Turismo

26/05/2023 19:15h

A atividade turística em Capitólio (MG) representa 63% da economia da cidade

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As estradas entre São Sebastião do Paraíso - MG e Três Corações - MG passam por mudanças, como melhorias na malha rodoviária, o que facilita o acesso às cidades reconhecidas como importantes destinos turísticos. O trecho Varginha-Furnas foi leiloado na última quinta-feira (25), na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, o que garantiu investimentos de R$ 2,6 bilhões na região. 

Segundo Guidi Nunes, economista e diretor financeiro da Cooperativa Brasileira de Serviços Empresariais, o turismo é uma indústria que agrega valor. “Então se tiver além do plano de desenvolvimento do setor turístico de Minas Gerais, planos de desenvolvimento local desses municípios, quer dizer, investimentos com uma perspectiva de integração, que se conectam com outros investimentos e planejamentos setoriais, ajuda demais”, enfatiza. 

As obras estão sendo realizadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e vão impactar diretamente no fluxo turístico dos 22 municípios cortados pelas rodovias.  

De acordo com o governo de Minas, na região do Lago de Furnas, também conhecido como Mar de Minas, destaca-se Capitólio, que tem tudo para receber mais turistas com as estradas restauradas. O município é uma das 31 cidades banhadas pelo lago artificial. A atividade turística representa 63% da economia da cidade, que segundo dados do IBGE registrou PIB de R$ 286.279,18, em 2020. 

A concessão concluída a partir do leilão injetará recursos para aumentar a segurança e o conforto nas vias, com a inclusão de serviços como socorro mecânico, atendimento médico, combate a incêndios e apreensão de animais. A expectativa é que os motoristas se sintam mais confortáveis para pegar a estrada, o que deve estimular a movimentação turística no Sul de Minas.

O economista destaca que o plano de desenvolvimento local e regional em Minas Gerais, conectado ao plano de desenvolvimento setorial do setor de turismo, é fundamental para potencializar os investimentos públicos.

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Desenvolvimento Regional
23/05/2023 19:33h

Iniciativa busca reforçar as capacidades dos dois países para gestão dos recursos hídricos locais, com ênfase na utilização sustentável e eficiente da água, preservação dos ecossistemas e de seus serviços e adaptação às mudanças climáticas

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O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) do Brasil, o Ministério de Ambiente do Uruguai e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) assinaram, nesta terça-feira (23), acordo para a gestão binacional e Integrada dos recursos hídricos da Bacia da Lagoa Mirim e Lagoas Costeiras, cuja parte brasileira está localizada no Rio Grande do Sul.

Com financiamento de US$ 4,7 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o projeto visa reforçar as capacidades do setor público e privado no Brasil e no Uruguai para a gestão integrada dos recursos hídricos locais, com ênfase na utilização sustentável e eficiente da água, na preservação dos ecossistemas e de seus serviços e na adaptação às mudanças climáticas.

Entre as ações previstas na parceria entre os dois países e a FAO estão a realização de uma análise e de um diagnóstico transfronteiriço, a concepção e a implementação de um programa de ação estratégica e o monitoramento, comunicação e avaliação cruzada dos resultados alcançados.

“Selamos hoje um compromisso muito importante para a região. Nesse projeto, vamos trabalhar o desenvolvimento e a integração da faixa de fronteira, em especial na Lagoa Mirim, tendo como base a gestão integrada dos recursos hídricos, que pertencem tanto ao Brasil quanto ao Uruguai”, destacou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “Essa cooperação também vai ratificar uma diretriz do governo do presidente Lula, que é promover uma integração entre o Brasil e os demais países da América do Sul”, completou.

“Entendemos que a Lagoa Mirim é fundamental para a atividade econômica e produtiva da região. Cerca de um milhão de pessoas vivem da água da lagoa, de seus recursos, de sua biodiversidade, que é essencial para o futuro e para o desenvolvimento local”, afirmou o subsecretário do Ministério de Ambiente do Uruguai, Gerardo Amarilla. “O trabalho conjunto entre o Brasil e o Uruguai e esse apoio da FAO são muito importantes para compreendermos, amarmos e aproveitarmos esse importante recurso, reservando-o para as futuras gerações”, completou.

A Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim é uma bacia transfronteiriça compartilhada entre o Brasil e o Uruguai, sendo a segunda maior área lacustre da América do Sul (3.750 km²). A grande quantidade e boa qualidade de suas águas favorecem as atividades agrícolas, florestais, pecuárias, pesqueiras, aquícolas, turísticas e de abastecimento de água, entre outros serviços, em ambos os países.

Comissão Mista Brasil e Uruguai

A assinatura do acordo foi realizada na cidade de Pelotas (RS), durante as celebrações dos 60 anos da Comissão Mista Brasileira-Uruguaia para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim. O evento também contou com a presença do vice-diretor geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Mario Luberkin, do vice-prefeito de Pelotas, Idemar Barz (PSDB), e da reitora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Isabela Andrade.

Em 1963, foi instituída a Comissão Mista Brasileira-Uruguaia para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim e, posteriormente, firmado o Tratado de Cooperação da Lagoa Mirim, em 1977.

Em 1994, foi criada a Agência para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim (ALM), que é administrada pela UFPel. Entre as estruturas geridas pela ALM estão o complexo Barragem e Eclusa do Canal São Gonçalo e o Distrito de Irrigação da Barragem do Arroio Chasqueiro (DIBAC).

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02/05/2023 20:45h

Economista ressalta que uma das principais formas de amenizar os problemas fiscais e econômicos do país é através da unificação dos impostos sobre consumo

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Mudanças como a adesão ao tax free (compras livres de impostos), propostas pelo Ministério do Turismo para atrair turistas estrangeiros, podem ser bem dificultadas. Isso ocorre devido à atual complexidade do sistema tributário brasileiro e a  necessidade de criação de  regras e leis de impostos que possam  mudar essa situação, o que pode demorar e consumir recursos.

O economista Guidi Nunes afirma que o atual sistema tributário brasileiro é conhecido por ser bastante complexo e oneroso, com altas taxas de impostos e uma grande quantidade de regulamentações. “Essas características podem tornar o país menos atraente para os turistas estrangeiros em comparação com outros países que oferecem sistemas de tax free mais vantajosos”, avalia.

O economista expõe que o Brasil possui várias taxas de impostos diferentes, o que pode tornar o processo de solicitar o reembolso mais complicado para os turistas estrangeiros. Além disso, os procedimentos para solicitar o reembolso de impostos podem variar de acordo com o estado ou município em que a compra foi realizada, tornando o processo mais difícil para os turistas que visitam várias regiões do país.

“Tudo isso pode afetar a atratividade do Brasil como destino turístico para os turistas estrangeiros e pode levar o Ministério do Turismo a considerar outras opções para atrair turistas, como incentivos fiscais e programas de promoção do turismo. No entanto, se o Brasil conseguir simplificar e tornar mais eficiente o processo de tax free, pode aumentar a competitividade do país no mercado turístico internacional”, enfatiza.

Segundo o especialista, uma das formas de diminuir essa dificuldade é com a reforma tributária articulada no Congresso por meio das PECs 110/2019 e 45/2019, que tem como objetivo principal simplificar o sistema tributário brasileiro, reduzir a carga tributária sobre os setores mais afetados pela crise e aumentar a arrecadação de forma mais justa e equilibrada.

“Uma das principais formas de amenizar os problemas fiscais e econômicos do país é através da unificação dos impostos sobre consumo (PIS, Cofins, IPI e ICMS) em um único tributo, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que seria cobrado no destino da mercadoria ou serviço. Isso tornaria o sistema tributário mais simples, transparente e eficiente, reduzindo os custos operacionais e aumentando a competitividade das empresas brasileiras”, pontua.

PEC 45/2019

De autoria do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), a PEC 45/2019 propõe uma ampla reforma do modelo brasileiro de tributação de bens e serviços. A proposta prevê a substituição de cinco tributos por um imposto único sobre bens e serviços (IBS) com características de imposto sobre valor agregado. O objetivo é simplificar o sistema tributário sem reduzir a autonomia dos estados e municípios que, segundo o autor, “manteriam o poder de gerir suas receitas através da alteração da alíquota do IBS.”  

