Estudantes do estado baiano serão beneficiados com mais um crédito do programa “ Mais Futuro”. Atualmente, o programa atende a 8.655 estudantes ativos das quatro universidades estaduais (UNEB, UESC, UEFS e UESB), contemplados nos perfis Básico e Moradia. Nesta parcela, foram concedidos recursos da ordem de R$ 3,46 milhões. O orçamento do governo estadual para o programa, em 2023, é de R$ 45 milhões.
Especialista em educação, a professora Catarina de Almeida destaca a importância de investir nos alunos para conquistar uma educação de qualidade.
“Não há possibilidade de educação sem investimento e é importante saber para qual educação nós estamos demandando esse investimento. Se nós estamos falando de educação de qualidade, de uma educação para diferentes pessoas em diferentes condições, nós precisamos pensar quais recursos pedagógicos, quais insumos nós precisamos para garantir que essas diferentes pessoas nessas diferentes realidades tenham o seu direito à educação garantida”, afirmou.
Estudantes que moram em locais até 100 km do campus de matrícula recebem o auxílio-permanência no valor de R$ 300, ao longo de 11 meses. E são enquadrados no Perfil Básico. Já os alunos que residem a uma distância superior a 100 km do campus de matrícula, e precisam mudar de domicílio para frequentar o curso, fazem parte do Perfil Moradia . Eles recebem o valor de R$ 600, por 12 meses.
O Programa Mais Futuro dá acesso aos estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação presencial nas quatro universidades estaduais, desde que não tenham concluído nenhum outro curso de nível superior e estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica comprovada no CadÚnico. Desde que foi criado, em 2017, o programa já beneficiou 24.450 universitários, a partir de um investimento do governo estadual de mais de R$ 222 milhões.
O Ministério da Educação anunciou, no último dia 4 de abril, a suspensão, por 60 dias, do cronograma do modelo de ensino conhecido como Novo Ensino Médio. A implementação da medida já estava em vigor e avançava por etapas.
No ano passado, o projeto foi incorporado na rotina dos estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Em 2023, o modelo estava em curso para adoção pelo 2º ano. A previsão era de que, em 2024, a reforma chegasse ao 3º ano e ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para entender as mudanças, o Brasil61.com conversou com o coordenador do curso de Pedagogia noturno da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Henrique de Felipe.
Brasil 61: O que é o Novo Ensino Médio e porque existe esse debate sobre o tema?
Paulo Henrique: O novo Ensino Médio é uma proposta que surgiu como uma Medida Provisória em 2016, ainda durante o governo do presidente Michel Temer. Ele surge como uma Medida Provisória e, um ano depois, em 2017, ele se tornou uma Lei, a 13.415. O que essa Lei propõe? Ela propõe, de fato, uma reforma do Ensino Médio que, basicamente, envolveria duas coisas: o aumento da carga horária do Ensino Médio, então a gente teria de 2022 a 2024 o aumento da carga horária em mil horas. Em 2022, a gente teria o 1º ano do Ensino Médio com mil horas; em 2023, o 2º ano com mil horas e, por fim; em 2024, o 3º ano com mil horas. Então, o Ensino Médio passaria a ter 3 mil horas-aulas. Além disso, basicamente aumentar essa quantidade de carga horária, propõe uma reorganização do currículo, que passaria a ser composto por disciplinas de uma formação geral comum, que são as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, que a gente já conhece, basicamente português, matemática, ciências, história. A carga horária seria composta, em parte, por essas disciplinas de formação geral comum, e uma outra parte composta pelo que a proposta chama de itinerários formativos, que seriam disciplinas ligadas a essas áreas que os alunos podiam fazer também durante o Ensino Médio. Então, basicamente, o que a gente teria era a divisão dessas três mil horas para cumprir. A gente teria 1.800 horas para cumprir na formação geral comum, e as outras horas para a gente cumprir os itinerários formativos.
Brasil 61: Quais as principais diferenças entre os modelos que estão sob debate?
Paulo Henrique: É basicamente essa diferença em relação à carga horária e à proposta de reorganização. O debate em torno disso é em relação a como essa proposta do governo, de 2016 para cá, implementada em 2017, tem sido recebida e se, de fato, essa proposta beneficia a educação pública do país.
Brasil 61: Quais os principais pontos que têm dividido opiniões dentro do atual governo?
