Índice de Confiança na Indústria (ICI)

28/02/2024 16:45h

O resultado é sinal de acomodação após altas consecutivas

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A confiança da indústria brasileira, mensurada através de um índice (ICI) da Fundação Getúlio Vargas, registrou estabilidade em fevereiro deste ano, após quatro meses de altas consecutivas. Entretanto, em médias trimestrais, o índice pode avançar. 

O resultado revela acomodação no presente mês. Segundo especialistas da FGV, os quatro meses anteriores haviam sido de melhoria da demanda e de estoques. Para os próximos meses, há maior cautela com relação à produção e ao ambiente de negócios futuros, sem a percepção de impacto positivo da nova política industrial pelo setor. 

Porém, houve resultado positivo deste mês em relação à empregabilidade da indústria. 

As informações são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). 

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01/09/2023 04:45h

Segundo a Confederação Nacional da Indústria, o índice de perspectivas teve alta de 2,1 pontos. Redução da taxa básica de juros e expectativa sobre aumento da demanda e atividade industrial melhoram a percepção do setor sobre o futuro

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Empresários da indústria de pequeno porte estão com expectativas melhores sobre o setor para os próximos seis meses. Segundo o Panorama da Pequena Indústria, compilado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de perspectivas registrou um aumento de 2,1 pontos em julho de 2023 e alcançou 49,5 pontos. É o maior resultado do ano até o momento e está acima da média histórica de 46,9 pontos. 

De acordo com o levantamento da CNI, a melhora do indicador de perspectivas está relacionada, principalmente, ao aumento das expectativas sobre demanda e nível de atividade para os próximos meses. No trimestre encerrado em julho, o índice de desempenho da pequena indústria ficou em 44,8 pontos, considerado positivo pelo setor se comparado ao primeiro trimestre do ano (44 pontos) e à média histórica (43,8 pontos). 

O economista e professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB), César Bergo, também relaciona o aumento da perspectiva do empresário industrial à redução da taxa básica de juros. 

“Um dos fatores importantes para a melhoria desse cenário é a redução da taxa de juros que vem acontecendo. Então, na última reunião do Copom, o Banco Central reduziu a taxa de juros. Isso vai ter um impacto direto nesse fator motivacional do pequeno empresário industrial, porque a indústria depende muito do crédito e também o crédito afeta diretamente o serviço, sobretudo a venda de bens duráveis.”

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Confiança

Ainda de acordo com o levantamento da CNI, a confiança do empresário da indústria de pequeno porte aumentou 1,3 ponto entre junho e julho e alcançou 50,6 pontos, ou seja, acima da linha divisória de 50 pontos que separa a confiança da falta dela. No entanto, o indicador segue abaixo da média histórica de 52,8 pontos.

Segundo o economista e pesquisador Felipe Queiroz, a redução da taxa básica de juros e o conjunto de medidas de incentivo à produção e ao consumo adotadas ao longo dos primeiros meses do ano têm surtido um efeito gradual na confiança do empresário.

“Ao longo dos últimos anos, a taxa básica de juros aumentou de modo substancial. E não obstante a isso, há um reflexo direto sobre o custo de financiamento do empresário industrial, especialmente para os pequenos industriais que necessitam captar recursos de capital de giro, de investimento. Outro ponto é que o governo tem adotado um conjunto de medidas para produzir a retomada do crescimento e um ambiente melhor de negócios, ou seja, medidas como reforma tributária são vistas de modo muito positivo. Então o que temos observado é que a economia brasileira começa a engrenar e isso afeta o humor, mas ainda de modo muito tímido.”

O deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA) destaca que tanto a reforma tributária quanto o arcabouço fiscal são extremamente importantes para o fortalecimento da indústria brasileira.

“A aprovação desses dois projetos irá desburocratizar e simplificar o sistema tributário nacional, democratizar a arrecadação, retirando o peso dos impostos sobre bens de consumo, que afetam a maior parte da população (classe média e baixa), adequando os impostos sobre serviços.”

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31/08/2023 04:15h

Pela primeira vez no ano, empresários da pequena indústria estão confiantes, mas melhoria ainda é tímida. Os dados são de levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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A carga tributária e a alta taxa de juros são os maiores problemas enfrentados pela pequena indústria brasileira. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os empresários da indústria da transformação, com 10 até 49 funcionários, indicaram que a carga tributária está em primeiro lugar no ranking dos principais problemas, com 41,6% das indicações. Para a indústria da construção, as taxas de juros elevadas estão em primeiro lugar, com 33,3%. 

O economista e pesquisador Felipe Queiroz afirma que a pequena indústria é onerada pelo complexo sistema tributário brasileiro.

“Hoje nós temos uma carga extremamente excessiva e complexa, que demanda um exército enorme de contadores, de tributaristas, especialmente para saber o que tem ou não que pagar e quanto pagar. O processo de simplificação e de reforma tributária traz ganhos e eficiência para diversas cadeias produtivas e, no caso específico da indústria, tira um peso, um ônus e passa a dividir de modo mais equânime sobre diferentes setores de atividade.”

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) defende que a reforma tributária vai trazer um alívio para os empreendedores da pequena indústria.

“E o primeiro passo foi dado. Qual é o primeiro passo? A simplificação. Se gasta muito recurso, muita energia para superar as barreiras burocráticas que a nossa legislação tributária impõe. E a mudança da estrutura tributária, para que o tributo se faça no destino e não na origem, eu acho que é uma coisa bastante relevante. Espero que seja possível, nesse debate que ainda está em curso, ampliar as diferenciações tributárias para o pequeno negócio e particularmente para a pequena indústria.”

Segundo o parlamentar, o Brasil enfrenta uma fase desafiadora para construir um ambiente favorável para a retomada da industrialização e “a reforma tributária pode desempenhar um papel fundamental nisso e já começou bem, na minha opinião”, avalia.

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Confiança

Ainda de acordo com o levantamento da CNI, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as indústrias de pequeno porte aumentou 1,3 ponto entre junho e julho de 2023, passando de 50,6 pontos. É a primeira vez este ano que o indicador ultrapassa a linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança e a falta dela, mas ainda segue abaixo da média histórica de 52,8 pontos.

Segundo o economista Felipe Queiroz, a redução da taxa básica de juros e o conjunto de medidas de incentivo à produção e ao consumo adotadas ao longo dos primeiros meses do ano têm surtido um efeito gradual na confiança do empresário.

“Ao longo dos últimos anos, a taxa básica de juros aumentou de modo substancial. E não obstante a isso, há um reflexo direto sobre o custo de financiamento do empresário industrial, especialmente para os pequenos industriais que necessitam captar recursos de capital de giro, de investimento. Outro ponto é que o governo tem adotado um conjunto de medidas para produzir a retomada do crescimento e um ambiente melhor de negócios, ou seja, medidas como reforma tributária são vistas de modo muito positivo. Então o que temos observado é que a economia brasileira começa a engrenar e isso afeta o humor, mas ainda de modo muito tímido.”

O economista e professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB), César Bergo, também relaciona a confiança do empresário industrial com a redução da taxa básica de juros. 

“Um dos fatores importantes para a melhoria desse cenário é a redução da taxa de juros que vem acontecendo. Então, na última reunião do Copom, o Banco Central reduziu a taxa de juros. Isso vai ter um impacto direto nesse fator motivacional do pequeno empresário industrial, porque a indústria depende muito do crédito e também o crédito afeta diretamente o serviço, sobretudo a venda de bens duráveis.”

Segundo o Panorama da Pequena Indústria, o índice de perspectivas da indústria de pequeno porte — que capta as expectativas para os próximos seis meses — apontou um aumento de 2,1 pontos em julho de 2023 e alcançou 49,5 pontos. 

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Este é o pior resultado desde agosto de 2020

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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) cedeu 0,5 pontos em agosto, para 91,4 pontos. Este é o pior resultado desde agosto de 2020 (89,8 pontos).

Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,5 ponto, para 92,4 pontos.

Houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela sondagem.

Para especialistas da Fundação Getúlio Vargas, a FGV, os resultados mostram que os empresários ainda continuam bastante afetados pela conjuntura macroeconômica atual de taxa de juros elevada e alto endividamento das famílias. 

Segundo eles, isto dificulta a recuperação da demanda e mantém as empresas com nível de estoques alto, principalmente nos segmentos produtores de bens de consumo.

O resultado apresenta piora das avaliações sobre a situação atual, enquanto as expectativas em relação aos próximos meses se mantêm estáveis.

Acerca da situação atual da economia, o que mais influenciou a queda no mês foi a percepção dos empresários sobre a situação presente dos negócios. 

Em menor proporção, o indicador que mede o nível atual de demanda também caiu. 

Já o nível de estoque diminuiu levemente  — o que é bom para a economia. Este resultado acontece após três sequências negativas. O nível de estoques está acima do esperado, ainda com os efeitos do lockdown que a economia sofreu.

Com relação às expectativas, há uma melhoria das perspectivas sobre a produção e para as contratações nos próximos três meses seguintes, mas um aumento do pessimismo em relação às perspectivas dos negócios num horizonte maior, de seis meses.

A tendência dos negócios para os próximos seis meses, após duas altas consecutivas, caiu. 

Por outro lado, o indicador de produção prevista subiu, recuperando parte das perdas sofridas em julho. O indicador que mede as perspectivas sobre as contratações também cresceu e se mantém em patamar otimista. 

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria se manteve relativamente estável.

Para o segundo semestre, há a expectativa de um nível de atividade morno, porém com possíveis melhorias no mercado de trabalho na macroeconomia, o que pode influenciar positivamente o setor da indústria. 

Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia, FGV IBRE.
 

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24/08/2023 04:45h

Segundo levantamento da CNI, a elevada taxa de juros e a carga tributária são os principais problemas enfrentados pelos industriais de pequeno porte

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Os empresários da indústria de pequeno porte demonstraram estar confiantes pela primeira vez em 2023. Segundo o Panorama da Pequena Indústria divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para empresas de 10 até 49 funcionários aumentou 1,3 ponto entre junho e julho de 2023, passando de 50,6 pontos. 

É a primeira vez este ano que o indicador ultrapassa a linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança e a falta dela, mas ainda segue abaixo da média histórica de 52,8 pontos.

O pesquisador e economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), Stéfano Pacini, explica que a pequena indústria reflete o cenário da indústria brasileira como um todo em 2023.

“Durante o ano de 2023, [a indústria] vem andando de lado; ela vem tendo resultados com variações muito pequenas, quando a gente olha para produção física da indústria. O que isso quer dizer quando a gente olha para os fatores macroeconômicos da economia brasileira? A gente vê principalmente uma taxa de juros alta, um alto endividamento, dificuldade de reaquecer a demanda e, por fim, neste ano, um arrefecimento da inflação.”

Principais problemas

Segundo o levantamento da CNI, os empresários da indústria de pequeno porte indicaram que a carga tributária está em primeiro lugar no ranking dos principais problemas enfrentados pela indústria da transformação, com 41,6% das indicações. Para a indústria da construção, as taxas de juros elevadas estão em primeiro lugar, com 33,3%. 

O economista do FGV Ibre explica que a alta taxa de juros pode impactar na tomada de crédito, que é fundamental para o desenvolvimento da pequena indústria.

“Uma taxa de juros alta torna o crédito mais caro. Por uma ótica do produtor, a gente vê uma cautela em relação a fazer novos investimentos para aumentar a produção. E pela ótica do consumidor, ele pensa duas vezes antes de fazer uma compra a prazo, porque o parcelamento fica mais caro. E junto disso, com uma taxa de juros mais alta, a gente tem observado taxas de inadimplência muito altas no Brasil.”

O deputado federal Carlos Chiodini (MDB-SC) destaca a importância da reforma tributária para melhorar o ambiente de negócios do país, especialmente da indústria. 

“Os próprios estudos apontados pela CNI e por outras confederações, por universidades de renome nacional e internacional, comprovam isso. Vai tornar o sistema tributário mais simples de ser apurado e a indústria é o setor que vai ser o mais beneficiado na minha opinião. Com o advento da nova forma de cobrar imposto, ela vai poder ser mais competitiva lá na ponta, divulgando melhor os seus resultados para os investidores. Então tenho certeza que a reforma tributária vem ao encontro dessas prioridades e vai simplificar a vida do empresário brasileiro deixando a indústria mais competitiva.”

O economista do FGV Ibre, Stéfano Pacini, também ressalta a importância da reforma tributária para o empresário industrial.

“O setor industrial é o que tem a maior oneração dentro da carga tributária. Isso vai trazer uma descompressão de custos para o empresário, o que torna o negócio mais atrativo também.”

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Ainda de acordo com o levantamento da CNI, o Índice de Perspectivas da indústria de pequeno porte — que capta as expectativas para os próximos seis meses — apontou um aumento de 2,1 pontos em julho de 2023 e alcançou 49,5 pontos. O resultado é o maior do ano até o momento e está acima da média histórica de 46,9 pontos. Segundo a CNI, a melhoria do indicador de perspectivas está relacionada à melhoria das expectativas de demandas e do nível de atividades para os próximos meses.

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18/08/2023 04:15h

Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), empresário da indústria de pequeno porte apresenta confiança pela primeira vez no ano

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O índice de desempenho da pequena indústria ficou em 44,8 pontos no segundo trimestre de 2023. O resultado, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é considerado positivo se comparado ao primeiro trimestre do ano (44 pontos) e à média histórica (43,8 pontos). 

O indicador chegou a cair 3,5 pontos de março para abril, mas apresentou melhoria no restante do trimestre — com avanços de 2,4 pontos de abril para maio e de 0,4 ponto de maio para junho. O cálculo da CNI leva em consideração a evolução do volume de produção, o nível de utilização da capacidade instalada e o avanço do número de empregados para as indústrias extrativas, de transformação e da construção.

O economista e professor de mercado financeiro da Universidade de Brasília (UnB), César Bergo, explica que em 2023 houve um crescimento maior da economia, além do que se esperava.

“De fato, a economia acabou apresentando um resultado melhor no primeiro e no segundo trimestre do que se esperava. Isso acabou afetando a produção industrial, sobretudo dos pequenos negócios industriais. Algumas medidas do governo relacionadas à área de crédito e fomento — e a questão também que houve da desoneração dos automóveis, dos impostos federais, acabou de alguma forma agindo positivamente no desempenho da indústria, porque você de alguma forma alimenta toda a cadeia produtiva do automóvel e envolve muitos produtores de pequeno porte.”

Segundo o Panorama da Pequena Indústria da CNI, o índice de situação financeira — calculado com base na margem de lucro operacional, na situação financeira e no acesso ao crédito — aumentou 2 pontos no segundo trimestre de 2023 e atingiu 41,3 pontos.

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Confiança, juros e reforma tributária

Pela primeira vez no ano, o empresário da indústria de pequeno porte demonstrou confiança no setor. O índice que mede essa confiança aumentou 1,3 ponto entre junho e julho e alcançou 50,6 pontos, ou seja, acima da linha divisória de 50 pontos que separa a confiança da falta dela. No entanto, o indicador segue abaixo da média histórica de 52,8 pontos.

Segundo Newton Marques, economista membro do Conselho Regional de Economia (Corecon-DF), a confiança do empresário industrial está relacionada à espera de uma redução da taxa básica de juros.

“O motivo da baixa confiança do pequeno empresário industrial em 2023 é com relação à espera de que haja uma redução da taxa básica de juros e que isso possa provocar um aumento dos investimentos do setor privado. Mas o governo também precisa dar o incentivo, aumentando o seu investimento no setor público para também ajudar a alavancar essa recuperação da atividade econômica.”

O economista César Bergo também relaciona a confiança do empresário industrial com a redução da taxa básica de juros. 

“Um dos fatores importantes para a melhoria desse cenário é a redução da taxa de juros que vem acontecendo. Então, na última reunião do Copom, o Banco Central reduziu a taxa de juros. Isso vai ter um impacto direto nesse fator motivacional do pequeno empresário industrial, porque a indústria depende muito do crédito e também o crédito afeta diretamente o serviço, sobretudo a venda de bens duráveis.”

Já o deputado federal Benes Leocádio (União-RN) destaca a importância da aprovação da reforma tributária para melhorar a carga de impostos do setor industrial.

“Sabemos que os juros e a atual carga tributária são empecilhos para o crescimento de qualquer cadeia produtiva, principalmente da pequena indústria. Esperamos que, com a finalização e aprovação da reforma, isso possa trazer melhores condições para o desempenho principalmente da pequena indústria brasileira, que é quem mais gera emprego nesse país. E que tenhamos também a consciência de que o tributo devido e arrecadado pelo poder público é fonte e condições de aplicação das políticas públicas de melhoria da qualidade de vida do cidadão. E o nosso desejo é que tenhamos menos carga tributária e mais geração de emprego e renda, para assim a economia caminhar com melhores dias.”

Segundo o Panorama da Pequena Indústria, o índice de perspectivas da indústria de pequeno porte — que capta as expectativas para os próximos seis meses — apontou um aumento de 2,1 pontos em julho de 2023 e alcançou 49,5 pontos. 

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19/07/2023 04:00h

Levantamento do ICEI foi divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Economista atribui retomada aos números positivos dos indicadores econômicos

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A retomada da confiança da indústria em julho se explica pela melhoria de alguns dos principais indicadores econômicos, segundo o economista Renan Gomes de Pieri. Ele afirma que os dados positivos de emprego, renda e Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, levam a uma perspectiva mais otimista e, como consequência, uma maior expectativa de produção industrial. O especialista destaca também a agenda econômica em tramitação no Congresso Nacional. 

