O Ministério da Educação anunciou, no último dia 4 de abril, a suspensão, por 60 dias, do cronograma do modelo de ensino conhecido como Novo Ensino Médio. A implementação da medida já estava em vigor e avançava por etapas.
No ano passado, o projeto foi incorporado na rotina dos estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Em 2023, o modelo estava em curso para adoção pelo 2º ano. A previsão era de que, em 2024, a reforma chegasse ao 3º ano e ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para entender as mudanças, o Brasil61.com conversou com o coordenador do curso de Pedagogia noturno da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Henrique de Felipe.
Brasil 61: O que é o Novo Ensino Médio e porque existe esse debate sobre o tema?
Paulo Henrique: O novo Ensino Médio é uma proposta que surgiu como uma Medida Provisória em 2016, ainda durante o governo do presidente Michel Temer. Ele surge como uma Medida Provisória e, um ano depois, em 2017, ele se tornou uma Lei, a 13.415. O que essa Lei propõe? Ela propõe, de fato, uma reforma do Ensino Médio que, basicamente, envolveria duas coisas: o aumento da carga horária do Ensino Médio, então a gente teria de 2022 a 2024 o aumento da carga horária em mil horas. Em 2022, a gente teria o 1º ano do Ensino Médio com mil horas; em 2023, o 2º ano com mil horas e, por fim; em 2024, o 3º ano com mil horas. Então, o Ensino Médio passaria a ter 3 mil horas-aulas. Além disso, basicamente aumentar essa quantidade de carga horária, propõe uma reorganização do currículo, que passaria a ser composto por disciplinas de uma formação geral comum, que são as disciplinas da Base Nacional Comum Curricular, que a gente já conhece, basicamente português, matemática, ciências, história. A carga horária seria composta, em parte, por essas disciplinas de formação geral comum, e uma outra parte composta pelo que a proposta chama de itinerários formativos, que seriam disciplinas ligadas a essas áreas que os alunos podiam fazer também durante o Ensino Médio. Então, basicamente, o que a gente teria era a divisão dessas três mil horas para cumprir. A gente teria 1.800 horas para cumprir na formação geral comum, e as outras horas para a gente cumprir os itinerários formativos.
Brasil 61: Quais as principais diferenças entre os modelos que estão sob debate?
Paulo Henrique: É basicamente essa diferença em relação à carga horária e à proposta de reorganização. O debate em torno disso é em relação a como essa proposta do governo, de 2016 para cá, implementada em 2017, tem sido recebida e se, de fato, essa proposta beneficia a educação pública do país.
Brasil 61: Quais os principais pontos que têm dividido opiniões dentro do atual governo?
Paulo Henrique: A gente aumenta a carga horária das escolas. Então a gente está aumentando a carga horária do Ensino Médio para três mil horas. Isso significa que os alunos vão ter que ter mais tempo na escola. Isso significa que os alunos também vão ter que ter mais disciplinas dentro da escola. Bom, se o aluno vai ficar durante mais tempo na escola, isso significa que as escolas precisam de salas de aula, que as escolas precisam de novos espaços, precisam de novos professores. Então, a gente vai precisar de sala de aula, a gente vai precisar de professor, a gente vai precisar do corpo técnico da escola preparado, mas a gente não tem. Então, o que acontece? O grande debate é porque existe uma medida que é imposta, mas essa medida não diz como e não dá meios pra que a gente consiga fazer isso de forma eficiente.
Brasil 61: Como essa possível mudança altera a vida dos estudantes?
Paulo Henrique: De muitas formas. Primeiro, porque o estudante não é só o estudante, o estudante é a escola, e a escola é o estudante. Quando você, por exemplo, tem uma proposta que é feita sem reflexão, você está desrespeitando o próprio estudante, porque o estudante está recebendo de forma passiva uma proposta pela qual não houve discussão. Você desconsidera e desrespeita os estudantes, porque você desconsidera as especificações das escolas.
Brasil 61: Com essa suspensão, considerada provisória, a situação não vai ficar ainda mais confusa nas escolas? Que tipo de solução poderia ser dada?
Paulo Henrique: A suspensão é de 60 dias, então acho que ela não vai causar nenhum prejuízo para as escolas, porque essa implementação demoraria um tempo para acontecer. Essa suspensão é necessária para que a gente possa ouvir o setor.
