Ciência

26/05/2023 20:10h

A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e prevê o montante de R$46,1 milhões para fortalecer e ampliar as ações de ciência e tecnologia no Paraná

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Estado do Paraná contará com pacote de investimentos de R$46,1 milhões para fortalecer e ampliar as ações de ciência e tecnologia no Paraná, além de apoiar projetos nas áreas de pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação das sete universidades estaduais.

A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e os recursos são oriundos do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, instituído pela Lei nº 21.354/2023 e gerenciado pela secretaria. 

O intuito do pacote é financiar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a partir de acordos de parceria e cooperação firmados entre as universidades e organizações empresariais e institucionais paranaenses, públicas e privadas. 

Para a especialista em Ciência e Tecnologia, Juliana Roman, investir em áreas tecnológicas é ganhar riqueza para o país. 

“A importância de investimentos na área acaba sendo ressaltada pela própria necessidade de incentivar o desenvolvimento socioeconômico e ampliar a competitividade empresarial agregando tecnologia aos processos de produção de bens e serviços. Além disso, nós temos um ganho humano e um ganho de capacidade intelectual no momento em que há espaço para a capacitação de líderes, para geração de riqueza no país e também para geração de novos empregos”, afirmou a especialista. 

Ao todo, o programa reúne cinco editais que serão aplicados em projetos ligados aos segmentos de microempresas e microempreendedores individuais (MEIs), pequenas e médias empresas, para as iniciativas propostas por municípios, cooperativas e outras organizações. 
 

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22/02/2023 15:28h

Plataforma que usa inteligência artifical é capaz de criar conteúdos sobre diversas áreas do conhecimento em questão de segundos

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A pesquisa pelo Chat GPT tem se mostrado em ascensão desde dezembro do último ano, de acordo com o Google Trends, ferramenta que mede tendências de busca na web. A plataforma desenvolvida pela empresa norte-americana OpenAI, interage com o usuário de forma imediata com a elaboração de textos completos e coesos simulando uma conversação humana. 

O robô virtual conta com uma extensa base de dados e, assim como outras ferramentas de inteligência artificial, imita capacidades humanas, como explica a consultora em proteção de dados e governança da internet no Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS), Juliana Roman.

“Trata-se de um sistema de inteligência artificial capaz de manter conversações a nível praticamente humano, se baseando então nas questões de treinos prévios. Tem uma base de dados que foi capaz de aprender com intervenções e também com colaborações prévias”, ressalta. 

Um dos principais debates levantados sobre a plataforma é a possibilidade de prejuízo à criatividade e à aprendizagem. Para Juliana Roman, depende da utilização da tecnologia. Ela defende que o robô virtual tanto pode ajudar em sua produção intelectual, como também pode prejudicar a criatividade e a autenticidade das informações. E alerta para uma atenção especial a crianças e adolescentes.

“Devemos levar em consideração, principalmente crianças e adolescentes, pelo princípio da proteção integral da criança e do adolescente tendo em vista o próprio estado peculiar de desenvolvimento que esses indivíduos estão passando. Então ter uma maior preocupação do uso dessas ferramentas ‘para o quê?’ e ‘por quem’. Essa análise é de extrema importância para que a gente possa realmente ter uma noção sobre os impactos, riscos e benefícios da questão”, explica. 

A ferramenta é capaz de otimizar o trabalho de pessoas e empresas. Produções textuais que poderiam levar horas são realizadas em alguns minutos. No entanto, ao criar uma conta para acessar a plataforma, vários avisos são mostrados na tela. Os alertas chamam atenção para a possibilidade de geração ocasional de informações incorretas ou enganosas, além da possível exibição de conteúdos ofensivos ou tendenciosos. 

Pesquisadora Ana Frazão fala sobre a importância de marco regulatório para a inteligência artificial no Brasil

Ainda nos balões de aviso, é solicitado aos usuários que não compartilhem informações sensíveis na plataforma, já que as conversas podem ser revisadas pelos “treinadores de IA”. Juliana Roman destaca como benefícios da plataforma o acesso à informação e a criação de conteúdo. Por outro lado, a especialista chama atenção para a possibilidade de utilização inadequada da plataforma para disseminar desinformação. 

