Bebida

12/03/2024 16:00h

No ano, a inflação acumula alta de 1,25%. Em relação aos últimos 12 meses, a elevação chega a 4,50%

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A inflação do Brasil apresentou alta de 0,83% em fevereiro de 2024, após fechar janeiro em 0,42%. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos preços do grupo de Educação, que registraram salto de 4,98%. 

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE e são referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que, no ano, acumula alta de 1,25%. Em relação aos últimos 12 meses, a elevação chega a 4,50%. 

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Dos nove grupos analisados, sete apresentaram alta no último mês.  Nas atividades de Educação, a maior contribuição partiu dos cursos regulares, com salto de 6,13%, como explica o gerente da pesquisa, André Almeida.

“Os cursos regulares subiram mais de 6% por conta dos reajustes que são habitualmente praticados no início do ano letivo. Podemos observar alta de mais de 8% na Pré-Escola, no Ensino Fundamental e também no Ensino Médio”, considera. 

De acordo com o levantamento, também se destacaram os grupos de Alimentação e bebidas, com salto de 0,95%. Para o professor de finanças do Instituto de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Raphael Moses, entre outros pontos, a alta nos valores pode ter como relação o clima registrado nos últimos meses. 

“Caracterizado pela alta temperatura e maior volume de chuvas. Porém, é esperado que esse ponto seja normalizado. Caso isso não ocorra, aí podemos ver um aumento ainda maior dos preços, o que prejudicaria demais o bolso do consumidor”, afirma. 

Outro setor que apresentou alta foi o de Transportes, que teve salto de 0,72%. Para o economista Luigi Mauri, trata-se de um segmento que pode impactar de forma significativa o bolso do consumidor. 

“[O resultado se deve a uma] alta dos combustíveis, em virtude da reoneração do ICMS, já que uma Medida Provisória caducou este ano. O consumidor precisa ficar atento para os próximos meses, caso não haja nenhuma desoneração nesse setor. É uma área que deve afetar bastante as finanças pessoais”, pontua. 

Os demais grupos ficaram entre uma variação negativa de 0,44% e positiva de 1,56%.

Cenário nas capitais

No que diz respeito aos índices regionais, por capital, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta nos preços. A maior variação foi na capital sergipana. Aracaju contou com elevação de 1,09%. O resultado foi puxado pela alta da gasolina, que subiu 10,45%. O menor resultado, por sua vez, foi notado em Rio Branco, no Acre, com variação de 0,26%, puxado pela queda nos preços da passagem aérea, que recuaram 19,37%.

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Dr. Ajuda
23/02/2023 17:00h

A médica Gastroenterologista Maira Marzinotto dá mais informações.

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Por que temos ressaca após beber álcool? Neste vídeo a Gastroenterologista Dra. Maira Marzinotto dá mais informações.

O maior motivo para termos a ressaca após o consumo excessivo de álcool é a desidratação. 

O Álcool possui um efeito diurético em nosso organismo e quando ingerido em excesso pode aumentar muito a frequência de urina. Além disso, o álcool é metabolizado (transformado) no fígado e o produto que resulta dessa transformação é um dos principais responsáveis pelos piores sintomas da ressaca como dor de cabeça forte, enjoo, vômito, dores no corpo e no estômago, falta de apetite e baixa de açúcar no sangue.

Por isso, quando for consumir álcool beba muita água, se alimente bem e evite misturar diferentes tipos de bebidas na mesma ocasião. 

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda. 

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Brasil
10/09/2022 18:20h

Segundo levantamento do Mapa, 166 novos estabelecimentos do tipo foram registrados no país. Setor é responsável por 2% do PIB e por cerca de dois milhões de empregos diretos e indiretos

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O número de cervejarias registradas no Brasil cresceu 12% no ano passado. É o que mostra o Anuário da Cerveja 2021, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo o levantamento, a quantidade de estabelecimentos saltou de 1.383, em 2020, para 1.549 em 2021. 

No ano passado, 200 novas cervejarias se registraram e 34 fecharam as portas, o que significa um saldo positivo de 166 empresas no mercado. Para Glauco Bertoldo, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Mapa, o resultado confirma o bom momento do setor cervejeiro brasileiro. 

