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Baixar áudioO Nordeste se consolida como polo da energia renovável no Brasil e atrai investimentos em projetos de transição ecológica e digital. A região detém 93% da capacidade de energia eólica e 20% da capacidade de energia solar instalada no Brasil. Além disso, o potencial eólico offshore (em alto mar) da região é estimado em 700 GW, o que corresponde a 3,6 vezes a capacidade total de geração já instalada no país.
Os dados foram apresentados pelo superintendente de Projetos de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Bork, durante o Encontro Regional Nordeste da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, em Salvador (BA). Ocorrido no fim de novembro, o evento organizado pela CNI e pelo Sebrae reuniu representantes dos nove estados da região para alinhar estratégias e demonstrar o impacto da pauta energética na economia local.
Na ocasião, Bork destacou o cenário que mostra o potencial que a região tem de investir em projetos inovadores. Para o superintendente, a participação das empresas é vista como uma oportunidade de exporem os principais desafios e alinharem estratégias para que as dificuldades sejam superadas futuramente.
“Essa é a grande parte inteligente desse evento, a gente identificar e fortalecer o desafio conforme os interesses da indústria para o crescimento, para o desenvolvimento, para aumentar a competitividade. O empresário que está participando tem voz ativa para dizer quais são os seus problemas, quais as suas oportunidades e poder, com as outras pessoas que estão participando, dizer: olha, nós estamos no caminho certo”, explicou Bork.
A pauta da energia renovável não se restringe apenas à eólica e solar. O encontro regional da Jornada mostrou que o Nordeste também se destaca no cenário nacional em outras áreas estratégicas:
Durante a programação, representantes da Borborema Recursos Estratégicos (BRE), MDI Industrial e Shell detalharam projetos desenvolvidos em parceria com o SENAI Cimatec. O objetivo foi mostrar como a indústria tem aproveitado os potenciais da região.
O programa BRAVE (Brazilian Agave Development), da Shell Brasil com a Unicamp, o SENAI Cimatec e outros institutos, têm o intuito de desenvolver a agave como nova fonte de biomassa para produção de bioenergia no semiárido brasileiro.
O BRAVE conta com três frentes principais: BRAVE-Bio, para melhoramento genético e desenvolvimento de mudas de baixo custo; BRAVE-Mec, de mecanização de plantio e colheita; e BRAVE-Ind, que trata das rotas industriais de processamento, por exemplo, para etanol de primeira e segunda geração, biogás e coprodutos.
O gerente de ESG, Saúde e Segurança do Trabalho na Borborema Recursos Estratégicos (BRE), Rafael Boechat, comentou sobre o desenvolvimento de uma rota tecnológica de beneficiamento de minérios de terras raras, em parceria com o SENAI Cimatec.
A ideia é que, por meio do projeto, haja uma implantação e validação, em escalas laboratorial e piloto, de processos de concentração de óxidos de terras raras provenientes da Província Mineral Rocha da Rocha.
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Nesse caso, serão realizados testes de beneficiamento mineral, aprimoramento da infraestrutura e construção de uma planta piloto para validar processos em condições próximas à escala industrial.
De acordo com a CNI, a MDI Industrial e o SENAI Cimatec têm quase 10 anos e mais de 20 projetos de parceria em pesquisa, desenvolvimento e inovação para o setor de saúde e bem-estar.
O CEO da MDI, Kleuder Leão, afirmou que a empresa tem desenvolvido equipamentos nacionais com tecnologia de ponta. Em meio aos produtos entregues para o mercado nacional e internacional, destacam-se analisadores metabólicos e seus sistemas acessórios, máscara de respiração e máquina de circulação extracorpórea.
Presente ao evento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos, explicou que, entre as missões institucionais do Sistema Indústria, está corrigir as desigualdades regionais. Na avaliação dele, o setor é parte essencial no processo de desenvolvimento das áreas com menor capacidade econômica.
"Para o Nordeste aumentar sua participação no PIB do país, precisamos de indústria. É a indústria que vai agregar valor às nossas riquezas naturais. Antes não era, mas, hoje, o sol, os ventos e nosso bioma são uma riqueza”, afirmou.
A Jornada Nacional de Inovação da Indústria é um evento itinerante que está percorrendo todo o Brasil para discutir soluções, desafios e oportunidades de inovação para a indústria brasileira por região.
O movimento já percorreu as regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste e segue agora para as regiões Sudeste e Norte. O objetivo é mapear as demandas e tecnologias que as indústrias e deep techs (startups de base científica) utilizam para inovar.