Dados do Censo Escolar de 2022 apontam que 6,9% das 178,3 mil escolas públicas no Brasil possuem entre 20% e 50% dos seus estudantes matriculados em tempo integral. Divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a pesquisa indica ainda que 50,7% das escolas não possuem nenhum estudante com jornada integral.
Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE) a meta é oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de modo que atenda pelo menos 25% dos alunos da educação básica.
Para a especialista em educação professora Catarina de Almeida a educação integral é importante a partir do momento que garante o desenvolvimento das potencialidades dos estudantes.
“A jornada integral é importante para garantir o desenvolvimento amplo do estudante que vai além do processo formativo que você tem no horário da sala de aula. E essa jornada só será efetiva se a gente tiver infraestrutura nas escolas, de bibliotecas, laboratórios, quadras de esporte, equipamentos públicos na cidade e condições para que esses estudantes possam sair da escola e ir para outros espaços de formação e isso vinculado a um projeto de desenvolvimento integral desenhado na instituição escolar”, explica.
Na educação infantil, entre 2021 e 2022, houve um aumento de matrículas em tempo integral (10,3%) nas creches públicas e na manutenção da taxa nas creches particulares conveniadas (92,8%).
Pensando em socialização e facilidade para conseguir conciliar a maternidade com o trabalho, a designer Cintia Rosário optou pelo ensino integrado para o seu pequeno.
“A gente procurou essa creche pelo fato da facilidade para podermos trabalhar. A creche ajudou muito a gente, porque ele entra às 7h30 e sai às 17h30. Lá ele faz todas as refeições do dia. Ensinam a criança dormir à tarde e a se alimentar direito. O meu filho é filho único e é muito difícil uma criança aprender, socializar estando só com os pais o dia todo. Minha expectativa é também que ele aprenda mais a socializar com outras crianças”, explica.
Também houve expansão no número de alunos do ensino fundamental (EF) comparado aos anos anteriores. O pós-pandemia influenciou o crescimento. Em 2022, a alta nos anos iniciais/EF (1° ao 5° ano) foi de 11,4%; e nos anos finais (6º ao 9º ano), 13,7%.
Já no ensino médio manteve-se a tendência de alta e atingiu um crescimento de 9,9% na rede pública, nos últimos cinco anos (10,5% para 20,4%).
De acordo com a pesquisa, no País 14,4% e 20,4% dos alunos de ensino fundamental e médio, respectivamente, estudam em tempo integral.
Segundo o Ministério da Educação, o Censo Escolar é coordenado pelo Inep e realizado em regime de colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do País.
O levantamento abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica: ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos (EJA) e educação profissional. Os dados da primeira etapa do Censo Escolar 2022 estão disponíveis no portal do Inep.
Encerra nesta semana o prazo para escolas realizarem a inscrição na 18ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O projeto é voltado para alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio de escolas públicas e particulares. Mais de 18 milhões de estudantes de escolas públicas municipais, estaduais, federais e privadas participam anualmente da maior competição científica do país. Os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio concorrem a 8 mil e 400 medalhas distribuídas a nível nacional e a outras 20 mil e 500 medalhas a nível regional.
Daniel de Oliveira, estudante de 15 anos, CEM 02, da rede pública do Gama, no Distrito Federal, participou da OBMEP no ano passado, ganhou medalha de bronze e também uma bolsa de iniciação científica. “Eu sempre gostei de matemática, então eu sempre buscava aprender mais. Uma das coisas que me possibilitou ganhar essa medalha foi justamente a ajuda da minha professora. A recompensa veio. Eu fiquei feliz por ter alcançado esse objetivo”, celebrou o estudante.
A iniciativa tem como objetivo estimular e promover o estudo da matemática, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica e identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas.
A OBMEP é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e promovida com recursos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os alunos que conquistarem medalhas nacionais são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os participantes de escolas públicas recebem uma bolsa de incentivo de R$ 300 para participarem do programa. O valor da bolsa concedida pelo CNPq foi reajustado este ano, com aumento de 200%.
Professores e escolas também são beneficiados com a Olímpiada, uma vez que essa iniciativa incentiva o aperfeiçoamento e a valorização dos profissionais de educação, além de contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas. Promove também a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.
A inscrição é feita pelas escolas, que devem preencher a ficha disponível no site da OBMEP, informar o código MEC/INEP e criar uma senha. No regulamento publicado no site da OBMEP, os representantes vão encontrar as informações sobre condições, prazos, datas e regras para participação.
As inscrições devem ser realizadas pelas escolas exclusivamente por meio da página da OBMEP até o dia 17 de março, próxima sexta-feira. As inscrições são gratuitas apenas para as escolas públicas.
Mais informações no site obmep.org.br/.
Cinquenta e sete por cento dos brasileiros acreditam que os jovens que concluem o ensino médio saem pouco preparados ou despreparados para o ensino superior e o mercado de trabalho. É o que mostra um levantamento publicado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) nesta segunda-feira (6).
A pesquisa aponta que, para apenas 13% das pessoas entrevistadas, os estudantes que completam o ensino médio entram bem preparados para os desafios da faculdade. Quando o assunto é estar pronto adequadamente para o mercado de trabalho, esse percentual sobe para 14%.
Catarina de Almeida Santos, especialista em educação, explica que a percepção dos entrevistados encontra respaldo na realidade. Para ela, as causas do baixo aprendizado, em geral, dos alunos que concluem o ensino médio não têm a ver apenas com a própria etapa de educação em questão.
"Os estudantes estão chegando ao ensino superior com formação inadequada. Isso reflete, inclusive, a falta de qualidade da educação básica, que tem a ver com os currículos, com as condições da população, com a condição das escolas, com a superlotação das turmas, com a formação dos professores. Temos um cenário que faz com que eles cheguem sem preparação no ensino superior. Se eles não estão chegando com preparação no ensino superior, imagina se vão conseguir ingressar no mercado de trabalho com essa formação, que não é só resultante do ensino médio", avalia.
O problema começa já nos primeiros anos da educação básica, desde a educação infantil até os primeiros anos do ensino fundamental, período que compreende o que deveria ser a alfabetização dos estudantes. "Temos todo um processo a ser melhorado na educação básica, que não adianta olhar só para o ensino médio, mas para todo o processo, para que eles cheguem bem ao ensino médio, com a base que você tem a partir dos anos iniciais e contínua."
Entre todos os níveis de ensino, foi justamente o ensino médio um dos que mais gerou desconfiança nos entrevistados. Quando os pesquisadores pediram aos participantes que classificassem como "ótima", "boa", "regular", "ruim" ou "péssima" cada uma das etapas de educação, a fase de alfabetização foi avaliada como ruim ou péssima por uma em cada cinco pessoas.
Em seguida, veio o ensino médio, que registrou 14% de avaliações negativas. Por outro lado, a qualidade do ensino técnico/profissionalizante foi tida como ruim ou péssima por 8% das pessoas, o melhor desempenho entre todas as etapas de ensino. Ao lado da creche, foi a etapa que mais recebeu avaliações positivas, tendo sido classificada como "boa ou ótima" por 55% da população.
Para a especialista, é preciso olhar os números com cautela, porque algumas conclusões precisam de contextualização, por exemplo, no caso das instituições voltadas às crianças menores, cujas famílias dependem da escola para poder trabalhar. “Quando as pessoas estão avaliando a qualidade da creche elas estão, na verdade, avaliando a oferta de creche, se tem creche", analisa.
A pesquisa "Educação e opinião pública" foi conduzida pela FSB Comunicação. Além de pedir uma avaliação da população sobre a qualidade da educação, o levantamento ouviu os brasileiros sobre o Novo Ensino Médio. A pesquisa ouviu 2.007 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
O Sesi desenvolveu um modelo de referência, que traz mudanças estruturais, na metodologia educacional e na gestão escolar. As escolas Sesi de Referência têm o objetivo de dar mais autonomia e protagonismo aos alunos no processo de aprendizagem e direcionamento profissional.
Ao todo, 24 estados participam do projeto com cerca de 40 escolas de referência. A proposta pedagógica das escolas Sesi de Referência segue as diretrizes do Novo Ensino Médio, baseada no movimento STEAM – Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.
"A gente está buscando atualizar o conceito de escola. Qual é essa escola do futuro? Quais são os atributos que uma escola precisa ter hoje para que a gente possa desenvolver todas as potencialidades dos estudantes? Foi pensada essa escola, que nasceu para que possa ser disseminada, respeitando as peculiaridades locais, mas ter um padrão de ensino conectado com essas responsabilidades e possibilidade do século XXI", explica Paulo Mol, diretor de Operações do Sesi Nacional.
