Construção civil

26/05/2023 20:30h

Confiança da Construção registra menor nível desde janeiro deste ano, frente à deterioração das expectativas. Índice Nacional de Custo da Construção registra inflação de 0,40% em maio.

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O ICST, Índice de Confiança da Construção do FGV IBRE, caiu 1,4 ponto em maio, para 94,0 pontos, que é o menor nível desde janeiro deste ano (93,6 pontos). Em médias móveis trimestrais o índice ficou estável ao variar 0,1 ponto. 

A queda do ICST foi influenciado pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST) e pelo Índice de Expectativas (IE-CST), oscilando para baixo como resultado da deterioração das expectativas e da avaliação da situação corrente. Os dois indicadores que compõem o ISA caíram, que são o indicador de situação atual dos negócios, que atingiu o menor patamar desde maio de 2022, e o indicador do volume de carteira de contratos, que, por sua vez, atingiu menor nível desde fevereiro de 2022. 

Pela parte das expectativas, o IE recuou 1,1 ponto, influenciado principalmente pela queda do indicador de tendência dos negócios. O Indicador de demanda prevista também cedeu em 0,8 pontos. 

Em síntese o índice volta a oscilar para baixo como resultado da piora das expectativas em relação à demanda dos próximos meses, tanto na comparação mensal, quanto na anual. Também o cenário de taxas de juros elevadas e maiores dificuldades com o crédito contribuíram para o crescimento do pessimismo. 

Custo da Construção

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,40% e registra inflação em maio, percentual superior ao a
purado no mês anterior. O INCC-M acumula alta de 1,34% no ano e de 6,32% em 12 meses. 

O grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços caiu, após variar 0,14% no mês anterior.

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra variou 0,75% em maio, ante 0,23% em abril. 

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25/05/2023 20:15h

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, divulgou nesta quinta-feira (25) a Pesquisa Anual da Indústria da Construção - PAIC, referente a 2021.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, divulgou nessa quinta-feira (25) a Pesquisa Anual da Indústria da Construção - PAIC, referente a 2021.

Entre 2012 e 2021, houve uma marcante redução da concentração na Indústria da Construção, o que pode ser interpretado como algo positivo para o setor. Em 2012, as oito maiores empresas representavam 10,8% do setor, enquanto para 2021, a participação das oito empresas líderes recuou para 4,3%, o que indica maior diversificação no setor e menor taxa monopolística das empresas líderes.

Esta redução do chamado "market share" das empresas líderes, ou seja, da sua participação no mercado da construção civil, é positiva para o consumidor e clientes. Possíveis menores preços no setor e entrega de produtos de maior qualidade, em vista da maior concorrência entre um maior número de empresas, são alguns dos fatores retratados na pesquisa. 

Outro indicador positivo na última década é que o pessoal empregado no setor cresceu 11,4%, que é a maior variação percentual desde 2010. Também, o número de empresas de Construção cresceu 11,7%, maior taxa anual desde 2013. Este dado diverge do número de postos de trabalho na Indústria da Construção, com queda de 22,9% em comparação a 2012. Segmento de construção de edifícios e de Obras de infraestrutura também perderam postos de trabalho, em 31,7 e 33,6%, respectivamente. 

O setor com maior alta em número de pessoas ocupadas entre os segmentos da Construção foi o de Serviços especializados: 17,9%. Porém, a ocupação no setor de Obras e infraestrutura caiu 0,6%. 

Também o setor de Obras e infraestrutura representa 36,5% do total de salários e outras remunerações.

Em salários mínimos, o salário médio mensal da construção caiu ao menor nível da série iniciada em 2007. Em 2021, foi registrada uma média de 2,1 salários mínimos. 

Metodologia

A Pesquisa Anual da Indústria da Construção, PAIC, tem por objetivo identificar as características estruturais básicas do segmento empresarial da construção no País e suas transformações no tempo, contemplando, entre outros aspectos, dados sobre pessoal ocupado, salários, custos e despesas, receitas, valor das obras e/ou serviços especializados, e valor adicionado. Seus resultados constituem referência para a análise das atividades que compõem esse segmento e podem ilustrar modificações ocorridas no setor em uma série de 10 anos. 

