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Educação
26/05/2023 11:30h

Pesquisa do Sesi e Senai também mostra que a necessidade de trabalhar é o principal fator para interrupção dos estudos

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Cerca de 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam que estão matriculados em alguma instituição de ensino. É o que aponta a pesquisa do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos nas 27 Unidades da Federação.

De acordo com a pesquisa, entre os que não estudam atualmente, apenas 38% alcançaram a escolaridade que desejavam e 57% não tiveram condições de continuar os estudos.

A necessidade de trabalhar para manter a família é o principal motivo (47%) para a interrupção dos estudos, seguida pelas pessoas que preferem trabalhar para ter o próprio dinheiro e autonomia (12%). Outros destaques foram o número alto de pessoas que deixam de estudar por falta de interesse (11%) e pessoas que interromperam por conta de gravidez ou filhos (7%).

 

Imagem: Confederação Nacional da Indústria (CNI)

"Muitas vezes a escola não tem elementos de atratividade para os jovens e, certamente, esses números se agravaram durante a pandemia. Um outro grave problema também se dá na gravidez precoce, que faz meninas e meninos terem que sair da escola e se engajar no mundo do trabalho, porque mudou a sua realidade de vida”, explica o diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.

Para ele, os fatores apontados trazem uma reflexão sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação e a atratividade da escola. “Sobretudo, como resultado geral, melhorar a produtividade das pessoas na sociedade, que é base para se criar um círculo virtuoso de desenvolvimento, onde, certamente, a qualidade da educação vai interferir positivamente no sentido mais geral de melhoria da educação”, aponta.

Etapas de formação

A alfabetização aparece em primeiro lugar na lista das etapas que devem ser prioridade para o governo, apontada por quase um quarto (23%) dos brasileiros. As creches aparecem em segundo lugar entre as prioridades (16%) e o ensino médio ficou em terceiro (15%).

Segundo a pesquisa, a população percebe a deficiência no início da escolarização. A alfabetização tem a pior avaliação de qualidade: 47% dos entrevistados a consideram boa ou ótima e 20% ruim ou péssima.

Guia com estratégias de busca ativa de alunos visa acabar com evasão na educação básica

Rafael explica que a população acha que o início da escolarização é uma das etapas mais importantes e também uma necessidade. “O Brasil é uma das sociedades que têm o mais alto índice de mulheres no mercado de trabalho. E é claro que isso vai criar uma necessidade objetiva das famílias colocarem seus filhos nas creches.”

O estudo ressalta que as dificuldades enfrentadas pelas famílias e pelos docentes para garantir que as crianças fossem alfabetizadas durante a pandemia pode ter contribuído para a avaliação negativa.

Já no ensino médio, que deveria ser a ponte entre a educação básica e o início da trajetória profissional, a taxa de abandono na rede pública alcançou 6,5% em 2022. Na rede privada, que apresentou taxa de abandono inferior a 0,5% nos últimos 10 anos, o indicador aumentou para 0,7%. Os dados são do Censo Escolar 2022. 

Censo Escolar 2022: ensino em tempo integral projeta expansão

No geral, 23% avaliam a educação pública como ruim ou péssima e só 30% avaliam como ótima ou boa. Já a educação privada é avaliada como boa ou ótima por 50% dos entrevistados. Quanto maior a renda e maior o nível de escolaridade, pior a avaliação da rede pública.

Segundo Rafael Lucchesi, o Brasil não conseguiu cumprir a agenda da educação no século XX como outros países. “Deveríamos estar discutindo inovação no século XXI, mas carregamos problemas estruturais, de qualidade e na matriz educacional, que travam nosso desenvolvimento. Precisamos melhorar a qualidade e ampliar a oferta da educação profissional”, alerta Rafael.

Para ele, em 2023 está acontecendo uma mudança cultural forte de novas tecnologias e o Brasil ainda tem uma escola antiga, apenas emissora de conhecimento. Em sistemas educacionais mais avançados, o processo de aprendizagem se dá por resolução de problemas, por gamificação e por robótica, por exemplo.

Questionados sobre os fatores que contribuem para melhorar a qualidade do ensino, os brasileiros listam como prioridade: aumentar salário dos professores (23%), melhorar a capacitação dos professores (20%) e melhorar as condições das escolas (17%).

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16/02/2023 03:30h

Qualificação é um dos caminhos para melhorar o currículo e entrar no mercado de trabalho, diz gerente executivo do SENAI

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O Brasil contabiliza cerca de 8,7 milhões de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada  no último dia 19. Este é o  menor contingente desde o trimestre terminado em junho de 2015. Apesar da queda no número de desocupados, o país enfrenta dificuldades para ocupar postos de trabalho por falta de mão de obra qualificada, como explica o gerente executivo de Educação do  SESI/SENAI-ES, Max Alves.  

