Bahia

22/09/2023 18:00h

Segundo a Polícia Civil, 21 criminosos atuantes no bairro de Águas Claras foram localizados nesta sexta-feira (22), durante Operação Saigon; armas, drogas e dinheiro foram apreendidos durante as ações

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Ao menos seis pessoas morreram durante megaoperação policial na Bahia, na manhã desta sexta-feira (22). Outros 15 homens e mulheres tiveram os mandados de prisão cumpridos através da operação Saigon. A ação foi conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e tinha como objetivo cumprir mandados de prisão e 43 mandados de busca e apreensão contra um grupo acusado de envolvimento com tráfico e mais de 30 homicídios.

Segundo a Polícia Civil, além de Águas Claras, em Salvador, os mandados foram cumpridos no sistema prisional e em Feira de Santana. Armas, drogas e dinheiro também foram apreendidos durante as ações.

Em nota a Polícia Civil informou que durante os confrontos, “seis pessoas resistiram, chegaram a serem socorridas e atendidas no hospital, mas não sobreviveram”. Cinco prisões aconteceram na região de Águas Claras e uma em Feira de Santana. Dentre eles, uma das lideranças do tráfico de drogas em Águas Claras, Eduardo dos Santos Cerqueira, mais conhecido como 'Firmino'. Ele é apontado por ser o mandante de diversos homicídios ocorridos na região.

Outro investigado que resistiu à prisão é Gilmar Santos de Lima, mais conhecido como 'Capenga'. Segundo a Polícia Civil ele “acumula uma extensa ficha criminal, com entradas por tráfico de drogas e homicídio” - Capenga era o gerente do tráfico nas Casinhas, em Águas Claras - Durante a Operação Saigon, a mãe e a esposa dele foram presas. A mãe foi encontrada com drogas e a quantia de R$ 8 mil, e a esposa com uma arma.

A Polícia Civil ainda informou que todos os “custodiados foram encaminhados para a sede do DHPP onde ficarão à disposição do Poder Judiciário” e que “todo material apreendido será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT)”, diz em nota.

Participaram da operação Saigon, a Superintendência Inteligência da SSP, diversos departamentos de inteligência da Polícia Civil, unidades da Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Desde junho os confrontos violentos entre facções criminosas e a polícia têm se intensificado em regiões de Salvador e municípios do interior. Nas últimas operações realizadas, tiroteios e mortes foram provocadas, aumentando ainda mais os índices de violência no estado.

Na avaliação do especialista em segurança pública Júlio Hott é necessário integrar as forças de segurança nas comunidades e periferias do estado. Para ele, a atuação da polícia próxima da população  diminuiria a violência.

“A segurança pública nacional em todo o Brasil é muito compartimentada. O ideal era que a gente tivesse, no mínimo, uma integração e uma aproximação da polícia com a comunidade. Quanto maior a sensação de insegurança, maior serão os índices de violência, principalmente na periferia, em que a gente sabe que o estado através da polícia, é ausente. O ideal era que a polícia estivesse presente mesmo na periferia, mesmo nos lugares onde é dominada pelo crime organizado, por milícias que exploram ali oferecendo segurança a título de extorsão e acaba na verdade fomentando e incentivando o crime”, diz.

Aulas e serviços de transporte suspensos

Cerca de 2 mil alunos tiveram as aulas suspensas, segundo informado pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). As escolas Eduardo Campos, Cantinho das Crianças, São Damião, Iraci Fraga e Francisco Leite, em Águas Claras, seguem com as atividades suspensas nesta sexta-feira (22).

Já a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), informou que os trajetos de algumas linhas foram alterados nas regiões de Águas Claras e Cajazeiras VII. De acordo com a Secretaria, os ônibus não estão chegando ao fim das linhas nas localidades. Segundo os rodoviários, a normalização do transporte será realizada após o retorno da polícia. 

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19/09/2023 19:00h

Com o reajuste, valores de apreensão vão ter acréscimo médio de 50%

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O governo da Bahia anunciou um reajuste nos valores pagos por armas de fogo apreendidas por policiais. A medida foi publicada por meio de decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) no sábado (16). Com o reajuste os novos valores terão acréscimo de 50%, em média.

Na tabela atualizada, a apreensão de revólveres passará de R$ 1.200 para R$ 1.800; de pistolas e espingardas de R$ 2.400 para R$ 3.500; e de fuzis de R$ 6 mil para R$ 9 mil.

Na avaliação do especialista em segurança pública Júlio Hott  a iniciativa do governo é positiva. Ele ainda destaca que, estatisticamente, em regiões onde medidas parecidas com essa foram aplicadas, o índice de violência diminuiu.

