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Portaria publicada pelo governo amplia prazos para entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida a municípios com menos de 50 mil habitantes
Os municípios com menos de 50 mil habitantes terão nova oportunidade para retomar e finalizar obras de unidades habitacionais. O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) publicou portaria (523/2021) que amplia os prazos para entrega de 44,6 mil moradias referentes à Oferta Pública do Programa Minha Casa, Minha Vida em municípios, conhecida popularmente como Sub 50 mil, associada aos chamamentos públicos de 2009 e 2012.
A ampliação garante aos agentes interessados na conclusão e entrega das unidades habitacionais o período de 90 dias para manifestar interesse. O prazo final para a entrega das obras vai até o dia 26 de fevereiro de 2023 e devem ficar dentro do valor previsto originalmente, sem custos adicionais para a União. Os recursos pendentes só serão ressarcidos após a entrega dos imóveis como ferramenta de garantia.
Se os agentes financeiros não considerarem viável a retomada das obras, os estados ou municípios podem assumir os empreendimentos, garantir a conclusão e entregar com recursos próprios. No entanto, para isso, a manifestação de interesse deve ser feita em conjunto – pelo poder público estadual e municipal com o agente financeiro – vedado repasse de recursos da União.
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A analista da área de planejamento urbano da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Karla França, explica que há uma dificuldade dos municípios em assumir as obras, pois, por serem locais com menos de 50 mil habitantes, a cartela de empresas é pequena “Há uma dificuldade na contratação de empresas para operarem em pequenos municípios, financeiramente não é tão atrativo, então o gestor público não tem grandes opções.”
França pontua ainda as maiores dificuldades que levam a não conclusão das obras. “São fatores variados, desde empresas que por motivos internos não conseguiram concluir, atraso no repasse de recursos federais, problemas em relação à situação fundiária dessas obras e agentes regionais que faliram, tudo isso gera atraso”, explica.
De acordo com a CNM, as novas medidas propostas vão beneficiar 1.895 municípios de 22 estados. O Nordeste possui 1.119 municípios com obras não concluídas, 59% do total, o que representa 25,1 mil moradias inconclusas. A maior quantidade está na Bahia, 284 municípios possuem mais de 7 mil moradias inconclusas.
O estudo aponta ainda que o Norte possui 293 municípios com obras que podem ser beneficiadas pela normativa, seguido do Centro-Oeste, Sul e Sudeste com, respectivamente, 188, 165 e 130 municípios contemplados. O levantamento completo por município será divulgado pela CNM até o fim da semana.
Do total quantitativo, o Nordeste é a região que possui mais obras inconclusas (59%). Karla França esclarece que a razão para tal número é que o volume de municípios com população de até 50 mil habitantes é maior. “Quando olhamos para a carteira de chamamento de 2009 e 2012, que foram os municípios situados no Nordeste, eles demandaram maior necessidade de moradias dentro do perfil 50 mil. E como os municípios operaram com pequenas empresas e bancos regionais, a partir do momento que agentes financeiros faliram, as obras foram atrasadas, tornando a região com maior quantidade de obras inconclusas”, diz.
Para a especialista em direito público, Amanda Caroline, a retomada das obras garante agilidade no processo e acesso à moradia como previsto na Constituição Federal. “É importante pois diante da possibilidade de participação dos entes privados e agentes financeiros do poder público, as moradias podem ser entregues em tempo mais rápido e o instituto social da moradia garantido na Constituição Federal pode ser abrangido por mais pessoas.”
Em relação à população pré-selecionada, essas devem aguardar o contato da instituição financeira que será feita quando as obras retornarem. Essas famílias não serão substituídas e permanecem dentro da instrução normativa. Já para os que ainda não foram contemplados, a seleção vai ocorrer pelas normas do Minha Casa Minha Vida, e não pelo programa Casa Verde e Amarela.
“Todos que estão precisando de um imóvel e participam do programa Minha Casa, Minha Vida possam buscar junto ao estado, agências da prefeitura ou do estado, que cuidam do programa habitacional para que eles possam em conjunto, aderir a essa portaria. Será muito importante para que todos os brasileiros que estão no programa possam ser atendidos”, destaca o especialista em administração, Eliseu Silveira.
