Carnaval

06/03/2025 00:06h

De acordo com o Ministério da Saúde, as mortes por afogamento podem ser evitadas com alguns cuidados. Entre as recomendações estão assegurar a supervisão de crianças por adultos enquanto estiverem na água

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No período de Carnaval, é comum que muitos brasileiros façam uma programação para passar o feriado em locais com praias, cachoeiras e clubes aquáticos, por exemplo. Diante disso, é importante ficar atento aos riscos de afogamento. 

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2023, o país registrou 71.663 mortes por esse tipo de acidente. As vítimas mais comuns são crianças e adolescentes. No período analisado, 12.662 casos envolveram adolescentes de 10 a 19 anos. Já 5.878 tiveram como vítimas crianças de 1 a 4 anos.

Este ano, o Rio Grande do Sul contou com o maior número de mortes por afogamento durante o Carnaval nos últimos cinco anos. De acordo com levantamento do Corpo de Bombeiros, pelo menos 11 óbitos foram registrados entre sábado (1º) e segunda-feira (3). Os casos mais recentes ocorreram em Porto Alegre e Eldorado do Sul. No mesmo período do ano passado, houve três mortes, enquanto em 2023, uma. 

No Paraná, um levantamento do Corpo de Bombeiros revela que, de 1º de fevereiro a 4 de março, 98 pessoas foram resgatadas no litoral do estado. No entanto, foi confirmada uma morte por afogamento.

Sudeste

No Sudeste brasileiro, entre 28 de fevereiro e 3 de março, foram registrados 11 casos de afogamento em Minas Gerais. Do total, 6 terminaram em morte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, no Carnaval do ano passado nove pessoas morreram afogadas no estado. Todas as vítimas eram homens e tinham idade entre 35 e 64 anos.

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Em São Paulo, também houve mortes por afogamento durante o feriado. De acordo com o Grupamento de Bombeiros Marítimos, quatro pessoas morreram em decorrência desse tipo de acidente, entre 28 de fevereiro e 4 de março. Os óbitos foram registrados nos municípios de Guarujá, Santos, Bertioga e Itanhaém. Ao todo, foram 76 registros de ocorrências durante o Carnaval. 

Centro-Oeste

Já em Goiás, pelo menos três pessoas morreram afogadas no Carnaval. Uma das vítimas tinha 16 anos de idade e morreu em São João d'Aliança. Outra vítima morreu em Santo Antônio do Descoberto. Trata-se um homem de 60 anos. A terceira vítima veio a óbito no Lago das Brisas, em Buriti Alegre.

Norte

No estado amazonense, um adolescente de 16 anos morreu afogado no Rio Amazonas. O corpo da vítima foi encontrado próximo ao píer da Praça Digital, em Parintins. O jovem e um amigo foram filmados no momento em que se afogavam.

Nordeste

Em Sergipe, apesar de nenhuma morte ter sido confirmada durante o Carnaval, foram registrados quatro afogamentos, até a manhã desta terça-feira (4). De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do estado, são intensificados alertas para os riscos de afogamento em praias, rios e outros balneários.

Recomendações do Ministério da Saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, as mortes por afogamento podem ser evitadas com alguns cuidados. São eles: 

  • Assegurar a supervisão de crianças por adultos enquanto estiverem na água ou próximo
  • Evitar deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água
  • Proteger piscinas, poços e reservatórios com barreiras que impeçam o acesso à água
  • Evitar brincadeiras inadequadas na água como corridas, empurrões e saltos
  • Observar e respeitar as sinalizações em praias, rios e lagos que indiquem áreas com alto risco de afogamento
  • Evitar nadar em áreas profundas, de profundidade desconhecida ou distantes da margem
  • Não entrar na água durante condições climáticas desfavoráveis, como raios, trovões, tempestades, ventanias ou quando o mar estiver agitado.
     
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01/03/2025 00:02h

Com previsão de faturamento de R$ 12 bilhões nos quatro dias de festa, destinos no Nordeste e Rio de Janeiro lideram ranking dos locais mais procurados

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O intervalo maior entre as festas de fim de ano e o feriado de Carnaval — que deu mais tempo para que as pessoas planejassem suas viagens — foi um dos fatores que influenciaram o aumento das vendas para o período este ano, que deve chegar a 20% em relação ao ano passado, segundo um levantamento da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, a Braztoa. 