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Baixar áudioO Brasil reduziu em 13% o número de mortes por Aids, entre 2023 e 2024. De acordo com o Ministério da Saúde, a quantidade de vítimas passou de mais de 10 mil para 9,1 mil. Trata-se do menor índice registrado pela Pasta em 32 anos.
Além disso, foi verificada uma redução de 1,5% na quantidade de diagnósticos da síndrome. Já o número de gestantes com HIV sofreu um recuo de 7,9%, enquanto o de crianças expostas ao vírus diminuiu 4,2%.
De acordo com o ministério, os avanços são resultados da ampliação da testagem e oferta de tratamentos mais modernos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em meio a esse cenário, o Ministério da Saúde inaugurou a exposição “40 Anos da Resposta Brasileira à Aids”. O evento foi realizado no SESI Lab, em Brasília (DF), na segunda-feira (1º) – Dia Mundial de Combate à Aids.
A iniciativa marca o início da programação do Dezembro Vermelho 2025 e celebra quatro décadas de mobilização social, políticas públicas, avanços científicos e enfrentamento à doença. O público pode visitar a exposição até o dia 30 de janeiro de 2026.
A coordenadora de Ações Culturais e Exposições do SESI Lab, Carolina Vilas Boas, afirmou que a mostra conta com a participação da sociedade civil, além de um comitê curatorial amplo. Segundo ela, é a primeira exposição do SESI Lab que trata do tema saúde.
“A gente sabe, pelas pesquisas de percepção da ciência, que o público tem muito interesse em saber mais sobre saúde. Normalmente, a saúde está cheia de termos que ninguém conhece, então é uma oportunidade de desmistificar muitos assuntos”, pontuou.
A programação conta com experiências interativas que recuperam a memória coletiva da epidemia no Brasil, além de relatos de vida, documentos, obras de arte e campanhas históricas.
Durante o evento, o diretor superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI), Paulo Mól, destacou o compromisso institucional com a promoção da saúde e a relevância do museu como espaço de educação científica.
“Para nós, é uma honra receber essa exposição. Em 80 anos de história, o SESI sempre teve uma preocupação forte com a saúde. O SESI Lab, por sua vez, tem como missão ampliar a educação científica e trazer para a sociedade debates importantes, como este que se coloca nesta mostra”, disse.
Em meio ao progresso registrado nos últimos anos, o Brasil também conseguiu eliminar, como problema de saúde pública, a transmissão do HIV de mãe para filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação – conhecida como transmissão vertical.
Na prática, o país interrompeu a infecção de bebês por via materna, de forma sustentada, alcançando o que determinam as metas internacionais, conforme o que preveem os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Sistema S tem um papel histórico fundamental no enfrentamento à Aids. Em meio à exposição, ele destacou a importância do apoio do SESI à mobilização nacional.
“Quero agradecer muito ao SESI e relembrar que os vários SESIs espalhados por todo o nosso país sempre abriram as portas para a luta contra a aids”, afirmou.
A programação da exposição no SESI Lab conta com debates, sessão de cinema, oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas com especialistas, ativistas, gestores públicos, pesquisadores e representantes de movimentos sociais.
Até o dia 7 de dezembro, o museu estará com entrada gratuita. Neste sábado (6), a cortesia é em parceria com a Shell. Porém, mesmo com o acesso livre, o visitante precisa retirar o ingresso na bilheteria física ou online.
Para acessar o ingresso virtualmente, clique aqui. O endereço do SESI Lab é: Setor Cultural Sul, Bloco A, Asa Sul. A programação completa pode ser acessada no Instagram, @sesi.lab.
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Baixar áudioO Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial registrou alta entre outubro e novembro de 2025 em todos os portes de empresas, em quatro das cinco regiões do país e em 19 dos 29 setores avaliados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, com o aumento do índice, nove setores superaram a marca de 50 pontos, o que indica confiança. No mês anterior, apenas cinco setores superaram esse patamar.
Apesar da melhora, a desconfiança ainda predomina entre os industriais: 20 setores avaliados seguem abaixo dos 50 pontos.
“De uma forma geral, vemos uma melhora da confiança muito atrelada a expectativas melhores das empresas com relação a elas mesmas ou à economia brasileira. [No entanto], a avaliação da empresa ou da própria economia ainda é bastante negativa, especialmente por conta da elevação da taxa de juros, o que penaliza a indústria. Então, essa avaliação ainda segura a [retomada da] confiança”, explica.