Tributos que deverão ser substituídos pelo IBS:

  • ​Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
  • Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)
  • ​Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS)
  • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
  • ​Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS)

Um dos problemas do atual sistema tributário brasileiro apontado é a multiplicidade de impostos sobre a produção e o consumo de bens e serviços. O autor da proposta também argumenta que a atual tributação provoca aumento do custo dos investimentos, a oneração desproporcional da produção nacional relativamente à de outros países e um enorme contencioso entre o fisco e os contribuintes. A proposta traz ainda um modelo em que parte dos tributos pagos por famílias pobres sejam devolvidos por meio de mecanismos de transferência de renda.

De acordo com o texto, dois mecanismos de transição serão estabelecidos para um ajuste suave para empresas e entes federativos. Um deles é a previsão de dez anos para ocorrer a substituição dos impostos atuais pelo IBS. Os dois primeiros anos serão para testar o novo imposto. Nos oito anos seguintes, as alíquotas de todos os tributos serão reduzidas progressivamente e o IBS aumentado na mesma proporção.

O outro mecanismo previsto é a repartição de receitas entre estados e municípios, que deve ser feita em uma período de 50 anos. Nos primeiros 20 anos, seria mantida a receita atual, corrigida pela inflação, com a parcela referente ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tributada pelo destino. Nos trinta anos seguintes, a tributação de todo o IBS convergiria para o destino gradualmente.

A proposta traz também a criação de imposto seletivo federal sobre produtos como cigarros e bebidas alcoólicas, com o objetivo de desestimular o consumo.

PEC 110/2019

Apresentada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP) e assinada por diversos outros senadores, a PEC 110/2019 visa reestruturar o sistema tributário brasileiro por meio da unificação de tributos e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos sobre a parcela mais pobre da população.

O objetivo é reduzir o custo de produção e de contratação, aumentar a competitividade e o poder de consumo, gerar mais empregos e estimular o crescimento da economia. De acordo com o texto, serão extintos sete tributos federais, um estadual e um municipal. Eles serão substituídos por dois impostos: um sobre operações de bens e serviços (IBS) e o chamado Imposto Seletivo, que incide sobre bens e serviços específicos.

Impostos federais que serão extintos:

  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
  • ​Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
  • Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS)
  • Contribuição para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep)
  • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
  • Salário-Educação
  • ​Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico relativa às atividades de importação e comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE Combustíveis)
  • ​Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) - Imposto Estadual
  • Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) - Imposto Municipal

Medicamentos e alimentos ficarão fora do rol de produtos tributados pelo IBS, que terá sua arrecadação administrada por uma associação de fiscos estaduais. Já os bens e serviços incluídos no Imposto Seletivo serão definidos por Lei Complementar, entretanto, deverá incidir em produtos como petróleo e derivados; combustíveis e lubrificantes; cigarros; energia elétrica; e serviços de telecomunicações. 

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Setor de turismo estima aumento de 26% para 2023

Mapa do Turismo: prefeituras devem renovar cadastro

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29/04/2023 17:45h

Feriados prolongados e pontos facultativos devem injetar R$ 74,3 bilhões no Turismo brasileiro este ano. Por outro lado, cada feriado reduz a rentabilidade anual média do setor comercial como um todo em 1,29%

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Entre o último dia 28 de abril e o dia 2 de maio, a Rede Infraero espera receber 662,5 mil passageiros em voos comerciais regulares em seus 21 aeroportos, devido ao feriado prolongado do Dia do Trabalhador. A estimativa é de que a terça-feira (2) seja um dos dias mais movimentados, com 157,9 mil passageiros e 1.196 voos.

Segundo o economista Aurélio Trancoso, essa projeção é uma indicação de que setores como turismo e transporte estão entre os que mais se beneficiam com os feriados prolongados. “Cidades turísticas também se favorecem com esse feriado prolongado. Tem pacotes que são feitos para cidades turísticas, então o setor de transporte, que seria a área de aviação, também ganha com isso. Então, a economia não para”, pontua.

Confira abaixo as estimativas de movimentação nos aeroportos

Em 2023, dos nove feriados nacionais, quatro caem em segundas ou sextas-feiras e, portanto, emendam com o final de semana. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os feriados prolongados e pontos facultativos devem injetar R$ 74,3 bilhões no Turismo brasileiro este ano.