Paulo Henrique: A gente aumenta a carga horária das escolas. Então a gente está aumentando a carga horária do Ensino Médio para três mil horas. Isso significa que os alunos vão ter que ter mais tempo na escola. Isso significa que os alunos também vão ter que ter mais disciplinas dentro da escola. Bom, se o aluno vai ficar durante mais tempo na escola, isso significa que as escolas precisam de salas de aula, que as escolas precisam de novos espaços, precisam de novos professores. Então, a gente vai precisar de sala de aula, a gente vai precisar de professor, a gente vai precisar do corpo técnico da escola preparado, mas a gente não tem. Então, o que acontece? O grande debate é porque existe uma medida que é imposta, mas essa medida não diz como e não dá meios pra que a gente consiga fazer isso de forma eficiente.
Brasil 61: Como essa possível mudança altera a vida dos estudantes?
Paulo Henrique: De muitas formas. Primeiro, porque o estudante não é só o estudante, o estudante é a escola, e a escola é o estudante. Quando você, por exemplo, tem uma proposta que é feita sem reflexão, você está desrespeitando o próprio estudante, porque o estudante está recebendo de forma passiva uma proposta pela qual não houve discussão. Você desconsidera e desrespeita os estudantes, porque você desconsidera as especificações das escolas.
Brasil 61: Com essa suspensão, considerada provisória, a situação não vai ficar ainda mais confusa nas escolas? Que tipo de solução poderia ser dada?
Paulo Henrique: A suspensão é de 60 dias, então acho que ela não vai causar nenhum prejuízo para as escolas, porque essa implementação demoraria um tempo para acontecer. Essa suspensão é necessária para que a gente possa ouvir o setor.
Serão disponibilizadas 67.301 vagas em 1.389 instituições privadas de ensino superior
Os estudantes que desejarem solicitar uma vaga do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) já podem consultar as ofertas no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Inicialmente, serão disponibilizadas 67.301 vagas, em 1.389 instituições privadas de ensino superior. As inscrições começam nesta terça-feira (7) e vão até o dia 10 de março. Os resultados serão divulgados no dia 14 deste mês.
O Fies é um programa do Ministério da Educação (MEC) que viabiliza o ingresso ao ensino superior. A iniciativa é destinada ao financiamento da graduação de estudantes que não têm condições de pagar as mensalidades das faculdades da rede provada de ensino. Como se trata de um empréstimo, ao concluir o curso o estudante beneficiário terá de pagar a dívida.
O economista César Lima explica a importância de se programar antes de adquirir um financiamento estudantil. “É um financiamento longo e o estudante tem que estar ciente de que, caso ele não pague, haverá o acionamento dos fiadores que ele colocou, execução das assinaturas por garantia. Então, é preciso se programar com antecedência”, destaca.
Lima ressalta, ainda, a importância de procurar por estágios na graduação para facilitar a entrada no mercado de trabalho e conseguir quitar o financiamento. “É importante começar, no período final do curso, a procurar estágios, que são portas para empregos mais tarde. O estágio abre a porta da empresa para que você demonstre o seu trabalho depois, com grande possibilidade de ser efetivado. Então, a procura por estágio é o primeiro passo para que o formando consiga depois um emprego e consiga arcar com o custo do financiamento”, conclui.
Para participar do Fies, é necessário ter feito alguma edição do Enem a partir de 2010, não ter zerado a redação, ter obtido nota média acima de 450 pontos e possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até 3 salários mínimos.
Calendário Fies 2023:
O Ministério da Educação (MEC) concluiu a liberação de aproximadamente R$ 256 milhões do repasse de recursos destinados a reformas e obras em 1.236 escolas de 27 estados do país. A verba é proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e será aplicada em instituições de educação infantil e fundamental, além de quadras poliesportivas. Os estados que receberam maior repasse são Bahia (R$ 47,3 milhões), Paraná (R$ 28 milhões), Ceará (R$ 25 milhões) e São Paulo (R$ 18,1 milhões).
O diretor do Centro de Ensino Fundamental 03 de Sobradinho, no Distrito Federal, Robson Salazar destaca a importância desse repasse para a educação e de outros projetos criados pelo governo.
“A gente sempre considera muito importante o repasse do MEC, até porque as escolas são sucateadas. Esse repasse é menos burocrático do que o que os estados fazem, principalmente aqui no Distrito Federal que temos o PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira). Mas é muito importante que nós tenhamos alguns programas do governo que são criados para atender as demandas das escolas. Tem um programa específico de educação conectada que nos permite fazer contratação de serviços de internet”, explicou o diretor.