A grande quantidade de ofertas de locais que atendem a todos os gostos, de praias paradisíacas a cidades onde os blocos tomam conta das ruas, também ajudou a alcançar o índice, já que sempre haverá ofertas de acordo com o perfil do turista. 

Este ano, liderando a lista dos lugares mais procurados no Carnaval, estão Maceió (AL) e Porto de Galinhas (PE), empatados em primeiro lugar. Já o segundo destino mais procurado são as cidades da Linha Verde da Bahia, que inclui Sauípe, Imbassaí, mas com destaque para a Praia do Forte, e, em terceiro lugar, o Rio de Janeiro aparece empatado com Salvador e Porto Seguro. 

Recife é o quarto destino mais procurado no período e Natal (RN) e Foz do Iguaçu (PR) completam a lista dos locais mais buscados para a folia. 

Lucratividade da folia

Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) projetam um crescimento de 2,1% nas vendas deste ano em relação a 2023 e preveem que os quatro dias de festa devem movimentar R$ 12 bilhões no país, fazendo da festa de 2024 o Carnaval mais lucrativo desde 2015.

Dados coletados nas secretarias estaduais de turismo e compilados pelo Ministério do Turismo levam a crer que cerca de 53 milhões de pessoas devem pular o Carnaval este ano, o que representa 8% a mais do que no ano passado.

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28/02/2025 17:00h

SC, MG e SP lideram a lista de 152 pontos críticos nas estradas do país; juntos, representam um terço dos locais mais perigosos do Brasil

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A operação Carnaval, da Polícia Rodoviária Federal, começou à 0h00 desta sexta-feira (28) nas estradas de todo o pais e vai até a quarta-feira de cinzas, dia 5 de março.

Com efetivo ampliado para intensificar a fiscalização e prevenção de acidentes, a PRF mapeou 152 pontos críticos nas rodovias federais que terão atenção especial dos agentes no feriado, mas também exigem que os motoristas fiquem alertas. 

Os trechos mais críticos das rodovias federais cortam sete estados. São eles: 

  • Santa Catarina - 27 pontos
  • Minas Gerais - 19 pontos
  • São Paulo - 9 pontos
  • Paraná - 16 pontos
  • Rio de Janeiro - 16 pontos
  • Pernambuco - 7 pontos
  • Bahia - 3 pontos

Além destes 97 pontos concentrados em sete estados, outros trechos também são considerados críticos e ficam em rodovias federais que cortam o Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. 

Ao todo, 16 estados possuem trechos perigosos em suas rodovias, segundo o mapeamento da PRF. Nesses locais, durante os dias da operação, haverá reforço na fiscalização com mais agentes nas estradas, serão 3.300 no total. Para isso, a PRF vai usar drones e terá as equipes posicionadas em pontos estratégicos.

Segundo levantamento da PRF, as motocicletas são maioria entre os veículos envolvidos nos acidentes nesses trechos, onde a maioria das batidas são causadas por excesso de velocidade. A análise é baseada em dados de 2017 a 2020 e de 2023 e 2024.

Reduzir acidentes e garantir a vida do motorista

Este ano, a operação tem como principal objetivo reduzir os acidentes e garantir a segurança das pistas durante o Carnaval, que é um dos períodos de maior movimento do ano. 

Para isso, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Fernando Oliveira, explica que três são os aspetos que podem aumentar o risco de acidentes de trânsito.

“As vias, o próprio veículo e a condução. Então, a gente orienta a quem vai pegar a estrada, que se tiver condições climáticas muito ruins, faça uma pausa. Revise o carro para ter certeza de que está funcionando bem e lembre-se sempre que a condução precisa ser responsável. Evite o excesso de velocidade, a ultrapassagem indevida e jamais faça associação de álcool e direção.” 

Só em 2024, segundo dados da PRF, a mistura de álcool e volante causou 3.854 acidentes de trânsito, o que representou um aumento de 7% em relação a 2023.
 