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12/05/2023 18:20h

O acumulado dos últimos 12 meses foi de 8,05%. A taxa em abril ficou 0,07 ponto percentual acima da de março

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O Índice Nacional da Construção Civi chegou a 0,27% em abril, ficando 0,07 ponto percentual acima da taxa de março, que ficou em 0,20%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O economista Newton Ferreira explica o que pode ter causado essa alta no índice. “Pode ter acontecido esse aumento aí sazonalmente em abril em relação aos materiais, porque pode ter tido um excesso de demanda ou mesmo um encarecimento por conta do custo de produção desses materiais. Temos que observar a tendência, como nós olhamos para trás, 12 meses, crescimento até baixo, de 8,05, em relação ao que vinha acontecendo em março”, elucidou. 

Nos últimos 12 meses o acumulado foi para 8,05%, abaixo dos 9,06% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O custo nacional da construção, por metro quadrado, passou em abril para R$ 1.693,67, sendo R$ 1.006,82 relativos aos materiais e R$686,85 à mão de obra. 

Em abril, com relação à mão de obra, a taxa ficou em 0,05%, registrando queda de 0,35 ponto percentual em relação a março, quando o índice foi de 0,40%. Já a parcela dos materiais ficou em 0,42%, um aumento significativo em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 0,07%. 

Sobre essa alta do material registrada pelo índice, o economista Newton Ferreira destaca uma visão de médio prazo: “Nós temos que observar ao longo do tempo, há uma tendência de que se há uma recuperação na atividade econômica, a construção civil acaba respondendo, e isso acaba provocando aumentos de preço, porque nem sempre as indústrias conseguem atender ao consumo”, explicou. 

De janeiro a  abril, os acumulados foram de 0,56% em materiais e 1,30% em mão de obra. Já os acumulados em 12 meses  ficaram em 6,60% em materiais e 10,21% em mão de obra.
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Economia
27/04/2023 19:55h

Índice subiu 1,0 em abril, para 95,4 pontos, maior nível desde novembro de 2022 (95,6 pontos)

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O ICST, Índice de Confiança da Construção do FGV IBRE subiu 1,0 ponto em abril, para 95,4 pontos, maior nível desde novembro de 2022 (95,6 pontos). O levantamento mede a confiança, principalmente, das empresas do ramo da construção civil no país. A pontuação representa que, de 100 pessoas entrevistadas, cerca de 95 responderam que acreditam no crescimento do setor. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,6 ponto.

Felipe Brasileiro é engenheiro civil, atua há 10 anos no DF e é sócio na F10 Engenharia. Ele conta que a procura na capital federal tem sido alta e continua otimista para o decorrer deste ano. “Está tendo um aumento na demanda de construção, de reformas, principalmente reforma de apartamento, e na prática, eu sendo engenheiro civil, a gente está notando que está crescendo [a demanda]. Agora tá quase igualando o que era pré-pandemia. Pode evoluir mais ainda”. 

Para o economista Hugo Gabe, avançar um ponto percentual tem grande relevância. Ele explica quais as principais variáveis que favorecem esse cenário. “Avançar 1,0 ponto é bastante significativo. O setor da construção civil depende bastante das taxas e existe uma expectativa no segundo semestre por causa, essencialmente das taxas de juros e desemprego, que está diminuindo. São essa duas as principais variáveis que faz com que eles tenham uma maior confiança”.

O ICST também apresenta o levantamento do Índice de Situação atual (ISA-CST) que avançou 0,6 ponto, o Índice de Expectativas (IE-CST) que subiu 1,4 ponto e o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) que apresentou 1,9 ponto. O professor de economia da UNB Roberto Piscitelli  também concorda que o indicador é positivo para o setor e pontua fatores de destaque do ICST que consolidam essa expectativa. “Porque os contratos não refletem apenas, digamos assim, uma expectativa. Os contratos são uma coisa de concreto. Portanto, representam compromissos assumidos. Outro dado é o índice de utilização da capacidade. Não são muitos setores que têm o índice tão elevado. É um indicador num modo geral positivo”.