Bom para uns e não tão bom para outros. As entidades ligadas ao comércio apontam queda nas vendas por conta dos feriados. Pelas contas da CNC, cada feriado reduz a rentabilidade anual média do setor comercial como um todo em 1,29%. Cada feriado em dias comerciais gera um prejuízo de R$ 2,46 bilhões ao varejo.

Para Trancoso, nos feriados que acontecem em dias de semana e nos prolongados, o que ocorre é o deslocamento de consumo para determinados setores ou nichos da economia.

“O varejo realmente é afetado, mas não necessariamente como um todo. Como você tem os shoppings abertos normalmente, as lojas de shoppings funcionam. Então, parte do varejo tem alguns problemas que você acaba perdendo venda. E quando é prolongado, você tem o sábado, domingo e segunda-feira, você está perdendo um dia normalmente. Em contrapartida, tem a área turística que ganha muito com isso. Os bares, restaurantes, a parte de alimentos e bebidas são muito procurados nesse momento. Você perde de um lado, mas ganha de outro”, explica.
 

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09/04/2023 14:28h

Entre abril e dezembro já estão programados cerca de 9,7 milhões de assentos em voos internacionais com destino ao Brasil

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De acordo com dados  recentes da Embratur, entre abril e dezembro deste ano estão programados 9,7 milhões de assentos em voos internacionais com destino ao Brasil. Se comparado ao mesmo período do ano passado, haverá um crescimento de 26%. 

Entre 21 e 23 de março, a Embratur participou da feira “Routes Americas” que reuniu as principais companhias aéreas do mundo. No evento, a agência propôs planos de aumento da oferta de voos internacionais para o Brasil  no período de 2024 e 2025. 

O agente de viagem da empresa  Diversos Destinos, no DF,  Fabio Oliveira, afirma que 2022 foi o ano da retomada para o turismo brasileiro. 

“O que a gente tem percebido atualmente é que o ano de 2022 foi realmente o ano da retomada, nós crescemos muito nesse ano. O total do faturamento do país chegou a 17 bilhões de reais , isso é um dado muito importante para o turismo”, afirmou Oliveira. 

O crescimento da malha aérea internacional é uma das missões institucionais na Embratur, que vem atuando em parceria com as companhias aéreas, promovendo os destinos do Brasil nos países de origem desses voos, para gerar demanda que dê sustentabilidade econômica às novas rotas.

O economista César Bergo explica que o turismo, principalmente estrangeiro, é extremamente importante para o crescimento econômico do país, já que o Brasil é um local com muitas possibilidades de passeios ecológicos e ambientai__ o que o torna altamente atrativo.

“O turismo é um segmento muito importante, não só para a economia mas também para o desenvolvimento geral de uma nação. O Brasil oferece hoje uma grande oportunidade para o turismo sobretudo em função de questões ligadas à segurança do mundo inteiro com as guerras e também com as dificuldades  de  relações comerciais entre os países. O Brasil aparece com uma grande alternativa, não só com questões ecológicas e ambientais, mas  nosso país  tem selvas e destinos ecológicos, muita água. Isso atrai bastante o turista estrangeiro”, enfatiza o economista.

A Embratur afirma que, em alguns casos, haverá um aumento de frequência de rotas já existentes, mas também haverá o anúncio de novas rotas com companhias aéreas que já operam no Brasil, bem como o início de operação de novas companhias aéreas.
 

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30/03/2023 04:15h

Município turístico ou impactado por viagens precisa atualizar dados para continuar no Mapa do Turismo Brasileiro

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Gestores municipais de Turismo de todo o país devem inscrever ou renovar o cadastro de sua cidade no Mapa do Turismo Brasileiro, para continuar fazendo parte da política pública do Governo Federal. O Mapa é uma ferramenta que reúne municípios com vocação turística ou que são impactados pelo setor de viagens. 

De acordo com o Ministério do Turismo, estar no Mapa torna possível ao município colaborar com o desenvolvimento do turismo local, porque permite benefícios como receber recursos, participar de políticas públicas e obter capacitação através de qualificação profissional.

Para renovar o cadastro, o gestor municipal do Turismo deve clicar AQUI

Dados recentes do governo federal registram que mais da metade dos municípios brasileiros já entenderam a importância da ferramenta e estão inseridos no sistema. 

