O investimento previsto para infraestrutura de transporte para 2023 é de R$ 18,7 bilhões, praticamente o triplo em comparação ao valor alocado no ano passado, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). No ano passado, o orçamento destinado para a infraestrutura de transporte foi de R$ 6,6 bilhões, o menor valor registrado nos últimos 22 anos. Já em 2023, o valor autorizado é considerado o maior valor em oito anos. A princípio, a proposta de Orçamento previa um corte de quase 10% na área, mas os recursos foram elevados após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que ampliou o espaço no teto de gastos neste ano.
Apesar de o valor previsto para este ano ser considerado significativo, entidades setoriais e especialistas apontam que ainda é insuficiente para a demanda do país, devido à precarização que ocorreu ao longo dos últimos anos. Segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), nos últimos anos, o dinheiro não foi suficiente nem para evitar a degradação dos ativos existentes. Para o diretor executivo da CNT, Bruno Batista, é necessário manter um nível contínuo de investimentos elevados por muitos anos para recuperar o parque rodoviário nacional. Segundo ele, a demora em fazer os reparos necessários aumenta cada vez mais o custo dessa recuperação, pois pequenos problemas vão se agravando.
O economista Felipe Queiroz também defende esse posicionamento. “O investimento em estradas e infraestrutura é extremamente necessário para que o país continue crescendo. A ausência de investimento em infraestrutura prejudica não apenas quem usufrui diretamente daquela estrada, mas indiretamente toda a economia, porque diminui a circulação de mercadorias e de pessoas. A economia deixa de girar e de produzir riquezas”, reforça o economista.
Um estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), denominado “Agenda de privatizações: avanços e desafios”, mostra que, para que o Brasil possa ampliar a qualidade da infraestrutura nacional, os investimentos anuais precisam chegar a cerca de R$ 344 bilhões. Atualmente, o país investe somente R$ 135 bilhões. De acordo com o levantamento, até 2026, estão previstas nove concessões federais, com extensão de 4.526 quilômetros de rodovias. Além disso, estima-se que haverá 18 blocos de concessões estaduais, com extensão total de 4.745 quilômetros da malha rodoviária.
Apesar do avanço nas concessões de transportes nas últimas décadas, boa parte da malha nacional depende dos recursos do Orçamento, pois nem todos os ativos têm potencial de retorno para a iniciativa privada. É o que ocorre, por exemplo, com muitas estradas no interior do Norte e Nordeste.
O economista Felipe Queiroz explica que “não é porque [algumas estradas] não são rentáveis à iniciativa privada, que não deve ser investido. São famílias, são cidades, são pessoas que precisam de transporte, precisam continuar investindo, continuar crescendo. E a economia depende disso”, pontua.
O Ministério dos Transportes divulgou recentemente um plano de cem dias para os setores rodoviário e ferroviário que terá cerca de R$ 1,7 bilhão para retomar e intensificar obras.
O governo federal anunciou um investimento de R$ 1,7 bilhão em melhorias nos setores rodoviário e ferroviário do país. O objetivo é retomar e intensificar as obras, preparar as rodovias para o período das chuvas, diminuir o número de acidentes graves nas estradas e garantir o escoamento da safra agrícola. A ação faz parte do Plano de 100 Dias de ações prioritárias do Ministério dos Transportes.
Com o aporte, será possível entregar 861 quilômetros de estradas pavimentadas, revitalizadas e sinalizadas, até abril deste ano, além da construção e revitalização de 72 pontes e viadutos no mesmo período. As principais obras estão localizadas em 12 rodovias que cortam o país: BR-432/RR, BR-364/AC, BR-116/CE, BR-101/SE, BR-116/BA, BR-080/GO, BR-101/AL, BR-381/MG, BR-, 447/ES, BR-163/PR, BR-470/SC e BR-116/RS.
Atualmente, cerca de 20% das rodovias federais estão concedidas à iniciativa privada, segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Para o diretor de Planejamento e Economia da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Roberto Guimarães, cabe ao governo manter as boas condições de uso das rodovias não concedidas.