“Vemos uma crescente oferta de postos de trabalho  e ao mesmo tempo muita gente não consegue uma colocação. O que explica muito isso é a falta de qualificação e falta de conhecimento das pessoas para poderem se adequar àquelas vagas que estão disponíveis”, explica. 

Na indústria, por exemplo, a falta ou o alto custo do trabalhador qualificado é um dos principais problemas elencados por empresários do setor, de acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Uma das formas de buscar qualificação profissional é por meio de cursos. 

Em 2023, o Senai abriu 5.800 mil vagas em cursos gratuitos e pagos em todo o país. O Serviço Nacional da Indústria (SENAI) do Espírito Santo oferta 19 cursos de graça à distância nas áreas de tecnologia da informação, construção civil, segurança do trabalho, entre outras. Max Alves destaca a importância da qualificação para o trabalhador. 

“É muito importante que as pessoas estejam qualificadas e até mesmo aquelas que já têm uma qualificação busquem sempre um aperfeiçoamento. Melhorar ainda mais a sua qualificação para que quando essas vagas estiverem disponíveis elas já estejam preparadas e prontas para ocupar este posto no mercado de trabalho. Quanto aos cursos, a gente tem em diversas áreas. Nas áreas de TI, de segurança do trabalho, tem na área de construção civil. São diversas oportunidades de cursos à distância  gratuitos”, pontua.

Para se inscrever em um dos cursos disponibilizados de forma gratuita pelo SENAI, basta clicar aqui e será redirecionado para o site de inscrição.

Cursos gratuitos no SENAI-ES:

  • Privacidade e Proteção de Dados (LGPD)
  • Desvendando o Bim Building Information Modeling
  • Projeto de Hidráulica com as Bibliotecas Bim Amanco Wavin
  • Desvendando a Blochchain
  • Desvendando a Indústria 4.0
  • Administrando o seu dinheiro
  • Qualidade no Atendimento e Postura Profissional
  • Comunicação no foco Organizacional 
  • Comunicação Efetiva
  • Segurança do Trabalho
  • Propriedade Intelectual 
  • Noções Básicas de Mecânica Automotiva 
  • Metrologia
  • Lógica de Programação
  • Empreendedorismo 
  • Educação Ambiental
  • Desenho Arquitetônico
  • Consumo Consciente de Energia
  • Satisfação do Cliente
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15/02/2023 04:00h

Segundo estudo, nove em cada dez pessoas aprovam possibilidade de os estudantes fazerem curso técnico. Menos de 15% dos entrevistados acham que alunos saem preparados para mercado de trabalho com modelo antigo da etapa de ensino

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Mais de 70% dos brasileiros aprovam as principais diretrizes do novo ensino médio, segundo pesquisa realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), divulgada nesta terça-feira (14). No entanto, 55% disseram estar pouco ou nada informados sobre as mudanças. 

O levantamento ouviu 2.007 pessoas por meio de abordagem domiciliar entre 8 e 12 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Entre as diretrizes que receberam as maiores aprovações estão: a realização de curso técnico/profissionalizante pelos estudantes (93%); o aluno poder fazer escolhas no currículo do ensino médio de acordo com a carreira que quer seguir (87%); a possibilidade do estudante escolher parte das disciplinas que quer cursar (75%); o novo modelo de currículo (72%); e a possibilidade do aluno poder substituir as matérias tradicionais por matérias profissionalizantes a partir da metade do ensino médio (71%).

O diretor-superintendente do Sesi e diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, indica que um dos pontos positivos que o novo ensino médio traz é o entendimento de que os estudantes estão em uma fase de transição e, além disso, parte deles - após o término dessa etapa educacional - vai diretamente para o mercado de trabalho.

“No Brasil, pouco mais de 20% dos jovens vão para a universidade. Então nós não podemos ignorar a maior parte dos estudantes que estão nas escolas. Por isso, a importância do ensino médio é esse impulsionamento para o seu projeto de vida e carreira a partir das suas vocações”, analisa Lucchesi.

Estudantes não preparados para ensino superior e mercado de trabalho

De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados disseram que o ensino médio prepara pouco ou não prepara os estudantes para o ensino superior. O mesmo percentual se repete em relação à preparação para o mercado de trabalho: 57% dos brasileiros acham que os alunos não estão preparados ou são pouco preparados para o ramo do trabalho.

Lucchesi aponta como um dos principais desafios do novo ensino médio a implementação dos cursos técnicos e profissionalizantes. Mas o diretor-geral do Senai também informa que as diretrizes educacionais do Conselho Nacional de Educação (CNE) permitem a cooperação e parcerias para que esse itinerário seja cumprido. 

“Certamente, a formação e capacitação dos professores têm um papel extremamente importante na melhoria da qualidade da educação, bem como na implementação da reforma do ensino médio. Além de uma boa comunicação com a sociedade, em especial com as famílias, vai ter um efeito muito importante”, afirma.

O que muda com o novo ensino médio?

As principais mudanças com o novo modelo do ensino médio são a adoção de uma base comum curricular, a escolha de disciplinas formativas por parte do aluno e o aumento da carga horária, que passa de 2.400 horas para 3.000 horas ao longo dos três anos. Cada escola terá que oferecer pelo menos uma formação complementar aos estudantes dentro destas categorias:

  • Linguagens e suas tecnologias;
  • Matemática e suas tecnologias;
  • Ciências da natureza e suas tecnologias;
  • Ciências humanas e sociais aplicadas;
  • Formação técnica e profissional.

O novo ensino médio começou a ser implementado de forma gradual em 2022 com alunos do 1º ano dessa última fase da educação básica. Neste ano, as mudanças já abrangem alunos tanto do 1º quanto do 2º ano do ensino médio. Em 2024, todas as fases dessa etapa de ensino já seguirão com o novo modelo.

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16/01/2023 20:00h

Oportunidades são nas cidades de Balsas, Imperatriz e Caxias. Formações são em técnico de informática, eletroeletrônica, eletrotécnica, eletromecânica e design de móveis. Inscrições até sexta-feira (20)

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Maranhão (Senai-MA) prorrogou, até sexta-feira (20), o prazo para inscrições em cursos técnicos nas cidades de Balsas, Caxias e Imperatriz. Na cidade de Balsas, a oportunidade é para técnico em informática. Já em Caxias, há três opções de cursos: técnico em eletroeletrônica, eletrotécnica e eletromecânica. Em Imperatriz, as formações disponíveis são para técnico em design de móveis e eletromecânica.

A coordenadora de educação profissional do Senai do Maranhão, Luciene Maria de Lana Marzano, observa que profissionais com boa qualificação tendem a ter mais chances de conquistar um emprego, pois passam a ter maior competitividade no mercado de trabalho, além da possibilidade de empreender.

“O Senai, para oferecer seus cursos, acompanha sistematicamente as demandas regionais das indústrias e as tendências do mercado de trabalho. Para isso, a gente utiliza uma metodologia que permite prever quais são as tecnologias utilizadas no ambiente de trabalho em um horizonte de cinco a dez anos”, explica a coordenadora de educação profissional do Senai-MA.

Luciene Marzano também informa que a organização atua desde a iniciação profissional até a formação técnica de nível médio. A coordenadora explica que, em todo o estado, são cerca de oito unidades do Senai, além de unidades móveis, que podem se locomover para outras cidades.

“Essas ofertas são feitas por meio de cursos pagos e gratuitos. E sempre viabilizamos e priorizamos as parcerias com as prefeituras e as indústrias locais e da região que, além de fomentar nossa capilaridade para os atendimentos, potencializam a formação profissional de qualidade em todo o estado do Maranhão”, pontua Marzano.

Gratuidade

Para se inscrever nos cursos técnicos é necessário estar matriculado ou já ter concluído a educação básica. As formações serão gratuitas para as pessoas de baixa renda, que deverão comprovar a condição mediante autodeclaração. 

Os cursos têm duração de mais de um ano e são presenciais. As aulas estão previstas para iniciarem a partir de 1º de fevereiro para na unidade de Caxias. Nas demais, o começo das aulas está previsto para 13 de fevereiro. Para se inscrever, basta acessar o site do Senai-MA, selecionar a unidade desejada e preencher o formulário.

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16/01/2023 19:00h

Podem se inscrever equipes escolares, de clubes ou de organizações, e grupos de amigos. As disputas ocorrerão nos dias 10 e 11 de fevereiro, na escola Sesi- DF de Taguatinga.

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As inscrições para a etapa regional do Torneio Sesi de Robótica First Lego League Challenge (FLL), promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) do Distrito Federal, se encerram nesta terça-feira (17). Podem participar equipes escolares, clubes ou organizações, e grupos de amigos. Neste ano, o tema é desenvolvimento sustentável, com foco em energia.

A coordenadora de competições educacionais do Sesi-DF, Eliséia Tavares, explica que o torneio é promovido mundialmente e, no país, é operacionalizado pelo Sesi. Ela ainda informa que a cada ano a competição aborda um tema diferente e os estudantes são desafiados a proporem soluções para problemas do mundo real. 

“Essa temporada tem como objetivo principal reimaginar o futuro da energia sustentável. Com base nisso, as equipes serão avaliadas em quatro categorias: projeto de inovação, design do robô, desafio do robô e core values, que são as descobertas, a inovação, impacto, inclusão, trabalho em equipe e diversão - já que são crianças”, afirma Eliséia Tavares.

Para o estudante da 2ª série do novo ensino médio do Sesi-DF, Pedro Paulo Lopes, de 16 anos, a experiência de participar de um torneio de robótica é indescritível, pois proporciona integração com outras pessoas que gostam da área, e isso acarreta maior aprendizado. 

“No torneio, você encontra muitas pessoas com interesses parecidos, inclusive projetos de vida. Você conhece o projeto de outras pessoas, conhece os robôs. É realmente sensacional. Você se sente acolhido”, diz o estudante.

Inscrições

Podem participar grupos de todos os estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal. Os times precisam ter dois técnicos adultos (um titular e outro suplente), com mínimo de dois e máximo de dez competidores, com idade entre 9 e 16 anos.

A realização da inscrição deve ser feita pelo técnico responsável pelo time por meio do site do Sesi, onde deverá preencher um formulário. As disputas estão previstas para ocorrer no Sesi-DF de Taguatinga nos dias 10 e 11 de fevereiro.

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13/01/2023 13:30h

Visitantes que compraram ingressos para os dias em que o espaço esteve fechado poderão optar por reembolso ou cortesias para outra data

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O SESI LAB voltou  a abrir as portas. O museu interativo de arte, ciência e tecnologia interrompeu a programação por questões de segurança, após os violentos protestos do último dia 8, que resultaram na depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. Quem comprou ingressos para os dias 8, 9 e 10 receberá um e-mail da Sympla com orientações para reembolso ou, se preferir, retirada de cortesia para outra data. 

O espaço é aberto de terça a sexta-feira, de 9h às 18h. Sábado, domingo e feriado o museu funciona das 10 às 19h. Todos os dias, às 10h30 e às 15h30 são realizadas visitas guiadas pela equipe de educadores do museu. Os interessados devem retirar senha trinta minutos antes de cada visita no balcão de informações, localizado na entrada principal.

Inaugurado no final de novembro do ano passado, o SESI LAB visa proporcionar uma experiência inédita aos visitantes por meio de uma conectividade 100% interativa entre arte, ciência e tecnologia. O museu está localizado ao lado da rodoviária do Plano Piloto, um dos locais mais movimentados de Brasília, no antigo edifício Touring Club, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. De acordo com o diretor de Operações do Sesi Nacional, Paulo Mól, a interatividade do espaço potencializa a experiência e aprendizagem dos visitantes

“É um museu extremamente importante porque ele é interativo. As pessoas interagem com cada um dos aparatos. Então, todos os aspectos científicos, aí estou falando da física, da química e da biologia, as pessoas começam a aprender todos esses fenômenos a partir da interação com os aparatos que estão lá. Isso é extremamente importante para o aprendizado. Muito mais importante do que o museu, é o movimento em prol da educação no Brasil”, afirma.

A partir de março de 2023, grupos escolares, de organizações não governamentais, empresas e outros poderão agendar visitas. Para isso, basta preencher o formulário no site www.portaldaindustria.com.br/sesi/sesi-lab/visite/. A expectativa é receber cerca de 85 mil estudantes e 3 mil professores, além de 350 mil visitantes por ano. Paulo Mól destaca o estímulo à educação proporcionado pelo SESI LAB.

“Nosso objetivo é fazer com que possamos atrair novos cientistas, novos pesquisadores, que isso passe a fazer parte da vida de todas as pessoas, de todos os estudantes. O Sesi Lab vai ser um apoio às escolas nas áreas de arte, ciência e tecnologia”, pontua. 

O SESI LAB conta com cinco galerias expositivas e 100 experimentos interativos em exposição de longa duração. O espaço permite a interação de pessoas que circulam próximo ao museu com as obras. Dentre elas, um painel inédito do artista Athos Bulcão, com aproximadamente 135 metros quadrados de uma combinação de três azulejos que formam diferentes imagens ao longo de sua extensão.

As entradas podem ser adquiridas na bilheteria digital. A inteira custa R$ 20, enquanto o valor da meia é R$ 10. Há também uma ampla política de gratuidade, que abrange crianças com até 10 anos de idade, pessoas com deficiência e outros. Além disso, na primeira quinta-feira do mês, a entrada é gratuita para todos os públicos.  

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05/12/2022 04:15h

Atrações culturais, educativas e científicas são voltadas para todos os públicos, em espaço democrático e inclusivo do SESI, em parceria com o SENAI

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O SESI Lab abriu as portas para o público no dia 30 de novembro, em Brasília, com proposta inclusiva, inovadora, educativa e democrática. A iniciativa tem atrações culturais, científicas e educativas para o público de todas as idades. É uma parceria do Serviço Social da Indústria (SESI) com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). 

O espaço está localizado no coração de Brasília, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, no prédio que antes abrigava o Touring Club. O edifício já tem história por si só, pois foi projetado por um dos grandes nomes da arquitetura brasileira: Oscar Niemeyer. Segundo o coordenador de operações do SENAI, Paulo Mól, o museu interativo tem como pilar ser um local acessível para todas as pessoas. 

“O SESI Lab é inclusivo. Ele é inclusivo de várias formas. Então o acesso ao SESI Lab precisaria ser fácil para que as pessoas pudessem chegar até aqui. E tudo aqui é pensado na inclusão. Todas as pessoas podem vir”, afirma Paulo Mól.

O museu reúne cem experimentos interativos em exposição de longa duração, além de programação cultural e mostras temporárias. A expectativa é que o espaço receba 350 mil pessoas a cada ano. Além disso, 85 mil estudantes e três mil professores poderão participar de formações, oficinas, cursos e atividades culturais.

Opção de aprendizado e lazer

A inauguração do SESI Lab movimentou o feriado local do Dia do Evangélico no Distrito Federal, com apresentações musicais, DJs, contações de histórias e performances artísticas. Por isso, muitas pessoas aproveitaram a folga para conhecer o museu interativo, como foi o caso da estudante de mestrado Nathália Feitosa.

“Eu não sou daqui, eu sou de Maceió, cheguei em Brasília há pouco tempo. Mas estava conversando com um pessoal e me falaram sobre a abertura do espaço, e disseram que seria muito legal para designers e eu vim conhecer. Eu tô achando legal, totalmente diferente do que eu já tinha visto”, diz a estudante.

O arquiteto Marcel Santana aproveitou o feriado para levar a filha Maia, apaixonada por ciências, para curtir o mais novo espaço dedicado ao tema. 

“Estou achando muito interessante. A Maia gosta muito de ciências e a gente estava sentindo falta de um espaço desses em Brasília, e agora tem uma atividade diferente para as crianças. É bem interessante, ela está gostando muito”, diz o arquiteto.

Inspiração

A implementação do projeto contou com a assessoria técnica de um dos principais centros interativos do mundo, localizado em São Francisco, nos Estados Unidos, o Exploratorium. Esse laboratório público de aprendizagem, criado pelo físico Frank Oppenheimer, tem como fundamento o ensino da ciência, por meio da interação com a arte, de forma lúdica e interativa. 

O espaço recém-inaugurado também deu vida a um painel de azulejos inédito de Athos Bulcão. O projeto do artista havia sido criado para o antigo Touring Club, mas nunca havia sido executado. O museu também conta com uma cafeteria e uma loja de produtos autorais.

Durante todo o mês de dezembro, a entrada no SESI Lab será gratuita, mas é necessário retirar os ingressos com antecedência via internet, pela plataforma Sympla. Após esse período, a entrada inteira custará R$ 20 e a meia-entrada, válida para estudantes, idosos e professores, será de R$ 10. O museu abre de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 19h.

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23/11/2022 19:13h

Mais de R$ 500 milhões serão alocados em tecnologias educacionais, modernização e expansão das unidades do Sesi e do Senai

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A Federação das Indústrias de Goiás (FIEG), com o Sesi e o Senai, investirão quase R$ 1 bilhão para atingir a meta de qualificar 300 mil trabalhadores nos próximos três anos e suprir a crescente demanda do setor produtivo no estado. Cerca de 500 milhões de reais serão alocados em tecnologias educacionais, modernização e expansão de escolas em Aparecida de Goiânia, Catalão, Goiânia, Itumbiara, Jataí e Rio Verde. Há ainda R$ 275 milhões previstos para construção de cinco novas escolas, duas delas em Luziânia e Mineiros.  

O presidente da FIEG, Sandro Mabel, entende que ampliar a oferta de educação básica, profissional e tecnológica é o caminho mais curto para elevar a produtividade e a competitividade da indústria.

“Isso vai mudar a condição dos nossos alunos, da nossa profissionalização. A Indústria 4.0 hoje é uma indústria moderna, que precisa de qualificação constante. Isso faz com que as pessoas precisem ter treinamento. É isso que o Sesi e o Senai vão fazer cada vez mais”, afirmou.

Tecnologias educacionais 

Sesi e Senai de Anápolis receberão recursos para aplicar em novas tecnologias educacionais, que envolvem robótica, braço biônico e softwares e ferramentas de inteligência artificial. Em todas as unidades da rede de ensino em Goiás, a FIEG estima investir mais de R$ 150 milhões em recursos de aprendizagem.

Segundo o secretário de Indústria, Comércio, Inovação, Trabalho, Turismo e Agricultura, Alex Martins, ampliar a oferta de ensino em uma cidade que tem a atividade industrial como umas das principais fontes de renda significa investir na geração de emprego e renda. 

“A prefeitura de Anápolis, em parceria com o Senai e o Sebrae, oferece cursos gratuitos de qualificação profissional, relacionados às áreas exigidas pelo mercado local, como elétrica e mecânica. Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, apontam crescimento na geração de empregos com carteira assinada”, assinala.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET), do Ministério do Trabalho, indicam que há quase mil estabelecimentos industriais em Anápolis, a maioria dos setores de alimentos e bebidas (23%), vestuário (12%) e química farmacêutica (11%). Mais de 97 mil funcionários são empregados formalmente pela indústria no município, de acordo com os dados mais recentes de 2020. 

Números que, na avaliação da diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Claudia Costin, evidenciam o sucesso do modelo educacional adotado por Sesi e Senai. A especialista acrescenta que há exemplos internacionais, como o das escolas secundárias da Coreia do Sul, em que a indústria se uniu ao governo, por meio de parcerias público-privadas, na gestão de cursos para ampliar a empregabilidade dos jovens.

“Creio que o aprendizado acumulado pelo Senai poderia ser repassado com grandes vantagens para secretarias de Educação dos estados para que a gente pudesse ter um ensino médio com a mesma qualidade institucional que a instituição conseguiu construir. É um exemplo a ser seguido”, elogia Claudia.

Se de um lado os trabalhadores se requalificam ou aprimoram suas habilidades para conquistar uma vaga no mercado, do outro os empresários passam a ter funcionários capacitados. O resultado é mais eficiência, redução do desperdício de materiais na fabricação de produtos e aumento de produtividade. 

“Investir em educação sempre é sempre o investimento mais importante, principalmente como incentivo à instalação de novas indústrias e de investimento no setor industrial. A capacitação das pessoas é extremamente importante. Nós temos um grande contingente de jovens que precisam ser treinados, precisam ter um incentivo para buscar capacitação voltada para a indústria”, garante o CEO da Caoa Montadora, Eugenio Césare. 

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17/08/2022 11:10h

Além de expandir qualificação profissional no interior da Bahia, projeto auxilia as cidades a aproveitarem os recursos públicos que já estão disponíveis

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Qualificação profissional de mais de 20 mil pessoas e geração de renda e emprego. Esse é o resultado de um trabalho de três anos de parcerias entre o Senai Bahia e as prefeituras do interior do estado, que busca identificar as demandas profissionais e realizar a inserção de pessoas capacitadas no mercado local. O projeto aproveita os recursos públicos que já estão disponíveis nesses municípios, provenientes dos ministérios da Cidadania e da Educação.

O modelo começou na unidade de Feira de Santana e a articulação do Senai com o poder público mostrou tantos resultados positivos que o projeto foi implementado nas outras 21 unidades, com capacidade de atuar em todos os 417 municípios baianos. Desde então, por meio da Gerência Comercial de Órgãos Públicos, o Senai Bahia vem ampliando a execução de cursos profissionalizantes com a ajuda de mapeamento de potencialidades e a identificação de áreas carentes.

Bianca Oliveira, gerente comercial de órgãos públicos do Senai Bahia, explica que atualmente o trabalho é mais proativo do que reativo, já que o Senai faz prospecções e visitas aos municípios, mostrando aos entes públicos daquela localidade as oportunidades que poderiam ser aproveitadas com os recursos já disponíveis. Alguns municípios, no entanto, procuram o Senai já sabendo do projeto para também elaborarem os planos de ação.

“Desde 2018 mais de 100 prefeituras já foram atendidas. Há ainda quase 50 atualmente em atendimento e outras 102 em prospecção”, conta Bianca.

Uma equipe capacitada e em constante atualização do Senai é a responsável por levar as soluções às prefeituras. Assim, toda a proposta já chega amparada com estudos, o demonstrativo da demanda profissional que já existe naquela localidade e os indicadores que podem evoluir em virtude da qualificação profissional. Mesmo porque são muitas as prefeituras que, por falta de pessoal ou recursos, não conseguem identificar essas oportunidades ou projetos que se adequem a esses recursos parados. Recursos esses que podem acabar voltando ao governo federal caso não sejam aproveitados pela prefeitura.

“A gente faz uma apresentação das qualificações profissionais que estão com demanda alta no mercado de trabalho, apresentamos também estudos de demanda futura. É quase que uma consultoria às prefeituras, informando quais são os segmentos que vão precisar de profissionais, sem esquecer da vocação econômica daquele território”, explica a gerente do Senai Bahia.

Guanambi, por exemplo, tinha à disposição mais de R$ 47 mil em recursos próprios, do Fundo de Participação dos Municípios, e foi identificada uma grande demanda de profissionais para trabalhar na concessionária de energia do município. Junto com a empresa, o Senai fez uma captação de vagas e informou à prefeitura sobre a necessidade de pessoas formadas em rede de distribuição de energia.

“Montamos uma reunião em conjunto, prefeitura, empresa e Senai. Esse é o projeto ideal, quando a gente encontra as vagas de mercado, através de estudo vocacional, aciona o poder público, mostrando que há vagas e recursos, e o Senai entra como principal executor. Esse é o casamento perfeito”, pontua.

Dessa turma que foi capacitada na área de elétrica pelo Senai, formada por 25 habitantes de Guanambi, 18 foram contratados por empreiteiras prestadoras de serviços da concessionária.

Bianca destaca que a qualificação profissional não só ajuda os municípios a gerarem mais emprego e renda, como o trabalho acaba refletindo em todo o estado baiano, melhorando índices, aproveitando melhor os recursos e abrindo portas para o empreendedorismo.

“A grande importância hoje da formação profissional é, em primeiro lugar, contribuir para o desenvolvimento sustentável daquela região, seja prefeitura, seja em nível de estado, porque a soma dessas prefeituras acaba desaguando num indicador maior de melhoria da empregabilidade. Então, a formação profissional hoje supre essa necessidade. Muitas vagas estão aí porque não tem pessoal capacitado”, analisa. 

Da qualificação ao empreendedorismo

Em Serrinha, interior baiano, o montante de R$ 335 mil em recursos precatórios do Fundeb foi utilizado para atender 500 pessoas num projeto para Educação de Jovens e Adultos (EJA) associado à capacitação profissional. O projeto ajudou a baixar o índice de evasão no município para este tipo de formação, de 25% para 4,9%, e a utilização correta dos recursos parados fez o município passar a receber um volume maior de repasses do governo para este fim.

E a capacitação profissional não apenas ajudou moradores de Serrinha, como também plantou a semente do empreendedorismo. Darlan Araújo da Silva, 39 anos, revela que a qualificação profissional trouxe oportunidades que antes pareciam impossíveis. Ele conseguiu tanto se qualificar como também gerar novos empregos com seu empreendimento.

“No primeiro momento eu não tinha nenhuma noção do que é a área industrial. Quando eu entrei no Senai, abriu muito a visão, a mente, do que é se profissionalizar. E com isso, veio o reconhecimento. Praticamente você já sai trabalhando. O Senai tem tudo para você já sair pronto, você já entra na indústria com toda a capacidade”, conta Darlan, que fez diversos cursos em Salvador, Feira de Santana e Serrinha, em áreas como elétrica e refrigeração. Atualmente, como empreendedor, está empregando outras pessoas que trilharam o mesmo caminho no Senai.

“Hoje tenho cinco colaboradores na minha equipe e todos eles têm o curso do Senai. Agora estamos tratando de reciclagens na área de segurança e planejando bolsa de estudos para cada um, pelo bom desempenho que tiveram, para fazerem mais cursos técnicos”, conclui.

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Barrocas

O município de Barrocas também foi beneficiado com o projeto. Segundo a unidade do Senai Bahia localizada na cidade, o índice de alfabetização de Barrocas é de quase 99%, mas a renda média é de apenas três salários mínimos, uma realidade que pode e vem sendo melhorada com a qualificação profissional.

O prefeito Jai de Barrocas explica que mais de 537 pessoas foram profissionalizadas pelo Senai nesses últimos anos e a parceria continua sendo fundamental para o município ao dar capacitação e resolver demandas importantes da cidade.

“Estamos pensando em contratar outros cursos porque isso é de uma importância muito grande. Gera renda e emprego, desafoga os problemas da prefeitura, já que por ser uma cidade pequena, as pessoas vivem em função da prefeitura mesmo. Então, isso é até uma forma de a gente gerar emprego”, relata o prefeito.

Além de Serrinha e Barrocas, vários outros municípios se beneficiaram com a parceria entre a prefeitura e o Senai. Em Vitória da Conquista, por exemplo, mais de R$ 1,3 milhão dos recursos PTS (Projeto Técnico Social) do Minha Casa Verde e Amarela foram direcionados a 4.481 famílias com ações socioeducativas e possibilitaram a formação profissional de 2.447 alunos, em cursos como panificação.

O Senai Bahia tem, ainda, uma Fábrica de Kits de educação profissional, os quais são utilizados em diversas das formações que oferece, aproveitando sua estrutura, profissionais qualificados e experiência.

E o modelo pioneiro de parceria com as prefeituras, segundo Bianca Oliveira, virou uma referência para outros departamentos regionais do Senai. Atualmente, a unidade baiana recebe equipes de unidades de todo o país que desejam conhecer melhor o modelo para replicar o sucesso do empreendimento em seus estados.

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Educação
17/08/2022 04:30h

Antes de chegar à Akademia High School, na Polônia, jovem da Bahia foi o único brasileiro a integrar como bolsista integral o programa The School of the New York Times, nos EUA. A bolsa é uma conquista pela participação no Programa de Iniciação Científica do SESI Bahia

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O jovem Juan Teles, de 17 anos, embarcou para os Estados Unidos para participar do The School of the New York Times. Ele é o único brasileiro com bolsa completa neste programa, que conta também com aulas nas principais universidades de Nova Iorque, como Columbia e Fordham University. O prêmio maior vem na sequência, quando se muda para Varsóvia, na Polônia. Lá, o estudante de Salvador (BA) vai integrar como bolsista, pelos próximos dois anos, a Akademia High School, uma das principais escolas técnicas da Europa, onde vai terminar a escolarização.

“Vai ser uma imersão, uma experiência que vai mudar minha vida, minha carreira e minhas perspectivas. Eu espero cursar relações internacionais e seguir na diplomacia brasileira. Tudo isso pode ser conquistado a partir da minha experiência de estudo que vou ter na Polônia. O que eu mais espero é a concretização de planos.” 

Juan começou a ter contato com a pesquisa pelo Programa de Iniciação Científica (IC) da Rede SESI Bahia de Educação, no 1º ano do ensino médio, e teve como grande destaque a participação em um projeto de análise socioespacial no Porto das Sardinhas. O estudante da Escola SESI Reitor Miguel Calmon, em Salvador, conta que o grupo trabalhou com cerca de três mil mulheres que tiram o sustento do tratamento da sardinha em jornadas que chegam a 12 horas de trabalho. 

Como foi identificado potencial de sustentabilidade na atividade, foi proposto um trabalho de reaproveitamento dos restos dos peixes para a elaboração de uma ração para pets. O lucro dessa farinha proteica será revertido a essas mulheres, já que a remuneração no processamento e ensacamento da sardinha paga muito pouco.

“Elas não veem solução para aquela situação, para aquele contexto em que elas estão. É um ciclo constante. Vi as mães, as filhas, gerações de avó, mãe, neta trabalhando no mesmo local, sem chance de estudo ou melhora de vida. E uma das motivações do projeto foi ver como podemos trazer um benefício socioeconômico para essas mulheres. Foi a partir daí que a gente viu os resíduos da sardinha como alternativa”, explica Juan.

O projeto tem parceria com técnicos do SENAI CIMATEC, mas ainda precisa de um parceiro comercial para que se viabilize economicamente e passe a ajudar as mulheres do Porto das Sardinhas. Anderson dos Santos Rodrigues, professor de Geografia na Escola Reitor Miguel Calmon, foi orientador no projeto de Juan. Ele explica que o nível do trabalho de pesquisa contribui significativamente para a formação e que os jovens conseguem desenvolver de forma muito mais acentuada esse perfil protagonista e autônomo de estudo e empenho científico no programa.

“A pesquisa aqui no SESI busca lapidar isso, como a escrita, a leitura. E as suas ações podem abrir portas para o mundo. Para Juan não foi diferente. Juan soube aproveitar isso muito bem, mesmo no contexto pandêmico, e sempre esteve com a mente aberta para participar de seleções, concursos, chamadas de editais mundo afora. Ele investiu na língua estrangeira, no caso inglês e espanhol, e agora está estudando francês. Ele conseguiu, dentro da IC, desenvolver isso de forma brilhante”, relata o professor.

Segundo Fernando Moutinho, gerente de Educação Científica e Tecnológica, a Iniciação Científica da Rede SESI Bahia de Educação desenvolve a ciência, o empreendedorismo e a inovação de forma prática e integrada. Ele conta que o resultado do programa é cada vez mais significativo nas principais feiras e eventos científicos nacionais e internacionais, com premiações e bolsas importantes conquistadas por alunos em grandes universidades fora do país. É o caso de Juan.

“Além de ele estar desenvolvendo todas as habilidades e potencializando o que ele traz consigo, como caraterística do seu contexto, a iniciação científica promoveu também a construção do projeto de vida e carreira. Esse movimento que ele está fazendo agora é justamente o projeto de vida e carreira que ele desenvolveu através das habilidades e conhecimentos que a iniciação científica proporcionou a ele.”

Programa de Iniciação Científica 

Os projetos de iniciação científica com os alunos da Rede SESI de Educação na Bahia mostram resultados positivos desde o início, em 2016. No estado, as escolas do SESI são as únicas da rede privada de ensino com um programa desta natureza.

São mais de mil estudantes do ensino médio, do 1º ao 3º ano, em dez escolas, integrados às mais diversas áreas de pesquisa, como ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática e engenharia. Além de propor temas de investigação para problemas reais e que fazem parte da sua realidade, os estudantes desenvolvem competências e habilidades do século XXI: autogestão, investigação, resolução de problemas e habilidades de comunicação.

A proposta do programa é que, a partir de problemáticas locais e globais, os estudantes utilizem seus conhecimentos sobre ciência, tecnologia, engenharia e matemática na construção de soluções aplicáveis para os desafios do cotidiano e da indústria. O programa pretende, assim, preparar os estudantes para o mundo do trabalho e o ingresso em uma universidade, além de formar cidadãos protagonistas e atuantes diante dos desafios do século XXI. 

Prêmios

Além de toda a experiência acadêmica e pessoal transmitida aos alunos, os projetos realizados vêm mostrando também excelência científica. Em junho, a Rede SESI Bahia de Educação foi destaque na edição 2022 da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, evento científico pré-universitário voltado para estudantes do ensino médio de todo o país. Com 22 projetos submetidos, os estudantes das escolas da capital e do interior conquistaram dez premiações em diferentes categorias. Dentre as conquistas, destaca-se uma credencial para a Mostratec, o maior evento do gênero do país e que seleciona projetos de iniciação científica para mostras internacionais.
 

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