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Baixar áudioO Brasil registrou 1.660.190 casos prováveis de dengue em 2025, segundo a atualização mais recente do Ministério da Saúde. No mesmo período, a doença provocou 1.762 mortes, enquanto outros 200 óbitos ainda estão sob investigação. Os dados constam no Painel de Monitoramento das Arboviroses da pasta.
Segundo o ministério, esses números representam uma queda de 75% nos casos prováveis de dengue e 72% no número de mortes em relação a 2024, quando foram contabilizados 6.563.561 casos prováveis e 6.321 óbitos.
Entre as regiões do país, o Sudeste lidera em número de casos prováveis, com 1.132.304 registros, seguido pelo Sul (222.171), Centro-Oeste (162.441), Nordeste (102.647) e Norte (40.643).
O mesmo padrão se repete em relação aos óbitos. O Sudeste concentra o maior número de mortes por dengue, com 1.288 registros. Em seguida aparecem as regiões Sul (219), Centro-Oeste (145), Nordeste (64) e Norte (46).
Confira os casos prováveis por estado:
Na última sexta-feira (19), o Ministério da Saúde assinou um contrato para a compra da primeira vacina contra a dengue de dose única do mundo, produzida 100% no Brasil pelo Instituto Butantan. O investimento é de R$ 368 milhões para a aquisição de 3,9 milhões de doses, que serão ofertadas exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2026.
O novo imunizante protege contra os quatro sorotipos da dengue e apresenta eficácia de 74,7% contra a forma sintomática da doença em pessoas de 12 a 59 anos. Além disso, oferece 89% de proteção contra casos graves e com sinais de alarme.
Para o infectologista Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, a iniciativa representa um avanço significativo no combate à doença. “Essa vacina pode ser aplicada em dose única, o que é uma diferença muito importante em relação às outras disponíveis no mundo. Isso é muito importante, porque ajuda na aderência da população a ser vacinada”, ressalta.
Do total de doses adquiridas, 1,3 milhão serão destinadas prioritariamente aos profissionais da Atenção Primária à Saúde que atuam na linha de frente do SUS. Estão incluídos agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos que realizam visitas domiciliares. A estratégia deve começar no fim de janeiro de 2026.
A agente de saúde Naita de Souza, de Arceburgo, no sul de Minas Gerais, relata que a Secretaria Municipal de Saúde já entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas ainda não há previsão para o recebimento das doses. Mesmo assim, ela afirma estar ansiosa para se vacinar.
“Eu já tive dengue, os sintomas são horríveis. Se vai ter uma vacina que vai nos proteger contra a dengue, para evitar de ter os sintomas que eu tive, eu prefiro tomar, me cuidar e me proteger”, conta.
Com a chegada das doses, o Ministério da Saúde adotará, já no início de 2026, uma estratégia para avaliar o impacto do novo imunizante na dinâmica de transmissão da dengue. A ação prevê uma aceleração da vacinação em dois municípios-piloto: Botucatu (SP) e Maranguape (CE), com público-alvo formado por adolescentes e adultos de 15 a 59 anos. Uma terceira cidade, Nova Lima (MG), também poderá integrar a iniciativa.
A vacinação da população em geral está condicionada ao aumento da produção do imunizante, viabilizado por uma parceria estratégica entre Brasil e China. O acordo prevê a transferência da tecnologia desenvolvida pelo Instituto Butantan para a empresa chinesa WuXi Vaccines, o que pode ampliar a produção nacional em até 30 vezes.
A estratégia de imunização começará pelos adultos a partir de 59 anos, com ampliação gradual para faixas etárias mais jovens, até alcançar pessoas a partir de 15 anos.
Atualmente, o SUS também disponibiliza a vacina contra a dengue produzida por um laboratório japonês, indicada para adolescentes de 10 a 14 anos e aplicada em duas doses. Desde a incorporação do imunizante, em 2024, 7,4 milhões de doses já foram aplicadas. Entre 2024 e 2025, foram distribuídas 11,1 milhões de doses, das quais 7,8 milhões foram efetivamente administradas.