“Todas as medidas nesse sentido foram positivas. Desde o estatuto do desarmamento, em 2003, todas as vezes que o estado incentivou a entrega de armas, tentou de alguma forma recolher armas. Essa de pagar pelas armas é uma política pública interessante, porque desperta a ambição em quem está perto, além de poder entregar essa arma e receber um valor. Tudo isso é positivo sobre esse aspecto de retirar da área urbana o maior número de armas possíveis e às vezes em que isso aconteceu foi positivo para a diminuição da violência”, afirma.

A medida foi anunciada no momento em que a Bahia passa por uma onda de violência em regiões da capital Salvador e em municípios do interior do estado. Segundo o governo do estado, a medida tem como objetivo “reconhecer o esforço diário dos policiais militares e civis no combate ao crime organizado”.

Por meio de nota, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, informou que, “em 2023, as forças de segurança apreenderam pouco mais de quatro mil armas de fogo na Bahia”.

Violência na Bahia

Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado — entidade que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada — em agosto deste ano foram mapeados 186 tiroteios, que resultaram na morte de 163 pessoas e deixaram 45 feridas em Salvador e na região metropolitana. Do total de tiroteios, 64 deles ocorreram durante ações e operações policiais e 19 em meio a disputas entre grupos armados. Salvador e Camaçari foram os municípios com maiores números de violência armada.

O município de Camaçari está na lista das cidades mais violentas do país, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023. Dos 50 municípios elencados na lista, 12 estão na Bahia. São eles: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Salvador, Ilhéus, Luís Eduardo Magalhães, Eunápolis e Alagoinhas.

Ainda segundo o Anuário de Segurança Pública, Bahia é o segundo estado mais violento do Brasil. O estado só fica atrás do Amapá. Na terceira posição, aparece o Amazonas.
 

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16/09/2023 18:25h

A informação é do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023. Especialista defende investimentos para melhorar atuação contra o crime organizado

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Após a morte de um policial federal em confronto com uma facção criminosa na Bahia, na última sexta-feira (15), o especialista em segurança pública Leonardo Sant’Anna critica a atuação dos gestores estaduais. 

“Eles acreditam que armas de baixa qualidade, um volume pequeno de pesquisa, viaturas e quantidade de profissionais é o suficiente para confrontar o crime que hoje o Brasil enfrenta. Essa não é a realidade, principalmente em um momento que falamos que a modernização não faz parte do que muitos dos estados resolvem investir, principalmente o estado da Bahia ao longo dos últimos anos”, argumenta. 

Para o especialista, as forças de segurança do Brasil têm dificuldade em adquirir ferramentas para uma atuação mais eficaz. Ele defende mais investimentos em logística, capacitação e treinamento e compara o panorama atual de violência no país com o que os Estados Unidos enfrentaram ao adentrar no Afeganistão e no Iraque. 

Como o Brasil 61 mostrou, a Bahia é o segundo estado mais violento do Brasil, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023. O levantamento foi realizado pelo Fórum Brasileira de Segurança Pública (FBSP).

Os dados mostram ainda que o estado possui o maior número de cidades violentas no país. Dos 50 municípios elencados na lista, 12 estão na Bahia. São eles: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho, Camaçari, Feira de Santana, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Salvador, Ilhéus, Luís Eduardo Magalhães, Eunápolis e Alagoinhas.

A Bahia também é o segundo pior estado na resolução de inquérito policial por homicídio, com apenas 17,24% de resoluções no ano de 2022. O estado fica atrás apenas do Rio de Janeiro que possui uma taxa de 11,8%. Os dados fazem parte do estudo realizado pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), a partir de dados das polícias civis e da Polícia Federal.

De acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado  —  entidade que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada —, em agosto foram mapeados 186 tiroteios, que resultaram na morte de 163 pessoas e deixaram 45 feridas em Salvador e na região metropolitana. 

Do total de tiroteios, 64 deles ocorreram durante ações e operações policiais e 19 em meio a disputas entre grupos armados. Salvador e Camaçari foram os municípios com maiores números de violência armada.

Para o especialista em segurança pública e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Cássio Thyone, esses números refletem o aumento de registros de ondas de violência que vem ocorrendo em regiões da capital baiana e em municípios do interior do estado.

“O estado da Bahia não tem feito a lição de casa, no que diz respeito a tratar a segurança pública com a prioridade e com as ações assertivas que a gente espera que o estado viesse a fazer. Os índices de criminalidade na Bahia estão realmente ruins. São vários índices não só de crimes letais, como homicídios. Tem a questão da letalidade da polícia também, feminicídio e outros —  além também de crimes contra o patrimônio que têm crescido bastante no estado”, diz.