Entre os quesitos que apontam dificuldades para os negócios, estão: a Demanda Insuficiente na comparação do ano passado, que foi de 25,3% para 29,1% e também foi registrado aumento no item Escassez de Mão de Obra Qualificada.

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Economia
13/04/2023 04:15h

Índices mostram tendência de estabilidade desde outubro de 2022

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O mês de março apresentou uma leve variação no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) ficando abaixo do percentual de fevereiro. A taxa acumulada em 12 meses mostra avanço de 9,06%, o que representa que o custo nacional da construção por metro quadrado subiu. De acordo como o IBGE, o custo aumentou para R$1.689,13, sendo que R$1.002,60 são relativos aos materiais e R$ 686,53 referentes à mão de obra.

Dentre as regiões brasileiras, três apresentam variação positiva na parcela dos materiais: a maior alta foi no Nordeste, com taxa de 0,51%; no Norte, com 0,04% e no Sul com 0,43%. Já o Centro-Oeste, com destaque em Brasília, registrou variação negativa. A conselheira federal Ana Cláudia Arruda afirma que essa alteração foi decorrente de ajustes salariais que aconteceram em alguns estados, mas que isso não representa pressão sobre o setor e sim uma estabilidade no consumo e no preço dos materiais de construção e na mão de obra. 

A conselheira explica que a redução nas taxas seria é fator importante para alavancar a economia. “Os impactos são positivos. O que claramente se observa é que se as taxas diminuem e se as condições macroeconômicas forem favorecidas, nós teremos uma grande retomada da construção civil que é um setor estratégico para o arranque da economia, já que é um setor amplamente empregador s e comprador de insumos estratégicos 

Desde 2020, a estabilidade dos índices tem sido impactada de maneira diferente pela pandemia de Covid-19, sendo que a mão de obra está sendo mais afetada do que a alta nos preços dos materiais de construção.

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Economia
04/04/2023 20:00h

Este é o maior registro desde novembro de 2022

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O índice de confiança empresarial (ICE) subiu 2,2 pontos em março, chegando a 91,4 pontos. Mesmo estando distante no nível neutro de 100 pontos, este é o maior registro marcado desde novembro de 2022. É o que aponta o portal IBRE da Fundação Getúlio Vargas. 

O ICE consolida os índices de confiança de quatro setores: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Para o professor de economia e contabilidade Riezo Almeida, os setores industrial e de serviços tiveram uma melhora significativa, principalmente com a elevação na demanda externa e do mercado interno. E o comércio brasileiro tem melhorado os indicadores com o aumento do salário mínimo.

“Com a possível retomada dos grandes países no mundo, estão surgindo novas demandas ao produtos e serviços brasileiros, ou seja, a exportação continua em alta, por isso esse indicador deu uma melhorada”, afirmou o professor. 

A alta da confiança empresarial em março foi crucial para a melhoria das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 1,0 ponto, para 90,9 pontos e o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 5,1 pontos, para 93,0 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (95,9 pts.). Com o resultado, o IE-E supera o ISA-E pela primeira vez desde março de 2022.

De fevereiro para março a confiança dos serviços (ICS) subiu 2,6 pontos, para 91,7 pontos, enquanto a do comércio cresceu 1,1 ponto, para 86,9 pontos. Já a confiança da indústria cresceu 2,4 pontos, para 94,4 pontos, ao passo que a construção ficou estável em 94,4 pontos. No cômputo total, a confiança cresceu em 61% dos 49 segmentos do ICEI.

Mesmo com esse aumento, para os empresários brasileiros, a inflação ainda tem sido um ponto de questionamento na oferta de serviços. Como é o caso do empresário Hygons Hipólito. Ele conta que tem enfrentado desafios por conta da economia brasileira. 

“Um dos desafios que a gente está passando é com relação a ajuste de preços, porque a situação econômica do país não está ajudando, a inflação está puxando os preços de serviços para cima”, explicou o empresário  

Em março, a confiança empresarial subiu em 61% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação ligeiramente inferior à observada no mês anterior. 

