Estudantes

20/02/2024 16:30h

Veja o que é necessário para participar do programa

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O Ministério da Educação (MEC) iniciará a distribuição dos incentivos financeiro-educacionais referentes ao Programa Pé-de-Meia de 2024, a partir de 26 de março. O programa irá pagar até R$ 3 mil por estudante, totalizando o máximo de R$ 9.200 ao término do ensino médio.

De acordo com o economista Cesar Bergo, o programa é uma das estratégias adotadas pelo governo federal para reduzir a evasão e abandono escolar, funcionando como uma “poupança” para o estudante.

“A ideia é fazer uma poupança para que esse estudante tenha alguns recursos suficientes para que consiga, de uma maneira incentivada, a se manter nos estudos. A fonte do recurso é orçamentária, então o governo federal fez uma aporte de aproximadamente R$ 6 bilhões em um fundo privado, que vai custear esse programa nos próximos anos. Obviamente, para 2024, já tem esse valor, que está reservado”, explica.

Para o economista, o programa terá recursos federais e pode auxiliar o governo estadual na condução da política de educação de cada estado. Ele ressalta que o ganho é de médio à longo prazo.

“Os estados acabam, de alguma forma, tendo menos evasão escolar. Isso é importantíssimo e garante uma certa qualidade no tocante à conclusão dos estudos. E esses estudantes poderão, de alguma forma, integrar não só o mercado de trabalho, mas também o sistema educacional de cada estado”, completa.

Um estudo realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), a pedido do Unicef, indicou que, em 2022, 11% dos brasileiros com idades entre 11 e 19 anos estavam fora da escola. Esse percentual representa aproximadamente 2 milhões de meninas e meninos.

De acordo com a pasta, para participar do programa é preciso:

  • estar matriculado no ensino médio ou na Educação de Jovens e Adultos (EJA) de escolas públicas;
  • ter o Cadastro de Pessoa Física (CPF);
  • ter entre 14 e 24 anos;
  • fazer parte da família inscrita no Cadastro Único (CadÚnico). 

As contas digitais dos alunos qualificados para o Pé-de-Meia serão abertas automaticamente pela Caixa Econômica Federal, sendo que o beneficiário será informado sobre o procedimento. Para os estudantes menores de 18 anos, será necessário obter o consentimento de um responsável para realizar movimentações na conta, seja por meio do aplicativo ou na agência bancária.

A estudante do Colégio Estadual do Paraná (CEP) Julia Bassetti Salatino tem 15 anos e cursa o primeiro ano do ensino médio. Ela afirma que ainda não sabe se receberá o benefício, mas considera o programa positivo, podendo ajudar e incentivar os estudantes a terminarem o ensino médio. 

“Eu achei muito importante, porque adolescentes de baixa renda têm que trabalhar também. E se você estuda longe do colégio, precisa pegar ônibus, precisa de dinheiro, então vai ser muito bom o programa Pé-de-Meia, para ajudar esses alunos poderem estudar e ter um futuro melhor”, destaca.

O benefício será pago em etapas, da seguinte forma: 

Matrícula

Serão pagos R$ 200, entre 26 de março e 7 de abril, para os estudantes que estiverem matriculados no ensino médio público e com as informações enviadas pelas redes de ensino até 8 de março.

Se ocorrerem correções ou atualizações nas informações até 14 de junho, o pagamento do incentivo educacional poderá ser efetuado até 1º de julho de 2024.

Frequência

Serão pagos R$ 200 mensais distribuídos em oito parcelas periódicas para o estudante que apresentar uma frequência de 80% ao longo do ano, até a data da coleta de informações pela rede de ensino. A primeira parcela será efetuada no período de 29 de abril a 6 de maio. 

Conclusão

Será pago o valor de mil reais, em parcela única na conta-poupança do aluno, no período de 24 de fevereiro de 2025 a 3 de março de 2025, após a conclusão do ensino médio.

Enem

O aluno do 3º ano do ensino médio que realizar a inscrição —  e participar nos dois dias de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — receberá R$ 200 entre 23 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025.

