Aedes aegypti

02/06/2023 20:40h

Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação

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A Prefeitura de Manaus reforçou a importância da vacinação contra a febre amarela após a confirmação de novos casos da doença no Estado de São Paulo, após três anos sem registros. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço de vacinação em 171 salas de vacinação na cidade.

O imunizante deve ser administrado aos nove meses de vida, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação. 

A professora e infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi afirma que todas as regiões com grande concentração de Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela. 

“Todas as regiões de mato e todas as regiões que a gente tem uma concentração grande do Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela. Portanto, o Brasil é um país de risco para a febre amarela, por isso todos devem ser vacinados”, recomenda a infectologista. 

De acordo com especialistas, o período de incubação do vírus é de 3 a 6 dias, podendo chegar a 15 dias.  E a  doença. advertem,  pode evoluir rapidamente para casos graves com alta letalidade. Pessoas não- vacinadas que vivem em áreas endêmicas, como o interior do Amazonas e outros países da região amazônica, também estão em maior risco de infecção.

Enquanto metade dos casos é assintomática ou leve, os sintomas da febre amarela incluem calafrios, febre súbita, dor nas costas, prostração, dor de cabeça intensa e contínua, falta de apetite, náuseas, vômitos e dores musculares. Nos casos graves, podem ocorrer diarreia, icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos), artéria (parada de urinar), aumento dos vômitos, sangramentos e danos ao fígado e rins, podendo levar à queda de pressão e coma.

Não há tratamento específico para a febre amarela. Os casos graves são tratados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde são realizadas ações de suporte, como hemodiálise e   o uso de medicamentos para tratar o choque hemodinâmico.

A cobertura vacinal contra a febre amarela em Manaus, considerando crianças menores de 1 ano de idade, foi de 66,04% em 2022, abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.
 

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24/03/2023 17:15h

As primeiras equipes foram enviadas para Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins. Em seguida, as próximas equipes estarão em Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia.

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O Ministério da Saúde enviou equipes de vigilância epidemiológica para amparar os estados que estão em alerta com a epidemia de arboviroses. Nesse momento, os primeiros estados que possuem uma equipe em campo são Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins. A próxima parada das equipes técnicas será em Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia.

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, todos os estados em situação de alerta receberão o apoio de uma equipe de vigilância epidemiológica, controle vetorial e assistência. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outros colaboradores médicos integram a força-tarefa.

Entre os arbovírus mais comuns, então: a chikungunya e a dengue, que até o momento, tiveram um aumento expressivo de 97% e 48,3%, respectivamente. Por ser as duas doenças mais comuns que se espalham com facilidade, a infectologista Chris Gallafrio explica que a forma de prevenção mais eficaz contra as arboviroses, em especial a dengue, são os cuidados básicos do dia a dia, como não deixar água parada.

“Como a gente sabe, a dengue é transmitida pelo mosquito aedes aegypti, e esse mosquito é bem prevalente nas áreas urbanas onde tem água parada, então a forma de prevenção é o controle desse mosquito. Então não se deve deixar ele proliferar. É preciso evitar deixar água parada e prestar se tem algum vasinho, aqueles pratinhos com água parada que servem de local para a proliferação do mosquito”, explica a infectologista. 

Sobre os sintomas das doenças, a médica esclarece que são os clássicos de sempre: dor de cabeça, predominantemente atrás dos olhos, dores no corpo, sendo musculares e nas juntas, febre e manchas vermelhas pelo corpo. 

A moradora de Águas Lindas de Goiás, Mariana Carvalho (25), foi vítima do mosquito. Ao sentir muita dor e febre, foi ao médico e constatou que pegara a dengue. Ela conta que foi extremamente delicado, principalmente por ter que repetir exames com frequência, além de adquirir o medo de ser contaminada novamente. 

“Meus sintomas da dengue começaram com febre e muita dor. Tive febre dois dias seguidos, e aí eu fui ao médico. Eu sentia muito mais dor no corpo inteiro do que uma febre normal. Minha maior dificuldade durantes esses dias foi ter que fazer exames de dois em dois dias porque quando você tem dengue, suas plaquetas diminuem e você tem que fazer a contagem delas frequentemente, e fazer isso durante a dengue é muito difícil pois você sente um cansaço extremo, uma dor extrema. É muito difícil se levantar. E depois que você pega, a grande preocupação é não pegar de novo, porque a segunda vez pode ser muito mais grave”, adverte. 

