LOC.: A produção brasileira de café para 2025 está estimada em 3,2 milhões de toneladas, o que equivale a mais de 53 milhões de sacas de 60 quilos. Esse volume leva em conta as espécies arábica e canephora. A projeção, referente ao mês de março deste ano, foi divulgada pelo IBGE.
Em relação ao café arábica, a estimativa de produção chega a 2,1 milhões de toneladas, que corresponde a 35,8 milhões de sacas de 60 quilos. No entanto, para a safra de 2025, é esperada uma bienalidade negativa. Quanto ao café canephora, é aguardada uma produção de 1,1 milhão de toneladas ou 18 milhões de sacas de 60 quilos.
No Espírito Santo – considerado o estado brasileiro que mais produz o café conilon, com mais de 65% de participação, a produção deve aumentar 5,6%, na comparação com o volume produzido no ano passado. Na unidade da federação, a produção foi estimada em 707 mil toneladas.
Em relação à exportação, o Brasil enviou para outros países, em março, 3,2 milhões de sacas de 60 quilos do produto, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, o Cecafé.
O volume representa uma redução de quase 245% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, a receita cambial contou com uma elevação de 41,8%, no mesmo período, e chegou a US$ 1,3 bilhão.
Os Estados Unidos foram o principal destino dos cafés produzidos no Brasil no primeiro trimestre de 2025. Os norte-americanos importaram 1,8 milhão de sacas, o equivalente a 16,9% do total.
Além disso, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA, o valor bruto da produção do café subiu 37,36%, influenciado pelo salto de 39,53% nos preços reais entre 2023 e 2024, mesmo com queda de 1,56% na produção no ano passado.
Em novembro, os preços voltaram a aumentar. Essa elevação foi proporcionada pela oferta restrita de robusta e arábica no Brasil e pela expectativa de colheita menor de robusta no Vietnã.
Após subirem por praticamente quatro meses consecutivos, os preços do café fecharam o mês de março deste ano enfraquecidos, conforme levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o Cepea.
Em relação ao arábica, por exemplo – uma das variedades mais consumidas no país - a média mensal foi superior a R$ 2.540 por saca de 60 quilos, com uma diminuição de 3,16%.
Na avaliação de analistas do Cepea, o mercado ainda aguarda uma sinalização mais concreta sobre ao volume da safra 2025/26, no Brasil. De qualquer forma, o movimento de alta seguida nos valores parece ter sido interrompido em meados de março, principalmente por conta do retorno das chuvas em áreas produtoras.
Reportagem, Marquezan Araújo