“A inteligência artificial vem sendo constatada como uma importante ferramenta para lidar com questões no âmbito privado e no âmbito público. Então nós vemos questões relativas a traduções automatizadas, questões de tráfego aéreo, ferroviário, automotivo, por exemplo.  O Chat GPT pode auxiliar na questão de criação de conteúdo, acesso à informação, mas também pode ser uma ferramenta muito complexa no que diz respeito a divulgação de informações que não sejam verídicas, as conhecidas fake news”, afirma.  

A reportagem questionou à plataforma quais os riscos ela oferece e a resposta emitida pela própria ferramenta foi a seguinte: 

Chat GPT:

Assim como qualquer tecnologia que envolve processamento de dados e inteligência artificial, o ChatGPT pode apresentar alguns riscos se não for usado corretamente. Alguns dos riscos associados ao uso do ChatGPT incluem:

Viés: o ChatGPT é treinado em dados textuais existentes e, portanto, pode perpetuar ou amplificar preconceitos e estereótipos já presentes nos dados. Isso pode levar a respostas tendenciosas ou discriminatórias.

Disseminação de informações falsas: o ChatGPT pode ser alimentado com informações incorretas ou falsas, o que pode levar a respostas imprecisas ou até mesmo perigosas. Por isso, é importante que o modelo seja alimentado com fontes confiáveis e verificadas.

Privacidade: o ChatGPT pode coletar e armazenar informações pessoais, como as perguntas e respostas dos usuários. Isso pode representar um risco de privacidade se essas informações forem usadas de forma inadequada.

Dependência excessiva: se usado de forma excessiva, o ChatGPT pode levar a uma dependência excessiva na tecnologia para responder a perguntas e tomar decisões. Isso pode levar a uma diminuição na capacidade de pensamento crítico e habilidades de resolução de problemas.

Fonte: Chat GPT

Conhecimento limitado
Apesar da quantidade de informações, para o bem ou para o mal, o conhecimento do qual a ferramenta dispõe está limitado a acontecimentos que ocorreram até 2021. Ao ser questionada pela reportagem sobre o tema da “Guerra na Ucrânia”, a plataforma elaborou um texto destacando as tensões entre as forças ucranianas e as forças separatistas ocorridas a partir de 2014. Entretanto, a ferramenta não cita a invasão Russa ao território ucraniano em fevereiro do ano passado. 

Como acessar o Chat GPT?
O Chat GPT está em fase de testes. Por isso, o acesso à plataforma, por enquanto, é gratuito. De acordo com a OpenAI, o objetivo é “obter feedback externo para melhorar nossos sistemas e torná-los mais seguros". Para acessar basta entrar no site chat.openai.com/chat, clicar em “sign up” e criar uma conta utilizando e-mail e senha. 
 

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13/01/2023 13:30h

Visitantes que compraram ingressos para os dias em que o espaço esteve fechado poderão optar por reembolso ou cortesias para outra data

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O SESI LAB voltou  a abrir as portas. O museu interativo de arte, ciência e tecnologia interrompeu a programação por questões de segurança, após os violentos protestos do último dia 8, que resultaram na depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. Quem comprou ingressos para os dias 8, 9 e 10 receberá um e-mail da Sympla com orientações para reembolso ou, se preferir, retirada de cortesia para outra data. 

O espaço é aberto de terça a sexta-feira, de 9h às 18h. Sábado, domingo e feriado o museu funciona das 10 às 19h. Todos os dias, às 10h30 e às 15h30 são realizadas visitas guiadas pela equipe de educadores do museu. Os interessados devem retirar senha trinta minutos antes de cada visita no balcão de informações, localizado na entrada principal.

Inaugurado no final de novembro do ano passado, o SESI LAB visa proporcionar uma experiência inédita aos visitantes por meio de uma conectividade 100% interativa entre arte, ciência e tecnologia. O museu está localizado ao lado da rodoviária do Plano Piloto, um dos locais mais movimentados de Brasília, no antigo edifício Touring Club, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. De acordo com o diretor de Operações do Sesi Nacional, Paulo Mól, a interatividade do espaço potencializa a experiência e aprendizagem dos visitantes

“É um museu extremamente importante porque ele é interativo. As pessoas interagem com cada um dos aparatos. Então, todos os aspectos científicos, aí estou falando da física, da química e da biologia, as pessoas começam a aprender todos esses fenômenos a partir da interação com os aparatos que estão lá. Isso é extremamente importante para o aprendizado. Muito mais importante do que o museu, é o movimento em prol da educação no Brasil”, afirma.