Setores com maior confiança:
Setores menos confiantes:
O ICEI cresceu pelo segundo mês seguido em todos os portes de empresas. Nas pequenas indústrias, houve alta de 1,6 ponto, levando o indicador ao maior nível desde janeiro (48,3). Entre as médias, foi a terceira elevação consecutiva, alcançando 48,7 pontos. Já as grandes empresas registraram avanço de 0,3 ponto, chegando a 48,9 pontos.
Mesmo ainda abaixo da linha dos 50 pontos, a proximidade desse limite indica que a falta de confiança está menos disseminada. “Os índices mostram, portanto, apenas uma redução dessa falta de confiança na passagem de outubro a novembro”, complementa Marcelo Azevedo.
Em novembro, quatro regiões brasileiras registraram aumento da confiança industrial. O Nordeste permaneceu estável.
O Centro-Oeste voltou a se destacar, após oscilações fortes nos meses anteriores, com alta de 3,5 pontos e retorno ao território de confiança, atingindo 53,1 pontos.
No Norte, o indicador cresceu 1,8 ponto, alcançando 48,6 pontos. Sudeste (+0,5 ponto) e Sul (+1,2 ponto) emplacaram o terceiro mês seguido de alta, mas continuam abaixo dos 50 pontos, indicando falta de confiança dos industriais.
ICEI por região
Para esta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.747 empresas. Desse total, 718 são de pequeno porte; 617 de médio porte; e 412 de grande porte. As análises foram feitas entre 2 e 12 de novembro de 2025.
O levantamento completo pode ser consultado no Portal da Indústria.
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Baixar áudioO Brasil poderia criar 226 mil empregos diretos e indiretos e arrecadar R$9,9 bilhões em tributos indiretos e contribuições sociais caso produzisse cerca de um terço dos produtos de defesa e segurança que importa de outros países atualmente. A constatação pode ser verificada no novo simulador de impacto elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o levantamento, o impacto total no valor da produção seria de R$60,9 bilhões. Hoje, o Brasil importa, em média, R$70,8 bilhões em produtos dessa área, por ano. Entre os itens estão coletes balísticos, trajes antibombas e mísseis, além de peças e componentes para aeronaves militares.
Os dados foram apresentados durante a 26ª reunião do Conselho de Desenvolvimento da Indústria de Defesa (Condefesa), na última quinta (27). O evento, realizado na CNI, em Brasília, contou com a presença de empresários, especialistas e representantes das forças armadas do país.
Na avaliação do presidente do Conselho de Desenvolvimento da Indústria de Defesa e da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário Aguiar, a base industrial de defesa do Brasil já tem capacidade de produzir armamentos, radares, mísseis e aeronaves militares. Porém, ele entende que o país ainda conta com certa dependência da importação de insumos críticos e produtos acabados.
“Compras públicas de defesa são um instrumento estratégico para estimular a produção nacional, adensar cadeias industriais e impulsionar pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) com efeitos multiplicadores em toda a economia”, afirma.
Dados disponibilizados pela CNI também mostram que, atualmente, mais de 90% das importações no setor são de uso tanto militar quanto civil. Diante disso, há uma ampliação do potencial de desenvolvimento tecnológico e produtivo, com inclusão de setores como telecomunicações, aeroespacial, automotivo, cibernético e energético.
Para a entidade, mesmo que a nacionalização seja parcial, pode haver uma diminuição da vulnerabilidade externa em setores sensíveis. Além disso, promove um estímulo à inovação e ao fortalecimento da soberania tecnológica do país.
Faturamento da indústria recua 1,3% em setembro, revela estudo da CNI
O especialista em políticas e indústria da CNI, Danilo Severian, pontua que o fortalecimento da base industrial de defesa tem efeitos estruturantes sobre cadeias produtivas de alta complexidade.
“Historicamente, o fortalecimento do setor de defesa é parte da política de inovação dos países com estrutura industrial consolidada. Então, o fortalecimento e adequação das compras públicas no Brasil para o setor de segurança pública e defesa nacional é um instrumento poderoso para fortalecer nossa base industrial de defesa e segurança, gerar empregos qualificados e renda, gerar arrecadação tributária e colocar o país em um patamar tecnológico mais elevado”, destaca.
Caso o Brasil produza 30% do que hoje importa em produtos de defesa, os empregos criados para atender a essa nova demanda seriam, em grande parte, de alta qualificação técnica. O simulador do Observatório Nacional da Indústria projeta a geração de 123 mil vagas formais.
Do total, 6,9 mil seriam ocupações inovativas. Já outras 2,4 mil seriam voltadas para áreas técnico-científicas ligadas à pesquisa e desenvolvimento (P&D), enquanto 5,3 mil seriam destinadas para técnicos e tecnólogos e 1,2 mil para engenheiros.
