SENAI

08/09/2023 03:22h

Unidade lançada pelo Senai, em parceria com a FIEB, deve entrar em operação em 2025. A unidade deverá apoiar as atividades e pesquisas marítimas industriais e comerciais, com o objetivo de fortalecer a inovação e a sustentabilidade

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Com o propósito de promover a Economia do Mar em Salvador, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), lançou o Senai Cimatec Mar. O campus deverá fornecer apoio às atividades industriais e comerciais relacionadas ao mar, além de realizar pesquisas e testes para tecnologias do setor.

Localizado na Baía de Todos-os-Santos, o campus conta com uma área de operações no porto de Salvador, uma embarcação de pesquisa e duas áreas demarcadas para a implantação de estações científicas de testes subaquáticos.

De acordo com o gerente de Desenvolvimento de Negócios do Senai Cimatec, Leonardo Nardy, na fase inicial de desenvolvimento do projeto, foram selecionados alguns pilares iniciais que compõem a economia do mar.

“Nesse momento nós vamos focar na engenharia submarina, que contempla esse universo de tecnologia e de equipamentos que o Senai Cimatec adquiriu know-how. Toda a parte de sustentabilidade socioambiental, ou seja, o estabelecimento de um centro de pesquisas oceânicas voltados também para a economia do mar, mas observando tanto os aspectos de preservação ambiental quanto de sua exploração, de forma responsável e o impacto disso na sociedade”, diz.

Uma outra área de atuação que foi considerada no desenvolvimento do campus foi a de tecnologia de portos. O Senai Cimatec firmou uma parceria com a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), uma vez que o campus está instalado no Porto de Salvador.

“Nada mais lógico do que também buscarmos desenvolvimento e aumento da competitividade utilizando o Porto de Salvador como um grande laboratório e que permita o desenvolvimento de soluções que possam ser replicadas para outros portos espalhados pelo país. Além disso, a iniciativa do Cimatec Mar contempla o desenvolvimento e pesquisa de energias oceânicas, observando especificamente uma característica aqui da Baía de Todos-os-Santos, que tem em função da variação das marés”, explica Nardy.

A preservação e proteção da Amazônia Azul também será uma das áreas de atuação do campus. Em parceria com a Marinha do Brasil, o Cimatec Mar irá buscar oportunidades e soluções para a preservação do bioma.

“Amazônia Azul compõem todo o mar territorial sob guarda do Brasil. E que hoje corresponde em torno de 60%, ou seja, 8,5 milhões de quilômetros quadrados do país. Então é uma área relativamente grande que merece todo o cuidado das forças e nós queremos contribuir no desenvolvimento de soluções para a sua preservação, proteção e exploração de forma sustentável”, afirma.

Desenvolvimento além do mar

A importância do Senai Cimatec Mar vai além da economia marinha. O gerente de Desenvolvimento de Negócios ainda destaca que o projeto  contribuirá para o desenvolvimento social e econômico da Bahia e do Brasil.

“Termos uma infraestrutura que nos permita desenvolvimento de tecnologia, desenvolvimento de pesquisas voltada aos oceanos. Diria que é fundamental e estratégico não só para a região, mas para o país. Um outro benefício é a formação de profissionais altamente qualificados para atuação em ciências do mar. É de interesse nosso que nós formemos massa crítica, profissionais qualificados, capacitados para atuação na nossa indústria. O desenvolvimento náutico também tem um impacto significativo para a comunidade local. Então além dos usuários das embarcações, estão em torno desse segmento, prestadores de serviço, os estaleiros, turismo, serviços de maneira geral, tudo isso pode se beneficiar a partir do momento que você tem esse segmento fomentado na região”, explica.

Para o deputado federal Félix Mendonça Filho (PDT-BA), a iniciativa surge como um importante empreendimento de desenvolvimento da área da Economia do Mar.

“Eu acho muito importante uma vez que nós temos a segunda maior baía do mundo em Salvador. As pessoas podem não perceber, mas hoje 20% do PIB vem do mar. Isso é importantíssimo para que a gente possa ter novos portos servindo ao desenvolvimento do interior baiano. Além do transporte, você tem as próprias economias, exploração de petróleo, exploração de outros minerais, o turismo, indústrias que podem ser trazidas. Então você tem uma economia enorme que é pouco ou quase nada explorada”, afirma.

