Cerveja

14/05/2024 00:01h

No ano passado, 118 novos estabelecimentos foram abertos, de acordo com o Anuário da Cerveja. Exportações cresceram 18,6% e renderam mais de 155 milhões de dólares

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O Brasil bateu mais uma vez recorde no número de cervejarias registradas. A quantidade desse tipo de estabelecimento no país cresceu 6,8%, passando de 1.729 em 2022, para 1.847 em 2023. 

É o que aponta o Anuário da Cerveja 2024, uma espécie de raio-x do setor publicado anualmente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Márcio Maciel, presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), destaca que o anuário é ferramenta importante para que o poder público saiba como estimular o setor, responsável por 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país — e de 2,5 milhões de empregos. 

"Ele é fundamental para que as melhores políticas públicas sejam tomadas com as melhores informações possíveis. É bom para o Poder Executivo, para o Poder Legislativo, é bom para o mercado cervejeiro saber onde alocar seus investimentos", afirma. 

O levantamento mostra também que o maior número de cervejarias foi acompanhado de uma maior variedade de cervejas. Se em 2022 o Brasil tinha 42.831 produtos registrados, em 2023 essa quantidade saltou para 45.648. 

O país contava com 60.334 marcas registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) até o fim do ano passado. Segundo o Sindicerv, o número é maior do que o observado em toda a União Europeia. O anuário esclarece que um mesmo registro de cerveja pode contemplar mais de uma marca comercial — o que explica a diferença entre esses indicadores. 

Cresce a preferência pela cerveja nacional

O anuário aponta que a importação brasileira de cerveja está em queda desde 2019. Entre 2022 e 2023 houve diminuição de 51,1% no volume de litros comprados de outros países. De acordo com o Mapa, pode-se inferir que a maior oferta de produtos nacionais contribuiu para diminuir a busca por cervejas estrangeiras. 

As exportações das cervejas produzidas no Brasil, por sua vez, continuam em crescimento. A publicação mostra que em 2022 o volume vendido para outros países subiu 18,6%. Isso rendeu mais de US$ 155 milhões de dólares às cervejarias brasileiras. O resultado garantiu um saldo positivo de US$ 147 milhões à balança comercial brasileira, que é a diferença entre o que o Brasil exporta e importa. 

Ranking por estados

São Paulo lidera o ranking dos estados com mais cervejarias. O estado mais populoso do país fechou 2023 com 410 estabelecimentos, 23 a mais do que em 2022. O Rio Grande do Sul — que aparece em segundo lugar — foi a unidade da federação onde mais cervejarias foram abertas na passagem entre os dois anos. Foram 25. Minas Gerais fecha a lista dos três primeiros. 

Outro destaque positivo do setor cervejeiro foi o estado do Pará. Trata-se da unidade da federação com maior crescimento percentual de estabelecimentos. Ao todo, o número de cervejarias por lá saltou 33,3%. 

Dez estados (Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Amazonas, Sergipe, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima) e o Distrito Federal mantiveram no ano passado o mesmo número de estabelecimentos que em 2022. Apenas Bahia e Alagoas apresentaram queda. 

Isso significa que o número de cervejarias se estabilizou ou cresceu em 25 estados do país, em 2023. Números que espelham um setor que se expande ano a ano, diz Maciel. "Sem dúvida nenhuma, o crescimento de cervejarias no Brasil é algo que se reflete no que a gente vê no dia a dia. As indústrias estão investindo, estão abrindo novas plantas, operando em capacidade quase máxima", avalia. 

Top-10 municípios com mais cervejarias

O município de São Paulo é onde mais existem cervejarias no país, aponta a publicação: 61. Em seguida, vêm Porto Alegre, com 43; e Curitiba, com 26. Entre os 10 primeiros, há três municípios mineiros, dois catarinenses, dois gaúchos, dois paulistas e a capital federal. 