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30/01/2024 18:50h

Resultado da primeira chamada será divulgado no dia 6 de fevereiro

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As inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) podem ser feitas até esta quinta-feira (1º), no site do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Até a noite desta segunda-feira — data de início das inscrições — 425.617 pessoas já estavam participando do processo seletivo, de acordo com balanço do Ministério da Educação (MEC). Ao todo são ofertadas, para este primeiro semestre, 406.428 bolsas para mais de 15 mil cursos, em 1.028 instituições privadas.   

Ainda segundo o MEC, o curso que mais recebeu inscrições foi o de medicina, com 83.830 inscrições. Sabryna Cerqueira, de 22 anos, tenta pelo quarto ano uma bolsa em universidades da Bahia para o curso mais concorrido.

“Minha expectativa em relação a minha nota e a nota de corte é média. Esse ano ainda não me sinto confiante, infelizmente, para conseguir uma boa bolsa. Mas quem sabe na próxima. Eu acho o programa essencial para os jovens. Principalmente para quem não pode pagar integral é uma forma de inclusão social muito válida — mas ainda penso que poderia oferecer mais vagas”, comenta. 

Depois de medicina, os cursos com mais inscrições foram direito, com 57.440; psicologia, com 44.253; enfermagem, com 39.844; e fisioterapia, com 22.030. 

Das regiões, o Nordeste teve o maior número de inscritos nas primeiras horas (154.437). Em seguida vêm  Sudeste (144.036), Sul (48.184), Norte (47.408) e Centro-Oeste (31.552).

Juliano Griebeler, vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), diz que o Prouni, atualmente, é um dos pilares fundamentais para promover a inclusão social por meio da educação superior. 

“Essa iniciativa não apenas amplia o acesso a oportunidades educacionais, mas também é uma ferramenta para mitigar as desigualdades que permeiam nosso sistema educacional. O aluno consegue estudar medicina, engenharia e quaisquer outros cursos de forma gratuita”, afirma. 

Critérios 

Neste semestre são ofertadas 308.977 bolsas integrais (100%) e 97.451 parciais (50%). Para participar do Prouni é preciso ter feito o Enem em 2022 ou 2023 e obtido nota igual ou superior a 450 pontos, além  de não ter zerado a redação. Além disso, há critérios socioeconômicos: quem tem renda per capita da família inferior a um salário mínimo e meio pode solicitar uma bolsa 100% integral; se a renda for superior a um salário mínimo e meio e menor que três salários mínimos, o aluno pode solicitar uma bolsa parcial. Estudantes de escola pública têm prioridade na ordem de classificação. 

Griebeler explica como funciona o cálculo da nota de corte, que é a pontuação mínima necessária para se conquistar uma vaga. 

“No caso do Prouni, é a pontuação do candidato que passou em último lugar em determinado curso. Ela é calculada considerando o curso, o turno, a faculdade, o campus e a modalidade de concorrência. Por isso, acontece de um mesmo curso ter notas de cortes diferentes numa mesma faculdade”, observa. 

O resultado da  primeira chamada está previsto para sair no próximo dia 6 — e da segunda chamada em 27 de fevereiro. Quem não for selecionado e tiver interesse em participar da lista de espera pode fazer isso nos dias 14 e 15 de março. O resultado da lista ficará disponível no dia 18 de março. 

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16/01/2024 09:45h

O espelho com a avaliação das redações será disponibilizado em 90 dias, após a divulgação dos resultados

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As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 — realizado nos dias 5 e 12 de novembro do ano passado — serão divulgadas nesta terça-feira (16). Os candidatos podem visualizar os resultados na "Página do Participante” com o login único da plataforma gov.br. Segundo o Ministério da Educação (MEC), os chamados “treineiros” — pessoas que fizeram o exame em busca de autoavaliação, mas sem concorrer às vagas — só terão as notas divulgadas em março. Mais de 3,9 milhões de pessoas participaram do processo seletivo.

Os inscritos devem ficar atentos ao espelho das redações que só estará disponível para consulta em 90 dias, após a divulgação dos resultados. De acordo com o MEC, todos os textos estão sendo avaliados conforme as competências apresentadas na matriz de referência. Janayna Moradillo, que fez o Enem em 2018, relembra a estratégia de estudos que usou para conseguir ingressar no curso de comunicação na Universidade Federal da Bahia.  