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Economia
29/03/2023 18:30h

O INCC-M acumula alta de 0,70% no ano e 8,17% nos últimos 12 meses. Em março, o índice variou 0,18%, e em fevereiro 0,21%

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Medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) deste mês de março variou 0,18% em março. O percentual é inferior ao apurado em fevereiro, quando o índice variou 0,21%. No acumulado deste ano, o índice tem alta de 0,70%, e no dos últimos 12 meses a alta é de 8,17%.

O economista Newton Ferreira explica que é preciso analisar o índice com base no movimento do mercado, levando em conta os  desafios econômicos e a taxa de juros  do país. “O Índice Nacional de Construção Civil continua em 12 meses ainda pressionado, ainda mais de 8% em 12 meses (...) Temos que aguardar o que vai acontecer com a economia ao longo do ano, se houver uma retomada pode ser que haja um reaquecimento do setor, bem como uma esperada redução da taxa básica de juros também deve ser uma forma de estimular o setor, porque aí aparecem novos financiamentos”, explicou.

Composição do índice

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o indicador equivalente a Materiais e Equipamentos caiu 0,07% em março. Já a variação relativa a Serviços variou 0,88% em março. Já a variação referente ao índice da Mão de Obra subiu 0,27% em março. 

A respeito deste cenário, o economista Felipe Queiroz ressalta a baixa expectativa de crescimento da economia e como isso impacta o setor: “Então nesse cenário que nós temos observado é o nível de atividade da economia geral já bastante baixo, economia crescendo no máximo 1% esse ano, de acordo com as expectativas, e uma taxa de juros muito elevada, isso aumenta o custo de produção”, elucidou.

Cidades pesquisadas

Cinco capitais apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Brasília,  Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em oposição, Salvador e Porto Alegre apresentaram acréscimo na variação do índice. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. 

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Economia
29/03/2023 18:25h

Índice acomodou em março em patamar de moderado pessimismo, nas médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,3 ponto. A estabilidade foi resultado de variações opostas dos dois componentes do índice, que é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV)

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O Índice de Confiança da Construção (ICST), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), manteve em março os 94,4 pontos, patamar de moderado pessimismo. A estabilidade do ICST foi resultado das variações opostas dos dois componentes que o integram. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,3 ponto.

O  economista Felipe Queiroz explica que os agentes de mercado estão moderadamente receosos em relação às perspectivas do  setor, e enumera as razões: “Primeiro nós temos um cenário externo adverso, altas de juros no mundo inteiro, uma tendência de desaceleração mais acentuada da economia global, e no cenário doméstico, que é o que mais influencia o indicador, nós temos uma taxa de juros elevadíssima”. 

Interferência dos juros

O especialista também ressalta que a taxa de juros no país é uma das maiores taxas reais de juros do mundo, e isso impede alguns investimentos e o processo de contratação de crédito das famílias, porque encarece muito crédito e diminui a oferta. Outro ponto lembrado pelo economista é a dificuldade de encontrar mão-de-obra qualificada. Segundo Queiroz, esses fatores têm um impacto direto sobre a confiança no setor. 

A interferência dos juros no Índice também foi apontada pelo economista Carlos Eduardo Oliveira Júnior, conselheiro do Conselho Regional de Economia de São Paulo como um fator determinante: “As taxas de juros elevadíssimas inibem o investimento, e um investimento menor faz com que a confiança pare de subir. Como ocorre nesse caso, o Índice de Confiança da Construção Civil, algo que depende muito da questão dos juros, quando os juros estão muito elevados faz com que a demanda caia”. Segundo Oliveira Júnior, o mercado aguarda medidas para a retomada da confiança e do investimento na construção civil. 

“A perspectiva é de melhora com o retorno do PAC, principal  para construção civil de moradias, seja para pessoas de baixa e de média renda, e também estamos na expectativa de redução de juros, isso vai fazer com que o setor se fortaleça”, explicou o economista.

