CNI

30/03/2025 01:00h

Estudo da Confederação Nacional da Indústria aponta que mesmo com legislação, atrasos, falta de acesso à infraestrutura e baixa concorrência inibem o mercado no Brasil. Valor do gás chega à indústria nacional até 10 vezes maior que nos EUA

Baixar áudio

Atrasos, falta de acesso à infraestrutura e baixa concorrência são fatores que ainda inibem o mercado de gás no Brasil, apesar da Nova Lei do Gás (Lei nº 14.134/2021), conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado no último dia 27 de março.

A Confederação aponta que a falta de regulamentação efetiva, os sucessivos atrasos na agenda da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a concentração da comercialização na Petrobras seguem sendo barreiras para a concorrência e a redução dos preços do gás natural no país.

Além disso, o estudo Gás Natural: uma avaliação da abertura do mercado brasileiro sob competência da União destaca que o gás chega à indústria brasileira com valor até 10 vezes maior que nos  Estados Unidos. O levantamento da CNI traz que, no Brasil, o gás natural chega às indústrias por US$ 20 por milhão de BTUs, em média. Nos EUA, a molécula do gás custa cerca de US$ 2 por milhão de BTUs. A entidade aponta que o montante representa o dobro do preço praticado no mercado europeu, de cerca de US$ 10 por milhão de BTUs.

Apesar de listar pontos que merecem atenção no mercado, a CNI reconhece no estudo que o novo marco legal trouxe avanços relevantes, como o conceito de transportador independente. A entidade reforça, ainda, que a Petrobras cumpriu parte dos compromissos firmados no Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), como a alienação de ativos e a oferta de capacidade de transporte para novos agentes. 

Desafios 

O levantamento da CNI mapeia, ainda, os principais desafios na empreitada. Confira:

  • Regulamentação pendente e atrasos na ANP;
  • Baixa transparência no acesso às infraestruturas;
  • Concentração na comercialização;e
  • Necessidade de compromisso federal;

Conforme o estudo, a abertura do mercado de gás depende de uma atuação coordenada entre governo, reguladores e setor privado, com vistas a garantir previsibilidade e segurança jurídica para novos investimentos.

Entre as recomendações para avançar na abertura do mercado de gás natural e estimular a competitividade no setor, o levantamento da entidade aponta a relevância do acesso transparente às infraestruturas essenciais. Para isso, a CNI afirma ser fundamental regulamentar o Art. 28 da Nova Lei do Gás para assegurar que o acesso a sistemas de escoamento e processamento seja transparente, o que vai favorecer a competitividade e a entrada de novas empresas no mercado.

As outras recomendações são: regular o transportador independente; fomentar a desconcentração do mercado; desenvolver o mercado organizado de gás; reforçar o apoio ao setor regulador – com a garantia pelo governo federal dos recursos necessários à ANP para implementar a Nova Lei do Gás; além de cautela na imposição de novos regulamentos e autorização das infraestruturas do setor de gás.

Com informações da CNI
 

Copiar textoCopiar o texto
29/01/2025 00:10h

Levantamento da CNI aponta que taxa elevada foi principal problema para a construção no 4º trimestre de 2024, para um terço dos empresários

Baixar áudio

A Sondagem Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na segunda-feira (27), aponta que a taxa de juros elevada foi o principal problema enfrentado pela indústria da construção no 4º trimestre de 2024. O problema foi apontado por 34,1% dos empresários do setor, ante 25,4% no 3º trimestre.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o setor da construção civil é impactado pela política monetária contracionista tanto no que diz respeito aos investimentos no momento da construção, quanto na outra ponta, relacionada a quem vai adquirir a casa ou apartamento, por exemplo. Por isso, as taxas de juros altas prejudicam tanto o setor.

“Os produtos tornam-se na prática mais caros com o financiamento mais caro, como a demanda também se reduz porque as pessoas têm menor probabilidade de crédito, ou ficam menos dispostas a pegar taxas mais pesadas para fazer os seus financiamentos e adquirir sua casa, seu apartamento, com essas taxas mais caras”, destaca Azevedo.

O levantamento também revela que a confiança dos empresários caiu 1,4 pontos para o menor nível desde janeiro de 2023. Com isso, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança. 