“Buraco em rodovia sem manutenção, rodovia sem estar duplicada aumenta o custo do transporte, aumenta o custo do pneu, do óleo diesel, gasta mais óleo. Então é muito importante investir nas rodovias não concedidas à iniciativa privada. E se não foram concedidas ainda, é porque não tem o retorno econômico para o setor privado comprar. Então é papel do estado mantê-las."
Guimarães destaca os principais benefícios do investimento no setor rodoviário: “O benefício é redução de custos, do Custo Brasil, da poluição, porque quanto menos tempo o caminhão fica na estrada, ele gasta menos combustível e polui menos. O investimento em rodovia é redução de acidentes.”
O professor de Economia de Transportes da Universidade de Brasília (UnB), Gildemir da Silva, explica que o investimento em rodovias pode aumentar a competitividade da economia nacional.
“No momento em que diminui custos logísticos, o produto tem um valor menor no mercado. E aí ele entra em competitividade com outros produtos de valores menores em outros países. Então, investir em rodovia faz com que o custo logístico diminua, o que diminui o custo do produto final. O produto final, sendo de menor preço, fica mais competitivo no mercado internacional.”
Outra vantagem econômica é a geração de emprego e renda, como aponta Gildemir da Silva. “Existem duas vertentes. Primeiro no processo de construção e manutenção [das rodovias] que gera recursos e empregos. E no segundo momento na operação, que também gera empregos. E hoje com a indústria 4.0, esses empregos podem ser de alta tecnologia. Como aumenta a competitividade, as indústrias nacionais, o agronegócio e a mineração alavancam certos trabalhos também, porque o volume aumenta, e aí precisam de mais gente trabalhando.”
No setor ferroviário, as ações do Plano de 100 Dias envolvem:
O diretor de Planejamento e Economia da ABDIB, Roberto Guimarães, explica que a malha ferroviária brasileira atualmente é pequena e serve, basicamente, para transporte de minério de ferro e de soja.
“É um investimento estruturante. E o setor privado não faz isso sozinho. O que é estruturante? Você vai de um lugar A para B que nem sempre tem a demanda. Mas você faz a ferrovia primeiro e depois vai gerar todos os adensamentos ao longo da ferrovia. Então é muito importante o país estar pensando em melhorar o seu modal de transporte, colocar mais ferrovias, com parcerias público-privadas. Então é preciso ter nas ferrovias parceria público privada, com todos os benefícios: redução de poluição, melhora no transporte e redução do Custo Brasil.”
O Plano de 100 Dias também prevê a retomada de 670 quilômetros de obras que estão paradas atualmente por falta de verbas, a elaboração de projetos que contemplam 1.400 quilômetros de rodovias, além de 19 ações ambientais envolvendo estudos, plantio compensatório e recuperação de áreas degradadas.
No entanto, o professor Gildemir da Silva avalia que o aporte de R$ 1,7 bilhão é um recurso baixo.
“Eu não sei se isso resultará em grandes resultados. Contudo, investir em rodovias nesse momento é um ponto mais crucial, porque, no curto prazo, rodovias dão resultados mais rápidos. E há a necessidade de recuperação de algumas estradas. E aí vai depender da prioridade dada. Já as ferrovias, R$ 1,7 bilhão não resolve muita coisa. Ferrovia é muito caro.”
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O Ministério dos Transportes também recebeu sugestões de ações prioritárias por meio de uma consulta pública. Ao todo, foram mais de 6.000 contribuições da sociedade civil, sendo a maioria no sentido de ampliar a competitividade da infraestrutura e da logística de transportes de cargas e pessoas; promover a segurança do trânsito; melhorar a qualidade da infraestrutura e serviços de transportes; entre outros pontos relacionados à redução da burocracia, sustentabilidade, governança e acesso à informação.
Chuva e rodovia representam sempre uma combinação perigosa neste período de final de ano. O alerta amarelo fica mais intenso com as festas de finais de ano. A atenção ao volante precisa assim ser redobrada ao volante, com velocidade reduzida. A recomendação é das autoridades de trânsito no País, que também enfatizam a importância da revisão dos veículos e checagem do estado de pneus e palhetas do para-brisa, por exemplo, antes de o condutor iniciar suas viagens.
