LOC.: O relator do projeto de lei que moderniza a Lei do Bem, deputado Vitor Lippi, do PSDB de São Paulo, aguarda reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A ideia é tentar encontrar a fonte de renúncia para que a proposta seja pautada e aprovada no plenário. Segundo Lippi, o líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães, foi quem sugeriu a reunião com o ministro e a área técnica da Fazenda.
O projeto em tramitação na Câmara pretende modernizar a lei e permite que as empresas utilizem o benefício fiscal em exercícios subsequentes, e não apenas no ano seguinte. Além disso, propõe a ampliação das possibilidades de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação que podem ser abatidas dos tributos a pagar. Vitor Lippi ressalta a importância da aprovação da medida.
TEC./SONORA: deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP)
“Essa nova lei do bem permite que as empresas possam utilizar mais benefícios, ou seja, elas tenham mais incentivos para pesquisa, desenvolvimento e inovação. E por que a pesquisa e inovação é fundamental? Porque ela é que garante a competitividade das nossas indústrias e das nossas empresas. As empresas que não desenvolvem tecnologia e inovação, que não usam a tecnologia e inovação, acabam sendo superadas por aquelas que usam.”
LOC.: Consultora em proteção de dados e novas tecnologias Juliana Roman avalia que os incentivos fiscais previstos na Lei do Bem, assim como as modificações sugeridas no projeto, são importantes para o mercado e para o desenvolvimento do país. Para ela, a lei possibilita a formulação de políticas públicas para as áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
TEC./SONORA: Juliana Roman, consultora em proteção de dados e novas tecnologias
“Essa proposta que vem tramitando agora no Congresso Nacional busca essa maior abrangência de quem desenvolve pesquisa e desenvolvimento no Brasil, assim como um maior incentivo do governo brasileiro frente a essas empresas. Então abrangendo esse ramo da tecnologia a outros setores que também tem essa concepção ainda que de maneira menos direta.”
LOC.: A Lei do Bem concede incentivos fiscais a pessoas jurídicas que realizem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. A legislação completa 18 anos em novembro, mas ainda é pouco utilizada pelo setor privado. Conforme pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI, apenas 37% das empresas utilizam os benefícios da Lei do Bem.
Reportagem, Fernando Alves