Em nota, a CNI informou que tal resultado reflete a piora das avaliações dos empresários em relação às condições atuais da economia brasileira, além das expectativas para a economia do país e para a empresa. Os dois componentes do ICEI recuaram em janeiro. O índice de Condições Atuais diminuiu 1,2 ponto, para 44,9 pontos. Já o índice de Expectativas caiu 1,6 ponto, para 51,9 pontos. 

“Por isso, não à toa com a retomada de elevação das taxas de juros ainda no final do ano passado de 2024. Isso começou a preocupar mais o empresário da construção e não à toa quando perguntados sobre os principais problemas enfrentados no último trimestre do ano passado a taxa de juros ganhou importância a ponto de se tornar o principal problema enfrentado pelo setor, apontada por mais de um terço das empresas como um dos três principais”, destaca Azevedo.

Na segunda posição do ranking ficou a falta ou alto custo de trabalhador qualificado, com 26,8%. Já a elevada carga tributária  fechou o ano como o terceiro maior problema enfrentado pelo setor, de acordo com os empresários ouvidos pela CNI.

Para a sondagem, 315 empresas foram consultadas: 118 de pequeno porte; 130 de médio porte; e 67 de grande porte, entre 7 e 17 de janeiro de 2025.

Definição da nova taxa pelo Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve se reunir nesta quarta-feira (29) para definir a nova taxa de juros da economia.

Em nota, a CNI classificou como “a crônica de uma morte anunciada” a eventual cultura de alta na Selic. Para a instituição, prosseguir com a elevação da taxa “desconsideraria os esforços em curso na política fiscal e na atividade econômica e traria efeitos negativos sobre a criação de emprego e renda”. 

Para a Confederação, prosseguir com a elevação dos juros faz com que o setor industrial adie investimentos de modernização ou expansão da matriz de produção. Isso pode impedir as empresas de melhorar a produtividade e desperdiçar oportunidades de contribuir com o crescimento do país, além de trazer mais custos para as empresas, conforme nota da CNI.

A CNI defende que os juros elevados comprometem a atividade econômica e abalam a confiança dos empresários.
 

Copiar textoCopiar o texto
16/01/2025 15:15h

Pesquisa aponta que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1 ponto em janeiro, sendo a quarta queda consecutiva do ICEI

Baixar áudio

Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (16) aponta que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1 ponto em janeiro, recuando de 50,1 pontos para 49,1 pontos. Segundo a CNI, esta é a quarta queda consecutiva do ICEI, acumulando baixa de 4,3 pontos desde setembro de 2024.

Conforme destaca a CNI, o movimento foi suficiente para que os empresários passassem de um estado de neutralidade, em dezembro, para um estado de falta de confiança, em janeiro.

Segundo a instituição, a última vez em que os industriais estiveram pessimistas foi em maio de 2023 – há 20 meses. Em nota, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo,  explica como o pessimismo implica em ações do setor.

“O pessimismo faz com que os empresários tendam a adiar decisões com relação a investimentos, aumento de produção e contratações, na expectativa de um cenário mais favorável. Isso pode se traduzir em uma melhora do próprio índice e, depois, nas decisões de negócio”, afirmou em nota.

Perspectivas

O ICEI é composto pelo Índice de Condições Atuais e pelo Índice de Expectativas. Em janeiro, os dois componentes recuaram, com queda de 2,3 pontos, de 46,5 pontos para 44,2 pontos para o primeiro, e o segundo diminuiu 0,4 ponto, de 51,9 pontos para 51,5 pontos.

De acordo com a CNI, as quedas significam que a avaliação dos empresários sobre o cenário atual da economia e das próprias empresas “se tornaram ainda mais negativas em relação aos seis meses anteriores”.

A pesquisa aponta, ainda, que as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses continuam positivas, mas isso está relacionado à avaliação que essas pessoas fazem das próprias empresas – consideram que as expectativas a respeito do futuro da economia do país se tornaram mais pessimistas, segundo a CNI.

ICEI

Nesta edição, a CNI consultou 1.232 empresas para o ICEI: 469 de pequeno porte; 459 de médio porte; e 304 de grande porte, entre os dias 7 e 13 de janeiro de 2025. 
O ICEI é uma pesquisa mensal da Confederação que mede a confiança dos empresários da indústria.
 