  1. São Paulo (SP) - 61
  2. Porto Alegre (RS) - 43 
  3. Curitiba (PR) - 26
  4. Caxias do Sul (RS) - 23
  5. Nova Lima (MG) - 22
  6. Belo Horizonte (MG) - 21
  7. Juiz de Fora (MG) - 21
  8. Blumenau (SC) - 18
  9. Sorocaba (SP) - 18
  10. Brasília (DF) - 17

Dia da Cerveja: produção cresce 7,7% e Brasil mantém terceira posição entre os maiores produtores do mundo

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11/02/2024 19:00h

Manter a hidratação, saber o que está bebendo e respeitar os limites estão entre as orientações da indústria cervejeira para quem vai curtir as festas de carnaval

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Se tem uma bebida que combina com o brasileiro... é a cerveja. Somos o terceiro país que mais consome a bebida no mundo, segundo um relatório da Kirin Holdings Company. Se o consumo já é alto durante o ano, no carnaval aumenta ainda mais. Tanto que a indústria cervejeira atua para que a festa promova não só alegria, mas também estimule aumento do emprego e renda. 

Para a festa acabar bem, o setor cervejeiro promove ações educativas para engajar os foliões sobre a importância do consumo consciente e combate aos excessos. O presidente executivo do Sindicerv, Márcio Maciel, dá o recado.

“A indústria cervejeira apoia a cultura brasileira, suas festividades e tradições. Mas para que a folia seja completa, pedimos que os foliões consumam a cerveja com consciência, sempre intercalando com água e alimentos. Durante a folia, opte por consumir bebidas com menor teor alcoólico. Para quem quer pegar mais leve ou busca outras opções de bebida, a cerveja sem álcool é uma ótima alternativa.” 

Dono de um bar e restaurante em Brasília há oito anos, o comerciante Marcelo De Abreu conta que os clientes dele não costumam exagerar. Mas que além da hidratação, ainda tem outra estratégia para não extrapolar os limites.

“Nunca teve caso de passar do ponto, mas os que bebem um pouquinho mais seguram na água e na comida para não ter nenhum problema. o segredo é alimentar bem e hidratar bem — a água é fundamental.” 

Para aproveitar os bloquinhos de rua e as escolas de samba com alegria e moderação, separamos cinco dicas. 

1 – Saiba diferenciar o teor alcoólico das bebidas

No rótulo de cada bebida está indicada a porcentagem de álcool que ela possui. A ciência comprova que a absorção do álcool pelo corpo é mais rápida quando a concentração de álcool na bebida está acima de 20%. E os níveis de álcool no sangue também aumentam mais rapidamente nesses casos. 

Para curtir a festa por mais tempo, escolha opções com menor teor alcoólico. 

2 – Que tal uma cerveja sem álcool?

Se você gosta do sabor da cerveja, mas não quer consumir álcool, a cerveja sem álcool é uma alternativa. Ela é uma bebida que apresenta as mesmas características e o mesmo sabor de cerveja, mas sem teor alcoólico. 

3 – Bebeu água?

Se manter hidratado é essencial para aguentar a maratona carnavalesca com saúde e sabedoria. E o melhor é não esperar ficar com sede. A dica é consumir bastante água, principalmente se for ingerir bebidas alcoólicas. Essa intercalação garante uma hidratação adequada durante todo o bloquinho. 

4 – Conheça seus limites e respeite o outro

É importante que cada folião respeite seus próprios limites durante a folia. A melhor dica é prestar atenção aos sinais do corpo e saber parar na hora certa. A diversão não está na quantidade de bebida ingerida, mas sim na consciência e na responsabilidade. O consumo excessivo de álcool leva a comportamentos inadequados — o que pode prejudicar a sua experiência e a de outras pessoas. 

5 – Se beber, não dirija!

Transporte público, carona, carro de aplicativo, bebida zero álcool. O que não faltam são opções para aproveitar  a festa sem colocar ninguém em risco com a mistura farat entre álcool e direção 

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04/08/2023 14:00h

Em 2022, a indústria cervejeira gerou R$ 77 bilhões em faturamento, o que equivale a 2% do PIB nacional — e foi responsável por mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos no país

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Paixão dos brasileiros e apreciada no mundo todo, o Dia Internacional da Cerveja é celebrado na primeira sexta-feira de agosto; este ano, no dia 4. O setor, que cresce a cada ano, registrou um aumento de 7,7% na produção em 2022, com 15,4 bilhões de litros produzidos. Com isso, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o Brasil mantém a terceira posição no ranking dos maiores produtores de cerveja no mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. 

De acordo com o Sindicerv, o número de cervejarias no país também aumentou em 11,6% no ano passado, com 1.729 estabelecimentos registrados. O presidente-executivo do sindicato, Márcio Maciel, destaca o investimento do setor em novos produtos.

