos planos de saúde por parte dos beneficiários e o valor pelo qual essas operadoras  de saúde conseguem disponibilizar seus serviços.” 

Crescimento dos planos coletivos

Sem regulamentação do reajuste pela ANS, as operadoras começaram a reduzir a oferta de planos individuais e aumentar a dos planos coletivos — que cresceram 50% entre 2013 e 2023. Segundo a ANS a média nesta década passou de 1031 para 1556. E a diferença entre os dois ficou ainda maior.

Dezembro de 2023:

  • planos individuais e familiares - 8,8 milhões de beneficiários
  • planos coletivos - 42,2 milhões de segurados

Uma das razões que leva as operadoras a priorizar os planos coletivos é a falta de regulamentação por parte dos órgãos fiscalizadores — como a ANS. Além disso, nos planos coletivos, o cancelamento sem motivo justificado, também é permitido às operadoras. A advogada Nycolle explica.

“Existe a legislação que prevê quais são os tipos de planos que as operadoras de planos de saúde podem comercializar, mas não há obrigatoriedade com relação a todos os tipos de planos de saúde.” Segundo ela, é justamente nesse espaço em que as operadoras acabam tendo o direito de optar por quais tipos de planos elas vão disponibilizar.

Reajuste em planos de saúde: com 14% de inflação médica, consumidor pode pagar o preço

O empresário paulistano Daniel Donizete fez um plano de saúde empresarial para a família, que inclui esposa, duas filhas e os pais dele, com mais de 70 anos. No ano passado, o reajuste foi de 22%. Para este ano, o reajuste previsto para esse tipo de planos deve chegar a 25%

Na hora da contratação, Donizete tentou uma alternativa que fosse possível estimar os próximos aumentos, mas não conseguiu. 

“Devido a idade dos meus pais é mais difícil ainda encontrar algum plano, alguma operadora que faça um convênio individual ou familiar. Eles acabam obrigando a gente a fazer planos coletivos de pessoa jurídica, planos por adesão ou por categoria.” 

A Redação do Brasil 61 entrou em contato com a ANS que, até o fechamento desta reportagem, não se posicionou sobre o assunto. 
 

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23/02/2024 13:10h

Segundo o Boletim Focus do Banco Central, há também queda da expectativa de inflação

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A projeção da inflação brasileira teve queda nesta semana. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a atual expectativa de inflação brasileira para 2024 é de 3,81%. 

Já a previsão de crescimento da economia para 2024 subiu com relação à última semana, e é previsto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça aproximadamente 1,70% este ano. 

Por outro lado, o câmbio do dólar em relação ao real também subiu com relação à última semana, a R$ 4,93. 

Para o caso da Selic, há estabilidade das projeções pela oitava semana consecutiva e a taxa básica está cotada a 9,00% até o final deste ano. 

Para os anos seguintes, o mercado projeta que a Selic siga a tendência de queda. 

As informações são do Boletim Focus, com as cotações de mercado divulgadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil. 
 

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