“Comecei a avaliar quais provas teriam o maior peso de nota. Semanalmente, eu chegava em casa depois da escola, eu dava aula de reforço escolar, então aproveitava o momento em que eles estavam fazendo alguma atividade e estudava junto também. À noite estava sempre vendo alguma videoaula e nos finais de semana tentava me concentrar em realizar provas anteriores, simulados”, relata.

A nota pode chegar a 1.000 pontos, mas para isso, os candidatos não poderiam ter fugido do tema, passado de sete linhas, ter feito trecho deliberadamente desconectado do tema proposto, não ter obedecido à estrutura dissertativo-argumentativa ou ainda ter desrespeitado a seriedade do exame. 

O Enem

O Enem 2023 avalia o desempenho escolar dos estudantes após terminarem a educação básica. É considerado uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil. As instituições de ensino públicas e privadas utilizam as notas das provas para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso aos auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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05/12/2023 22:00h

O resultado da lista de espera será divulgado no dia 12 de dezembro

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Os pré-selecionados no Fundo de Financiamento Estudantil (FiES) devem comprovar a documentação nas instituições em que foram aprovados. O prazo vai até esta quinta-feira (7). Os selecionados nesta etapa poderão contratar o financiamento com abrangência a partir de julho de 2023, mesmo que já tenha sido realizado o pagamento do semestre. 

Já o resultado da lista de espera deve ser divulgado no próximo dia 12. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), são mais de 60 mil vagas remanescentes para estudantes já matriculados. 

As vagas remanescentes são aquelas que sobram dos processos seletivos regulares do programa. Para concorrer é necessário se encaixar nos critérios exigidos, como ter renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos.  

Os inscritos são selecionados de acordo com a classificação das notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sendo consideradas as edições a partir de 2010. 

A publicitária Amanda Neri, que só conseguiu ingressar na universidade graças ao Fies, acredita que o programa é uma excelente oportunidade para os jovens. 

“Se não fosse o FiES eu não teria estudado em uma das melhores faculdades da cidade, eu não teria cursado estágio, eu não teria me formado, muito menos estaria trabalhando hoje na área que eu sempre sonhei. Foi uma virada de chave para a minha vida”, conta. 

Renovação

Os estudantes que já utilizam o FIES, com contratos firmados até o final de 2017, têm até o dia 31 de dezembro de 2023 para realizar o aditamento. O advogado Lucas Macedo explica para que serve o procedimento.

“Para você conseguir o FIES tem que cumprir alguns requisitos e é nesse momento de aditamento, de renovação, que é realizado ao final de todo semestre, que o Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, juntamente com o Ministério da Educação, vai saber se essa pessoa ainda preenche os requisitos necessários para ter o FiES”, explica.   

O aditamento do contrato deve ser realizado dentro do prazo, na própria instituição de ensino. 

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27/11/2023 20:25h

Os interessados podem participar da seleção por meio do portal do MEC

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Os estudantes interessados em participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) podem fazer as inscrições até o dia 30 de novembro. O prazo, inicialmente, iria até o dia 24, mas foi prorrogado pelo Ministério da Educação (MEC). Ao todo, são mais de 60 mil vagas remanescentes para estudantes já matriculados. 

As vagas remanescentes são aquelas que sobram dos processos seletivos regulares do programa e a modalidade estava interrompida desde 2021. Para concorrer é necessário se encaixar nos critérios exigidos, como ter renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos. 

Uma das mudanças neste ano no Fies foi o aumento do teto para pagamento do financiamento semestral do curso de medicina. O limite, que antes era de R$ 52.805,66, passou a ser de R$ 60 mil por aluno — um aumento de 13,6%.

Portanto, o valor passa de R$ 8.800 para R$ 10 mil por mês. A alteração foi aprovada apenas para o curso de medicina, o que, de acordo com o advogado Lucas Macedo Castro, possibilita mais acesso ao curso para pessoas com uma renda menor. 
 
“Essa é uma medida que veio para ajudar todos os estudantes de medicina, tendo em vista que o valor das mensalidades das faculdades hoje ultrapassam os R$ 10 mil. O Fies veio como uma forma de acesso daquelas pessoas carentes ao curso de medicina, então é extremamente viável fazer um contrato com o programa”, analisa. 

O educador financeiro Francisco Rodrigues ressalta que o Fies é muito positivo, mas que é importante o estudante considerar o seu orçamento e a sua realidade antes de assinar o contrato. 