“A gente sabe que a cerveja é a paixão nacional e cada vez mais o setor tem investido em inovações, novos produtos, aumentado a competitividade. A gente está falando de 1.729 cervejarias no Brasil, que estão trazendo produtos novos e estão atiçando o consumidor a cada vez mais explorar o setor cervejeiro. Então, tendo essa possibilidade de trazer produtos novos, consumidores novos, com inovação de produtos, é natural que o mercado acabe investindo mais e crescendo mais.”

Ao todo, o Brasil tem 42.831 registros de produtos nas cervejarias; um aumento de 19,8% em 2022 — o que representa a oferta de mais de 7 mil novos produtos.

Ao todo, a indústria cervejeira gerou no último ano R$ 77 bilhões em faturamento, o que equivale a 2% do PIB nacional — e contribuiu com a arrecadação de R$ 49,6 bilhões em impostos. Além disso, o setor é responsável por mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos no país. Márcio Maciel comenta os impactos da cerveja na economia brasileira. 

“A cerveja rende bons momentos, rende celebração com a família e com os amigos. Mas para o Brasil, além disso, no âmbito econômico, ela rende muitos empregos. Estamos falando de mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos induzidos na nossa cadeia; estamos falando de quase R$ 50 milhões de impostos gerados na cadeia no último ano. Isso significa investimento em saúde, educação, infraestrutura, segurança pública e, principalmente, a cerveja rende para o brasileiro a certeza de que tem uma economia que está crescendo, um mercado que está empregando e que está aquecido.”

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Dia da Cerveja

O Dia Internacional da Cerveja foi criado em 2007 na cidade de Santa Cruz, na Califórnia, Estados Unidos. A data surgiu com quatro amantes da bebida que queriam celebrar os cervejeiros e os garçons, beber com bons amigos e experimentar cervejas de outras nacionalidades e culturas. Inicialmente, a data era comemorada no dia 5 de agosto, mas desde a edição de 2012, a celebração passou a ser na primeira sexta-feira do mês, para aproveitar o último dia útil da semana para se reunir com os amigos e degustar a bebida. 

Renan Campos, de 28 anos, é apaixonado por cerveja e transformou a paixão em um negócio. Desde os anos 1970, a família dele já produzia cerveja em casa “de brincadeira”, só para degustação própria. Com o aumento do volume produzido, ele viu uma boa oportunidade para investir comercialmente. Estudou o mercado e fundou em 2019 a cervejaria Macauba. 

“Cerveja para mim é mais pelo significado de momento, não só pela bebida em si, que já é uma paixão dos brasileiros, mas também é como se fosse um ritual de reunir os amigos. Sempre que você tem alguma coisa para comemorar com os amigos ou com família tem cerveja junto.”

Para ele, o Dia da Cerveja é importante para relembrar o legado histórico e cultural da bebida milenar. “Estamos falando de mais ou menos uns cinco mil anos desde que se tem relato das primeiras cervejas. Então é muito rico de cultura, não só a cultura de um lugar específico, mas é uma bebida que foi difundida no mundo”.

Movimento Cerveja Rende

Aproveitando o Dia Internacional da Cerveja, o Sindicerv lança nesta sexta-feira (04) o Movimento Cerveja Rende. O objetivo é destacar a importância da cadeia produtiva da bebida, com foco na geração de emprego, bom desempenho da agricultura e economia em geral.

“A cerveja, que impulsiona o agronegócio brasileiro, rende nova safra, novas colheitas, mais inclusão e ótimos momentos de alegria, relacionamento e confraternização entre as pessoas, em todas as regiões do país. É uma indústria forte e fundamental para o desenvolvimento regional e nacional”, ressalta o presidente-executivo do Sindicerv, Márcio Maciel.

A estimativa do setor é alcançar a produção de 16,1 bilhões de litros em 2023. Segundo Márcio Maciel, a reforma tributária e a queda nos juros podem beneficiar o segmento.

“A gente está aguardando uma reforma tributária que traga simplificação para o setor, redução de burocracia e garantia de investimento. Não só isso; a gente precisa de taxas de juros que caem para permitir que a cadeia cervejeira como um todo possa investir em seus negócios, possa contratar mais e expandir. O setor vai continuar investindo, tem perspectiva de continuar investindo e trazendo cada vez mais inovação, novos produtos para o brasileiro poder cada vez mais brindar.”