O início da implantação do campus Senai Cimatec Mar está previsto para o segundo semestre deste ano e a unidade deve entrar em operação em 2025.
 

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02/08/2023 04:15h

A pesquisa feita pelo Sesi e pelo Senai indicou ainda que 75% dos empresários acreditam que os cursos técnicos/profissionalizantes estão mais ligados às necessidades do mercado do que o ensino superior

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Na opinião de 90% dos executivos, cursos técnicos permitem ingresso mais rápido no mercado de trabalho. É o que mostra uma recente pesquisa feita pelo Sesi e Senai. O levantamento indica ainda que 75% dos empresários acreditam que os cursos técnicos/profissionalizantes estão mais ligados às necessidades do mercado do que o ensino superior. 

O ensino técnico profissionalizante também aparece como a segunda prioridade para a educação apontada pelos empresários, depois do ensino fundamental.

“Vinte e um por cento dos empresários acreditam que o ensino técnico deve ser uma prioridade do MEC. E isso vem ao encontro da reforma do ensino médio, que incorpora nos itinerários a educação profissional técnica como parte do ensino médio brasileiro, convergindo o ensino médio brasileiro, como faz a maior parte dos países desenvolvidos e dos emergentes e dos mais bem-sucedidos”, diz o diretor do Sesi e do Senai, Rafael Lucchesi.

Para os empresários, as ações que devem ser priorizadas pelo poder público nos próximos quatro anos são: melhorar a capacitação dos professores (34%), melhorar o ensino fundamental  (16%) melhorar as condições das escolas (15%), aumentar o salário dos professores (14%), melhorar o ensino médio (11%) e ampliar o acesso aos cursos técnicos/profissionalizantes (10%). 

Um em cada três empresários considera ensino técnico ponto forte da educação brasileira

Políticas para educação profissional 

No último dia 11 de julho, o Senado aprovou a Política Nacional da Educação Profissional e Técnica (PL 6.494/2019), que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para dispor sobre a formação técnica profissional e tecnológica — e também  articular a formação profissional técnica de nível médio com a aprendizagem profissional.

Outra proposta no sentido de fortalecer essa modalidade de ensino foi a criação da Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica (PRS 31/2023). A frente busca melhorar o número de ofertas, matrículas e a qualidade na educação profissional.

Autor do PLP 126/2020, projeto que  institui o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional e Qualificação do Trabalhador (Fundep), para custear a educação profissional, o senador Paulo Paim (PT-RS) classifica como urgente a necessidade de políticas governamentais que atuem diretamente sobre o ensino profissionalizante.

“Sou entusiasta da educação profissional e tecnológica. Entendo que ela é fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Esse é o caminho mais objetivo para inserirmos profissionais qualificados no mercado de trabalho. Diante da complexidade da economia mundial é urgente maior rapidez e agilidade na adequação das políticas de formulação de recursos humanos como resposta às mudanças decorrentes da reestruturação produtiva e das novas formas de relação do mundo do trabalho”, afirma. 


Educação profissional: antídoto para jovem vencer "disputa" com tecnologia no mercado de trabalho

Brasil atingiu apenas 40% das matrículas na eduçação profissional estipuladas para 2024

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28/07/2023 04:30h

Estudo do Sesi/Senai mostra ainda que maior qualificação no nível técnico aumenta a produtividade e a inserção dos jovens no mercado de trabalho

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Um a cada três empresários considera o ensino profissionalizante o ponto mais forte da educação pública brasileira, segundo dados de um levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). Na amostragem total, a modalidade está na frente, com 33%, seguida do ensino superior (23%), ensino fundamental (12%), especialização/pós-graduação (10%), ensino médio (10%), alfabetização (6%) e creches (6%).  

A avaliação da qualidade da educação brasileira é um dos itens do estudo que abordou ainda as prioridades para a educação e as atividades mais promissoras para os jovens nos próximos anos no Brasil, além dos principais pontos positivos e obstáculos para o jovem decidir cursar ensino técnico/ profissionalizante.