É o caso de Cavalcante, no interior de Goiás. Segundo o diretor de Turismo local, Leonardo Victor Moreira de Carvalho, o município já atualizou seu cadastro no Mapa “porque garante a tomada de boas decisões”. Ele relatou que esse instrumento do Ministério do Turismo identifica as necessidades de investimento e ações de promoção de cada região do país.

"Eu considero muito importante SisMapa, porque auxilia o planejamento do Turismo em todo território brasileiro”, destacou. “Esse ano, nós atualizamos nosso cadastro e reiteramos nosso compromisso com essa ferramenta", afirmou o diretor de Turismo.

O que é

O Mapa do Turismo Brasileiro é um instrumento do Programa de Regionalização do Turismo, que define a área (recorte territorial) a ser trabalhada prioritariamente pelo Ministério do Turismo no âmbito do desenvolvimento das políticas públicas. Atualizações podem ser feitas a partir de 30 dias antes do prazo de vigência do cadastro, que é de 12 meses. A vigência do cadastro varia de acordo com a data da certificação no Mapa, após a homologação dos estados e aprovação da pasta. 

De acordo com a Assessoria de Imprensa do Ministério do Turismo, os municípios devem ficar alertas às notificações enviadas pelo sistema. A documentação deve ser atualizada para o exercício vigente, caso contrário o município corre o risco de ser excluído do sistema. 

Exigências

A participação no Mapa é aberta a todos os municípios brasileiros, desde que observem os critérios estabelecidos em Portaria Ministerial nº 41/2021. O município interessado precisa dispor de uma secretaria (ou departamento) voltado para o Turismo, Lei Orçamentária, prestadores de serviços turísticos de atividade obrigatória regular no CADASTUR, Conselho Municipal de Turismo ativo, assinar um termo de compromisso e preencher a aba referente a atividade turística dos municípios.

Gestores municipais do Turismo também devem comprovar a existência de uma instância de governança regional no Turismo, como um conselho, fórum, comitê ou associação, responsável por sua gestão. Posteriormente ao preenchimento das informações pelos municípios, os estados e o DF, por meio de seus órgãos oficiais do setor, têm até 30 dias corridos para revisar e homologar os cadastros no sistema do Mapa e enviar para aprovação do Ministério do Turismo. 

Por sua vez, o Ministério tem até 15 dias “corridos” para realizar a aprovação e publicá-lo no Mapa. Depois da inclusão, o cadastramento terá sua validade por 01 (um) ano.
 

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28/02/2023 16:00h

Período de defeso é estabelecido por meio de atos normativos e tem como objetivo proteger espécies aquáticas durante as fases críticas de seus ciclos de vida

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Termina nesta terça-feira (28) o período de defeso na Bacia Amazônica de Mato Grosso. Trata-se da época do ano em que a pesca de determinada espécie está proibida ou controlada. Nesse intervalo esteve proibida a pesca de algumas variedades de peixes. De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a medida busca proteger as espécies aquáticas. A ideia é evitar a escassez ou extinção dos peixes, em especial os mais consumidos. 

“É um período de proibição de exploração daquelas espécies, de uma espécie ou um grupo de espécies, visando proteger o período reprodutivo. Alguns casos não coincidem exatamente com o período reprodutivo e tem outros propósitos ali relacionados à preservação daquelas espécies”, explica Igor de Britto, analista ambiental do Núcleo de Fiscalização dos Ilícitos Relacionados à Atividade Pesqueira do Ibama. 

Piracema

A piracema é um fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes, sendo uma importante estratégia reprodutiva. A palavra piracema vem do tupi e significa “subida do peixe”. Este é o fenômeno natural – quando os grandes cardumes se encontram no seu período de reprodução. A piracema também revela a integração sistêmica entre mar e continente.

O analista do Núcleo de Fiscalização dos Ilícitos Relacionados à Atividade Pesqueira do Ibama explica que o período de defeso nas bacias está relacionado à piracema.

“A piracema, normalmente, está relacionada às bacias, ou seja, é uma medida de defesa continental. Então, quando os defesos se remetem a uma região, a uma bacia hidrográfica, normalmente utiliza-se o termo piracema. Não deixa de ser um defeso, mas tem essa cara específica da dinâmica do rio em que as espécies costumam se movimentar no sentido das cabeceiras para se reproduzirem”, destaca.