Segundo o coordenador setorial da Casa e Construção do Sebrae, Enio Queijada, a iniciativa consiste em fornecer dicas e orientações sobre cuidados com segurança e saúde no processo de retomada das atividades
A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio a economia do país, sobretudo as finanças de pequenas empresas ligadas ao setor da construção civil. Por esse motivo, o Sebrae lançou a campanha #ContinueCuidando, que pretende ajudar companhias desse ramo e de outros que se empenham a gerar emprego e renda em todas as regiões do Brasil.
Segundo o coordenador setorial da Casa e Construção do Sebrae, Enio Queijada, a iniciativa consiste em fornecer dicas e orientações sobre cuidados com segurança e saúde no processo de retomada das atividades. Segundo ele, o objetivo é auxiliar empresas do segmento na garantia da manutenção da saúde dos colaboradores e clientes, ao passo que a economia continua em circulação.
“Colaboradores, fornecedores e clientes precisam respeitar os protocolos no varejo. Na tele-entrega também deve haver todo cuidado com a sanitização dos produtos. Os escritórios de arquitetura e de projetos também têm usado e abusado das ferramentas digitais. Já temos casos de imóveis vendidos 100% pela internet, sem sequer ter a visita física”, destaca.
O alvo da ação são empresas da indústria da construção, lojas de materiais e de móveis, indústria do mobiliário e escritório de arquitetura. Antônio Carlos Júnior é proprietário de uma loja de materiais de construção localizada em Junduaí (SP).
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Ele afirma que a pandemia tem afetado os procedimentos do empreendimento, sobretudo pelo fato de os clientes não poderem entrar no estabelecimento e conferir o material de perto. No entanto, ele relata que adotou outras alternativas para atender o público sem expor os consumidores aos riscos da Covid-19.
“Disponibilizamos álcool em gel e faixa sinalizadora. Agora, já na fase emergencial, estamos atendendo exclusivamente por WhatsApp e telefone. Também temos o sistema drive-thru, pelo qual a pessoa liga, encomenda o material e quando vem buscar, nós levamos até o carro, além do delivery”, afirma.
Entre as dicas fornecidas pelo Sebrae estão lavar as mãos com água e sabão, manter o distanciamento adequado e fazer o uso correto da máscara de proteção. As orientações são disponibilizadas por meio de e-books, vídeos, infográficos, placas de sinalização, entre outros. Para mais informações sobre esses e outros setores acesse: www.sebrae.com.br/cuidados.
Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou inflação de 1,33% neste mês de fevereiro
A inflação da construção civil caiu em fevereiro após registrar aumentos desde julho de 2020. O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou inflação de 1,33% neste mês de fevereiro, abaixo dos 1,99% de janeiro.
Os números são calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registrou uma inflação de 3,35% no ano. O custo por metro quadrado da construção civil passou a ser de R$ 1.319,18.
Apesar da queda da inflação em fevereiro, os materiais de construção sofreram alta de preços de 2,35%, passando a custar R$ 748,58 por metro quadrado.
Apenas em fevereiro, 4,7 milhões de toneladas foram compradas. Crescimento é de 14% em relação ao mesmo mês de 2020
Apesar da pandemia da Covid-19 estar afetando diversos negócios, o comércio de cimento vai muito bem. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), apenas no mês de fevereiro de 2021, as vendas no setor cresceram 14% em relação ao mesmo mês de 2020, totalizando 4,7 milhões de toneladas vendidas.
As vendas por dia útil - indicador que considera os dias trabalhados como forte influência no consumo de cimento -, também foi um fator importante analisado. Neste ano, a maioria dos estados não teve feriado de Carnaval, aumentando assim, o número de dias úteis. Com isso, a comercialização do produto foi de 234,1 mil toneladas, resultando em um aumento de 5,4% comparado ao mês anterior e de 16,4% em relação a fevereiro de 2020.
Vale ressaltar que os estados que aderiram ao feriado de carnaval suspenderam as atividades nos dias de festas, não sendo, portanto, contabilizados como abertura de comercialização.
