Dados mais recentes do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian mostram que, em julho, foram criados 399.643 novos negócios no país. Esse é o maior número de abertura de empresas desde o início do levantamento, em janeiro de 2010.
O resultado foi puxado principalmente pela categoria dos microempreendedores individuais (MEIs), que representam 71,05% dos novos negócios abertos no período, somando 283.936 CNPJs.
Na comparação com junho, houve um aumento de 10,64% no total de abertura de novos empreendimentos. Já em relação a julho de 2023, o crescimento foi de 17,69%.
Em relação à atividade econômica, 73,5% das novas empresas em julho de 2024 são do setor de serviços, 2 pontos percentuais (p.p.) a mais que no mesmo mês do ano passado.
Em segundo lugar ficou o setor de comércio com 19,2% dos novos empreendimentos, uma retração de 1,8 p.p. em comparação com 2023. Na sequência está a Indústria com 6,1% da abertura de novos negócios, um leve recuo de 0,3 p.p. em relação a julho do ano passado. Cerca de 1,2% foi classificado como demais setores e quase não teve variação em relação ao mesmo período de 2023 (-0,1 p.p.).
Na análise regional, o Sudeste e o Sul lideram com quase 70% do total de abertura de empresas em julho de 2024. O ranking por estado ficou assim:
Para outras informações e conferir a série histórica do indicador, acesse o link.
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O financiamento destinado à biodiversidade deve cobrir apenas entre 16% e 19% da necessidade total para impedir a perda da variedade de vida no planeta. Ou seja, há um déficit médio de US$ 711 bilhões por ano. A estimativa consta em publicação feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Dentro desse contexto, a entidade apresenta um documento que aborda sete pontos sobre prioridades da agenda internacional, diretamente relacionadas com o setor industrial. Denominado “Visão da Indústria sobre a COP16”, o estudo conta com proposições e alertas ligados às metas nacionais e ao monitoramento do plano de biodiversidade.
Segundo o gerente de Recursos Naturais da CNI, Mário Cardoso, a ideia é mostrar o papel da indústria no processo de desenvolvimento sustentável, expondo as formas que o setor tem trabalhado como efeito de compensação em relação a possíveis impactos.
“Por exemplo, você tem aquela indústria que faz o uso do recurso da biodiversidade - com a de cosmético ou farmacêutica – que vai mostrar a relação que ela tem com as comunidades de onde os recursos são extraídos, ou até mesmo o conhecimento tradicional associado para fazer aquele produto. Outro tipo de empresa é a que não faz uso do recurso da biodiversidade, mas sua atividade acontece dentro do ambiente natural. Ela vai mostrar o que está fazendo para proteger esse ambiente”, destaca.
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Um dos pontos abordados é o planejamento, monitoramento e revisão do Plano de Biodiversidade. Nesse sentido, a CNI defende a adoção de mecanismos que possibilitem o acompanhamento transparente dessa iniciativa. A ideia, segundo a entidade, é identificar possíveis lacunas e permitir tomadas de decisões que ajudem no cumprimento das metas estabelecidas.
Progresso para a atualização da Estratégia e Plano nacional:
Monitoramento do Plano de Biodiversidade:
Planejamento, monitoramento e revisão:
Repartição de benefícios para DSI:
Mobilização de recursos financeiros:
Biodiversidade e mudanças do clima:
Biologia sintética:
Indicador é medido por meio do volume produzido e das horas trabalhadas
Um indicador importante da indústria — o que mede a produtividade das horas trabalhadas — manteve quase estabilidade no segundo trimestre deste ano, variando negativamente 0,3% em relação ao primeiro trimestre. Os dados divulgados pela pesquisa Produtividade na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria, indicam que foi parecido o crescimento das variáveis que compõem o índice: enquanto a produção aumentou 0,9%, as horas trabalhadas cresceram 1,3% no período.
Apesar da leve queda registrada, a gerente de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Samantha Cunha, mantém expectativa quanto ao crescimento.
“Quando a gente olha o primeiro trimestre do ano, esse indicador tinha apresentado uma queda de 1,4%, interrompendo uma tendência de alta que a gente observava há alguns trimestres, e quando a gente olha para a variação da produção e das horas trabalhadas, a gente tem as horas trabalhadas crescendo a ritmo menor enquanto a produção segue num ritmo alto. Então a gente espera que essa produtividade mantenha seu ritmo de crescimento.”
Há três trimestres a demanda interna por bens manufaturados mantém a tendência de alta, isso é um indicativo de que a indústria nacional deve seguir crescendo, avalia a gerente da CNI.