O período de piracema varia tanto nos vários países do mundo quanto nos diferentes estados do país, e, portanto, o período de defeso da piracema também varia. Por isso, é importante conhecer as resoluções publicadas em cada região e observar se alterações ocorreram de um ano para outro.

Britto explica, ainda, que, normalmente, outros períodos de defesos que não são tratados como piracema não estão necessariamente relacionados a uma área com essa movimentação.

Os peixes incluídos no período do defeso deverão ser comercializados somente com Declaração de Estoque, por pisciculturas licenciadas pelos órgãos competentes ou no manejo autorizado pelo Ibama, este último, no caso do pirarucu.

Multas 

O pescador ou turista que vai realizar a atividade pesqueira tem que ficar atento às regras do local no qual será realizada a prática. É necessário saber as espécies que estão ou não incluídas na lista de ameaçadas.

“Essa é uma lista pública, não é difícil ter acesso a ela. Além disso, saber  os períodos de proibições, porque algumas espécies têm a sua captura prevista, porém com alguma restrição”, complementa o analista ambiental do Ibama. 

De acordo com o Decreto Federal 6.514/2008, a multa para quem estiver pescando, transportando, comercializando ou armazenando as espécies proibidas vai de R$ 700 a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo ou fração do produto da pescaria.


Confira os períodos de defeso na Bacia Amazônica

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Brasil
18/02/2023 19:00h

De agências de turismo a perfis falsos na internet, consumidor deve redobrar a atenção para evitar surpresa indesejada com as diárias. Especialista dá dicas para brasileiros que vão viajar durante o Carnaval evitarem perrengue com a estadia

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Três em cada dez brasileiros pretendem viajar durante o feriado prolongado de Carnaval, de acordo com um levantamento da fintech Superdigital. Não importa se o objetivo do período fora de casa é o descanso ou a folia, o que o cidadão não quer é passar algum perrengue em relação à estadia. 

Isso porque os golpes em torno das reservas em hotéis, pousadas e casas de temporada estão mais comuns do que nunca, alerta Renata Abalem, diretora jurídica do Instituto de Defesa do Consumidor. Ela explica que, por conta da demanda reprimida no Carnaval de anos anteriores, sobretudo por causa da pandemia de Covid-19, o número de artimanhas para enganar os consumidores tende a se multiplicar. 

"O que nós temos presenciado, e eu acredito que nós vamos ter muita notícia disso nesse Carnaval, é que esse consumidor vai ser enganado por perfis que não existem, por bandidos que estão na internet colocando as fotos mais lindas; são aluguéis por temporadas por plataformas e aplicativos que o consumidor vai chegar e sequer existe. É bem complicado, mas é o que a gente espera se deparar", afirma. 

Segundo a especialista em direito do consumidor, as falsas promessas ou mesmo golpes em torno das reservas costumam partir de duas origens diferentes. A primeira é quando o consumidor compra um pacote junto a uma agência de turismo, por exemplo, e, ao chegar ao local, é informado de que não há quartos disponíveis. 

Diante da improvável solução imediata por parte da hospedagem ou mesmo da agência responsável pelo pacote – o que pode acontecer, principalmente, porque se trata de um feriado – Renata afirma que o consumidor deve buscar seus direitos tanto fisicamente, junto ao Procon, como pela internet, em sites como o Reclame Aqui, e mesmo nas redes sociais. Registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima também é importante, orienta. 

A segunda forma de trapaça é ainda mais comum e, ao mesmo tempo, difícil de ser solucionada, diz a especialista em direito do consumidor. São os aluguéis por temporada feitos por meio das redes sociais. "Estou falando de um locador que provavelmente não tem nem CNPJ. Aí a situação muda de figura, porque às vezes o consumidor aluga um imóvel porque ele viu uma foto bonita em uma plataforma, aplicativo, rede social. Ele viu várias fotos bonitas, ele acreditou que aquele lugar existe. Quando ele chega lá, às vezes, só tem areia", conta. 