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Uma pesquisa aponta que 84% dos brasileiros acreditam que o Novo Ensino Médio vai contribuir para diminuir a evasão escolar. O estudo publicado nesta segunda-feira (6) é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi).
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a falta de interesse dos alunos é o principal motivo para que eles deixem de ir à escola. A causa tende a diminuir, na opinião dos brasileiros, com as mudanças na formação implementadas com a adoção do Novo Ensino Médio.
O diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi, explica que a rede foi pioneira na adoção do Novo Ensino Médio e que os resultados observados com as mudanças foram positivos.
"Estamos no quinto ano. Implementamos isso com muito esforço e com resultados muito positivos. Os resultados de desempenho acadêmico dos nossos estudantes têm sido melhores nesse Novo Ensino Médio e também com uma melhor orientação, uma melhor mentoria para o engajamento do projeto de vida e carreira desses jovens", avalia.
Segundo o levantamento, 93% dos entrevistados aprovam a possibilidade de o estudante fazer um curso profissionalizante/técnico durante o ensino médio. A segunda alteração mais bem avaliada pelos participantes é o fato de o aluno poder fazer escolhas dentro do currículo que estejam relacionadas à profissão que pretende seguir.
Três em cada quatro brasileiros aprovam a possibilidade de o aluno escolher parte das disciplinas que pretende cursar ao longo do ensino médio. O aumento da carga horária também foi aprovado pela maioria dos respondentes (69%).
Os pesquisadores fizeram algumas afirmações sobre o Novo Ensino Médio e pediram aos entrevistados que indicassem o grau de concordância com as sentenças. Um dos resultados é que 83% por cento das pessoas concordaram que o Novo Ensino Médio vai desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para os jovens.
O mesmo percentual também disse "sim" à afirmação de que, com as mudanças, as escolas brasileiras irão formar jovens mais preparados para os desafios e demandas do mercado de trabalho. Oito em cada dez pessoas disseram acreditar que o Novo Ensino Médio vai melhorar a qualidade do ensino no país.
Para 40% dos entrevistados, o potencial do Novo Ensino Médio para melhorar a formação dos estudantes foi classificado como "muito grande" ou "grande". Para 37%, esse potencial é médio. Já 15% afirmaram que as chances de a formação dos alunos melhorar com as mudanças são "pequenas" ou "muito pequenas".
A pesquisa também mostrou que a maioria dos brasileiros não está bem informada sobre o Novo Ensino Médio. Ao todo, 55% dos entrevistados afirmaram que estão "pouco" ou "nada" informados sobre as mudanças.
A pesquisa "Educação e opinião pública" foi conduzida pela FSB Comunicação. O levantamento ouviu 2.007 brasileiros com idade a partir de 16 anos, nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
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Mais de 70% dos brasileiros aprovam as principais diretrizes do novo ensino médio, segundo pesquisa realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), divulgada nesta terça-feira (14). No entanto, 55% disseram estar pouco ou nada informados sobre as mudanças.
O levantamento ouviu 2.007 pessoas por meio de abordagem domiciliar entre 8 e 12 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Entre as diretrizes que receberam as maiores aprovações estão: a realização de curso técnico/profissionalizante pelos estudantes (93%); o aluno poder fazer escolhas no currículo do ensino médio de acordo com a carreira que quer seguir (87%); a possibilidade do estudante escolher parte das disciplinas que quer cursar (75%); o novo modelo de currículo (72%); e a possibilidade do aluno poder substituir as matérias tradicionais por matérias profissionalizantes a partir da metade do ensino médio (71%).
O diretor-superintendente do Sesi e diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, indica que um dos pontos positivos que o novo ensino médio traz é o entendimento de que os estudantes estão em uma fase de transição e, além disso, parte deles - após o término dessa etapa educacional - vai diretamente para o mercado de trabalho.
“No Brasil, pouco mais de 20% dos jovens vão para a universidade. Então nós não podemos ignorar a maior parte dos estudantes que estão nas escolas. Por isso, a importância do ensino médio é esse impulsionamento para o seu projeto de vida e carreira a partir das suas vocações”, analisa Lucchesi.
De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados disseram que o ensino médio prepara pouco ou não prepara os estudantes para o ensino superior. O mesmo percentual se repete em relação à preparação para o mercado de trabalho: 57% dos brasileiros acham que os alunos não estão preparados ou são pouco preparados para o ramo do trabalho.
Lucchesi aponta como um dos principais desafios do novo ensino médio a implementação dos cursos técnicos e profissionalizantes. Mas o diretor-geral do Senai também informa que as diretrizes educacionais do Conselho Nacional de Educação (CNE) permitem a cooperação e parcerias para que esse itinerário seja cumprido.
“Certamente, a formação e capacitação dos professores têm um papel extremamente importante na melhoria da qualidade da educação, bem como na implementação da reforma do ensino médio. Além de uma boa comunicação com a sociedade, em especial com as famílias, vai ter um efeito muito importante”, afirma.
As principais mudanças com o novo modelo do ensino médio são a adoção de uma base comum curricular, a escolha de disciplinas formativas por parte do aluno e o aumento da carga horária, que passa de 2.400 horas para 3.000 horas ao longo dos três anos. Cada escola terá que oferecer pelo menos uma formação complementar aos estudantes dentro destas categorias:
O novo ensino médio começou a ser implementado de forma gradual em 2022 com alunos do 1º ano dessa última fase da educação básica. Neste ano, as mudanças já abrangem alunos tanto do 1º quanto do 2º ano do ensino médio. Em 2024, todas as fases dessa etapa de ensino já seguirão com o novo modelo.
No início dos anos 1990, um grupo de trabalhadores de Irecê (BA), impactados pelos consecutivos aumentos das mensalidades escolares, achou no cooperativismo a solução para proporcionar uma educação de qualidade às crianças da cidade, com preços acessíveis, e comprometida com a cooperação e com o desenvolvimento da comunidade.
Criaram então a Cooperativa Educacional de Irecê (Coperil), que cresceu e se tornou uma das maiores cooperativas de ensino do estado da Bahia. Com os serviços de 58 cooperados, entre professores e gestores, e 35 funcionários, a escola atende, atualmente, 800 alunos dos municípios da microrregião de Irecê.
“As pessoas acreditaram na proposta”, conta Alaerte Arônia, presidente do Conselho de Administração da Coperil e conselheira administrativa do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado da Bahia - Sescoop/BA. “A Coperil iniciou da Educação Infantil a oitava série, na época. Depois, foi evoluindo até chegar ao Ensino Médio. E hoje, além do ensino regular, temos outros serviços, a exemplo, do cursinho pré-vestibular e outros serviços voltados para área da educação. É uma escola cooperativista que só tem crescido desde quando surgiu", completa.
A Coperil é um dos exemplos de cooperativas educacionais espalhadas no estado da Bahia. Essas entidades fazem parte dos Ramos Trabalho, Produção de Bens e Serviços, e Consumo do cooperativismo. “Na cooperativa de Trabalho, Produção de Bens e Serviços, os cooperados são os profissionais da educação. [A cooperativa educacional] É basicamente formada por professores. Na cooperativa de consumo, são os pais que contratam o serviço”, explica Alaerte Arônia.
Com 30 anos no ramo, a cooperativa baiana se consolidou e conquistou o Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão, em 2021, por sua gestão e dedicação na prestação dos serviços educacionais. A premiação é promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo e acontece a cada dois anos, com objetivo de reconhecer as cooperativas que fortalecem e promovem o modelo cooperativista de negócio.
No Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, são cerca de 138 cooperativas educacionais ativas no país. Já no Ramo Consumo, a participação dos serviços educacionais representa 27% do total de cooperativas. Os dados são do Anuário do Cooperativismo 2022. Na Bahia são 14 cooperativas educacionais registradas no Sistema Oceb.
Assim como as escolas convencionais, as cooperativas educacionais cumprem as normas do Ministério da Educação (MEC), segundo Alaerte Arônia. Para alem disso ela diz que um dos diferenciais curriculares é o ensino dos valores e práticas do cooperativismo. “Temos a disciplina Cooperativismo, onde se trabalha nossa filosofia e nossos valores”. Como exemplo ela cita a ‘cooperativa mirim’, que é uma prática da Coperil. “É uma cooperativa formada por alunos. É [abordado na prática] o funcionamento de uma cooperativa, onde se forma o conselho administrativo, o conselho fiscal. E os alunos têm toda uma autonomia de realizar assembleias, reuniões, o registro de ata, cada conselho atuando com a sua independência”, relata.
Na avaliação da coordenadora pedagógica da Coperil, Jaqueline Medeiros, o trabalho conjunto entre coordenação, professores e psicólogos no preparo e formação dos estudantes é o fator responsável pelos bons desempenhos dos alunos da escola no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em eventos como a Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep) e na Olimpíada Brasileira de Astronomia (Oba).
“A Coperil tem tido um resultado bem expressivo. Esse ano nós entendemos que deveríamos participar da Olimpíada de Astronomia, a Oba. E tivemos alunos medalhistas de ouro, de prata e também muitas menções honrosas”, conta. “Durante o ano, a escola prepara os alunos para as olimpíadas, através de aulas, com simulados e atividades. Nos anos em que participamos da Olimpíada de Matemática, houve um avanço muito grande na disciplina e, consequentemente, na de Ciência. Então, a gente pensa nas olimpíadas também como um avanço dos alunos na área do conhecimento”, completa Jaqueline Medeiros.
Os estudantes do Ensino Médio também recebem preparação especial para o ENEM, em simulados anuais, simulados avaliativos semanais por área de conhecimento, além das aulas de repertório e argumentação, focadas em melhorar a escrita. Segundo Jaqueline Medeiros, no exame realizado em 2021, mais de 20 alunos da escola tiraram notas acima de 900 na redação. “Esperamos que esses resultados só melhorem”, almeja a coordenadora pedagógica.
Além de proporcionar um ensino de qualidade, outro foco das cooperativas educacionais é a formação de cidadãos comprometidos com as questões sociais e com sua comunidade. E a Coperil vem fomentando isso com o Dia de Cooperar – Dia C, criado pelo Sistema OCB. “Um dia do ano em que todas as cooperativas do Brasil, legalmente constituídas, realizam projeto social dentro da comunidade em que está inserida. Isso é uma forma da gente desenvolver essa habilidade do social e do respeito para com o nosso aluno, é o sétimo princípio do cooperativismo ‘interesse pela comunidade’”, explica Alaerte Arônia.
Na visão de Alaerte Arônia, as cooperativas educacionais formam cidadãos mais conscientes. “Sem sombra de dúvida, permitem uma formação cidadã mais plena, voltada para os valores do cooperativismo, como a questão da Democracia, do interesse pela comunidade, da intercooperação, do respeito e da solidariedade”, completa.
Para mais informações sobre esse e outros segmentos que compõem o cooperativismo, acesse somoscooperativismo-ba.coop.br e as redes sociais do Sistema Oceb.
As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 se encerram neste sábado (21), às 23h59 (horário de Brasília), tanto da versão impressa quanto da digital. As inscrições devem ser realizadas na Página do Participante para todos os interessados. Em 2022, as provas serão aplicadas nos dias 13 e 20 de novembro.
Após a realização da inscrição, o participante não isento do pagamento deve acessar mais uma vez a Página do Participante com login e senha cadastrados na página oficial do governo federal (gov.br) para escolher a forma de pagamento da taxa de inscrição, que em 2022, tem o valor de R$ 85. Pela primeira vez na história, o pagamento da taxa será possível através do cartão de crédito e também do PIX, além do boleto bancário.
O prazo final para pagamento da taxa de inscrição é na próxima sexta-feira (27). O estudante que realizar o pagamento via PIX deve, obrigatoriamente, fazer a operação através do QR code ou código gerado na Página do Participante. Pelo cartão de crédito, o participante efetuará a quitação da taxa mediante as operadoras de pagamento e, além disso, terá a cobrança de taxa administrativa de 2,99% do valor da inscrição por parte das operadoras. Já o pagamento via boleto bancário pode ser efetuado em qualquer banco, casas lotéricas ou aplicativos bancários. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por sua vez, não aceitará o pagamento do boleto por meio de cartão de crédito.