“Colocar avalistas que realmente vão dar segurança para esse contrato e que você consiga se formar e não desequilibrar a sua família para você, de fato, poder sair da faculdade com a certeza que vai dar continuidade aos pagamentos, que vai quitar a sua faculdade e que vai para o mercado de trabalho com a consciência de que vai ser um bom profissional”, reforça Rodrigues. 

Cronograma 

As inscrições devem ser feitas no Portal de Acesso Único ao Ensino Superior. Os resultados serão divulgados no dia 4 de dezembro e o período de comprovação de informações será entre os dias 5 e 7. Já o resultado da lista de espera está previsto para o dia 12 de dezembro. 

Os inscritos serão selecionados de acordo com a classificação de suas notas no Enem. Serão consideradas as edições do Exame a partir de 2010. A nota mínima exigida é de 450 pontos e não pode ter zerado a redação. 

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16/11/2023 21:35h

São cerca de 60 mil vagas; chamada única será feita em 30 de novembro

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira (16) o edital com as diretrizes e o cronograma para o processo seletivo das vagas que restaram no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). As inscrições terão início na sexta-feira (17) e se estenderão até o dia 24 de novembro, sendo realizadas gratuitamente por meio do portal Acesso Único. São cerca de 60 mil vagas.

O anúncio dos selecionados em chamada única será feito em 30 de novembro. Os escolhidos poderão contratar o financiamento já com abrangência a partir de julho de 2023.

Vagas remanescentes são as que não foram ocupadas durante os processos seletivos regulares do FIES. Estão habilitados a se inscrever todos os alunos regularmente matriculados no mesmo curso, turno e localidade da instituição participante do programa, desta edição. É necessário também atender aos critérios exigidos —  incluindo a renda familiar mensal bruta per capita de até três salários-mínimos.

Nesta nova edição, o critério de seleção será baseado na pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em anos passados, a ocupação das vagas seguia a ordem de registro das inscrições. Serão consideradas as notas a partir de 2010, sendo exigida uma média de 450 pontos e pontuação superior a zero na redação.

O educador financeiro Eduardo Rodrigues considera o programa como de “extrema importância”, especialmente se considerado o alto índice de endividamento das famílias brasileiras.

“Mesmo tendo os benefícios do FIES, as famílias têm custo para manutenção do aluno na faculdade”, diz Rodrigues. “São alunos que muitas vezes não podem trabalhar, porque eles têm que ter dedicação integral. Estudam sete dias por semana, e o tempo de graduação é médio  ou longo. Ou seja, para esse aluno sair formado da faculdade pode levar de 5 até 10 anos”.

Ele destaca, portanto, que é fundamental estar atento à situação financeira, evitando agir por impulso. É preciso buscar informações detalhadas para garantir segurança financeira para todos os envolvidos.

O advogado especializado em Direito Estudantil Lucas Macedo Castro reforça que é fundamental que o estudante com contrato no FIES esteja atento aos prazos e às informações solicitadas. Perder o prazo para realizar o aditamento resultará na perda do financiamento. Nesse caso, para obter nova vaga, seria necessário se inscrever novamente e competir com sua pontuação. 

“Esse estudante que pensa em contratar o FIES tem que ter em mente qual o curso que de fato ele pretende ingressar. Qual é o seu sonho? Qual é a sua profissão? Porque uma vez que você contrata o financiamento, você vai assinar um contrato e ser responsabilizado por tudo aquilo”, recomenda.

Confira o cronograma:

Inscrição: de 17 a 24 de novembro 

Resultado da chamada única (pré-seleção): 30 de novembro 

Complementação da pré-seleção: de 1º a 4 de dezembro 

Resultado da lista de espera (pré-seleção): 8 de dezembro 

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Educação
09/06/2023 20:35h

O programa "Mais Futuro" atende a 8.655 estudantes ativos das quatro universidades estaduais (UNEB, UESC, UEFS e UESB)

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Estudantes do estado baiano serão beneficiados com mais um crédito do programa “ Mais Futuro”. Atualmente, o programa atende a 8.655 estudantes ativos das quatro universidades estaduais (UNEB, UESC, UEFS e UESB), contemplados nos perfis Básico e Moradia. Nesta parcela, foram concedidos recursos da ordem de R$ 3,46 milhões. O orçamento do governo estadual para o programa, em 2023, é de R$ 45 milhões.