Nesse caso, Severian considera que esse perfil reforça o potencial do setor em relação à atração e retenção de profissionais qualificados, com impacto positivo na formação de competências estratégicas.
“Além de gerar emprego e renda, o fortalecimento da base industrial de defesa cria oportunidades de carreira em áreas de ponta e pode contribuir para reduzir a evasão de talentos brasileiros para o exterior”, afirma.
Na quarta-feira (26), a CNI, juntamente com o Ministério da Defesa, também debateu sobre o chamado Termo de Licitação Especial (TLE). Trata-se de uma modalidade de contratação pública voltada à aquisição direta de produtos estratégicos para a Defesa, de acordo com o que prevê a Lei nº 12.598/2012 e o Decreto nº 7.970/2013.
Esses procedimentos devem levar em conta a capacidade tecnológica e produtiva da indústria nacional, além da transferência de tecnologia, entre outros aspectos, como manutenção do sistema e logística necessária para garantir a segurança e a soberania nacional. Clique aqui para mais informações.
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Baixar áudioA produtividade das empresas industriais atendidas pelo programa Brasil Mais Produtivo (B+P) aumentou, em média, 28%, segundo dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em dois anos, a iniciativa alcançou 67,5 mil empresas, sendo 30,5 mil do setor industrial e 37 mil dos segmentos de comércio e serviços. Como as empresas podem participar de mais de uma modalidade, o total de atendimentos ultrapassou 90 mil.
Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o programa é desenvolvido em parceria com Sebrae, SENAI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
O objetivo é oferecer a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) oportunidades de elevar a produtividade, reduzir custos e impulsionar o faturamento por meio da transformação digital, da melhoria de processos e do aperfeiçoamento da gestão. As ações envolvem consultorias especializadas, orientações técnicas e suporte custeados pelos parceiros do B+P.
Na última quarta-feira (26), a sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, recebeu a celebração dos dois anos do programa. Durante o evento, o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, detalhou o papel estratégico das instituições no programa Brasil Mais Produtivo.
“O SENAI vai lá, faz o diagnóstico: como é que vai digitalizar [a empresa], como é que vai melhorar a eficiência, a produtividade, substituir equipamentos, [melhorar] a eficiência energética, reduzir consumo, gasto, custos. E o Sebrae [trabalha] toda a parte de gestão da pequena empresa, para que ela possa ter uma gestão melhor.”
O presidente da CNI, Ricardo Alban, reforçou a importância da colaboração entre governo e entidades do setor produtivo para o fortalecimento das MPMEs. “Essa complementaridade, essa combinação de atores, pode e deve permitir a qualificação e a competitividade de toda essa cadeia, principalmente, das pequenas e das médias [empresas]. Nós [da CNI] entendemos de capacitação técnica, de inovação e tecnologia, e o Sebrae conhece esse público tão importante.”
O diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, também ressaltou os resultados da parceria. “É muito oportuno para nós dizer que, nesse programa, conseguimos de fato essa união com SENAI para fazer com que as micro e pequenas empresas tenham um avanço na produtividade, na eficiência energética e também na inovação.”
A comemoração dos dois anos do B+P incluiu a premiação de empresas que mais se destacaram após consultorias em manufatura enxuta, eficiência energética e gestão. No total, 13 empresas de dez estados, de todas as regiões do país, foram reconhecidas pelos ganhos obtidos.
Destaques Empresariais
Subcategoria: Otimização em Processos Produtivos – Manufatura Enxuta
Subcategoria: Otimização em Processos Produtivos – Eficiência Energética
Subcategoria: Diagnóstico e Estratégia de Gestão
Segundo a CNI, a manufatura enxuta é “um sistema de gestão do processo produtivo focado na redução do desperdício com ganho de qualidade”. Um levantamento da entidade mostra que mais da metade das empresas da indústria da construção não utiliza, ou utiliza pouco, técnicas desse tipo.
Quatro em cada dez indústrias apontam o alto custo de consultorias e a falta de conhecimento sobre ferramentas e técnicas como principais entraves. Nesse cenário, programas como o Brasil Mais Produtivo, que oferece consultorias custeadas pelos parceiros, ajudam a aumentar a competitividade da indústria nacional.
Copiar o textoAbaixo dos 50 pontos, indicador mostra que otimismo ainda não tomou conta do setor
Baixar áudioO setor da construção surfa uma onda de melhoria das expectativas. Pelo terceiro mês consecutivo, a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), registra alta no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Indústria da Construção.