Casos como esse são, necessariamente, de polícia. "Ele tem que fazer uma queixa; tem que dar a notícia que o perfil de aplicativo de rede social que ele alugou é falso e aí a polícia vai se encarregar de verificar essa assinatura digital, procurar esse golpista e, nesse caso, consumidor, lamento informar, vai ser muito difícil reaver o dinheiro, uma compensação, uma indenização", explica. 

Por isso, a melhor maneira de evitar dor de cabeça com o golpe da reserva é se precaver. Confira algumas dicas. 

  • Antes de alugar uma casa por temporada, verifique se aquele endereço existe;
  • Fique atento aos comentários e às fotos da hospedagem. Mesmo eles podem ter sido forjados para passar uma boa impressão do lugar que sequer existe; 
  • No caso de reserva junto a agências de turismo ou mesmo diretamente com o hotel ou pousada, ligue para o lugar para confirmar se há mesmo a disponibilidade de quarto;
  • Na dúvida, não faça reserva pelas redes sociais. Procure o site oficial do hotel ou pousada; cruze as informações e veja se elas fazem sentido. 

Cópia barata

Não são apenas os consumidores que ficam no prejuízo com a atuação dos criminosos no ramo da hospedagem. Prestadores de serviços legítimos também sofrem com esse tipo de golpe. É o caso de uma pousada localizada em Campos do Jordão (SP), cujo responsável pediu para não ser identificado. 

Já faz algum tempo que outro perfil no Instagram se passa por essa pousada e engana clientes fazendo eles acreditarem que estão comprando as diárias no local certo. O entrevistado afirma que houve semana em que três pessoas acabaram caindo no golpe. 
Depois de atrair o cliente se passando pela pousada verdadeira, os criminosos mandam uma chave PIX de CPF para que a pessoa faça a transferência pela suposta diária e, aí, é tarde demais.  

Os donos da pousada verdadeira já procuraram a polícia, estão processando a rede social, mas a página fake ainda não foi derrubada. Enquanto aguardam a justiça, eles aumentaram a divulgação e os alertas na rede social para diminuir o prejuízo. 

Carnaval 2023: fique atento aos cuidados necessários para pegar a estrada neste feriadão

ACUMULADA: +Milionária pode pagar R$ 28 milhões neste sábado de Carnaval (18)

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16/02/2023 15:50h

O carnaval do DF em 2023 contará com bloquinhos de rua entre os dias 16 a 22

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As festas de carnaval em Brasília começaram nesta quinta-feira (16) e seguem até quarta-feira (22). Durante esse período, o faturamento esperado por estabelecimento no Distrito Federal é de R$ 49 mil. Os dados são da Pesquisa sobre a Expectativa da População e do Comércio Varejista do DF realizada pela Fecomércio.

De acordo com a pesquisa, o dia mais esperado pelos foliões é domingo, onde 29,3% dos entrevistados responderam que vão participar. A taxa de participação na sexta-feira, sábado, domingo, segunda-feira e terça-feira é de 16%, 26,1%, 15,3% e 13,3%, respectivamente. 

Giovani Freitas, de 22 anos e estudante de administração, está com expectativa de poder aproveitar melhor o carnaval esse ano devido à baixa nos casos de Covid-19, em comparação com os últimos dois anos.

“Não sei ao certo quantos bloquinhos eu pretendo participar, provavelmente um ou dois, e acho que no domingo e na segunda, que são dias mais tranquilos de ir”, completa o estudante. 

Fábio Carvalho, agente de viagens da Diversos Destinos em Brasília, diz que o maior problema enfrentado pela agência durante o período de carnaval é o valor das passagens aéreas, pois o cálculo dos pacotes é também baseado nesses preços.

“As negociações em 2023 estão bem complicadas porque o aumento dessas tarifas afasta o passageiro. Então já nos primeiros meses de janeiro e fevereiro a gente já sentiu uma baixa muito grande. Normalmente a gente já sente isso, porque janeiro é férias e fevereiro é o carnaval, mas no ano de 2022 nós não sentimos muito porque as pessoas estavam realmente querendo viajar”, completa Fábio.

O agente conta que devido a pandemia, as pessoas que não conseguiram viajar em 2021 e fecharam pacotes no ano de 2022. Porém este ano, com o elevado preço das passagens aéreas, as vendas caíram. 