Também recomenda-se o motorista informar-se previamente em relação à situação dos trechos nos quais vai dirigir, para não ser surpreendido por imprevistos causados por deslizamentos, erosões ou engarrafamentos. A previsão é que o volume de chuva neste período do ano permaneça contínuo, o que dificulta bastante a manutenção e reparo das estradas e rodovias Brasil agora, por conta das autoridades rodoviárias.
Mineiro do Carmo do Paranaíba, o engenheiro agrônomo Regis Miguel Mendes, 24 anos, mora e trabalha em Luziânia (GO) há cerca de seis meses. Viaja para reencontrar a família várias vezes por ano e não será diferente agora em dezembro. Já sabe os cuidados que deve seguir.
“Sempre viajo de Brasília para Minas, agora neste final de ano fui no Natal, a rodovia estava bem carregada e no réveillon vai ser do mesmo jeito”, conta. “Nesse período de chuva agora dirigir nas rodovias tem que redobrar atenção, não exceder na velocidade”, adverte
Confira, abaixo, a situação das principais rodovias do país, neste final de ano.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) informa que está monitorando as ocorrências das rodovias que estão sob sua administração. Do dia 25 para esta segunda-feira, por exemplo, foram registrados vários incidentes causados pelas chuvas em BRs dos estados de Alagoas, Bahia, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, Minas Gerais e Maranhão.
Para tranquilizar e dar segurança aos condutores, equipes do DNIT, em conjunto com as empresas que atuam na manutenção das estradas federais, trabalham na interdição e sinalização dos trechos necessários. O Departamento ainda explica que atende às demandas emergenciais para liberar as rodovias seguras, o mais rápido possível.
Confira as rodovias afetados pela chuva, segundo o DNIT:
BR-418 - Devido às fortes chuvas que atingem o estado, o tráfego de veículos no km 56,7 da rodovia está totalmente interditado. As equipes da Autarquias sinalizaram o local e aguardam melhores condições climáticas para realizar os serviços de reparo no pavimento.
BR- 101 - O km 825 da BR-101/BA está totalmente interditado devido à queda de barreira provocada pelas fortes chuvas na região. As equipes do DNIT já sinalizaram o local.
No km 817 entre Itamaraju e Teixeira de Freitas há interdição devido a uma ruptura da pista provocada pelas fortes chuvas da região.
BR-030 - O Km 710,7 está totalmente interditado devido a um rompimento de aterro provocado pelas fortes chuvas na região. As equipes do DNIT já sinalizaram o local.
BR-277 - Está liberada uma faixa em cada sentido da pista na via para o litoral, entre o km 41 e 41,5. A interdição parcial ocorreu em decorrência da queda de barreira por conta das chuvas que atingiram o estado paranaense. As equipes seguem executando obras no local.
BR-101 - Entre o km 120 e o km 123, no município de Marechal Deodoro, a rodovia segue totalmente interrompida devido a problemas geológicos registrados no pavimento após as chuvas. O local está devidamente sinalizado, alertando para a interrupção do tráfego neste ponto da rodovia.
Como rota alternativa, para quem deseja seguir no sentido Aracaju-Recife, o DNIT orienta aos motoristas a acessarem a estadual AL-220 no km 128 da via federal, em seguida ingressar na BR-424/AL até a BR-316/AL e retornar à BR-101/AL no km 101.
Já para os usuários que trafegam no sentido oposto (Recife-Aracaju), ao chegar no km 101, a alternativa é acessar a BR-316/AL, em seguida na BR-424/AL até a estadual AL-101 e retornar à BR-101/AL no km 128;
BR-316 - A rodovia, no km 184, está operando no sistema de PARE E SIGA em meia pista na faixa do sentido decrescente. A interdição é necessária, pois ocorreu a ruptura da plataforma, ocasionada pelas chuvas que atingem o Estado. A Autarquia segue trabalhando no trecho realizando a recomposição de aterro. O DNIT orienta aos usuários que redobrem a atenção à sinalização ao trafegar no segmento.
BR-342 - No km 93 da BR-342/ES está totalmente interditado devido rompimento do corpo estradal por conta da cheia do Rio XV de Novembro. DNIT orienta utilizar como rota alternativa a ES-320, sentido Barra de São Francisco, até o entroncamento com a ES-220, depois seguindo o entroncamento com a BR-342/ES e até Nova Venécia.
BR-230 - No km 392 está totalmente interditado. As equipes da Autarquia sinalizaram o local e iniciaram os serviços para restabelecer o tráfego o mais rápido possível.
BR-280 - No km 77, o DNIT executou uma faixa extra de forma emergencial para garantir a trafegabilidade local nos dois sentidos da rodovia, após deslizamento de barreira. As equipes já limparam a maior parte das áreas de escorregamento. O trabalho agora está focado em recuperar a estrutura da via. O Departamento orienta aos motoristas que utilizem como rota alternativa, sentido Litoral/Paraná, a BR-116/SC até o entroncamento com a BR-470/SC. Em outro trecho, está liberado o tráfego de veículos leves entre o km 84 e o km 109, mas o tráfego de veículos pesados segue proibido.
No km 97, está liberado o tráfego de veículos leves, mas o tráfego de veículos pesados segue proibido. E o DNIT alerta os usuários que o trecho do km 112 ao km 87 exige atenção especial, pois há locais com instabilidade geológica e, em caso do retorno das chuvas, a rodovia poderá sofrer novas interdições.
BR-262 – No km 179 ocorreu uma erosão no acostamento da rodovia federal, em direção ao município de Vargem Linda. As equipes sinalizaram o local e orientam aos usuários que trafegam com cautela na região;
BR-354 – Devido à erosão do talude no km 586 e no km 526 da rodovia foi necessário interditar meia faixa de rolamento. Em virtude de a pista possuir acostamento, é possível o tráfego de dois veículos ao mesmo tempo, sem risco aos condutores, garantindo assim o fluxo no trecho. Para garantir a segurança no tráfego foram instalados dois quebra-molas no local para reduzir a velocidade;
BR-367 – Entre o km 0 e o km 30 há uma intermitência no fluxo devido a pontos de alagamento na rodovia. O DNIT está realizando vistorias neste segmento. Atenção para interdição total no km 3, no Córrego do Padre. Como rota alternativa o DNIT sugere seguir pela BR-116 até Vitória da Conquista/BA e pegar a BR-415 até Itabuna/BA, ingressando na BR-101, sentido Itagimirim/BA. No km 82, em Almenara, a rodovia está com interdição total em razão de um ponto de alagamento;
BR-381 – O DNIT realiza os serviços de recuperação do km 291 da BR-381, no sentido Antônio Dias. Devido às fortes chuvas as equipes trabalham na proteção da encosta. Entretanto, no último domingo (25) ocorreu um desmoronamento que atingiu a rodovia próximo aos túneis. As equipes estão realizando a limpeza do local. A área foi sinalizada e o tráfego de veículos não ocorre mais pelos túneis, foi desviado para a pista no sistema “PARE E SIGA”.
BR-494 – A rodovia possui dois pontos de restrição em decorrência das chuvas. O primeiro no km 178 devido à erosão em talude/saia de aterro. No local foram implantados quebra-molas e o tráfego flui em meia pista.
BR-265 - No km 350 houve erosão em talude/saia de aterro. Neste ponto - que é em pista dupla - a interdição é de uma faixa de rolamento.
Com a chegada de fim de ano, muitas pessoas se preparam para viajar e aproveitar as confraternizações e feriados de Natal e Ano Novo. Mas para quem planeja viajar pelas estradas brasileiras, é indispensável ficar atento às situações das rodovias afetadas pelo excesso de chuva neste mês de dezembro. As previsões é que o problema continue se agravando até o final de dezembro, sobretudo em razão das dificuldades de reparação imediata das rodovias que apresentam erosões e sofrem com enxurradas e alagamentos.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) informa que está monitorando as ocorrências das rodovias que estão sob sua administração. Com o objetivo de garantir a segurança dos usuários, o Departamento está trabalhando em conjunto com as empresas que atuam na manutenção das estradas federais. Quando algum risco é detectado pelos técnicos, as vias são interditadas e sinalizadas.
O DNIT ainda explica que atende às demandas emergenciais para liberar as rodovias seguras, o mais rápido possível.
Confira as rodovias afetados pela chuva, segundo o DNIT:
BR-418 – Tráfego de veículos no km 56,7 da rodovia totalmente interditado. As equipes da autarquia sinalizaram o local e aguardam melhores condições climáticas para realizar os serviços de reparo no pavimento.
BR-101 – Entre o km 120 e o km 123, no município de Marechal Deodoro, a rodovia segue totalmente interrompida. Como rota alternativa, para quem deseja seguir no sentido Aracaju-Recife, o DNIT orienta aos motoristas a acessarem a estadual AL-220 no km 128 da via federal, em seguida ingressar na BR-424/AL até a BR-316/AL e retornar à BR-101/AL no km 101. Já para os usuários que trafegam no sentido oposto (Recife-Aracaju), ao chegar no km 101 a alternativa é acessar a BR-316/AL, em seguida na BR-424/AL até a estadual AL-101 e retornar à BR-101/AL no km 128;
BR-316 – A rodovia, no km 184, está operando no sistema de PARE E SIGA em meia pista na faixa do sentido decrescente. A Autarquia segue trabalhando no trecho e realizando a recomposição de aterro. O DNIT orienta os usuários que redobrem a atenção à sinalização ao trafegar no segmento.
Na Bahia, há previsão de pancadas de chuva e chance de trovoadas isoladas para os próximos dias. Em Alagoas, não há possibilidade de chuva para quarta-feira (21), mas pode voltar a chover a partir de quinta-feira (22). As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
BR-262 – No km 179 ocorreu uma erosão no acostamento da rodovia federal, em direção ao município de Vargem Linda. As equipes sinalizaram o local e orientam os usuários que trafeguem com cautela na região;
BR-354 – Foi necessário interditar meia faixa de rolamento. É possível o tráfego de dois veículos ao mesmo tempo, sem risco aos condutores, garantindo assim o fluxo no trecho;
BR-367 – Entre o km 0 e o km 30 há uma intermitência no fluxo devido a pontos de alagamento na rodovia. O DNIT está realizando vistoria neste segmento. Interdição total no km 3, no Córrego do Padre. Como rota alternativa o DNIT sugere seguir pela BR-116 até Vitória da Conquista/BA e pegar a BR-415 até Itabuna/BA, ingressando na BR-101, sentido Itagimirim/BA. No km 16, em Salto da Divisa, a rodovia está com interdição total em razão de um ponto de alagamento com erosão;
BR-494 – A rodovia possui dois pontos de restrição em decorrência das chuvas. O primeiro no km 178 devido à erosão em talude/saia de aterro. No local foram implantados quebra-molas e o tráfego flui em meia pista. No km 350 houve erosão em talude/saia de aterro. Neste ponto -- que é em pista dupla -- a interdição é de uma faixa de rolamento.
BR-342 – No km 97, está interditada em decorrência do transbordamento do rio. DNIT orienta a utilizar a rota alternativa seguir pela BR-342/ES até o km 105, acessando a ES-220, sentido Vila Pavão, até o entroncamento com a ES-320 à direita, seguindo pela rodovia estadual até Ecoporanga.
De acordo com o INMET, a chuva continua nos próximos dias, por vezes forte, e com trovoadas isoladas em Minas Gerais e Espírito Santo.
BR-280 – No km 77, o DNIT executou uma faixa extra de forma emergencial para garantir a trafegabilidade local nos dois sentidos da rodovia, após deslizamento de barreira. As equipes já limparam a maior parte das áreas de escorregamento. O trabalho agora está focado em recuperar a estrutura da via. Em outro trecho, a interdição é total entre o km 84 e o km 122 e equipes estão atuando na limpeza e recuperação da pista sem previsão para liberação. O Departamento orienta os motoristas para que utilizem rota alternativa: Sentido Litoral/Paraná: acesse a BR-116/SC até o entroncamento com a BR-470/SC;
BR-282 – O trecho no km 22 está liberado em meia pista no sistema de PARE E SIGA até que as obras complementares como passeio, barreiras e meio fio sejam concluídas. O DNIT orienta que os usuários utilizem o trecho de Palhoça e Rancho Queimado apenas em caso de extrema necessidade. No km 34, em Águas Mornas, o trecho já está totalmente liberado ao tráfego. No local, as equipes do DNIT realizaram serviços para recuperação da plataforma e do aterro da rodovia.
BR-277 – Está liberada uma faixa em cada sentido da pista na via para o litoral, entre o km 39 e o km 42. As equipes seguem executando obras no local.
Segundo o INMET, há possibilidade de chuvas para Santa Catarina e Paraná nos dias seguintes.
Neste final de ano, a médica Karina Tomiasi, 26, tem planos para viajar de carro de Presidente Prudente (São Paulo) para Curitiba (Paraná). “Mas por causa das chuvas ainda a gente ainda está analisando quais estradas que vão estar liberadas, para que a gente não atrase e para que a gente chegue e com segurança. A gente já pegou chuva em viagens anteriores assim, e foi bem estressante”, afirma.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que, neste mês, atendeu 67 acidentes, 78 feridos, com duas mortes causadas por acidentes, em virtude do excesso de chuva.
Não há previsão de liberação pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR)
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) vai manter o bloqueio da Estrada da Graciosa (PR-410), no Litoral, devido a danos no pavimento verificados após os deslizamentos de terra na última semana. Segundo o DER paranaense, não há previsão de liberação.
De acordo com informações do órgão estadual, o bloqueio entre o km 6 e o km 16 tem barreiras físicas e apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar do Paraná. A rodovia apresenta uma trinca de aproximadamente 50 metros no pavimento no km 7. O processo para contratação emergencial de empresa para os serviços de recuperação do local já está em tramitação
No Nordeste do país, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) revitalizou 27 quilômetros de pavimento da BR- 232, no estado de Pernambuco. Os serviços de revestimento do asfalto e a implantação da sinalização foram feitos no trecho do km 468 ao km 495 da rodovia, entre os municípios de Mirandiba e Verdejante.
Departamento afirma que obra entregue vai facilitar o tráfego na divisa entre os dois estados
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) liberou o tráfego no Contorno Viário de Aragarças, em Goiás. Segundo o órgão, a obra na BR-070/GO vai facilitar o tráfego na divisa entre os estados de Mato Grosso e Goiás. A região fica entre os municípios de Aragarças - GO, Barra do Garças - MT e Pontal do Araguaia - MT. A obra custou cerca de R$ 39 milhões.
O contorno tem 6,3 quilômetros de extensão e liga a BR-070/GO e BR-158/GO com outros municípios goianos e mato-grossenses. São duas vias importantes para o escoamento da produção agropecuária da região Centro-Oeste.
Defesa Civil Nacional alerta para tempestades no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País
A expectativa é de que a estrutura vai permitir que o alto fluxo de veículos de carga, que hoje passa pelo centro de Aragarças, seja desviado para fora, o que tende a diminuir o tempo de viagem dos motoristas, o gasto com combustível, além de garantir mais segurança e conforto por quem passa pela rodovia.
Quem não gosta de um feriado prolongado? Enquanto alguns aproveitam para descansar em casa, para outros, é uma oportunidade de sair da rotina e fazer algo diferente, como viajar. As viagens costumam ser mais curtas do que as das férias convencionais. Por isso, os destinos mais acessíveis de carro são comuns nessas datas. Feriados prolongados têm fluxo maior de carros nas rodovias do país, o que aumenta o número de acidentes de trânsito.
Segundo o Detran-DF, o número de acidentes é mais expressivo no verão, entre os meses de novembro e fevereiro, porque além de combinar feriados prolongados, as férias aumentam as viagens de turismo. Mas, seja qual for a época, é necessário preocupar-se com a segurança de todos.
Para orientar esses motoristas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aumentou o efetivo nas vias. Com o objetivo de melhorar a fluidez e reduzir os acidentes, muitas estradas do Brasil estão com inversões e restrição de horários para a circulação de caminhões. “O objetivo é reduzir o número de acidentes e também o número de mortos e feridos, assim como ocorreu nos últimos dois feriados”, informa a policial rodoviária federal Fernanda Souza, porta-voz da instituição.
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A PRF recomenda que os motoristas não ultrapassem em locais proibidos, respeitem a velocidade da via e usem o cinto de segurança. Uma outra dica é fazer a revisão no carro e conferir todos os itens de segurança, como estepe, triângulo e luzes de faróis e freios. O professor Roberto Lemos vai viajar neste feriado para o interior de Minas Gerais, e tomou todos os cuidados. “Programo minhas revisões periódicas para anteceder às viagens de fim de ano e saio sem pressa para chegar no destino”, conta.
Na hora de planejar a viagem, muita gente acaba se preocupando com a previsão do tempo apenas nos dias de aproveitamento, mas se esquece dos dias de deslocamento, a ida e a volta. Chuvas, alagamentos, neblina e imprevistos nas estradas podem aumentar as chances de imprevistos pelo caminho. Estude rotas alternativas, veja o melhor horário para sair de casa e verifique os equipamentos obrigatórios do carro.
Motoristas que trafegam por rodovias no Sul do país vão encontrar novos trechos liberados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). No Paraná, o DNIT concluiu os seis últimos viadutos do Contorno Norte de Maringá (CNM), localizados na BR-376/PR. As estruturas ficam nas avenidas Mandacaru; Américo Belay; Tuiuti; Guaiapó; e Franklin Roosevelt. No início deste mês foram liberados os viadutos do cruzamento na Avenida Kakogawa e na Avenida São Judas Tadeu.
De acordo com o órgão, os viadutos facilitarão a duplicação de sete vias urbanas de transposição do Contorno, para maior fluidez e segurança à população de Maringá no tráfego urbano local. O Contorno Norte de Maringá fica na BR-376/PR, também conhecida como “Rodovia do Café”. É a principal rota de ligação do estado de Mato Grosso do Sul aos litorais paranaense e catarinense.
No Rio Grande do Sul, na BR-116/RS, entre os municípios de Guaíba e Pelotas, 147,8 quilômetros de pistas estão duplicadas para os usuários da rodovia. Nessa semana, o trecho de 11,3 quilômetros foi liberado entre os municípios de Barra do Ribeiro e Tapes.
As informações são do DNIT.
As estradas brasileiras amanheceram com 86 pontos interditados ou bloqueados por manifestantes, nesta quinta-feira (03). Os dados são do último boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), até a publicação desta reportagem.
Segundo a PRF, 12 estados ainda registram ocupações nas rodovias desde o início das operações para desobstruir as estradas. O ponto mais crítico é no estado do Mato Grosso, que concentra 31% das ocorrências, ou seja, 27 pontos de rodovias com interdição ou bloqueio. Por fim, a corporação informa que, até as últimas atualizações, cerca de 2 mil autos de infração para os veículos que estão nos bloqueios foram aplicados. São mais de 18 milhões de reais em multas.
"Nós tomamos conta de, na nossa circunscrição, mais de 75 mil km de rodovias federais, é uma operação complexa, demanda uma mobilização de grande efetivo, aparato logístico, daí por esse motivo nós solicitamos apoio das nossas forças coirmãs: a Polícia Federal, a Força Nacional, a Polícia Militar. Então nós estamos nessa operação sinérgica de forma a restabelecer a ordem o quanto antes, liberar o trânsito nas rodovias e resolver o mais rápido possível para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos e o escoamento de mercadoria e pessoas nas rodovias federais", comentou o diretor executivo da PRF, Marco Antônio Territo.
Além do apoio de outras forças de segurança, a PRF reforçou o efetivo para atuar nas ações. Segundo a corporação, o número de policiais rodoviários federais designados para atuar nas estradas foi aumentado em 400%. As operações para desobstruir as rodovias acontecem desde a noite do dia 30 de outubro, quando manifestantes foram às ruas após o resultado do segundo turno das Eleições. Desde então, 834 manifestações foram desfeitas pela PRF.
Na noite do feriado de Finados, nessa quarta-feira (02), o presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou um vídeo nas redes sociais para pedir o fim dos bloqueios.
"Eu quero fazer um apelo a você, desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder nós, aqui, a nossa legitimidade", disse Bolsonaro. Segundo o Presidente da República, o fechamento das vias prejudica o direito de ir e vir, o que está previsto na Constituição.