O marcador agora aponta 49,2 pontos, o maior índice desde março, quando o indicador marcava 49,6 pontos. O crescimento registrado desde setembro é de 3,4 pontos e, no último mês, a alta foi de 0,8 ponto. Ainda assim, o índice continua abaixo da marca de 50 pontos, indicando que os empresários do setor ainda demonstram desconfiança.
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, entende que os gestores da construção vislumbram uma queda da Taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, maior patamar dos últimos 20 anos. “É possível que, essa melhora que a gente vinha verificando nos últimos meses com relação ao ânimo dos empresários, especialmente quando se está atrelado às expectativas, já seja uma antecipação do que pode acontecer numa eventual queda da taxa de juros, caso aconteça realmente num futuro próximo”, explica.
A alta do índice foi puxada pelo indicador de expectativas, que subiu 0,9 ponto em novembro, para 51,6 pontos. Os industriais da construção estão mais otimistas com relação ao desempenho dos próprios negócios nos próximos meses e menos pessimistas com o futuro da economia.
“Ainda são índices que estão mostrando uma expectativa positiva, mas ela continua bastante moderada e ficou ainda mais moderada nessa passagem. Então, apesar desse quadro já indicar expectativas positivas, isso vem trazendo melhora na confiança, um sentimento ainda bastante cauteloso, ainda há muita moderação nessas expectativas”, pontua Azevedo.
A avaliação positiva do cenário econômico também foi responsável pelo ligeiro incremento no indicador de condições: alta de 0,5 ponto, passando para 44,3 pontos.
Em outros indicadores, a cautela é regra. Em novembro, o índice de expectativa de número de empregados permaneceu em 49,8 pontos, com tendência de queda nos postos de trabalho nos canteiros. O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços caiu 1,1 ponto, agora em 49,2 pontos, e indica projeção de desaceleração no lançamento de novos empreendimentos e serviços nos próximos meses.
As expectativas de compras de insumos e matérias-primas fecharam o mês em 50,2 pontos, queda de 0,7 ponto em relação ao mês anterior. Já o indicador de expectativa de nível de atividade teve o maior recuo: 2 pontos, para 50,4 pontos. Com ambos índices próximos aos 50 pontos, é esperada estagnação no nível dessas atividades.
Por esse motivo, a intenção de investimento passou de 43,6 pontos para 42,3 pontos, interrompendo sequência de duas altas consecutivas.
A Sondagem Indústria da Construção é uma pesquisa que mede a percepção dos empresários sobre níveis de atividade, emprego e Utilização da Capacidade Operacional (UCO) do setor, além de aferir a confiança, expectativas para uma série de variáveis e intenção de investimento dos industriais para os seis meses seguintes.
Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 301 empresas: 115 de pequeno porte; 125 de médio porte; e 61 de grande porte, entre 3 e 12 de novembro de 2025
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Baixar áudioO 1º Seminário sobre o Termo de Licitação Especial (TLE), promovido pelo Ministério da Defesa com correalização da Confederação Nacional da Indústria (CNI), discutiu como esse instrumento pode impulsionar o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID) e ampliar a competitividade do setor.
O encontro foi realizado na quarta-feira (26), na sede da CNI, em Brasília, e contou com a participação de representantes do governo, da indústria, além de especialistas.
Na avaliação do superintendente de economia da CNI, Márcio Guerra, o seminário cria novos espaços para aproximação de diferentes setores e visa ampliar o entendimento sobre o tema.
“O TLE tem que ser visto como uma ferramenta importante de posicionamento voltada à soberania da indústria de defesa do Brasil. Enquanto a gente vive a questão geopolítica no mundo, onde você tem em vários países a questão da reconversão industrial voltada para produtos de defesa, e na Europa isso é muito claro em vários países, o Brasil ainda precisa melhor utilizar a sua capacidade industrial de defesa e ganhar espaço com flexibilidade e agilidade para poder suprir e desenvolver a sua cadeia industrial”, pontua.
O TLE é compreendido como uma modalidade de contratação pública voltada à aquisição direta de produtos estratégicos para a Defesa, de acordo com o que prevê a Lei nº 12.598/2012 e o Decreto nº 7.970/2013.
O termo é utilizado em licitações relacionadas à aquisição de produtos como armamentos, munições, equipamentos militares, entre outros, considerados estratégicos para a defesa nacional.
Pelas definições do InvestDefesa.org, o TLE é um documento que estabelece condições da licitação, assim como critérios técnicos para a escolha do fornecedor.
Esses procedimentos devem levar em conta a capacidade tecnológica e produtiva da indústria nacional, além da transferência de tecnologia, entre outros aspectos, como manutenção do sistema e logística necessária para garantir a segurança e a soberania nacional.