“Esse aumento de 12% é bastante expressivo e demonstra que o setor tem investido em novos estabelecimentos. Foram 200 novas lojas registradas no ano passado, quase um estabelecimento por dia útil. Se estão investindo, se estão tendo ânimo de abrir tantas indústrias assim, é porque o consumo e o mercado se encontram aquecidos. É um excelente prognóstico para o setor como um todo”, avalia. 

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o volume de cervejas vendidas no país cresceu 3,5% entre 2018 e 2019; 5,3%, de 2019 a 2020; e 7,7%, entre 2020 e 2021. No ano passado, os brasileiros compraram 14,3 bilhões de litros. Ano de eleições e Copa do Mundo, 2022 deve manter a tendência de alta que, de acordo com estimativa da Euromonitor, deve ser de quase 8%. 

Recorte regional
Quase 86% das cervejarias brasileiras estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste do país, que somam 1.329 estabelecimentos. São Paulo, com 340 empresas registradas, Rio Grande do Sul (285) e Santa Catarina (195) lideram o ranking entre os estados. 

No entanto, o mercado vem se expandindo no Norte e Nordeste, indica o anuário. Os estados que apresentaram o maior crescimento no número de cervejarias foram Rondônia, com alta de 200%; Acre, com alta de 100%; e Piauí, com 66,7%. “Esse movimento das cervejarias artesanais, das microcervejarias iniciou primeiro nos estados do Sul e Sudeste, mas é muito bacana ver também que esse novo mercado está se desenvolvendo agora para Norte e Nordeste e a gente imagina aqui que esse número possa aumentar bastante nos próximos anos nessas regiões”, afirma Bertoldo. 

Importância para a economia
Paixão de boa parte dos brasileiros, a cerveja é marcante para o sabor dos consumidores, mas também para a economia do país. O setor é responsável por 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Pesquisa encomendada pelo Sindicerv junto à Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que a cadeia produtiva cervejeira gera mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos. 

Apenas no ano passado, o faturamento do setor bateu os R$ 77 bilhões. Luiz Nicolaewsky, diretor superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), comenta a importância dessa atividade para a economia. 

“O setor é esplêndido. É esplêndido no mundo, pelo que ele representa no mundo em geração de empregos, principalmente, e no Brasil, em especial, pela capacidade da cadeia de produção, que é uma cadeia longa, que começa no plantio do cereal e termina no consumo, no copo, na lata, com um milhão e duzentos mil pontos de vendas no país”, explica. Segundo o próprio Sindicerv, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. 

Dia Internacional da Cerveja: Brasil é o terceiro país do mundo que mais produz a bebida

Consumo interno
O número de municípios que contam com, ao menos, uma cervejaria aumentou 10,3% no ano passado. O estado de São Paulo é aquele que tem mais cidades com, ao menos, um estabelecimento desse tipo. Já o Rio de Janeiro se destaca por ser a unidade da federação com a maior dispersão de cervejarias, já que mais de um a cada três tem, ao menor, uma cervejaria. 

Segundo o anuário, o Brasil tem uma cervejaria registrada para cada 137.713 habitantes. No ranking de densidade cervejeira por habitante, lideram os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. 

O crescimento das cervejarias no Brasil também é acompanhado pela alta na quantidade de produtos liberados no mercado. São 35.741, 5,2% a mais do que em 2020. Segundo Bertoldo, a preferência do brasileiro pela cerveja nacional está aumentando, o que ajuda a explicar porque o país importa a bebida cada vez menos. 

“Isso demonstra que as opções que estamos disponibilizando no mercado interno de cervejas especiais, esses produtos diferenciados, estão muito bons e com uma alta disponibilidade aqui no mercado interno. A gente não depende mais tanto da importação de cervejas especiais e temos boas alternativas aqui no país, inclusive com as nossas cervejas ganhando diversos prêmios internacionais, mostrando a maturidade do nosso setor produtor”, acredita. 

Segundo o Mapa, o Brasil exportou suas cervejas para 71 países no ano passado, o que resultou em um faturamento de US$ 131,5 milhões. As importações, com origem em 27 países, somaram pouco mais de US$ 15,7 milhões. 

Registro
O Mapa ressalta que todos os estabelecimentos que produzem, padronizam, engarrafam e vendem em atacado, exportam ou importam cerveja devem se registrar junto ao órgão. O mesmo vale para as bebidas fabricadas no país. O pedido pode ser feito por meio do gov.br, acessando o Sipeagro. O certificado de registro tem validade de 10 anos e demora, em média, 33 horas e 45 minutos para ser expedido. 