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24/02/2025 00:03h

A capital baiana é primeira opção de 35% dos entrevistados

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Com a proximidade de uma das festas mais conhecidas do país, o Carnaval, muitos brasileiros começam a se programar para passar esse período em algum lugar onde a festa é mais tradicional. Este ano, Salvador deve ser o destino mais buscado na região Nordeste, de acordo com pesquisa realizada pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.

Pelo levantamento, a capital baiana é a opção de 35% dos nordestinos, que elegeram a cidade como a melhor festa da região. Na sequência, aparecem Recife e Olinda, em Pernambuco, escolhidas por 24% e 13% dos nordestinos, respectivamente. 

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A pesquisa apresentou a pergunta espontânea, sem dar opções prévias aos entrevistados, que podiam escolher até 3 locais diferentes. Algumas pessoas ouvidas também citaram Bahia, que foi a opção de 12%. Outros 5% apontaram São Luís e Pernambuco. Já 41% citaram outras opções, enquanto 23% não sabiam ou não responderam. 

Renda

Ainda de acordo com a pesquisa, a preferência por Salvador aumenta de acordo com a renda, atingindo 58% entre as pessoas com renda familiar acima de 5 salários mínimos. A opção também se destaca entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, que correspondem a 41% dos entrevistados; e entre quem tem ensino superior, que representam 47%.

Olinda, por sua vez, fica em 1º lugar entre os moradores de regiões metropolitanas em cidades nordestinas, com 44%. O município pernambucano também tem um desempenho relevante entre quem tem renda familiar superior a 5 salários mínimos, alcançando 33%, juntamente com Recife.
 

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14/02/2024 20:20h

São Paulo registrou aumento de 140% nas primeiras semanas de fevereiro, e especialistas alertam para importância de manter a vacinação em dia

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 Nuas ruas muita aglomeração, poucas medidas de higiene e uso de  máscara — só as de fantasia. Os novos casos de Covid-19 se mantiveram estáveis até a quinta semana do ano — quando foram registrados no Brasil mais 36.154 casos da doença — segundo o Ministério da Saúde. Mas, com o fim do Carnaval, o número de casos tende a aumentar ainda  mais. 

O gerente médico regional da rede D'Or no Distrito Federal, Fabrício Silva, explica que é comum esse tipo de aumento nesta época do ano. “Toda situação que gera aglomeração, festividades, eventos, aumenta a transmissão de infecções relacionadas ao trato respiratório, especialmente aquelas que são transmitidas por gotículas — como é o caso da Covid-19, Influenza A e B. Essa já é a realidade de aumento de transmissão e taxa de novas transmissões quando passamos por momentos como este.”

Com o grande deslocamento de pessoas que saíram de regiões onde a dengue ainda não está tão incidente para grandes centros — que passam por uma epidemia da doença — o médico ressalta que “isso deve aumentar também os casos de dengue, impactando inclusive, nos serviços de saúde.”

Consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia o médico Marcelo Daher, explica como esses casos têm se apresentado. 

“Os casos são mais leves, um quadro que simula um quadro gripal mais intenso, com muita dor de cabeça, tosse, febre, mal-estar. Na maioria dos casos não passa disso — e não há comprometimento pulmonar nem necessidade de internação.” 

São Paulo lidera os casos e as nmortes pela doença 

Na capital paulista, o número de casos aumentou 140% em duas semanas, como mostra uma análise feita por uma plataforma criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Unifesp. O levantamento mostra que a média móvel semanal subiu de 168 casos no dia 21 de janeiro para 404, no dia 4 de fevereiro — último dado disponível no painel da Secretaria Municipal da Saúde.

Até o início do carnaval, quando foi divulgado o último boletim epidemiológico pela Secretaria de Saúde de São Paulo, o estado contabilizava 6.783.295 casos de Covid. Desde 2020, foram 182.508 mortes pela doença no estado mais populoso do país. 

Como anda a vacinação

De acordo com o painel do Ministério da Saúde, que acompanha a vacinação em todo o país, foram aplicadas até hoje mais de 517 milhões de doses — contabilizando 1ª, 2ª, 3ª e ainda as doses de reforço. Já a vacina bivalente, indicada pelo Ministério para ser usada como dose de reforço para maiores de 12 anos com comorbidades ou adultos sem comorbidade, teve mais de 33 milhões de doses aplicadas no Brasil. 

Depois de pegar Covid logo no início da pandemia, e apresentar sintomas fortes da doença, a farmacêutica Jhennifer Souza, do Rio de Janeiro, conta que assim que a vacina foi disponibilizada, correu para se imunizar. 

“Tomei a vacina, as três doses de vacina, não cheguei a tomar a quarta. E acho que as medidas de proteção hoje são essenciais para não expandir mais ainda. Hoje não tenho mais medo da doença porque depois das doses acho que os sintomas são mais fracos e a situação ficou mais tranquila.” 

Os cuidados precisam continuar

A Covid-19 deixou de ser tratada como emergência de saúde desde 2023, e graças à vacinação, quem se infecta com a doença apresenta sintomas cada vez mais leves, parecidos com uma gripe ou sinusite. 

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, explica que apesar desse cenário, nas primeiras semanas de 2024, a Covid ainda é responsável pela morte de cerca de 20 pessoas por dia no país. “São pessoas com comorbidade, que não tomaram as vacinas ou já tomaram a última dose há mais de um ano e meio.” 

“É importante nesse momento que as pessoa que estão em grupo de risco, que têm doença de base, como pessoas que estão fazendo tratamento contra o câncer, hemodiálise, têm alguma doença reumatológica, que tomam altas doses de corticoide, que procurem o serviço de saúde e atualizam a sua vacinação.” 

Segundo a secretária, o mesmo vale para as crianças. Muitas ainda não foram vacinadas e os pais devem procurar as unidades de saúde, neste momento de início das aulas.
 

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13/02/2024 19:30h

Ministério do turismo cria ações para desenvolver o setor, mas agentes de viagem dizem que faltam incentivos

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Enquanto os blocos, trios e escolas arrastam multidões nos quatro cantos do país, o carnaval aquece a economia. O ministério do Turismo estima que este ano, a movimentação de foliões — domésticos e internacionais — ultrapasse os 49 milhões de pessoas, número 6,5% maior que o registrado em 2023.

Uma das cidades mais procuradas do Brasil é o Rio de Janeiro, que segundo a HotéisRIO e a Associação Hotéis (ABIH-RJ), registrou na capital fluminense 80,18% de ocupação nos hotéis durante a quarta-feira de cinzas (14). No estado de São Paulo é esperado um incremento de R$ 9 bilhões na economia, incluindo a capital – onde os blocos de rua vem criando tradição — além de cidades do interior e do litoral. 

A professora Caroline Vilhena saiu de Brasília para curtir a folia na capital paulista. Chegou no primeiro dia de festa e se surpreendeu. 

“Já tinha tempo que eu ouvia falar que o carnaval de São Paulo estava melhor que o do Rio, que estava crescendo muito. Ano passado quis vir, não deu certo, mas esse ano me programei com antecedência e to achando melhor ainda do que eu imaginava. Gente animada, bonita. Tá um carnaval muito legal.” 

Segundo o Ministério do Turismo, além da rota tradicional do Sudeste, o ministério tem apostado nas cidades do Nordeste para aumentar a atração de visitantes. Mas também vem trabalhando para criar novas rotas. 

“O ministério do Turismo tem estendido a mão, discutindo projetos importantes, novos pólos de desenvolvimento turístico, como o polo de Cabo Branco em João Pessoa, na Paraíba e em tantos outros locais do Nordeste brasileiro. E a expectativa para esse carnaval é ter o maior e melhor e o carnaval de maior visitação da história do Brasil.”

Turistas do exterior

O Brasil deve receber — até o fim do carnaval — cerca de 200 mil turistas estrangeiros nas principais capitais, que devem deixar cerca de R$ 900 milhões na nossa economia, como prevê um estudo feito pela Embratur.

Há 10 anos o empresário Oswaldo Gregório tem uma empresa de receptivos que atua nas cidades onde o turismo é mais efervescente no país: Rio, São Paulo, Foz do Iguaçu, Manaus e Salvador. Ele conta que o setor está aquecido, e já alcançou números maiores do que no período pré-pandemia. Mas diz que apesar do bom momento, não vê grandes esforços do governo para melhorar a imagem do país no exterior.

“Eu acho que deveria ter melhores condições para o estrangeiro. Ele precisa sentir mais firmeza, principalmente por conta do problema da violência, O turista acaba ficando com o pé atrás em São Paulo e no Rio.” 

Planos para o turismo crescer

No ano passado, alguns programas foram lançados pelo Ministério do Turismo para estimular as viagens domésticas. O “Conheça o Brasil: Voando”, é um deles e trata-se de uma parceria do governo federal com empresas aéreas com iniciativas que ajudem no crescimento do setor. Uma dessas medidas faz parte de outro programa, o “Conheça o Brasil: Realiza”, uma ação com bancos públicos que oferece crédito a correntistas para turismo.

Outra aposta do ministro Celso Sabino para estimular o turismo interno é a ajuda do governo federal às empresas aéreas por meio de um Fundo que funcione como garantidor para as companhias. A proposta está sendo discutida em âmbito ministerial e com a participação do Congresso Nacional.
 

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13/02/2024 04:30h

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) orienta não voltar ao trabalho ou escola com sintomas de doenças infecciosas respiratórias

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Aproveitou muito o carnaval e agora está sentindo dor na garganta, mal-estar ou dor de cabeça? Cuidado: pode ser que esses sintomas indiquem algo além de ter gritado muito ou cansaço pós-folia. 

As doenças infecciosas respiratórias são bastante comuns nesse período, já que no carnaval o contágio é mais fácil devido às aglomerações. É o que alerta a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

A otorrinolaringologista Larissa Vilela Pereira, especialista da ABORL-CCF, explica que os principais sintomas dessas são dores de garganta, nariz entupido, espirros coceira no nariz, coriza, tosse, febre, dor de cabeça, dor no corpo e, em casos mais graves, até dificuldade para respirar ou dor no peito. 

“Se o paciente estiver sentindo esses sintomas o ideal é que procure uma avaliação médica para um diagnóstico correto e para iniciar o tratamento adequado para, assim, ter uma recuperação melhor e mais rápida”, orienta.

A médica também explica que falta de hidratação adequada, má alimentação, dormir pouco e consumir bebidas alcoólicas são fatores que reduzem a imunidade, o que aumenta a chance de pegar essas doenças. 

“Outro ponto super importante de se falar é que, caso você esteja com esse sintomas, evite voltar ao seu trabalho, voltar à escola no caso das crianças, antes de ter um diagnóstico adequado para evitar a transmissão para outras pessoas”, explica a otorrinolaringologista Larissa Vilela Pereira.

Saiba quais são as doenças mais comuns que circulam nesse período, segundo a ABORL-CCF:

Covid-19: Os principais sintomas são febre, tosse seca, cansaço e perda de paladar ou olfato. Os sintomas mais graves envolvem a dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito. 

Resfriado: É causado por vírus e apresenta sintomas como nariz entupido, coceira no nariz, espirros e mal-estar.     

Gripe: Provocada pelo vírus influenza, tem os mesmos sintomas do resfriado, além de febre alta e dores pelo corpo. Pode acompanhar dor de garganta, tosse e falta de ar.
Amigdalite/faringite: Podem ser causadas por vírus ou bactérias. Os principais sintomas são: dor de garganta mais de dois dias, dificuldade para engolir, garganta vermelha e inchada ou com pus, febre, dor de cabeça ou no pescoço e ínguas na região do pescoço ou mandíbula.

Mononucleose: Apesar de não ser uma doença respiratória, essa enfermidade é provocada pelo vírus Epstein-Barr (VEB), da família Herpes, e pode ser confundida com amigdalite devido à semelhança dos sintomas. Os principais são fadiga, dores no corpo, febre, aumento dos gânglios na região do pescoço, placas esbranquiçadas  nas amígdalas, indisposição e dificuldade para engolir.
 

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13/02/2024 04:30h

Dormir bem antes de pegar a estrada é fundamental, alerta diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra

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Os dias chuvosos exigem cuidado redobrado na volta para a casa após o carnaval. A chuva continua em boa parte do país, com alerta de tempestades para a região Sul, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Além dos cuidados com a direção, o motorista também tem que se preparar para pegar a estrada, como explica o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.

“Nessa volta do carnaval, é preciso termos um cuidado redobrado: todo motorista deve descansar. O motorista que não dorme ou que estende a folia até mais tarde certamente terá um momento de direção muito perigosa podendo colocar em risco a sua vida e a de todos os ocupantes.”

A Operação Carnaval 2024 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) termina às 23h59min desta quarta-feira de cinzas (14). O movimento nas rodovias brasileiras é intenso no final do feriado de carnaval, principalmente na terça-feira, segundo o inspetor Newton Morais, porta-voz da PRF em Goiás.

“O carnaval é muito motivado pela euforia, principalmente nessas viagens mais longas. Então, é confusão por conta de bebida alcoólica, excesso de velocidade, lotação e nesse ano nós temos um agravante que é boa parte do país o tempo está chuvoso. Essa combinação, se não tiver motoristas conscientes e responsáveis, pode ser ruim para quem vai pegar a estrada”, alerta o inspetor. 

O especialista Alysson Coimbra explica que o álcool leva um tempo para ser metabolizado pelo organismo, então é preciso interromper o consumo por pelo menos 7 a 8 horas antes do horário de acordar para voltar para casa. 

“E que possamos também, assim, evitar aquela famosa ressaca. A ressaca é um processo que altera a nossa capacidade de reação, de julgamento, e que nesse momento em diante, a partir da interrupção do uso do álcool, nós iniciemos a hidratação, com líquidos de variadas naturezas, sucos, água, enfim, quanto mais hidratado o corpo para uma noite de sono, melhor será o despertar no dia seguinte.”

Coimbra acrescenta que a alimentação também deve ser mais leve, para garantir um sono tranquilo.

Dados da PRF

Durante a operação do carnaval do ano passado foram registrados 1.085 acidentes, com 73 mortes e 260 feridos graves. Dos 7 mil motoristas submetidos ao teste de embriaguez, 2.371 haviam bebido antes de dirigir.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF),  Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná foram os estados que mais registraram acidentes durante o carnaval de 2023.

Dicas para quem vai viajar

A Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra) reuniu orientações para quem vai pegar a estrada e quer fazer a viagem com segurança. Confira:

Dicas para dirigir em segurança 

  • Não dirija se estiver cansado ou com sono
  • Obedeça as regras de trânsito
  • Não exceda o limite de velocidade
  • Mantenha distância adequada em relação ao carro da frente
  • Redobre a atenção nos trechos de rodovia em obras
  • Avalie constantemente a cena em trechos com interrupção súbita do fluxo, verificando sempre se o interior do veículo ainda é o local mais seguro para permanecer.
  • Não hesite em deixar o veículo para buscar abrigo longe da rodovia/estrada, evitando se abrigar embaixo de árvores em caso de chuva
  • Faça a manutenção regular do seu veículo
  • Verifique funcionamento de freios, setas limpadores e lanternas
  • Não viaje com pneus carecas
  • Calibre os pneus e o estepe antes de sair
  • Cheque os níveis de água e óleo
  • Verifique se macaco, triângulo e estepe estão no veículo

Como transportar crianças 

  • Bebê conforto: crianças de até um ano de idade e até 9kg, posicionado em sentido contrário ao painel do veículo.
  • Assento conversível: crianças de até um ano de idade e até 13kg posicionado no sentido contrário ao painel do veículo até a criança completar 1 ano de idade.
  • Cadeirinha: crianças de 1 a 4 anos de idade, que tenham entre 9 e 18 kg, posicionamos de frente para o painel do veículo.
  • Assento de elevação: crianças de 4 a 10 anos de idade que não tenham atingido 1,45 m de altura, com peso entre 15 e 36 kg, sempre conectado ao cinto de três pontos.
  • Banco traseiro e dianteiro somente com o cinto de segurança: crianças com mais de 10 anos de idade e/ou estatura superior a 1,45m.
  • Apenas crianças maiores de 10 anos podem ser transportadas em motocicletas, mas sempre com capacete, luvas e outros equipamentos de proteção.