Forças de segurança localizam quinto suspeito de atirar em agentes na Bahia

Operação de sexta-feira (15)

A Operação Fauda foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), na manhã de sexta-feira (15) contra uma facção ligada, de acordo com a SSP,  ao tráfico de drogas, homicídios e roubos. Um agente e cinco suspeitos foram atingidos e morreram em confrontos. Outros dois agentes — um da PF e um da Polícia Civil da Bahia (PC-BA) — ficaram feridos, segundo a PC-BA. 

O policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida faleceu na sexta, em Salvador.  Em nota, a Polícia Federal lamentou a morte do agente e afirmou que “está empenhada e acompanhando de perto a investigação das circunstâncias que envolveram o falecimento”. 

Conforme informações divulgadas ontem pela PF, o diretor-geral em exercício, Gustavo Souza, foi a Salvador acompanhar os fatos. “Também estão em deslocamento, equipes de policiais federais que atuam na inteligência e em grupos táticos da PF, além de blindados, para reforço da operação”, diz a Polícia Federal.
 

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16/09/2023 17:50h

Um agente da polícia federal foi morto no confronto nesta sexta-feira (15). PF e policiais Civil e Militar do estado ainda procuram demais integrantes da facção criminosa

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O quinto envolvido no enfrentamento entre policiais e uma facção criminosa em Salvador (BA) foi localizado por equipes da Polícia Federal (PF) e da Patamo na madrugada deste sábado (16). 

Com ele, apreenderam uma submetralhadora, carregador e munições, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). A PF e as polícias Civil e Militar do estado da Bahia seguem à procura dos demais integrantes da facção que entrou em confronto com agentes nessa sexta-feira (15). 

Na manhã deste sábado, o diretor-geral em exercício da PF, Gustavo Souza, e o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, além de outras autoridades, se reuniram para discutir ações de combate ao crime organizado e traçar estratégias para encontrar os outros envolvidos nos disparos contra as forças de segurança. A informação é da SSP do estado. 

O especialista em segurança pública Leonardo Sant’Anna avalia que o ocorrido é o “espelhamento” do investimento feito pelo crime organizado na última década. Ele afirma que a morte do policial federal na operação — profissional de alto nível de treinamento — mostra o que pode acontecer se não houver mudanças nos investimento em áreas como logística, armamento e inteligência na segurança pública

“O primeiro ponto que precisa ser considerado é que nós temos, nesse momento, alguém ou um grupo que tem tido muito mais inteligência, logística, preparação, equipamento do que se imaginava. Então é hora de haver uma mudança para cima, de comportamento em relação ao que se investe nas forças de segurança para que esse resultado não mais aconteça.”  

Operação e morte

A Operação Fauda foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), na manhã de sexta-feira contra uma facção ligada, de acordo com a SSP,  ao tráfico de drogas, homicídios e roubos. Um agente e cinco suspeitos foram atingidos e morreram em confrontos. Outros dois agentes — um da PF e um da Polícia Civil da Bahia (PC-BA) — ficaram feridos, segundo a PC-BA. 

O policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida faleceu na sexta, em Salvador.  Em nota, a Polícia Federal lamentou a morte do agente e afirmou que “está empenhada e acompanhando de perto a investigação das circunstâncias que envolveram o falecimento”. 

Conforme informações divulgadas ontem pela PF, o diretor-geral em exercício, Gustavo Souza, foi a Salvador acompanhar os fatos. “Também estão em deslocamento, equipes de policiais federais que atuam na inteligência e em grupos táticos da PF, além de blindados, para reforço da operação”, diz a Polícia Federal.

Violência na Bahia

Sandra Cristina Ribeiro, de 47 anos, é moradora do município de Lauro de Freitas, localizado na região metropolitana de Salvador. Ela relata que a violência na capital baiana tem mudado a rotina dos moradores e de quem frequenta a região. Sandra Cristina conta ainda que a “violência extrema” na cidade tem causado tensão. 

“A situação está de um jeito que a gente vai, mas com medo de pegar um ônibus, um metrô, com medo de tiroteio, com medo de assalto. Até os bairros mais nobres daqui a gente vê relatos na televisão o tempo todo que estão sendo o alvo dessa violência. Então eu vejo que a violência em Salvador ultrapassou a fronteira dos bairros perigosos. Ela está em todos os ambientes, em todos os bairros.”

Íntegra da nota de pesar da Polícia Federal:

A Direção-Geral da Polícia Federal manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do agente de Polícia Federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, lotado no Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Bahia, ocorrido nesta sexta-feira (15), em Salvador.