Em novembro deste ano, o Ministério da Saúde lançou a campanha nacional “Não dê chance para dengue, zika e chikungunya”, voltada à prevenção das arboviroses. A campanha segue em andamento. O enfrentamento dessas doenças depende da atuação conjunta entre governo e sociedade. Entre as principais medidas de prevenção estão:
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Copiar o textoBoletim da Fiocruz aponta alta das hospitalizações no Nordeste e reforça importância da vacinação
Baixar áudioA última edição de 2025 do Boletim InfoGripe, divulgada nesta sexta-feira (19) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que a alta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em estados da Região Norte — como Acre, Amazonas, Pará e Tocantins — tem sido provocada pelo vírus influenza A. Os casos atingem principalmente a população adulta e idosa.
O boletim também registra aumento das hospitalizações por influenza A em alguns estados do Nordeste, como Bahia, Maranhão e Piauí, além de Santa Catarina, na Região Sul. No Espírito Santo, há indícios de retomada do crescimento das internações pela mesma doença.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação contra a influenza, especialmente na Região Norte, onde a campanha de imunização está em fase inicial.
“Agora é o período de vacinação contra a influenza A na Região Norte. Por isso, é fundamental que as pessoas dos grupos de risco dessa região se vacinem o quanto antes, para ficarem protegidas contra casos graves e óbitos causados pelo vírus", orienta.
No âmbito nacional, o cenário indica sinais de queda na tendência de longo prazo, considerando as últimas seis semanas, e de estabilização ou oscilação na tendência de curto prazo, referente às três semanas mais recentes.
Apesar disso, seis unidades da federação ainda apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo: Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Distrito Federal.
A mesma situação foi observada em cinco capitais: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Belém (PA), Palmas (TO) e Macapá (AP).
Em 2025, foram notificados 224.721 casos de SRAG no país. Desse total, 117.541 (52,3%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 84.004 (37,4%) apresentaram resultado negativo e pelo menos 8.791 (3,9%) ainda aguardam confirmação laboratorial.
Entre os casos positivos, a distribuição dos vírus ao longo do ano foi a seguinte:
Em relação aos óbitos, foram registrados 13.234 casos de morte por SRAG em 2025. Desses, 6.687 (50,5%) tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, 5.315 (40,2%) apresentaram resultado negativo e ao menos 210 (1,6%) ainda aguardam análise.
Entre os óbitos confirmados, os principais agentes identificados foram:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 13 de dezembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 50. Confira outros detalhes no link.
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Baixar áudioUma nova variante do vírus da gripe recebeu atenção especial das autoridades de saúde globais. Trata-se do subclado K do vírus influenza A(H3N2), que vem circulando em vários países e motivou um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para a temporada de 2026.
Segundo os organismos de saúde, embora ainda não haja evidência de que a variante cause doença mais grave do que outras formas de influenza, sua disseminação tem sido mais rápida em regiões da Europa, Ásia e América do Norte, levantando preocupação sobre uma possível antecipação e maior intensidade da temporada de gripes no próximo ano.
Os sintomas associados à Gripe K são similares aos da gripe sazonal tradicional, incluindo febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo, mal-estar e fadiga, características típicas da influenza.
A OPAS reforça que a evolução genética observada nos vírus é parte natural da dinâmica da influenza e não indica necessariamente maior severidade, mas exige fortalecimento da vigilância genômica e preparo dos sistemas de saúde para resposta rápida.
Autoridades de saúde alertam que a vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz para reduzir casos graves, internações e mortes relacionadas à influenza na próxima temporada.
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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou os países das Américas para a possibilidade de uma temporada de gripe mais intensa ou antecipada em 2026. De acordo com a entidade, a maior circulação de vírus respiratórios pode aumentar o número de casos graves, internações e pressionar os sistemas de saúde, especialmente durante os períodos de pico.
Segundo a OPAS, a experiência recente com a retomada da circulação de vírus respiratórios após a pandemia de covid-19 indica a necessidade de planejamento antecipado. A organização destaca que os países devem fortalecer a vigilância epidemiológica e laboratorial, garantindo a identificação precoce dos vírus em circulação e o monitoramento de possíveis mudanças no padrão da doença.
Entre as principais recomendações está o reforço das campanhas de vacinação contra a influenza, sobretudo para os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças pequenas, gestantes, profissionais de saúde e pessoas com doenças crônicas. A OPAS ressalta que a vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenir casos graves, complicações e óbitos associados à gripe.