Índices do ICST

A estabilidade do índice resulta das variações opostos dos dois componentes do índice. O Índice de Situação Atual do Índice de Confiança da Construção (ISA-CST) subiu 0,3 ponto e foi para 93,7 pontos, após quatro meses seguidos de queda. A alta deste indicador se deve exclusivamente à melhora na percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios, que aumentou 0,5 ponto, para 92,2 pontos. O indicador de carteira de contratos ficou estável ao variar -0,1 ponto para 95,2 pontos, menor nível desde março do ano passado.

O Índice de Expectativas (IE-CST) cedeu 0,3 ponto, para 95,3 pontos, mantendo-se relativamente estável após alta registrada no mês anterior. A queda deste índice foi influenciada pelo indicador de tendência de negócios para os próximos meses, que caiu 1,4 ponto e foi para 92,3 pontos. Já o indicador de demanda prevista aumentou 0,9 ponto, chegando a 98,3 pontos.

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15/03/2023 04:00h

Levantamento do Novo Caged demonstra que o estado paulista é responsável por 22,4% dos empregos criados no primeiro mês do ano

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Dos 83.297 postos de emprego gerados no país em janeiro, o estado de São Paulo foi responsável por 18.663, o que corresponde a 22,4% do total. Os dados são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Novo Caged). O saldo é o resultado das 571.932 admissões menos as 553.269 demissões no primeiro mês de 2023.

A quantidade total de vínculos celetistas ativos, chamado de estoque, em janeiro de 2023 no estado, contabilizou 13.107.786 empregos. Para o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), os dados paulistas indicam um otimismo do que se deve esperar para o país.

“Acho que São Paulo se destacou porque é o primeiro estado, até pela sua força econômica, a sentir os efeitos da possibilidade de termos uma reforma tributária justa no país. Incentivo à produção, nós crescemos na indústria e na construção civil, que são dois setores importantíssimos para a cadeia econômica, e acho que muito em torno do ambiente gerado em São Paulo e a expectativa de reformas estruturantes no nosso país”, afirma o parlamentar.

A indústria e a construção civil não só tiveram resultado positivo na geração de empregos formais no mês passado como foram os setores com o melhor desempenho. Foram 17.772 postos de trabalho de saldo na indústria geral, e 15.363 na construção.

“A construção vem de um aquecimento, está bem aquecida nos últimos anos, tanto por obras relativas ao setor privado quanto por obras do setor público. E a indústria, sempre tem uma força especial no estado de São Paulo. A gente analisando aqui, poderia dizer que o impacto da construção é maior na cidade de São Paulo, enquanto que o impacto em termos da indústria é maior nas cidades do interior de São Paulo”, analisa Ulisses de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo.

Na sequência, aparecem os setores Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (8.537 postos), Serviços (3.594) e Outros serviços (1.788). Comércio aparece com saldo negativo de 17.656 no período. 

Desocupação

No entanto, os dados do Novo Caged se referem aos vínculos de emprego formais, ou seja, formalizados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Quando consideradas também as pessoas com vínculos informais, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) do 3º trimestre de 2022, são 23,9 milhões de pessoas ocupadas e 2,3 milhões de desocupadas – a parcela da população que não realiza qualquer atividade remunerada, formal ou informalmente.

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, São Paulo é a segunda unidade da federação com maior rendimento médio per capita do país, com R$ 2.148,00 de rendimento nominal mensal domiciliar per capita. O estado fica atrás apenas do Distrito Federal, que registra o maior (R$2.913). Rio Grande do Sul (R$ 2.087), Santa Catarina (R$ 2.018), Rio de Janeiro (R$ 1.971) e Paraná (R$ 1.846) aparecem na sequência.

Brasil

Em todo o país, o Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Novo Caged) contabilizou que, em janeiro, foram gerados 83.297 postos de trabalho com carteira assinada. O montante resulta de 1.874.226 admissões e 1.790.929 desligamentos no mês, tendo saldo positivo em 16 das 27 unidades da federação e em quatro dos cinco grandes grupos de atividade econômica. 