Lucas Caribé ingressou na Polícia Federal em 2013, na SR/PA, sendo inicialmente lotado na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (DELEPAT/PA) e, em seguida, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/PA). 

Passou a integrar, em 2019, a Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia, sendo lotado, inicialmente, no NEPOM/BA. Atualmente, compunha o quadro de policiais do GPI. 

O Diretor-Geral substituto da Polícia Federal, Gustavo Paulo Leite de Souza, decretou luto oficial de três dias. 

A Polícia Federal expressa suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos enlutados.

Informamos, ainda, que a Polícia Federal está empenhada e acompanhando de perto a investigação das circunstâncias que envolveram o falecimento.
 

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13/09/2023 16:36h

Em agosto, as vendas externas da Bahia totalizaram US$ 736,8 milhões, refletindo uma redução de 39% em comparação ao mesmo período do ano anterior

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Diminuição nas exportações baianas foi impulsionada pela queda nos embarques de derivados de petróleo. Em agosto, as vendas externas da Bahia totalizaram US$ 736,8 milhões, refletindo uma redução de 39% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O coordenador de Comércio Exterior da superintendência de estudos econômicos e sociais da Bahia (SEI) , Arthur Cruz, avalia que o setor de derivados do petróleo surfou na alta de preços no mercado mundial em 2022, devido à guerra da Ucrânia e aos efeitos da pandemia.

“Então esse ano a gente está tendo uma baixa atividade nessa área, ou seja, as exportações do setor vêm tendo uma redução significativa por conta da redução dos preços desse produto em relação ao ano passado”, explica.

De acordo com a SEI, os embarques de derivados de petróleo, que lideraram as exportações baianas em 2022, sofreram uma queda expressiva de 97,4% no mês passado e de 21,4% no acumulado do ano. Em 2023, os preços médios desse setor diminuíram 30,7% em relação ao ano anterior. 

O especialista comenta que as exportações de modo geral movem e dinamizam a atividade econômica, geram empregos, impactam na renda, elevam o padrão de vida de todos os envolvidos na atividade —  mas principalmente geram uma oportunidade de negócio para as empresas e incentivam a modernização e a inovação.

“Então você tem que investir em inovação e em produtividade, além de um modo geral promoverem a manutenção da qualificação de recursos humanos e evolução da atividade econômica, como modo geral, porque o comércio exterior faz parte da atividade econômica e o seu bom andamento, o seu bom funcionamento gera riqueza e renda atividade para a atividade econômica”, ressalta.

Em agosto, o estado registrou queda de 38,9% no volume de suas exportações. No acumulado do ano, a redução é de 10,7%, impactada principalmente pela diminuição nos embarques de produtos como derivados de petróleo (21,4%), complexo soja (8,3%), celulose (1,7%) e produtos petroquímicos (12,2%).

Arthur Cruz acredita que, no segundo semestre, as exportações continuarão apresentando uma queda significativa nos preços em comparação com o ano anterior. Ele atribui essa tendência ao encerramento do período sazonal de embargos à soja e aos grãos em geral, que ocorre majoritariamente no primeiro semestre.
 

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12/09/2023 17:10h

Segundo levantamento, a taxa de mortes violentas intencionais no estado é de 47,1 por 100 mil habitantes; no país a média nacional é de 23,3

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Bahia é o segundo estado mais violento do Brasil. É o que indica o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Conforme o levantamento, a taxa de mortes violentas intencionais (MVI) no estado é de 47,1 por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 23,3 por 100 mil.

Na escala subnacional, o estado mais violento do país em 2022 foi o Amapá, com taxa de MVI de 50,6 por 100 mil habitantes, mais do que o dobro da média nacional. Na terceira posição, aparece o Amazonas, com taxa de 38,8 por 100 mil habitantes. 

Ainda segundo o Anuário de Segurança Pública, a Bahia possui atualmente  o maior número de cidades violentas do país. Dos 50 municípios elencados na lista, 12 estão na Bahia. São eles: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho, Camaçari, Feira de Santana, Juazeiro, Teixeira de Freitas, Salvador, Ilhéus, Luís Eduardo Magalhães, Eunápolis e Alagoinhas.

A Bahia também é o segundo pior estado na resolução de inquérito policial por homicídio, com apenas 17,24% de resoluções no ano de 2022. O estado fica atrás apenas do Rio de Janeiro que possui uma taxa de 11,8%. Os dados fazem parte do estudo realizado pela Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), a partir de dados das polícias civis e da Polícia Federal.

De acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado  —  entidade que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada —, em agosto foram mapeados 186 tiroteios, que resultaram na morte de 163 pessoas e deixaram 45 feridas em Salvador e na região metropolitana. Do total de tiroteios, 64 deles ocorreram durante ações e operações policiais e 19 em meio a disputas entre grupos armados. Salvador e Camaçari foram os municípios com maiores números de violência armada.

Para o especialista em segurança pública e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Cássio Thyone esses números refletem o aumento de registros de ondas de violência que vem ocorrendo nas últimas semanas em regiões da capital baiana e em municípios do interior do estado.

“O estado da Bahia não tem feito a lição de casa, no que diz respeito a tratar a segurança pública com a prioridade e com as ações assertivas que a gente espera que o estado viesse a fazer. Os índices de criminalidade na Bahia estão realmente ruins. São vários índices não só de crimes letais, como homicídios. Tem a questão da letalidade da polícia também, feminicídio e outros —  além também de crimes contra o patrimônio que têm crescido bastante no estado”, diz.

Segundo o especialista, além de implementar políticas públicas de segurança eficazes e a longo prazo, é necessário investir de forma mais inteligente os recursos.

“As medidas que podem ajudar a reverter essa situação passam necessariamente por questões como: implantação de políticas públicas de segurança, além disso a atuação, empregando inteligência buscando, por exemplo, combater as facções através de prisões de lideranças, trabalhos que possam minar a questão dos recursos financeiros dessas facções. A gente tem percebido também, por exemplo, que a polícia judiciária, a polícia civil tem passado por um sucateamento muito grande. Então falta investimento, em especial, nas forças policiais e a questão de se investir, mas se investir de uma forma mais inteligente”, explica.

Operação Paz  

Liderada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a “Operação Paz” tem como objetivo combater as mortes violentas intencionais, agindo sobre os fatores que mais fomentam tais crimes, como o tráfico de drogas e a formação de organizações criminosas. A operação reúne 12 unidades federativas, dentre elas a Bahia.

Segundo a Secretaria de Segurança da Bahia, somente nesta segunda-feira (11), Dia "D do primeiro ciclo da Operação Paz, 20 pessoas foram presas em três municípios do estado. “Com reforço de policiais civis de outros lugares da Bahia, as equipes cumpriram mandados" de prisão e de busca e apreensão em Camaçari, Feira de Santana e Juazeiro”, informou a SSP-BA.

Além da Bahia, 11 estados estão mobilizados na operação através das polícias civis do: Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins.
 

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08/09/2023 03:22h

Unidade lançada pelo Senai, em parceria com a FIEB, deve entrar em operação em 2025. A unidade deverá apoiar as atividades e pesquisas marítimas industriais e comerciais, com o objetivo de fortalecer a inovação e a sustentabilidade

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Com o propósito de promover a Economia do Mar em Salvador, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), lançou o Senai Cimatec Mar. O campus deverá fornecer apoio às atividades industriais e comerciais relacionadas ao mar, além de realizar pesquisas e testes para tecnologias do setor.

Localizado na Baía de Todos-os-Santos, o campus conta com uma área de operações no porto de Salvador, uma embarcação de pesquisa e duas áreas demarcadas para a implantação de estações científicas de testes subaquáticos.

De acordo com o gerente de Desenvolvimento de Negócios do Senai Cimatec, Leonardo Nardy, na fase inicial de desenvolvimento do projeto, foram selecionados alguns pilares iniciais que compõem a economia do mar.

“Nesse momento nós vamos focar na engenharia submarina, que contempla esse universo de tecnologia e de equipamentos que o Senai Cimatec adquiriu know-how. Toda a parte de sustentabilidade socioambiental, ou seja, o estabelecimento de um centro de pesquisas oceânicas voltados também para a economia do mar, mas observando tanto os aspectos de preservação ambiental quanto de sua exploração, de forma responsável e o impacto disso na sociedade”, diz.

Uma outra área de atuação que foi considerada no desenvolvimento do campus foi a de tecnologia de portos. O Senai Cimatec firmou uma parceria com a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), uma vez que o campus está instalado no Porto de Salvador.

“Nada mais lógico do que também buscarmos desenvolvimento e aumento da competitividade utilizando o Porto de Salvador como um grande laboratório e que permita o desenvolvimento de soluções que possam ser replicadas para outros portos espalhados pelo país. Além disso, a iniciativa do Cimatec Mar contempla o desenvolvimento e pesquisa de energias oceânicas, observando especificamente uma característica aqui da Baía de Todos-os-Santos, que tem em função da variação das marés”, explica Nardy.

A preservação e proteção da Amazônia Azul também será uma das áreas de atuação do campus. Em parceria com a Marinha do Brasil, o Cimatec Mar irá buscar oportunidades e soluções para a preservação do bioma.