E vale sempre ressaltar: aprecie com moderação.

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Economia
06/07/2023 22:00h

Brasil registra 1.729 cervejarias em 2022, um aumento de 11,6%, segundo Anuário da Cerveja, divulgado pelo Ministério de Agricultura e Pecuária

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O setor cervejeiro cresceu 11,6% em 2022, com a abertura de 180 novos estabelecimentos no país. Ao todo, o Brasil registra 1.729 cervejarias. As informações são do Anuário da Cerveja 2022, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última quarta-feira (5).

Ao longo da última década, o crescimento é significativo. E muitas novas opções têm surgido no mercado, como explica o presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV), Márcio Maciel. “São mais de 10 vezes o número de cervejarias hoje que temos do que tínhamos há 10 anos atrás. Grandes cervejarias entrando no Brasil, aumentando a diversidade de produtos que estão sendo oferecidos aqui, e o brasileiro passando a conhecer a diversidade que a cerveja tem, isso fez com que as pequenas também começassem a desenvolver produtos com sabores regionais do Brasil, novos tipos de cerveja, que está ajudando muito nosso setor a crescer”, comenta Maciel.

O crescimento constante do setor coloca o Brasil em terceiro lugar como maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos. O setor tem movimentação expressiva, como destaca o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Gilberto Tarantino. 

“Em números gerais, a gente tem uma estimativa de mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos. A gente está falando, segundo dados oficiais do Mapa, de 14,2 bilhões de litros produzidos no ano passado, isso representa aproximadamente 2% do PIB nacional”, enumerou o presidente da Abracerva.

Ainda segundo o anuário, não houve diminuição do número de estabelecimentos em nenhuma unidade da Federação. Entre os estados com maior número de cervejarias está São Paulo, com 387 estabelecimentos, seguido do Rio Grande do Sul, com 310, e Minas Gerais, com 222.

Entre os maiores desafios encarados pelo setor está a tributação, como destaca o presidente-executivo do SINDICERV. “A gente precisa de reformas estruturantes que tornem mais fácil empreender, pagar imposto e gerar renda no Brasil. Por exemplo, a reforma tributária, a gente precisa de uma sinalização de reforma tributária que de fato traga simplificação para pagar imposto no Brasil, e que traga não aumento de carga. O brasileiro, pra cada cerveja que ele compra, ele tem embutido no preço dela 56% de imposto. Nenhum país na América Latina tem tanto imposto quanto o Brasil tem”, critica Maciel.

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Brasil
10/09/2022 18:20h

Segundo levantamento do Mapa, 166 novos estabelecimentos do tipo foram registrados no país. Setor é responsável por 2% do PIB e por cerca de dois milhões de empregos diretos e indiretos

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O número de cervejarias registradas no Brasil cresceu 12% no ano passado. É o que mostra o Anuário da Cerveja 2021, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o levantamento, a quantidade de estabelecimentos saltou de 1.383, em 2020, para 1.549 em 2021. 

No ano passado, 200 novas cervejarias se registraram e 34 fecharam as portas, o que significa um saldo positivo de 166 empresas no mercado. Para Glauco Bertoldo, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, o resultado confirma o bom momento do setor cervejeiro brasileiro. 

“Esse aumento de 12% é bastante expressivo e demonstra que o setor tem investido em novos estabelecimentos. Foram 200 novas lojas registradas no ano passado, quase um estabelecimento por dia útil. Se estão investindo, se estão tendo ânimo de abrir tantas indústrias assim, é porque o consumo e o mercado se encontram aquecidos. É um excelente prognóstico para o setor como um todo”, avalia. 

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o volume de cervejas vendidas no país cresceu 3,5% entre 2018 e 2019; 5,3%, de 2019 a 2020; e 7,7%, entre 2020 e 2021. No ano passado, os brasileiros compraram 14,3 bilhões de litros. Ano de eleições e Copa do Mundo, 2022 deve manter a tendência de alta que, de acordo com estimativa da Euromonitor, deve ser de quase 8%. 

Recorte regional
Quase 86% das cervejarias brasileiras estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste do país, que somam 1.329 estabelecimentos. São Paulo, com 340 empresas registradas, Rio Grande do Sul (285) e Santa Catarina (195) lideram o ranking entre os estados. 