Nesses casos, é necessária a adoção de um procedimento específico, com inclusão de um plano de transferência de tecnologia e a exigência de índice mínimo de nacionalização dos itens.
Vale destacar que não há um valor mínimo determinado pela legislação para que uma licitação seja realizada por meio de um TLE para aquisição de produtos de Defesa.
Para o coordenador-geral da Comissão Mista da Indústria de Defesa do Ministério da Defesa, Daniel Santana, o fortalecimento do setor depende diretamente da capacidade produtiva nacional.
"O TLE é aplicado em contratações de alta complexidade e relevância com produtos e sistemas de defesa. Nesses casos, o edital requer um nível de capacidade técnica e tecnológica que apenas empresas consolidadas e com expertise comprovada conseguem atender”, afirma.
O general de divisão Flávio Neiva, que também esteve presente ao evento, destacou a necessidade de migrar das aquisições comuns para o TLE. Segundo ele, esse formato sugere ganhos nos âmbitos operacional e orçamentário.
“O TLE facilita o ciclo de aquisição, melhora a gestão de estoques e traz maior segurança jurídica ao processo”, destaca. Entre as vantagens, estão a compra direta do fabricante local, a redução de perdas por falhas de entrega e o estímulo à indústria nacional.
Já o diretor-presidente da BDS Confecções e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Luiz Augusto Barreto Rocha, considera que esse instrumento também fortalece a economia do país.
“O TLE é uma ferramenta de evolução da industrialização e garante que recursos públicos sejam investidos no próprio país, gerando emprego, renda e desenvolvimento”, diz.
O TLE também deverá indicar no que couber os seguintes aspectos:
Ao fim do seminário, foi concluído que é necessário incentivar o Termo de Licitação Especial, pois trata-se de um mecanismo capaz fomentar pesquisa, inovação e continuidade produtiva, além de reduzir a dependência do mercado externo e reforçar a soberania nacional.
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Baixar áudioEmpresas industriais, pequenos negócios de todos os setores e pesquisadores têm até 5 de dezembro para se inscreverem gratuitamente na 9ª edição do Prêmio Nacional de Inovação (PNI). Considerada a maior premiação de inovação do país, a iniciativa reconhece soluções inovadoras desenvolvidas no Brasil e reforça o papel estratégico da inovação para a produtividade, competitividade e desenvolvimento econômico e social.
O prêmio é promovido pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e pelo movimento Juntos pela Indústria — que reúne a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em correalização com o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI).
A especialista em Inovação e Sustentabilidade da CNI, Gabriela Vieira, destaca que o PNI busca reforçar e fortalecer a cultura de inovação no setor industrial brasileiro.
“Ele vai ser uma vitrine nacional, onde empresas e indústrias trazem os seus cases de sucesso e impulsionam essas conexões, ajudando para que essas devidas conexões e parceiros consigam orientar investimentos, políticas públicas e até pautar prioridades tecnológicas”, destacou ao Brasil 61.
O gerente de inovação do Sebrae, Paulo Renato, ressalta que a premiação também estimula pequenos negócios a ingressarem no universo da inovação.
“Seria algo como: ‘se ele conseguiu, eu também posso’. Então, o PNI tem, sim, a função de um canal para que mais empresas inovem, mas, também, tem a função de um exemplo, colocando essa empresa em destaque para que outras micro e pequenas empresas se inspirem e entendam que elas podem inovar”, explicou à reportagem.
A edição 2025 acontece de forma integrada à Jornada Nacional da Inovação da Indústria — caravana que percorre as 27 unidades da Federação — e ao 11º Congresso de Inovação da Indústria, marcado para março do ano que vem.
A premiação prioriza soluções ligadas à transformação digital e ao desenvolvimento sustentável, com dois eixos temáticos:
Segundo Paulo Renato, os temas foram definidos a partir das necessidades reais das empresas e do cenário global.
“Como é que as empresas estão otimizando recursos e gastos, por exemplo, de energia ou água? Como é que as pequenas empresas estão utilizando recursos renováveis para melhorar a sua eficiência e impactando menos o meio ambiente? Induzir as empresas a começarem a usar ferramentas de IA, para começar a melhorar os seus pequenos negócios”, explicou.
Já as categorias de participação são divididas em:
“A ideia é que a gente consiga incentivar [a participação] em diferentes setores e diferentes regiões do Brasil. A gente trabalha junto com a Jornada de Inovação. Então a ideia é que a gente consiga mostrar o Prêmio Nacional de Inovação e esses cases de sucessos com uma diversidade regional grande”, afirma a especialista da CNI, Gabriela Viera.