Além disso, o diretor do CEF 03 explica que muitas escolas têm uma construção antiga e precisam passar por reformas e manutenções, mas que nem sempre é possível pela falta de verba.
“As escolas precisam o tempo todo passar por reformas e manutenção e às vezes o estado não consegue atender todas elas. Então, isso é uma prova que a importância do repasse direto para as escolas respeita a nossa autonomia, que a gente acha muito importante, até porque nós fomos eleitos pela comunidade escolar e essa gestão democrática nos permite fazer isso. Dialogamos com nossa comunidade escolar onde melhor aplicar os recursos”, completou Salazar.
Ainda que todos os estados recebam o repasse para obras escolares, a especialista em educação Catarina de Almeida Santos afirma que é um orçamento baixo, já que as necessidades escolares são muitas.
“Qualquer ambiente escolar, para que possa ser considerado um ambiente que garanta o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, precisa ser um ambiente bem estruturado. Isso significa que a gente precisa ter desde salas com tamanhos adequados, ventilação adequada, equipamentos pedagógicos adequados inseridos nessas salas, até ter laboratórios, bibliotecas e a escola ser acessível. Ou seja, a escola precisa ter os insumos necessários para que os professores e professoras e os seus estudantes possam desenvolver o processo de ensino e aprendizagem”, explicou a especialista.
De acordo com dados divulgados pelo Censo Escolar, muitas escolas sofrem com a desigualdade por estarem em regiões distantes dos centros e cidades. A especialista explica que menos de 10% das escolas situadas nas Regiões Norte e Nordeste possuem acesso a saneamento básico.
“Nós temos escolas no país que não têm água potável, sobretudo se a gente pegar as Regiões Norte e Nordeste. Nós temos escolas que não têm água potável, que não têm encanamento, que não têm saneamento, que não têm esgoto”, afirmou
Ela ainda explica que os montantes são diferentes para cada estados e que esse valor não é suficiente, tendo em vista toda reestruturação que precisa ser feita.
“Esse valor não é o suficiente, pois nós temos uma infraestrutura escolar completamente deficitária. Nós temos mais de um milhão de pessoas fora da escola, então a gente tem uma questão aí de estruturar essas escolas para trazer esses alunos de volta. E para fazer com que eles permaneçam, a infraestrutura da escola é fundamental”, completou Catarina de Almeida.
Confira na tabela os valores destinados a cada um dos 27 estados da federação:
Estado |
Total |
AC |
R$ 132.863,72 |
AL |
R$ 3.715.748,93 |
AM |
R$ 5.086.330,23 |
AP |
R$ 15.000,00 |
BA |
R$ 47.315.851,52 |
CE |
R$ 25.073.541,10 |
DF |
R$ 1.999.916,91 |
ES |
R$ 1.620.469,97 |
GO |
R$ 11.051.025,52 |
MA |
R$ 17.962.933,93 |
MG |
R$ 16.900.771,26 |
MS |
R$ 2.278.858,46 |
MT |
R$ 7.293.933,77 |
PA |
R$ 10.760.903,14 |
PB |
R$ 3.886.299,98 |
PE |
R$ 14.587.705,15 |
PI |
R$ 3.632.097,55 |
PR |
R$ 28.038.611,47 |
RJ |
R$ 1.991.621,56 |
RN |
R$ 2.240.331,98 |
RO |
R$ 3.290.550,66 |
RR |
R$ 1.089.674,95 |
RS |
R$ 12.590.339,13 |
SC |
R$ 10.064.329,36 |
SE |
R$ 2.474.801,03 |
SP |
R$ 18.160.409,41 |
TO |
R$ 3.479.630,01 |
O SENAI no Pará está com vagas abertas para vários cursos técnicos neste início de ano. As oportunidades são para os municípios de Belém, Barcarena, Castanhal, Bragança, Paragominas, Parauapebas, Altamira e Santarém. A carga horária varia de 960 horas a 1520 horas. As pré-inscrições podem ser realizadas pelo site www.senaipa.org.br.
Entre as opções estão os cursos técnicos em administração, automação industrial, edificações, eletromecânica, eletrotécnica, informática, logística, mecânica, mineração, segurança do trabalho, tendo também a opção de semipresencial para o curso de eletrotécnica. A previsão para o início das aulas é fevereiro.