75 mil lojas fecharam ano passado devido a pandemia da Covid-19
PI: avanço da construção civil repercute em aumento da empregabilidade, diz deputado Merlong Solano
A alta no número de vendas foi possível graças às favoráveis condições climáticas, as manutenções de obras imobiliárias e a autoconstrução. O economista do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (CNC), Flávio Guimarães, esclarece que os meses seguintes ainda estarão em aquecimento, mas que a desvalorização da moeda brasileira pode reverter tudo. “Para piorar a situação, o mundo enfrenta uma forte pressão nos preços das commodities, que no Brasil se agrava devido à forte desvalorização do real, impactando diretamente na indústria do cimento”, esclarece.
O economista enfatiza ainda que o fim do auxílio emergencial e novas medidas de circulação podem tornar o cenário desfavorável. “É fundamental acelerar a vacinação da população e aprovar as reformas estruturantes para que haja retomada no crescimento econômico do País”.
No acumulado de doze meses, a região Centro-Oeste apresentou o maior crescimento em vendas de cimento, totalizando 17,2%. Com a população passando mais tempo dentro de casa, alguns decidiram aproveitar para fazer autoconstrução. Foi o caso do estudante de medicina veterinária Samuel Lucas. O morador da Cidade Ocidental (GO) relata que a pandemia possibilitou ajustes dentro do lar.
“Nós já tínhamos um projeto para fazer uma varanda e rebocar toda a casa. Nos primeiros meses da pandemia meu pai ficou em casa e pôde fiscalizar toda a reforma. No fim, fizemos até mais que o necessário, trocamos as janelas, portas e colocamos piso na área externa”, afirma.
O setor de varejo de material de construção foi considerado serviço essencial por lei Federal. O decreto foi publicado no dia 28 de abril de 2020 no Diário Oficial da União.
Em dezembro do ano passado, o nível de atividade igual ao usual registrou uma taxa de 52,2% no estado. A região Nordeste, por sua vez, ficou em 45,1%
Ao terminar 2020 com três meses seguidos de crescimento, o setor da construção civil piauiense tem se mostrado forte, apesar da pandemia do novo coronavírus. Em dezembro do ano passado, o nível de atividade igual ao usual registrou uma taxa de 52,2% no estado. A região Nordeste, por sua vez, ficou em 45,1%.
O resultado do Piauí foi o maior já mensurado desde setembro do ano passado, o que significou uma crescente retomada das atividades. Para o deputado federal Merlong Solano (PT-PI), o quadro repercute positivamente nas finanças do estado, já que incentiva a circulação de riquezas na economia.
“A principal consequência dessa retomada é no campo social, já que a construção civil é um setor abundante em geração de emprego. Quando ela se anima, na sequência vem o aumento nas contratações, o que é muito importante”, pontua.
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Os dados apresentados foram divulgados por meio da Sondagem da Indústria da Construção Civil, feita pela Federação das Indústrias do estado do Piauí, com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Pelo balanço, é possível verificar que a estabilidade nos empregos em todo o Nordeste ficou em 58,5%, em novembro. O Piauí, no entanto, superou a marca regional, atingindo 65,2% em relação à evolução no número de empregados na construção civil.
“Não tenho dúvidas de que a ajuda emergencial contribuiu muito para esse resultado. Os números da região como um todo mostram também que os efeitos nocivos da pandemia foram minimizados com esse auxílio. As pessoas estão fazendo mais compras, sobretudo pequenas reformas ou até mesmo construções, e isso realmente acaba alavancando o setor da construção civil”, avalia o presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), César Bergo. “O setor é o que mais emprega, é o que apresenta maior vantagem nessa geração de empregos”, completa.
Segundo os números da Sondagem, a tendência é de aumento na compra de insumos e matérias-primas em torno de 47% para os próximos seis meses – a projeção para o Nordeste é de crescimento de 38%.
A pesquisa é considerada um termômetro para o setor de construção civil, em especial se indicar aumento de novos empreendimentos e serviços. Mas César Bergo faz um alerta. “A parte ruim é que o preço do material de construção também está subindo, inclusive acima da média da inflação, exatamente por conta dessa demanda.”
A expectativa da pesquisa é de que, até junho, o setor continue nessa evolução. “O ano de 2021 deve mostrar uma pequena recuperação, porque ainda temos que resolver a questão sanitária, mas ainda não o suficiente para voltarmos aos números anteriores à pandemia”, projeta o economista.