Como se preparar
Mesmo antes da prova a ansiedade toma conta da estudante Isabela Luna Oliveira, de 17 anos, que já fez a inscrição e quer ser aprovada no curso de medicina. “O sentimento que define esse momento é ansiedade. Estou estudando desde o início do ano com bastante foco, mas como eu quero um curso bastante concorrido, com nota bastante alta, mesmo que eu estude bastante ainda tem a incerteza, que a gente tem que aprender a lidar e acreditar no nosso potencial”, afirma.
Dutra destaca ainda que há tempo para os alunos organizarem seus estudos. “Levando em conta, claro, uma organização, temos metade de um ano até o dia da prova. O aluno tem como fazer um planejamento, embora o conteúdo seja grande, ele tem seis meses, simplesmente para treinar redação, levando em conta que redação é uma nota que tem um peso imenso, é um tempo suficiente”, comenta.
Já o professor de matemática da escola preparatória do Enem, Filipe Pacheco, sugere aos alunos que façam exercícios de provas anteriores. “Sempre vão ser uma boa alternativa para estudar. Se o aluno estiver preparado, confiante, nada vai o atrapalhar. Fazer uma boa alimentação e beber bastante água também é importante”, declara.
Nome social
O participante ou a participante que quer ser identificado por sua identidade de gênero e que já tem o respectivo cadastro na Receita Federal será reconhecido pelo nome social no momento da inscrição. Todavia, será necessária a confirmação na Página do Estudante entre os dias 23 e 28 de junho.
Já as pessoas que ainda não conseguiram o cadastro na Receita deverão realizar a solicitação de tratamento após a inscrição, também no período de 23 a 28 de junho, na Página do Estudante. Para esse procedimento será necessário apresentar foto atual e cópia digitalizada, frente e verso, de documento de identificação oficial com foto.
O pedido de isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio, Enem 2022, começa nesta segunda-feira (4) e se estende até o próximo dia 15. A gratuidade é direcionada a quem cursou ou está cursando o último ano do ensino médio em escola pública ou bolsista integral em escola particular. Para não pagar a taxa, que na última edição foi de R$ 85, é preciso ter renda familiar, por pessoa, inferior a um salário mínimo e meio. Também pode pedir isenção o participante em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
O mesmo prazo, de 4 a 15 de abril, vale para os candidatos isentos no Enem 2021 que por algum motivo faltaram no dia da prova e que desejam fazer o Enem 2022 sem pagar a taxa de inscrição. Esses participantes devem enviar documentos que justifiquem a falta. Os detalhes são explicados no Edital n.º 14/2022, publicado na última terça-feira (29), no Diário Oficial da União.
Os resultados, tanto da justificativa de ausência quanto da solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2022, serão divulgados no próximo dia 22, na Página do Participante. Aqueles que tiverem o pedido negado ainda podem recorrer entre os dias 25 e 29 de abril. O resultado dos recursos será divulgado no dia 6 de maio.
Vale lembrar que a solicitação de isenção ou justificativa não conta como inscrição. Assim, todas as pessoas que desejam realizar o Enem 2022, isentos ou não, devem realizar a inscrição na Página do Participante. Esse procedimento é feito posteriormente e os detalhes estarão presentes em edital ainda a ser publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Quem tem direito
Têm direito a fazer o exame gratuitamente todos os participantes que estão cursando a última série do ensino médio este ano em escolas públicas. São isentos também os participantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou sejam bolsistas integrais em escolas particulares. Os candidatos precisam ter renda per capita familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.818 por pessoa.
É o caso de Gabriel Dias Grangeiro, morador do Distrito Federal. O jovem de 19 anos está cursando o terceiro ano do ensino médio e diz que todos que sonham com uma formação superior precisam dessa oportunidade, mesmo aqueles que não podem pagar pela inscrição.
“Qualquer um que está terminando o ensino médio está querendo entrar em uma faculdade, apesar de estarem com a taxa muito alta. A gente que tem baixa renda, como os meus pais, que são funcionários públicos da limpeza e não ganham muito bem, tem esse recurso do governo para conseguir fazer a prova do Enem. É uma chance pra gente conseguir entrar numa faculdade dos sonhos, para ter um emprego melhor”, relata.
Também podem solicitar a isenção os candidatos em situação de vulnerabilidade socioeconômica que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Nesse caso, os interessados devem informar o Número de Identificação Social (NIS) único e válido.
