O intervalo maior entre as festas de fim de ano e o feriado de Carnaval — que deu mais tempo para que as pessoas planejassem suas viagens — foi um dos fatores que influenciaram o aumento das vendas para o período este ano, que deve chegar a 20% em relação ao ano passado, segundo um levantamento da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, a Braztoa.
A grande quantidade de ofertas de locais que atendem a todos os gostos, de praias paradisíacas a cidades onde os blocos tomam conta das ruas, também ajudou a alcançar o índice, já que sempre haverá ofertas de acordo com o perfil do turista.
Este ano, liderando a lista dos lugares mais procurados no Carnaval, estão Maceió (AL) e Porto de Galinhas (PE), empatados em primeiro lugar. Já o segundo destino mais procurado são as cidades da Linha Verde da Bahia, que inclui Sauípe, Imbassaí, mas com destaque para a Praia do Forte, e, em terceiro lugar, o Rio de Janeiro aparece empatado com Salvador e Porto Seguro.
Recife é o quarto destino mais procurado no período e Natal (RN) e Foz do Iguaçu (PR) completam a lista dos locais mais buscados para a folia.
Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) projetam um crescimento de 2,1% nas vendas deste ano em relação a 2023 e preveem que os quatro dias de festa devem movimentar R$ 12 bilhões no país, fazendo da festa de 2024 o Carnaval mais lucrativo desde 2015.
Dados coletados nas secretarias estaduais de turismo e compilados pelo Ministério do Turismo levam a crer que cerca de 53 milhões de pessoas devem pular o Carnaval este ano, o que representa 8% a mais do que no ano passado.
O volume corresponde a um salto de 55%, em comparação com o mesmo período de 2024
Dados divulgados pelo Ministério do Turismo revelam que, em janeiro de 2025, 1.483.669 turistas internacionais desembarcaram no Brasil. O número representa a melhor marca para o primeiro mês do ano desde 1970, quando começou a série histórica.
O volume corresponde a um salto de 55%, em comparação com o mesmo período de 2024. Em janeiro do ano passado, o registro foi de aproximadamente 956 mil visitantes que chegaram ao Brasil vindos de outros países.
O número alcançado em janeiro de 2025 também superou o recorde anterior, que pertencia ao primeiro mês de 2017. Naquele ano, o Brasil recebeu 1.107.628 turistas internacionais.
Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o Brasil é um dos principais destinos turísticos da América do Sul. Para ele, a melhora na infraestrutura dos pontos turísticos tem contribuído para esse cenário.
Turismo: 84% dos brasileiros consideram setor importante para criação de empregos
A Argentina é o maior emissor de turistas para o Brasil. O número de visitantes do país vizinho praticamente dobrou, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2024, 452.136 argentinos visitaram o Brasil. Já este ano, o número subiu para 870.318.
De acordo com o levantamento, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina receberam, juntos, 924.138 visitantes de outros países. O volume corresponde a 62% do total de turistas que chegaram ao Brasil no primeiro mês deste ano.
Em números absolutos, depois do Rio Grande do Sul, os destaques vão para Rio de Janeiro e São Paulo, com 240.151 e 219.787 visitantes de outros países, respectivamente.
A maior parte da população brasileira (84%) afirma que o turismo é importante para geração de emprego no país. Desse total, 43% consideram como muito importante. É o que revela a pesquisa Tendências de Turismo Verão 2025 - comportamento da população brasileira, realizada pela Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados e pelo Ministério do Turismo.
De acordo com o levantamento, somente 6% dos entrevistados disseram ser mais ou menos importante, enquanto 4% responderam ser pouco importante. Para outros 4%, o setor é nada importante nesse aspecto.
Na avaliação da presidente do Conselho da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV Nacional), Ana Carolina Medeiros, o turismo tem um peso significativo na economia mundial. Para ela, no Brasil, de fato, trata-se de um setor que contribui para o aumento da geração de emprego.