O gerente de inovação do Sebrae, Paulo Renato, reforça que a inovação precisa ser desmistificada para alcançar mais negócios.
“A inovação realmente parece ser complicada; tem muitos métodos, nomes e termos. E nós do Sebrae temos trabalhado nessa desmistificação via programas, como o Sebraetec, ações de comunicação, com linguagem simples e ousada, que vão ajudar as pequenas empresas a entenderem que inovação é algo do cotidiano e não algo distante ou supérfluo.”
O PNI também contará com uma categoria exclusiva para empresas que desenvolvem soluções inovadoras com recursos incentivados pela Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005).
Gabriela Vieira explica que a inclusão dessa categoria resulta de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e tem dois objetivos: valorizar empresas que já utilizam o incentivo e estimular mais negócios a aproveitarem o benefício.
Outra novidade desta edição é que os projetos de inovação serão avaliados pela efetividade no mercado, com base em resultados mensuráveis e impacto positivo na sociedade.
Na primeira fase, um comitê de especialistas selecionará os finalistas. A etapa final será decidida por voto popular entre os participantes credenciados no 11º Congresso de Inovação da Indústria, que ocorrerá em São Paulo, nos dias 25 e 26 de março de 2026.
“Aprimoramos a metodologia de avaliação para que a gente conseguisse um pouco mais de transparência e um maior alinhamento com as práticas tanto nacionais quanto internacionais. Sentíamos falta de entender o impacto, a escalabilidade, a sustentabilidade e a maturidade desses projetos. E esse novo método vai permitir uma análise um pouco mais profunda, considerando o potencial desses resultados mais concretos”, explica Gabriela Vieira.
Todos os inscritos recebem um relatório de feedback de avaliação. Os finalistas ganham certificados, troféus, divulgação nacional e participação no congresso de inovação.
Já os vencedores também participarão de uma imersão internacional em ecossistemas de inovação, com programação personalizada.
“A ideia é que essas empresas ganhem visibilidade nacional e consigam abrir portas para novos mercados, novas parcerias. Acho que o efeito mais importante é fazer com que esse reconhecimento possa fortalecer essa cultura de inovação que a gente preza na CNI”, avalia Gabriela Vieira.
Confira outros detalhes e o regulamento de cada categoria no site do Prêmio Nacional de Inovação.
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Baixar áudioO Serviço Social da Indústria (SESI) e o Conselho Nacional do SESI acabaram de lançar 3 mil vagas gratuitas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) Profissionalizante em Santa Catarina. A formação faz parte do SEJA PRO+ Trabalho e Emprego, programa realizado em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, que une educação básica e qualificação profissional.
Durante o lançamento do programa no estado, nesta quarta-feira (26), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Gilberto Seleme, destacou que a iniciativa ajuda a suprir a falta de mão de obra qualificada no estado.
“Estamos hoje em um apagão de mão-de-obra aqui, porque falta educação e qualificação. As indústrias de Santa Catarina estão precisando de mão-de-obra qualificada. É uma indústria moderna e o SESI/SC, juntamente com o SESI Nacional, está oferecendo essa qualificação para o nosso futuro trabalhador da indústria”, afirmou.
O SEJA PRO+ Trabalho e Emprego prioriza jovens entre 18 a 29 anos que não concluíram a educação básica no período regular. Segundo Roberta de Oliveira, gerente de projetos do Conselho Nacional do SESI, o objetivo é abrir portas para quem está na informalidade.
“[O objetivo] é emprego para quem não tem, para quem está na informalidade. A gente também sabe que o estudo promove essa melhoria, [o estudante] consegue um emprego melhor, consegue ganhar mais. Então, a ideia também é ele se movimentar na carreira, buscar uma outra carreira ou, na própria carreira que ele está, passar para um emprego melhor”, esclarece.
Uma parte das vagas será destinada a pessoas atendidas por organizações não governamentais, militares e pessoas privadas de liberdade. O restante ficará aberto ao público geral que pode se inscrever na página da EJA do SESI/SC até fevereiro de 2026. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição.
Os participantes terão dois encontros semanais: um dedicado à educação básica (3h45 de duração) e outro à qualificação profissional (3h30).
De acordo com o SESI/SC, os conhecimentos já adquiridos pelo aluno ao longo da vida são avaliados em uma prova, permitindo que ele curse apenas as disciplinas pendentes. Assim, é possível concluir o Ensino Fundamental ou Médio e obter um certificado de qualificação do SENAI em até 13 meses letivos.