Como transportar pets

  • Animais de companhia devem ser transportados afixados assim como as crianças, e o melhor dispositivo de transporte deve ser avaliado considerando o porte e peso do PET.

Como dirigir em segurança na chuva 

  • Só saia se for realmente necessário
  • Use GPS mesmo que conheça o caminho; eles avisam sobre interdições e desvios seguros
  • Tenha sempre uma outra opção de percurso para fugir de interdições e alagamentos.
  • Em caso de chuva intensa, procure lugar seguro para parar o carro
  • Não avance se o volume de água cobrir metade da altura da roda
  • Não saia do carro em caso de enxurrada
  • Mantenha distância de 4 segundos do veículo à frente
  • Use farol baixo mesmo na cidade
  • Não freie bruscamente
  • Em caso de água na pista, mantenha o volante reto, segurando forte, pare de acelerar e não freie
  • Em caso de interdição de pista: se não existir local seguro para estacionar, acione as luzes de alerta e abandone o veículo, buscando abrigo em local seguro
  • Use o pisca alerta quando houver uma redução drástica de velocidade, para que os demais motoristas possam reduzir a velocidade de forma segura evitando colisões.
  • Avalie constantemente a cena em trechos com interrupção súbita do fluxo, verificando sempre se o interior do veículo ainda é o local mais seguro para permanecer.
  • Não hesite em deixar o veículo para buscar abrigo longe da rodovia/estrada, evitando abrigar embaixo de árvores em caso de chuva.
     
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12/02/2024 20:35h

Festa. Alegria. Mas também segurança, saúde, cuidados com a pele e com as crianças. O que não pode faltar na hora de cair na folia é responsabilidade

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A folia mais aguardada pelos brasileiros está quase chegando ao fim, mas ainda dá tempo de reforçar os principais cuidados para que a festa tenha 100% de aproveitamento. Se for curtir com as crianças, a recomendação é caprichar no planejamento.

A coordenadora do departamento de pediatria ambulatorial da Sociedade de Pediatria do DF, Andréia Jacomo, recomenda alimentar preferencialmente os pequenos em casa. 

“É importante além de fazer a refeição em casa antes, tentar levar lanchinhos que sejam frutas, lanches saudáveis, que possam ser oferecidos no meio da rua, nos parquinhos, clubes. Além disso, é preciso ficar atento à higienização, tanto das mãos quanto desses alimentos.” 

A pediatra alerta para as comidas de rua. “Se for oferecer algum alimento para as crianças, o ideal é fugir dos embutidos, alimentos com molho, à base de ovos ou maionese — pois esses alimentos são mais suscetíveis à fermentação. Quanto mais fresco o alimento, mais recomendado”, complementa Andréia.   

Hidratação e cuidados com a pele

Em qualquer idade, o folião precisa ficar atento à hidratação. Seja para evitar passar do ponto na bebida alcoólica ou para garantir a saúde das crianças, mantenha sempre uma garrafinha de água por perto. Quem dá a dica é o nutricionista Artur Terra de Farias 

“O mais importante sempre vai ser a hidratação, então eu recomendo, no mínimo, 3 litros de água por dia para estar se hidratando e, se possível, tomar um gatorade e uma água de coco.”

Segundo a dermatologista Fernanda Seabra, beber muita água também é fundamental para manter a pele saudável. “A gente vê muitos casos de desidratação quando o paciente tem uma exposição mais prolongada ao sol”, comenta. Ela acrescenta que a quantidade de água ingerida deve ser aumentada, principalmente, se as pessoas estiverem expostas ao sol e às altas temperaturas.  

Por conta da grande concentração de pessoas vindas de diversos lugares e do aumento da circulação de microorganismos infecciosos respiratórios — como vírus e bactérias — cresce também o número de doenças nesse período do ano, segundo a otorrinolaringologista Larissa Vilela Pereira. 

“Nessa época a gente também observa que existe uma queda da imunidade em muitas pessoas pela falta de hidratação adequada, má alimentação, privação de sono e, muitas vezes, pelo excesso de bebidas alcoólicas. Todos esses fatores reduzem a imunidade e aumentam as chances das pessoas adoecerem nesse período.” 