Com isso, o estoque recuperado de empregos formais alcançou 42.527.722 postos de trabalho. Dos postos de trabalho gerados, 66.849 podem ser considerados típicos e 16.448 não típicos.

Os dados do Novo Caged revelam, ainda, que o salário médio real de admissão no mês alcançou R$ 2.012,76, enquanto o salário médio real de desligamento foi de R$ 2.034,98. Em janeiro de 2022, esses valores eram R$ 2.021,49 e R$ 1.977,89 respectivamente. O salário médio de admissão dos homens chegou a R$ 2.096,25, enquanto o das mulheres alcançou R$ 1.887,60.

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Economia
08/03/2023 14:15h

De acordo com o levantamento, a confiança dos empresários do setor cresceu, puxada principalmente pela melhora nas expectativas de desempenho das empresas e, em menor grau, da economia do país

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O nível de atividade e o número de empregados da indústria da construção caíram pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Já a confiança dos empresários do setor cresceu, puxada principalmente pela melhora nas expectativas de desempenho das empresas e, em menor grau, da economia do país. 

Larissa Nocko, especialista em Políticas e Indústria da CNI, explica que a pesquisa mostra um contraste entre os indicadores que medem o presente com os que medem o futuro. 

"Em linhas gerais, isso mostra que a avaliação do empresário da construção com relação ao contexto da atividade econômica, como um todo, permanece bastante crítico. No entanto, as expectativas mostram que a sua percepção para os próximos seis meses é de uma possível recuperação". 

O indicador que mede a evolução do nível de atividade da indústria da construção recuou 2,1 pontos na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023. Está agora com 44,5 pontos. Segundo Nocko, parte da queda se deve à sazonalidade, já que na virada de um ano para o outro o desempenho do setor costuma cair. 

Na comparação com o mês de janeiro do ano passado, o índice ficou 2,9 pontos abaixo, mas, ainda assim, continua próximo da média para o primeiro mês do ano da sua série histórica, que é de 44,4 pontos. 

A quantidade de pessoas empregadas na construção industrial também diminuiu na virada de ano. O indicador que mede esse aspecto caiu um ponto e terminou janeiro com 45,9 pontos, o que mesmo assim o deixou acima da média histórica para o período. 

Confiança

Apesar de o nível de atividade e o número de empregados ter caído, os empresários do setor estão mais otimistas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da indústria da construção subiu 2,1 pontos em fevereiro na comparação com janeiro. Chegou aos 51,7 pontos, alta que fez com que o ICEI passasse da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que, agora, os empresários estão confiantes. 

Entre os componentes que compõem o indicador, aquele que mede as expectativas para a empresa foi o principal responsável pela melhora. Já as expectativas em torno da economia brasileira estão mais pessimistas. 

De acordo com o levantamento, "os empresários permanecem com uma leitura de grande preocupação com a situação atual da economia, mas percebem possibilidade de melhora relacionadas ao seu negócio nos próximos meses". 

Segundo Larissa Nocko, as projeções dos empresários para os próximos meses melhoraram em quase todos os aspectos. "As expectativas relacionadas tanto à compra de matérias-primas quanto ao número de empregados, ao nível de atividade e com relação a novos empreendimentos também avançaram. Estava numa expectativa de queda em janeiro e passou a uma expectativa de aumento em fevereiro", explica. 

Investimento

Outro boa notícia para a indústria da construção foi a de que a intenção de investimento dos empresários do setor aumentou depois de quatro quedas seguidas. O índice subiu 6,2 pontos entre janeiro e fevereiro, atingindo 44,7 pontos. "Mostrou um avanço significativo e voltou ao patamar em que se encontrava ali em meados de novembro de 2022", avalia Nocko. 

A Sondagem Indústria da Construção ouviu 343 empresas, sendo 137 médias, 134 pequenas e 72 grandes.  

Índice de Preços ao Produtor (IPP) de janeiro preocupa especialista

Alckmin afirma que votação da reforma tributária deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2023

Produção e emprego fazem cair atividade industrial em janeiro

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