“O que a gente tem visto é que o poder público tem percebido isso e entendido que o turismo é uma grande oportunidade de crescimento para as cidades. E não só as capitais, mas muitos municípios menores estão se movimentando, investindo em infraestrutura, criando novos produtos turísticos, melhorando acessibilidade”, destaca.
“As agências de viagem também estão acompanhando esse movimento, levando turistas para esses destinos. Então, dá pra ver claramente que tanto o poder público, quanto a iniciativa privada, estão de olho no turismo como uma grande força para o crescimento econômico e financeiro”, complementa.
O estudo também questionou acerca dos benefícios do setor para o Brasil. A atração de investimentos foi a resposta para a maioria das pessoas ouvidas, que representam 15%. Na sequência aparece geração de empregos locais e desenvolvimento regional – opções de 13% da população, cada. Já o aumento da arrecadação tributária foi apontado por 11%, seguido por crescimento no setor hoteleiro, para 6%; e novas oportunidades de negócios, para 5%.
“A percepção do brasileiro reflete o tamanho do impacto econômico do turismo no Brasil e os bons resultados obtidos durante 2024. Além de movimentar a economia, o setor cria empregos em diversas áreas, como alimentação, atividades culturais e transportes. A atividade turística é ainda uma forma de promover desenvolvimento regional e reduzir a desigualdade no país”, afirma o ministro do Turismo, Celso Sabino.
O combate à pobreza e à desigualdade social é considerado a política pública com maior capacidade de impactar de forma positiva a atividade turística no país, na avaliação de 33% dos entrevistados. Em segundo lugar, como opção de 21% dos brasileiros, aparecem ações de incentivo para baratear custos em viagens a lazer. Confira outras medidas citadas:
O levantamento revela, ainda, que para 51% da população, o Brasil tem muito potencial para exploração do turismo como atividade econômica. Desse total, 36% consideram alta essa capacidade e 15% muito alta. Outros 29% consideram média, 10% baixa e 2% muito baixa.
Desde o início de 2023, foram abertos 405.382 postos de trabalho no setor, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Além disso, em 2024, 118 milhões de pessoas movimentaram os aeroportos no país.
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O Brasil se tornou o 4° maior mercado doméstico do ramo no ano passado, de acordo com dados da IATA (International Air Transport Association). Houve um salto de 6,6% em relação à média global, de 5,6%. As atividades ligadas ao setor do Turismo atraíram US$ 360 milhões em investimentos estrangeiros diretos em 2024.
Janeiro, tradicional mês de férias, foi também o que atingiu recorde de passagens emitidas pelo programa Voa Brasil, desde que foi criado, em julho de 2024. Só no mês passado, segundo balanço do Ministério de Portos e Aeroportos, foram 5.308 passagens emitidas — o que representa um crescimento de 15% em relação a agosto, mês seguinte ao lançamento do programa.
Em seis meses, já foram 28.500 bilhetes emitidos para 77 cidades diferentes, seja decolando ou pousando nestes locais. Para o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, trata-se de um programa social, sem investimento público, que além de promover reencontros — entre os aposentados e seus familiares e amigos — ainda representa inclusão social.
“Já são mais de 30 mil aposentados que ingressaram no programa. Vamos continuar, cada vez mais, ampliando o Voa Brasil, por todo o país, ao longo de 2025, incluindo mais brasileiros na viação”, prevê o ministro.
O programa foi criado em julho do ano passado com o objetivo de incluir mais pessoas no transporte aéreo e estimular o turismo interno. Assim, oferece passagens aéreas por até R$ 200 para aposentados do INSS, ocupando vagas ociosas nos voos, em parceria com as companhias aéreas.
Para participar deste, que é o primeiro programa de inclusão social da aviação brasileira, o aposentado não pode ter viajado de avião nos últimos 12 meses.
O cadastro deve ser feito pelo Gov.br. É preciso ter perfil ouro ou prata para acessar o sistema. Quem se enquadra nas regras tem direito a dois bilhetes aéreos por ano. Para se cadastrar, basta seguir os seguintes passos:
Acessar o site gov.br/voabrasil
A reserva é dinâmica e depende da disponibilidade de assentos vagos informada pelas empresas aéreas. O prazo para concluir a compra, após a reserva, é de 1 hora.