A entidade também orienta que os sistemas de saúde estejam preparados para um possível aumento da demanda por atendimentos, com planejamento de estoques de insumos, organização da rede assistencial e capacitação das equipes de saúde. Medidas simples de prevenção, como higiene das mãos, uso de máscaras em ambientes de risco e isolamento de pessoas com sintomas, também são reforçadas.
Para a OPAS, a adoção dessas ações de forma coordenada pode reduzir impactos sobre a população e evitar a sobrecarga dos serviços de saúde durante a próxima temporada de gripe.
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Baixar áudioO novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta para o crescimento do número de hospitalizações por influenza A em alguns estados da Região Norte — Amazonas, Pará e Tocantins — e Nordeste — Bahia, Piauí e Ceará —, além de Santa Catarina. Já no Sudeste, a tendência é de queda, embora em ritmo mais lento no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.
Diante do cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, reforça a importância da vacinação para os grupos de risco dessas localidades. "Qualquer sinal de piora dos sintomas da gripe, como febre persistente ou desconforto respiratório, o recomendado é procurar atendimento médico”, orienta.
De forma geral, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) seguem em queda no país. O boletim indica que nenhuma unidade federativa apresentou incidência em nível de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com tendência de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas).
Apenas quatro estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Amazonas, Espírito Santo, Pará e Roraima.
Entre as capitais, apenas Boa Vista (Roraima) registra níveis de atividade de SRAG em risco, com sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo.
O rinovírus continua sendo a principal causa de hospitalização por SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos. O boletim também indica leve aumento de casos associados ao metapneumovírus em crianças de até dois anos.
A Covid-19, mesmo em níveis baixos em todos os estados, segue entre as principais causas de internação por SRAG em idosos nas últimas semanas.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:
Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 6 de dezembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 49. Confira outros detalhes no link.
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Baixar áudioO mais recente Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que, em 2025, foram registrados 43,7 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Desse total, 82% ocorreram em crianças menores de dois anos.
Diante deste cenário, a pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação contra o VSR — agora disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) — para reduzir as internações pelo vírus no próximo ano.
“É fundamental que as gestantes, a partir da 28ª semana de gravidez, vacinem-se contra o VSR, garantindo que seus filhos fiquem protegidos. Grávidas fazem parte do grupo prioritário. A recomendação é tomar a dose única a cada gestação”, explica.
O Ministério da Saúde iniciou a distribuição nacional da vacina contra o VSR, vírus responsável pela maior parte dos casos de bronquiolite em bebês. O primeiro lote, com 673 mil doses, já chegou aos estados e ao Distrito Federal, permitindo o início imediato da imunização de gestantes a partir da 28ª semana. A estratégia busca proteger recém-nascidos nos primeiros meses de vida, período em que o risco de complicações respiratórias é mais elevado.
A oferta gratuita pelo SUS representa um avanço importante, já que o imunizante pode custar até R$ 1,5 mil na rede privada. A chegada da vacina é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório fabricante, que fará a transferência da tecnologia para produção nacional.
Estudos clínicos mostram que a vacinação materna reduz em mais de 80% os casos graves de VSR em bebês nos primeiros 90 dias após o nascimento.
Vacina contra o vírus sincicial respiratório começa a ser distribuída em todo o país
Em nível nacional, os casos de SRAG apresentam tendência de queda tanto no longo prazo (últimas seis semanas) quanto no curto prazo (últimas três semanas). Apenas Roraima e Rondônia registram incidência em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com sinal de crescimento no longo prazo.
Embora os casos graves por influenza A tenham diminuído significativamente no Centro-Oeste e mostrem sinais de início de queda em boa parte do Sudeste e na Bahia, o vírus segue como a principal causa de SRAG entre jovens e adultos de 15 a 49 anos. Entre idosos, continua sendo uma das principais causas de hospitalização por SRAG, ao lado da Covid-19.
Sete estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe.
Entre as capitais, apenas Aracajú (Sergipe), Porto Velho (Rondônia) e Boa Vista (Roraima) registram níveis de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:
Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 29 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 48. Confira outros detalhes no link.
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Baixar áudioO novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reforça a importância da vacinação, embora os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentem sinais de queda, tanto nas tendências de curto quanto de longo prazo no âmbito nacional. Segundo o relatório, manter a imunização em dia é crucial para conter a circulação dos principais vírus responsáveis pela SRAG, como o influenza e o Sars-CoV-2, causador da Covid-19.
O relatório mostra ainda que as hospitalizações por influenza A continuam avançando no Espírito Santo e na Bahia, enquanto já há indícios de desaceleração ou início de queda em São Paulo e Rio de Janeiro.
O boletim também destaca que o rinovírus permanece como a principal causa de hospitalizações por SRAG entre crianças e adolescentes de até 14 anos no país. Há ainda um leve aumento das notificações associadas ao metapneumovírus em crianças de até dois anos.
Embora os casos graves de influenza A tenham diminuído significativamente no Centro-Oeste e apresentem sinais de queda ou estabilização em parte do Sudeste — como em São Paulo e no Rio de Janeiro —, o vírus ainda é a principal causa de SRAG entre jovens e adultos de 15 a 49 anos. Entre os idosos, ele continua sendo uma das principais causas de hospitalização, ao lado da Covid-19.
Em nota, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenadora do InfoGripe, Tatiana Portella, explica que o aumento de casos no Pará se concentra em crianças de 2 a 4 anos e em idosos acima de 65 anos. “Nas crianças, esse crescimento tem sido impulsionado pelo rinovírus e adenovírus. Já nos idosos, ainda não há dados laboratoriais suficientes para identificar qual vírus tem impulsionado esse aumento”, destaca.
Oito estados apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de crescimento no longo prazo: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
Entre as capitais, apenas Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e Vitória (ES) registram níveis de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os casos positivos de SRAG, a prevalência foi de:
Entre os óbitos confirmados no período, os números indicam:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 22 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 47. Confira outros detalhes no link.
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Baixar áudioO mais recente Boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira (21) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta um aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Impulsionadas principalmente pelo rinovírus, as notificações atingiram níveis de alerta, risco ou alto risco em cinco estados — Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima — até a Semana Epidemiológica 46.
De acordo com o levantamento, uma das causas para o aumento de SRAG em crianças no estado do Rio de Janeiro é a contaminação por metapneumovírus e influenza A. Além disso, o adenovírus também tem colaborado para o crescimento de casos no Pará e em Mato Grosso do Sul. No Pará, houve ainda aumento de casos entre idosos, embora o vírus responsável ainda não tenha sido identificado pelas autoridades de saúde.
O boletim também indica que outros oito estados apresentaram incidência SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco na última semana, mas sem tendência de crescimento no longo prazo (últimas seis semanas). São eles: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Santa Catarina e Sergipe.
No cenário nacional, há uma tendência de queda dos casos de SRAG na tendência de longo prazo e de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas).
Entre as capitais, apenas Boa Vista, em Roraima, apresenta nível de atividade considerado de risco para SRAG nas últimas duas semanas epidemiológicas, com manutenção de tendência de alta no longo prazo.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos de SRAG foi de:
37,8% para rinovírus,
Entre os óbitos confirmados, foram registrados:
O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 15 de novembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 46. Confira outros detalhes no link.
Diante deste cenário, a pesquisadora do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, recomendou, em nota, o uso de uma boa máscara, como a PFF2 ou a N95, em unidades de saúde e por pessoas que estejam com sintomas de gripe ou resfriado. “Também é importante que os pais evitem levar seus filhos para a escola ou creche caso apresentem esses sintomas, para evitar transmitir o vírus para outras crianças”, recomenda. “Além disso, é fundamental que as crianças, assim como os demais grupos prioritários, estejam com a vacinação contra Influenza e Covid-19 em dia”, orienta Portella.
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Baixar áudioA mais recente edição do Boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (6), aponta a manutenção do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pela influenza A em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. O boletim também alerta para o início de crescimento na Bahia.
O levantamento, referente à semana epidemiológica 44 (de 26 de outubro a 1º de novembro), integra o sistema de vigilância do SUS e monitora a evolução dos casos graves de infecções respiratórias no país.
Além da influenza A, a covid-19 apresenta tendência de crescimento no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, embora ainda em níveis baixos de incidência. Em Sergipe, houve aumento atípico de casos de SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas.
Três estados estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG com tendência de crescimento: Mato Grosso do Sul, Paraíba e Tocantins. Em Mato Grosso do Sul e na Paraíba, o aumento está concentrado em crianças pequenas e tem sido impulsionado pelo rinovírus.
No Tocantins, os casos crescem principalmente entre pessoas com mais de 50 anos, possivelmente por influência da influenza A.