O ensino profissionalizante aparece com a melhor avaliação (55% acham ótimo ou bom, 35% regular, 9% ruim ou péssimo e 2% não souberam responder), seguido pela especialização/pós-graduação (54% ótimo ou bom, 33% regular, 9% ruim ou péssimo e 3% não souberam responder). Já o ensino médio foi o pior avaliado (14% bom e 39% ruim ou péssimo).

Para o diretor do Sesi e do Senai, Rafael Lucchesi, a educação profissional exerce um papel importante no sentido de melhorar a qualidade da educação brasileira. “As pesquisas do Inep demonstram que os jovens que fazem educação técnica junto com a educação regular têm notas melhores em linguagem e matemática, o que já é uma demonstração clara desse avanço, além de terem ao fim uma profissão. Isso aliado à transição demográfica brasileira e à necessidade de melhor inclusão dos jovens no trabalho”, afirma.

A pesquisa ainda revela que 92% dos entrevistados concordam que os cursos técnicos/profissionalizantes permitem um ingresso mais rápido no mercado de trabalho. Lucchesi ressalta que o ensino técnico pode ter o duplo papel de aumentar a geração de riqueza com ganhos de produtividade.

“O Brasil tem um grave problema de baixa produtividade e isso tudo vai estabelecer um círculo virtuoso, vai melhorar o engajamento dos jovens do trabalho, bem como vai facilitar as políticas de inclusão, de reduzir a exclusão de jovens nem-nem [jovens que nem estudam e nem trabalham], criando com isso políticas sociais mais sustentáveis, redução da violência, melhor engajamento dos jovens no mundo do trabalho e reduzir o pesado fardo da exclusão social brasileira”, diz.

Atividades mais promissoras para os jovens

O estudo lista carreiras consideradas promissoras para a inclusão profissional de jovens no Brasil nos próximos anos. Foi perguntado aos empresários que formação técnica indicariam para um jovem. As principais recomendações são:

  • Tecnologia da informação (30%);
  • Mecânica (10%);
  • Eletricista (9%);
  • Administração (8%);
  • Automação industrial (5%);
  • Mecatrônica (4%).

Em pergunta espontânea, 7 em cada 10 empresários citaram a área de TI como a atividade mais promissora nos próximos 10 anos:

  • Tecnologia da Informação (TI) (68%);
  • Áreas da saúde (11%);
  • Engenharias (10%);
  • Automação industrial (5%);
  • Agronomia (4%);
  • Marketing digital (2%).

Pontos positivos do ensino técnico/profissionalizante

Dentre os pontos positivos do ensino profissionalizante apresentados pelos empresários estão: preparar melhor para o mercado de trabalho (45%), cursos mais focados (28%), cursos mais práticos (22%), boa aceitação no mercado de trabalho (18%), ter mais conhecimento/habilidades (17) e começo na carreira profissional (16%). Cada entrevistado podia apontar dois itens considerados importantes.

Curso com menor duração ou mais rápidos, mensalidades mais baratas, ter um trabalho sem precisar de ensino superior, boa remuneração e materiais mais baratos também foram citados. 

Entre os empresários, 34% acreditam que o principal obstáculo para o jovem decidir por um curso técnico/profissionalizante é a falta de interesse pessoal, seguido de falta de incentivos (25%), falta de informação (22%), falta de vagas (15%), todos os motivos anteriores (2%) e outros motivos (2%). 

A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) entre os dias 31 de março e 10 de abril de 2023. Foram entrevistados 1.001 executivos de indústrias de pequeno, médio e grande porte sobre educação e formação no Brasil. A pesquisa foi feita com uma amostra de 500 empresas pequenas e 500 empresas médias e grandes.

Brasil atingiu apenas 40% das matrículas na educação profissional estipuladas para 2024 

Educação profissional é a modalidade mais bem avaliada no país, mas acesso ainda é desafio

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Educação
26/05/2023 11:30h

Pesquisa do Sesi e Senai também mostra que a necessidade de trabalhar é o principal fator para interrupção dos estudos

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Cerca de 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam que estão matriculados em alguma instituição de ensino. É o que aponta a pesquisa do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos nas 27 Unidades da Federação.