No entanto, o mercado vem se expandindo no Norte e Nordeste, indica o anuário. Os estados que apresentaram o maior crescimento no número de cervejarias foram Rondônia, com alta de 200%; Acre, com alta de 100%; e Piauí, com 66,7%. “Esse movimento das cervejarias artesanais, das microcervejarias iniciou primeiro nos estados do Sul e Sudeste, mas é muito bacana ver também que esse novo mercado está se desenvolvendo agora para Norte e Nordeste e a gente imagina aqui que esse número possa aumentar bastante nos próximos anos nessas regiões”, afirma Bertoldo. 

Importância para a economia
Paixão de boa parte dos brasileiros, a cerveja é marcante para o sabor dos consumidores, mas também para a economia do país. O setor é responsável por 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Pesquisa encomendada pelo Sindicerv junto à Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que a cadeia produtiva cervejeira gera mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos. 

Apenas no ano passado, o faturamento do setor bateu os R$ 77 bilhões. Luiz Nicolaewsky, diretor superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), comenta a importância dessa atividade para a economia. 

“O setor é esplêndido. É esplêndido no mundo, pelo que ele representa no mundo em geração de empregos, principalmente, e no Brasil, em especial, pela capacidade da cadeia de produção, que é uma cadeia longa, que começa no plantio do cereal e termina no consumo, no copo, na lata, com um milhão e duzentos mil pontos de vendas no país”, explica. Segundo o próprio Sindicerv, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. 

Dia Internacional da Cerveja: Brasil é o terceiro país do mundo que mais produz a bebida

Consumo interno
O número de municípios que contam com, ao menos, uma cervejaria aumentou 10,3% no ano passado. O estado de São Paulo é aquele que tem mais cidades com, ao menos, um estabelecimento desse tipo. Já o Rio de Janeiro se destaca por ser a unidade da federação com a maior dispersão de cervejarias, já que mais de um a cada três tem, ao menor, uma cervejaria. 

Segundo o anuário, o Brasil tem uma cervejaria registrada para cada 137.713 habitantes. No ranking de densidade cervejeira por habitante, lideram os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. 

O crescimento das cervejarias no Brasil também é acompanhado pela alta na quantidade de produtos liberados no mercado. São 35.741, 5,2% a mais do que em 2020. Segundo Bertoldo, a preferência do brasileiro pela cerveja nacional está aumentando, o que ajuda a explicar porque o país importa a bebida cada vez menos. 

“Isso demonstra que as opções que estamos disponibilizando no mercado interno de cervejas especiais, esses produtos diferenciados, estão muito bons e com uma alta disponibilidade aqui no mercado interno. A gente não depende mais tanto da importação de cervejas especiais e temos boas alternativas aqui no país, inclusive com as nossas cervejas ganhando diversos prêmios internacionais, mostrando a maturidade do nosso setor produtor”, acredita. 

Segundo o Mapa, o Brasil exportou suas cervejas para 71 países no ano passado, o que resultou em um faturamento de US$ 131,5 milhões. As importações, com origem em 27 países, somaram pouco mais de US$ 15,7 milhões. 

Registro
O Mapa ressalta que todos os estabelecimentos que produzem, padronizam, engarrafam e vendem em atacado, exportam ou importam cerveja devem se registrar junto ao órgão. O mesmo vale para as bebidas fabricadas no país. O pedido pode ser feito por meio do gov.br, acessando o Sipeagro. O certificado de registro tem validade de 10 anos e demora, em média, 33 horas e 45 minutos para ser expedido. 

No início de setembro, o Mapa publicou o Cartilhão de Bebidas. O documento reúne as normas brasileiras que tratam dos padrões de identidade e qualidade, do registro de estabelecimentos e produtos, da importação e da exportação, além dos parâmetros analíticos e de composição. 

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05/08/2022 18:10h

O podcast Giro Brasil 61 faz uma seleção dos principais fatos e acontecimentos noticiados pelo Brasil61.com durante a semana

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No episódio desta semana (05), o podcast Giro Brasil 61 fala sobre a emissão da nota fiscal de serviço eletrônica pelo MEI. Além disso, a importância da vacinação contra gripe e Covid-19, a chegada do 5G em São Paulo, a medida provisória que regulamenta o teletrabalho e o dia mundial da cerveja.