No início de setembro, o Mapa publicou o Cartilhão de Bebidas. O documento reúne as normas brasileiras que tratam dos padrões de identidade e qualidade, do registro de estabelecimentos e produtos, da importação e da exportação, além dos parâmetros analíticos e de composição. 

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23/08/2022 17:45h

Oito fabricantes e distribuidores de laticínios foram notificados para dar explicações sobre a produção de bebidas lácteas

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) conduz uma investigação para saber a composição do leite comercializado e o aumento nos preços do produto. O valor da mercadoria subiu 29,28% nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O objetivo da pasta é saber se consumidores têm informações claras sobre os ingredientes do leite, os valores nutricionais e o conteúdo dos rótulos.

No início deste mês, oito fabricantes e distribuidores de laticínios foram notificados pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon/MJSP) para prestar esclarecimentos sobre a utilização de soro de leite (líquido que sobra no processo de fabricação de queijos) para produzir bebidas lácteas. 

“O monitoramento é justamente para verificar como está funcionando o mercado, porque os valores aumentaram, como está a composição dos produtos, o que é esse soro de leite que está sendo comercializado, para realmente entender melhor”, explica a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Laura Tirelli.

As empresas têm 10 dias a partir da notificação para apresentar as justificativas. “Se os fabricantes se omitirem em responder ao MJ, poderá ser instaurado processo administrativo para apurar eventual conduta infrativa, tanto na ausência de respostas quanto no aumento dos preços de maneira abusiva ou em uma composição que não esteja de acordo com a legislação”, conclui Tirelli. 

Empresas notificadas pelo MJSP:

  • Danone Ltda
  • Italac/Goiasminas Indústria De Laticínios Ltda
  • Lactalis Do Brasil Comércio, Importação E Exportação De Laticínios Ltda
  • Laticínios Bela Vista Ltda (Piracanjuba)
  • Laticínios Porto Alegre Indústria E Comércio S/A
  • Nestlé Brasil Ltda
  • Quatá Alimentos E Laticínios S/A
  • Vigor Alimentos S.A

Diferença entre os produtos

O leite de vaca é aquele que não passa por nenhum processo de remoção de gordura, levado até as prateleiras com a maior parte das características nutricionais preservadas. A bebida láctea, por outro lado, é uma mistura do leite com o soro que resulta da fabricação de lácteos como queijos, por exemplo. 

“O soro do leite tem uma qualidade nutricional inferior ao leite. Vai ter menos proteína, menos gordura na sua composição. Quando comparamos o leite com bebida láctea, na composição nutricional dos produtos, a bebida láctea vai ser inferior ao leite e laticínios”, explica a nutricionista Ana Paula Miranda Tranqueira. 

Ao comprar esse tipo de produto nos supermercados, os consumidores devem ficar atentos. Ana Paula Miranda ressalta que é preciso clareza na rotulagem dos produtos. 

“Podemos identificar leite ou bebida láctea por meio do rótulo e, principalmente, por meio da lista de ingredientes. O primeiro item é o que tem maior quantidade naquele produto. Se quero levar leite pra minha casa, o primeiro nome que tem que estar escrito na lista é leite. Se tiver o nome de outros compostos, quer dizer que o produto não é leite.”

O que dizem as empresas

Por meio de nota, a Nestlé informou que o soro de leite é um produto lácteo utilizado como matéria-prima para a produção de itens de seu portfólio. A empresa reforçou que “cumpre todos os requisitos das legislações em vigor, disponibilizando aos consumidores produtos desenvolvidos com ingredientes de qualidade e garantindo informações a respeito da composição.” A companhia informa que recebeu a notificação pelo Ministério da Justiça e não comenta processos judiciais em curso.  

Já a Danone informou que recebeu a notificação e destacou que prestará todos os esclarecimentos. A empresa ressalta que “tem altos padrões de ética e transparência em todas as suas práticas e reforça o seu compromisso em entregar saúde e nutrição por meio de soluções inovadoras, atuando sempre com responsabilidade socioambiental.”

A Vigor recebeu a notificação oficial da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon/MJSP) e já prestou os esclarecimentos necessários ao órgão responsável. A empresa reforça que “preza pela qualidade dos produtos oferecidos aos seus consumidores, pela conformidade com a legislação vigente e pela transparência de suas práticas comerciais.” A Vigor informou que está à disposição do órgão para quaisquer esclarecimentos.

As outras empresas não responderam o pedido de posicionamento até a data da publicação desta reportagem. Segundo a Senacom, as informações prestadas pelas empresas são protegidas pela Lei de Acesso à Informação. Desta forma, somente quando os processos são abertos de fato é que alguns dados se tornam públicos.

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25/05/2022 02:00h

Sociedade Brasileira de Pediatria aponta os riscos do consumo indiscriminado de energéticos por crianças e adolescentes

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Ao longo dos últimos anos o consumo de energéticos e bebidas esportivas se popularizou entre crianças e adolescentes. Uma pesquisa norte-americana, mostrou que 31% dos adolescentes com idades entre 12 e 17 anos consomem bebidas energéticas à base de cafeína. A título de comparação, na mesma pesquisa, mas com foco em jovens e adultos, de 18 a 24 anos, 34% desse público consome o mesmo tipo de bebida. 

As bebidas esportivas são os isotônicos, que possuem na sua composição carboidratos, minerais e eletrólitos. Já os energéticos são fabricados a base de estimulantes, como café e guaraná, além de substâncias como ginseng taurina, creatina e carnitina. 

O Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou um estudo acerca do consumo desses produtos pelos jovens. A médica Mônica Moretzsohn, membro do departamento, ressalta a importância dos pais e responsáveis estarem atentos a este tipo de bebida. 

“É importante que o pediatra e as famílias estejam atentas ao consumo de bebidas energéticas. No Brasil, essas bebidas são regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determina um volume máximo de cafeína por porção, mas algumas bebidas além da cafeína tem o guaraná, que é um extrato rico em cafeína. E no Brasil não temos uma recomendação para idade mínima de consumo de cafeína, nem de bebidas energéticas”, salienta.

A Sociedade Brasileira de Pediatra alerta que estudos mais profundos e complexos sobre o consumo da cafeína ainda não foram feitos em crianças e adolescentes. Portanto, não se sabe se os efeitos buscados por adultos para o consumo da substância também são proporcionados em jovens. Além disso, vale ressaltar que entre os efeitos da cafeína no organismo estão: taquicardia, aumento da pressão arterial, insônia, alteração do humor e da atenção e ansiedade.

A educadora física, Maria Katia Chaves, mãe de dois filhos menores de idade, considera que o consumo de bebidas energéticas para crianças e adolescentes não é saudável. Ela não permite que seus filhos façam consumo da substância. “Eu, particularmente, não compro essa bebida para o meu filho de 17 anos. Não sou a favor de dar esse tipo de bebida para adolescente, criança, enfim… Devido a possibilidade de algum problema de saúde futuro. Não sou a favor”, opina.

Preocupações e regulamentações

De acordo com a Academia Americana de Pediatria, o consumo de bebidas esportivas deve ser evitado ou restringido para menores de 18 anos, por conta do alto conteúdo de carboidratos, que pode contribuir para o excesso de peso. Se forem consumidas, a ingestão deve ocorrer durante a prática de atividade física vigorosa, quando houver necessidade imediata de reposição de carboidratos e eletrólitos. No caso dos energéticos, devido ao seu conteúdo estimulante, a Academia não considera apropriado para crianças e adolescentes.

Em 2011, o Comitê de Nutrição da Academia Americana de Pediatria em conjunto com o Conselho de Medicina esportiva, publicou um relatório com base na preocupação com o aumento do consumo de bebidas energéticas por crianças e adolescentes. O documento mostrou que esse aumento ocorreu por vários motivos, entre eles o sabor agradável, a sede e desejo de energia extra para prática de esportes. 

Ainda existe uma preocupação quanto a mistura de bebidas energéticas e bebidas alcoólicas, principalmente destiladas, por adolescentes, devido a uma redução dos efeitos depressores do álcool, justamente pela ação da cafeína no córtex cerebral. 

No Brasil está em tramitação no Congresso Nacional o projeto de lei (PL 455/15) que proíbe a venda, a oferta e o consumo de bebidas energéticas para menores de 18 anos. Na proposta, os estabelecimentos que comercializam produtos energéticos ficam obrigados a informar sobre a proibição prevista na lei, caso ela entre em vigor. 

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