Serviços

18/11/2024 00:02h

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Oliveira Jr., a proposta impacta, sobretudo, os segmentos que funcionam de forma contínua, como áreas do setor de Comércio

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Os debates sobre a Proposta de Emenda à Constituição que pretende reduzir a carga horária de trabalho de 44 para 36 horas semanais seguem em evidência no Congresso Nacional. Após o número mínimo de assinaturas de parlamentares ser atingido, o texto já pode tramitar. As discussões sobre os formatos de escala já tiveram início, mas é importante questionar um ponto: afinal, que setores serão mais afetados por essa medida? 

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Oliveira Jr., a mudança afeta, sobretudo, os segmentos que funcionam de forma contínua, como áreas do setor de Comércio, por exemplo. Além desses, o especialista destaca áreas do setor de Serviços que também utilizam a escala 6x1 para manter as operações todos os dias da semana, como hotéis, restaurantes, padarias, transporte e logística. 

Ele também considera algumas profissões específicas. “Operadores de caixa, repositores de supermercado, balconistas, trabalhadores de limpeza, segurança, profissionais de saúde, enfermeiros, técnicos de enfermagem, funcionários de transporte, pessoal que dá suporte em nível de tecnologia, em banco e atendimento também”, pontua. 

Empregos nos setores mais afetados

Dados da Pesquisa Anual do Comércio de 2022 do IBGE - divulgada neste ano, revelam que 10,3 milhões de pessoas estavam empregadas em empresas do setor de Comércio em 2022. Desse total, 7,6 milhões atuavam no varejo e 1,9 milhão no atacado. Quanto ao setor hoteleiro, de eventos e turismo a soma é de 3,7 milhões de profissionais, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).  

Escala 6x1: uma nova era ou risco para as relações trabalhistas?

Oliveira Jr. afirma que a proposta apresenta alguns pontos positivos para o empregado, como mais horas de descanso, por exemplo, mas ele também enxerga desafios para empresas que vão precisar elevar despesas, o que pode ser repassado ao consumidor final.  

“Ela [empresa] tem que contratar mais pessoas para ocupar esse período. E aí vai elevar os custos. Pode impactar com relação a preço, como varejo, hospitalidade, onde a contratação de novos trabalhadores ou pagamento de horas extra pode ser um desafio financeiro. Para empresa de menor porte, a mudança pode ser inviável, pois, além do custo adicional, há o desafio de adaptar escalas e gerir equipe maior”, explica. 

Salário dos setores mais afetados 

Ainda de acordo com o IBGE, a média salarial do setor de Serviços foi de 2,3 salários mínimos mensais, em 2022. Ao se considerar o salário mínimo daquele ano, o valor total equivale a R$ 2.787,60. Em relação ao Comércio, a remuneração chegou a uma média de 2,4 salários mínimos. 

A proposta conta com, pelo menos, 171 assinaturas de deputados para começar a tramitar. A mudança pode ter forte impacto sobre os direitos trabalhistas no Brasil, que são historicamente protegidos por uma legislação robusta. 

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) já estabelece um limite para a jornada semanal de trabalho de 44 horas, com um descanso mínimo de 24 horas consecutivas. Embora a CLT permita certas flexibilizações — como escalas alternativas de trabalho e pagamento por hora. Mas para Barbosa, o cenário mais drástico da mudança, caso a PEC venha a ser aprovada, seria o aumento da informalidade e do desemprego.  
 

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30/10/2024 02:00h

Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian mostram que, em julho, foram criados mais de 400 mil novos negócios no país

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Dados mais recentes do Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian mostram que, em julho, foram criados 399.643 novos negócios no país. Esse é o maior número de abertura de empresas desde o início do levantamento, em janeiro de 2010. 

O resultado foi puxado principalmente pela categoria dos microempreendedores individuais (MEIs), que representam 71,05% dos novos negócios abertos no período, somando 283.936 CNPJs.