Especialista em educação, a professora Catarina de Almeida destaca a importância de investir nos alunos para conquistar uma educação de qualidade.

“Não há possibilidade de educação sem investimento e é importante saber para qual educação nós estamos demandando esse investimento. Se nós estamos falando de educação de qualidade, de uma educação para diferentes pessoas em diferentes condições, nós precisamos pensar quais recursos pedagógicos, quais insumos nós precisamos para garantir que essas diferentes pessoas nessas diferentes realidades tenham o seu direito à educação garantida”, afirmou. 

Estudantes que moram  em locais  até 100 km do campus de matrícula recebem o auxílio-permanência no valor de R$ 300, ao longo de 11 meses. E são  enquadrados no Perfil Básico. Já os alunos que residem a uma distância superior a 100 km do campus de matrícula, e precisam mudar de domicílio para frequentar o curso, fazem parte do Perfil Moradia . Eles recebem o valor de R$ 600, por 12 meses.

Sobre o programa

O Programa Mais Futuro dá acesso aos estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação presencial nas quatro universidades estaduais, desde que não tenham concluído nenhum outro curso de nível superior e estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica comprovada no CadÚnico. Desde que foi criado, em 2017, o programa já beneficiou 24.450 universitários, a partir de um investimento do governo estadual de mais de R$ 222 milhões.
 

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Educação
10/04/2023 04:15h

Em entrevista ao Brasil61.com, o coordenador do curso de Pedagogia da UnB, Paulo Henrique de Felipe, pontua principais motivos que levaram ao impasse causado sobre a proposta, suspensa por 60 dias pelo atual governo

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O Ministério da Educação anunciou, no último dia 4 de abril, a suspensão,  por 60 dias, do cronograma do modelo de ensino conhecido como Novo Ensino Médio. A implementação da medida já estava em vigor e avançava  por etapas. 

No ano passado, o projeto foi incorporado na rotina dos estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Em 2023, o modelo estava em curso para adoção pelo 2º ano. A previsão era de que, em 2024, a reforma chegasse ao 3º ano e ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Para entender as mudanças, o Brasil61.com conversou com o coordenador do curso de Pedagogia noturno da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Henrique de Felipe.

Brasil 61:  O que é o Novo Ensino Médio e porque existe esse debate sobre o tema?

Paulo Henrique: O novo Ensino Médio é uma proposta que surgiu como uma Medida Provisória em 2016, ainda durante o governo do presidente Michel Temer. Ele surge como uma Medida Provisória e, um ano depois, em 2017, ele se tornou uma Lei, a 13.415. O que essa Lei propõe? Ela propõe, de fato, uma reforma do Ensino Médio que, basicamente, envolveria duas coisas: o aumento da carga horária do Ensino Médio, então a gente teria de 2022 a 2024 o aumento da carga horária em mil horas. Em 2022, a gente teria o 1º ano do Ensino Médio com mil horas; em 2023, o 2º ano com mil horas e, por fim; em 2024, o 3º ano com mil horas. Então, o Ensino Médio passaria a ter 3 mil horas-aulas. Além disso, basicamente aumentar essa quantidade de carga horária, propõe uma reorganização do currículo, que passaria a ser composto por disciplinas de uma formação geral comum, que são as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, que a gente já conhece, basicamente português, matemática, ciências, história. A carga horária seria composta, em parte, por essas disciplinas de formação geral comum, e uma outra parte composta pelo que a proposta chama de itinerários formativos, que seriam disciplinas ligadas a essas áreas que os alunos podiam fazer também durante o Ensino Médio. Então, basicamente, o que a gente teria era a divisão dessas três mil horas para cumprir. A gente teria 1.800 horas para cumprir na formação geral comum, e as outras horas para a gente cumprir os itinerários formativos.

Brasil 61: Quais as principais diferenças entre os modelos que estão sob debate?

Paulo Henrique: É basicamente essa diferença em relação à carga horária e à proposta de reorganização. O debate em torno disso é em relação a como essa proposta do governo, de 2016 para cá, implementada em 2017, tem sido recebida e se, de fato, essa proposta beneficia a educação pública do país. 

Brasil 61: Quais os principais pontos que têm dividido opiniões dentro do atual governo?