Copiar textoCopiar o texto
06/01/2025 13:00h

Posicionamento da entidade propõe convergência entre os três poderes como alerta para promover o crescimento da economia

Baixar áudio

Desbalanço das contas públicas, alta do dólar, aumento dos juros. Diante do momento econômico que o país vive, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Ricardo Alban, em posicionamento publicado nesta segunda (6), defendeu a necessidade de um pacto abrangente, para blindar a indústria nacional e impedir mais perdas para o setor.

“A convergência entre o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Judiciário, somada à participação dos governos estaduais e municipais, configuraria um passo fundamental para a mitigação de riscos, pois envolveria regras claras de responsabilidade fiscal associadas a estímulos para setores estratégicos, como a indústria e o agronegócio”, diz um trecho da nota.

No documento, Alban cita que depois de muitos anos de estagnação econômica, o primeiro semestre de 2024 mostrou sinais de aceleração, provando que o país tem, sim, capacidade de se desenvolver.

“A indústria de transformação, amparada pela Nova Indústria Brasil, demonstrou capacidade de expandir empregos de qualidade, atrair capitais para infraestrutura e aumentar a arrecadação tributária. Ao transbordar benefícios a outros setores, seu bom desempenho evidenciou a importância de se manter um ambiente macroeconômico equilibrado”, ressaltou Alban.

Pacto nacional

No manifesto, o presidente da CNI faz um alerta que considera real: o de que “o risco de que a política monetária restritiva e a alta do dólar sufoquem o ímpeto industrial e agrário em 2025.”

A proposta é por um “pacto nacional” envolvendo Executivo, Legislativo e Judiciário, além de empresários e trabalhadores.

“Em essência, trata-se de criar um consenso em torno de metas fiscais e de políticas econômicas estruturantes, garantindo que, enquanto se busca o equilíbrio das contas públicas, haja também estímulos seletivos que assegurem a continuidade dos investimentos”, destaca o manifesto.

Alban ainda ressalta que a indústria está disposta a liderar a negociação, desde que haja garantias mínimas de que os juros não serão empecilho para o crescimento do setor.

Por fim, o presidente da CNI pediu celeridade ao andamento do pacto, para que o país não perca ainda mais daqui para frente.

“Esse é um passo fundamental e que precisa ser dado já no início do ano, de forma a garantir um ponto de inflexão rumo a um fluxo de crescimento sustentado, que se espraie por todos os setores produtivos do país.”

Até o fechamento desta edição, o governo não se manifestou sobre a carta da CNI.
 

Copiar textoCopiar o texto
20/12/2024 00:02h

A CNI, por exemplo, entende que o novo modelo acaba com a cumulatividade de impostos. Porém, ressalta que a quantidade de exceções ainda é alta

Baixar áudio

Já aprovado no Congresso Nacional e enviado à sanção do presidente da República, o projeto que trata da regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24) gerou repercussão entre entidades que representam o setor empresarial e os municípios do país. 

Uma delas é a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade considera a proposta “um marco importante para a implementação da reforma, por regulamentar as regras gerais dos novos tributos incidentes sobre o consumo.” Na avaliação do presidente da CNI, Ricardo Alban, a medida vai proporcionar um impacto positivo na produtividade da economia nacional, assim como na competitividade da indústria do país. 

Ainda de acordo com a CNI, o novo modelo acaba com um dos principais problemas tributários da atualidade, a cumulatividade, e permite a desoneração completa das exportações e dos investimentos. Porém, a confederação entende que a quantidade de exceções ainda é alta, o que eleva a alíquota padrão de IBS/CBS de todos os setores que ficaram fora do tratamento favorecido.

Comércio e Serviços 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) também se pronunciou sobre o texto aprovado no Congresso. Em nota, a entidade considerou que a medida representa um “passo importante na modernização do sistema tributário brasileiro”, com pontos que atendem demandas de setores de comércio, serviços e turismo, como a redução de alíquotas para bares, restaurantes, hotéis e parques temáticos, por exemplo. 

Com investimento de R$ 3,62 bi, governo federal realiza maior leilão portuário da história

'Bloqueados' do FPM: confira lista dos 39 municípios impedidos de receber 2° decêndio de dezembro

No entanto, a confederação entende que o setor de serviços continua sensível. Nesse caso, a entidade ressalta que “o texto aprovado carece de mecanismos mais robustos que assegurem a não elevação da carga tributária, o que pode comprometer a sustentabilidade das empresas do setor.”