A justificativa de ausência é uma oportunidade ao participante que teve concedida a isenção da taxa de inscrição no Enem 2021 e que não compareceu aos dois dias de prova, mas deseja solicitar isenção na edição deste ano. Para isso, é necessário enviar documentação que comprove o motivo da ausência, conforme anexo I do Edital. Todos os documentos deverão estar datados e assinados. Não serão aceitos documentos autodeclaratórios ou emitidos por pais ou responsáveis. Somente serão aceitos documentos nos formatos PDF, PNG ou JPG, com o tamanho máximo de 2 MB.
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O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetros para acesso aos auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O novo ensino médio já está valendo nas escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Um cronograma do MEC estabelece que a implementação será de forma progressiva, começando com o 1º ano. Em 2023, as mudanças vão abranger os alunos dos 1º e 2º anos e a fase final. Em 2024 todas as séries seguirão com o novo modelo de ensino.
João Henrique Bezerra Pereira é aluno no 1º ano do Colégio Marista João Paulo II em Brasília e acha que as mudanças são positivas. “ Espero que ele seja cheio de novidades e transformações que vão nos ajudar a criar nosso próprio projeto de vida, traçar os nossos próprios caminhos e também nos aprofundar nos conteúdos que a gente mais se interessa."
O secretário de Educação do Espírito Santo e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, explica que as novas diretrizes trazem a possibilidade de ter mais tempo para expor o aluno ao aprendizado. “Na prática, o que avança no novo ensino médio é a possibilidade de dentro da estrutura curricular, informativa, ter um espaço para a formação integrada entre a parte propedêutica e a prática técnica”, reforça.
Veja as principais mudanças
Era dividida com no mínimo de 800 horas de aula distribuídas em 200 dias letivos. Assim, o aluno passava, no mínimo, 4 horas diárias no ambiente escolar. A nova lei estabelece que a carga vai ser ampliada de forma progressiva até 1.400 horas, o que equivale a 7 horas diárias. Já em 2022, o estudante deve estar na escola todos os dias letivos por 5 horas no mínimo, totalizando mil horas anuais.
As disciplinas não vão ser mais individuais. Os conteúdos devem ser divididos em áreas de conhecimento, como é feito no Exame Nacional do Ensino Médio. São elas:
Essas categorias vão abranger o Português, Matemática, Geografia, Biologia, Química, História, Sociologia, Filosofia, Arte, Educação Física e Inglês. Nenhuma das disciplinas vão ser excluídas do currículo. Porém, somente a Língua Portuguesa e Matemática serão obrigatórias nos três anos do Ensino Médio.
É a grande novidade do ensino médio. Eles podem ser disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras e o próprio estudante pode escolher a área de conhecimento que deseja aprofundar. Os itinerários formativos podem se aprofundar nos aprendizados de uma área do conhecimento e da formação técnica e profissional.
As escolas da rede particular e pública vão ter autonomia para definir quais e quantos itinerários vão ser ofertados aos alunos. Não existe garantia de vaga aos estudantes para o curso escolhido, dependendo da demanda e da oferta.
Exemplos de alguns itinerários formativos são o ensino de astronomia, processos políticos, artes cênicas ou robótica.
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Em um webnário realizado em dezembro de 2021, Paulo Rabelo, titular da secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, explicou que as novas diretrizes passam a valer em todos os estados. “Acompanhamos os esforços voltados das ações necessárias para garantir que o novo ensino médio em 2022 esteja em todas as escolas do país”, ressaltou
O Mato Grosso do Sul foi um dos estados no qual a implantação começou em 2021, com 122 escolas pilotos. Já na Paraíba, as escolas irão ofertar um currículo com a Formação Geral Básica (60%) e a Flexibilização Curricular (40%).
Santa Catarina já havia implementado o Novo Ensino Médio em 120 escolas-piloto do Estado e, a partir de 2022, terá a novidade em todas as 711 escolas de Ensino Médio da rede estadual. O estado foi o primeiro a ter o Currículo Base do Ensino Médio homologado pelo Conselho Estadual de Educação - com um portfólio de 25 componentes curriculares eletivos e 25 trilhas de aprofundamento, e a entregar o Plano de Implementação do Novo Ensino Médio ao Ministério da Educação.
Para mais informações sobre a implementação em cada um dos estados, acesso o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed)