Pesquisa

30/11/2025 04:10h

Levantamento da Nexus mostra que avaliação positiva da equipe se traduz em orgulho para os brasileiros

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A Seleção Feminina de Futebol é avaliada como positiva por sete a cada dez brasileiros. Uma pesquisa encomendada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e realizada pela Nexus mostrou que 73% dos brasileiros veem a imagem da equipe de forma positiva ou muito positiva. Além disso, 54% afirmaram se sentir orgulhosos da equipe, e 41% afirmaram ter aumentado a frequência com que acompanham o time na última década.

Frente à pergunta “Como você avalia a imagem da Seleção Feminina de Futebol?”, 46% dos respondentes afirmaram ver a equipe de forma muito positiva, 27% de forma positiva, 6% de forma negativa e 7% de forma muito negativa, enquanto 14% não souberam responder.

Segundo a pesquisa, a avaliação da equipe se mostra superior entre jovens de 16 a 24 anos (83% de avaliações positivas), pessoas com ensino superior (77% de avaliações positivas), homens (78% de avaliações positivas), que recebem entre dois e cinco salários mínimos (77% de avaliações positivas), que recebem mais de cinco salários mínimos (77% de avaliações positivas) e moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (82% de avaliações positivas).

Do lado oposto, as avaliações mais negativas vêm de pessoas analfabetas e que não sabem ler ou escrever (27% de avaliações negativas), com idades entre 41 e 59 anos (17% de avaliações negativas), moradores do Nordeste (17% de avaliações negativas) e que recebem até um salário mínimo (16% de avaliações negativas).

Sobre o sentimento de orgulho quanto à Seleção Feminina, a pesquisa mostrou que 54% dos brasileiros se sentem orgulhosos da equipe — 22% muito orgulhosos e 32% orgulhosos —, 18% se sentem mais ou menos orgulhosos e 19% se sentem pouco ou nada orgulhosos.

Ainda de acordo com o levantamento, 56% dos brasileiros afirmam já ter assistido a alguma partida de futebol feminino, e 58% afirmam que jogos da Seleção Brasileira são a melhor porta de entrada para o acompanhamento da modalidade. 

Nesse sentido, 41% dos brasileiros afirmam que a frequência com que acompanham as partidas da Seleção Feminina aumentou nos últimos dez anos, enquanto, para 19%, ela continuou a mesma e diminuiu para 30%. Na última década, a equipe conquistou três Copas América (2018, 2022 e 2025), títulos no Torneio Internacional de Futebol Feminino (2015, 2016 e 2021), nos Jogos Pan-Americanos (2015), Jogos Mundiais Militares (2018), Universíada de Verão (2017) e a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Empolgação dividida

Mesmo com a conquista de tantos títulos e o aumento na audiência na última década, a Seleção Feminina ainda divide o público quanto à empolgação. Para 32%, o atual momento da equipe é animador, enquanto 36% se mostram com pouca ou nenhuma empolgação. Outros 25% se mostraram mais ou menos empolgados e 7% não souberam responder.

Enquanto isso, a pesquisa mostrou que, para 59% dos brasileiros, o apoio e reconhecimento dados ao futebol feminino é aquém do que a modalidade merece, enquanto 30% acreditam que a modalidade recebe o apoio merecido.

“O futebol feminino é uma modalidade que cresceu bastante nos últimos anos, tem despertado cada vez mais interesse das pessoas, especialmente depois da medalha de prata na Olimpíada do ano passado, mas que também tem sido perene, permanente. Nossa missão é seguir engajando e mantendo a modalidade em alta, para que mais mulheres pratiquem e a qualidade seja elevada e novas conquistas venham”, pontuou o presidente da CBF, Samir Xaud, que afirmou, ainda, que o Mundial de 2027 será um marco para a consolidação do protagonismo das mulheres no esporte e no país.

Com informações da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados

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28/11/2025 04:40h

Premiação reconhece soluções inovadoras em transformação digital, transição ecológica e iniciativas apoiadas pela Lei do Bem

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Empresas industriais, pequenos negócios de todos os setores e pesquisadores têm até 5 de dezembro para se inscreverem gratuitamente na  9ª edição do Prêmio Nacional de Inovação (PNI). Considerada a maior premiação de inovação do país, a iniciativa reconhece soluções inovadoras desenvolvidas no Brasil e reforça o papel estratégico da inovação para a produtividade, competitividade e desenvolvimento econômico e social.

O prêmio é promovido pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e pelo movimento Juntos pela Indústria — que reúne a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em correalização com o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI).

A especialista em Inovação e Sustentabilidade da CNI, Gabriela Vieira, destaca que o PNI busca reforçar e fortalecer a cultura de inovação no setor industrial brasileiro.
“Ele vai ser uma vitrine nacional, onde empresas e indústrias trazem os seus cases de sucesso e impulsionam essas conexões, ajudando para que essas devidas conexões e parceiros consigam orientar investimentos, políticas públicas e até pautar prioridades tecnológicas”, destacou ao Brasil 61.

O gerente de inovação do Sebrae, Paulo Renato, ressalta que a premiação também estimula pequenos negócios a ingressarem no universo da inovação.
“Seria algo como: ‘se ele conseguiu, eu também posso’. Então, o PNI tem, sim, a  função de um canal para que mais empresas inovem, mas, também, tem a função de um exemplo, colocando essa empresa em destaque para que outras micro e pequenas empresas se inspirem e entendam que elas podem inovar”, explicou à reportagem.

A edição 2025 acontece de forma integrada à Jornada Nacional da Inovação da Indústria — caravana que percorre as 27 unidades da Federação — e ao 11º Congresso de Inovação da Indústria, marcado para março do ano que vem.

Eixos temáticos

A premiação prioriza soluções ligadas à transformação digital e ao desenvolvimento sustentável, com dois eixos temáticos:

  • Transição energética
    • Categorias: Descarbonização; Recursos Renováveis
  • Transformação digital
    • Categorias: Digitalização de Negócios; IA e Produtividade

Segundo Paulo Renato, os temas foram definidos a partir das necessidades reais das empresas e do cenário global. 

“Como é que as empresas estão otimizando recursos e gastos, por exemplo, de energia ou água? Como é que as pequenas empresas estão utilizando recursos renováveis para melhorar a sua eficiência e impactando menos o meio ambiente? Induzir as empresas a começarem a usar ferramentas de IA, para começar a melhorar os seus pequenos negócios”, explicou.

Já as categorias de participação são divididas em:

  • Empresas: pequenos negócios, médias e grandes empresas 
  • Pesquisadores: de pequenos negócios, média empresa e grande empresa 
  • Ecossistemas: de pequeno porte, médio porte ou grande porte 

“A ideia é que a gente consiga incentivar [a participação] em diferentes setores e diferentes regiões do Brasil. A gente trabalha junto com a Jornada de Inovação. Então a ideia é que a gente consiga mostrar o Prêmio Nacional de Inovação e esses cases de sucessos com uma diversidade regional grande”, afirma a especialista da CNI, Gabriela Viera.

O gerente de inovação do Sebrae, Paulo Renato, reforça que a inovação precisa ser desmistificada para alcançar mais negócios.

“A inovação realmente parece ser complicada; tem muitos métodos, nomes e termos. E nós do Sebrae temos trabalhado nessa desmistificação via programas, como o Sebraetec, ações de comunicação, com linguagem simples e ousada, que vão ajudar as pequenas empresas a entenderem que inovação é algo do cotidiano e não algo distante ou supérfluo.”

Lei do Bem

O PNI também contará com uma categoria exclusiva para empresas que desenvolvem soluções inovadoras com recursos incentivados pela Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005).

Gabriela Vieira explica que a inclusão dessa categoria resulta de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e tem dois objetivos: valorizar empresas que já utilizam o incentivo e estimular mais negócios a aproveitarem o benefício.

Impacto positivo na sociedade

Outra novidade desta edição é que os projetos de inovação serão avaliados pela efetividade no mercado, com base em resultados mensuráveis e impacto positivo na sociedade. 

Na primeira fase, um comitê de especialistas selecionará os finalistas. A etapa final será decidida por voto popular entre os participantes credenciados no 11º Congresso de Inovação da Indústria, que ocorrerá em São Paulo, nos dias 25 e 26 de março de 2026.

“Aprimoramos a metodologia de avaliação para que a gente conseguisse um pouco mais de transparência e um maior alinhamento com as práticas tanto nacionais quanto internacionais. Sentíamos falta de entender o impacto, a escalabilidade, a sustentabilidade e a maturidade desses projetos. E esse novo método vai permitir uma análise um pouco mais profunda, considerando o potencial desses resultados mais concretos”, explica Gabriela Vieira.

Finalistas e ganhadores

Todos os inscritos recebem um relatório de feedback de avaliação. Os finalistas ganham certificados, troféus, divulgação nacional e participação no congresso de inovação.

Já os vencedores também participarão de uma imersão internacional em ecossistemas de inovação, com programação personalizada.

“A ideia é que essas empresas ganhem visibilidade nacional e consigam abrir portas para novos mercados, novas parcerias. Acho que o efeito mais importante é fazer com que esse reconhecimento possa fortalecer essa cultura de inovação que a gente preza na CNI”, avalia Gabriela Vieira.

Confira outros detalhes e o regulamento de cada categoria no site do Prêmio Nacional de Inovação.

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23/11/2025 04:20h

Eles já representam um quarto da alimentação dos brasileiros

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Uma nova série de estudos dedicada ao impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde humana foi publicada na revista The Lancet nesta semana. Os dados revelam que os ultraprocessados já representam quase um quarto da alimentação dos brasileiros, passando de 10% para 23% desde os anos 1980. 

O estudo reúne três artigos elaborados por 43 pesquisadores de diferentes países e é coordenado pelo epidemiologista brasileiro e professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Monteiro.

Monteiro afirma que os dados revelam que os ultraprocessados não só são um problema grave de saúde, aumentando o risco de muitas doenças crônicas, como o seu consumo está em alta no mundo inteiro. Em 93 países analisados, o consumo aumentou em 91 deles, tornando-se um fenômeno global que remodela padrões alimentares, comportamentos e até a saúde coletiva. E as consequências já são refletidas no mundo todo, como o aumento da obesidade, de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, inflamações crônicas e até de certos tipos de câncer. 

Os pesquisadores reforçam a urgência de políticas que valorizem alimentos frescos, minimamente processados e modos de comer que respeitem a cultura, o território e a saúde, como orienta o Guia Alimentar da População Brasileira. Entre as recomendações, destacam-se a rotulagem clara de aditivos, restrição à publicidade, especialmente para crianças, proibição de ultraprocessados em escolas e instituições públicas e incentivos para que famílias de baixa renda tenham acesso facilitado a alimentos naturais.

O que são alimentos ultraprocessados?
Os ultraprocessados nascem da combinação de frações baratas de ingredientes como amidos, açúcares, óleos refinados, misturados a corantes, aromatizantes, conservantes e estabilizantes. O objetivo é criar algo pronto, durável e altamente palatável, quase sempre mais sedutor do que nutritivo. Biscoitos recheados, refrigerantes, macarrão instantâneo, salgadinhos, “iogurtes” cheios de saborizantes e cereais matinais açucarados são exemplos de alimentos ultraprocessados.

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14/11/2025 04:20h

Pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que a região teve o maior crescimento proporcional nos níveis de baixa, média e alta complexidade

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Lançado pelo Ministério da Saúde na última terça-feira (11), o estudo inédito Demografia da Enfermagem do Brasil mostrou que o número de postos de trabalho no setor da enfermagem aumentou em 46,3% na Região Centro-Oeste em cinco anos — de 76,1 mil vínculos em 2017 para 119,7 mil em 2022. Contudo, o número não equivale à quantidade de profissionais empregados na região, uma vez que um mesmo trabalhador pode ocupar mais de um vínculo empregatício.

Financiada com recursos do Ministério da Saúde e realizada em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a pesquisa Demografia e Mercado de Trabalho em Enfermagem no Brasil mapeou o panorama do mercado de trabalho da enfermagem — setor que concentra o maior número de postos na área da saúde — e detalhou o perfil dos profissionais do Brasil, considerando enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. O estudo teve o objetivo de fornecer uma ampla base de dados para que gestores e entidades de saúde possam elaborar ações específicas e implementar políticas voltadas ao provimento, gestão e valorização da enfermagem no país.

Os resultados apontaram que, assim como a Região Nordeste, o Centro-Oeste apresentou o maior crescimento proporcional no período em alguns níveis. A atenção primária (básica) do Centro-Oeste respondeu por 7,1% do total de 285.052 vínculos em 2022. A atenção secundária (média complexidade) da região manteve crescimento estável de 9,2% dos 238,5 mil postos do país em 2022. Já na terciária (alta complexidade), que apresentou a maior expansão absoluta e percentual entre os níveis de atenção, a região concentrou 8,1% dos 899,5 mil postos em todo o país. O total de vinculados em enfermagem no país aumentou em 44% no período.

Chama a atenção que, de 2020 em diante, os números de contratação de enfermeiros e técnicos sofreram aumentos significativos, sobretudo no setor público, o que se encaixa no aumento da demanda trazida pela pandemia de covid-19. Segundo o ministério, o crescimento do número desses profissionais nesse período, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), reflete o fortalecimento das políticas de expansão e qualificação da saúde de 2017 a 2022.

Regimes de trabalho e presença no SUS

O estudo destacou a predominância de vínculos formais de trabalho e constatou que 67% dos contratos estão registrados sob o regime celetista (CLT). Os demais profissionais (33%) atuam por meio de contratos estatutários e outras formas de vínculo, como temporários e autônomos. Segundo o ministério, essa diversidade reflete a heterogeneidade do mercado de trabalho no setor, abrangendo tanto servidores públicos quanto empregados da iniciativa privada.

Além disso, a pesquisa mostrou que os profissionais da enfermagem representam a maior parte da força de trabalho no SUS. Segundo o ministério, a presença desses profissionais é indispensável em todos os níveis de atenção, desde a atenção básica até os serviços de alta complexidade.

A força de trabalho, ainda segundo o estudo, permaneceu majoritariamente feminina — cerca de 85% do total —, com um predomínio de jornadas com durações entre 31 e 40 horas semanais e com remuneração média entre dois e três salários mínimos.

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04/11/2025 04:25h

Prazo passa de 24 para 36 meses e busca garantir melhor gestão dos investimentos em novas matrículas de tempo integral na educação básica

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O Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo para execução dos recursos do primeiro ciclo (2023/2024) do Programa Escola em Tempo Integral, de 24 para 36 meses. A medida, prevista na Resolução nº 13/2025 e publicada no Diário Oficial da União, tem como objetivo assegurar uma gestão mais eficiente dos investimentos feitos por estados, municípios e pelo Distrito Federal na criação de matrículas em tempo integral

A norma altera a Resolução nº 18/2023, que define os critérios de repasse e execução dos recursos. Segundo o MEC, o novo prazo atende a solicitações das redes de ensino que enfrentam entraves operacionais, como licitações e obras de infraestrutura. O ministério reforça que a prorrogação não muda as regras de aplicação dos valores; apenas amplia o período para o uso adequado dos recursos públicos e beneficia entes federativos com obras em andamento ou licitações em curso.

O MEC pretende ampliar a meta nacional de matrículas em tempo integral até 2026.

O programa Escola em Tempo Integral

  • É uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que incentiva a ampliação de vagas em tempo integral na educação básica;
  • Oferece apoio técnico e financeiro a estados, municípios e ao Distrito Federal para a criação de matrículas com jornada igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais;
  • Prioriza escolas que atendam estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica;
  • Busca promover uma formação integral, que una aprendizado acadêmico, desenvolvimento social, cultural e emocional dos alunos.

As informações são do Ministério da Educação.

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22/10/2025 04:15h

Pesquisa da Nexus mostra que 51% da população confia na capacidade da IA, especialmente entre jovens e pessoas com maior renda; 63% já usaram a tecnologia no dia a dia

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As ferramentas de Inteligência Artificial estão cada vez mais presentes no dia a dia dos brasileiros. Um levantamento da Nexus aponta que 51% da população acredita que a IA é capaz de tomar decisões melhores que um ser humano em determinadas situações.

Apesar disso, 45% ainda confiam mais no julgamento humano, enquanto 4% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.

O estudo também mostra que 63% dos brasileiros já utilizaram algum recurso de IA, e 30% recorreram à tecnologia para compreender temas complexos, como política, economia e ciências.

Os dados da pesquisa

Confira abaixo os principais dados levantados pela Nexus:

Dos que acreditam na capacidade de decisão de uma IA:

  • 64% são jovens de 18 a 30 anos, a geração Z;
  • 56% são brasileiros com ensino médio completo;
  • 55% recebem mais de cinco salários mínimos;
  • 53% são moradores do Norte e Centro-Oeste.

Dentre os que não veem as ferramentas de IA com essa capacidade:

  • 57% dos mais enfáticos são maiores de 60 anos;
  • 51% são brasileiros com ensino fundamental completo;
  • 49% são moradores do Nordeste.

Sobre o uso da ferramenta:

  • 45% da população brasileira utiliza IA ao menos uma vez no mês;
  • 16% usam essas ferramentas todos os dias;
  • 20% usam algumas vezes por semana.

Sobre a influência desse tipo de tecnologia no dia a dia:

  • 37% dos brasileiros tiveram uma decisão de compra influenciada pela IA;
  • 46% são jovens da geração Z;
  • 45% ganha acima de cinco salários mínimos;
  • 44% possuem ensino superior;
  • 42% são moradores do Nordeste.

Sobre a forma como é utilizada a ferramenta:

  • 48% dos brasileiros usam para buscar informações gerais;
  • 45% usam para estudar ou aprender algo novo;
  • 41% utilizam para criar conteúdos;
  • 39% usam para lazer e entretenimento;
  • 38% usam para ajudar em questões de saúde.

As informações podem ser consultadas no site da Nexus

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28/08/2025 03:00h

Estudo da Nexus mostra que 35% aumentaram o consumo de televisão após assinar algum streaming, reforçando a complementaridade entre os dois formatos

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A televisão “tradicional” segue firme no hábito de consumo das famílias brasileiras. De acordo com pesquisa da Nexus, 46% dos brasileiros das classes A, B e C afirmaram assistir sempre (30%) ou frequentemente (16%) à TV aberta ou por assinatura. Outros 21% disseram assistir às vezes, 15% raramente e 17% afirmaram nunca assistir.

Os dados mostram que a chegada dos serviços de streaming não eliminou o consumo da TV convencional, em muitos casos os dois formatos se complementam. Para 35% dos entrevistados, o hábito de assistir televisão aumentou depois da assinatura de plataformas digitais. Por outro lado, 23% disseram que reduziram esse tipo de consumo e apenas 5% afirmaram ter abandonado a TV após começar a usar streaming.

“Os dados da pesquisa da Nexus desafiam aquela narrativa de que o streaming irá matar a TV tradicional. Pelo contrário, o que vemos é uma complementariedade do consumo. A TV tradicional, com sua programação linear e a experiência de assistir em família, na sala, ainda mantém uma forte relevância cultural para metade dos brasileiros da classe ABC. O streaming não é um inimigo da TV aberta, mas sim uma camada adicional de conteúdo que se integra à rotina do espectador. O desafio agora é entender como esses dois ecossistemas se influenciam e coexistem no lazer”, destaca o diretor de Pesquisa da Nexus, André Jácomo.

Diferenças geracionais e sociais

O levantamento também revela diferenças importantes entre gerações. Entre os baby boomers (61 a 79 anos), 61% assistem sempre ou frequentemente à TV, percentual que cai para 48% entre a geração X (45 a 60 anos), 42% entre os millennials (29 a 44 anos) e 38% na geração Z (13 a 28 anos).

Fatores socioeconômicos também influenciam o hábito. O consumo mais intenso aparece entre pessoas com até o ensino fundamental completo (40%), brasileiros da classe C (37%) e moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (36%).

Apesar do fortalecimento do streaming, 69% dos entrevistados afirmam assistir a mais filmes e séries nas plataformas digitais do que na TV tradicional, e 58% dizem consumir “muito mais” streaming.

Metodologia

A pesquisa ouviu 1.000 brasileiros das classes A, B e C, com idade a partir de 16 anos, em todas as 27 unidades da federação, entre os dias 14 e 20 de julho de 2025. A margem de erro é de três pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

Clique aqui para conferir a pesquisa completa.

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10/07/2025 02:00h

Estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) aponta prejuízos à criatividade, concentração e pensamento crítico entre estudantes que usam ferramentas como o ChatGPT como substituto do esforço intelectual

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O uso crescente da inteligência artificial (IA) entre estudantes tem acendido um alerta mundial sobre os impactos desta ferramenta na aprendizagem. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), divulgado em junho, indica que o uso contínuo de ferramentas como o ChatGPT pode prejudicar a capacidade de concentração, criatividade e pensamento crítico de jovens em fase escolar. O levantamento aponta riscos especialmente quando a IA é usada como substituta do esforço mental e não como apoio à aprendizagem.

O estudo avaliou os efeitos do uso de modelos de linguagem de larga escala, ou LLM, sigla em inglês, na capacidade de aprendizagem dos usuários. Esse tipo de inteligência artificial é capaz de compreender e gerar textos semelhantes à linguagem humana e está por trás de ferramentas como o ChatGPT, que viabilizam interações quase naturais com máquinas.

Os resultados trouxeram sinais de alerta. Segundo os pesquisadores do MIT Media Lab, participantes que utilizaram o modelo de IA apresentaram desempenho consistentemente inferior nos aspectos neurais, linguísticos e comportamentais ao longo de quatro meses. “Esses resultados levantam preocupações sobre as implicações educacionais de longo prazo da dependência do LLM e ressaltam a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre o papel da IA ​​na aprendizagem”, aponta a pesquisa.

A pesquisa envolveu 54 voluntários, divididos em três grupos para a realização de uma redação. O primeiro grupo utilizou exclusivamente o ChatGPT; o segundo recorreu apenas a buscadores tradicionais, como o Google; já o terceiro grupo teve que contar apenas com seus próprios conhecimentos, sem apoio de nenhuma ferramenta digital.

Para analisar os efeitos do uso da inteligência artificial na aprendizagem, os pesquisadores do MIT realizaram exames de eletroencefalografia nos participantes e submeteram as redações produzidas a avaliações feitas tanto por professores humanos quanto por sistemas de IA especializados em Processamento de Linguagem Natural (PLN). Na segunda fase, parte dos participantes trocou de grupo; quem havia utilizado apenas o ChatGPT passou a escrever sem auxílio tecnológico, e vice-versa. 

A análise mostrou “diferenças significativas na conectividade cerebral”. Aqueles que confiaram apenas em suas capacidades cognitivas apresentaram redes neurais mais fortes e distribuídas, os que usaram buscadores exibiram atividade moderada e os usuários do ChatGPT demonstraram conectividade mais fraca. Após a troca, quem saiu do grupo da IA continuou com baixa atividade cerebral, enquanto os que passaram a utilizá-la tiveram ativação semelhante à de usuários de buscadores.