A CNC também mostrou preocupação com o futuro das micro e pequenas empresas, sobretudo no âmbito do Simples Nacional, pela ausência de medidas voltadas para essas categorias. 

Municípios

Outra entidade que se pronunciou sobre o PLP 68/24 foi a Confederação Nacional de Municípios (CNM), que entende que o texto acatou detalhes acerca de cada regime de tributação favorecida com diminuição ou isenção de incidência de impostos, entre outros pontos. 

Entretanto, das alterações estabelecidas, a entidade lamentou a modificação no critério destino. O texto inicial estabelecia o local de operação para bens imateriais e serviços, que passou a ser o domicílio do destinatário. O texto do Senado mudou para adquirente para operações onerosas. Na avaliação da entidade, essa alteração estimula a concentração tributária e causa violação dos fundamentos da reforma em relação ao consumo.

Principais destaques do texto aprovado

A previsão é de que o novo regime seja completamente implementado em 2033, após uma transição gradual que começa em 2026. Entre outros pontos, o projeto aprovado estabelece que carnes, frangos e peixes terão alíquota zero, dentro da cesta básica nacional.

Em relação ao Imposto Seletivo (IS), também conhecido como imposto do pecado, haverá uma sobretaxa de bens e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Entre os itens incluídos nessa medida estão cigarros, bebidas alcoólicas e extração de minério de ferro, petróleo e gás natural. No entanto, foi mantido um trecho que impede a cobrança do Imposto Seletivo sobre exportações de minérios. 

A medida aprovada cria, ainda, a figura do nanoempreendedor - categoria que abrange pessoas físicas que tenham receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil. Esse grupo será isento da cobrança dos novos impostos sobre consumo.

Sobre os imóveis, a definição foi de que operações imobiliárias de pessoas físicas ou jurídicas deverão ser tributadas com a CBS e o IBS. Pessoas físicas que arrecadarem anualmente um valor inferior a R$ 240 mil com o aluguel de imóveis não serão taxadas. 
 

Copiar textoCopiar o texto
17/12/2024 19:40h

Para entidade, fatores como a alta dos juros, a evolução mais lenta do mercado de trabalho e redução do impulso fiscal de governos das três esferas devem influenciar desaceleração do crescimento

Baixar áudio

Segundo projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a economia do país deve crescer 2,4% em 2025. A projeção compõe o relatório Economia Brasileira 2024-2025, divulgado na terça-feira (17). De acordo com a confederação, fatores como a alta dos juros, a evolução mais lenta do mercado de trabalho e redução do impulso fiscal de governos das três esferas devem influenciar a desaceleração do crescimento.

“O grande fator de preocupação e de contenção da economia para o ano que vem é a política monetária, é a alta na taxa de juros”, afirmou o superintendente de economia da CNI, Mario Sergio Telles.

A entidade prevê, ainda, que o Banco Central continuará com a política de aperto monetário até a metade de 2025, com a taxa Selic projetada para encerrar o ano em 12,75%.

Com relação ao ciclo de alta na taxa de juros, que deve ser mantido no primeiro trimestre de 2025 até chegar a 14,25%, a entidade aponta que o movimento de aumento causará diversos efeitos, implicando também na concessão de crédito. 

Mario Sergio Telles destacou que as regras do novo arcabouço fiscal e o pacote de redução do governo reduzem o impulso fiscal. Além disso, os governos regionais também devem reduzir o estímulo fiscal em 1,5%. As projeções da CNI para o ano que vem consideram o pacote de medidas de ajuste fiscal apresentado pelo governo na ordem de R$ 22 bi.

“A política fiscal no ano que vem vai estar mais em linha com o movimento esperado pela política monetária de redução de crescimento da demanda interna”, disse Mario Sergio Telles.

Projeções para 2025

Para o presidente da CNI, Antonio Ricardo Alban, o cenário para economia brasileira no ano que vem é preocupante.

“Eu diria que torço para que a gente esteja errado, e espero que nós sejamos surpreendidos de novo com a economia em 2025, como todos foram surpreendidos em 2024, de alguma forma em 2023, mas sabemos que alguns cenários são mais preocupantes para 2025 na realidade de hoje”, avaliou o presidente em entrevista coletiva.

Segundo o relatório da CNI, a agropecuária deve se recuperar da queda prevista para 2024 (2,7%) e crescer 4,2% em 2025. A entidade afirma no documento que é esperada para o ano que vem uma retomada da produção agrícola, com prognóstico de safra indicando alta de 5,8% em relação à deste ano, conforme Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.

Já o setor de serviços deve ter aumento de 1,9%, menos do que 2024, cuja alta projetada foi de 3,7%. O relatório aponta que a queda se dá em função da demanda menor.

Por conta da redução do crescimento da demanda interna, o relatório aponta que a indústria deve crescer 2,1% em 2025. Além disso, a indústria de transformação deve subir 2% – caso a projeção seja alcançada, serão dois anos consecutivos de alta do setor.

A CNI aponta, ainda, que o IPCA deve fechar 2024 com alta de 4,8%, sendo 0,3 ponto percentual acima do teto da meta, de 4,5%. A entidade estima, ainda, que a inflação desacelere e feche 2025 em 4,2%.

Segundo a CNI, o mercado de trabalho mantém forte alta em 2024, com projeção de crescimento  de 7,2%, frente a 6,9% de 2023.  Já em 2025 o mercado de trabalho deverá crescer menos, com projeção de 1,2% para o número de pessoas ocupadas e 3,3% para a massa de rendimento real no ano que vem.

Fonte: Agência de Notícias da Indústria

Projeções para 2024

Para 2024, a confederação subiu para 3,5% a expectativa de alta do PIB, exercendo o dobro em relação à estimativa anunciada no fim do ano passado, que foi de 1,7%.

A CNI projeta, ainda, que a indústria deve crescer 3,3% este ano. Já a indústria de transformação deve subir 3,5%. E os serviços devem crescer 3,7%.

“Apesar do câmbio desfavorável, as importações devem registrar alta de 10,6% em 2024, na comparação com o ano passado”, diz documento da CNI.
 

Copiar textoCopiar o texto
05/12/2024 00:04h

O PIB cresceu 0,9% entre julho e setembro, puxado pela indústria e serviços. A indústria cresceu 0,6%, puxada exclusivamente pela indústria de transformação

Baixar áudio

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a indústria de transformação foi a responsável, de forma integral, pelo desempenho positivo de 0,6% da indústria no terceiro trimestre de 2024. Junto com serviços, que cresceu 0,9% no período, os dois setores impulsionaram o crescimento da economia no país, que foi de 0,9%, entre julho e setembro. Em nota, a CNI destacou o crescimento do PIB da indústria de transformação, que chegou ao quinto trimestre consecutivo sem resultados negativos.

No 3º trimestre de 2024, a indústria de transformação cresceu 1,3% após alta de 2,0% no 2º trimestre e de 1,1% no 1º trimestre. O setor iniciou uma trajetória de crescimento no 3° trimestre de 2023 e, desde então, acumulou acréscimo de 5,0%. Para a CNI, o desempenho positivo é explicado por bons resultados na produção de bens de capital e bens de consumo.

Os dados sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruno), foram divulgados na terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A avaliação da CNI sobre a indústria de transformação baseia-se nos recuos registrados pelas indústrias extrativas, de eletricidade, gás, água e esgoto e de construção, que recuaram 0,3%, 1,4% e 1,7%, respectivamente. 

Para a CNI, é relevante destacar o crescimento do PIB da indústria, tendo em vista que o setor impulsiona encadeamento na cadeia produtiva, além de pagar salários maiores em relação aos outros setores e investir mais em inovação, pesquisa e desenvolvimento. O cenário não foi bom para a agropecuária, que caiu 0,9%, o que travou o crescimento do PIB no 3º trimestre, segundo a confederação. 

Investimento

O IBGE apontou que o investimento cresceu 2,1% em relação ao 3º trimestre de 2024, após altas de 2,2%, no 2º trimestre, e de 4,5%, no 1º trimestre. Este é o quarto trimestre consecutivo de crescimento do investimento em relação ao trimestre anterior, cuja alta acumulada é de 10%. No período, o ritmo de crescimento do investimento supera o do PIB.

A taxa de investimento no 3º trimestre de 2024 foi de 17,6%, o que representa um crescimento em relação à observada no mesmo período de 2023, que foi 16,4%.

A CNI afirmou, em nota, que o investimento foi movido, em especial, pelo aumento do consumo de máquinas e equipamentos, que se manteve expressivo no período. Já os investimentos em construção civil perderam força.

Consumo 

Também houve crescimento no consumo, registrando alta de 1,5% em relação ao 2º trimestre de 2024, após altas de 1,4%, no 2º trimestre, e de 2,5%, no 1º trimestre. O desempenho corrobora com o mercado de trabalho ainda aquecido, mesmo com menor estímulo fiscal, apontou a CNI.

No 3º trimestre, o número de pessoas ocupadas permaneceu crescendo, com avanço de 1,2% na comparação com o segundo trimestre do ano, com 682,1 mil postos de emprego formal criados. Dessa forma, a taxa de desemprego alcançou a mínima histórica, 6,4%. Já o avanço da massa de rendimento foi de 0,8%.

O volume exportado também tem se expandido de forma mais moderada. Na variação no acumulado do ano até outubro, o volume das exportações cresceu 4,3% em 2024 frente a 2023. A indústria extrativa para o crescimento das exportações, com uma taxa de crescimento no acumulado no ano de 10,2%, foi seguida pela agropecuária, com 4,4% e pela indústria de transformação, com 2,3%.
 

Copiar textoCopiar o texto
17/10/2024 19:00h

Indicador é medido por meio do volume produzido e das horas trabalhadas

Baixar áudio

Um indicador importante da indústria — o que mede a produtividade das horas trabalhadas — manteve quase estabilidade no segundo trimestre deste ano, variando negativamente 0,3% em relação ao primeiro trimestre. Os dados divulgados pela pesquisa Produtividade na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria, indicam que foi parecido o crescimento das variáveis que compõem o índice: enquanto a produção aumentou 0,9%, as horas trabalhadas cresceram 1,3% no período. 

Apesar da leve queda registrada, a gerente de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Samantha Cunha, mantém expectativa quanto ao crescimento.

“Quando a gente olha o primeiro trimestre do ano, esse indicador tinha apresentado uma queda de 1,4%, interrompendo uma tendência de alta que a gente observava há alguns trimestres, e quando a gente olha para a variação da produção e das horas trabalhadas, a gente tem as horas trabalhadas crescendo a ritmo menor enquanto a produção segue num ritmo alto. Então a gente espera que essa produtividade mantenha seu ritmo de crescimento.” 

Demanda interna e novas contratações

Há três trimestres a demanda interna por bens manufaturados mantém a  tendência de alta, isso é um indicativo de que a indústria nacional deve seguir crescendo, avalia a gerente da CNI.

“Um mercado de trabalho que está aquecido, trabalhadores sendo contratados, as horas trabalhadas devem continuar se acomodando, quando a gente tem a demanda por bens manufaturados crescendo, sendo atendida parte por importações, então é um cenário que favorece o aumento da produção.” 

Outro resultado positivo vem com o aumento de 0,4% no número de trabalhadores neste segundo trimestre — é o melhor resultado do indicador nos últimos dois anos. 

Medidas que devem ajudar no crescimento

Outros avanços, na avaliação da gerente da CNI, devem reduzir o Custo Brasil e melhorar o ambiente de negócios, graças a políticas de governo para fazer avançar a indústria nacional:

“A Lei de Depreciação Acelerada, que permite a modernização do parque fabril brasileiro, e ela foi recentemente regulamentada. Além disso, a gente tem o plano Mais Produção, que centraliza os recursos da Nova Indústria Brasil, que é a nova política industrial brasileira. Tem ali o eixo Indústria Mais Inovadora e Produtiva, que também contribui para as empresas fazerem investimentos em inovação.” 

A publicação Produtividade na Indústria acompanha a evolução da competitividade da indústria brasileira em relação aos principais parceiros comerciais, com foco no indicador de produtividade do trabalho — considerado determinante da competitividade.

Copiar textoCopiar o texto
11/10/2024 04:01h

Cresceram empregos, massa salarial e rendimento dos trabalhadores

Baixar áudio

O termômetro da economia traz resultados favoráveis com relação aos números de agosto. É o que mostra  a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os indicadores que medem o desempenho do mercado de trabalho cresceram — emprego, massa salarial e rendimento médio do trabalhador — entre julho e agosto. 