“Amazônia Azul compõem todo o mar territorial sob guarda do Brasil. E que hoje corresponde em torno de 60%, ou seja, 8,5 milhões de quilômetros quadrados do país. Então é uma área relativamente grande que merece todo o cuidado das forças e nós queremos contribuir no desenvolvimento de soluções para a sua preservação, proteção e exploração de forma sustentável”, afirma.

Desenvolvimento além do mar

A importância do Senai Cimatec Mar vai além da economia marinha. O gerente de Desenvolvimento de Negócios ainda destaca que o projeto  contribuirá para o desenvolvimento social e econômico da Bahia e do Brasil.

“Termos uma infraestrutura que nos permita desenvolvimento de tecnologia, desenvolvimento de pesquisas voltada aos oceanos. Diria que é fundamental e estratégico não só para a região, mas para o país. Um outro benefício é a formação de profissionais altamente qualificados para atuação em ciências do mar. É de interesse nosso que nós formemos massa crítica, profissionais qualificados, capacitados para atuação na nossa indústria. O desenvolvimento náutico também tem um impacto significativo para a comunidade local. Então além dos usuários das embarcações, estão em torno desse segmento, prestadores de serviço, os estaleiros, turismo, serviços de maneira geral, tudo isso pode se beneficiar a partir do momento que você tem esse segmento fomentado na região”, explica.

Para o deputado federal Félix Mendonça Filho (PDT-BA), a iniciativa surge como um importante empreendimento de desenvolvimento da área da Economia do Mar.

“Eu acho muito importante uma vez que nós temos a segunda maior baía do mundo em Salvador. As pessoas podem não perceber, mas hoje 20% do PIB vem do mar. Isso é importantíssimo para que a gente possa ter novos portos servindo ao desenvolvimento do interior baiano. Além do transporte, você tem as próprias economias, exploração de petróleo, exploração de outros minerais, o turismo, indústrias que podem ser trazidas. Então você tem uma economia enorme que é pouco ou quase nada explorada”, afirma.

O início da implantação do campus Senai Cimatec Mar está previsto para o segundo semestre deste ano e a unidade deve entrar em operação em 2025.
 

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04/09/2023 15:44h

Crescimento do setor mineral no estado está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico

Na apresentação para empresários e autoridades da mineração, na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM), o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, abordou a palestra “Bahia: A bola da vez da mineração, o papel da CBPM e os minerais estratégicos”. O executivo disse que o crescimento do setor mineral no estado está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico.

Foram levantados assuntos relevantes que envolvem a nova província mineral da Bahia e o potencial da área que envolve minérios de níquel-cobre-cobalto, ferro-titânio-vanádio e de fosfato. “Neste momento de mudança, da transição energética, em função do apelo proveniente das alterações climáticas, é fundamental que todos compreendam a importância que a mineração terá. A Bahia será a bola da vez, pois é um estado importantíssimo neste contexto, devido às suas características geológicas, que serão fundamentais neste processo. A Bahia ocupa o terceiro lugar entre os estados brasileiros na produção mineral, mas possui a maior multiplicidade destes minerais estratégicos no Brasil”, ressaltou o presidente da CBPM.

Carballal comentou ainda que a Bahia é o único estado brasileiro a produzir níquel sulfetado, um dos minerais únicos de transição energética e de difícil ocorrência.  “Devemos ultrapassar o âmbito da pesquisa mineral, passando a ser uma empresa de mineração associada aos empreendimentos minerais, aliada à iniciativa privada”. O presidente da CBPM disse ainda que o estado desenvolve soluções de logística e de infraestrutura que respeitam os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e as práticas ESG. “Essa compreensão é proveniente do entendimento das missões que o governador Jerônimo Rodrigues nos delega e acompanha de perto, estando presente constantemente neste caminho que traçamos, visando colocar a Bahia neste cenário”, concluiu Carballal, que participou da EXPOSIBRAM, ao lado do diretor-técnico da CBPM, Manoel Barretto, e do chefe de gabinete da estatal, Carlos Borel.

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29/08/2023 04:30h

Número de cooperados baianos chegou a 270,6 mil. Dados são do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (Oceb)

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O cooperativismo no estado da Bahia registrou R$ 7,5 bilhões em ingressos no ano passado. O resultado significa um aumento de 22% no faturamento das cooperativas baianas em relação a 2021, e mantém a média de crescimento que foi de 20% nos últimos seis anos. Os dados são do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (Oceb). 

De acordo com o levantamento, o ativo social das cooperativas do estado - que é a soma de todos os bens e direitos que podem gerar recursos monetários — foi de R$ 6,5 bilhões; 22% a mais que em 2021. Já o capital social chegou a R$ 702,4 milhões em 2022, um acréscimo de 24% em relação ao ano anterior. E as sobras — como é chamado o lucro no cooperativismo — alcançaram R$ 178,5 milhões, um aumento de 79% se comparado a 2021.

As cooperativas são organizações compostas por pessoas que se associam de forma voluntária para suprir necessidades e objetivos econômicos, sociais e culturais em comum. É um modelo de negócio baseado na cooperação, solidariedade, democracia, sustentabilidade e equidade. 

O presidente do Sistema Oceb, Cergio Tecchio, afirma que as cooperativas têm expandido sua atuação em diferentes regiões do estado. Na Bahia, esse movimento tem sido mais observado no sul, sudoeste e oeste e nas regiões do Vale do São Francisco e Metropolitana de Salvador.

“No estado da Bahia, temos observado muita expansão das cooperativas. Tanto das cooperativas que são originárias da Bahia, como de cooperativas que são oriundas de outros estados e estão se instalando para aproveitar o trabalho aqui no estado da Bahia e a expansão dos mercados locais.”

Cooperativas de crédito crescem e operam em 55,3% dos municípios brasileiros

Cooperativismo pretende movimentar R$ 1 tri em 5 anos

Cooperativas e cooperados

Segundo o mais recente Anuário do Cooperativismo, a Bahia registrou 154 cooperativas em 2022. O número mostra uma redução frente ao ano anterior: 185 em 2021. Cergio Tecchio explica que essa diminuição do número de cooperativas no estadoé algo natural.

“A cooperativa, para participar do anuário, tem que estar registrada e em dia com Sistema Oceb. E muitas delas, muitas vezes, atrasam por diversos fatores a sua contribuição e documentação. Aí ela não entra no anuário e passa a ser uma cooperativa não regular. Além disso, muitas cooperativas entram em fusão, incorporações. Existem cooperativas que param de existir por diversos fatores. Porém isso não compromete o crescimento do cooperativismo no Estado.”

“O crescimento do cooperativismo é dado por outros aspectos. Ele é dado sobre o número de cooperados, número de funcionários, faturamento, ativos totais, rendimentos. Então nós temos várias formas de medir o tamanho do cooperativismo”, explica.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo, o número de cooperados na Bahia chegou a 270.605, em 2022.

O presidente do Sistema Oceb afirma que o perfil dos cooperados baianos é de empreendedores. 

“O cooperado das cooperativas baianas é muito empreendedor. Seja em qualquer ramo em que ele participa, ele é um associado empreendedor. Nós temos muitas pessoas que buscam as cooperativas para empreenderem coletivamente. E, principalmente, nós temos como cooperados pessoas que buscam algo além dos trabalhos individuais, para que possam — por meio da participação com outras pessoas em um empreendimento coletivo — fazer parte e se integrar mais à sociedade.”

A Coopaita é uma cooperativa de pequenos produtores da agricultura familiar do município de Itaberaba, próximo à Chapada Diamantina. O negócio, constituído em 2001, tem o objetivo de garantir a melhoria da qualidade dos produtos, com acompanhamento técnico e comercialização direta até o mercado. Segundo o presidente da Coopaita, Aderval Queiroz, a cooperativa surgiu a partir da demanda pela produção de abacaxi na região. 

“A nossa principal produção é o abacaxi, sendo que a gente também já tem hoje uma indústria rodando desde 2011, onde a gente desidrata as frutas — abacaxi e outras como banana, manga, jaca — e também fabricamos barra de cereais. Todos esses produtos são 100% naturais. E agora também está entrando a nova linha de um produto liofilizado, é um produto já nobre.”

O presidente do Sistema Oceb explica que a agropecuária é o ramo com maior dimensão econômica na Bahia, especialmente no oeste, sul, sudoeste, na região de Vitória da Conquista e no norte, na região de Juazeiro. Mas segundo ele, outros ramos do cooperativismo estão se expandindo.

“O ramo Saúde está se expandindo cada vez mais por meio das cooperativas que têm plano de saúde, que são as Unimeds. Mas também se expandiram muito pelas cooperativas das especialidades, que nos últimos anos cresceram muito, buscaram o seu nicho de mercado e estão disputando com as demais empresas o mercado de saúde no estado da Bahia. Outro ramo que tem crescido cada vez mais, e está em franca expansão no estado da Bahia, é o crédito. Tanto pelas cooperativas que têm sua origem na Bahia, quanto pelas cooperativas que estão vindo de outros estados e ocupando os espaços aqui na Bahia por meio de agências.”

Emprego e Renda

De acordo com o Anuário do Cooperativismo, as cooperativas baianas registraram 3.030 empregados em 2022. Os municípios que contavam com a presença dessas organizações apresentaram, em média, um incremento de 28,4 empregos por 10 mil habitantes. Além disso, segundo levantamento da Oceb, no ano passado, as cooperativas da Bahia investiram R$ 204,3 milhões em despesas com pessoal, um acréscimo de 15% em relação a 2021, além de terem gerado R$ 330,5 milhões em tributos aos cofres públicos, o que representou um aumento de 86% se comparado com 2021.

“Eu acredito que o nosso grande objetivo é levar qualidade de vida às pessoas, à sociedade, a toda a nossa população, às nossas comunidades. O cooperativismo faz o papel que o estado deveria fazer. Nós contribuímos para que as pessoas possam ter mais qualidade de vida nas suas comunidades, nos seus municípios. Onde nossas cooperativas atuam já é demonstrado que a qualidade de vida é melhor, que há uma participação econômica das pessoas no município e a sua renda per capta é melhor”, avalia o presidente do Sistema Oceb, Cergio Tecchio.

Para ele, a expectativa para o futuro do cooperativismo baiano é otimista. “Eu acredito que nos próximos anos o cooperativismo baiano vai dar um grande salto de qualidade e de quantidade no estado da Bahia. Nós temos uma meta muito audaciosa de ter na Bahia um milhão de baianos sócios de cooperativa em 2027 —  e eu acho que nós vamos conseguir com facilidade essa meta”, avalia.

Para saber mais sobre o cooperativismo baiano acesse somoscooperativismo-ba.coop.br e veja nosso novo vídeo institucional no canal do Sistema Oceb no YouTube

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Desenvolvimento Regional
25/08/2023 18:20h

Recursos poderão ser captados no mercado por meio de debêntures incentivadas, conforme anunciado nessa quinta-feira (24) pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes

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O Projeto de Irrigação do Baixio do Irecê, na Bahia, poderá contar com até R$ 555 milhões para ampliação e modernização da infraestrutura. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIRD) autorizou a Equipav Agropecuária e Irrigação, concessionária responsável pelo projeto, a captar esse recurso no mercado por meio de debêntures incentivadas. Confira neste link a portaria do Diário Oficial da União que autoriza a operação.

As debêntures são títulos privados de renda fixa que permitem às empresas captarem dinheiro de investidores para financiar seus projetos. No caso das incentivadas, os recursos são empregados necessariamente em obras de infraestrutura e há isenção ou redução de Imposto de Renda sobre os lucros obtidos pelos investidores.

“Essa é mais uma modalidade para atração de investimentos para o setor de irrigação. Temos um enorme potencial de produção irrigada e as debêntures serão importantes para ampliar a produtividade e reforçar a geração de emprego, renda e oportunidades pelo País afora. Com essa ação, teremos o investimento necessário para a conclusão desse projeto aqui no Baixo do Irecê”, destacou o ministro Waldez Góes, que nessa quinta-feira participou de uma visita ao local, onde anunciou parceria com o IF Baiano como foco em tecnologia voltada à agricultura familiar.

Os recursos serão usados na ampliação e modernização da infraestrutura de irrigação das etapas 3 e 4 do Baixio do Irecê. Poderão ser contempladas as seguintes ações: desenvolvimento de projetos de infraestrutura; construção/ampliação dos canais principal e secundário, da estação de recalque e da estação pressurizadora de pivô central; implantação de culturas e apoio na atração das empresas para atendimento com serviços e materiais, entre outros.

A expectativa é que as etapas 3 e 4 beneficiem cerca de 16 mil pessoas diretamente e 8 mil indiretamente na região do projeto, considerando as famílias dos funcionários contratados e dos prestadores de serviços envolvidos na implementação do projeto.

Considerado o maior projeto de irrigação da América Latina e dividido em nove etapas, o Baixio do Irecê, localizado entre os municípios de Xique-Xique e Itaguaçu da Bahia, já iniciou suas atividades produtivas.

As etapas 1 e 2, implantadas pelo MIDR, por meio da Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), receberam financiamento de R$ 100 milhões por parte do Banco do Nordeste, entre recursos para empresários e pequenos produtores, correspondendo a uma área de 1,8 mil hectares que já está em início de produção. Atualmente, há 1 mil hectares com plantação de milheto para incorporação no solo; 20 hectares de citrus (limão-taiti), consorciado com melancia e abóbora; e 80 hectares de feijão, dos quais 40 hectares já foram colhidos.

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