Projeto de modernização, como objetivo alavancar o setor imobiliário do estado, foi realizado por uma parceria da FIEC com o Sinduscon-CE
O Ceará tem uma participação de 3,4% no segmento da construção civil, ocupando o 8º lugar no ranking nacional. O deputado federal Denis Bezerra (PSB-CE) destacou a importância do setor para a economia do estado. “Obras de grande, médio e até pequeno porte são capazes de gerar emprego e renda para garantir o sustento de milhares de famílias em todo o nosso estado, especialmente nesse momento difícil de pandemia”, afirmou.
Trazendo modernização, com o objetivo de alavancar o setor imobiliário do estado, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) realizaram uma parceria por meio do Serviço Social da Indústria (SESI Ceará) para implementar uma nova tecnologia, considerada uma revolução tecnológica na construção civil brasileira.
PR: Senai lança programa de Residência em BIM
Construção civil tem maior taxa de inflação desde o início da série histórica, em 2013
O “Building Information Modeling” (BIM) busca viabilizar a introdução da Modelagem da Informação da Construção no cotidiano das empresas. O engenheiro de Segurança do Trabalho do SESI Ceará, Rodrigo Nogueira, avaliou os impactos positivos da iniciativa.
“Com ele você pode planejar melhor suas obras, realizando modelagens e projetos em 3D e ele permite também simular as etapas da construção de uma obra. Com isso você vai conseguir ter um planejamento melhor do cronograma, evitando atrasos, otimizando os custos de sua produção e aproveitando melhor sua mão de obra”, declarou.
O sistema permite criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, com o objetivo de oferecer um planejamento eficaz, banco de dados único, redução de custos e otimização do tempo, o que deve favorecer o avanço do setor.
Segundo o vice-presidente da área de tecnologia do Sinduscon-CE, Jorge Dantas, a expectativa para este ano é que a plataforma colaborativa consiga atingir o máximo da sua implementação, com todos os resultados sendo divulgados abertamente para que chegue à ponta, no caso, os empreendedores de micro, pequenas e médias construtoras do estado.
“As empresas que forem implementadas nesse sistema vão falar todos os seus pontos positivos, negativos e dificuldades de implementação. Então essa situação vai ser trazida para que toda a sociedade, no nosso meio industrial da construção civil, na implementação do BIM, tenha conhecimento e possa aplicar e implementar de forma segura, com poder econômico melhor que uma empresa que trabalha hoje sozinha”, contou.
Deputado Eduardo Bismarck destaca que o setor foi um dos que mais gerou empregos, mesmo durante a pandemia
O Ceará é o 8º do País em ranking da indústria da construção civil. Visando a colocação do segmento, o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT-CE) destacou sua importância para a economia no estado. "O setor é um dos que mais movimenta a economia do nosso Ceará, não só pela alta valorização dos imóveis, mas também pela geração de renda. Basta ver que em 2020 o Ceará chegou a ser o estado do Nordeste que mais gerou empregos segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)”, afirmou.
Trazendo modernização, como objetivo alavancar o setor imobiliário do estado, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) realizaram uma parceria por meio do Serviço Social da Indústria (SESI Ceará) para implementar uma nova tecnologia, considerada a espinha dorsal da revolução tecnológica na construção civil brasileira.
PR: Senai lança programa de Residência em BIM
Construção civil tem maior taxa de inflação desde o início da série histórica, em 2013
O “Building Information Modeling” (BIM) busca viabilizar a introdução da Modelagem da Informação da Construção no cotidiano das empresas. O engenheiro de Segurança do Trabalho do SESI Ceará, Rodrigo Nogueira, avaliou os impactos positivos da iniciativa.
“Com ele você pode planejar melhor suas obras, realizando modelagens e projetos em 3D e ele permite também simular as etapas da construção de uma obra. Com isso você vai conseguir ter um planejamento melhor do cronograma, evitando atrasos, otimizando os custos de sua produção e aproveitando melhor sua mão de obra”, declarou.
O sistema permite criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, com o objetivo de oferecer um planejamento eficaz, banco de dados único, redução de custos e otimização do tempo, o que deve favorecer o avanço do setor.