Senai-RJ oferece mais de 2.600 vagas para cursos técnicos
Senai Goiás tem mais de 4 mil vagas ofertadas em cursos técnicos
O gerente de Relacionamento com o Mercado do SENAI-Pará, Lucas Silveira, garante que os cursos técnicos oferecidos pelas instituições espalhadas pelo país são uma boa alternativa para quem está em busca de emprego. O gestor destaca como diferencial para os alunos a estrutura física e pedagógica do SENAI.
“A gente se preocupa em oferecer a estrutura pedagógica adequada, os espaços pedagógicos para as aulas teóricas e também as aulas práticas. O SENAI oferece uma educação profissional alinhando teoria e muita prática. Os alunos colocam a mão na massa, aprendem fazendo. A base teórica é muito importante, mas essa atividade prática profissional também é indispensável, segundo nossa metodologia”, salienta.
Levantamento realizado pelo SENAI com alunos que concluíram cursos técnicos revelou que, em média, 72,6% conseguem emprego até um ano depois de formado. O índice que mede o percentual de preferência por contratação de egressos do SENAI é de 93,6% nas empresas. Essa é a expectativa do aluno do curso de eletromecânica, Augusto Vinícios Pinto Pinheiros, 44 anos.
“Escolhi o curso de eletromecânica no SENAI em função da necessidade que eu enxergo no mercado de trabalho, hoje, de profissional dessa área. Espero concluir o curso dentro da carga horário prevista, de maneira a me qualificar mais para o setor, que cada dia mais é mais exigente”, torce.
Juazeiro, na Bahia, foi o primeiro município do Brasil a contar com a entrega de chips com banda larga gratuita para estudantes. A cerimônia para o início da distribuição dos chips ocorreu na última quarta-feira, 7 de dezembro, na Escola Municipal Dom Avelar Brandão Vilela. A iniciativa faz parte do programa Internet Brasil, do Ministério das Comunicações, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
O programa oferta conexão banda larga móvel e inclusão digital por meio da disponibilização de 1.700 chips, além de pacote de dados renovado mensalmente com capacidade de 20 GB, para estudantes da rede municipal de ensino. O tema também foi destacado pelo próprio ministro das Comunicações, Fábio Faria, na última quarta, durante o balanço das ações da pasta nos dois anos e meio de gestão.
“As crianças vão receber internet de graça e educação ilimitada. Vamos fazer com que as crianças do Brasil, que vão receber internet, possam também estudar. Os governos estaduais também estão fazendo isso, por meio de um projeto conceito. Preparamos o Brasil para o futuro”, disse.
Na ocasião, Faria também destacou a importância da adoção da internet 5G pelo Brasil e afirmou que esse tipo de conectividade vai ajudar o país a evoluir em todas as áreas. “Quem vai gerir é a Anatel, que vai conectar o Brasil inteiro, vai levar 5G para as 5.570 cidades, vai levar 4G para 10 mil localidades que ainda não têm acesso a esse tipo de internet, vai fazer o Norte Conectado, conectando 10 milhões de pessoas na Amazônia, vai conectar 36 mil quilômetros de rodovias federais, vai levar 5G para 85% das escolas públicas urbanas, e o restante com 4G. Vai conectar todas as escolas”, disse durante o evento "5G Brasil - o legado de um país conectado".
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Os investimentos para a implantação do 5G na Bahia devem proporcionar ganhos em diversas áreas, como destaca o deputado Alex Santana (Republicanos-BA). “A implantação da tecnologia 5G na Bahia deve gerar no nosso entendimento vagas de emprego, muitas aberturas de postos de trabalho. Irá facilitar que empresas se instalem nas cidades e nos interiores criando novas oportunidades.”
A chegada da internet 5G também é vista como uma transformação digital no contexto da saúde. O deputado diz que a tecnologia oferece perspectivas positivas para a medicina: “Soluções mais rápidas com relação a exames, hospitais, que tenham maior nível de tecnologia para resposta na área de saúde”.
O Brasil atingiu a marca de 209 municípios preparados para receber a quinta geração de internet móvel. Essas cidades já atualizaram suas legislações de antenas, agora alinhadas à legislação federal, o que facilita a instalação da infraestrutura necessária para receber a nova tecnologia. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Movimento Antene-se, que reúne entidades de vários setores, como Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel) e Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o INEP, aplica, neste domingo (27), a prova do Enade para concluintes de 26 cursos. Incluído no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, o Sinaes, desde 2004 o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes avalia o rendimento dos estudantes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares.