“A reforma tributária e o novo arcabouço fiscal geram, ou vão gerar, um ambiente econômico mais positivo. Mesmo que as mudanças, principalmente na reforma tributária, levem anos para serem implementadas, essa melhoria das expectativas já pode levar ao aumento dos investimentos hoje. A gente sabe que, na indústria, o planejamento de investimentos é da ordem de décadas. Então essas mudanças positivas para o futuro podem levar os empresários, hoje, a reverem seus processos de investimento”, explica. 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou 0,7 ponto, de 50,4 pontos para 51,1 pontos. O número, acima da linha divisória dos 50 pontos, indica confiança do setor. De acordo com a pesquisa, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é o segundo mês consecutivo em que a indústria demonstra confiança. O avanço do índice em julho acontece em função, principalmente, da avaliação menos negativa das condições atuais da economia brasileira e das empresas, segundo a CNI. 

Entretanto, apesar do avanço de 1,3 ponto, o Índice de Condições Atuais segue abaixo da linha divisória de 50 pontos, com 45,5 pontos.  Já o Índice de Expectativas subiu 0,4 ponto para 53,9 pontos. O número mostra otimismo da indústria para os próximos seis meses. O deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), membro da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, cita um conjunto de medidas importantes para a melhoria do índice de confiança, como a reforma tributária, o arcabouço fiscal e a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Entre eles, a questão do Ministério da Indústria, que foi recriado e que tem feito uma boa interlocução com os setores, ouvido os setores, criando uma expectativa de apoio à retomada das indústrias, a reindustrialização no Brasil que está sendo construída. Isso cria uma expectativa favorável pelo diálogo, pelo entendimento e pelo desenvolvimento de planos que podem dar um impacto positivo no apoio à neoindustrialização do Brasil”, pontua. 

A pesquisa contou com a participação de 1.305 empresas de pequeno, médio e grande porte, entre os dias 3 e 7 de julho. 
 

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05/07/2023 04:15h

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que 17 dos 29 setores da indústria estão confiantes. A pesquisa foi divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que 17 dos 29 setores da indústria estão confiantes. Segundo a pesquisa, houve uma transição da falta de confiança para a confiança em junho. O resultado quebra uma sequência de três meses de falta de confiança na indústria que aconteceu entre março e maio de 2023, de acordo com a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Para o economista e professor de políticas públicas Jackson De Toni, existem atualmente vários elementos na conjuntura econômica, política e social que favorecem o avanço da confiança industrial. Dentre outros pontos,  destaca que recentemente o Brasil subiu de grau de investimento pelas agências internacionais de classificação de riscos — o que, segundo ele, sinaliza para os investidores que o país é um lugar seguro para investir. 

“Os juros estão declinantes, eles ainda são absurdamente altos, mas as previsões para as próximas reuniões são declinantes. A inflação está sob controle, já há inclusive deflação, inflação negativa, os preços estão caindo em alguns setores do atacado. O arcabouço fiscal aprovado vai, sem dúvida nenhuma, trazer mais estabilidade das expectativas. A própria reforma tributária que se encaminha para a discussão no Congresso e talvez uma aprovação inédita, nesses últimos anos, vai trazer uma significativa melhora”, afirma. 

De acordo com o ICEI, a confiança avançou nas pequenas, médias e grandes empresas industriais. O maior avanço foi registrado nas médias empresas, de 2,2 pontos. O ICEI das pequenas empresas passou de 47,6 pontos em maio para 49,3 pontos em junho. Apesar da alta, o índice ainda aponta falta de confiança do empresário. O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, afirma que o cenário é otimista.

“Essa recuperação é resultado de uma melhora tanto da avaliação das condições atuais quanto das expectativas para os próximos seis meses na maioria dos setores, em todos os portes de empresa e em todas as regiões”, explica.

O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), membro da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, afirma que o aumento na confiança da indústria é resultado dos avanços na agenda econômica no Congresso Nacional. O parlamentar diz que essas mudanças podem trazer a previsibilidade necessária para a indústria fazer investimentos de médio e longo prazo.

“[A previsibilidade] Ela vem com a reforma tributária, ela vem com o arcabouço fiscal, ela vem com um conjunto de legislações que  estabelece algo mais definitivo para o setor no futuro, inclusive do ponto de vista competitivo. A indústria não é competitiva hoje por causa da questão tributária. Melhora da condição tributária transforma a indústria em competitiva e, é claro, melhora a capacidade de empregabilidade e de renda”, argumenta.  

Expectativa

Também houve avanço em todos os componentes do ICEI. A pesquisa mostra que o Índice de Condições atuais avançou 1,1 ponto, para 44,2 pontos. Apesar da alta, o índice segue abaixo da linha divisória dos 50 pontos que separa pessimismo de otimismo. Já o Índice de Expectativas subiu 1,3 ponto para 53,5 pontos, o que indica otimismo da indústria para o segundo semestre de 2023.
 

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