O estudo também revelou efeitos sobre o senso de autoria. Os participantes que usaram o ChatGPT foram os que menos se identificaram como autores plenos dos textos produzidos. Os que utilizaram apenas mecanismos de busca tiveram percepção intermediária, enquanto os que contaram apenas com seus próprios conhecimentos apresentaram o maior senso de autoria.

IA no Brasil

O debate já chegou às salas de aula brasileiras. Professores relatam que muitos alunos vêm utilizando a IA como um atalho para respostas prontas, sem checar fontes, refletir sobre os conteúdos ou desenvolver sua argumentação. Thatiana Soares, professora de  Gestão e Negócios do curso técnico de nível médio do Senac-DF, vivencia esse cenário constantemente.  “Um dos maiores desafios é mostrar para eles essa conscientização de usar a inteligência artificial como uma ferramenta de trabalho e não como um substituto do trabalho”, afirma.

Thatiana reconhece o valor da IA como instrumento pedagógico, mas afirma que o uso indiscriminado fora da sala de aula compromete o processo de aprendizagem. “Em sala de aula, a gente tem muita liberdade para trabalhar com os alunos, e eu vejo como um ponto positivo. Fora da sala de aula é onde eu acho que está o problema, porque eles fazem um trabalho de Ctrl C + Ctrl V. E aí, realmente atrapalha, porque a gente não consegue avaliar o conhecimento do aluno, a gente não consegue avaliar a escrita, argumentação, problematização”, avalia. 

Segundo pesquisa realizada pela Ipsos em parceria com o Google, o Brasil está entre os países que mais utilizam inteligência artificial. O levantamento, feito com 21 mil pessoas em 21 países, mostra que 54% dos brasileiros afirmam ter usado esse tipo de tecnologia em 2024, acima da média global, que ficou em 48%.

Embora a IA esteja presente em pautas referentes à transformação digital, especialistas alertam para a falsa sensação de domínio sobre ferramentas que, muitas vezes, fornecem respostas rápidas, mas nem sempre corretas ou baseadas em fontes confiáveis. “É muito importante entender de onde vêm essas fontes que a inteligência artificial cita, porque muitas vezes não vêm de fonte segura. Então, tem que checar a informação”, orienta a professora do Senac-DF.

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07/07/2025 12:00h

Dados inéditos compõem levantamento da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados

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Na última segunda-feira (7), foi celebrado o Dia Mundial do Chocolate, uma das iguarias mais consumidas e apreciadas no mundo. Segundo a Organização Internacional do Cacau (ICCO), o consumo de chocolate ultrapassa os 7 milhões de toneladas por ano no planeta.

Em contrapartida, há quem não se enquadre nos números. Os idosos de baixa renda são os que menos gostam e consomem chocolate no Brasil. Enquanto 38% dos maiores de 60 anos que recebem até dois salários mínimos afirmam não gostar do doce, apenas 12% dos idosos de alta renda respondem o mesmo. O cenário foi revelado pela pesquisa da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados, denominada  “A paixão do brasileiro pelo chocolate”.

Pela pesquisa, 30% dos idosos que ganham menos afirmam que nunca comem o doce e 49%, consomem raramente. Ao todo, 6% dizem consumir menos de uma  vez por semana, 4% de 2 a 3 vezes por semana e 2% comem chocolate todos os dias. Entre os idosos com maior poder aquisitivo, apenas 8% dizem nunca comer chocolate e 37%, raramente.

No recorte por sexo, entre os brasileiros com mais de 60 anos, a rejeição pelo chocolate é ainda maior entre os homens: 42% desse público de baixa renda afirma não gostar de chocolate. Entre as mulheres, esse percentual fica em 33%.

Em contrapartida, 54% dos jovens de até 24 anos e que ganham mais de cinco salários mínimos gostam muito de chocolate. O percentual recua para 50% entre os jovens de média renda, que ganham de dois a cinco salários mínimos – e para 47% nos jovens de baixa renda.

Metodologia

Para o levantamento, a Nexus entrevistou, presencialmente, 2 mil cidadãos com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs) entre os dias 27 e 31 de março.

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19/04/2025 00:03h

Já 10% são “chocólatras”, ou seja, gostam muito do doce e consomem pelo menos 4 vezes na semana, revela levantamento da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados

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Mais da metade dos brasileiros, sendo 59%, gosta de chocolate, considerando que 36% dizem gostar muito. Além disso, 41% comem chocolate pelo menos uma vez por semana. No grupo dos que gostam muito do doce, o perfil mais frequente é morador do Sudeste (42%), mulher (46%), jovens de 18 a 24 anos (53%) e alta renda, com renda familiar superior a 5 salários mínimos (42%). Os dados são da pesquisa “A paixão do brasileiro pelo chocolate”, produzida pela Nexus .

Apesar do percentual expressivo dos amantes de chocolate no país, 23% das pessoas disseram gostar pouco de chocolate, enquanto apenas 18% disseram não gostar do doce. Entre os que são menos fãs do doce estão homens (22%), acima dos 60 anos (30%), moradores do Nordeste (29%) e com renda familiar abaixo de 1 salário mínimo (24%)

Frequência

A pesquisa da Nexus também investigou com que frequência os brasileiros incluem o chocolate na dieta, que em alguns casos é rotina. Segundo os dados, 10% são “chocólatras”, ou seja, gostam muito do doce e consomem pelo menos 4 vezes na semana. O dado foi obtido a partir do cruzamento de dados de gosto e frequência de consumo de chocolate.

Já 5% dos entrevistados comem o doce todos os dias, 5% entre 4 a 6 vezes por semana, 14% de 2 a 3 vezes por semana e 17% uma vez por semana. Já o percetual daqueles que consomem menos chocolate por semana, 10% consomem menos de uma vez a cada sete dias e 36%, raramente. Os que dizem nunca comer chocolate somam apenas 12% dos brasileiros.

Amor controlado

Na escala de amor pelo cacau, existem aqueles denominados “chocólatras controlados”, conforme a Nexus, que gostam muito, mas comem raramente ou nunca. Esse grupo representa 16% da população e destacam-se os mais velhos (22%) e quem tem renda familiar abaixo de 1 salário mínimo (25%).

O maior grupo, representando 35% dos entrevistados, é formado pelos “apreciadores controlados”, que gostam do doce, mas comem de forma moderada, no máximo três vezes na semana. O grupo é formado comumente jovens (44%), mais ricos (44%) e do Sudeste (42%).

Consumidor casual é quem mais opta pelo ovo de Páscoa

O levantamento aponta, ainda, que em 2025 um total de 66% dos chocólatras compraram ou vão comprar ovo de Páscoa, acima da média nacional de 52% (na população total). Em seguida, estão os apreciadores controlados (62%), os chocólatras controlados (52%), consumidores casuais (50%), desconectados (36%) e haters (25%).

Para 74% dos brasileiros, caso os ovos de Páscoa estejam muito caros, optariam por comprar outros chocolates, como barra e bombom. 

Chocolates preferidos pelos brasileiros 

O doce feito com cacau tem uma variedade, seja mais doce, sendo o ao leite, ou mais amargo, que possui um maior percentual da fruta. De modo geral, o chocolate ao leite é a preferência nacional, escolhido como 1ª opção de 42% dos brasileiros que consomem o doce. Em seguida aparece o amargo (30%) e o branco (20%). Outros 3% responderam “todos” e 1% não sabia ou não respondeu.

O chocolate branco é o preferido queridinho entre os moradores do Sul (21%) e faz mais sucesso entre os desconectados, grupo que não gosta muito de chocolate e come apenas raramente, chegando a 37% da preferência.

Metodologia

Para a pesquisa a Nexus entrevistou, presencialmente, 2.000 cidadãos com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs) entre os dias 27 e 31 de março de 2025. A margem de erro no total da amostra é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%.
 

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