O Voa Brasil já chegou a 77 municípios brasileiros, entre capitais e cidades do interior. Entre os principais destinos, estão as cidades das regiões Sudeste (44%) e Nordeste (40,5%), entre elas.
Uso de energia limpa em navios e produção de combustível sustentável para aviões estão entre ações
No ano em que o Brasil receberá a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o Ministério de Portos e Aeroportos lançou esta semana a Política de Sustentabilidade, uma agenda de ações voltadas aos setores de portos, aeroportos e hidrovias.
Entre as medidas anunciadas pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, estão a eletrificação de portos para garantir energia limpa a navios que aguardam autorização para atracar e convênios internacionais, inclusive com a China, que promovam o uso de combustível sustentável para aviões, conhecido como SAF.
“O Brasil pode se transformar no maior exportador de SAF do mundo. Pode também se transformar numa grande janela de oportunidades para aqueles que querem operar navios verdes, sobretudo com olhar para a descarbonização. Temos trabalhado forte nos nossos portos para criar uma boa cultura de governança, pautada na sustentabilidade”, ressaltou Costa Filho.
O ministro citou ainda que a Agenda de Sustentabilidade do MPor “dialoga com a transição energética que o mundo vive e o Brasil precisa”.
“O principal impacto dessa política é que o Brasil vai passar a fazer grandes projetos na área de meio ambiente, além do estímulo à geração de emprego e renda. Segundo,a qualidade dos serviços prestados à população tende a melhorar. Isso será muito benéfico para a sociedade brasileira”, completou.
No modal hidroviário, uma das prioridades é a implantação do Índice de Desenvolvimento Ambiental Hidroviário, que avalia a eficiência e a qualidade da gestão ambiental, assim como a criação de um comitê interministerial para navegação sustentável.
Já a eletrificação de portos deve reduzir a emissão de gases de efeito estufa a partir de infraestruturas e sistemas de energia limpa que abastecem o navio. A previsão é que o projeto esteja em funcionamento em terminais brasileiros ainda em 2025.
“A eletrificação já está sendo adotada por alguns portos pelo mundo e o Brasil tem tudo para se destacar nesta área”, pontuou o ministro Silvio Costa Filho.
O encontro global da ONU, marcado para novembro, em Belém, servirá de teste para a utilização de gás natural liquefeito (GNL) no abastecimento de duas embarcações que serão utilizadas como hotéis flutuantes. A ideia é medir a redução da emissão de gases nocivos ao meio ambiente durante a COP30.
“É uma solução provisória, que ainda utiliza combustível fóssil. Mas a emissão de gases cai de 20 a 30% em relação ao uso de diesel”, detalhou a diretora de Sustentabilidade do MPor, Larissa Amorim.
Outra ação de destaque, desta vez no setor aéreo, são os acordos para desenvolvimento da pesquisa e produção de SAF no país. Um memorando de entendimento deve ser firmado com a Universidade da Aviação da China e alçar o Brasil ao posto de principal fornecedor do combustível no mundo — produzido a partir de matérias-primas de fontes renováveis, como a biomassa.
Ao setor privado, o Ministério de Portos e Aeroportos estabeleceu o ‘Selo Verde’, reconhecimento dado a quem adota práticas ambientais, sociais e de governança, aliadas à sustentabilidade. Para isso, as companhias devem aderir ao Pacto pela Sustentabilidade.
O reconhecimento virá com um selo, com níveis diferentes de acordo com o grau de envolvimento de cada uma delas. Para receber o certificado Diamante, por exemplo, será necessário cumprir dez ações previstas nos eixos da política ESG (ambiental, social e de governança) e outras duas metas autodefinidas. Também deverá publicar relatório da transparência salarial e remuneratória conforme a Lei de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e fazer parte do Programa Brasileiro GHG Protocol, metodologia criada em 2008 para calcular e reportar as emissões de gases de efeito estufa.