Um dos dados mais importantes vem do emprego — que há 11 meses não registra resultados negativos. Entre julho e agosto a alta foi de 0,4%, mas na comparação com agosto de 2023, o incremento chegou a 3,1% no número de postos de trabalho.

Massa salarial e rendimento médio dos trabalhadores

O desempenho de maior destaque ficou com a massa salarial dos empregados da indústria de transformação, que subiu 1,5% entre julho e agosto. No comparativo com o ano passado, o aumento foi de 1,7%. No acumulado do ano, a alta já chega a 3,3%.

Os números mostram, também, que o trabalhador da indústria está ganhando melhor — com avanço de 1,1% no rendimento médio entre os meses avaliados. 

Estabilidade da atividade industrial

Indicadores como o faturamento real das empresas e as horas trabalhadas na produção mantiveram estabilidade entre julho e agosto, revela a pesquisa. O faturamento cresceu 0,7% e as horas 0,1%. Mas quando a comparação é com 2023, houve alta de 5,3% e 4,8%, respectivamente, entre os dois indicadores.

Para a economista da CNI, Larissa Nicko, mesmo com a estabilidade registrada nesses indicadores, há elementos que mostram que o segundo semestre deve ser de avanços. 

“Embora na passagem de julho para agosto os indicadores relacionados à atividade industrial tenham mostrado relativa estabilidade, é cedo para dizer se isso é o início de uma nova trajetória. Isso porque o primeiro semestre veio forte para indústria de transformação e existem elementos para nós acreditarmos que o segundo semestre também será de crescimento, embora um crescimento mais modesto em relação ao que se apresentou no primeiro semestre.”

Ideia que é reforçada pela demanda por bens industriais e pelo próprio mercado de trabalho aquecido, acrescenta a economista. 

A pesquisa mensal da CNI é importante para indicar como a atividade industrial vem se comportando em diversos pontos fundamentais, como faturamento, horas trabalhadas e rendimento médio. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial do país. 
 

Copiar textoCopiar o texto
06/10/2024 20:00h

Evitar jogar lixo nas ruas, reduzir o desperdício de água, de comida e de energia estão entre as cinco medidas mais tomadas pelos brasileiros para aumentar a conservação do meio ambiente

Baixar áudio

Há ações que fazem parte da educação, mas que refletem na saúde do meio ambiente, como evitar jogar lixo na rua, por exemplo. Outras são hábitos que a sociedade passou a adotar por um senso coletivo de cuidado com a natureza, como evitar desperdícios de toda forma. 

O que notamos nas ruas e nos hábitos da população, agora foi comprovado por uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento Sustentabilidade & Opinião Pública mostra que 88% da população adota com frequência mais de 5 práticas sustentáveis. 92% dos entrevistados pela pesquisa disseram evitar jogar lixo nas ruas; 91% também evitam o desperdício de água.

Outras práticas sustentáveis que aparecem na rotina do brasileiro, segundo a pesquisa, são: evitar o desperdício de comida e de energia, que 90% e 88% dos entrevistados disseram adotar, e reduzir a produção de lixo, que entrou na rotina de 77% dos entrevistados.

Práticas como reuso da água e de embalagens de produtos e separação do lixo para reciclagem são adotadas por mais de 62% dos entrevistados sempre, ou com muita frequência.

Dados que para o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, são reflexo da educação ambiental pela qual que a população vem passando.

“Esse indicador vem evoluindo de forma paulatina, que à medida que a agenda entra num plano de governo, é tratada com mais intensidade dentro do seu ambiente familiar e educacional, esse indicador vai evoluindo. Isso reflete as ações, necessidades, a economia de energia, como gerenciar de melhor forma seus resíduos, economizar água. São linhas que estão sendo desenvolvidas e aprimoradas pela população de uma forma geral.”

Produtos sustentáveis

O levantamento da CNI também questionou os brasileiros sobre a preferência pelo uso de produtos que protegem o meio ambiente. E o resultado foi que caiu de 28% para 24% — entre 2022 e 2024 — o percentual de pessoas que não consumiam produtos ambientalmente sustentáveis. 

Hoje, 4 em cada 10 brasileiros consomem produtos que utilizam espécies da biodiversidade brasileira e as pessoas também disseram ser mais fácil encontrar produtos ambientalmente sustentáveis — percentual que passou de 26% em 2022 para 31% em 2024.

Copiar textoCopiar o texto