O SEJA PRO+ Trabalho e Emprego em Santa Catarina oferece qualificações nas áreas industrial, técnica e de produção, entre elas:
As aulas começam em março de 2026 e serão realizadas nas escolas do SESI/SC ou em unidades das instituições parceiras. A FIESC ainda definirá os locais de cada curso, conforme a demanda dos inscritos.
Durante o evento de lançamento do programa em Santa Catarina, a egressa Daniela de Souza de Paula relatou sua trajetória como exemplo do impacto da EJA Profissionalizante. Com apenas o Ensino Fundamental concluído, ela retomou os estudos em 2020 e finalizou a educação básica no ano seguinte, mesmo durante a pandemia. Hoje cursa a segunda graduação e atua como coordenadora em uma instituição que atende crianças e adolescentes com autismo.
“Se a educação foi capaz de transformar a minha vida, quando tudo parecia distante, imagino o que pode realizar por tantos outros que ainda aguardam apenas uma oportunidade”, relatou.
O SEJA PRO+ Trabalho e Emprego é uma parceria entre o SESI Nacional, o Conselho Nacional do SESI e o Ministério do Trabalho e Emprego e prevê a oferta de 25 mil vagas em todo o Brasil — 3 mil em Santa Catarina e outras 22 mil nos demais estados. O programa também já foi lançado na Bahia, Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo e Rondônia.
Segundo o assessor da Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Emprego, Marcelo Marcos Benedito, o objetivo é elevar a escolaridade e a qualificação dos jovens. “Estamos implantando no Sistema Nacional de Emprego (Sine) uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA). Por isso, pretendemos que as habilidades e as experiências desse jovem sejam cruzadas e esse encaminhamento [para as vagas de emprego] seja mais assertivo”, esclarece.
Copiar o textoAtividade fraca faz recuar emprego, aumentar uso de estoques e da capacidade instalada
Baixar áudioA produção industrial brasileira mostrou sinais de recuperação no último mês. A Sondagem Industrial, levantamento realizado mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou evolução de 1,4 ponto no índice de desempenho do parque fabril nacional, saindo de 50,1 pontos em setembro para 51,5 em outubro. A taxa varia de 0 a 100 e, quanto mais longe de 50 pontos, mais acentuada é a variação.
A melhora era esperada pelo setor. O período costuma ser de alta demanda devido à renda da população, que no final do ano tem incremento com bônus e o décimo-terceiro salário. A pontuação, no entanto, é bem inferior quando comparada ao mesmo mês do ano passado. Em outubro de 2024, o índice indicava 53,7 pontos, ou seja, uma diferença de 2,2 pontos de desempenho.
“Só que, neste ano, esse aumento foi mais fraco do que em anos anteriores”, alertou Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI. “O ritmo dessa expansão foi menor, como também acontece numa base mais fraca; a indústria já não vinha trazendo bons resultados nos últimos meses”, afirmou o especialista.
A pesquisa revela que essa menor atividade industrial reflete na geração de empregos: 48,8 pontos, 0,1 ponto abaixo na comparação com setembro e segunda pior marca no ano, atrás apenas de agosto, quando o índice marcava 48,4 pontos. Isso significa queda no total de trabalhadores empregados pelo segmento.
O cenário faz com que os gestores industriais adotem tom pessimista. Em novembro, o índice de expectativa de demanda por produtos industriais recuou 1,2 ponto, de 52,5 pontos para 51,3 pontos, o pior resultado para o mês desde 2016.
Para Azevedo, essa tendência negativa deve perdurar pelos próximos seis meses se não houver melhora no ambiente de negócios. “Há uma expectativa de continuação dessa queda do emprego, como também compras menores de matérias primas e insumos, justamente por conta dessa expectativa mais fraca de demanda.”, conclui.
Outro reflexo da situação se observa na evolução do nível de estoques. O indicador caiu 0,4 ponto no último mês, agora marcando 50,3 pontos em outubro. Isso revela desaceleração no ritmo do acúmulo de estoques, aproximando o uso efetivo do nível planejado, atualmente em 50,2 pontos.
Com menos mão de obra e maior uso dos estoques, subiu também a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) na indústria. Outubro viu incremento de 1 ponto percentual na comparação com setembro, atingindo 71%. O valor é 3 pontos percentuais menor do que o observado em outubro de 2024 (74%) e idêntico ao do mesmo mês de 2023 (71%).
Para a edição de novembro da Sondagem Industrial, foram consultadas 1.446 empresas pela CNI: 603 de pequeno porte; 492 de médio porte; e 351 de grande porte, entre 3 e 12 de novembro de 2025.
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