Emprego

25/09/2023 01:30h

Segundo o levantamento, o país tem o potencial de gerar 700 gigawatts em usinas eólicas instaladas no mar. No entanto, o modelo segue totalmente inexplorado

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A geração de energia elétrica em usinas eólicas offshore (no mar) pode ampliar em 3,6 vezes a capacidade energética do país. É o que aponta o estudo “Oportunidades e desafios para geração eólica offshore no Brasil e a produção de hidrogênio de baixo carbono” — elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, a exploração da energia eólica offshore associada à produção de hidrogênio de baixo carbono pode aumentar a competitividade do Brasil no cenário internacional. 

“Hoje temos no Brasil um potencial de 700 gigawatts totalmente inexplorado, mas que pode mudar radicalmente o panorama energético do país, principalmente quando se conecta com outras agendas, como o próprio hidrogênio sustentável —  o qual o Brasil tem grandes vantagens comparativas de produção e atendimento à demanda, principalmente internacional.”

No cenário mundial, é esperado um aumento de 260 GW no potencial global de instalações eólicas offshore até 2030, alcançando 316 GW até o final da década. Para isso, estão previstos investimentos de até US$ 1 trilhão. 

A transição energética para modelos de baixo impacto ambiental é um dos pilares estratégicos da CNI para que o país alcance as metas estabelecidas no Acordo de Paris, além do mercado de carbono, economia circular e bioeconomia e conservação florestal. 

“Hoje a gente tem dentro desse pilar a exploração a partir da eficiência energética, da expansão de energias renováveis. E aí entra, de uma forma bastante significativa, a exploração a partir de eólica offshore. Então a offshore vem para somar rumo a essa expansão de renováveis com o objetivo de manter a matriz energética e elétrica do Brasil cada vez mais limpa e sustentável”, destaca Davi Bomtempo.

Além de ajudar o Brasil a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, há uma expectativa que o setor eólico como um todo (onshore e offshore) empregue cerca de 2,2 milhões de pessoas no país até 2030, segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), para cada R$ 1 investido em energia eólica no país, são devolvidos R$ 2,90 no PIB nacional. No Nordeste, por exemplo, o PIB regional cresceu cerca de 21% e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal aumentou em 20% desde a chegada dos parques eólicos, segundo a associação.

Oportunidades na costa brasileira

A CNI fez um mapeamento da faixa costeira do Brasil e identificou as áreas com maiores oportunidades de exploração das usinas eólicas no mar. São elas: a região entre os estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte; a área entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo; e a região da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. 

A presidente-executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum, afirma que a abertura de parques eólicos offshore nessas regiões vai atrair novos investimentos. 

“Está havendo uma corrida de investimentos, principalmente das empresas do setor de óleo e gás, que estão querendo investir em energias renováveis. E por já conhecer a exploração do mar, elas têm muito interesse em investir em eólica offshore. Então abrir essa nova tecnologia para investimento vai ser muito importante para o Brasil, porque isso vai trazer PIB, vai trazer geração de emprego e de renda para a população.”

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Marco Legal

Até o final de agosto deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já havia registrado 78 pedidos de licenciamento ambiental para instalação de usinas eólicas offshore, totalizando 189 GW de potência instalada. No entanto, as regras para implementação dos parques offshore ainda não estão totalmente claras para o setor.

Em janeiro de 2022, o governo publicou o decreto 10.946 que regulamenta a cessão de uso e espaços físicos para o desenvolvimento da energia eólica offshore. No entanto, a norma não foi suficiente para trazer segurança jurídica aos investidores. 

Para garantir mais previsibilidade e regras claras, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei (PL 576/2021) que regulamenta o modelo de cessão de áreas, a cobrança de outorgas e os critérios para a realização de leilões.

A presidente-executiva da ABEEólica explica que a usina eólica offshore produz energia no mar, que é um bem da União. Para que esse recurso seja explorado, como já acontece na indústria do petróleo, por exemplo, é necessária uma regulamentação.

“Então para isso, nós precisamos ter uma lei que vai realizar um leilão de cessão de uso do mar. A partir deste leilão de cessão, os entendedores estarão aptos para fazerem os seus estudos, principalmente os estudos ambientais, e a partir daí podem obter uma licença ambiental para construir um projeto.”

O PL 576/2021 já passou pelo Senado e, na Câmara dos Deputados, foi apensado ao PL 11247/2018, que está aguardando a designação de um relator na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Casa.

A estimativa da ABEEólica é que o Congresso aprove o projeto de lei ainda este ano, para que o primeiro leilão seja realizado em 2024 e a construção dos parques eólicos ocorra até 2028.

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13/09/2023 18:22h

Segundo projeções da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o país vai receber 23 novas plataformas de produção de petróleo até 2028

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Nos próximos 5 anos, o Brasil deverá implantar 23 novas plataformas de petróleo e gás. As chamadas Unidades Estacionárias de Produção (UEPs) serão instaladas nos estados do Rio de Janeiro (19), São Paulo (1), Espírito Santo (1) e Sergipe (2). Os projetos fazem parte do Anuário de Petróleo 2023, levantamento elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Segundo a Firjan, as plataformas de produção deverão gerar cerca de 21 mil novos postos de trabalho, sendo 6,9 mil diretos e 13,8 mil indiretos. O especialista de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Sávio Bueno, destaca a importância da indústria extrativa para a cadeia produtiva do Brasil.

“Esse é um mercado que movimenta muito a cadeia produtiva de todo o Brasil. O Rio de Janeiro é líder em produção de petróleo no Brasil. Hoje, além da bacia de Campos, a gente tem também uma produção muito grande na bacia de Santos, e muitas áreas do pré-sal. E vão ser 19 plataformas produtoras aqui para o estado do Rio, que vão movimentar toda a economia do estado gerando uma série de novos empregos diretos e indiretos”, diz.

De acordo com o especialista, a produção de petróleo no Brasil é de 3 milhões de barris por dia. Ele ainda ressalta o potencial de ampliação de produção com a implantação das novas unidades.

“Essas novas plataformas vão entrar para a gente ultrapassar a barreira dos 5,5 milhões de barris por dia. Hoje a atividade de petróleo já movimenta muita indústria, vai movimentar ainda mais. O Rio de Janeiro já responde por mais de 85% da produção do país e isso tende a crescer ainda mais. A participação do estado vai se tornar ainda mais relevante, tanto em termos percentuais, como em termos de volume. Então, isso impacta na cadeia produtiva do Brasil”, afirma.

Na avaliação do deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), a indústria extrativa mineral desempenha um papel importante no esforço de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Para ele, é necessário incentivar ainda mais a cadeia produtiva da indústria no país.

“Todos os incentivos devem ser concedidos para que a gente possa ampliar a cadeia produtiva do petróleo no Brasil. Acho que nós precisamos ser muito competitivos. Agora, obviamente, nós precisamos também ter uma participação nacional, tanto na construção dos navios quanto na construção das plataformas, dos barcos de apoio. E isso pode ser feito com um conteúdo nacional até 30%. Agora é muito importante que a gente tenha todo o conjunto de benefícios para subsidiar o crescimento dessa indústria”, diz.

Qualificação

Para o especialista de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, a qualificação é muito importante para o setor. Segundo Bueno, “o mercado não consegue crescer se não tiver uma oferta de profissionais preparados para atender a demanda e o potencial de crescimento da indústria extrativa”. Ao todo, a Firjan oferece cerca de 200 cursos relacionados com o setor da indústria extrativa.

Dentre as principais áreas mapeadas pela Firjan para postos de trabalho no mercado de óleo e gás estão as áreas de engenharia, mecânica, química e elétrica. Em termos de nível técnico, os destaques são as áreas de mecânica, eletrônica, mecatrônica, automação e a área elétrica.
 
 

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01/09/2023 04:15h

Ideia é que prova única seja aplicada em 180 cidades, deixando o processo mais acessível e democrático

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Uma prova unificada, de ampla concorrência, para todos os concursos federais do país: essa é a proposta do Concurso Nacional Unificado, que —  como o próprio nome diz  — promete usar uma só prova para preencher milhares de vagas em órgãos públicos federais, como os ministérios, autarquias. O novo método de concurso federal  já foi batizado informalmente como o "Enem do emprego".

A meta é ousada e prevê que o CNU já seja aplicado em fevereiro do ano que vem para preencher cerca de oito mil vagas. Segundo a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a aplicação do concurso único aconteceria ao mesmo tempo em 180 cidades brasileiras. Mal foi anunciada, a mudança já desperta polêmica entre professores e também entre os chamados "concurseiros". 

O cronograma divulgado pelo MGO também é apertado e recebe críticas:

  • até 20/9: ato normativo do Ministério da Gestão criando comitê organizador;
  • até 29/9: adesão dos Ministérios ao Concurso Nacional Unificado;
  • até 20/12: publicação do edital do Concurso Nacional Unificado;
  • 25/2/2023: realização da prova em dia único (data indicativa inicial).

Para o diretor de Mentoria e Coach e professor do Gran Cursos de Brasília, Fernando Mesquita, o tempo é curto para executar tudo que o governo federal se propõe a fazer. Mas ele acredita que esse modelo pode ser aperfeiçoado  atender às necessidades do governo. 

“Em uma tacada só consegue preencher 8, 10, 15, 18  mil vagas que sejam. De uma certa forma, por ter mais polos, por ser uma prova com amplitude maior, ela pode melhorar a entrada de candidatos. Não significa que vá ser, falta uma definição mais clara do governo federal a respeito de como isso vai acontecer e, para uma prova cuja etapa inicial está prevista para dezembro, as coisas estão meio em cima.”   

Mais igualdade, mas uma só oportunidade

Uma das principais vantagens do Concurso Nacional Unificado defendida pelo governo federal é a ampla acessibilidade. Por serem realizadas na mesma data em todas as regiões do Brasil, a prova unificada vai permitir que candidatos de todos os cantos do país tenham a mesma oportunidade. Ideia que o professor Fernando compartilha, mas ele levanta um ponto negativo para os candidatos. 

“Existe a possibilidade de essa prova beneficiar o acesso de candidatos de todo país, mas isso não significa que sejam só flores para os candidatos a concursos. O modelo anterior, em que cada órgão realizava sua prova, ele acaba sendo muito mais interessante para o concurseiro profissional, por que se ele não vai bem em uma prova, pode fazer uma prova que vai acontecer dali um, dois meses, de outro órgão. Nesse modelo, o que está parecendo é que dentre aquelas provas do governo federal, o candidato vai ter que escolher uma, o que vai impedir que ele possa concorrer a outras oportunidades.”

Segundo o professor, candidatos mais bem preparados, com acesso a melhores escolas e com mais tempo e qualidade de preparação para as provas, acabam tendo resultados melhores. “Esse candidatos acabam conseguindo ‘tomar’ as vagas de candidatos que vêm de estados menos desenvolvidos — com os das regiões Norte e Nordeste.”

Mas, para o professor, a ideia de unificar os concursos não altera em nada o desempenho deles nas provas. “Isso poderia acontecer mesmo que o concurso não fosse unificado. De uma parte existe a possibilidade de eu fazer uma prova e concorrer no mesmo momento a cargos em qualquer órgão, mas, ao mesmo tempo, eu consigo fazer provas que não havia pensado ", avalia.

Como deve funcionar

A exemplo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) criado em 1998 — cuja nota é usada por centenas de faculdades e universidades de todo o país para substituir o vestibular tradicional — a intenção deste concurso é criar algo parecido, mais acessível e democrático.

Segundo o Ministério da Gestão, a adesão dos órgãos do governo federal à novidade é voluntária e eles têm até o dia 29 de setembro para manifestarem interesse em participar. 

A proposta é que a avaliação seja dividida em duas partes, no mesmo dia. A primeira com provas objetivas com matriz comum a todos os candidatos, e a segunda com provas específicas e dissertativas por blocos temáticos.

A previsão é que os resultados gerais da primeira sejam divulgados até o final de abril e os cursos de formação já começam entre junho e julho de 2024.

Desemprego no Brasil   

O Brasil tem hoje  cerca de 8,5 milhões de desempregados, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, feita pelo IBGE no segundo trimestre deste ano. Isso corresponde a 7,9% dos brasileiros. 

Foram esses números e um cenário de crise econômica pós pandemia que fizeram com que Thiago Albuquerque deixasse de lado a carreira de nove anos como contador e voltasse à sala de aula. Formado em contabilidade e trabalhando no negócio da família desde que saiu da faculdade, Thiago viu o cenário econômico mudar em 2020. 
 
“Muitas empresas tendo que fechar suas portas, muitas pessoas sendo mandadas embora, muitos empresários desesperados sem ter o que fazer. E a contabilidade depende de empresas abertas, funcionários trabalhando para conseguir se manter também. Foi um baque pra gente, porque a gente trabalha cuidando de empresas e se as empresas fecham a gente não tem empresas para cuidar.”

O medo causado por essa instabilidade fizeram o contador repensar a profissão. 

“Eu tenho amigos na área policial e eles me incentivaram a estudar. Foram me falando da carreira e também da estabilidade. Estamos em pandemia, mas temos nossa estabilidade de receber o salário todos os meses, não tem risco de ser mandado embora e isso foi mudando a minha cabeça e eu comecei a estudar.”

Distribuição de cidades por região:

Região Nordeste: 50 municípios
Região Sudeste: 49 municípios
Região Norte: 39 municípios
Região Sul: 23 municípios
Região Centro-Oeste: 18 municípios

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29/08/2023 20:00h

São oferecidas 130 vagas disponíveis em nove agências públicas de emprego em Mato Grosso do Sul

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), por meio da Funtrab (Fundação do Trabalho de MS), realiza a ação “Emprega Mineração”, de 28 de agosto a 8 de setembro, e oferece 130 vagas disponíveis em nove agências públicas de emprego em Mato Grosso do Sul. A iniciativa ocorre simultaneamente às oportunidades disponíveis na Casas do Trabalhador nos municípios de Campo Grande, Três Lagoas, Corumbá, Nova Andradina, Naviraí, Dourados, Cassilândia, Aquidauana, Miranda. Os interessados devem comparecer a uma unidade da Funtrab, com CPF, RG e Carteira de Trabalho.

O secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc, Bruno Gouveia, disse que a ação conjunta com a Funtrab é de suma importância, dada a expansão da mineração em Corumbá. “Isso gerou novas vagas de empregos neste setor. Neste primeiro momento faremos a intermediação direta de mão-de-obra, de acordo com a demanda do setor produtivo, já com os salários e benefícios e requisitos de admissão estabelecidos para o preenchimento imediato dessas vagas de empregos. Atualmente, existem quatro empresas que operam na região de Corumbá na mineração e o próximo passo na mineração de ferro será a captação dessa demanda e a realização de cursos de qualificação social e profissional dentro do programa MS Qualifica”, ressalta Gouveia.

O diretor-presidente da Funtrab, Ademar Silva Júnior, afirma que a parceria promove a oportunidade de mais empregos e, reforça o papel da Fundação em atuar como facilitadora entre os trabalhadores e empregadores, para promover a empregabilidade e a qualidade de vida da nossa população, se empenhando para integrar as ações na área do trabalho. "São oportunidades dentro do setor da indústria e em todas as vagas disponibilizadas a remuneração é vantajosa", conclui Ademar.

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29/08/2023 04:30h

Número de cooperados baianos chegou a 270,6 mil. Dados são do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (Oceb)

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O cooperativismo no estado da Bahia registrou R$ 7,5 bilhões em ingressos no ano passado. O resultado significa um aumento de 22% no faturamento das cooperativas baianas em relação a 2021, e mantém a média de crescimento que foi de 20% nos últimos seis anos. Os dados são do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (Oceb). 

De acordo com o levantamento, o ativo social das cooperativas do estado - que é a soma de todos os bens e direitos que podem gerar recursos monetários — foi de R$ 6,5 bilhões; 22% a mais que em 2021. Já o capital social chegou a R$ 702,4 milhões em 2022, um acréscimo de 24% em relação ao ano anterior. E as sobras — como é chamado o lucro no cooperativismo — alcançaram R$ 178,5 milhões, um aumento de 79% se comparado a 2021.

As cooperativas são organizações compostas por pessoas que se associam de forma voluntária para suprir necessidades e objetivos econômicos, sociais e culturais em comum. É um modelo de negócio baseado na cooperação, solidariedade, democracia, sustentabilidade e equidade. 

O presidente do Sistema Oceb, Cergio Tecchio, afirma que as cooperativas têm expandido sua atuação em diferentes regiões do estado. Na Bahia, esse movimento tem sido mais observado no sul, sudoeste e oeste e nas regiões do Vale do São Francisco e Metropolitana de Salvador.

“No estado da Bahia, temos observado muita expansão das cooperativas. Tanto das cooperativas que são originárias da Bahia, como de cooperativas que são oriundas de outros estados e estão se instalando para aproveitar o trabalho aqui no estado da Bahia e a expansão dos mercados locais.”

Cooperativas de crédito crescem e operam em 55,3% dos municípios brasileiros

Cooperativismo pretende movimentar R$ 1 tri em 5 anos

Cooperativas e cooperados

Segundo o mais recente Anuário do Cooperativismo, a Bahia registrou 154 cooperativas em 2022. O número mostra uma redução frente ao ano anterior: 185 em 2021. Cergio Tecchio explica que essa diminuição do número de cooperativas no estadoé algo natural.

“A cooperativa, para participar do anuário, tem que estar registrada e em dia com Sistema Oceb. E muitas delas, muitas vezes, atrasam por diversos fatores a sua contribuição e documentação. Aí ela não entra no anuário e passa a ser uma cooperativa não regular. Além disso, muitas cooperativas entram em fusão, incorporações. Existem cooperativas que param de existir por diversos fatores. Porém isso não compromete o crescimento do cooperativismo no Estado.”

“O crescimento do cooperativismo é dado por outros aspectos. Ele é dado sobre o número de cooperados, número de funcionários, faturamento, ativos totais, rendimentos. Então nós temos várias formas de medir o tamanho do cooperativismo”, explica.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo, o número de cooperados na Bahia chegou a 270.605, em 2022.

O presidente do Sistema Oceb afirma que o perfil dos cooperados baianos é de empreendedores. 

“O cooperado das cooperativas baianas é muito empreendedor. Seja em qualquer ramo em que ele participa, ele é um associado empreendedor. Nós temos muitas pessoas que buscam as cooperativas para empreenderem coletivamente. E, principalmente, nós temos como cooperados pessoas que buscam algo além dos trabalhos individuais, para que possam — por meio da participação com outras pessoas em um empreendimento coletivo — fazer parte e se integrar mais à sociedade.”

A Coopaita é uma cooperativa de pequenos produtores da agricultura familiar do município de Itaberaba, próximo à Chapada Diamantina. O negócio, constituído em 2001, tem o objetivo de garantir a melhoria da qualidade dos produtos, com acompanhamento técnico e comercialização direta até o mercado. Segundo o presidente da Coopaita, Aderval Queiroz, a cooperativa surgiu a partir da demanda pela produção de abacaxi na região. 

“A nossa principal produção é o abacaxi, sendo que a gente também já tem hoje uma indústria rodando desde 2011, onde a gente desidrata as frutas — abacaxi e outras como banana, manga, jaca — e também fabricamos barra de cereais. Todos esses produtos são 100% naturais. E agora também está entrando a nova linha de um produto liofilizado, é um produto já nobre.”

O presidente do Sistema Oceb explica que a agropecuária é o ramo com maior dimensão econômica na Bahia, especialmente no oeste, sul, sudoeste, na região de Vitória da Conquista e no norte, na região de Juazeiro. Mas segundo ele, outros ramos do cooperativismo estão se expandindo.

“O ramo Saúde está se expandindo cada vez mais por meio das cooperativas que têm plano de saúde, que são as Unimeds. Mas também se expandiram muito pelas cooperativas das especialidades, que nos últimos anos cresceram muito, buscaram o seu nicho de mercado e estão disputando com as demais empresas o mercado de saúde no estado da Bahia. Outro ramo que tem crescido cada vez mais, e está em franca expansão no estado da Bahia, é o crédito. Tanto pelas cooperativas que têm sua origem na Bahia, quanto pelas cooperativas que estão vindo de outros estados e ocupando os espaços aqui na Bahia por meio de agências.”

Emprego e Renda

De acordo com o Anuário do Cooperativismo, as cooperativas baianas registraram 3.030 empregados em 2022. Os municípios que contavam com a presença dessas organizações apresentaram, em média, um incremento de 28,4 empregos por 10 mil habitantes. Além disso, segundo levantamento da Oceb, no ano passado, as cooperativas da Bahia investiram R$ 204,3 milhões em despesas com pessoal, um acréscimo de 15% em relação a 2021, além de terem gerado R$ 330,5 milhões em tributos aos cofres públicos, o que representou um aumento de 86% se comparado com 2021.

“Eu acredito que o nosso grande objetivo é levar qualidade de vida às pessoas, à sociedade, a toda a nossa população, às nossas comunidades. O cooperativismo faz o papel que o estado deveria fazer. Nós contribuímos para que as pessoas possam ter mais qualidade de vida nas suas comunidades, nos seus municípios. Onde nossas cooperativas atuam já é demonstrado que a qualidade de vida é melhor, que há uma participação econômica das pessoas no município e a sua renda per capta é melhor”, avalia o presidente do Sistema Oceb, Cergio Tecchio.

Para ele, a expectativa para o futuro do cooperativismo baiano é otimista. “Eu acredito que nos próximos anos o cooperativismo baiano vai dar um grande salto de qualidade e de quantidade no estado da Bahia. Nós temos uma meta muito audaciosa de ter na Bahia um milhão de baianos sócios de cooperativa em 2027 —  e eu acho que nós vamos conseguir com facilidade essa meta”, avalia.

Para saber mais sobre o cooperativismo baiano acesse somoscooperativismo-ba.coop.br e veja nosso novo vídeo institucional no canal do Sistema Oceb no YouTube

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22/08/2023 04:30h

Dados são do IEL, uma das principais instituições que fazem a ponte entre estudantes e empresas. Conhecimento de idiomas e proatividade são algumas das habilidades mais buscadas pelas empresas nos candidatos

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O número de estudantes inseridos no mercado de trabalho por meio de estágios aumentou 30% no primeiro semestre de 2023. Os dados são do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), uma das principais entidades do mercado de trabalho, responsável pela ponte entre as instituições de ensino e a indústria para a inserção de jovens em vagas de estágio.

Nos primeiros seis meses deste ano, o IEL inseriu mais de 43 mil estudantes em empresas por todo o país, um aumento de 30% em comparação com o mesmo período de 2022. 

A gerente-executiva de Negócios do IEL, Patrícia Fernandes, destaca a relevância dessa experiência para o estudante.

“A importância do estudante fazer um estágio antes de terminar o curso é a possibilidade que ele tem de ingressar no mercado de trabalho sem a exigência da experiência profissional. A empresa vai desenvolvendo esse estudante em competências técnicas, em competências comportamentais e vai preparando para futuras oportunidades dentro da organização.”

O especialista em gestão de pessoas Pedro Vitali ressalta que o estágio é uma etapa crucial na vida do estudante. 

“[O estágio] ele serve como uma espécie de ponte, ligando o que a gente aprende no ambiente acadêmico ao mundo profissional real. É a chance de colocar em prática todos aqueles conceitos e teorias que a gente vê na sala de aula. O estágio ele pode ser a porta de entrada para construir uma rede de contatos. Então é a oportunidade de conhecermos pessoas, fazermos conexões e isso pode até mesmo virar uma oferta de emprego, quando a gente se forma.”

Vitali também comenta o benefício para a empresa que contrata estagiários. 

“O estágio é uma forma muito eficiente das empresas treinarem os seus potenciais futuros colaboradores. A gente pode enxergar isso como uma forma de economizar tempo, economizar recursos, e tende a ser muito mais assertivo na hora de escolher o profissional que vai ocupar uma cadeira, qualquer que seja.”

Áreas de atuação

Segundo levantamento do IEL, as áreas que mais contratam estagiários no Brasil são Administração, Direito e Ciências Contábeis. Segundo Pedro Vitali, as empresas têm muita demanda por serviços na área de Administração.

“As empresas, independente do tamanho, têm uma demanda constante por gestão eficiente. E os estagiários dessas áreas têm uma versatilidade muito grande e podem trabalhar desde recursos humanos até logística para poder ajudar a organizar e a otimizar processos internos.”

Ele também destaca o papel dos estagiários na área de Direito. “Os escritórios de advocacia, os departamentos jurídicos de grandes empresas frequentemente contratam estagiários dessa área, porque eles têm oportunidade de auxiliar na análise de processos, de elaborar uma grande quantidade de documentos e em pesquisas de jurisprudência. Então essa é uma relação benéfica para todos os lados, onde os escritórios recebem o suporte nas suas demandas e os estudantes conseguem, por meio desse suporte, ganhar a experiência e a vivência que precisam para ter excelência na área de atuação”.

Outro destaque, segundo o especialista em gestão de pessoas, é a área de Marketing e Comunicação. 

“A gente tem também o universo do Marketing e da Comunicação, onde o dinamismo é uma constante. Os jovens estagiários dessas áreas podem trazer novas ideias, novas perspectivas, renovar o ares e atuar em atividades de gestão de redes sociais, criação de conteúdo, que tem sempre muita coisa nova.”

Lorena Rodrigues, de 20 anos, está cursando o sexto período de Comunicação. Para ela, o estágio é uma oportunidade de colocar em prática o que aprende em sala de aula. 

“Eu acredito que o estágio, além de você adquirir experiência do curso em si,  colocar em prática os conhecimentos do curso, é importante também para adquirir o conhecimento de mercado de trabalho mesmo. É estar inserido ali em um grupo, estar inserido no ambiente profissional. É muito bom porque é além dos conhecimentos acadêmicos. Eu acredito que é um conhecimento de mercado profissional mesmo.” 

Além da experiência profissional, Lorena conta que passou a ganhar o próprio dinheiro pela primeira vez.

“Eu também passei a ganhar o meu próprio dinheiro. Então eu tive que aprender a administrar esse dinheiro; precisei estudar um pouco sobre planejamento financeiro, dividir minhas tarefas, minhas obrigações.”

Segundo o especialista em gestão de pessoas Pedro Vitali, embora o valor da bolsa de estágio costume ser menor em comparação com o salário de um profissional efetivado, essa remuneração pode trazer um alívio para os custos de vida e despesas acadêmicas do estudante. 

“E vale ressaltar também que o estágio não se configura como um meio de obter renda. Ele representa, antes de qualquer coisa, uma porta de entrada para o meio de trabalho. É uma oportunidade do estudante começar a construir a sua experiência profissional que, em médio e longo prazo, pode se traduzir em melhores perspectivas de um emprego melhor e, consequentemente, uma remuneração mais substancial.”

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Habilidades

Segundo levantamento do IEL, o conhecimento em idiomas, pacote office e photoshop são as habilidades técnicas que mais chamam a atenção no currículo dos estudantes. Proatividade, boa comunicação e escrita e comprometimento são as habilidades comportamentais mais procuradas em um bom candidato.

“Um candidato que mostra interesse, iniciativa, que busca soluções ao invés de apenas ficar esperando ordem, isso mostra que a pessoa está engajada e está pronta para de fato contribuir nas atividades da empresa. Outra habilidade que é fundamental é buscar por uma comunicação eficaz. Então ter clareza ou expressar ideias e tentar evitar os mal-entendidos facilita demais a interação harmoniosa com a equipe. Uma comunicação, no meu ponto de vista, é primordial. O que já linca com trabalho em equipe que é uma competência também crucial”, destaca o especialista em gestão de pessoas Pedro Vitali. 

Ele também elenca adaptabilidade, ética profissional, conhecimento técnico, capacidade de resolver problemas, gestão de tempo e vontade de aprender como habilidades fundamentais buscadas pelas empresas nos bons candidatos a vagas de estágio.

A gerente-executiva de Negócios do IEL, Patrícia Fernandes, dá dicas para os estudantes se saírem bem na entrevista. 

“Contem suas histórias, seus projetos, resultados alcançados, conhecimentos, ação social praticada, viagens. Comentem sobre algum livro que trouxe algum aprendizado”, recomenda.

IEL

Patricia Fernandes explica como o IEL atua com os estudantes cadastrados e as instituições de ensino. 

“O IEL mantém parceria com quase 100% das instituições de ensino. E para os estudantes cadastrados, buscamos uma oportunidade de estágio que atenda o seu perfil. Além disso, o IEL oferece uma trilha de capacitação que desenvolverá competências fundamentais para o mercado de trabalho, além de capacitar os supervisores de estágio. Além de todo o aprendizado, o estagiário receberá uma bolsa auxílio e alguns benefícios que o ajudará nesse período escolar. O IEL oferece suporte em todas as etapas do programa, desde a triagem, recrutamento e seleção, na parte de gestão dos contratos de estágio e na capacitação.”

Atualmente, o IEL está com 4.297 vagas de estágio abertas em 13 estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Santa Catarina e Tocantins. Tem oportunidades nas áreas de Administração, Ciências Contábeis, Marketing, Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Terapia Ocupacional, Pedagogia, Engenharias e Ensino Médio. As bolsas variam entre R$ 200 e R$ 2,5 mil, além de auxílio transporte e vale-refeição.

Para saber mais, acesse portaldaindustria.com.br/iel.

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21/08/2023 18:35h

Segundo a Seama, o terminal portuário vai facilitar a distribuição de combustíveis pelo Espírito Santo

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Localizada a 5km da capital capixaba, Vila Velha se prepara para a implantação de um Terminal Portuário de granéis combustíveis líquidos, na retroárea do Porto de Vitória, localizada no Cais de Capuaba. O empreendimento já teve a licença prévia aprovada pelo Conselho Regional de Meio Ambiente (Conrema V). Durante a fase de operação cerca de 60 empregos diretos serão gerados, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).

Em virtude da dimensão, características do processo e do tipo de atividade que serão realizadas no empreendimento, foi necessária para a realização do projeto o Estudo de Impacto Ambiental e um Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) exigidos pelo Conselho Regional.

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, o projeto vai favorecer o desenvolvimento regional.

“Primeiro que é extremamente importante para o Espírito Santo, vai ter uma capacidade de tancagem de 100.000 m³, o que vai facilitar muito a distribuição de combustíveis pelo Espírito Santo, inclusive tendo possíveis efeitos da redução do preço do combustível na bomba. Durante a etapa de construção vão ser algumas centenas de empregos que vão ser gerados e durante a operação cerca de 60 empregos diretos. Algo super importante para o nosso estado”, diz.

De acordo com o Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a licença de instalação para construir a área necessária para o terminal deve ser aprovada em breve.
Segundo a Seama vão ser instalados 10 tanques para reservação de combustível, na primeira fase de operação, e mais seis tanques na segunda fase. Ambas as fases vão atender aos controles ambientais exigidos, como de sistema de prevenção e combate a emergências, telemetria com detecção de vazamentos, bacias de contenção, drenagem oleosa com tratamento, entre outros.

Dos 19 condicionantes ambientais exigidas pelo órgão licenciador e aprovadas pelo Conselho, uma delas é a destinação de mais de R$ 394 mil para três Unidades de Conservação: Parque Natural Municipal Morro da Mantegueira, Monumento Natural Morro do Penedo, e APA Baía das Tartarugas. As unidades estão localizadas em Vila Velha e Vitória, e totalizam mais de R$ 1,1 milhão em compensação ambiental. 
 

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15/08/2023 06:00h

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), as contratações foram impulsionadas pelos setores de serviços com 30.655 postos e da indústria com 20.557

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No primeiro semestre de 2023, o Brasil teve um crescimento de 1.023.540 milhão de empregos formais, com saldo positivo nas cinco principais categorias econômicas e em 25 dos 27 estados. Em junho, foram criados 157.198 empregos formais, com resultados favoráveis nas cinco categorias econômicas, o que resultou em um estoque recuperado de 43.467.965 postos de trabalho no mês. 

No Rio Grande do Sul não foi diferente. O estado fechou o primeiro semestre do ano com um aumento de 53.315 empregos. Segundo o último relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), essa marca foi alcançada pela diferença de 763.996 contratações frente a 710.681 desligamentos no período de janeiro a junho.

De acordo com o CAGED, as contratações foram impulsionadas pelos setores de serviços com 30.655 postos e da indústria com 20.557. No primeiro semestre deste ano, fevereiro foi o mês que mais se destacou, pois apresentou um saldo positivo de 20.367 vínculos formais de trabalho. 

O economista Otto Nogami explica que o segmento de serviços e o setor da indústria foram os que mais contribuíram para o aumento do emprego formal no estado. “Como é uma característica das áreas de lavoura, em períodos de safra o aumento da atividade econômica é natural, levando a um aumento maior de contratações do que demissões no emprego formal”, explica.

Otto aponta que o aumento do emprego formal no primeiro semestre indica um possível crescimento mais expressivo no segundo semestre, “como resultado do arrefecimento das pressões inflacionárias e impulsionado também pela queda da taxa básica de juros”, explica.

Em junho, o Rio Grande do Sul contabilizou um acréscimo de 498 empregados estrangeiros e 407 aprendizes. A remuneração média no período ficou em R$ 1.899,86.

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08/08/2023 12:30h

Empresas do ramo ocuparam um total de 94.313 pessoas em 2021, no DF. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio do IBGE

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O Amazonas registrou uma redução de 5,4 mil pessoas ocupadas no setor do comércio, entre 2012 e 2021. Os dados constam na Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento comparou as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio, num período de 10 anos. Segundo o estudo, em 2021 o setor ocupou um total de 94.313 pessoas, no AM. Em 2012, eram 88.860 pessoas.

A pesquisa avalia os três principais segmentos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista.  Segundo o IBGE, houve decréscimo de 11,43% no número de unidades locais com receita de revenda das empresas comerciais no AM. O total de unidades locais passou de 10,5 mil em 2012, para 9,3 mil em 2021.

Também houve perda de 579 unidades no comércio varejista e de 2 unidades no comércio de veículos, peças e motocicletas. O comércio atacadista também apresentou perda de 112 unidades.

De acordo com o estudo, em 2021 o salário médio mensal percebido por trabalhadores em cada divisão de atividades caiu para 1,7 salários mínimos. Em comparação a 2012, houve uma queda no salário médio recebido no comércio por atacado e de veículos, peças e motocicletas, com redução de 2,4 e 2,5, respectivamente, para 2,1 salários-mínimos em 2021. O salário médio no comércio varejista permaneceu constante (1,5 salário-mínimo).

Dentro dessa situação, o economista Aurélio Trancoso destaca que, diante dos resultados, é possível notar que os melhores salários do país em relação ao setor se concentram nas regiões Sul e Sudeste, que, por sua vez, também são as regiões que mais empregaram pessoas até 2021.

“Teve um aumento pequeno, mas teve. Depois, o Centro-Oeste, com aumento praticamente igual ao do Brasil, acompanhou o aumento brasileiro. E você tem Norte e Nordeste com os menores aumentos em termos de salário. Quando você fala de pessoas ocupadas, as regiões Sul e Sudeste são as que mais empregam e também são as que dão melhores salários”, diz.

Apesar das reduções, a receita bruta do AM em 2021 dobrou de valor, em comparação ao ano de 2012, registrando R$ 61 bilhões. Do total, R$ 25,3 bilhões (41,5%) foram gerados no comércio varejista; R$ 30,7 bilhões (50,2%) no comércio por atacado; e R$ 5 bilhões (8,2%) no comércio de veículos, peças e motocicletas.

O economista Luigi Mauri observa que, apesar da relativa melhora que ocorreu no comércio, não houve uma recuperação total com relação ao período pré-pandemia. Ainda segundo o especialista, houve mudanças no comportamento de consumo dos brasileiros.

“Até 2021, a gente consegue observar claramente que o consumidor teve uma preferência por vendas online, quer dizer, as vendas físicas no comércio diminuíram e as vendas online cresceram. Ainda não é a predominância, mas elas tiveram um bom destaque nesse período até 2021. Isso pode apontar uma tendência para os próximos anos de o consumidor preferir comprar do conforto da sua casa, online, em vez de ir ao comércio fisicamente”, explica.

Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 

O IBGE realiza a Pesquisa Anual de Comércio desde 1996. Segundo o instituto, as informações retratadas na PAC são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.
 

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07/08/2023 09:15h

As vagas estão disponíveis em diversos ramos, como administração, agronegócio, vendas, compras, educação, engenharia, finanças, direito, marketing, recursos humanos, saúde, tecnologia e turismo

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Cerca de 590 vagas de empregos estão abertas exclusivamente em Brasília e região.  As vagas estão disponíveis no Portal de Oportunidades da Sólides, empresa líder em tecnologia para gestão de recursos humanos em pequenas e médias empresas (PMEs). 

As oportunidades englobam diversas áreas profissionais, como administração, agronegócio, vendas, compras, educação, engenharia, finanças, direito, marketing, recursos humanos, saúde, tecnologia e turismo. Além disso, as modalidades de trabalho oferecidas incluem presencial, híbrida e remota. 

Gerente de Gente e Cultura da Sólides, Ana Cláudia Peixoto ressalta a importância de deixar o currículo sempre atualizado e expandir seu grupo de networking. 

“Primeiro passo é cuidar do seu currículo. Esse é o documento que pode ser seu primeiro contato com o recrutador. Faça seu currículo de forma a destacar suas habilidades e experiências, fale com suas conquistas e certificações relevantes. Mas sempre de forma sucinta e objetiva. Expanda a sua rede de contatos. Busque profissionais de sua área de interesse. Pode ser através de eventos, mídias sociais, grupos de networking”, destacou. 

As vagas podem ser preenchidas por todos os níveis de experiência, desde estagiários até especialistas. Para visualizar as vagas disponíveis, os interessados devem acessar o site da Sólides.

Pequenos e médias empresas no Brasil: 

O Brasil desempenha um papel crucial na geração de novos empregos no país. De acordo com dados do Caged, em 2022, esses negócios nacionais foram responsáveis por 78,4% dos novos empregos criados.

O Portal de Oportunidades reúne mais de 30 mil vagas de emprego de milhares de empresas em todos os estados brasileiros. Em um país onde as PMEs são responsáveis por quase 80% dos empregos formais gerados no último ano, o Portal de Oportunidades visa aprimorar a eficiência do processo de seleção e facilitar o recrutamento de talentos para pequenas e médias empresas em todo o país.
 

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