O Enade também considera na avaliação o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, além de analisar o nível dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.
Os participantes também devem responder o Questionário do Estudante, preenchido por meio do Sistema Enade, obrigatoriamente até às 23h59 deste sábado (26/11), seguindo o horário de Brasília. Para acessar o Sistema Enade é preciso ter uma conta na plataforma gov.br. Só depois de avançada esta etapa é que o estudante conseguirá visualizar o Cartão de Confirmação da Inscrição com informações sobre o local de prova.
Coordenador de Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, David Renault explica que o Enade é um programa de aferição da educação universitária fundamental para garantir um ensino superior de qualidade no Brasil.
“É um programa antigo, já tem tradição, é feito de forma independente, é um programa elaborado com questões por professores universitários de todo o país e é importante num país como o Brasil que tem milhares de instituições de ensinos públicas e privadas de diferentes níveis, de diferentes qualidades, de diferentes níveis de comprometimento com a qualidade do ensino”, avalia.
Mais de 405 mil estudantes já haviam preenchido o questionário até o último domingo (20/11), o que representa 67,75% dos 598.116 estudantes concluintes inscritos no exame.
As respostas específicas do Questionário do Estudante de cada participante são sigilosas e serão avaliadas pelo Inep por curso de graduação para a geração de estatísticas e indicadores educacionais.
Estão obrigados a participarem do Enade os concluintes dos cursos de bacharelado das áreas de administração, administração pública, ciências contábeis, ciências econômicas, direito, jornalismo, psicologia, publicidade e propaganda, relações internacionais, secretariado executivo, serviço social, teologia e turismo.
Já nos cursos superiores de tecnologia, a prova do Enade é obrigatória para os concluintes das áreas de comércio exterior, design de interiores, design gráfico, design de moda, gastronomia, gestão comercial, gestão da qualidade, gestão pública, gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais.
“A expectativa é que o Enade possibilita que as instituições que são bem avaliadas continuem fazendo seu trabalho de forma que vem sendo feita e aperfeiçoando no que for possível e aquelas que são mal avaliadas que tentem consertar o que está errado, para que possa garantir uma formação de qualidade para o aluno”, destaca. “Porque uma formação de má qualidade não vai resolver nada também, se colocar um profissional que não tem qualificação no mercado é mesmo que nada”, pondera.
A realização da prova e o preenchimento do Questionário do Estudante asseguram a regularidade dos inscritos junto ao exame. O não cumprimento de um desses instrumentos gera irregularidade no Enade e impossibilita a colação de grau do estudante.
O ensino técnico pode exercer papel de destaque no desenvolvimento de interesses e habilidades profissionais e, consequentemente, impactar na qualidade dos novos trabalhadores inseridos no mercado. O número de matrículas nessa modalidade de ensino cresceu 17% em sete anos no Brasil, segundo dados do Ministério da Educação de 2021.
Para a psicóloga com atuação na área de orientação profissional, Lorena Alencar, a acessibilidade dos cursos técnicos é um diferencial. “Os cursos profissionalizantes custam menos que as graduações tradicionais. Essa acessibilidade contribui para o interesse de grande parte da população. Com eles, o jovem ou o adulto consegue desenvolver novas habilidades e conhecimentos”, opina.
Lorena explica ainda que o estilo dessa modalidade de ensino é voltado ao preparo dos estudantes para o mercado. “[Os cursos técnicos] combinam teoria e prática e preparam o estudante para atuar em um campo específico e, em consequência disso, se sente muito mais seguro para se posicionar profissionalmente no mercado de trabalho”, conclui.
Em um cenário em que as constantes inovações tecnológicas exigem profissionais mais capacitados para trabalhar em um setor produtivo competitivo, a psicóloga avalia que se destacar com repertório de competências tornou-se mecanismo de sobrevivência dos trabalhadores. Para ela, a busca por desenvolvimento profissional por meio de ações educacionais, independentemente de já estar empregado, é pré-requisito para permanência nas empresas.
Nessa linha do ensino técnico, o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAI) oferece educação em escolas itinerantes. São mais de 400 unidades móveis do SENAI que vão às instalações de empresas industriais que contratam os cursos e também a comunidades em pontos remotos do país.