Segundo o vice-presidente da área de tecnologia do Sinduscon-CE, Jorge Dantas, a expectativa para este ano é que a plataforma colaborativa consiga atingir o máximo da sua implementação, com todos os resultados sendo divulgados abertamente para que chegue à ponta, no caso, os empreendedores de micro, pequenas e médias construtoras do estado.
“As empresas que forem implementadas nesse sistema vão falar todos os seus pontos positivos, negativos e dificuldades de implementação. Então essa situação vai ser trazida para que toda a sociedade, no nosso meio industrial da construção civil, na implementação do BIM, tenha conhecimento e possa aplicar e implementar de forma segura, com poder econômico melhor que uma empresa que trabalha hoje sozinha”, contou.
Parceria entre FIEC e o Sinduscon-CE deve implementar mais modernização ao setor, por meio de nova tecnologia
Ocupando o 8º lugar no ranking de valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção, o Ceará tem uma participação de 3,4% no segmento nacional. O deputado André Figueiredo (PDT-CE) destacou a importante perspectiva de crescimento do setor para 2021, que é um dos mais importantes dentro da composição do PIB do estado e do País.
“Todas as iniciativas que possam preservar essa participação da indústria da construção civil, a geração de emprego e renda, que são consequência desse crescimento, sem dúvida alguma tem que ter todo o apoio legislativo”, ressaltou.
PR: Senai lança programa de Residência em BIM
Construção civil tem maior taxa de inflação desde o início da série histórica, em 2013
Trazendo modernização, com o objetivo de alavancar o setor imobiliário do estado, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) realizaram uma parceria por meio do Serviço Social da Indústria (SESI Ceará) para implementar uma nova tecnologia, considerada uma revolução tecnológica na construção civil brasileira.
O “Building Information Modeling” (BIM) busca viabilizar a introdução da Modelagem da Informação da Construção no cotidiano das empresas. O engenheiro de Segurança do Trabalho do SESI Ceará, Rodrigo Nogueira, avaliou os impactos positivos da iniciativa.
“Com ele você pode planejar melhor suas obras, realizando modelagens e projetos em 3D e ele permite também simular as etapas da construção de uma obra. Com isso você vai conseguir ter um planejamento melhor do cronograma, evitando atrasos, otimizando os custos de sua produção e aproveitando melhor sua mão de obra”, declarou.
O sistema permite criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, com o objetivo de oferecer um planejamento eficaz, banco de dados único, redução de custos e otimização do tempo, o que deve favorecer o avanço do setor.
Segundo o vice-presidente da área de tecnologia do Sinduscon-CE, Jorge Dantas, a expectativa para este ano é que a plataforma colaborativa consiga atingir o máximo da sua implementação, com todos os resultados sendo divulgados abertamente para que chegue à ponta, no caso, os empreendedores de micro, pequenas e médias construtoras do estado.
“As empresas que forem implementadas nesse sistema vão falar todos os seus pontos positivos, negativos e dificuldades de implementação. Então essa situação vai ser trazida para que toda a sociedade, no nosso meio industrial da construção civil, na implementação do BIM, tenha conhecimento e possa aplicar e implementar de forma segura, com poder econômico melhor que uma empresa que trabalha hoje sozinha”, contou.
Segundo o resultado da carteira de financiamento habitacional do banco em 2020, foram concedidos R$ 509,8 bilhões para pessoas adquirirem imóveis, superando os R$ 465,1 bi financiados em 2019
Mesmo em um ano marcado pela retração econômica global causada pela pandemia da Covid-19, a Caixa voltou a superar a marca anterior em termos de concessão de crédito imobiliário.
Segundo o resultado da carteira de financiamento habitacional do banco em 2020, foram concedidos R$ 509,8 bilhões para pessoas adquirirem imóveis, superando os R$ 465,1 bi financiados em 2019.
Começa prazo de adesão ao Programa de Regularização Fundiária e Melhoria Habitacional
SP: governo federal entrega moradias a famílias de baixa renda em Praia Grande
As contratações de crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE) evoluíram de R$ 26,6 bi para R$ 53,7 bi no ano passado, repetindo o crescimento superior a 100% que já tinha sido registrado entre 2018.