“Um mercado de trabalho que está aquecido, trabalhadores sendo contratados, as horas trabalhadas devem continuar se acomodando, quando a gente tem a demanda por bens manufaturados crescendo, sendo atendida parte por importações, então é um cenário que favorece o aumento da produção.”
Outro resultado positivo vem com o aumento de 0,4% no número de trabalhadores neste segundo trimestre — é o melhor resultado do indicador nos últimos dois anos.
Outros avanços, na avaliação da gerente da CNI, devem reduzir o Custo Brasil e melhorar o ambiente de negócios, graças a políticas de governo para fazer avançar a indústria nacional:
“A Lei de Depreciação Acelerada, que permite a modernização do parque fabril brasileiro, e ela foi recentemente regulamentada. Além disso, a gente tem o plano Mais Produção, que centraliza os recursos da Nova Indústria Brasil, que é a nova política industrial brasileira. Tem ali o eixo Indústria Mais Inovadora e Produtiva, que também contribui para as empresas fazerem investimentos em inovação.”
A publicação Produtividade na Indústria acompanha a evolução da competitividade da indústria brasileira em relação aos principais parceiros comerciais, com foco no indicador de produtividade do trabalho — considerado determinante da competitividade.
Cresceram empregos, massa salarial e rendimento dos trabalhadores
O termômetro da economia traz resultados favoráveis com relação aos números de agosto. É o que mostra a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os indicadores que medem o desempenho do mercado de trabalho cresceram — emprego, massa salarial e rendimento médio do trabalhador — entre julho e agosto.
Um dos dados mais importantes vem do emprego — que há 11 meses não registra resultados negativos. Entre julho e agosto a alta foi de 0,4%, mas na comparação com agosto de 2023, o incremento chegou a 3,1% no número de postos de trabalho.
O desempenho de maior destaque ficou com a massa salarial dos empregados da indústria de transformação, que subiu 1,5% entre julho e agosto. No comparativo com o ano passado, o aumento foi de 1,7%. No acumulado do ano, a alta já chega a 3,3%.
Os números mostram, também, que o trabalhador da indústria está ganhando melhor — com avanço de 1,1% no rendimento médio entre os meses avaliados.
Indicadores como o faturamento real das empresas e as horas trabalhadas na produção mantiveram estabilidade entre julho e agosto, revela a pesquisa. O faturamento cresceu 0,7% e as horas 0,1%. Mas quando a comparação é com 2023, houve alta de 5,3% e 4,8%, respectivamente, entre os dois indicadores.
Para a economista da CNI, Larissa Nicko, mesmo com a estabilidade registrada nesses indicadores, há elementos que mostram que o segundo semestre deve ser de avanços.
“Embora na passagem de julho para agosto os indicadores relacionados à atividade industrial tenham mostrado relativa estabilidade, é cedo para dizer se isso é o início de uma nova trajetória. Isso porque o primeiro semestre veio forte para indústria de transformação e existem elementos para nós acreditarmos que o segundo semestre também será de crescimento, embora um crescimento mais modesto em relação ao que se apresentou no primeiro semestre.”
Ideia que é reforçada pela demanda por bens industriais e pelo próprio mercado de trabalho aquecido, acrescenta a economista.
A pesquisa mensal da CNI é importante para indicar como a atividade industrial vem se comportando em diversos pontos fundamentais, como faturamento, horas trabalhadas e rendimento médio. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial do país.
O estado que concentra o maior número de cidades bilionárias é São Paulo, com um total de 29
Levantamento feito pelo portal Brasil 61 mostra que o Brasil tem 92 cidades bilionárias, distribuídas entre as cinco regiões do país. Os dados são referentes ao ano de 2021 - os mais recentes disponibilizados. Esses municípios respondem por mais de um terço da população brasileira e têm um orçamento global de R$ 344,3 bilhões.
O estado que concentra o maior número de cidades bilionárias é São Paulo, com um total de 29. Em todo o Sudeste, há 46 municípios nessa condição. Entre eles está Barueri, localizado na região oeste da Grande São Paulo. De acordo com a prefeitura local, a força econômica do município, em aspectos industriais, está concentrada em áreas de Alphaville, Tamboré, Engenho Novo, Jardim Califórnia, entre outras.
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Já informações disponibilizadas pelo Sebrae apontam que, em 2022, os setores econômicos que mais reuniram trabalhadores no município foram os Serviços De Escritório, De Apoio Administrativo E Outros Serviços Prestados Principalmente Às Empresas (58,108), Atividades Dos Serviços De Tecnologia Da Informação (30,985), e Serviços Para Edifícios E Atividades Paisagísticas (24,912).
A região Centro-Oeste, que aparece com 7 municípios bilionários, tem como um dos destaques o município de Rio Verde (GO). De acordo com informações disponibilizadas pelo governo de Goiás, trata-se de uma das principais economias do estado, com pilar mais voltado pra o agronegócio, sobretudo para as agroindústrias.
A cidade é líder na produção de grão e está entre os principais exportadores de Goiás, em valores. Além disso, os setores de Comércio e Serviços também são bem desenvolvidos em Rio Verde, com estruturas de shoppings, lojas, lazer, feiras de artesanato, bares e restaurantes, entre outras atividades.
Municípios do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também aparecem na lista, como a capital sul-mato-grossense (R$ 4.377.631.757,86) e a capital do Mato Grosso, Cuiabá (R$ 3.059.625.469,51).
No Sul do Brasil, os três estados contam com cidades bilionárias e entre elas está a catarinense Balneário Camboriú. Forte no setor de Turismo, o município recebeu, só em janeiro de 2024, quase 592 mil visitantes. De acordo com o Ministério do Turismo, a cidade configura entre os principais destinos do país.
Já informações da Fecomércio apontam que a Pesquisa de Verão 2023/24 mostra uma alta de 4,7% no número de turistas em excursões. Em Santa Catarina, Balneário Camboriú estava entre os destinos mais procurados por turistas estrangeiros.
Já na região Nordeste, onde estão localizados 13 municípios bilionários, configura entre os destaques a cidade de Campina Grande, na Paraíba. Situada no agreste paraibano, a cidade tem o segundo maior PIB do estado.
Em 2021, a arrecadação teve um salto de 2,9%, chegando a R$ 10,373 bilhões. O ente respondeu pela segunda maior participação na Indústria do estado, em 2021, com 19,5%. O resultado foi puxado, sobretudo, pela indústria de transformação, com aumento das unidades locais da fabricação de bebidas (100%) e de produtos têxteis (5,6%).
Na região Norte, onde 9 cidades estão entre as bilionárias, um dos destaques é Marabá, localizada no sudeste paraense. Com uma população estimada em aproximadamente 270 mil habitantes, o município conta com uma força econômica mais voltada para o agronegócio, já que o PIB do setor, em 2021, estava em quase R$ 609 milhões.
Vale pontuar que a atividade industrial também se destaca. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (CODEC), o Distrito Industrial de Marabá conta com mais de 50 empresas instaladas em uma área de cerca de 4.260 hectares, divididos entre as Fases I, II e a Zona de Processamento e Exportação (ZPE).
O especialista em orçamento público Cesar Lima destaca a importância dessas cidades para a economia do país.
“Esses municípios representam hoje 4% do PIB brasileiro. E o número desses municípios tem crescido. Em 2018, tínhamos 65 municípios que arrecadavam acima de um bilhão de reais. Em 2019, 71. Em 2020, 82. E nós fomos para 92, demonstrando uma melhora na economia.”
NORTE
NORDESTE
CENTRO-OESTE
SUL
SUDESTE
O indicador que mede o otimismo dos empresários da construção civil subiu dois pontos em relação ao mês de agosto e está próximo da média histórica, com 53,8 pontos. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção é medido pela Sondagem da Indústria da Construção e divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No mês de setembro, todos os componentes que formam o ICEI da Construção tiveram alta, o que mostra, segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, que a avaliação dos empresários sobre o momento e o futuro da economia está menos negativa.
“A confiança dos empresários da construção aumentou e se afastou da linha divisória de 50 pontos, mostrando uma confiança cada vez mais disseminada, muito por conta da avaliação da economia brasileira. Isso é bastante importante, porque é essa avaliação que vem segurando a confiança dos empresários da construção, de forma geral”, avalia.
O índice que mede o nível de atividade da indústria da construção ficou em 49,7 pontos no mês de agosto, em queda na comparação com o mês de julho, mas próximo à linha dos 50 pontos — o que significa relativa estabilidade, segundo a CNI.
No segmento de Obras de Infraestrutura houve alta no nível de atividade e de empregos, já os setores de Construção de Edifícios e de Serviços Especializados registraram recuo na atividade. Mesmo com índices estáveis ou em leve queda em agosto, ambos estão em patamar muito acima do comum para o mês.
O bom desempenho, tem explicação, segundo Marcelo Azevedo.
“A construção vem tendo resultados positivos por conta de mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, que impulsionaram as vendas e o lançamento de unidades residenciais. Há também um crescimento de obras de infraestrutura. Há também a questão da taxa de juros. Apesar do recente aumento, a Selic ainda está menor do que no ano passado e esses efeitos defasados positivos continuam impulsionando o setor da construção”, analisa.
Em setembro, os empresários da construção demonstraram expectativas positivas para todas as variáveis pesquisadas, em especial para aquelas ligadas à produção do setor, como nível de atividade e novos empreendimentos e serviços. A expectativa de compra de matérias-primas registrou leve alta, ao passo que a do número de empregados não mudou.
Computadores e celulares fazem parte da vida de todo brasileiro e, segundo o IBGE, 163,8 milhões de pessoas têm aparelho de telefone celular no Brasil. Para incentivar a produção nacional da tecnologia da informação e de semicondutores, foi sancionada esta semana uma lei que cria o Programa Brasil Semicondutores — Brasil Semicon.
A Lei 14.968 prorroga o prazo dos incentivos tributários e outros benefícios concedidos à indústria de semicondutores e tecnologia da informação e comunicação — de 2026 para 2029. Além disso, determina a concessão dos incentivos por empresa beneficiária e não mais produto, incentiva a exportação de bens e serviços relacionados a semicondutores e ainda permite que o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) atuem na estruturação e apoio financeiro a novos empreendimentos ou já existentes.
O presidente Lula vetou, no entanto, o trecho do projeto aprovado no Congresso que permitia a prorrogação automática dos incentivos até 2073 — caso a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) dispensasse a cláusula de vigência de cinco anos para incentivos.
O argumento do presidente é que essa renovação automática contraria a LDO de 2024, que prevê a vigência máxima de cinco anos para os benefícios tributários, mas o veto ainda será analisado pelo Congresso.
Os semicondutores são materiais essenciais para a fabricação de componentes eletrônicos, como chips de computadores, smartphones e carros, entre outros produtos, como painéis solares.
Um dos termômetros da economia do país, a indústria brasileira segue este ano em patamares de crescimento, quando comparada com os números de 2023. É isso que revela a mais recente pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar de nem todos os indicadores terem sido positivos, o quadro geral é de otimismo, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
“Por mais que algumas das variáveis tenham caído de junho para julho, ao comparar o período de janeiro a julho deste ano com o ano passado, todas as variáveis mostram alta, algumas expressivas, tanto aquelas mais ligadas à atividade, como o faturamento, a utilização da capacidade instalada, como aquelas mais ligadas ao mercado de trabalho, como rendimento ou massa salarial”, avalia Marcelo Azevedo.
Nos últimos dez meses, todos os resultados de emprego na indústria foram positivos, revela a pesquisa. No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, o emprego cresceu 1,7%. Mas quando comparado a julho de 2023, o índice apresenta alta de 2,2%.
Alta também no número de horas trabalhadas na produção. “O resultado da passagem de junho para julho merece destaque, horas trabalhadas que mantiveram uma tendência de alta, alguns meses com crescimento, teve um crescimento de 0,9% na passagem de junho para julho, então, nos últimos meses, ele já vem trazendo uma trajetória de alta que se manteve.” avalia o gerente de Análise Econômica da CNI.
Com relação ao faturamento, houve estabilidade: 0,1% positiva entre junho e julho. Mas comparado julho passado, o indicador teve forte alta de 15,2%. Esse indicador está em seu maior patamar desde janeiro de 2021.
A queda da massa salarial da indústria entre julho e junho foi de 3,6%. Indicador que, desde março deste ano, vem alternando entre altas e quedas significativas. Apesar da queda recente, a soma dos resultados de janeiro a julho deste ano é 3,4% maior que a do mesmo período do ano passado.
Outro indicador que registrou queda em junho foi o do rendimento médio real da indústria de transformação — que caiu 3,7% em relação a junho. Ainda assim, os números seguem positivos na comparação com 2023, avalia Marcelo Azevedo.
“Os dois índices, tanto massa salarial quanto rendimento médio, vem mostrando oscilações fortes , especialmente a partir de abril deste ano, mas mesmo temos mostrado o que é de agora, na passagem de junho para julho, ambos os índices, quando se toma a média de janeiro a julho de 2024, se compara com 2023, eles mostram alta, assim como os outros indicadores.”
Todo mês a pesquisa Indicadores Industriais identifica a evolução de curto prazo da atividade industrial e é importante para indicar o comportamento da atividade industrial por meio de variáveis como faturamento, emprego, remuneração e utilização da capacidade.
A indústria de pequeno porte apresentou um aumento na confiança pela primeira vez em cinco meses. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) das pequenas indústrias subiu 1,8 ponto de julho para agosto, passando de 49,3 para 51,1 pontos, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, destacou a importância do aumento da confiança na indústria.
“O fato da confiança estar bastante espalhada e intensa em vários dos setores industriais, portes de empresa e regiões é bastante importante. Esse sentimento positivo mostrado pela pesquisa da indústria nesse mês de agosto, ele pressupõe um melhor momento da indústria, antecipa o que pode ser um aumento da produção, um aumento do emprego e do investimento, de uma forma geral, para toda a indústria, desde as pequenas empresas, médias e grandes setores de atividade. É bastante importante perceber que as pequenas entraram agora no momento de maior confiança, normalmente depois de um período de dificuldades econômicas.”
O otimismo também cresceu entre as empresas de médio e grande porte. Nas médias indústrias, o ICEI aumentou 1,3 ponto, alcançando 51,9 pontos. Já nas grandes indústrias, o indicador subiu 1,5 ponto, atingindo 53,1 pontos. Desde abril deste ano, os empresários de todos os portes não demonstravam confiança.
A confiança também retornou à indústria do Sul do país após quatro meses. O ICEI na região subiu 2,2 pontos, passando de 47,9 para 50,1 pontos. A recuperação é observada após os impactos das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio.
Em agosto, a confiança aumentou nas indústrias das regiões Centro-Oeste (+1,8 ponto), Sudeste (+1,6 ponto), Norte (+0,7 ponto) e Nordeste (+0,4 ponto). A melhora no Sudeste fez com que o ICEI ultrapassasse a linha de 50 pontos na região. Assim, empresários de todas as cinco regiões do país estão demonstrando otimismo.
Além disso, a confiança aumentou em 19 dos 29 setores industriais analisados pela CNI. Os setores que apresentaram as maiores elevações foram: produtos de minerais não metálicos (+5,3 pontos), vestuário e acessórios (+4,2 pontos), produtos de material e plástico (+3,9 pontos) e madeira (+2,2 pontos). Atualmente, 22 setores da indústria estão demonstrando confiança, enquanto sete ainda registram falta de confiança.
A CNI consultou 1.797 empresas entre 1° e 9 de agosto de 2024, incluindo 696 de pequeno porte, 658 de médio porte e 443 de grande porte.
Em 2023, a Indústria brasileira gastou R$ 243,7 bilhões com custos regulatórios, o equivalente a 4,1% da receita líquida do setor. O valor se refere aos gastos que as empresas despendem para se adequarem a normas às quais estão submetidas, como obtenção de licenças, certificações obrigatórias, perdas por paralisações na produção devido a atrasos na concessão de licenças, entre outras.
A estimativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que avalia que o ambiente regulatório do país ainda é confuso e difícil de navegar, mesmo com a publicação de mais de 850 normas por dia e mais de 200 órgãos e agências reguladoras.
Durante o 2º Encontro de Reguladores com o Setor Produtivo — co-realizado pela CNI em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) —, o vice-presidente da CNI Léo de Castro afirmou que a agenda do custo regulatório precisa ganhar destaque no debate do desenvolvimento do país.
“Uma regulação bem feita cria segurança jurídica, dá velocidade ao empreender e, consequentemente, acelera a taxa de crescimento do país. Então, você tem o custo mensurável e o custo imensurável, que é a insegurança jurídica, o tempo de resposta dos órgãos reguladores, que muitas vezes atrapalham toda a dinâmica de empreender. Hoje nós perdemos competitividade relativa também por estar regulado de uma forma excessiva.”
Segundo estimativas do Movimento Brasil Competitivo (MBC), para que o Brasil tenha as mesmas condições de competitividade dos países da OCDE, é preciso reduzir em 27% os custos regulatórios.
Na ocasião, o vice-presidente da CNI também apresentou a Visão da Indústria sobre a Qualidade Regulatória, com as propostas para melhorar o ambiente de negócios. O documento, elaborado com a contribuição de 30 associações setoriais, 16 federações da indústria e 50 especialistas, aponta os principais desafios e indica as diretrizes para melhoria da qualidade do processo regulatório nos seguintes aspectos:
O dirigente da CNI também pediu prioridade para a conclusão do projeto CodeX — ferramenta em desenvolvimento sob liderança da Casa Civil da Presidência da República. O instrumento tem o objetivo de reunir decretos, portarias, instruções normativas e demais normas infralegais em uma única plataforma.
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