Entre as capitais, Florianópolis (SC), João Pessoa (PB) e Palmas (TO) também apresentam aumento de casos e nível de alerta.
Em 2025, o Brasil já registrou 204.086 casos de SRAG, sendo:
Entre os casos positivos, 23,2% foram por influenza A, 1,2% por influenza B, 40,1% por vírus sincicial respiratório, 28,2% por rinovírus e 8,2% por Sars-CoV-2 (Covid-19).
Neste ano, já foram confirmados 12.151 óbitos por SRAG, sendo 49,4% causados por influenza A e 23,4% por covid-19.
A Fiocruz reforça a importância de manter as vacinas contra gripe e covid-19 em dia, especialmente entre idosos, crianças pequenas, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde.
A cobertura vacinal contra a gripe está abaixo do ideal, com média nacional de cerca de 41% entre os grupos prioritários, quando o recomendado é de 90%.
Com a chegada do fim de ano e o aumento da circulação viral, a instituição recomenda:
Esses cuidados e a vacinação ajudam a reduzir o risco de agravamentos e internações durante o período de maior incidência de doenças respiratórias no país.
As informações são da FioCruz.
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Baixar áudioMesmo com a redução de 75% nos casos de dengue em 2025, em comparação com o ano anterior, o Ministério da Saúde reforça que o combate ao Aedes aegypti deve continuar em todo o país. Na segunda-feira (3), a pasta lançou a campanha 'Não dê chance para dengue, zika e chikungunya', voltada à prevenção das arboviroses, e apresentou o cenário epidemiológico atual. Além disso, foram anunciados R$183,5 milhões para ampliar o uso de novas tecnologias de controle vetorial no país.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mesmo com a melhora no cenário, o Brasil não pode reduzir a vigiância. A dengue continua sendo a principal endemia do país e o impacto das mudanças climáticas amplia o risco de transmissão em regiões onde antes o mosquito não existia.
O Brasil registra 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, uma redução de 75% em relação a 2024 e 1,6 mil mortes, queda de 72% no mesmo período. A maior concentração de casos está em São Paulo (55%), seguido por Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), 30% dos municípios estão em situação de alerta para dengue, zika e chikungunya. As regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentam as maiores incidências, com destaque para Mato Grosso do Sul, Ceará e Tocantins.
O trabalho de prevenção deve começar antes do período de maior transmissão. Por isso, o Ministério da Saúde promove, no próximo sábado (8), o Dia D da Dengue, com ações de mobilização em todo o país, e divulgou o novo mapeamento entomológico, que identifica áreas de risco em mais de 3 mil municípios.
Com os recursos anunciados, o Ministério vai expandir o uso de tecnologias de controle vetorial, como o método Wolbachia, atualmente presente em 12 cidades e que será ampliado para 70 até o fim de 2025. Em Niterói (RJ), primeira cidade com 100% de cobertura da técnica, houve redução de 89% nos casos de dengue e 60% nos de chikungunya.
A campanha também incentiva medidas preventivas, como eliminar recipientes com água parada, tampar caixas-d’água, limpar calhas e ralos e usar telas e repelentes.
Além da mobilização, o ministério reforçou o uso de estações disseminadoras de larvicidas, a técnica do inseto estéril e a borrifação residual intradomiciliar. Em 2025, a Força Nacional do SUS (FN-SUS) apoiou a instalação de até 150 centros de hidratação, distribuiu 2,3 milhões de sais de reidratação oral, 1,3 milhão de testes laboratoriais e 1,2 mil nebulizadores portáteis em cidades com alta incidência.
Em Curitiba (PR), foi inaugurada a maior biofábrica de Wolbachia do mundo, com capacidade de produção de 100 milhões de ovos por semana.
Na área da vacinação, o ministério espera o registro da vacina 100% brasileira do Instituto Butantan até o fim de 2025. Em parceria com a empresa WuXi Biologics, a produção deve alcançar 40 milhões de doses por ano a partir de 2026. O imunizante já é aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 2.752 municípios prioritários, com 10,3 milhões de doses enviadas até outubro.
O ministro reforça que o combate às arboviroses é uma responsabilidade compartilhada entre governo e população e que a prevenção é essencial para evitar novos surtos. Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e identificar os pontos estratégicos nas cidades.
As informações são do Ministério da Saúde.
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