Segundo o SENAI, os cursos oferecidos são, prioritariamente, de curta duração, de 40 a 160 horas, para áreas como panificação, confecção, soldagem, usinagem, automação, mineração, construção civil e nanotecnologia. Atualmente, há oportunidades em dez estados: Amazonas, Maranhão, Tocantins, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
“As unidades móveis do SENAI funcionam como verdadeiras escolas, com salas de aula e laboratórios para oferta de cursos de curta e média duração. Geralmente, ficam em determinado período em municípios onde não temos unidades fixas para atendimento às demandas do mercado local”, explica Mateus Simões de Freitas, gerente de Educação Profissional e Superior do SENAI.
São oferecidos cursos de iniciação, qualificação, aperfeiçoamento e especialização profissional. Veja aqui mais informações sobre as unidades móveis.
No primeiro semestre deste ano, o Ministério da Educação lançou o SouTec, ferramenta para auxiliar estudantes e demais cidadãos na escolha de cursos técnicos, voltados ao ensino tecnológico e profissional. De acordo com a pasta, desde o lançamento, já foram mais de 200 mil downloads.
O SouTec é composto por 72 questões que avaliam as preferências do aluno. Após todas as questões respondidas, o estudante terá acesso a um resumo e um relatório completo sobre o seu perfil profissional. O programa também disponibiliza, a partir das respostas dos alunos, roteiros de estudo e indica cursos técnicos para que possam se preparar para a vida profissional.
A internet é necessária apenas para o download do programa. Para utilizar o aplicativo, não é preciso conexão. O estudante consegue responder às perguntas e ter acesso ao relatório mesmo estando offline.
Começa nesta segunda-feira (1) o período de inscrições do segundo semestre do Programa Universidade para Todos (ProUni). O prazo fica aberto até 4 de agosto. O Prouni oferece bolsas parciais, de até 50%, e integrais. Os descontos são válidos para cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior.
Há alguns requisitos para quem tem interesse em se inscrever. É necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 ou 2021 e ter atingido, pelo menos, 450 pontos em cada matéria da prova. O candidato também não pode ter zerado a redação e nem ter participado como treineiro.
Nesta edição do ProUni, a inscrição deverá ser feita por tipo de modalidade de concorrência, que pode ser ampla concorrência ou ações afirmativas. A ordem de prioridade na chamada varia de acordo com a categoria da inscrição.
Para concorrer a uma bolsa integral, estão aptos os estudantes com renda de até um salário mínimo e meio por pessoa. Já para a bolsa parcial, a renda deve ser de até três salários mínimos. Os candidatos também devem ter cursado o ensino médio em escola pública ou como bolsista em instituição particular.
Interessados podem conferir mais informações em acessounico.mec.gov.br/prouni.
Pessoas com interesse em começar um curso superior no segundo semestre deste ano já podem acessar o site do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) para consultar as quase 66 mil vagas disponíveis pelo programa. A maior parte delas é para instituições no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, estados que reúnem mais de um terço das vagas ofertadas. São 13.249 vagas no estado do Rio e 8.655 em Minas Gerais. O Sisu vai possibilitar o ingresso dos candidatos a mais de 2 mil cursos de graduação oferecidos por 73 universidades públicas em todo o país.
No site do programa é possível consultar a quantidade de vagas por curso, instituição ou município de interesse. Os candidatos que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2021 poderão se candidatar a partir do dia 28 de junho e terão até as 23h59 de 1º de julho para concluir a inscrição.
De acordo com o MEC (Ministério da Educação), são, no total, 65.932 vagas em todo o país. Duas universidades do Rio - a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - estão entre as dez instituições com maior oferta de vagas. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná é a que tem mais vagas com início no segundo semestre deste ano.
Entre os cursos, os mais ofertados pelas instituições públicas neste segundo semestre são pedagogia, administração e matemática. Medicina e direito, cursos geralmente muito concorridos, também estão na lista dos dez mais oferecidos a partir de julho.
Após as inscrições, os candidatos poderão conferir o resultado da chamada única no dia 6 de julho e deverão fazer suas matrículas entre os dias 13 e 18 de julho. Para tentar ingresso nas instituições na segunda chamada, pela lista de espera, será necessário manifestar interesse dos dias 6 a 18 de julho.