Segurança nos blocos e nas estradas

A Polícia Rodoviária Federal começou na última sexta (9) a Operação Carnaval 2024 que vai até a meia-noite de quarta-feira (14) para fiscalizar e orientar motoristas que pegam a estrada. Coibir infrações que vão desde a mistura de álcool e volante até ultrapassagens proibidas e o desrespeito aos limites de velocidade estão entre as prioridades da ação, que conta com o reforço no efetivo.

Já na folia de rua, a recomendação é para quem vai levar as crianças. O ideal é usar um crachá ou pulseira para identificar os pequenos. Além disso, é importante orientá-los a não aceitar alimentos ou bebidas de pessoas estranhas, ficar sempre por perto, combinar um ponto de encontro com a família e caso se perca, procurar imediatamente um policial militar. 
 

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11/02/2024 19:00h

Manter a hidratação, saber o que está bebendo e respeitar os limites estão entre as orientações da indústria cervejeira para quem vai curtir as festas de carnaval

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Se tem uma bebida que combina com o brasileiro... é a cerveja. Somos o terceiro país que mais consome a bebida no mundo, segundo um relatório da Kirin Holdings Company. Se o consumo já é alto durante o ano, no carnaval aumenta ainda mais. Tanto que a indústria cervejeira atua para que a festa promova não só alegria, mas também estimule aumento do emprego e renda. 

Para a festa acabar bem, o setor cervejeiro promove ações educativas para engajar os foliões sobre a importância do consumo consciente e combate aos excessos. O presidente executivo do Sindicerv, Márcio Maciel, dá o recado.

“A indústria cervejeira apoia a cultura brasileira, suas festividades e tradições. Mas para que a folia seja completa, pedimos que os foliões consumam a cerveja com consciência, sempre intercalando com água e alimentos. Durante a folia, opte por consumir bebidas com menor teor alcoólico. Para quem quer pegar mais leve ou busca outras opções de bebida, a cerveja sem álcool é uma ótima alternativa.” 

Dono de um bar e restaurante em Brasília há oito anos, o comerciante Marcelo De Abreu conta que os clientes dele não costumam exagerar. Mas que além da hidratação, ainda tem outra estratégia para não extrapolar os limites.

“Nunca teve caso de passar do ponto, mas os que bebem um pouquinho mais seguram na água e na comida para não ter nenhum problema. o segredo é alimentar bem e hidratar bem — a água é fundamental.” 

Para aproveitar os bloquinhos de rua e as escolas de samba com alegria e moderação, separamos cinco dicas. 

1 – Saiba diferenciar o teor alcoólico das bebidas

No rótulo de cada bebida está indicada a porcentagem de álcool que ela possui. A ciência comprova que a absorção do álcool pelo corpo é mais rápida quando a concentração de álcool na bebida está acima de 20%. E os níveis de álcool no sangue também aumentam mais rapidamente nesses casos. 

Para curtir a festa por mais tempo, escolha opções com menor teor alcoólico. 

2 – Que tal uma cerveja sem álcool?

Se você gosta do sabor da cerveja, mas não quer consumir álcool, a cerveja sem álcool é uma alternativa. Ela é uma bebida que apresenta as mesmas características e o mesmo sabor de cerveja, mas sem teor alcoólico. 

3 – Bebeu água?

Se manter hidratado é essencial para aguentar a maratona carnavalesca com saúde e sabedoria. E o melhor é não esperar ficar com sede. A dica é consumir bastante água, principalmente se for ingerir bebidas alcoólicas. Essa intercalação garante uma hidratação adequada durante todo o bloquinho. 

4 – Conheça seus limites e respeite o outro

É importante que cada folião respeite seus próprios limites durante a folia. A melhor dica é prestar atenção aos sinais do corpo e saber parar na hora certa. A diversão não está na quantidade de bebida ingerida, mas sim na consciência e na responsabilidade. O consumo excessivo de álcool leva a comportamentos inadequados — o que pode prejudicar a sua experiência e a de outras pessoas. 

5 – Se beber, não dirija!

Transporte público, carona, carro de aplicativo, bebida zero álcool. O que não faltam são opções para aproveitar  a festa sem colocar ninguém em risco com a mistura farat entre álcool e direção 

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