Na comparação com junho, houve um aumento de 10,64% no total de abertura de novos empreendimentos. Já em relação a julho de 2023, o crescimento foi de 17,69%.

Atividade econômica

Em relação à atividade econômica, 73,5% das novas empresas em julho de 2024 são do setor de serviços, 2 pontos percentuais (p.p.) a mais que no mesmo mês do ano passado. 

Em segundo lugar ficou o setor de comércio com 19,2% dos novos empreendimentos, uma retração de 1,8 p.p. em comparação com 2023. Na sequência está a Indústria com 6,1% da abertura de novos negócios, um leve recuo de 0,3 p.p. em relação a julho do ano passado. Cerca de 1,2% foi classificado como demais setores e quase não teve variação em relação ao mesmo período de 2023 (-0,1 p.p.).

Regiões e estados

Na análise regional, o Sudeste e o Sul lideram com quase 70% do total  de abertura de empresas em julho de 2024. O ranking por estado ficou assim:

  • SP: 120.888
  • MG: 42.333
  • RJ: 32.822
  • PR: 28.333
  • RS: 23.693
  • SC: 22.523
  • BA: 17.609
  • GO: 15.545
  • PE: 11.845
  • CE: 11.679
  • MT: 9.105
  • ES: 8.781
  • DF: 7.629
  • PA: 7.023
  • MS: 5.231
  • MA: 5.045
  • PB: 4.983
  • AM: 4.421
  • RN: 4.207
  • AL: 3.421
  • PI: 2.842
  • SE: 2.609
  • RO: 2.382
  • TO: 2.332
  • AC: 865
  • RR: 790
  • AP: 707

Para outras informações e conferir a série histórica do indicador, acesse o link.

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06/09/2024 00:03h

Segundo economista-chefe da CNC, o varejo terá um aumento de 18% na tributação, enquanto no setor de Serviços deve variar entre 80% e 230%

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Apesar de terem conseguido avançar em termos relacionados à simplificação de cobrança de impostos, as propostas de reforma tributária que tramitam no Congresso Nacional deixam a desejar quanto à alta carga tributária e promessa de redução de judicialização de casos. É o que considera o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Felipe Tavares. 

Durante audiência pública realizada na última terça-feira (3), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tavares destacou que o Brasil deve alcançar uma posição ruim entre os países que adotam o sistema de Imposto e Valor Agregado (IVA), o que prejudica setores como o de Comércio de Serviços. 

“Com a proposta da reforma e esse aumento do IVA, a gente calcula que o setor de consumo - o varejo brasileiro - vai ter um aumento de tributação na casa de 18%, e o setor de Serviços, que é um leque muito grande, vai variar entre um aumento de 80% a até 230%, nos piores casos - o aumento de tributação. Isso não quer dizer que é só difícil para esse empresário fazer negócio; isso quer dizer que toda a cadeia que depende do varejo ou que depende do setor de serviços será impactada via sua estrutura de custos ou perda de dinamicidade nas suas vendas”, destaca.

O último levantamento da CNC sobre os impactos da reforma tributária no setor de Serviços mostra que, entre os segmentos mais afetados está o de serviços para edifícios e atividades paisagísticas, responsável, entre outros pontos, pela terceirização de trabalhadores de limpeza: seria um aumento de 172,8% para a atividade.

Outros serviços

Além disso, o aumento da carga sobre o segmento de serviços de escritório e apoio administrativo pode sofrer um aumento de 143,2%. Em relação à intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis, a elevação seria de 142,4%. Já para os serviços técnico-profissionais, a oneração poderia chegar a 135,2%.

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Diante desse quadro, Tavares defendeu uma alteração na proposta, com o objetivo de reduzir impactos no setor imobiliário. “Outro ponto nas operações de mercados imobiliários é a redução de alíquota em 60% nas operações com pessoas jurídicas; e, nas operações de locação, arrendamento e afins, uma redução de 80% da alíquota. Por que isso? A gente não está focando só no setor que vai operar transação imobiliária, mas a gente está olhando para todos. Todo mundo precisa alocar ou arrendar uma terra para plantar, precisa alocar um galpão logístico, um prédio, uma sala comercial”, pontua.

Entre as propostas que tratam de reforma tributária está o projeto de lei complementar (PLP) 68, de 2024. Entre outros pontos, a medida institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência compartilhada entre estados, municípios e Distrito Federal; assim como a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), de competência da União.

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20/08/2024 03:00h

Setor supera níveis pré-pandemia e registra crescimento em todas as atividades pesquisadas pelo IBGE, com destaque para transportes e informação e comunicação.

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O volume de serviços no Brasil registrou um avanço de 1,7% em junho deste ano em comparação com maio, alcançando o patamar mais alto desde o início da série histórica, em 2012. De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (13) , o setor está 0,5% acima do recorde anterior, registrado em dezembro de 2022, e 14,3% acima do nível observado antes da pandemia de covid-19, em fevereiro de 2020. Na comparação com junho de 2023, o crescimento foi de 1,3%. No acumulado de 2024, o setor avançou 1,6%, enquanto no período de 12 meses o aumento foi de 1%.

As cinco atividades de serviços pesquisadas pelo IBGE apresentaram crescimento de maio para junho, com destaque para transportes (1,8%) e informação e comunicação (2%). A receita nominal também registrou altas significativas, subindo 2,7% em relação a maio deste ano e 6,3% na comparação com junho do ano passado, acumulando 5,8% de crescimento em 2024 e 4,9% nos últimos 12 meses.
 

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16/05/2024 00:05h

Destaque vai para os serviços de informação e comunicação e profissionais, administrativos e complementares. Dados são da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE

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O volume de serviços prestados no país cresceu 0,4% em março, após um recuo de 0,9% em fevereiro de 2024. Nos três primeiros meses do ano, o crescimento foi de 1,2% na comparação com o mesmo período de 2023. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo IBGE. Na avaliação do economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) Stéfano Pacini, apesar do aumento modesto em março, o cenário é positivo para o setor.

“Esse resultado é uma tendência que vem tendo no setor de serviços. O setor de serviços sobe um pouquinho, cai um pouquinho; melhora um pouco, piora um pouco. Mas ele tem uma leve tendência de melhoria.”

No acumulado dos últimos 12 meses até março, o crescimento foi de 1,4%. Mas, na comparação com o volume registrado em março de 2023, houve queda de 2,3%. O gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, explica o recuo. 

“Esse resultado de queda mais expressiva é reflexo de uma menor quantidade de dias úteis observados, já que a gente teve 23 dias úteis em março de 2023 contra 20 dias úteis em março de 2024. Isso reflete então em uma menor quantidade de contratos de prestação de serviços.”

Atividades 

Segundo o gerente da PMS, Rodrigo Lobo, a expansão do volume de serviços em março em comparação com fevereiro de 2024 aconteceu de forma difusa, já que quatro das cinco atividades investigadas apresentaram aumento. 

“Os destaques ficaram com os serviços de informação e comunicação impulsionados pelo avanço das empresas que atuam com serviços de tecnologia da informação, como por exemplo consultorias em tecnologia da informação, desenvolvimento e licenciamento de softwares”, afirma Rodrigo Lobo.

De acordo com a PMS, o setor de informação e comunicação cresceu 4,0% em março, o que compensou a perda de 2,5% registrada em fevereiro deste ano. Para o economista Stéfano Pacini, essa melhoria se deve às mudanças de comportamento e consumo durante a pandemia.

“Foi um segmento que — com o nosso novo normal, com as nossas mudanças no dia a dia — se desenvolveu com maior velocidade, teve uma recuperação muito forte, até porque foi necessário a demanda por esse tipo de serviço.”

Os dados da PMS mostram ainda que o volume de serviços dos profissionais, administrativos e complementares cresceu 3,8% e recuperou a queda de 2,1% no mês anterior. Os destaques são os ramos de administração de negócios em geral, serviços de engenharia e empresas que atuam com programas de fidelidade e cartões de desconto.

O engenheiro civil Luan Campos Ferreira possui um escritório próprio na cidade de Arceburgo, interior de Minas Gerais, onde atende desde 2019. Na avaliação do empresário, o volume de serviços aumentou.

“Tenho obtido inúmeras visitas de clientes para fazer orçamentos, tanto para projetos como para execução de obras, porque trabalhamos também como construtora e incorporadora de imóveis. Arceburgo vem recebendo diversos investimentos, tanto no setor agrícola como no setor metalúrgico; várias empresas estão se instalando na cidade e, consequentemente, aumenta o número de moradias necessárias para suprir essa demanda.”

Outras atividades

Os dados da PMS mostram que o setor de transportes também contribuiu — mesmo que modestamente — com o crescimento do volume de serviços em março, com uma variação positiva de 0,3%. O resultado se deve principalmente pelo transporte rodoviário coletivo de passageiros; transporte ferroviário de cargas e transporte dutoviário.

O resultado geral de março também foi impulsionado pelo crescimento de 0,6% vindo dos serviços prestados às famílias, especialmente pelos restaurantes. As atividades classificadas como "outros serviços" ficaram estáveis com variação nula (0,0%).

Já o índice de atividades turísticas também teve uma modesta variação positiva de 0,2% em março, na comparação com fevereiro, após dois meses seguidos de recuo. No acumulado do primeiro trimestre de 2024, a alta foi de 0,4% em relação ao mesmo período de 2023. 

“A gente tem uma variação muito pequena. Eu não gosto nem de falar que 0,2% é uma melhoria. Eu acho que é uma acomodação, uma leve estabilidade do indicador. Mas eu acho que o período de férias realmente foi maior e tem uma questão de sazonalidade”, avalia o economista da FGV Ibre.

Análise por estado

Na análise por estado, 13 das 27 unidades da federação registraram alta no volume de serviço em março na comparação com fevereiro. Os destaques positivos foram Espírito Santo (5,1%), Minas Gerais (1,2%), São Paulo (1,1%) e Rio de Janeiro (1,1%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-9,7%), Mato Grosso (-7,6%), Distrito Federal (-4,0%) e Rio Grande do Sul (-3,6%) tiveram os piores resultados.

Pós-pandemia

A PMS também mostra que o volume de serviços em março ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia (marco em fevereiro de 2020). Para o economista Stéfano Pacini, a melhoria mais expressiva já passou, mas o setor ainda tem potencial de crescimento. 

“Quando acabaram todas as restrições de mobilidade, o consumidor se sentia completamente seguro de ir ao restaurante, de fazer uma viagem com a sua família. Então, eles tinham essa demanda reprimida e foi um dos segmentos que tornou o setor de serviços mais resiliente no ano passado. O boom de melhoria acho que já passou, mas não quer dizer que esgotou totalmente.”

Para os próximos meses, o economista Stéfano Pacini avalia que o setor deve continuar crescendo, apesar do impacto das chuvas e enchentes na Região Sul. 

“A indústria é muito importante no Sul: indústria de alimentos, arroz, feijão, etc. E os produtos precisam ser transportados. Então, pode ser que o transporte de carga tenha uma dificuldade. [Mas] a gente tem um ambiente econômico favorável, em contrapartida, de melhoria na renda, melhoria nas taxas de desemprego, uma inflação controlada, redução do endividamento. Isso traz segurança para o consumidor e pode ser que, principalmente, o setor de serviços prestados às famílias se mantenha como o setor mais resiliente nesse ano também.”

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05/05/2024 18:30h

A previsão de faturamento este ano é de R$ 5,10 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação a 2023

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Os setores de vestuário, calçados e acessórios devem liderar as vendas no Dia das Mães, com uma previsão de faturamento de R$ 5,10 bilhões este ano. O valor corresponde a um crescimento de 2,1% em relação a 2023. Outros setores que também devem registrar vendas significativas incluem farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos (R$ 2,64 bilhões), móveis e eletrodomésticos (R$ 1,83 bilhão) e utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,63 bilhão). A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

No total, de acordo com a pesquisa, o comércio varejista voltado para o Dia das Mães deverá alcançar R$ 13,23 bilhões este ano. Se confirmada, essa previsão representará um aumento de 3,5% em comparação ao valor movimentado no ano passado.

Yashilla Vaz, estudante de direito de 20 anos e moradora de Uberlândia (MG), conta que procura dar para a mãe dela joias, como relógios por exemplo; sapatos e pijamas. Ela diz que não sentiu tanta diferença nos preços com relação ao ano passado.

“Dá pra encontrar preços acessíveis, dependendo do que deseja dar e, obviamente, tem uma diferença em relação ao ano passado, eu acredito que deu uma aumentada, mas não foi tanto assim, de no máximo 10%, que foi o que eu analisei este ano”, conta.

Volume de vendas e contratação

O otimismo para o Dia das Mães deste ano decorre da melhoria das condições de consumo. Após atingir um pico de 59,87% ao ano em maio de 2023, a taxa média de juros para operações com recursos livres para pessoas jurídicas começou a cair, chegando a 52,46% ao ano, em fevereiro, o menor nível desde junho de 2022 (51,51% ao ano), de acordo com dados do Banco Central.

Há expectativa de aumento real nas vendas e, com isso, a contratação esperada é de 25,9 mil trabalhadores temporários para atender à demanda sazonal neste ano, superando as 23,79 mil vagas do ano passado. O salário médio de admissão deve ser de R$ 1.794, um aumento de 7,1% em comparação com a mesma data de 2023. De acordo com a CNC, cerca de 6,8 mil dessas vagas temporárias devem se tornar efetivas após o Dia das Mães.

Outros cenários 

Guidi Nunes, economista da Cooperativa Brasileira de Serviços Empresariais (CBRASE), avalia que houve estabilidade nos resultados desde 2021. O ano de melhor venda foi no Dia das Mães de 2014, com R$ 14,4 bilhões e o de menor venda foi o de 2020, com R$ 8,20 bilhões decorrente da pandemia.

“Na medida em que a população vem conseguindo pagar suas contas, reduzir suas dívidas e ter perspectivas de permanecer mais tempo empregada diante de eventual queda na taxa de juros, este cenário vai favorecer a melhoria nas vendas, tendo o crédito como alternativa, principalmente para a compra de bens duráveis”, comenta. 

De acordo com dados do Banco Central, no início do ano, o comprometimento médio da renda dos brasileiros com dívidas caiu para menos de 24%. A inadimplência também segue essa tendência, ficando em 5,5% do crédito para pessoas físicas em fevereiro, o menor índice desde julho de 2022. Outros fatores favoráveis incluem a taxa de desemprego, que está no menor patamar em uma década, e a desaceleração da inflação, que subiu apenas 1,4% no primeiro trimestre, o menor valor para esse período nos últimos quatro anos.

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30/04/2024 00:05h

O Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, também caiu 1,6 ponto, atingindo 94,4 pontos

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O segundo trimestre do ano iniciou com uma queda de 1,0 ponto em abril, recuando para 98.4 pontos no Índice de Confiança de Serviços (ICS). Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), que ainda revela que o índice apresentou uma variação de -0,3 ponto no cálculo das médias móveis trimestrais. 

Na opinião do economista Hugo Garbe, esse resultado reflete uma série de fatores preocupantes no setor de serviços. 

“Esta diminuição na confiança é resultado tanto da piora nas avaliações sobre as condições atuais, como mostra o Índice de Situação Atual, quanto do declínio nas expectativas futuras, evidenciado pelo Índice de Expectativas. Os indicadores específicos, como o volume de demanda atual e a situação dos negócios, ambos mostraram retração, sugerindo uma percepção de enfraquecimento no desempenho do setor”, analisa.

Segundo o especialista, apesar do cenário macroeconômico apresentar alguns sinais positivos, como a queda na taxa de juros e controle da inflação, o setor de serviços não demonstra expectativa de uma forte retomada no primeiro semestre. 

“Essa heterogeneidade nas expectativas entre os segmentos sugere que, enquanto algumas áreas podem ver melhoria, outras continuam a lutar contra desafios persistentes”, destaca.

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Conforme levantamento da FGV, o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses teve o maior peso na queda, com recuo de 2,5 pontos, e atingiu 94,5 pontos, enquanto o indicador de demanda prevista nos próximos três meses retraiu 0,4 ponto, para 94,5 pontos.

A economista da FVG Carla Beni explica que existem outros fatores que devem ser levados em consideração como os programas de renegociações de dívidas. Ela observa que o setor de serviços é muito heterogêneo e resultados negativos podem aparecer e até costumam aparecer eventualmente

“Muitas pessoas estão procurando hoje programas para renegociar suas dívidas. Renegociando as suas dívidas, isso daí reduz o próprio consumo delas e dá uma redução também na sua parte, na sua utilização de serviços. Então esse também pode ser um dos fatores que acabou reduzindo um pouco a utilização de serviços nesse primeiro trimestre”, observa.

Expectativa para os próximos meses

Segundo Carla Beni, os próximos meses também projetam uma certa retração, mas o pacote de microcrédito lançado recentemente pretende injetar um volume de recursos importante para renegociações de débitos de pequenas e médias empresas.

“Isso vai propiciar um novo dinamismo na economia para que até o final do ano você possa voltar a reutilizar os serviços. E essas empresas renegociando suas dívidas e melhorando as suas atividades, poderão também retomar a utilização de serviços.

Já para o economista Hugo Garbe, a projeção é incerta pensando nos próximos meses, 

“A continuidade de avaliações negativas sobre o momento atual e expectativas futuras pode sustentar um cenário negativo, com um ambiente de negócios mais retraído. Embora o panorama macroeconômico possa oferecer algum suporte, a recuperação da confiança do setor parece depender de uma melhora mais uniforme e ampla em todos os segmentos do setor de serviços”, avalia.

A avaliação do momento atual também ajudou no recuo da confiança, com o Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, recuando 0,5 ponto, a 95,4 pontos, menor nível desde maio de 2023 (92,3 pontos).
 

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15/04/2024 19:00h

A expectativa é de um crescimento de 1,9% no setor de serviços em 2024, afirma economista

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Em fevereiro, o volume de receitas do setor de serviços diminuiu 0,9% em comparação com o mês anterior. Essa queda superou as projeções do mercado, que esperava um aumento de 0,2%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Para Fabio Bentes, economista responsável pela análise da CNC, esse foi o primeiro resultado negativo do setor de serviços em quatro meses. Para ele, o que contribuiu para a queda foi o comportamento dos preços de serviços, que haviam ficado praticamente estáveis em janeiro. 

“Em fevereiro, houve um aumento no preço médio dos serviços de mais 1%. Além disso, o setor de serviço vinha de três altas consecutivas, todas 0,5%, o que não é um ritmo fraco se a gente considerar isso não é uma perspectiva anualizada, e é normal que haja esse tipo de ajuste”, pontua o economista.

Apenas os serviços prestados às famílias apresentaram um avanço no mês, com um aumento de 0,4% em fevereiro. Por outro lado, os serviços profissionais e administrativos caíram 1,9%, enquanto os serviços de informação diminuíram 1,5%, contribuindo para a queda no indicador geral durante fevereiro.

Turismo

Pelo segundo mês consecutivo, o volume de receitas do turismo registrou uma queda de 0,8% em relação a janeiro deste ano. No entanto, ao comparar com o mesmo mês do ano anterior, o Índice de Atividades Turísticas (Iatur) permaneceu estável, com um aumento de 0,3% pelo segundo mês seguido. 

Para a CNC, tanto  a diminuição na variação mensal quanto a estabilidade na comparação anual podem ser consideradas como resultados pontuais, uma vez que os preços dentro do setor já estão indicando uma tendência de queda ou desaceleração.

Expectativa

Bentes afirma que a expectativa para este ano é de um crescimento de 1,9% no setor, menor que os 2,2% do ano anterior. “Essa expectativa está associada à uma expectativa de menor crescimento da economia para 2024. O setor de serviços é o principal motor da economia, o que responde pela maior fatia do Produto Interno Bruto [PIB] no Brasil e nas demais economias de mercado”, ressalta.

Para o economista Luigi Mauri a perspectiva para o ano não é de persistência de baixa do setor, em vista da queda da taxa de juros.

Ele aponta que o setor pode sentir efeitos negativos de maneira mais robusta somente em um cenário de mais inflação e preço do dólar alto, caso ocorra reversão da queda da Selic.

“Por exemplo, com a inflação saindo um pouco mais do controle e, principalmente, com choques externos internacionalmente que levam a alta do dólar no Brasil é que o Banco Central reverteria essa tendência de queda da taxa Selic. E se ele mantivesse a Selic estável, ou subisse ela, o que é bastante improvável, aí o setor iria ter uma tendência de maiores baixas”, explica.

Ele destaca que a taxa Selic é importante para limitar algumas taxas de empréstimos, algo que as pessoas inseridas no setor de serviços utilizam com frequência.

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04/04/2024 00:01h

Agro, indústria e serviços alavancaram os índices. Maior que a média nacional — de 2,9% — o Produto Interno Bruto do estado chegou a R$ 336,7 bilhões no ano passado

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Agropecuária, indústria e serviços. Juntos, esses três setores alavancaram a economia de Goiás. E  fizeram com o que o estado fechasse o ano de 2023 com uma saldo de R$ 336,7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) — que é a soma de todos os bens e serviços produzidos. O aumento chegou a 4,4% em relação ao ano anterior, 2022. Ficando bem maior, inclusive, que a média nacional que foi de 2,9%. 

Os dados do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) destacam o agro com alta de 12,9% em relação a 2022; a indústria com 3,8% e o setor de serviços com 2,2%. Diversos fatores contribuem para esse crescimento acima da média, como economista e pesquisador especialista em agronegócio. 

“Temos, por parte do governo [estadual], um grande investimento em infraestrutura e esse desenvolvimento do setor agrícola, com incentivos e apoios. Além dos incentivos fiscais para indústrias — sobretudo no polo de Anápolis —, das políticas de desenvolvimento regional e programas de capacitação profissional são desenvolvidas pelo próprio governo, acabam somando à localização estratégica do estado e a diversificação da sua economia”. 

Destaque para o agro

Dono de uma fazenda familiar de 900 hectares em Rio Verde, com culturas de soja, milho e sorgo, produtor cita os benefícios de se trabalhar em Goiás. Investimento em pesquisa é um deles, assim como facilidade de escoamento da carga, a presença de cooperativas que ajudam o produtor e das agroindústrias. Mas o que o produtor coloca em primeiro lugar é a segurança.

“A pessoa pode dormir tranquila na fazenda sabendo que tem segurança e que não haverá roubo de produtos. Hoje, Goiás é considerado o estado mais seguro do Brasil. Você vai para outros estados e ouve a questão das invasões de terras — o que não tem por aqui. É bom ter a segurança de que a fazenda está sempre resguardada ", valoriza. 

PIB em alta, aumenta emprego e renda

Diante de um cenário nacional de altas taxas de juros e dificuldades de pegar financiamentos — que muitos empresários enfrentam — , as políticas internas do estado ajudam empresários a driblar as dificuldades, e resultados positivos em relação a emprego e renda aparecem.

“Goiás está experimentando um ciclo virtuoso, no qual esses indicadores positivos — de crescimento e queda do desemprego — fortalecem outros aspectos da economia e do bem- estar social”, avalia o economista.

O melhor resultado da história se repete na quantidade de pessoas empregadas: em dezembro, foram registrados 3,8 milhões de trabalhadores no estado, segundo o IBGE. O índice de desocupados, por sua vez, atingiu o menor patamar desde 2015, com 5,6%. Além disso, quem tem emprego está ganhando mais: R$ 2.017 foi a média salarial em Goiás no ano passado — a terceira maior do Brasil. 

Incentivo à qualificação 

Em 2023, mais de 70 mil pessoas conseguiram um novo emprego graças ao Programa Mais Emprego, que promove feirões em todo o estado e conta com as unidades do Sine. Além disso, as Escolas do Futuro foram responsáveis por qualificar outros 21 mil trabalhadores. Por meio da agência GoiásFomento, R$ 33,8 milhões foram financiados em empréstimos, em 834 operações.

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04/03/2024 03:00h

Enquanto os Serviços apresentaram leve alta de 0,3% e a Indústria de 1,3%, a Agropecuária teve queda de 5,3%

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Apesar de a economia brasileira ter fechado 2023 com crescimento acumulado de 2,9% - praticamente o mesmo resultado apresentado em 2022 frente a 2021 - dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que houve uma desaceleração da atividade econômica no segundo semestre do ano passado, depois de um cenário positivo da Agropecuária notado no início do ano.

Em relação à comparação do quarto contra o terceiro trimestre de 2023, o quadro referente ao PIB é de estagnação. Enquanto os Serviços apresentaram leve alta de 0,3% e a Indústria de 1,3%, a Agropecuária teve queda de 5,3%.

O advogado e economista Alessandro Azzoni afirma que, no primeiro e no segundo trimestre, houve um avanço no agronegócio, que trouxe uma expansão nos números, sobretudo quando se trata da produção de soja e de milho. No entanto, ele destaca que o cenário não foi o mesmo para os meses subsequentes. 

“No terceiro e quarto trimestre nós tivemos um PIB negativo, praticamente no agronegócio, porque como os estoques foram exauridos no primeiro e no segundo trimestre, e agora estava na parte de replantio, a tendência do agro não representa tanto nesse segundo semestre”, explica. 

O levantamento do IBGE também aponta que a taxa de investimento do PIB, em 2023, foi de 16,5%. O resultado representa uma redução em relação a 2022, quando a taxa foi de 17,8%. Para o economista José Marcio Camargo, esse foi um dos principais fatores que contribuíram para a estagnação da economia na segunda parte do ano. 

“O grande problema no crescimento do PIB, um lado realmente negativo, é o fato de você ter uma grande queda na taxa de investimento. E, sabemos que, para se ter crescimento elevado no longo prazo, é preciso ter aumento na taxa de investimento e da capilaridade produtiva”, considera. 

Dentro desse contexto, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, pontua que “quando a gente olha a contribuição para o crescimento, vemos que a demanda interna contribuiu com esse crescimento de 2,9% com apenas 0,9%, muito diferente do que tinha acontecido em 2022”.  

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Entre as atividades industriais, foi percebida alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). As Indústrias de Transformação, por outro lado, apresentaram variação negativa de 2%.

Nos Serviços, as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados registravam uma tímida elevação de 0,7%, enquanto as Atividades imobiliárias subiram 0,1% - mesmo resultado apresentado para Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social. Em contrapartida, contribuíram negativamente o Comércio, com queda de 0,8%; Transporte, armazenagem e correio, com recuo de 0,6%; e Informação e comunicação, com redução de 0,1%.


 

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