Além das equipes de apoio nos estados, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) com o objetivo de elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e mortes. 
 

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08/02/2023 16:42h

Secretaria de Saúde (SES) reforça a importância da vacinação contra a doença

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O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do estado de São Paulo emitiu um alerta para o risco de contaminação por febre amarela no período de feriado prolongado de carnaval, principalmente nas cidades próximas ao Paraná e Minas Gerais. 

Após o registro de casos da doença em alguns municípios do interior mineiro e paranaense, a Secretaria de Saúde do estado paulista reforçou sobre a importância da vacinação de rotina em todo o país. Segundo dados do Ministério de Saúde, desde 2017 a cobertura vacinal de febre amarela não alcança o patamar recomendado. 

A diretora do CVE Tatiana Lang D'Agostini afirma que a imunização é imprescindível, tanto para a febre amarela, como para  cumprir o calendário vacinal. 

“Para vocês que vão viajar no carnaval para regiões de matas, busquem a vacinação da febre amarela com pelo menos dez dias de antecedência. Isso se dá pelo alerta principalmente de cidades vizinhas a São Paulo, no qual foram confirmadas epizootias para febre amarela. Então lembrado: para todos que vão viajar nesse carnaval, principalmente para a zona rural, para as matas, busquem a vacina da febre amarela e aproveitem para atualizar a sua carteirinha de vacinação e a carteirinha de vacinação do seu filho”, recomenda.  

Febre Amarela 

A professora e infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi explica que a febre amarela é uma doença com gravidade variada.

“A febre amarela é uma doença febril aguda de gravidade variável, ou seja, pode existir formas leves da doença que podem até se assemelhar com um quadro gripal, como dores no corpo, mal estar, até quadros mais graves que podem evoluir para o óbito”, explicou a infectologista. 

A professora ainda afirma que não há um tratamento específico e que o mais eficaz continua sendo a vacinação.

“Mesmo nas formas graves da febre amarela, não existe nenhum tratamento específico, não existe nenhum antiviral, apenas um tratamento de suporte e para alguns pacientea a indicação de transplante de fígado no caso de alguma falência aguda grave e considerada irreversível", explica a professora de infectologia. 

Além disso, Raquel Stucchi diz  que todas as regiões do Brasil são áreas de risco para a febre amarela.

“Todas as regiões de mata e todas as regiões onde a gente tem uma concentração grande de Aedes Aegypti são áreas de riscos, portanto, o Brasil é um país de risco para a febre amarela, por isso, todos devem se vacinar”, recomenda  

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina gratuitamente para a população em todos os postos de saúde da cidade.

Sintomas 

Os sintomas da febre amarela são silenciosos, mas as primeiras manifestações são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. 
Algumas pessoas contaminadas apresentam uma breve melhora após o surgimento dos primeiros sintomas e então começa a fase grave da doença, quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
 

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04/02/2023 18:00h

Para ajudar no combate à proliferação das doenças, como infecções respiratórias e malária, a agência adventista criou um projeto para auxiliar comunidades expostas às insalubridades

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Agência Humanitária da Igreja Adventista do Sétimo Dia (ADRA), em parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), doou 1.500 redes com mosquiteiros para auxiliar na redução da proliferação de diversas doenças infecciosas, principalmente, a malária. 

Na última semana, o governo federal acendeu um sinal de alerta em saúde pública na maior terra indígena do Brasil, a Yanomami. Além de doenças como infecções respiratórias e malária, os povos Yanomami estão sofrendo com uma desnutrição aguda grave. 

Na tentativa de amenizar esse quadro e levar auxílio aos Yanomami, a ADRA e outras instituições parceiras estão captando recursos e disponibilizando nutricionistas na CASAI para atender e auxiliar as comunidades expostas às insalubridades. A iniciativa conta com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI). 

Distribuições dos mosqueteiros

O ato de entrega à FUNAI aconteceu hoje (03), às 11h, na sede da ADRA Roraima, localizada na Rua Belarmino F. Magalhães, 1584 - Tancredo Neves, Boa Vista. Parte dos itens serão destinados à CASAI.

O evento contou com a presença do chefe de agentes da Funai, Germando da Silva, com o vice-presidente dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi), Jonas Yanomami, e o representante do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).

Sobre a ADRA 

A ADRA está presente em mais de 130 países e, no Brasil, está organizada em 16 regionais que atendem todos os estados brasileiros. A instituição está sempre em diálogo com outras entidades para estabelecer um processo de auxílio que visa suprir as necessidades de pessoas em situação vulnerável de forma coordenada e complementar.

Diante desta emergência, que deixou suscetíveis idosos, crianças e adultos desnutridos em estado caótico de saúde, a agência disponibilizou uma conta PIX para receber doações que serão revertidas em auxílio ao povo Yanomami.

Você pode colaborar e doar através da chave PIX: SOS@ADRA.ORG.BR.

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30/01/2023 04:30h

Em entrevista ao Brasil 61, a coordenadora de Operações de Campo da Oxitec no Brasil disse que a tecnologia é o primeiro produto geneticamente modificado direcionado ao controle do mosquito, sendo uma solução que se soma às medidas já existentes

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Uma solução inovadora e sustentável chamada Aedes do Bem foi desenvolvida pela multinacional de biotecnologia inglesa Oxitec, fundada na Universidade de Oxford e presente no Brasil desde 2011. Livre de inseticidas químicos, a tecnologia faz controle biológico do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, o Brasil registrou, em 2022, o maior número de mortes por dengue da história. Foram 1.016 óbitos pela doença, o que reforça a necessidade de medidas mais eficazes no controle do mosquito transmissor.

Mas como funciona essa tecnologia? Existe o risco de desequilíbrio no ecossistema?  Confira na íntegra a entrevista com a coordenadora de Operações de Campo da Oxitec no Brasil, Luciana Medeiros. 

Brasil 61: Qual o objetivo dessa nova tecnologia?

Luciana Medeiros: Essa tecnologia foi desenvolvida pela Oxitec, que é uma empresa de controle de pragas, controle biológico de pragas. Ela já existe há 20 anos, foi fundada na universidade de Oxford e já há 12 anos desenvolve o Aedes do Bem no Brasil. Então, é uma tecnologia que já tem muitos anos de estudo, de inovação, e que foi desenvolvida pensando em fazer o controle biológico das pragas e insetos. Então, quando o Aedes do Bem é liberado das Caixas do Bem encontra as fêmeas no ambiente e, quando essas fêmeas cruzam com os machos aéreos do bem, ela só produz novos machos. Ao longo do tratamento a população de fêmeas diminui e, consequentemente, é controlada a população do Aedes aegypti no local tratado. 

Brasil 61: Como vai funcionar essa medida de combate ao mosquito da dengue?

L. M.: Essa metodologia pode ser aplicada não só para governos, prefeituras, mas para o consumidor final, indústrias, comércios, porque tem uma flexibilidade grande e as caixinhas são projetadas para tratar aproximadamente 5.000 m². Essa é uma medida preventiva. Não é uma tecnologia corretiva, como quando é aplicado, por exemplo, o químico, o inseticida, a atomização, que normalmente é feita na correção de áreas que já tem, já estão com alta infestação. Então, o Aedes do Bem chega como um adjuvante, adicionando controle às medidas já existentes. Isso não exime, por exemplo, o morador de uma cidade ou a pessoa que adquire a Caixa do Bem, de limpar o seu quintal, não exime a prefeitura de tomar as medidas de vigilância rotineiras, mas o Aedes do Bem faz com que os criadores da região tratada sejam encontrados, coisa que o inseticida não alcança às vezes, os nossos olhos não alcançam. 

Brasil 61: Existe um local específico para colocar as caixas?

L. M.: Sim, as caixas foram projetadas para liberarem os mosquitos do lado de fora. A gente não trata o ambiente interno, mesmo porque os criadores estão do lado de fora. Então dentro da caixa tem um refil, que é um cestinho plástico e toda vez que você for ativar a caixa, você troca esse refil. O refil dura 28 dias, então adiciona o cesto plástico onde contém os ovos do Aedes do Bem e ativa essa caixa com água. O passo a passo é: colocar o cestinho, a cápsula de ovos, ativar com água e aí é o mosquito que faz o trabalho pela gente. Você volta nessa caixa dali a 28 dias apenas. Normalmente, dependendo do público, para prefeituras, ambientes que necessitam de um tratamento mais massivo, recomendamos uma dose maior, então cada ponto de liberação pode ter até tr caixas. 

Brasil 61: Com a liberação do mosquito macho, não existe o risco de haver um desequilíbrio no ecossistema?

L. M.: Não existe. O Aedes do Bem foi extensivamente estudado. A autoridade que nos deu a aprovação para que o produto fosse comercializado é a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) e exigem que a gente realize um estudo muito aprofundado de impacto ecológico para comprovar que não existe nenhum tipo de impacto. Esses estudos comprovaram que o Aedes do Bem não é tóxico, então qualquer diferença do Aedes do Bem para o Aedes aegypti e do ambiente que a gente teve que trazer para ter essa tecnologia, a gente pensou nisso para não causar nenhum tipo de impacto no ambiente. Então, tudo o que ele tem de diferente não é tóxico nem alergênico. O segundo ponto que foi estudado também é como ele entra na cadeia alimentar, então todos os animais que possam se alimentar de um Aedes aegypti, tivemos que fazer um monitoramento disso para saber se é algum tipo de impacto e não tem nenhum tipo de impacto. Outro impacto que também normalmente nos perguntam é se formos suprimir, se formos diminuir essa quantidade de população, ele não vai fazer falta no ambiente. Então, o Aedes aegypti é um mosquito invasor, ele não é próprio do nosso ecossistema aqui no Brasil. Ele chegou aqui em 1980, depois de ser erradicado e se estabeleceu. Existem vários outros bichos que entram no lugar dele caso a gente tenha de controlar essa praga efetivamente.

Brasil 61: Onde o consumidor final, a população pode encontrar as Caixas do Bem?

Luciana Medeiros: Hoje em dia, o modelo “pró”, o qual consideramos profissional, tem uma dose maior de mosquitos, que é liberado. Então a gente indica para ambientes de governo, prefeituras e ambientes de áreas maiores, de balcões industriais e shoppings, por exemplo. Agora, para o consumidor final, a gente está em fase de desenvolvimento, entre janeiro e fevereiro. Até o fim de fevereiro, provavelmente a gente lança uma caixa, que é menor, tem praticamente um quarto da dose dessa caixa “pró” e é capaz de tratar os quintais.  Essas caixinhas vão ser vendidas no varejo. Então, provavelmente os mercados locais vão conseguir comprar essa caixa e comercializar.  

Brasil 61: Qual a importância da adoção de medidas mais eficazes no controle do mosquito Aedes aegypti?

L. M.:  A gente percebe que, ano a ano, chega o verão, a temporada de chuvas, dependendo do local do Brasil, porque tem locais que são calor o ano todo, mas o Aedes aegypti, nessa receitinha calor, mais chuvas, eles começam se reproduzir em alta velocidade e a cada ano a gente percebe que ele está altamente adaptado, e tem evolução em qualquer tipo de tecnologia de inseticida, a maneira de se aplicar, então tem drone, existem químicos que que são menos tóxicos e com maior eficiência, mas ainda assim o mosquito volta. Então, vemos muito as campanhas no rádio, na TV chegando nas nossas casas dizendo 'Limpe o seu quintal, colabore'. Então tem tudo isso, o lado tecnológico mais o lado educacional e a gente sabe que essa receitinha volta a falhar e os mosquitos estão cada vez mais adaptados a ambientes que antigamente não eram. E o Aedes do Bem chega para complementar tudo isso, todas essas tecnologias não funcionam sozinhas, então quem sabe, com uma adoção massiva ao Aedes do Bem, vamos fazer com que esse controle esteja mais nas nossas mãos.

 

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28/01/2023 09:00h

O resultado veio a partir de uma série de ações ao longo do ano, que vão do mapeamento de regiões com maior risco de infestação até visitas domiciliares para conscientizar população

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O número de casos confirmados de dengue apresentou uma redução de 70% em Manaus (AM), em 2022, na comparação com o ano anterior. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Saúde do município (Semsa), e seguem uma direção contrária ao cenário nacional, no qual o registro é de aumento de casos no mesmo período.

De acordo com dados da Semsa, 3.808 casos de dengue foram confirmados em 2021, número que caiu para 1.153 em 2022. Em relação aos casos notificados, a redução foi de 64% no mesmo período, diminuindo de 5.780 para 2.092.

O trabalho de redução do número de casos em Manaus se deu com a integração de várias ações de enfretamento, com parcerias entre órgãos públicos, ações educativas e a ajuda da população. 

Entre as ações de combate ao mosquito, o chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores, Alciles Comape, destaca a implementação do programa 10 minutos contra o Aedes. “Os agentes de endemias, ao fazerem a visita, explicam para as pessoas como cuidar dos seus ambientes, tirando 10 minutinhos do seu tempo, uma vez na semana, para fazer uma inspeção como se fosse um agente de endemias eliminando esses criadores, guardando pneus em locais de abrigo que não fiquem expostos na chuva”, explica.

Alciles ainda informou que houve a realização do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) em 2022, que possibilitou um mapeamento dos bairros que apresentavam maior risco de infestação. “Nós mandamos nossas equipes para fazer intervenção, fazer bloqueio de casos, visitar casa por casa, para destruir os criadores, fazer tratamento, fazer o trabalho de educação em saúde”, aponta.

Ao contrário de Manaus, a situação nos outros estados do Brasil é preocupante. O número de óbitos pela doença, em 2022, teve o maior crescimento da história. Foram 1.016 óbitos por dengue, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. 

Entre os estados, São Paulo foi o que registrou o maior número de vítimas: 282. Aparecem em seguida Goiás (162), Paraná (109), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66). Ao todo, foram 1.450.270 casos prováveis, sendo 1.473 graves e 18.145 com sinais de alarme.

Segundo a médica infectologista do Centro de Especialidades de Doenças Infecciosas do Distrito Federal, Joana D’arc Gonçalves, o aumento de número de casos de dengue está associado a vários fatores, inclusive à pandemia. “A Covid acabou levando toda a atenção e houve uma diminuição nas campanhas de promoção e prevenção de saúde com relação às outras doenças. Nos últimos meses, as chuvas têm sido intensas em todo o país e isso leva a um aumento dos reservatórios e das possibilidades de locais de replicação do vetor, do mosquito”, explica.

Para a infectologista, o trabalho de conscientização e de prevenção é contínuo. “É um trabalho ininterrupto, porque se eu faço toda a coleta adequada dos resíduos, a fiscalização na época de seca, se fiscalizo os terrenos onde tem a possibilidade de proliferação do vetor, se as medidas de vigilância funcionam na seca, na chuva, a gente não vai ter dengue, então esse monitoramento é permanente”, diz. 

Vacina contra Dengue

Atualmente, existe no mercado particular uma vacina contra dengue do laboratório Sanofi, porém, ela só pode ser aplicada em pessoas que já tiveram a doença. Outros dois imunizantes estão em fase de desenvolvimento:  o da Takeda, que submeteu o pedido de registro à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2021, e o do Butantan, ainda em fase de testes.
 

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28/12/2022 04:00h

De acordo com infectologistas, é inevitável uma explosão da dengue a partir de fevereiro de 2023. Já em relação à covid, apesar dos altos índices de vacinação, é preciso reforçar os cuidados de proteção

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Especialistas apontam um cenário preocupante em relação  ao controle da  dengue no Brasil em 2023, inclusive  com a projeção de  grande expansão dos casos da doença a partir de fevereiro.  Essa perspectiva técnica se justifica,  sobretudo, por conta do grande volume  de chuvas  acontece no Brasil quase inteiro neste fim de ano. Seguidas de sol, as chuvas frequentes  aumentam ainda mais as chances de acumulação de   possíveis reservatórios do mosquito aedes aegypti, o principal transmissor da moléstia. Isso provocaria, inclusive, aumento da taxa de mortes, entre os infectados. 

“Temos que prestar muita atenção neste cenário, porque a gente corre sério risco de uma doença sem controle”, lamenta o médico infectologista consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia do estado de Goiás, Marcelo Daher. 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de casos de dengue no Brasil subiu quase 185% entre janeiro e o início do mês de outubro deste ano de 2022, se comparado ao mesmo período de 2021. Ainda de acordo com o órgão, a região Centro-Oeste é recordista de diagnósticos, com quase dois mil casos por 100 mil habitantes, sendo o estado de Goiás o que apresenta os maiores índices em comparação aos dois anos, saltando de 39.167 em 2021 para quase 145 mil registros em 2022.. 

Na sequência, vêm as regiões Sul e Sudeste, com históricos, respectivamente, de 1.038 casos por 100 mil habitantes e 504 casos por 100 mil habitantes. Outro membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Antonio Carlos Bandeira, que é da Bahia, explica que a existência de um corredor de contaminação formado entre o Centro-Oeste e o Sul do país, motivado por questões climáticas, tem facilitado a expansão cada vez maior em municípios nunca antes ocorridos. 

“Tem sido muito intenso, expandindo o número de casos nas regiões Sudeste e Sul e também um quantitativo de casos muito altos nessas regiões”, explica o infectologista. “Tem a ver muito com as mudanças climáticas”, observa Bandeira. 

De olho na Covid


Se os mosquitos do aedes aegypti  avançam,  também o  vírus da Covid-19 preocupa autoridades de saúde do mundo inteiro, Com a proliferação recente de novos casos da doença na China, onde surgiram os primeiros casos da  pandemia. No Brasil, novas ondas de Covid-19 registraram um aumento significativo no número de casos da doença causada pelo coronavírus.

Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Conass, divulgados no mês de novembro, por exemplo, mostram que o país mantém uma média móvel alarmante de 22 mil casos diários. O índice, que avalia a média de casos dos últimos sete dias e permite o dimensionamento do cenário epidemiológico, é um dos maiores registrados desde agosto.

Ao enfatizar que o vírus da Covid-19 é bem variável, com enorme capacidade de mutação e fuga dos anticorpos , dificultando, assim, o controle da doença, o médico infectologista consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia  Marcelo Daher, analisa o quadro com preocupação. 

“Estamos longe de ter um controle da Covid. O que a gente percebe hoje no Brasil é um cenário de altas transmissões, mas sem maiores gravidades dos casos, neste momento são formas mais leves da doença, principalmente no mundo ocidental, no meio em que a gente vive, tendo vista as altas taxas de vacinação”, destaca. “O que a gente vê na China hoje reforça ainda mais a importância da vacinação”, pondera 

O médico destaca que, por conta das festas de fim de ano  e constantes viagens, o risco de contaminação ainda é maior nesse período. Recomend,a assim, a necessidade de adoção das medidas de proteção sobre os riscos de contágio, sem que se descarte o uso de máscara. 

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24/12/2022 02:17h

As três cidades têm registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa.

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A população de Panelas, São Joaquim do Monte, Sairé e dos outros oito municípios da microrregião do Brejo Pernambucano (PE) precisa ficar alerta contra o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da Zika. É que as três cidades têm registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa. O levantamento permite, por amostragem, saber a quantidade de imóveis que abrigam recipientes com larvas do mosquito.

Além disso, o Estado de Pernambuco registrou, entre janeiro e dezembro deste ano (SE49), 17.716 casos prováveis de dengue, segundo informações do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Ainda, de acordo com o documento, no período, foram 16.715 casos prováveis de chikungunya e 331 casos prováveis de Zika (SE46).

Diante desse cenário, os moradores de Panelas, São Joaquim do Monte e Sairé devem redobrar os cuidados para diminuir a infestação do Aedes aegypti, especialmente em época de chuva. A melhor maneira para isso é descartar ou higienizar semanalmente e proteger qualquer objeto que acumule água e possa servir de criadouro. A enfermeira da Estratégia de Saúde da Família, Adryenne de Carvalho Mello, compartilha algumas medidas simples e eficazes para interromper o ciclo de vida do mosquito.

“Esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas-d’água são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos”. 

LOC.: Adryenne de Carvalho Mello lembra que todas as faixas etárias têm o mesmo risco de contrair a dengue e que outras doenças, como a chikungunya, a Zika e até a COVID-19 podem ter sintomas parecidos. Para não haver dúvida em relação ao diagnóstico e ao tratamento mais adequado, a enfermeira orienta buscar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima a qualquer sinal de mal-estar.

“Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, prostração (fadiga), fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.”

Todo dia é dia de combater o mosquito. E de ficar atento aos sintomas também. Saiba mais sobre as formas de prevenção aos focos do Aedes aegypti e consulte as orientações no site www.gov.br/combataomosquito. 

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ZIKA: Saiba quais os sintomas da doença

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24/12/2022 02:13h

Cidade tem registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa.

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A população de Glória do Goitá e dos outros quatro municípios da microrregião de Vitória do Santo Antão (PE) precisa ficar alerta contra o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da Zika. É que a cidade tem registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa. O levantamento permite, por amostragem, saber a quantidade de imóveis que abrigam recipientes com larvas do mosquito.

Além disso, o Estado de Pernambuco registrou, entre janeiro e dezembro de 2022 (SE49), 17.716 casos prováveis de dengue, segundo informações do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Ainda, de acordo com o documento, no período, foram 16.715 casos prováveis de chikungunya e 331 casos prováveis de Zika (SE46).

Diante desse cenário, os moradores de Glória do Goitá devem redobrar os cuidados para diminuir a infestação do Aedes aegypti, especialmente em época de chuva. A melhor maneira para isso é descartar ou higienizar semanalmente e proteger qualquer objeto que acumule água e possa servir de criadouro. A enfermeira da Estratégia de Saúde da Família, Adryenne de Carvalho Mello, compartilha algumas medidas simples e eficazes para interromper o ciclo de vida do mosquito.

“Esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas-d’água são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos”. 

Adryenne de Carvalho Mello lembra que todas as faixas etárias têm o mesmo risco de contrair a dengue e que outras doenças, como a chikungunya, A Zika e até a COVID-19 podem ter sintomas parecidos. Para não haver dúvida em relação ao diagnóstico e ao tratamento mais adequado, a enfermeira orienta buscar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima a qualquer sinal de mal-estar.

“Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração (fadiga), fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.”

Todo dia é dia de combater o mosquito. E de ficar atento aos sintomas também. Saiba mais sobre as formas de prevenção aos focos do Aedes aegypti e consulte as orientações no site www.gov.br/combataomosquito. 

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24/12/2022 02:06h

Cinco cidades da microrregião têm registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa

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A população de Arcoverde, Sertânia, Ibimirim, Inajá e Custódia, localizados na microrregião do Sertão do Moxotó (PE), precisa ficar alerta contra o mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da Zika. É que as cinco cidades têm registrado, nos últimos anos, índices altos de infestação predial, de acordo com a série histórica do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti, o LIRAa. O levantamento permite, por amostragem, saber a quantidade de imóveis que abrigam recipientes com larvas do mosquito.

Além disso, o Estado de Pernambuco registrou, entre janeiro e dezembro de 2022 (SE49), 17.716 casos prováveis de dengue, segundo informações do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Ainda, de acordo com o documento, no período, foram 16.715 casos prováveis de chikungunya e 331 casos prováveis de Zika (SE46).

Diante desse cenário, os moradores de Arcoverde, Sertânia, Ibimirim, Inajá e Custódia devem redobrar os cuidados para diminuir a infestação do Aedes aegypti, especialmente em época de chuva. A melhor maneira para isso é descartar ou higienizar semanalmente e proteger qualquer objeto que acumule água e possa servir de criadouro. A enfermeira da Estratégia de Saúde da Família, Adryenne de Carvalho Mello, compartilha algumas medidas simples e eficazes para interromper o ciclo de vida do mosquito.

“Esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas-d’água são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos”. 

Adryenne de Carvalho Mello lembra que todas as faixas etárias têm o mesmo risco de contrair a dengue e que outras doenças, como a chikungunya, a Zika e até a COVID-19 podem ter sintomas parecidos. Para não haver dúvida em relação ao diagnóstico e ao tratamento mais adequado, a enfermeira orienta buscar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima a qualquer sinal de mal-estar.

“Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações, prostração (fadiga), fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Na fase febril, é difícil diferenciar a doença de outras enfermidades. Por isso, é importante consultar um médico em caso de suspeita.”

Todo dia é dia de combater o mosquito. E de ficar atento aos sintomas também. Saiba mais sobre as formas de prevenção aos focos do Aedes aegypti e consulte as orientações no site www.gov.br/combataomosquito. 

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