De acordo com a pesquisa, entre os que não estudam atualmente, apenas 38% alcançaram a escolaridade que desejavam e 57% não tiveram condições de continuar os estudos.

A necessidade de trabalhar para manter a família é o principal motivo (47%) para a interrupção dos estudos, seguida pelas pessoas que preferem trabalhar para ter o próprio dinheiro e autonomia (12%). Outros destaques foram o número alto de pessoas que deixam de estudar por falta de interesse (11%) e pessoas que interromperam por conta de gravidez ou filhos (7%).

 

Imagem: Confederação Nacional da Indústria (CNI)

"Muitas vezes a escola não tem elementos de atratividade para os jovens e, certamente, esses números se agravaram durante a pandemia. Um outro grave problema também se dá na gravidez precoce, que faz meninas e meninos terem que sair da escola e se engajar no mundo do trabalho, porque mudou a sua realidade de vida”, explica o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.

Para ele, os fatores apontados trazem uma reflexão sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação e a atratividade da escola. “Sobretudo, como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade, que é base para se criar um círculo virtuoso de desenvolvimento, onde, certamente, a qualidade da educação vai interferir positivamente no sentido mais geral de melhoria da educação”, aponta.

Etapas de formação

A alfabetização aparece em primeiro lugar na lista das etapas que devem ser prioridade para o governo, apontada por quase um quarto (23%) dos brasileiros. As creches aparecem em segundo lugar entre as prioridades (16%) e o ensino médio ficou em terceiro (15%).

Segundo a pesquisa, a população percebe a deficiência no início da escolarização. A alfabetização tem a pior avaliação de qualidade: 47% dos entrevistados a consideram boa ou ótima e 20% ruim ou péssima.

Guia com estratégias de busca ativa de alunos visa acabar com evasão na educação básica

Rafael explica que a população acha que o início da escolarização é uma das etapas mais importantes e também uma necessidade. “O Brasil é uma das sociedades que têm o mais alto índice de mulheres no mercado de trabalho. E é claro que isso vai criar uma necessidade objetiva das famílias colocarem seus filhos nas creches.”

O estudo ressalta que as dificuldades enfrentadas pelas famílias e pelos docentes para garantir que as crianças fossem alfabetizadas durante a pandemia pode ter contribuído para a avaliação negativa.

Já no ensino médio, que deveria ser a ponte entre a educação básica e o início da trajetória profissional, a taxa de abandono na rede pública alcançou 6,5% em 2022. Na rede privada, que apresentou taxa de abandono inferior a 0,5% nos últimos 10 anos, o indicador aumentou para 0,7%. Os dados são do Censo Escolar 2022. 

Censo Escolar 2022: ensino em tempo integral projeta expansão

No geral, 23% avaliam a educação pública como ruim ou péssima e só 30% avaliam como ótima ou boa. Já a educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados. Quanto maior a renda e maior o nível de escolaridade, pior a avaliação da rede pública.

Segundo Rafael Lucchesi, o Brasil não conseguiu cumprir a agenda da educação no século XX como outros países. “Deveríamos estar discutindo inovação no século XXI, mas carregamos problemas estruturais, de qualidade e na matriz educacional, que travam nosso desenvolvimento. Precisamos melhorar a qualidade e ampliar a oferta da educação profissional”, alerta Rafael.

Para ele, em 2023 está acontecendo uma mudança cultural forte de novas tecnologias e o Brasil ainda tem uma escola antiga, apenas emissora de conhecimento. Em sistemas educacionais mais avançados, o processo de aprendizagem se dá por resolução de problemas, por gamificação e por robótica, por exemplo.

Questionados sobre os fatores que contribuem para melhorar a qualidade do ensino, os brasileiros listam como prioridade: aumentar salário dos professores (23%), melhorar a capacitação dos professores (20%) e melhorar as condições das escolas (17%).

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Economia
22/05/2023 04:15h

Diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, afirma que essa é uma tendência mundial devido ao envelhecimento da população

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O número de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho mais que dobrou nos últimos 15 anos, de acordo com levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O estudo mostra que o número de trabalhadores com mais de 50 passou de 4,4 milhões em 2006 para 9,3 milhões em 2021, um aumento de 110,6%. 

No mesmo período, o número de brasileiros com mais de 50 anos aumentou 63,2%, passando de 34 milhões, em 2006, para 55,5 milhões em 2021. O diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, afirma que essa é uma tendência mundial devido ao envelhecimento da população. Para ele, os profissionais mais experientes possuem atributos técnicos e socioemocionais perseguidos pelo mundo do trabalho.  

“Temos um enorme aumento da participação relativa de pessoas de mais de 50 anos no mundo do trabalho, que é uma tendência em todos os países pelo envelhecimento da população, mas ela é mais acentuada no Brasil. E temos um problema agravante interrelacionado que é a dificuldade dos jovens conseguirem o  primeiro emprego, a carteira assinada”, afirma. 

Lucchesi explica que a permanência de trabalhadores com mais de 50 anos está associada às mudanças no regime previdenciário e às necessidades de se obter remunerações compatíveis com o padrão de vida. Segundo Lucchesi, aproximadamente um terço dos jovens que estão na faixa etária entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham. O diretor defende a importância do ensino técnico-profissional para o ingresso dos mais jovens no mundo do trabalho. 

“Tudo isso coloca para nós uma reflexão sobre a importância de melhorar o sistema educacional, ter mais atenção ao projeto de vida dos jovens para que, no âmbito das suas vocações, eles possam se engajar melhor no mercado de trabalho. É claro que isso tem impacto positivo sobre um conjunto de políticas: política de distribuição de renda, política para juventude, política de segurança pública”, pontua Lucchesi. 

Empregos

Segundo a pesquisa, no período, o estoque geral de emprego cresceu 38,6%. Em 2006, os profissionais com mais de 50 ocupavam 12,6% do total de vagas. O número apresentou um crescimento de 51,6% em 2021, quando esses trabalhadores representavam 19,1% do total de empregos. 

O levantamento mostra ainda que metade dos trabalhadores nessa faixa etária está localizada na região Sudeste. Entretanto, as regiões Norte e Centro-Oeste registraram o maior aumento proporcional: 129% e 132%, respectivamente, entre 2006 e 2021. Os setores com maior aumento proporcional na contração de trabalhadores com 50 anos ou mais foram Comércio (164%), Serviços (136%) e Indústria (96%).

Conforme mostra o estudo, dos postos ocupados por esse grupo, 38% foram preenchidos por pessoas com ensino médio completo e 24,6% com superior completo. O número de trabalhadores mais de 50 com mestrado e doutorado praticamente quintuplicou: de 26,4 mil profissionais para cerca de 150 mil.  
 

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Ciência & Tecnologia
16/03/2023 16:50h

O 5º Festival SESI de Robótica, realizado em Brasília, começou nessa quarta-feira (15) e vai até sábado (18). A competição é gratuita e aberta ao público

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A maior competição de robótica educacional do Brasil, o 5º Festival SESI de Robótica, ocorre neste ano pela primeira vez em Brasília. O evento, que começou nessa quarta-feira (15) e vai até sábado (18), vai receber mais de 2.000 estudantes de escolas públicas e privadas da rede SESI e SENAI das 27 unidades da federação na Arena BRB Mané Garrincha, na região central da capital. A competição é gratuita e aberta ao público.

Os competidores, com idades entre 9 e 19 anos, desembarcam em Brasília depois de meses dedicados à programação e à construção de robôs, além do desenvolvimento de projetos sociais e de inovação para apresentar e competir com as suas criações.

“É um projeto em que os alunos competem fazendo robôs que vão para uma arena competir. Mas é muito mais do que robôs: têm projetos científicos, você tem toda uma estrutura coordenada deles fazerem os projetos, desenvolvendo situações que vão corrigir problemas reais da sociedade, então é um festival bonito em que é uma forma de homenagear educação por meio da robótica”, garante Paulo Mól, diretor de operações do Senai.

A competição de robótica acontece em quatro modalidades, que variam de acordo com o desafio, o porte do robô e a idade dos competidores. Há desde robôs pequenos feitos de peças de Lego até robôs de porte industrial, que chegam a 1,98 metro de altura e 56 quilos.

Além do torneio de robótica, o evento terá uma programação paralela, que inclui oficinas gratuitas para as famílias nos quatro dias de evento. “É uma atividade para a família como um todo. Você não vai ter só robôs, você vai construir o seu robô para exercer uma determinada atividade. Vai ser bem lúdico e bem legal”, promete Mól.

As senhas serão distribuídas no local, por ordem de chegada, e a capacidade máxima é de 150 pessoas por oficina. Fazem parte também do festival um  seminário internacional com a participação de especialistas e representantes do Ministério da Educação para discutir políticas e inovações na educação brasileira e uma exposição sobre o papel da educação na reindustrialização do país.

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02/03/2023 14:00h

São 190 vagas em quatro cursos disponíveis para a capital Campo Grande e na cidade de Dourados

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O SENAI do Mato Grosso do Sul está com inscrições abertas para o Vestibular 2023. A instituição tem 190 vagas para os cursos de Tecnologia em Processos Gerenciais, Tecnologia em Automação, Tecnologia em Design de Interiores e Tecnologia em Gestão da Produção Industrial. As vagas são para a capital, Campo Grande, e para o município de Dourados. 

As inscrições para o vestibular são gratuitas e podem ser feitas pelo portal Meu Futuro Agora ou nas secretarias das unidades até 6 de março de 2023. As provas serão realizadas conforme agendamento disponível no portal Meu Futuro Agora, por onde será possível, em até dois dias úteis, também verificar o resultado. Já as matrículas dos aprovados poderão ser realizadas até o dia 8 de março de 2023, data de início das aulas.

Documentos necessários para a matrícula:

  • certidão de nascimento ou casamento
  • carteira de identidade
  • título de eleitor
  • CPF
  • histórico escolar do Ensino Médio
  • certificado de reservista ou prova de que está em dia com as obrigações militares (somente para candidatos do sexo masculino e com mais de 18 anos)
  • comprovante de residência atualizado no nome do candidato ou responsável ou declaração de próprio punho
  • foto 3x4 colorida, frontal e recente.

Segundo o diretor-regional da instituição, Rodolpho Caesar Mangialardo, as ofertas na área de educação superior estão sempre alinhadas às demandas da indústria do Mato Grosso do Sul. "A gente primeiro analisa demanda, vocação de cada região. Tudo isso é estudado, analisado conforme as indústrias da região e as demandas e necessidades desses parceiros dessas indústrias”, explica. 

Na região da costa leste, por exemplo, que envolve as cidades de Três Lagoas e Água Clara, os cursos estão mais voltados para a área química e de celulose. Já na região da costa norte do estado, sobretudo em Corumbá, o forte são os cursos nas áreas de mineração e engenharia. No setor sul, região de Dourados, a aposta é no ramo de alimentos e bebidas.“Dá para equalizar essa demanda”, explica o diretor. 

Mangialardo também fala sobre a importância da qualificação profissional para a indústria como um todo. “Facilita a pessoa ter uma conexão dentro das estruturas do SENAI, para que ele possa levar o que é de mais novo, sugerir melhorias e oportunidades, nas indústrias, no chão de fábrica onde ele trabalha, além dele conseguir executar de maneira de maior qualidade, de maneira mais produtiva”, destaca. “Acho que esse é o grande conceito da importância da qualificação profissional”, resume. 

Para 2023, o SENAI-MS oferece ainda mais de 2.145 vagas nas modalidades presencial e a distância em treze municípios do Mato Grosso do Sul.

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16/02/2023 04:45h

A iniciativa é destinada à qualificação ou habilitação inicial de educação profissional

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Destinado à qualificação ou habilitação inicial de educação profissional em nível básico ou técnico para jovens aprendizes na faixa etária de 14 a 24 anos, o Programa de Aprendizagem Industrial do SENAI Amapá é um significativo trampolim para futuros trabalhadores da indústria na região. O perfil dos candidatos é de adolescentes que estão estudando ou já concluíram o ensino médio, com oportunidade de perspectivas de emprego.

“Ele tem uma importância para o nosso estado que é a de criar oportunidade, tanto para o aprendiz, quanto para as empresas”, observa Gisele Nascimento, interlocutora do Programa de Aprendizagem Industrial do SENAI-AP. “A importância desse programa na indústria amapaense é preparar esses jovens para desenvolver atividades de forma profissional, para que ele tenha habilidade para agir em diferentes situações no mundo do trabalho”, observa, 

Em 2022, por exemplo, foram realizadas mais de 370 matrículas de jovens aprendizes no SENAI-AP. Para este ano de 2023, a instituição abriu dois editais de Processo Seletivo para reserva de vagas nos cursos do Programa de Aprendizagem Industrial. No total, foram 465 vagas direcionadas ao atendimento das demandas de empresas industriais contribuintes, atendendo o cumprimento da cota de aprendizes na capital Macapá e na cidade de Santana.

Entre os cursos oferecidos pelo SENAI Amapá estão, assistente administrativo, construtor de edificações, torneiro mecânico, caldeireiro, mecânico de manutenção industrial, mecânico de manutenção automotiva, costureiro industrial, padeiro e confeiteiro.

O Programa de Aprendizagem Industrial busca unir formação e trabalho, por meio de atividades teóricas e práticas, como explica Gisela Nascimento. 

“O impacto na vida desses aprendizes é grandioso, por meio do Programa de Aprendizagem o jovem abre a mente e desperta que há oportunidade para que ele possa agir de forma profissional”, avalia. “Ele ganha experiência por meio de cursos de qualificação e no final recebe uma certificação”, conta. 

Todas as orientações sobre a seleção dos cursos do Programa de Aprendizagem Industrial de 2023 constam no edital publicado no site: ap.senai.br, acessando a opção, processo seletivo. Para informações sobre a iniciativa as empresas podem acionar o SENAI pelo e-mail: escolasenai@ap.senai.br ou pelo WhatsApp: (96) 98406-1825.

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16/02/2023 03:30h

Qualificação é um dos caminhos para melhorar o currículo e entrar no mercado de trabalho, diz gerente executivo do SENAI

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O Brasil contabiliza cerca de 8,7 milhões de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada  no último dia 19. Este é o  menor contingente desde o trimestre terminado em junho de 2015. Apesar da queda no número de desocupados, o país enfrenta dificuldades para ocupar postos de trabalho por falta de mão de obra qualificada, como explica o gerente executivo de Educação do  SESI/SENAI-ES, Max Alves.  

“Vemos uma crescente oferta de postos de trabalho  e ao mesmo tempo muita gente não consegue uma colocação. O que explica muito isso é a falta de qualificação e falta de conhecimento das pessoas para poderem se adequar àquelas vagas que estão disponíveis”, explica. 

Na indústria, por exemplo, a falta ou o alto custo do trabalhador qualificado é um dos principais problemas elencados por empresários do setor, de acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Uma das formas de buscar qualificação profissional é por meio de cursos. 

Em 2023, o Senai abriu 5.800 mil vagas em cursos gratuitos e pagos em todo o país. O Serviço Nacional da Indústria (SENAI) do Espírito Santo oferta 19 cursos de graça à distância nas áreas de tecnologia da informação, construção civil, segurança do trabalho, entre outras. Max Alves destaca a importância da qualificação para o trabalhador. 

“É muito importante que as pessoas estejam qualificadas e até mesmo aquelas que já têm uma qualificação busquem sempre um aperfeiçoamento. Melhorar ainda mais a sua qualificação para que quando essas vagas estiverem disponíveis elas já estejam preparadas e prontas para ocupar este posto no mercado de trabalho. Quanto aos cursos, a gente tem em diversas áreas. Nas áreas de TI, de segurança do trabalho, tem na área de construção civil. São diversas oportunidades de cursos à distância  gratuitos”, pontua.

Para se inscrever em um dos cursos disponibilizados de forma gratuita pelo SENAI, basta clicar aqui e será redirecionado para o site de inscrição.

Cursos gratuitos no SENAI-ES:

  • Privacidade e Proteção de Dados (LGPD)
  • Desvendando o Bim Building Information Modeling
  • Projeto de Hidráulica com as Bibliotecas Bim Amanco Wavin
  • Desvendando a Blochchain
  • Desvendando a Indústria 4.0
  • Administrando o seu dinheiro
  • Qualidade no Atendimento e Postura Profissional
  • Comunicação no foco Organizacional 
  • Comunicação Efetiva
  • Segurança do Trabalho
  • Propriedade Intelectual 
  • Noções Básicas de Mecânica Automotiva 
  • Metrologia
  • Lógica de Programação
  • Empreendedorismo 
  • Educação Ambiental
  • Desenho Arquitetônico
  • Consumo Consciente de Energia
  • Satisfação do Cliente
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15/02/2023 04:00h

Segundo estudo, nove em cada dez pessoas aprovam possibilidade de os estudantes fazerem curso técnico. Menos de 15% dos entrevistados acham que alunos saem preparados para mercado de trabalho com modelo antigo da etapa de ensino

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Mais de 70% dos brasileiros aprovam as principais diretrizes do novo ensino médio, segundo pesquisa realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), divulgada nesta terça-feira (14). No entanto, 55% disseram estar pouco ou nada informados sobre as mudanças. 

O levantamento ouviu 2.007 pessoas por meio de abordagem domiciliar entre 8 e 12 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Entre as diretrizes que receberam as maiores aprovações estão: a realização de curso técnico/profissionalizante pelos estudantes (93%); o aluno poder fazer escolhas no currículo do ensino médio de acordo com a carreira que quer seguir (87%); a possibilidade do estudante escolher parte das disciplinas que quer cursar (75%); o novo modelo de currículo (72%); e a possibilidade do aluno poder substituir as matérias tradicionais por matérias profissionalizantes a partir da metade do ensino médio (71%).

O diretor-superintendente do Sesi e diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, indica que um dos pontos positivos que o novo ensino médio traz é o entendimento de que os estudantes estão em uma fase de transição e, além disso, parte deles - após o término dessa etapa educacional - vai diretamente para o mercado de trabalho.

“No Brasil, pouco mais de 20% dos jovens vão para a universidade. Então nós não podemos ignorar a maior parte dos estudantes que estão nas escolas. Por isso, a importância do ensino médio é esse impulsionamento para o seu projeto de vida e carreira a partir das suas vocações”, analisa Lucchesi.

Estudantes não preparados para ensino superior e mercado de trabalho

De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados disseram que o ensino médio prepara pouco ou não prepara os estudantes para o ensino superior. O mesmo percentual se repete em relação à preparação para o mercado de trabalho: 57% dos brasileiros acham que os alunos não estão preparados ou são pouco preparados para o ramo do trabalho.

Lucchesi aponta como um dos principais desafios do novo ensino médio a implementação dos cursos técnicos e profissionalizantes. Mas o diretor-geral do Senai também informa que as diretrizes educacionais do Conselho Nacional de Educação (CNE) permitem a cooperação e parcerias para que esse itinerário seja cumprido. 

“Certamente, a formação e capacitação dos professores têm um papel extremamente importante na melhoria da qualidade da educação, bem como na implementação da reforma do ensino médio. Além de uma boa comunicação com a sociedade, em especial com as famílias, vai ter um efeito muito importante”, afirma.

O que muda com o novo ensino médio?

As principais mudanças com o novo modelo do ensino médio são a adoção de uma base comum curricular, a escolha de disciplinas formativas por parte do aluno e o aumento da carga horária, que passa de 2.400 horas para 3.000 horas ao longo dos três anos. Cada escola terá que oferecer pelo menos uma formação complementar aos estudantes dentro destas categorias:

  • Linguagens e suas tecnologias;
  • Matemática e suas tecnologias;
  • Ciências da natureza e suas tecnologias;
  • Ciências humanas e sociais aplicadas;
  • Formação técnica e profissional.

O novo ensino médio começou a ser implementado de forma gradual em 2022 com alunos do 1º ano dessa última fase da educação básica. Neste ano, as mudanças já abrangem alunos tanto do 1º quanto do 2º ano do ensino médio. Em 2024, todas as fases dessa etapa de ensino já seguirão com o novo modelo.

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