A partir de março de 2023, grupos escolares, de organizações não governamentais, empresas e outros poderão agendar visitas. Para isso, basta preencher o formulário no site www.portaldaindustria.com.br/sesi/sesi-lab/visite/. A expectativa é receber cerca de 85 mil estudantes e 3 mil professores, além de 350 mil visitantes por ano. Paulo Mól destaca o estímulo à educação proporcionado pelo SESI LAB.

“Nosso objetivo é fazer com que possamos atrair novos cientistas, novos pesquisadores, que isso passe a fazer parte da vida de todas as pessoas, de todos os estudantes. O Sesi Lab vai ser um apoio às escolas nas áreas de arte, ciência e tecnologia”, pontua. 

O SESI LAB conta com cinco galerias expositivas e 100 experimentos interativos em exposição de longa duração. O espaço permite a interação de pessoas que circulam próximo ao museu com as obras. Dentre elas, um painel inédito do artista Athos Bulcão, com aproximadamente 135 metros quadrados de uma combinação de três azulejos que formam diferentes imagens ao longo de sua extensão.

As entradas podem ser adquiridas na bilheteria digital. A inteira custa R$ 20, enquanto o valor da meia é R$ 10. Há também uma ampla política de gratuidade, que abrange crianças com até 10 anos de idade, pessoas com deficiência e outros. Além disso, na primeira quinta-feira do mês, a entrada é gratuita para todos os públicos.  

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10/01/2023 04:00h

Proposta de regulamentação da inteligência artificial no Brasil está em análise pelo Senado Federal

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Ao ouvir falar em inteligência artificial, logo vem à cabeça as produções futuristas de Hollywood. Mas o conceito é muito mais abrangente. De acordo com a consultora na área de proteção de dados e governança da internet no Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS), Juliana Roman, os sistemas de inteligência artificial são capazes de adaptar o seu comportamento, até certo ponto, por meio de uma análise dos efeitos das ações anteriores e de um trabalho autônomo, a chamada machine learning (aprendizado de máquina). Ela pontua que a inteligência artificial copia algumas capacidades humanas. 

“A inteligência artificial é a capacidade que tem uma máquina para reproduzir competências semelhantes às humanas, como é o caso do raciocínio da aprendizagem, planejamento e também da criatividade. A inteligência artificial permite que sistemas técnicos percebam o ambiente que os rodeiam e lidem com essa percepção resolvendo problemas agindo no sentido de alcançar um objetivo específico”, explica Juliana Roman. 

Para a consultora, a transformação digital tem sido a grande protagonista do século XXI. O ambiente virtual passou a ser integrado aos diferentes aspectos da vida humana, desde negócios às relações afetivas, o que, segundo Roman, tem causado diversos impactos nos níveis social, econômico e político na sociedade.  

“A partir da inteligência artificial, é possível fornecer recomendações personalizadas aos usuários com base nas suas buscas, nas suas pesquisas, de compras anteriores e também do seu comportamento on-line. As traduções automatizadas, o software de tradução linguística, é baseado em texto escrito ou falado, confia na inteligência artificial para fornecer e melhorar as traduções. Em cidades inteligentes, podemos ver a inteligência artificial utilizada de forma a controlar o tráfego de automóveis. No combate à desinformação, algumas aplicações de inteligência artificial podem detectar notícias falsas, por meio do controle de informações”, exemplifica. 

Marco legal da inteligência artificial

Tramita no Congresso Nacional o projeto de lei 21/2020, que estabelece os princípios, direitos e deveres para o uso de inteligência artificial no Brasil. De autoria da Câmara dos Deputados, o PL aguarda a apreciação pelo Senado Federal, o que pode acontecer em 2023. 

Em dezembro de 2022, uma comissão de juristas, encarregada da regulamentação do tema, entregou um documento para estabelecer o marco legal da inteligência artificial ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O relatório foi juntado ao PL 21/2020. 

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ricardo Villas Bôas Cueva, que presidiu a comissão de juristas, destacou que diversos representantes da sociedade civil e especialistas foram ouvidos, além de terem realizado audiências públicas e seminário internacional para a construção do relatório. 

“A comissão procurou se inspirar não apenas nas inúmeras contribuições apresentadas, mas também na experiência internacional, procurando, desse modo, sugerir um modelo de regulação que ao mesmo tempo promova de um lado segurança jurídica e inovação tecnológica e do outro garanta a proteção dos direitos humanos e das garantias individuais”, enfatiza o ministro.  

O autor do projeto, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), explicou ao Brasil 61 que a inteligência artificial traz melhorias em diversos serviços públicos.

“Você ter um bom atendimento na saúde pública, uma melhoria na segurança pública, usando equipamentos de inteligência artificial. E esse evento mostrou justamente isso, casos de sucesso tanto em gestão pública, de economizar o recurso se tiver gestões mais eficientes, porque quando você economiza o recurso você está gastando esse recurso com investimento no município, com obras e aquisição de equipamentos, e mostrou também casos de eficiência que melhoraram o atendimento ao cidadão.”

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02/01/2023 04:30h

Advogada fez parte da equipe de juristas responsável pela proposta de regulação da inteligência artificial, entregue ao presidente do Senado

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A inteligência artificial deve ganhar um marco regulatório em breve. Está nas mãos do presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco, o relatório final da comissão de juristas encarregada da regulamentação do tema. Para explicar melhor o assunto, o portal Brasil 61 conversou com a advogada e professora de direito civil, comercial e econômico da Universidade de Brasília  (UnB), Ana Frazão, que integrou a equipe de juristas responsável pela proposta de regulação.

A advogada deu detalhes sobre a elaboração do relatório. Para ela, a legislação se faz necessária, já que essa tecnologia está cada vez mais presente na vida da população, inclusive na hora de procurar emprego. Ana Frazão explica também o conceito e fala sobre a possibilidade da inteligência artificial substituir a mão de obra humana. Ela alerta para a necessidade de investimentos na educação para garantir que os cidadãos estejam preparados para assumir cargos com mais complexidade, devido ao avanço da tecnologia, e não corram o risco de ficar desempregados. 

Brasil 61 - O que a comissão levou em consideração para elaborar a proposta?

A.F. - A comissão se debruçou sobre o tema, aproveitando a melhor experiência internacional para tentar fazer um projeto de regulação de inteligência artificial, baseado em riscos, mas também baseado em direitos, tendo por centralidade a proteção da pessoa humana. Que pudesse, principalmente, sair de uma abordagem, exclusivamente ou prioritariamente, principiológica, para abranger também soluções concretas de aplicação prática e que pudessem não apenas proteger efetivamente os direitos dos afetados pelo sistema de inteligência artificial, como também oferecer parâmetros seguros para os agentes econômicos, já que segurança jurídica e previsibilidade são também valores extremamente importantes para o próprio mercado e para a própria inovação. 

Brasil 61 - Quais tecnologias estão inseridas na definição de inteligência artificial?

A.F. - A questão da definição da inteligência artificial  ela é bastante desafiadora, mas a comissão sabia que precisaria enfrentar esse problema e exatamente por isso ela dedicou o artigo 4º inciso primeiro é essa definição. É um conceito bastante plástico, que abrange não apenas machine learning (aprendizado de máquina), que talvez seja a tecnologia mais conhecida e mais difundida, mas várias outras tecnologias e inclusive é um conceito aberto que pode incorporar futuras tecnologias, que hoje ainda não são tão conhecidas ou não utilizadas, porque é um conceito que se baseia, na verdade, em uma noção também de propósito e mecanismo de atuação de forma a abarcar qualquer tipo de tecnologia que se adequa a esses parâmetros que foram fixados. 

Brasil 61 - Qual a importância de uma legislação específica sobre o tema?

A.F. - Cada vez mais os destinos das pessoas são decididos por sistemas de inteligência artificial, que hoje, muitas vezes, são aqueles que escolhem quem vai ser contratado para um determinado emprego, quem vai ser promovido ou não, quem vai ser demitido, quem vai ter acesso a um produto ou serviço e mediante que condições. Então, a partir do momento em que a inteligência artificial começa a assumir esse protagonismo em nossas vidas, começa também a haver o risco de que, ao fazer esses julgamentos, ao fazer essas referências, ao classificar e rankear pessoas, ela também possa estar violando os direitos dessas pessoas, ela possa estar discriminando pessoas ou determinados grupos e tantos outros aspectos. Por essa razão, é fundamental que haja uma regulação de inteligência artificial a fim de mitigar esses riscos e a fim de assegurar que a utilização da inteligência artificial possa ser compatível com direitos fundamentais da mais alta importância.

Brasil 61 - Quais pontos a senhora destaca na proposta entregue ao presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco?

A.F. -  Eu diria que um dos pontos altos do projeto é ter previsto um regime que é flexível e que se adequa ao nível de risco, ou seja, para o baixo risco é um regime regulatório bastante leve. Enquanto que para o alto risco ele é um regime mais rigoroso, mais exigências, exatamente porque a ideia é modular o regime de responsabilidades e deveres dos agentes econômicos de acordo com o risco de tecnologia que eles estão desenvolvendo ou utilizando. 

Brasil 61 - Existe um temor popular de que a inteligência artificial substitui a mão de obra humana. Existe a possibilidade disso acontecer?

A.F. - Existe, sim, uma preocupação considerável com isso, a gente já tem visto hoje sistemas de inteligência artificial substituindo ou sendo pelo menos capazes de substituir decisões humanas nas mais diferentes searas. Eu parto da premissa de que não há determinismo absoluto no sentido de que, necessariamente, a utilização das máquinas vai levar a esse desemprego, mas isso pode acontecer, sobretudo, se os governos não adotarem políticas de educação muito intensas desses trabalhadores, porque é claro que, normalmente, a parcela de trabalhadores que é mais afetada por essa automação é exatamente os trabalhadores de baixa qualificação. 

Brasil 61 - O que é possível fazer para se preparar para esse cenário?

A.F. - A gente está partindo da premissa de que, em um horizonte muito próximo, novos empregos, novas atividades surgirão diante de outras que passam a ser assumidas pelas máquinas, a gente sabe que essas novas atividades exigem um nível de educação, uma maior sofisticação de capacidades e habilidades por parte dos trabalhadores. Em um país como o Brasil, em que a gente tem um percentual imenso da população que é analfabeto do ponto de vista funcional, isso é um problema imenso. No Brasil, essa é uma preocupação que eu acredito que deve estar no nosso cenário, mas, repito, a solução para o problema não é impossibilitar o avanço da automação sempre que a automação se mostrar mais adequada, me parece que a solução do problema é investir em uma educação exatamente para possibilitar que os nossos trabalhadores consigam assumir novas funções mais qualificados e que, inclusive, revertam para ele maiores benefícios, como, por exemplo, o aumento de salários.

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22/12/2022 03:30h

Opção para período de férias escolares, museu interativo tem programação até 30 de dezembro, com oficinas, jogos, sessões de cinema, entre outras atrações. Entrada é gratuita neste primeiro mês de funcionamento

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Em dezembro, o SESI Lab aposta em uma programação recheada de atividades educativas e culturais. Entre as atrações deste mês estão sessões de cinema, jogos, oficinas, visitas guiadas, entre outras atividades, sendo uma ótima opção de lazer para esse período de férias. O museu interativo nasceu de uma parceria entre o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

O espaço multiuso, inaugurado em 30 de novembro, no antigo Edifício Touring Club, no coração de Brasília, tem o intuito de agregar conhecimento de modo lúdico, interativo e democrático. De acordo com a gerente de Programação Cultural do SESI, Agnes Mileris, as atrações para este mês foram pensadas para atrair todos os públicos. 

“Toda essa programação e exposições têm entrada gratuita até dia 31 de dezembro. A gente preparou essa programação educativa e cultural bem especial nesse primeiro mês. A gente espera todos os visitantes aqui de Brasília para vir aqui, conhecerem o museu e participarem das atividades com a gente.”, convida Agnes Mileris.

A participação nas atividades necessita de retirada de senha, obtida no balcão de recepção, 30 minutos antes de cada atração. Para as sessões de cinema, as entradas são retiradas no mesmo local, mas com uma hora de antecedência. As visitas guiadas são feitas todos os dias às 10h30 e às 15h30, também mediante retirada de senha. 

Para ter acesso gratuito ao museu interativo é necessário retirar o ingresso na plataforma Sympla. No entanto, o espaço não vai estar aberto ao público nos períodos de 24 a 26 de dezembro e 31 de dezembro a 2 de janeiro, retomando as atividades no dia 3 de janeiro.

Confira a programação para este mês:

Programação de dezembro do SESI Lab

O espaço

O antigo Edifício Touring Club, localizado próximo à Rodoviária do Plano Piloto e a Biblioteca Nacional, foi transformado em um reduto da união entre ciência, tecnologia, arte e cultura. O SESI Lab tem 8.000 metros quadrados de área construída, que conta espaços expositivos, salas interdisciplinares, cafeteria e loja de artigos exclusivos. Segundo o diretor de Operações do SESI, Paulo Mól, o complexo multiuso com experiências sensoriais e educativas foi pensado para ser um espaço lúdico, democrático e inclusivo.

“É uma forma da gente demonstrar o compromisso que o SESI tem com a educação de qualidade, com a formação dos nossos alunos, com a melhoria da educação no país. Então é o SESI, na Esplanada dos Ministérios, no centro do poder, no centro do país, deixando uma mensagem clara de melhora da educação e que a agenda da educação é prioritária para se ter um país melhor”, ressalta Paulo Mól.

O SESI Lab funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, domingo e feriados, das 10h às 19h. Toda primeira quinta-feira do mês o horário de funcionamento será estendido, das 9h às 21h.

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05/12/2022 04:15h

Atrações culturais, educativas e científicas são voltadas para todos os públicos, em espaço democrático e inclusivo do SESI, em parceria com o SENAI

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O SESI Lab abriu as portas para o público no dia 30 de novembro, em Brasília, com proposta inclusiva, inovadora, educativa e democrática. A iniciativa tem atrações culturais, científicas e educativas para o público de todas as idades. É uma parceria do Serviço Social da Indústria (SESI) com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). 

O espaço está localizado no coração de Brasília, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, no prédio que antes abrigava o Touring Club. O edifício já tem história por si só, pois foi projetado por um dos grandes nomes da arquitetura brasileira: Oscar Niemeyer. Segundo o coordenador de operações do SENAI, Paulo Mól, o museu interativo tem como pilar ser um local acessível para todas as pessoas. 

“O SESI Lab é inclusivo. Ele é inclusivo de várias formas. Então o acesso ao SESI Lab precisaria ser fácil para que as pessoas pudessem chegar até aqui. E tudo aqui é pensado na inclusão. Todas as pessoas podem vir”, afirma Paulo Mól.

O museu reúne cem experimentos interativos em exposição de longa duração, além de programação cultural e mostras temporárias. A expectativa é que o espaço receba 350 mil pessoas a cada ano. Além disso, 85 mil estudantes e três mil professores poderão participar de formações, oficinas, cursos e atividades culturais.

Opção de aprendizado e lazer

A inauguração do SESI Lab movimentou o feriado local do Dia do Evangélico no Distrito Federal, com apresentações musicais, DJs, contações de histórias e performances artísticas. Por isso, muitas pessoas aproveitaram a folga para conhecer o museu interativo, como foi o caso da estudante de mestrado Nathália Feitosa.

“Eu não sou daqui, eu sou de Maceió, cheguei em Brasília há pouco tempo. Mas estava conversando com um pessoal e me falaram sobre a abertura do espaço, e disseram que seria muito legal para designers e eu vim conhecer. Eu tô achando legal, totalmente diferente do que eu já tinha visto”, diz a estudante.

O arquiteto Marcel Santana aproveitou o feriado para levar a filha Maia, apaixonada por ciências, para curtir o mais novo espaço dedicado ao tema. 

“Estou achando muito interessante. A Maia gosta muito de ciências e a gente estava sentindo falta de um espaço desses em Brasília, e agora tem uma atividade diferente para as crianças. É bem interessante, ela está gostando muito”, diz o arquiteto.

Inspiração

A implementação do projeto contou com a assessoria técnica de um dos principais centros interativos do mundo, localizado em São Francisco, nos Estados Unidos, o Exploratorium. Esse laboratório público de aprendizagem, criado pelo físico Frank Oppenheimer, tem como fundamento o ensino da ciência, por meio da interação com a arte, de forma lúdica e interativa. 

O espaço recém-inaugurado também deu vida a um painel de azulejos inédito de Athos Bulcão. O projeto do artista havia sido criado para o antigo Touring Club, mas nunca havia sido executado. O museu também conta com uma cafeteria e uma loja de produtos autorais.

Durante todo o mês de dezembro, a entrada no SESI Lab será gratuita, mas é necessário retirar os ingressos com antecedência via internet, pela plataforma Sympla. Após esse período, a entrada inteira custará R$ 20 e a meia-entrada, válida para estudantes, idosos e professores, será de R$ 10. O museu abre de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 19h.

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02/12/2022 14:25h

O podcast Giro Brasil 61 faz uma seleção dos principais fatos e acontecimentos noticiados pelo Brasil61.com durante a semana

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No episódio desta semana (2), o podcast Giro Brasil 61 traz a aprovação pelo STF da “revisão da vida toda” pelo INSS; o Brasil é um dos países com alta carga tributária e sistema de cobrança de impostos complexo; um a cada 10 animais morre por causa do plástico no mar; 10 milhões de mulheres empreendem no país; e a inauguração do museu interativo SESI Lab, em Brasília.

Quer saber tudo? Aperte o play e confira! 

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30/11/2022 03:30h

Relatos de parcerias, importância da ciência para o País e formação de jovens talentos foram alguns dos temas discutidos no evento

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O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) participou nesta terça-feira (29), da abertura 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília (DF). O evento é promovido anualmente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em parceria com instituições públicas e governos estaduais e municipais. A feira estará aberta a visitação até o domingo, dia 4 de dezembro, e tem como tema “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”.

Um dos destaques no estande do MDR é a apresentação do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Outras ações da Pasta que podem ser conhecidas no espaço são programas ambientais voltados à segurança hídrica, em áreas como conservação da fauna e da flora e salvamento de bens arqueológicos.

“Quando nós fomos planejar o programa Águas Brasileiras, contamos muito com a parceria do MCTI, exatamente porque poderíamos planejar, juntos, um projeto de tanto sucesso, que já captou mais de R$ 85 milhões. Junto da Transposição do Rio São Francisco, nós fizemos um projeto de arqueologia, com investimentos de mais de R$ 80 milhões em resgate de material arqueológico e paleontológico para que, conhecendo o nosso passado, saibamos o que estamos fazendo no presente e que possamos planejar o nosso futuro”, declarou o secretário Nacional de Segurança Hídrica, Sérgio Costa, que representou o MDR na abertura da SNCT.

O estande do Ministério do Desenvolvimento Regional também conta com um cômodo de um protótipo habitacional do Programa Casa Verde Amarela, voltado à habitação de interesse social. Os visitantes também poderão conhecer o sistema de envio de alertas de desastres pelo WhatsApp da Defesa Civil Nacional, detalhes sobre o Marco Legal do Saneamento Básico, programas de desenvolvimento urbano e parcerias com o setor privado para financiamento de ações em setores atendidos pela Pasta, entre outros.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, destacou o impacto da SNCT para a formação de novos talentos para a ciência brasileira. “Quando visitamos cada estande, percebemos novos atores, jovens atores. Conversamos com os meninos e meninas que estão na SNCT e vemos o orgulho de trazer as suas experiências, as suas soluções para as suas localidades, para as suas necessidades”, salientou.

Sistema de produção do pitu

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vinculada ao MDR, também conta com um estande, onde apresenta o sistema de produção de camarões da espécie pitu. Em 2022, foram soltos cerca de 22 mil pequenos camarões em rios da área de atuação da Companhia, com objetivo de recompor o estoque natural, contribuindo para recuperação da população de camarão-pitu e o equilíbrio ambiental na bacia.

Além disso, a Codevasf também apresenta sistemas de produção de mel e cacau. Os visitantes poderão degustar chocolates.

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

As diversas atividades promovidas durante o evento ressaltam a importância da ciência e da tecnologia na vida de todos e para o desenvolvimento do País. A programação inclui ações de divulgação científica, como estandes das unidades vinculadas ao MCTI, tendas da ciência, palestras, cursos, oficinas, experimentos didáticos e científicos, teatro científico, observação do céu, debates, distribuição de cartilhas e livros e exibição de vídeos.

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28/11/2022 04:15h

O objetivo do Sesi Lab é democratizar o acesso à cultura e ao conhecimento por meio de uma experiência interativa e políticas de incentivo à educação

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O Sesi Lab promete proporcionar uma experiência inédita no Brasil, devido a sua principal característica: a interatividade dos visitantes com as exposições. O museu de arte, ciência e tecnologia será sediado em Brasília e estará aberto aos visitantes a partir de 30 de novembro. O diretor de Operações do Sesi Nacional, Paulo Mól, ressalta a importância do novo espaço para a educação no país. 

“É um museu extremamente importante porque ele é interativo. As pessoas interagem com cada um dos aparatos. Então, todos os aspectos científicos, aí estou falando da física, da química e da biologia, elas começam a aprender todos esses fenômenos a partir da interação com os aparatos que estão lá. Isso é extremamente importante para o aprendizado. Muito mais importante do que o museu, é o movimento em prol da educação no Brasil”, destaca o diretor. 

Um dos principais objetivos do Sesi Lab é estimular o interesse da população pela ciência. Para isso, foi desenvolvido projeto para atender escolas públicas e privadas com visitas guiadas e um programa de formação de professores pensado para trabalhar o ensino sobre o uso do local para o cumprimento do currículo escolar. A expectativa é receber cerca de 85 mil estudantes e 3.000 professores, além de 350 mil visitantes por ano.

“Nosso objetivo é fazer com que possamos atrair novos cientistas, novos pesquisadores, que isso passe a fazer parte da vida de todas as pessoas, de todos os estudantes. O Sesi Lab vai ser um apoio às escolas nas áreas de arte, ciência e tecnologia”, explica Paulo Mól.

De iniciativa do Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o novo espaço mistura modernidade, arte e educação ao longo dos seus 7,5 mil metros quadrados de área construída, com cinco galerias expositivas e 100 experimentos interativos em exposição de longa duração. Entretanto, as exposições não ficarão restritas à parte interna e a quem estiver nas dependências do prédio.

Diversas obras ficam expostas na parte externa, com as quais pessoas que transitam no local poderão interagir livremente. Dentre elas, um painel inédito do artista Athos Bulcão, que fica em uma das áreas de maior circulação pública, com aproximadamente 135 metros quadrados de uma combinação de três azulejos que formam diferentes imagens ao longo de sua extensão.

SESI LAB

A ideia é que o local seja um espaço democratizado, para ampliar o acesso à arte, ciência e tecnologia a todos os públicos. Por isso, o museu foi construído em uma das áreas mais movimentadas da capital, no antigo edifício Touring Club, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que estava abandonado após servir como rodoviária para o Entorno do Distrito Federal. O prédio fica localizado no centro de Brasília, onde circulam, aproximadamente, 600 mil pessoas por dia. A gerente de Desenvolvimento Institucional do Sesi Lab, Cândida Oliveira, afirma que o local foi escolhido estrategicamente para atingir o maior e mais diverso público.

“O Sesi Lab é um projeto inédito, não só para Brasília, mas também para o Brasil. Ele chega como a peça que faltava no corredor cultural central. Nossa ideia, inclusive, é mudar a dinâmica desse espaço, aumentando e criando um fluxo entre os equipamentos que já estão aqui, como o museu da República, a própria biblioteca, a catedral. Nosso objetivo, inclusive, é ampliar esse acesso a quem nunca, de repente, entrou em um museu”, pontuou. 

A entrada no Sesi Lab será gratuita até o dia 31 de dezembro. Após essa data, será cobrado o valor de R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia, com uma ampla política de gratuidade. 

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