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05/08/2022 04:45h

No total, o setor cervejeiro representa 2% do Produto Interno Bruto do país e gera mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – Sindicerv. A data é celebrada na primeira sexta-feira de agosto. Em 2022, será no dia 5

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Na primeira sexta-feira de agosto comemora-se o Dia Internacional da Cerveja. Este ano, a data será celebrada no dia 5. O Brasil é o terceiro país do mundo que mais produz a bebida, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindcerv). O volume de vendas de cerveja no Brasil atingiu cerca de 14,3 bilhões de litros, em 2021. Segundo o diretor superintendente do sindicato, Luiz Nicolaewsky, o setor tem muito o que comemorar. 

“Nós experimentamos, a partir de 2018, pré-pandemia, um crescimento constante no volume produzido e vendido no Brasil. De 2018 para 2019, o aumento foi de 3,5%; de 2019 para 2020, de 5,3%; de 2020 para 2021, houve um salto de 7,7%. Nós projetamos, de acordo com dados da Euromonitor um crescimento de aproximadamente 8% em 2022. Ressaltando que será um ano de eleições e Copa do Mundo no verão”, destaca. 


 
O país tem, até o momento, 1.360 cervejarias cadastradas, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ao todo, o setor representa 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, gera mais de 2 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos, e uma massa salarial de R$ 27 bilhões. 
Francis Mainardi é especialista em cervejas e consultor de mercado. Ele foi o único brasileiro a participar de uma das maiores competições de cervejas da Europa: a European Beer Challenge. Sobre o Dia Internacional da Cerveja, ele ressalta que a data deve destacar a participação das mulheres como apreciadoras da bebida e também como profissionais do ramo. 

“Temos esse dia para lembrarmos tamanha representatividade que a mulher tem no meio da cerveja, o que foi se perdendo ao longo dos anos. Hoje, vemos esse mercado como profissão de homem. Ao longo dos anos tivemos uma evolução da cerveja como um produto, mas, ao mesmo tempo, mistificando essa questão do homem como produtor, como quem pode ir para o bar e beber cerveja. Mas, sabemos que historicamente a mulher é quem carrega isso”, pontua. 

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Graziela Sarreiro tem 47 anos e é integrante da Confraria Feminina de Cerveja, localizada em Belo Horizonte (MG). A administradora de empresas conta que se sente realizada por fazer parte do grupo há 15 anos. 

“Reunião por motivo de cerveja é uma reunião com muita alegria. É uma reunião muito prazerosa, onde encontramos as pessoas para tomar uma bebida cada vez mais aprimorada”, conta. 

A administradora de empresas Bruna Gurian tem 25 anos, mora em São Paulo, e é uma apreciadora de cervejas que também gosta de experimentar os mais variados tipos e sabores. 

“Para mim, a cerveja sempre representou momentos de alegria, de felicidade, de comemoração, de festa, de pessoas que amo, de amigos. Acho que herdei um lado cervejeiro do meu pai, que sempre gostou de cerveja diferente. Por ter alguém do meu lado que gosta, essa curiosidade foi crescendo. Quando fizemos uma viagem para a Europa, foi muito bom porque em todos os países que passamos experimentamos todas as cervejas possíveis. Fomos nas principais cervejarias, em lugares que foram importantes na história”, relata. 

A escolha do dia

A data passou a ser celebrada em 2007, na Califórnia, mais especificamente na cidade de Santa Cruz. Na ocasião, o americano e amante de cerveja Jesse Avshalomov compartilhou a ideia com mais três amigos, e juntos convenceram o proprietário do bar preferido deles a fazer uma festa.

“Cerveja representa história e cultura, da mesma forma que a gastronomia. Quando aproveitamos na ponta, tomar uma boa cerveja, comer uma boa comida, às vezes não está tão claro, mas se trata de uma expressão cultural. O que pomos no copo ou na taça é uma construção histórica cultural/social. inclusive a diferença entre o copo e a taça no dia a dia já diz muita coisa. Eu gosto de lembrar sempre que a cerveja tem esse peso”, considera a consultora e juíza de competição de cervejas, Julia Reis.

Inicialmente, celebrava-se a data em 5 de agosto, mas depois da edição de 2012, a comemoração passou a ser na primeira sexta-feira do mês. Os idealizadores consideraram alguns aspectos para a mudança, como a necessidade de aproveitar o último dia da semana para se reunir com amigos e saborear cervejas. E não custa lembrar: beba com equilíbrio. 
 

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