Indicadores Imobiliários Nacionais mostram aumento dos preços dos materiais de construção civil e risco de desabastecimento
Materiais de construção caros e em falta. Essa realidade encontrada por quem está construindo ou reformando afeta milhões de famílias brasileiras em um cenário individual e incontáveis obras governamentais, a nível coletivo. O problema é ainda maior quando visto por um ângulo financeiro público. O setor da construção civil é essencial para a retomada econômica, e o contexto do fim de 2020 e início de 2021 traz preocupações quanto ao andamento de melhorias de infraestrutura e emprego.
O Programa Casa Verde e Amarela, por exemplo, projeto de financiamento habitacional que remodelou o Minha Casa, Minha Vida, foi instituído com expectativa de beneficiar 1,6 milhão de famílias até 2024, com juros a valores em torno de 4,5% ao ano. Mas o desabastecimento de materiais pode prejudicar os empreendimentos dos imóveis ligados ao programa.
José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foi enfático em uma reunião on-line com representantes do setor. “A Casa Verde Amarela pode parar? Claro que sim, essa é a grande preocupação. Estamos procurando agir, mas às vezes nos dá uma aflição muito grande, porque esse nosso agir não é suficiente para reverter tudo isso”.
Os Indicadores Imobiliários Nacionais divulgados pela CBIC do quarto trimestre de 2020 mostram aumento dos preços do material de construção e risco de desabastecimento, algo que permanece em 2021, afetando principalmente a faixa populacional com renda mensal de R$ 2.500 a R$ 4.500, que representa menor margem de lucro para as empresas contratadas.
Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentados na reunião por José Carlos Martins apontam que os preços do material de construção subiram 19,60% no ano passado, com alguns insumos registrando aumentos acima de 50%. Os valores são avaliados como as maiores altas registradas no Brasil após o Plano Real.
Dionyzio Klavdianos, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), explica o que levou a isso. “O aumento inesperado e elevado do preço dos materiais da construção civil, como também o desabastecimento e dificuldade de estoque de vários insumos, foi um efeito inesperado causado pelo rápido crescimento que o setor da construção teve durante o período da pandemia. Esse aumento persiste até hoje.”
O especialista lembra que esse cenário causa paralisações de obras, como aquelas do Programa Casa Verde, que têm margem de lucro pequena, e ainda afeta licitações públicas, que podem enfrentar o problema de falta de participantes.
“Em 2021, materiais importantes tiveram aumento e as construtoras continuam sofrendo. Se isso permanecer, terá efeito nocivo para todo setor. E é uma pena, porque a construção civil vem garantindo a recuperação de parte da economia, oferecendo emprego notadamente para aqueles trabalhadores advindos das classes menos favorecidas”, pontua.
José Carlos Martins disse que a CBIC vai continuar debatendo o tema com representantes políticos. “Nós vamos levar ao governo propostas para melhorar o comércio internacional de materiais de construção. Nesses itens mais pesados, trabalhar contra barreira técnica e imposto de importação. Estaremos levando essa solicitação ao governo com toda base que nós temos de informação.”
Além dos setores governamentais de infraestrutura, quem também observa esses efeitos na prática são os cidadãos que estão construindo. Gabriela Tavares, moradora de Sobradinho I, no Distrito Federal, começou as obras de reforma da casa em abril de 2020 e encontrou barreiras desde aquele período.
“Logo no início da nossa reforma tivemos problemas com materiais de construção, não achamos mais tijolos, porque não estava tendo material para fabricação. Logo depois, a gente se viu novamente nessa questão de demora para entrega, porque as fábricas estavam demorando a produzir e entregar determinados materiais, como a cerâmica”, exemplifica.
Thainara Oliveira, moradora do Riacho Fundo I, também no DF, precisou pausar a construção da casa. “Tivemos que paralisar a obra por não ter condições de seguir, devido à pandemia. Agora, retomando, nos deparamos com alta de materiais como ferro, tijolo, que impedem a gente de voltar. Não conseguimos executar como imaginamos nem temos previsão de quando a obra será concluída”, lamenta.
Um levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção entre 12 a 18 de fevereiro deste ano, com participação de 26 unidades da federação, mostrou que o aço é o principal material em falta nas regiões. O produto ainda registrou aumento de preço acima de 10% para 72,7% dos entrevistados, e alta de até 10% para 25,4%.