Paulo Henrique: A gente aumenta a carga horária das escolas. Então a gente está aumentando a carga horária do Ensino Médio para três mil horas. Isso significa que os alunos vão ter que ter mais tempo na escola. Isso significa que os alunos também vão ter que ter mais disciplinas dentro da escola. Bom, se o aluno vai ficar durante mais tempo na escola, isso significa que as escolas precisam de salas de aula, que as escolas precisam de novos espaços, precisam de novos professores. Então, a gente vai precisar de sala de aula, a gente vai precisar de professor, a gente vai precisar do corpo técnico da escola preparado, mas a gente não tem. Então, o que acontece? O grande debate é porque existe uma medida que é imposta, mas essa medida não diz como e não dá meios pra que a gente consiga fazer isso de forma eficiente.

Brasil 61: Como essa possível mudança altera a vida dos estudantes? 

Paulo Henrique: De muitas formas. Primeiro, porque o estudante não é só o estudante, o estudante é a escola, e a escola é o estudante. Quando você, por exemplo, tem uma proposta que é feita sem reflexão, você está desrespeitando o próprio estudante, porque o estudante está recebendo de forma passiva uma proposta pela qual não houve discussão. Você desconsidera e desrespeita os estudantes, porque você desconsidera as especificações das escolas. 

Brasil 61: Com essa suspensão, considerada provisória, a situação não vai ficar ainda mais confusa nas escolas? Que tipo de solução poderia ser dada?

Paulo Henrique: A suspensão é de 60 dias, então acho que ela não vai causar nenhum prejuízo para as escolas, porque essa implementação demoraria um tempo para acontecer. Essa suspensão é necessária para que a gente possa ouvir o setor. 


 

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07/03/2023 11:40h

Serão disponibilizadas 67.301 vagas em 1.389 instituições privadas de ensino superior

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Os estudantes que desejarem solicitar uma vaga do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) já podem consultar as ofertas no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Inicialmente, serão disponibilizadas 67.301 vagas, em 1.389 instituições privadas de ensino superior. As inscrições começam nesta terça-feira (7) e vão até o dia 10 de março. Os resultados serão divulgados no dia 14 deste mês.

O Fies é um programa do Ministério da Educação (MEC) que viabiliza o ingresso ao ensino superior. A iniciativa é destinada ao financiamento da graduação de estudantes que não têm condições de pagar as mensalidades das faculdades da rede provada de ensino. Como se trata de um empréstimo, ao concluir o curso o estudante beneficiário terá de pagar a dívida. 

O economista César Lima explica a importância de se programar antes de adquirir um financiamento estudantil. “É um financiamento longo e o estudante tem que estar ciente de que, caso ele não pague, haverá o acionamento dos fiadores que ele colocou, execução das assinaturas por garantia. Então, é preciso se programar com antecedência”, destaca.

Lima ressalta, ainda, a importância de procurar por estágios na graduação para facilitar a entrada no mercado de trabalho e conseguir quitar o financiamento. “É importante começar, no período final do curso, a procurar estágios, que são portas para empregos mais tarde. O estágio abre a porta da empresa para que você demonstre o seu trabalho depois, com grande possibilidade de ser efetivado. Então, a procura por estágio é o primeiro passo para que o formando consiga depois um emprego e consiga arcar com o custo do financiamento”, conclui.

Para participar do Fies, é necessário ter feito alguma edição do Enem a partir de 2010, não ter zerado a redação, ter obtido nota média acima de 450 pontos e possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até 3 salários mínimos.

Confira abaixo o número de vagas disponibilizadas em cada estado. 

  • Distrito Federal: 1.030
  • Goiás: 2.097
  • Mato Grosso: 1.012
  • Mato Grosso do Sul: 838
  • Alagoas: 1.312
  • Bahia: 6.037
  • Ceará: 4.531
  • Maranhão: 2.843
  • Paraíba: 2.408
  • Pernambuco: 4.205
  • Piauí: 1.848
  • Rio Grande de Norte: 1.404
  • Sergipe: 972
  • Acre: 321
  • Amapá: 370
  • Amazonas: 1.519
  • Pará: 3.454
  • Rondônia: 677
  • Roraima: 149
  • Tocantins: 614
  • Espírito Santo: 1.143
  • Minas Gerais: 7.581
  • Rio de Janeiro: 4.466
  • São Paulo: 9.542
  • Paraná: 2.971
  • Rio Grande do Sul: 2.715
  • Santa Catarina: 1.242 

Calendário Fies 2023: 

  • Início das inscrições: 7 de março
  • Fim das inscrições: 10 de março
  • Divulgação da chamada única e lista de espera: 14 de março
  • Complementação da inscrição: 15 a 17 de março 
     
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17/02/2023 19:40h

Aproximadamente 1.236 escolas de 27 unidades federativas receberão o montante. Confira quanto cada estado vai receber para as obras de manutenção

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O Ministério da Educação (MEC) concluiu a liberação de aproximadamente R$ 256 milhões do repasse de recursos destinados a reformas e obras em 1.236 escolas de 27 estados do país. A verba é proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e será aplicada em instituições de educação infantil e fundamental, além de quadras poliesportivas. Os estados que receberam maior repasse são Bahia (R$ 47,3 milhões), Paraná (R$ 28 milhões), Ceará (R$ 25 milhões) e São Paulo (R$ 18,1 milhões).

O diretor do Centro de Ensino Fundamental 03 de Sobradinho, no Distrito Federal, Robson Salazar destaca a importância desse repasse para a educação e de outros projetos criados pelo governo.  

“A gente sempre considera muito importante o repasse do MEC, até porque as escolas são sucateadas. Esse repasse é menos burocrático do que o que os estados fazem, principalmente aqui no Distrito Federal que temos o PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira). Mas é muito importante que nós tenhamos alguns programas do governo que são criados para atender as demandas das escolas. Tem um programa específico de educação conectada que nos permite fazer contratação de serviços de internet”, explicou o diretor.

Além disso, o diretor do CEF 03 explica que muitas escolas têm uma construção antiga e precisam passar por reformas e manutenções, mas que nem sempre é possível pela falta de verba. 

“As escolas precisam o tempo todo passar por reformas e manutenção e às vezes o estado não consegue atender todas elas. Então, isso é uma prova que a importância do repasse direto para as escolas respeita a nossa autonomia, que a gente acha muito importante, até porque nós fomos eleitos pela comunidade escolar e essa gestão democrática nos permite fazer isso. Dialogamos com nossa comunidade escolar onde melhor aplicar os recursos”, completou Salazar. 

Ainda que todos os estados recebam o repasse para obras escolares, a especialista em educação Catarina de Almeida Santos afirma que é um orçamento baixo, já que as necessidades escolares são muitas. 

“Qualquer ambiente escolar, para que possa ser considerado um ambiente que garanta o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, precisa ser um ambiente bem estruturado. Isso significa que a gente precisa ter desde salas com tamanhos adequados, ventilação adequada, equipamentos pedagógicos adequados inseridos nessas salas, até ter laboratórios, bibliotecas e a escola ser acessível. Ou seja, a escola precisa ter os insumos necessários para que os professores e professoras e os seus estudantes possam desenvolver o processo de ensino e aprendizagem”, explicou a especialista. 

De acordo com dados divulgados pelo Censo Escolar, muitas escolas sofrem com a desigualdade por estarem em regiões distantes dos centros e cidades. A especialista explica que menos de 10% das escolas situadas nas Regiões Norte e Nordeste possuem acesso a saneamento básico. 

“Nós temos escolas no país que não têm água potável, sobretudo se a gente pegar as Regiões Norte e Nordeste. Nós temos escolas que não têm água potável, que não têm encanamento, que não têm saneamento, que não têm esgoto”, afirmou 

Ela ainda explica que os montantes são diferentes para cada estados e que esse valor não é suficiente, tendo em vista toda reestruturação que precisa ser feita. 

“Esse valor não é o suficiente, pois nós temos uma infraestrutura escolar completamente deficitária. Nós temos mais de um milhão de pessoas fora da escola, então a gente tem uma questão aí de estruturar essas escolas para trazer esses alunos de volta. E para fazer com que eles permaneçam, a infraestrutura da escola é fundamental”,  completou Catarina de Almeida. 

Confira na tabela os valores destinados a cada um dos 27 estados da federação:

Estado

Total

AC

R$ 132.863,72

AL

R$ 3.715.748,93

AM

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