Para o carnaval deste ano, o governo do Distrito Federal (GDF) vai investir mais de R$ 10 milhões, sendo R$ 5 milhões de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e R$ 3,8 milhões de emendas parlamentares. O restante do valor será destinado para campanhas publicitárias sobre a festa. 

Para aqueles que não conseguiram aproveitar o carnaval ou que ainda querem continuar com a folia, Brasília contará com o Pós Carnaval, com seis blocos de rua no sábado (25) e no domingo (26).

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Carnaval: confira quais são as cidades mais procuradas para quem vai curtir a folia

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15/02/2023 12:16h

Mesmo com valores de passagens nas alturas, foliões não deixam de se programar com antecedência para curtirem os dias de Carnaval

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Há quem diga que o ano só começa de verdade depois de fevereiro,  porque o segundo mês do ano é o mais esperado para  curtir os festejos de  carnaval ou tirar aquele merecido descanso longe da “muvuca”.  Tanto para quem vai cair na folia como quem só quer descansar, e busca paz viajar  feriado prolongado e ainda economizar, é necessário planejar com antecedência.

Segundo a agência de viagem TurMundi, os destinos mais procurados nessa época são as cidades praianas onde o carnaval é animado, com muitas atrações. São elas:  Recife e Salvador por conta dos famosos blocos de Olinda (PE) e os trios-elétricos, na Bahia. São Paulo e Rio de Janeiro  também estão entre as mais procuradas, sobretudo por causa dos desfiles das escolas de samba,  Esses são também  os destinos mais escolhidos pelos  estrangeiros que vêm aproveitar o carnaval no Brasil.  

De acordo com a CEO e agente de viagem da TurMundi, Bruna Bilbao, por ser uma época de alta temporada, as passagens sempre ficam mais caras, sejam aéreas ou rodoviárias. 

“As passagens tanto de ônibus quanto de avião só aumentam, não ficam mais acessíveis por ser alta temporada. Então sempre fica mais caro. Inclusive, a alta da gasolina faz com que aumente mais, e não só as passagens, como os hotéis também, e até restaurantes. Tudo na cidade fica mais caro, principalmente nos locais que têm grande atrativos, tudo aumenta mais”, explicou Bruna Bilbao. 

Para viajar para esses destinos, a média de valores dos trechos saindo da capital federal fica em torno de R$ 2.500 as passagens de ida e volta. Além disso, a agente de viagem afirma que os hotéis e pousadas aproveitam a época de alta temporada para encarecer os serviços e conseguir se manter nos períodos em que os hotéis estão mais vazios.  

“Os hotéis e as pousadas aproveitam esse período para encarecer os serviços, porque logo depois que acaba o carnaval, a gente já entra na baixa temporada, que seria entre março, abril, maio e junho, então são períodos que ficam com hotéis vazios. As pessoas não viajam muito porque estão trabalhando, as crianças estudando, então eles aproveitam esse período de alta temporada que é dezembro, janeiro e fevereiro para conseguir se manter o restante do outro semestre até chegar julho, que é alta temporada de novo”, enfatizou a CEO da agência de viagens. 

A moradora de Samambaia (DF), Ivanilde Andrade (45), conta que todos os anos tem o costume de viajar no carnaval, mas esse ano não conseguiu se programar antes e com os valores mais altos não conseguirá viajar para o destino desejado.

“Todo ano no carnaval, eu e meu esposo viajamos, de preferência para a praia, mas as passagens ultimamente estão muito caras. O jeito que tem é pegar o carro e ir para a cidade dele no Paraná ou para a minha no estado de Minas Gerais”, explicou Ivanilde Andrade. 

Para quem deseja aproveitar o feriado, mas deixou para se planejar de última hora, a agente de viagens tem dicas de como aproveitar o carnaval sem gastar tanto. 

“A dica é: procurar lugares próximos, por exemplo, aqui em Brasília a gente tem um novo resort que inaugurou que é o “Tauá” e fica a uma horinha daqui, ou seja, você já economiza no sentido de não ter que pagar passagens aéreas. Você só pagaria a hospedagem que já inclui café da manhã, almoço e jantar, então é uma boa pedida”, recomenda Bruna Bilbao. 
 

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