Em um futuro próximo, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, não descarta a aplicação de benefícios fiscais para estimular a adesão ao Selo Verde.
“Nesse momento é um trabalho de participação coletiva, ou seja, é um trabalho de sensibilização que estamos fazendo com essas empresas do setor da aviação, portuário e hidroviário. Não tenho dúvida que mais cedo ou mais tarde vai haver incentivos para aquelas empresas que prestigiarem a agenda ambiental do Brasil”, projetou.
Ministério de Portos e Aeroportos alerta que não cobra taxa de adesão, nem pede cadastro
Criminosos têm utilizado sites e perfis falsos nas redes sociais em nome do Programa Voa Brasil para roubar dados pessoais e cobrar uma suposta taxa de adesão. O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) alerta: é golpe!
O link apresentado por esses sites é falso e induz o usuário a fornecer CPF e senha do Gov.br, além de solicitar ações que não são exigidas ao cidadão. Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, o único endereço eletrônico oficial para acesso a passagens aéreas com valores de até R$ 200 por trecho é o gov.br/voabrasil.
“A gente não pede cadastro prévio, não vai pedir Pix, não vai pedir lista de espera. Cuidado com a galera que está querendo enganar você. Só procure informação nas redes sociais do Ministério de Portos e Aeroportos”, reforçou.
Para participar do Voa Brasil, basta realizar login em sua conta prata ou ouro no portal Gov.br, que garante a autenticação e validação como beneficiário. Atualmente, o programa é destinado exclusivamente a aposentados do INSS que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses. É possível emitir até dois bilhetes aéreos por ano.
Desde que foi lançado em julho de 2024, quase 20 mil passagens aéreas foram vendidas, conforme dados divulgados pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
“É a primeira vez que se tem um programa social de inclusão, sobretudo para os idosos no país. Hoje a gente está vendo a possibilidade de muitas famílias, muitos avós reencontrarem seus netos. É um programa exitoso e sem nenhum real de recursos públicos. Esse é um programa que foi construído coletivamente com as companhias aéreas”, explicou.
Costa Filho afirmou ainda que o ministério reforçará as campanhas de divulgação para que brasileiros de todas as regiões conheçam e participem do Programa Voa Brasil.
“A gente está discutindo ampliar a comunicação do programa, porque mais de 68% dos aposentados não tomaram conhecimento. A gente precisa ampliar a divulgação e nós estamos trabalhando para, em 2025, poder avançar também no Voa Brasil para estudantes do ProUni e do Fies”, complementou o ministro.
Se você identificar qualquer irregularidade relacionada ao programa, denuncie através do site: Fala.Br. Acesse a seção de Ouvidoria do MPor e selecione a opção adequada entre reclamações, sugestões, solicitações ou denúncias. Preencha as informações solicitadas para o registro ou pelo e-mail ouvidoria@mpor.gov.br.
Ao todo, o programa Voa Brasil já atendeu passageiros em 77 cidades brasileiras. Entre os 10 destinos mais procurados, estão São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Salvador (BA), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN) e Belo Horizonte (MG). A distribuição por regiões mostra o destaque do Sudeste, com 44% da demanda, seguido pelo Nordeste (40,5%).
Investimentos em aeroportos e aumento da oferta de voos para o exterior alavancam setor aéreo
Nos últimos dois anos, a aviação civil brasileira ampliou em 20 milhões o número de passageiros, segundo dados divulgados esta semana pelos ministérios de Portos e Aeroportos (MPor), Turismo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Embratur.
De janeiro a dezembro de 2024, mais de 118 milhões de pessoas utilizaram o modal aéreo, 5% a mais em relação ao ano anterior. No mercado internacional, o setor teve o melhor resultado da história, com quase 25 milhões de pessoas transportadas.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os indicadores demonstram o trabalho que tem sido feito pelo atual governo. Entre as medidas adotadas, ele cita o programa para aumentar a oferta de voos para o exterior, o diálogo com as companhias aéreas nacionais e internacionais, além de iniciativas para redução do preço do querosene de aviação (QAV), responsável por 35% dos custos das empresas.
“Os números refletem o comprometimento do governo do presidente Lula com os passageiros do transporte aéreo e todos os agentes do modal. Com as políticas para o setor que estão sendo trabalhadas pelo MPor, não tenho dúvidas que neste ano teremos resultados ainda mais expressivos”, destacou Costa Filho.
Ao todo, no último ano, foram realizadas 42 obras nos aeroportos de todo o país, que incluem ampliação, requalificação de pista e entorno dos terminais, bem como investimentos em navegação e governança. A maioria das entregas ocorreu na região Norte (13), seguida por Nordeste (10), Sudeste (8), Centro-Oeste (6) e Sul (5).
“Essas 42 obras significaram R$ 3,2 bilhões de investimentos, a exemplo do aeroporto de Recife, a exemplo do aeroporto de João Pessoa, do aeroporto de Cuiabá, do aeroporto de Congonhas, que entregaram uma parte, Governador Valadares, entre outros”, citou o ministro.
O reflexo disso é que a taxa de ocupação das aeronaves chegou a 84%, maior índice desde o início da série histórica, em 2002. Já a tarifa aérea real média foi de R$ 632,16, sendo que metade das passagens (50,8%) foi comercializada abaixo de R$ 500. As informações são do Ministério de Portos e Aeroportos.
Este ano, a pasta projeta um cenário ainda mais promissor, especialmente em relação aos investimentos públicos nos aeroportos. Caso dos terminais de Congonhas (SP), de Guarulhos (SP) e Belém (PA), cidade que sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro.
“A gente espera, em 2025, R$ 1,1 bilhão de investimentos públicos em aeroportos brasileiros. Isso vai desde investimentos do Fnac, que são obras capitaneadas pelo ministério em convênios com governos dos estados e com municípios, como também investimentos da própria Infraero”.
O transporte de cargas também registrou uma marca histórica. Para o exterior, o modal aéreo transportou mais de 891 mil toneladas de produtos de janeiro a dezembro passados. O índice é 10% maior frente ao mesmo período de 2023.
Mais de 60% dos brasileiros viajam pelo menos uma vez por ano a lazer. Desse total, 33% viajam somente uma vez, enquanto 22% viajam de duas a três vezes. Outros 6% disseram que viajam quatro vezes ou mais. É o que revela levantamento feito pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados e pelo Ministério do Turismo.
De acordo com o estudo, entre os fatores que mais são levados em conta na hora de escolher um destino nacional, os entrevistados apontaram belezas naturais, preço baixo e a possibilidade de reencontrar familiares e amigos. Os atrativos naturais configuram em primeiro lugar para 23% dos entrevistados. Os custos baixos, por sua vez, são considerados mais importantes para 16% dos brasileiros.
O levantamento também questionou sobre a hipótese de se ganhar um prêmio para fazer uma viagem. Nesse caso, 63% das pessoas ouvidas optariam por um destino nacional. Já 35% escolheriam ir para o exterior.
Na avaliação do ministro do Turismo, Celso Sabino, esse recorte mostra que o Brasil tem o setor como um dos essenciais, o que, na prática, ajuda a movimentar a economia do país.
“O gasto médio do viajante cresceu 34%, saindo de R$ 1,8 mil para R$ 2,5 mil. A expectativa de movimentação econômica é extraordinária, de mais de R$ 148 bilhões que o Turismo vai injetar na nossa economia”, destaca.
Brasil precisa investir mais de R$ 29 bi em obras paralisadas
A presidente do Conselho da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV Nacional), Ana Carolina Medeiros, explica que esse aumento da demanda por destinos locais tem ganhado força, entre outros fatores, pela estrutura oferecida aos turistas nacionais e estrangeiros.
“Os municípios, os destinos, estão se preparando com boas infraestruturas para receber o turista. Porque as pessoas querem passear, mas também querem conforto, aquela facilidade de chegar ao destino, ter um local bom para se hospedar e onde se alimentar. Muitos desses destinos, até pouco tempo, não tinham essa infraestrutura”, considera.
Entre os que apontaram um destino nacional como preferência, 75% são maiores de 60 anos e 72% têm entre 41 e 49 anos de idade. 71% são moradores das regiões Norte e do Centro-Oeste do país. Além disso, 73% deles têm filhos. Já em relação aos que escolheram como destino outro país, 56% têm idade entre 16 e 24 anos. Outros 41% têm de 25 a 40 anos. Já 41% são solteiros e 46% não têm filhos.
A pesquisa também revela que a atração turística preferida do brasileiro é a praia. 35% dos entrevistados escolheram essa opção. Natureza e ecoturismo configura em segundo lugar no ranking, como opção de 16% das pessoas ouvidas. Em terceiro lugar aparecem, empatadas, atrações culturais ou históricas e destinos que envolvem saúde e bem-estar, como opção de 7% dos entrevistados.
O Ministério de Portos e Aeroportos busca avaliar, por meio de uma pesquisa nacional, os serviços prestados por companhias aéreas e aeroportos a pessoas com deficiência. Até o momento, as principais reivindicações são o uso de tecnologias para repassar informações dos voos para pessoas com deficiência auditiva e o transporte mais cuidadoso de cadeiras de rodas.
O estudo de acessibilidade na aviação civil, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar), pretende dar mais segurança e garantir acessibilidade aos viajantes, desde o momento da compra da passagem aérea até o desembarque.
“A ideia é compreender as principais barreiras existentes para os passageiros com deficiência e trabalhar junto aos aeroportos e às companhias aéreas para reduzir os problemas detectados”, pontua Karla Santos, coordenadora-geral de Gestão da Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos e responsável pelo projeto Aviação Acessível.
Um dos pontos já identificados é a necessidade de melhorar o acesso para pessoas com deficiência nos sites e aplicativos das empresas de aviação comercial. Entre os entrevistados que são surdos, os problemas começam na hora do embarque e chegam à parte interna das aeronaves, onde encontram dificuldades de compreender as orientações repassadas pelos tripulantes.
No formulário, utilizando uma escala de 1 a 5, o participante avalia tanto a relevância das práticas de acessibilidade apresentadas (89 itens no total), assim como a efetividade daquelas práticas com as quais ele teve experiência durante as viagens.
As práticas mais relevantes apontadas passam pela “capacitação dos trabalhadores para atendimento de pessoas com deficiência” e pela “disponibilização dos recursos de acessibilidade”. No quesito experiências com práticas durante a viagem, as mais bem avaliadas, no caso dos aeroportos, são a utilização de “ponte de acesso para embarque/ desembarque acessível (finger)”, enquanto os “programas de visitas para familiarização com o ambiente e com os procedimentos que são realizados durante viagem aérea” foram os mais citados no âmbito das companhias.
Para participar da pesquisa, basta acessar a plataforma Participa + Brasil ou o site do projeto Aviação Acessível. No sítio eletrônico, é possível ainda conhecer o Manual de Acessibilidade para a Aviação Civil Brasileira, que traz as práticas de acessibilidade avaliadas na pesquisa e um programa de treinamento para apoiar aeroportos e companhias aéreas na melhoria das experiências de viagem dos passageiros com deficiências.
Levantamento do Ministério do Turismo, divulgado em abril de 2023, mostrou que mais da metade (53,5%) dos turistas com deficiência deixaram de viajar para algum destino no país por falta de acessibilidade. Segundo o “Perfil do Turista com Deficiência”, a maioria deste público é mulher (64,4%), tem entre 41 e 50 anos (24,3%) e é da região Sudeste (49,1%). Outro dado importante é que 49% deles disseram viajar sempre acompanhados.
Prestes a completar um mês desde a retomada da capacidade total das operações de voo, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), já impulsiona a retomada do turismo e da economia no Rio Grande do Sul. A base voltou a operar 24 horas por dia em 16 de dezembro de 2024, após quase cinco meses de fechamento devido aos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram o estado, em maio do ano passado.
Claudia Mara Borges, Diretora de Planejamento e Competitividade da Secretaria de Turismo (Setur) do estado, informa que o número de turistas ao Rio Grande do Sul cresceu após a reabertura do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Entre 16 de outubro e 29 de dezembro de 2024, o estado recebeu 281.583 turistas pelo modal aéreo, representando um aumento de 16,33% em relação ao período em que o aeroporto esteve fechado.
Ela explica que o aumento reflete uma recuperação acelerada no fluxo de turistas, especialmente no final do ano, quando historicamente o evento Natal Luz, em Gramado (RS), se mostra um produto turístico consolidado nacionalmente. A expectativa agora é que o estado receba cada vez mais turistas.
“E lembrando que temos agora outro ponto forte, que são as vindimas [colheita da safra da uva] e a Páscoa. Gramado é a capital nacional do chocolate artesanal, e logo em seguida vem Torres, Canela e Bento. E Porto Alegre também apresenta uma forte demanda. Agora nós vamos trabalhar muito a questão das vindimas, que começa fortemente a partir da semana que vem e vai até março, então teremos um período muito bacana para receber todos que querem fazer a experiência da colheita da uva, da pisa, e depois degustar um bom vinho gaúcho”, afirma.
Em 2024, o Rio Grande do Sul foi a quarta principal porta de entrada de turistas estrangeiros no Brasil, com 879.412 visitantes, atrás apenas de São Paulo (2.207.015), Rio de Janeiro (1.513.235) e Paraná (894.536).
Esse desempenho contribuiu para que o Brasil registrasse o melhor ano da história para o turismo internacional, com 6.657.377 turistas estrangeiros, um aumento de 12,6% em relação ao ano anterior. Somente em dezembro, 690.236 estrangeiros visitaram o país, 11,1% a mais que no mesmo mês de 2023. Os dados foram divulgados pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e Polícia Federal.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a retomada da capacidade total do Aeroporto Salgado Filho é “fundamental” para impulsionar ainda mais a economia do estado gaúcho. “Apesar das dificuldades enfrentadas com as enchentes, o estado, que possui mais de 11 milhões de habitantes, registrou um crescimento de 4,5% no PIB em 2023. O aeroporto desempenha um papel estratégico, não só para o turismo de lazer e negócios, mas também para o transporte de cargas”, afirmou o ministro.
A expansão das operações comerciais do Aeroporto Salgado Filho começou em 21 de outubro, com a retomada parcial das operações. Os voos internacionais voltaram a ocorrer em dezembro. Em três meses, o aeroporto de Porto Alegre inaugurou dez lojas novas e ampliou a carta de experiências e serviços oferecidos aos passageiros que utilizam o Terminal de Passageiros. Com as novidades, o aeroporto chega à marca de 101 operações comerciais, entre varejo, serviços e operações gastronômicas.
A gerente da Loft — uma das lojas do aeroporto — Juliana Camargo, afirma que a expectativa é de que o movimento de passageiros retorne com a normalização das operações. "Nós estamos muito contentes com a reabertura. Estou aqui organizando a loja muito contente, com a gente podendo abrir novamente. Foi um baque muito grande, essa questão da enchente, muito triste também, com a questão dos colaboradores também, todo mundo que perdeu suas coisas nessa tragédia. Mas agora estamos muito felizes", afirma.
Segundo a Fraport Brasil, as companhias aéreas Gol, Azul e Latam estão operando voos domésticos no aeroporto. No segmento internacional, a Copa Airlines e a Latam também retomaram as operações. Além disso, a Aerolíneas Argentinas, Tap e Sky são companhias com voos programados para retomar operação no Aeroporto Salgado Filho.
Confira o calendário completo de voos operantes: