Sediada em Porto Alegre (RS), a empresa SLC Agrícola é uma das maiores produtoras de commodities agrícolas do Brasil, com quase 50 anos de história. A produção é focada em soja, milho e algodão, em 23 fazendas em sete estados brasileiros, com localização estratégica e diversificada. Com cerca de 733 mil hectares de área plantada, mira a marca histórica de 1 milhão de hectares plantados no país.
Em nota, a SLC Agrícola informou ao Brasil 61 que, com as aquisições realizadas em 2025, a previsão da empresa é atingir mais de 833 mil hectares de área plantada – na safra 2025/2026 – de cultivo entre soja, milho e algodão.
Reforçando a expansão do negócio, no dia 1º de julho outras três propriedades serão agregadas à empresa. Com isso, a SLC terá 26 fazendas em oito estados brasileiros. Inclusive, uma das novas será no Pará, no município de Santana do Araguaia (PA) – a primeira fazenda do grupo localizada na região Norte do país. As outras serão em Alto Parnaíba (MA) e Balsas (MA), conforme informações disponibilizadas pela SLC Agrícola ao Brasil 61.
O sonho de ter 1 milhão de hectares cultivados foi apresentado pelo presidente do grupo SLC, Eduardo Logemann, no evento semanal Tá na Mesa, na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), na capital gaúcha. A informação é do jornal Correio do Povo. O evento ocorreu no dia 18 de junho e a afirmação foi feita durante a palestra com tema “SLC 80 anos: fazendo história no campo”. O Grupo SLC congrega a SLC Agrícola e a SLC Máquinas.
Confira os municípios onde a SLC Agrícola possui fazendas:
Conforme o Relatório Integrado 2024 da SLC Agrícola, mesmo que a soja cultivada tenha ficado 17,5% abaixo da produtividade planejada – o negócio ainda alcançou uma média de 3.264 kg/ ha. O documento indica que o montante superou a média nacional em 2%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de fevereiro de 2025.
O Diretor-Presidente da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, afirma na publicação que o trabalho do empreendimento garantiu os resultados expressivos, apesar do enfrentamento de condições climáticas desfavoráveis à produção na safra 2023/24.
“Nossas operações resilientes e orientadas para a excelência garantiram a continuidade da geração de valor, resultando em conquistas importantes, apesar das condições climáticas extremas que marcaram a safra 2023/24”, diz em um trecho da publicação.
Também em relação à soja, a SLC foi reconhecida como a empresa das Américas com a maior área certificada no plantio de soja e algodão pela certificação regenagri. O reconhecimento é voltado à agricultura regenerativa. As fazendas que alcançaram o marco foram: Planalto (MS), Pamplona (GO), Palmares (BA), Pantanal (MS), Planeste (MA) e Planorte (MT), totalizando 137 mil hectares certificados.
“Práticas de agricultura regenerativa, como o plantio direto, o uso de cobertura vegetal, a rotação de culturas e o terraceamento, continuam desempenhando papel crucial na conservação da água e do solo, fortalecendo a sustentabilidade das operações”, aponta um trecho do relatório.
A produção agropecuária no Brasil, especialmente da soja, tem papel relevante no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2024, o indicador econômico fechou com alta de 3,4%. No entanto, a agropecuária registrou queda de 3,2%, por conta de eventos climáticos que afetaram a produção e a produtividade de culturas importantes ao longo do ano.
O especialista em direito tributário, Leonardo Roesler, explica que o cultivo de soja foi o mais prejudicado nos estados com produção expressiva no país.
“A cultura da soja foi uma das mais atingidas, sobretudo em estados como Mato Grosso, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, onde a escassez de chuvas e, em outros casos, o excesso de precipitações, comprometeram tanto a produtividade quanto a qualidade da colheita”, menciona.
Com o desempenho da agropecuária abaixo do esperado, a participação do setor no PIB total recuou para 5,58% – equivalente a uma queda de 0,44 ponto percentual em relação a 2023.
Segundo o especialista, apesar do cenário adverso, a soja manteve o protagonismo na composição do PIB do agronegócio brasileiro.
“Apesar da retração de 3,2% da agropecuária em 2024, a soja manteve uma importância estratégica no produto interno bruto; mesmo com perdas de produtividade em regiões como o Centro-Oeste e o Sul do país, ela representou praticamente 48% do valor da produção das lavouras brasileiras, segundo estudos, principalmente da CNA”, avalia Roesler.
“Além disso, responde por aproximadamente 30% do produto interno bruto, considerando a cadeia como um todo. Em um ano difícil, a soja segue como principal ativo do campo brasileiro com peso decisivo na economia nacional”, completa.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o cenário de retração do setor agropecuário de 2024 não deve se repetir em 2025. A organização aponta que há previsão de condições climáticas mais favoráveis à produção – o que deve implicar na recuperação da produção das culturas de verão, como soja e milho.
“Assim, em 2025, a agropecuária, a exemplo de 2023, tem potencial para se tornar o grande destaque do ano e um dos principais motores do crescimento do PIB nacional”, disse a CNA em nota publicada em março de 2025.
Além disso, a estimativa de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado em maio de 2025 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a produção de soja, principal commodity do país, deve ser recorde este ano. A estimativa é de 164,2 milhões de toneladas, aumento de 13,3% em relação ao montante obtido em 2024.
“A soja seguirá, com certeza, como o principal motor econômico do setor agro e um dos pilares mais fortes da economia do nosso país”, aponta Leonardo Roesler.
Conforme a Embrapa Soja, um levantamento da CONAB de abril de 2025 aponta que Mato Grosso, maior produtor brasileiro da commodity, terá uma produção de 49,63 milhões de toneladas em uma área plantada de 12,73 milhões de hectares, com produtividade de 3.897 kg/ha.
Confira a produção de soja de alguns estados no Brasil (safra 2024/2025)
Além da produção de commodities, a empresa agrícola ainda produz e comercializa sementes de soja e algodão, com a marca SLC Sementes.
Em 2024, a empresa gaúcha teve um faturamento de R$ 6.9 bilhões.
A SLC Agrícola foi uma das pioneiras do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores (SLCE3) e compõe alguns dos principais indicadores da B3, como o Ibovespa.
A Agricultura Familiar brasileira corresponde a cerca de 23% do valor bruto da produção agropecuária do país. O setor também responde por 67% das ocupações no campo. É o que revela o Anuário Estatístico da Agricultura Familiar de 2024, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares.
Entre os fatores que contribuem para o fortalecimento desse segmento estão as políticas de crédito, que facilitam a aquisição de recursos financeiros para investimento nas produções, como as disponibilizadas pelo Banco da Amazônia. Um exemplo é a linha conhecida como PRONAF B, destinada às atividades agropecuárias e não agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas.
Esse modelo de financiamento também visa atender projetos de implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e prestação de serviços agropecuários e não agropecuários. Nessa linha específica, para as operações contratadas no período de 1° de julho de 2024 a 30 de junho deste ano, as taxas de juros são prefixadas de até 0,5% ao ano.
Cada financiamento conta com um prazo de até 3 anos. Já o limite de financiamento é de até R$ 4.000,00. Vale destacar que esse formato é voltado para agricultores familiares enquadrados no Grupo “B” do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).
No entanto, o Banco também oferta projetos para outras categorias que pretendem investir em atividades produtivas desenvolvidas em área rural própria ou comunidade próxima, como é o caso da linha PRONAF Custeio.
É importante mencionar que esse tipo de financiamento pode ser utilizado por agricultores familiares beneficiários do PRONAF, desde que não estejam enquadrados nos grupos "A" e "A/C".
No PRONAF Custeio, o limite por beneficiário a cada ano agrícola será de R$ 250.000,00. O prazo para pagamento leva em conta alguns aspectos. Confira:
NO CASO DE CUSTEIO AGRÍCOLA:
NO CASO DE CUSTEIO PECUÁRIO:
Para operações contratadas no período de 3 de julho de 2024 a 30 junho de 2025, os encargos financeiros serão os seguintes, variando de acordo com o tipo de projeto:
O gerente executivo de microcrédito do Banco da Amazônia, Esmar Prado, destaca que o Banco atua de forma ampla quanto ao fomento da agricultura familiar, já que atende pelo menos 13 perfis diferentes de clientes interessados em financiamentos por meio do PRONAF.
“Os critérios de acesso são bem específicos de cada grupo desses, mas, basicamente, alguns pilares. O principal é a caracterização como agricultor familiar, por meio da Declaração de Aptidão ao Pronaf, ou Cadastro da Agricultura Familiar, a vinculação desse produtor com a terra em que ele desenvolve a atividade produtiva e o respeito e regularidade do ponto de vista ambiental”, pontua.
Outro modelo de financiamento do Banco da Amazônia também busca atender a integralização de cotas-partes por beneficiários do PRONAF associados a cooperativas de produção rural.
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Nesta linha, os produtores rurais dispõem de um limite de crédito de R$ 75.000,00. Já em relação à cooperativa de produção agropecuária, o valor é de R$ 55.000.000,00.
Para todas as finalidades e beneficiários desta linha de crédito, nas operações contratadas no período de 3 de julho de 2024 a 30 de junho de 2025, os encargos financeiros serão taxa efetiva de juros prefixada de até 6% ao ano. O prazo para pagamento é de até 6 anos, incluída a carência, que deve ser fixada pelo Banco.
No 1º trimestre deste ano, 28,5 milhões de pessoas estavam ocupadas no agronegócio brasileiro. O número está associado ao crescimento da mão de obra nos segmentos de insumos (10,2%), agroindústria (4,8%) e agrosserviços (2,4%). Os dados integram o boletim Mercado de Trabalho no Agronegócio, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Conforme a publicação, o número representa um recorde da série histórica, que teve início em 2012.
Em relação à participação do setor do agronegócio no total de ocupações do Brasil, o percentual foi de 26,23% nos primeiros três meses de 2025.
No que diz respeito aos insumos, o resultado foi impulsionado especialmente pela indústria de rações. Já nas agroindústrias, têm destaque as contribuições das indústrias de vestuário e acessórios, etanol, moagem e produtos amiláceos e abate de animais, de acordo com o boletim.
Em relação ao mesmo período de 2024, a população ocupada cresceu 0,6%, equivalente a 171,1 mil pessoas.
Quando comparada ao 4º trimestre de 2024, a quantidade de pessoas ocupadas no agronegócio cresceu 1,1%. Segundo a publicação, o montante equivale a 312,5 mil trabalhadores a mais no setor, principalmente no setor de agrosserviços.
Outra alta identificada no setor foi em relação aos rendimentos mensais dos empregados do agronegócio. Os trabalhadores ganharam 0,4% a mais frente ao 4° trimestre do ano passado. Já em relação ao 1º trimestre de 2024, os rendimentos avançaram 2,2%.
A publicação traz, ainda, o perfil da mão de obra que impulsionou o aumento de brasileiros trabalhando no setor – comparando com 2024. Em ambas as comparações, foi observado que o aumento da população ocupada do agronegócio foi puxado por:
Café arábica apresentou queda, acompanhando o açúcar cristal e o milho
O preço do café arábica caiu 0,94% e a saca de 60 kg está sendo negociada nesta quarta (18) por R$ 2.147,51 na cidade de São Paulo, segundo dados do Cepea.
No movimento contrário, o café robusta apresentou aumento de 1,02%, sendo negociado a R$ 1.287,01.
Indicador do café arábica nos últimos 5 dias:
Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
---|---|---|---|---|
17/06/2025 | 2.147,51 | -0,94% | -8,06% | 390,38 |
16/06/2025 | 2.167,87 | -1,36% | -7,19% | 394,59 |
13/06/2025 | 2.197,73 | -1,44% | -5,91% | 396,92 |
12/06/2025 | 2.229,75 | -0,95% | -4,54% | 402,12 |
11/06/2025 | 2.251,10 | -1,13% | -3,62% | 405,97 |
Indicador do café robusta nos últimos 5 dias:
Data | Valor R$ | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$ |
---|---|---|---|---|
17/06/2025 | 1.287,01 | 1,02% | -7,70% | 233,96 |
16/06/2025 | 1.273,96 | -0,72% | -8,64% | 231,88 |
13/06/2025 | 1.283,26 | -3,76% | -7,97% | 231,76 |
12/06/2025 | 1.333,38 | -0,79% | -4,38% | 240,47 |
11/06/2025 | 1.343,93 | -1,74% | -3,62% | 242,37 |
O preço do açúcar cristal registra queda nesta quarta-feira (18) nas principais praças do estado de São Paulo. Na capital, a saca de 50 kg apresenta queda de 1,04%, sendo cotada a R$ 126,89.
Em Santos (SP), a cotação média — sem impostos — registra baixa de 2,98%, com o valor da saca em R$ 121,19.
Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em São Paulo:
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
17/06/2025 | 126,89 | -1,04% | -5,02% | 23,07 |
16/06/2025 | 128,22 | 2,14% | -4,02% | 23,34 |
13/06/2025 | 125,53 | -0,81% | -6,03% | 22,67 |
12/06/2025 | 126,56 | -0,39% | -5,26% | 22,82 |
11/06/2025 | 127,06 | -2,32% | -4,89% | 22,91 |
Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em Santos:
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
17/06/2025 | 121,19 | -2,98% | -8,52% | 22,13 |
16/06/2025 | 124,91 | 1,53% | -5,71% | 22,66 |
13/06/2025 | 123,03 | -0,29% | -7,13% | 22,11 |
12/06/2025 | 123,39 | -0,72% | -6,86% | 22,28 |
11/06/2025 | 124,29 | -0,77% | -6,18% | 22,44 |
Nesta quarta-feira (18), a saca de 60 kg do milho está sendo vendida a R$ 67,37, com queda de 0,21% no dia.
Indicador do milho nos últimos 5 dias:
Data | Valor R$* | Var./Dia | Var./Mês | Valor US$* |
---|---|---|---|---|
17/06/2025 | 67,36 | -0,21% | -2,31% | 12,25 |
16/06/2025 | 67,50 | -0,16% | -2,10% | 12,29 |
13/06/2025 | 67,61 | -0,04% | -1,94% | 12,21 |
12/06/2025 | 67,64 | -0,49% | -1,90% | 12,20 |
11/06/2025 | 67,97 | 0,35% | -1,42% | 12,26 |
Os valores são do Cepea.
Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.
A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.
A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% entre janeiro e março de 2025, em relação ao quarto trimestre do ano passado. O resultado foi puxado pelo desempenho de produção da agropecuária, que avançou 12,2% no período, na série com ajuste sazonal. Também houve alta de 0,3 % nos serviços. Já a Indústria recuou 0,1%. Os dados foram divulgados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (30).
Conforme o IBGE, a economia brasileira acumulou R$ 3 trilhões no primeiro trimestre deste ano.
Em relação ao setor de atividades industriais, foi notado recuo de 1% nas indústrias de transformação e de 0,8% na construção. Já a eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e as Indústrias extrativas avançaram 1,5% e 2,1%, respectivamente.
Entre as atividades de serviços, houve crescimento em informação e comunicação de 3,0%.
Também foi identificado crescimento na despesa de consumo das famílias, de 1,0% e de 3,1%, na Formação Bruta de Capital Fixo.
Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve avanço tanto nas exportações (2,9%) quanto nas importações (5,9%) de bens e serviços.
Em comparação ao 1º trimestre de 2024, o PIB teve crescimento de 2,9%, com crescimento de 10,2% na agropecuária. Já na Indústria, o avanço foi de 2,4% e nos Serviços, de 2,1%.
O crescimento de 10,2% no setor agropecuário foi puxado, principalmente, pelo desempenho positivo de alguns produtos da lavoura, com safra relevante no primeiro trimestre, e pela produtividade. No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em maio pelo IBGE, entre os produtos com safra no 1º trimestre e crescimento na estimativa de produção anual. Confira:
Na mesma comparação, a indústria cresceu 2,4% e a construção 3,4% – sendo a sexta alta consecutiva. Em seguida aparece a Indústria de Transformação, com avanço de 2,8%, puxada por máquinas e equipamentos, metalurgia, além de produtos químicos e farmacêuticos.
O valor adicionado dos serviços cresceu 2,1% ante o mesmo período do ano anterior. Todas as atividades apresentaram alta.
Também houve aumento do consumo das famílias, que cresceu 2,6%, influenciado pelo aumento na massa salarial real, no aumento do crédito disponível, apesar dos juros maiores. A despesa de consumo do governo também indicou aumento, em relação ao primeiro trimestre de 2024, de 1,1%.
No oitavo episódio, o podcast explica parceria entre Governo Federal e apicultores
Criada em julho de 2023, a Política Nacional de Incentivo à Produção Melífera prevê, entre outras iniciativas, a criação de parcerias entre os setores públicos e privados. Desde então, as ações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) junto ao setor apícola brasileiro foram intensificadas, via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
No Ep.#8, Vivaldo Mendonça, diretor de Revitalização e Desenvolvimento Territorial da Codevasf, explicou como funciona a parceria entre o governo federal e as cooperativas de apicultores e de meliponicultores. “Fomentamos o crescimento da quantidade de colmeias e até o processo de melhoramento genético. Temos investido também na implantação de unidades de beneficiamento de mel que cumpram a legislação. Porque isso tem facilitado o processo de rotulação, o que garante a ampliação da renda”, afirmou.
Ouça o episódio completo no Soundcloud. O podcast também está no Spotify e no YouTube. O histórico com todos os episódios pode ser acessado na página Diálogos de Integração.
O valor liberado para contratação de seguro rural no mês de maio é de R$ 179 milhões. De acordo com a Resolução nº 105, do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural, o montante deve chagar a R$ 1 bilhão, mas o restante só deve ser liberado a partir de junho deste ano.
A quantia destinada aos produtores este mês é de R$ 170 milhões – valor que deve ser utilizado para a contratação de apólices para as culturas de inverno, como o milho 2ª safra e o trigo.
Outros R$ 5 milhões serão para as frutas; R$ 1 milhão para a modalidade de pecuária; R$ 500 mil para a modalidade de florestas e R$ 2,7 milhões para as demais culturas.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Guilherme Campos, explica que essa modalidade de seguro rural é um instrumento de proteção essencial para o produtor.
Segundo Campos, somente nos últimos cinco anos, as seguradoras pagaram aproximadamente R$ 19 bilhões em indenizações aos produtores, o que permitiu que milhares de produtores fossem ressarcidos das suas perdas na produção.
O produtor interessado em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólices de seguro rural. Atualmente, 17 seguradoras estão habilitadas para operar no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural.
Fundeb: reajuste garante quase R$ 1 bilhão a mais em 2025
Vale destacar que essa modalidade é destinada aos produtores, pessoa física ou jurídica, independentemente de acesso ao crédito rural, que cultivem ou produzam espécies contempladas pelo programa.
O percentual de subvenção ao prêmio está estabelecido em 40% para todas as culturas/atividades, com exceção da soja, que conta com percentual de 20%. É importante ressaltar que a regra vale para qualquer tipo de produto e cobertura, conforme as normas do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural.
Em relação ao trigo, no Paraná, houve recuo de 0,27% no último fechamento
Após alta de 0,45% no preço, a saca de 60 quilos de soja passou a ser negociada a R$ 128,37, nesta segunda-feira (5), em diferentes regiões do interior do Paraná.
No litoral do estado, o movimento no preço do produto também foi de elevação. Em Paranaguá, o valor da saca de 60 quilos subiu 0,77% e a mercadoria é negociada a R$ 133,16.
Em relação ao trigo, no Paraná, houve recuo de 0,27% no último fechamento, com a tonelada do produto vendida a R$ 1.567,72
No Rio Grande do Sul, por sua vez, o preço subiu 0,46% e a mercadoria é negociada a R$ 1.477,98, por tonelada.
Os valores são do Cepea.
A economia brasileira aponta sinais de desaceleração desde o fim de 2024. É o que revela o Informe Conjuntural do 1º trimestre, divulgado nesta quinta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) do país ter aumentado 0,2% no 4º trimestre do ano passado, houve um recuo frente aos trimestres anteriores.
Foi verificada uma redução de 2,4% para 2,3% na projeção de crescimento do PIB em 2025. Esse seria o menor crescimento da economia do Brasil nos últimos cinco anos. O quadro representaria um recuo de 1,1 ponto percentual, na comparação em relação ao resultado do PIB de 2024.
Entre os setores produtivos, a indústria teve o melhor resultado, com alta de 0,3%, na comparação com o 3º trimestre do ano passado. O PIB de serviços, por sua vez, aumentou somente 0,1%. Trata-se da menor taxa de crescimento trimestral do setor desde o 2º trimestre de 2021. Já o PIB da agropecuária caiu 2,3%.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias recuou 1%. Além disso, os investimentos subiram 0,4% em relação ao 3º trimestre de 2024. Mesmo com a alta, o resultado representa uma desaceleração ante às taxas dos trimestres anteriores, quando todas foram superiores a 2%.
Segundo o diretor de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a produção industrial andou de lado no primeiro bimestre. Segundo ele, houve uma estabilidade em janeiro, com um leve salto de 0,1% em fevereiro.
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“O mesmo acontece com o setor de serviços, que cresceu apenas 0,2% em fevereiro frente a dezembro. O comércio está um pouco melhor por causa de algumas peculiaridades, principalmente por uma base de comparação fraca”, destaca.
A CNI estima que o crédito cresça apenas 6,5% neste ano, contra 10,6% em 2024. Além disso, o estímulo fiscal também deve perder força, com os gastos públicos crescendo só 2%, menos da metade do registrado no ano anterior. O mercado de trabalho, embora ainda positivo, também se mostra menos dinâmico.
Com a alta da inflação, que chegou a 5,5% no acumulado em 12 meses até março deste ano e diante da piora das expectativas para esse indicador, o Banco Central decidiu prolongar o ciclo de aperto monetário, com elevação da taxa de juros para 14,25% ao ano.
Com isso, a Confederação acredita que o Banco Central vai elevar a Selic em meio ponto percentual na próxima reunião e manter os juros em 14,75% até o fim do ano. Essa movimentação deve fazer com que 2025 encerre com a taxa de juros real em 9,8% ao ano, ante os 7% no mesmo período registrados em 2024.
A produção brasileira de café em 2025 está estimada em 3,2 milhões de toneladas, o que equivale a 53,8 milhões de sacas de 60 kg. Esse volume leva em conta as espécies arábica e canephora. A projeção, referente ao mês de março deste ano, foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao café arábica, a estimativa de produção chega a 2,1 milhões de toneladas, que corresponde a 35,8 milhões de sacas de 60 kg. No entanto, para a safra de 2025 é esperada uma bienalidade negativa. Isso significa que deve haver uma queda natural da produção. Quanto ao café canephora, é aguardada uma produção de 1,1 milhão de toneladas, ou 18 milhões de sacas de 60 kg.
No Espírito Santo – considerado o estado brasileiro que mais produz o café conilon, com 65,5% de participação, a produção deve aumentar 5,6%, na comparação com o volume produzido no ano passado. Na unidade da federação, a produção foi estimada em 707 mil toneladas ou 11,8 milhões de sacas de 60 kg.
Já em Rondônia, a produção ficou estimada em 177,4 mil toneladas ou 3 milhões de sacas de 60 kg. Trata-se de uma elevação de 2,8% em relação ao mês anterior e um salto de 4,2% na comparação com o volume produzido no ano passado.
Em março, o Brasil exportou 3,287 milhões de sacas de 60 kg do produto, de acordo com relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O volume representa uma redução de 24,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, a receita cambial contou com uma elevação de 41,8%, no mesmo período, e chegou a US$ 1,321 bilhão.
Com o quadro registrado no mês passado, o país acumula embarques de 36,885 milhões de sacas nos nove meses da safra 2024/25. No que diz respeito ao período de julho de 2023 a março de 2024, foi notada uma evolução de 5% em volume e 58,2% em receita.
Os Estados Unidos foram o principal destino dos cafés produzidos no Brasil no primeiro trimestre de 2025. O levantamento mostra que os norte-americanos importaram 1,806 milhão de sacas, o equivalente a 16,9% do total. Em segundo lugar no ranking está a Alemanha, com 13,1% de representatividade, ao adquirir 1,403 milhão de sacas.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio apresentou aumento de 4,48% no quarto trimestre de 2024 e fechou o ano passado com elevação de 1,81% na comparação com 2023. Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Em relação à cultura do café, o valor bruto da produção subiu 37,36%, influenciado pelo salto de 39,53% nos preços reais entre 2023 e 2024, mesmo com queda de 1,56% na produção no ano passado. Nos primeiros três meses de 2024, a movimentação foi marcada pela iminência da colheita da safra 2024/25 e por especulações sobre a produção e os estoques ao redor do mundo.
No terceiro trimestre do ano passado, os preços dos cafés arábica e robusta mantiveram a tendência de alta. Em julho, o arábica registrou elevação na média de preços, com volatilidade expressiva, guiada pela desvalorização do real em relação ao dólar e por apreensões quanto à safra do robusta no Vietnã.
Em novembro, os preços voltaram a aumentar. Essa elevação foi proporcionada pela oferta restrita de robusta e arábica no Brasil e pela expectativa de colheita menor de robusta no Vietnã. A tendência de alta também é reforçada pela condição das lavouras brasileiras e a pela projeção de mais uma safra com poucos avanços produtivos para 2025/26.
Após subirem por praticamente quatro meses consecutivos, com renovação de recordes, os preços do café fecharam o mês de março enfraquecidos. É o que apontam levantamentos do Cepea. Em relação ao arábica – uma das variedades mais consumidas no país - a média mensal do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 2.547,71 por saca de 60 kg. Ou seja, uma diminuição de 3,16%, que corresponde a aproximadamente R$ 80 por saca, frente à de fevereiro.
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Já sobre o café robusta, o indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, apresentou uma média de R$ 2.003,02 por saca de 60 kg no mês passado. O resultado representa um recuo de 2,3% frente ao mês imediatamente anterior, ou seja, menos R$ 47,07 por saca.
Na avaliação de analistas do Centro de Pesquisas, o mercado ainda aguarda uma sinalização mais concreta sobre ao volume da safra 2025/26, no Brasil. De qualquer forma, o movimento de alta seguida nos valores parece ter sido interrompido em meados de março, principalmente por conta do retorno das chuvas em áreas produtoras.