O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como “Chorão”, fez declaração contra os manifestantes, defendendo a categoria. “Tô vendo muitos caminhoneiros parados. Existe sim uma parcela muito pequena, mas muitos querem trabalhar e nós estamos levando esse nome como 'baderneiro', como 'terrorista', como 'radical' e nós não podemos ser usados como massa de manobra por um grupo intervencionista que tá trabalhando contra a democracia desse país”, criticou.
O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Polícia Federal um pedido de investigação de possíveis crimes cometidos pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Segundo o ofício, que está sob sigilo para não atrapalhar as investigações em curso, o inquérito deve apurar blitz realizadas pela corporação durante o segundo turno das eleições e suposta omissão em relação aos bloqueios em rodovias.
O MPF adverte que, se comprovada omissão do diretor da PRF sobre o bloqueio nas vias federais, o caso pode ser considerado prevaricação. Além disso, Vasques pode responder por "crimes praticados por invasores de rodovias".
Conforme o Código Penal Brasileiro, prevaricação é o crime cometido por funcionário público que retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou age contra regra expressa em lei, "para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". A pena é de detenção de três meses a um ano, além de multa.
Entenda a matemática das siglas das rodovias federais
O portal Brasil 61, como sempre, esteve à frente nas notícias quando o assunto é infraestrutura. Em 2019 publicou um compilado de materiais sobre as estradas, citando a BR-163, suas letras e números. Por trás dessa denominação, há uma lógica que ajuda o motorista a se orientar geograficamente.
Toda estrada federal começa com a sigla BR seguida de três números determinados pelo Plano Nacional de Viação, de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O primeiro número indica a categoria da rodovia, enquanto os dois últimos definem a posição a partir da orientação geral da rodovia, referente a Brasília e aos limites Norte, Sul, Leste e Oeste do Brasil.
As vias radiais, por exemplo, são indicadas pelo número zero. São aquelas com origem em um único ponto, que é Brasília, em direção aos extremos do Brasil. Os dois números que sucedem o zero seguem a lógica de múltiplos de 5, em sentido horário. Como exemplo, temos a BR-010, que inicia o sentido horário em direção a Belém, capital que está ao Norte de Brasília, em linha reta.
As longitudinais são iniciadas pelo número um e cortam o Brasil na direção Norte-Sul. Os dois últimos algarismos são definidos da seguinte maneira: do ponto mais ao Leste de Brasília, a numeração vai de 00 a 50. A partir da Capital Federal, indo para Oeste, a numeração vai de 51 a 99. Nesse caso, temos a BR-116, que liga Fortaleza, no Ceará, a Jaguarão, no Rio Grande do Sul, passando por dez estados e algumas capitais.
Já as vias transversais começam com o número dois e cortam o Brasil na direção Leste-Oeste. Do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega à Capital Federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99. A BR-230, por exemplo, conhecida como Rodovia Transamazônica, inicia-se em Cabedelo, na Paraíba, terminando em Benjamin Constant, cidade que faz fronteira com o Peru no Amazonas.
As diagonais são aquelas que cruzam o país nas direções Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste, e são iniciadas pelo número três. Números pares com início 00, no ponto mais ao Nordeste do Brasil, vão até 50 em Brasília. Da Capital Federal até o extremo Sudeste, a numeração vai de 52 a 98.
Na outra variação de rodovias diagonais, a lógica é a mesma, mas com números ímpares: de 01 a 51, a partir do ponto mais ao Noroeste do Brasil, até Brasília; e de 53 a 99, rumo ao extremo Sudoeste. Como exemplo, temos a BR-364, que se inicia na cidade de Limeira, no interior de São Paulo, e segue até Mâncio Lima, município do Acre na fronteira com o Peru.
As vias de ligação são aquelas que conectam duas rodovias ou uma rodovia federal a um ponto importante, e começam com o número quatro. Os dois restantes seguem a mesma regra das rodovias transversais: do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega à Capital Federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99.
Aqui, temos a BR-401, que liga a capital de Roraima, Boa Vista, e a fronteira com a Guiana.